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CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO
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ÍNDICE
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UNIDADE 4 - MÉTODOS DE RACIOCÍNIO
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INTRODUÇÃO À ÁLGEBRA
PREÂMBULO
PREÂMBULO
A Lógica é uma ciência com características matemáticas mas, fortemente ligada à Filosofia.
Ela cuida das regras do bem pensar, ou do pensar correto, sendo, portanto, um instrumento do
pensar. Aristóteles, filósofo grego (384?-322a.C) em sua obra Órganon, distribuida em 8 volumes,
foi o seu principal organizador.
Através da Lógica pode-se avaliar a validade ou não de raciocínios que têm por base
premissas iniciais.
Vejamos um exemplo:
Raciocínio I - (1ª premissa) Todo homem é mortal - (2ª premissa) Sócrates é mortal.
Conclusão: Sócrates é mortal.
Raciocínio II- (1ª premissa) Todo homem é mortal - (2ª premissa) Sócrates é homem.
Conclusão: Sócrates é mortal.
À primeira vista, todos os dois raciocínios parecem verdadeiros. Entretanto, o primeiro é
falso, pois: Sócrates pode perfeitamente ser o gatinho da minha vizinha. Já, o segundo raciocínio é
universamente verdadeiro.
No decorrer deste curso veremos como, a partir de uma lógica formal, podemos analisar a
veracidade ou não de um conjunto de premissas e a correspondente conclusão.
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UNIDADE I – TEORIA ELEMENTAR DOS CONJUNTOS
A noção de conjunto é intuitiva. Esta noção está associada a uma coleção de elementos, que,
em geral, apresentam uma propriedade comum.
Exemplos: conjuntos das vogais, conjunto dos números reais, conjunto dos números inteiros
maiores que 5 e menores que 9.
Um conjunto é indicado, em geral, por uma letra maiúscula e seus elementos relacionados
entre duas chaves. Assim, se A é o conjunto das vogais indica-se: A = {a, e, i, o, u}.
A idéia de conjunto pode ser estendida para
(i) Conjunto unitário:
Conjunto das consoantes contidas na palavra areia: {r}.
(ii) Conjunto vazio:
Conjunto dos números inteiros compreendidos entre 7 e 8.
Como não existe nenhum inteiro compreendido entre 7 e 8, indicamos { } ou .
Obs. {} é um conjunto unitário cujo elemento é .
(iii) Conjunto infinito:
O conjunto infinito tem, como o próprio número indica, infinitos elementos. Um exemplo bem
simples de conjunto infinito é o conjunto dos números naturais N = {0, 1, 2, 3, ...}.
(iv) Conjuntos discretos e densos:
Usados principalmente para conjuntos numéricos.
Um conjunto é dito discreto quando, estabelecida a ordem de seus elementos, entre dois
elementos sucessivos não existe outro elemento.
O conjunto dos números naturais é um conjunto discreto, pois, por exemplo, entre o 4 e o 5
não existe nenhum outro número natural. Os conjuntos dos números racionais e dos números reais
são densos. Pois, quaisquer que sejam dois elementos escolhidos sempre existem infinitos números
entre eles.
Veja, por exemplo: escolhidos os racionais 1/3 e 1/2 podemos escrevê-los nas formas 10/30
e 15/30. Entre eles temos 11/30, 12/30, ..., 14/30. Se escolhido um denominador maior, maior
quantidade de racionais teremos entre 1/3 e 1/2.
Já foi visto anteriormente que um conjunto pode ser indicado escrevendo seus elementos
entre duas chaves. Esta forma de notação é denominada LISTAGEM.
Pode-se também representar um conjunto indicando a propriedade comum a seus elementos.
Nesta forma de notação indicamos A = {x | P(x)}, que se lê “A é conjunto dos elementos “x” tais
que P é a propriedade comum”.
Temos, por exemplo: A = {x | x é vogal}, que se lê A é o conjunto dos elementos x tais que
x é vogal. “x” é uma variável que pode assumir diversos valores.
Assim, se x = a, e, i, o, u, x A e se x = b, x A.
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Uma terceira forma, chamada “diagrama de Venn”, consiste em circundar os elementos por
linhas.
A
EXERCÍCIOS 01.
1 – Use o símbolo adequado a cada uma das seguintes sentenças abaixo, sendo definidos os
conjuntos: A = {a, e, i, o , u}, B = {2, 3, 4, 5}, C = {e, u}, D = {x | 1 < x < 7} e D = {b, c}
(a) B______D (b) D_____A (c) ______ C (d) e ____ C (e) x ____ A.
Uma operação é um processo escolhido a partir do qual, dados dois elementos quaisquer se
pode obter um terceiro elemento de mesma natureza.
Já é do domínio público operações como adição e multiplicação de números inteiros, que são
representadas pelos sinais + e X (ou .) respectivamente.
Assim, ao indicarmos 3 + 4, significa que escolhemos um processo que irá resultar no inteiro
7 e se indicarmos 3 . 4, o processo escolhido permite obter o resultado 12.
Generalizando indicamos (a b) c, para representar uma operação que, tomados os
elementos “a” e “b”, teremos como resultado o elemento (de mesma natureza) “c”.
(i) UNIÃO
Indicada pelo símbolo , e definida por A B = {x | x A ou x B}.
Como será visto no estudo das sentenças, o conectivo “ou”, simbolizado por , é usado para indicar
que um elemento pertence a A B quando pertencer somente ao conjunto A, somente ao conjunto
B ou a ambos os conjuntos.
Temos por exemplo: A = {1, 2, 3, 4} e B = {3, 4, 5, 6} A B = {1, 2, 3, 4, 5, 6}.
(ii) INTERSEÇÃO
Indicada por , esta operação é definida por A B = {x | x A e x B}.
O conectivo e, indicado por , é usado para indicar que x (A B) se, e somente se, x
pertencer aos dois conjuntos ao mesmo tempo.
Exemplos:
(1) A = {1, 2, 3, 4}, B = {3, 4, 5, 6} A B = {3, 4}
(2) A = {1, 2, 3, 4}, B = {5, 6, 7, 8} A B =
(iii) DIFERENÇA
Indicada pelo sinal -, denota-se a diferença entre o conjunto A e o conjunto B por A – B.
Esta operação é definida por A – B = {x | x A e x B}.
Sejam
U = conjunto universo,
= conjunto vazio,
A = complementar de A em relação a U.
Além das propriedades acima, tem-se:
(vi) A A = A e A A = A. Idempotente.
(vii) A (A B) = A e A (A B) = A. Absorção.
(viii) (A B) = A B e (A B) = A B. Regras de De Morgan.
(ix) A = A.
(x) A A = U e A A =
(xi) A U = U e A =
EXERCÍCIOS 02
1. Demonstre as propriedades ii, iii, vi, vii, viii, ix, x e xi relativas às operações com conjuntos.
2. Sejam A = {x|x N e 3 < x < 10}, B = {y|y N e 4 < y < 12} e C = {z|z N e 10 < z < 15}
três conjuntos. Considere ainda os conjuntos: vazio e universo U = {w | w N e 0 < w < 20}
Determine:
7
(a) A (b) (A B) C (c) (A B) C (d) A – B (e) (A B) C (f) (A B) C
Sejam A e B dois conjuntos. Define-se o produto A X B como sendo o conjunto dos pares da
forma (x, y) tais que x A e y B.
1.8 – RELAÇÃO
Tomando, por exemplo, o conjunto de alunos de uma classe e a relação “mesma altura que”,
podemos concluir facilmente que, se A, B, C são alunos desta classe:
(1) A B B A, pois se A tem a mesma altura que B, B terá a mesma altura que A.
(2) A A, pois A tem a mesma altura que ele mesmo.
(3) A B e B C A C. As alturas dos três são iguais.
Assim, a relação “mesma altura que” permite ordenar os alunos por altura. Esta é então uma
relação de ordem.
Seja agora a relação = “irmão de”.
Esta relação é simétrica, não reflexiva e transitiva.
Se considerarmos a relação = “primo de” ela será simétrica, não reflexiva e não transitiva.
Com relação à transitividade, A e C podem ser irmãos.
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EXERCÍCIO RESOLVIDO:
Em um concurso onde foram aplicadas apenas provas de Português e Matemática e, para que
o candidato seja classificado ele deve ser aprovado nas duas disciplinas. Após a correção das provas
verificou-se que 100 candidatos foram aprovados em Matemática e 130 foram aprovados em
Português, mas apenas 80 foram classificados. Quantos candidatos participaram do concurso?
Solução: n(M) = 100 (aprovados em Matemática); n(P) = 130 (aprovados em Português) e n(M P)
= 80.
Assim, n(M P) = 100 + 130 – 80 = 150 candidatos.
EXERCÍCIOS 3.
1. Dez pessoas se reuniram para, ao final de um ano, registrarem uma firma. Ficou combinado que
cada um deveria aplicar uma certa importância em caderneta de poupança em compra de ações,
podendo se assim o desejasse aplicar uma parte em poupança e outra em ações.
O responsável pelo controle ao selecionar os recibos das aplicações verificou-se que haviam 8
aplicações em poupança e 6 aplicações em ações. Quantas, da dez pessoas, dividiram suas
aplicações?
2. Em uma classe do terceiro do segundo grau 10 alunos foram aprovados sem necessidade de uma
prova final. Ao fazer o controle para a realização da prova final verificou-se que:
(a) somente será necessário aplicar provas de Matemática, Física e Química.
(b) 18 alunos deverão fazer prova final de Matemática.
(c) 19 alunos deverão fazer prova final de Física.
(d) 15 alunos deverão fazer prova final de Química.
(e) 10 alunos deverão fazer prova final de Matemática e Física.
(f) 9 alunos deverão fazer prova final de Matemática e Química.
(g) 6 alunos deverão fazer prova final de Física e Química.
(h) 4 alunos deverão fazer prova final de Física, Química e Matemática.
Qual é o número de alunos dessa classe?
3. Em uma cidade com 41.520 habitantes são publicados dois jornais A e B. Se 8.050 lêem o jornal
A, 13.200 lêem o jornal e 1230 lêem os dois jornais, quantos habitantes da cidade não lêem
nenhum dos dois jornais?
4. Certa região, com 15000 lavradores,
(a) 7000 plantam tomate;
(b) 4800 plantam alface;
(c) 5600 plantam batata.
(d) 2100 plantam tomate e alface;
(e) 1500 plantam tomate e batata;
(f) 1400 plantam alface e batata;
(g) 800 plantam tomate, alface e batata.
Responda:
(1) quantos plantam pelo menos uma das três espécies?
(2) quantos não plantam nenhuma das três espécies?
(3) quantos plantam tomate e alface mas não plantam batatas?
(4) quantos plantam apenas batata?
5. Em uma cidade com 45000 habitantes, 12.000 são brasileiros, 10.000 são franceses, 5.000 são
ingleses e os demais são espanhóis. Quantos são espanhóis?
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UNIDADE II – A LÓGICA DAS PROPOSIÇÕES
CAPÍTULO 2 – PROPOSIÇÕES E CONECTIVOS
Uma sentença é dita fechada quando admite um único julgamento FALSO (F) como em (3)
ou VERDADEIRO (v) como em (1). As sentenças fechadas são chamadas de proposições.
Na indicação (4), x é uma variável que pode assumir diversos valores. Existem valores que
tornam a sentença verdadeira e existem valores que tornam a sentença falsa. Para x = 2 e x = - 2 a
sentença é verdadeira e para quaisquer outros valores, a sentença é falsa.
O mesmo ocorre com a indicação (5). A sentença será verdadeira dependendo do valor
atribuído à variável “fulano”.
Sentenças como estas, que admitem um julgamento falso ou verdadeiro dependente do valor
atribuído à variável, são chamadas de sentenças abertas.
Definição 2 – Expressões são frases que não apresentam um sentido completo. Isto é, não
permitem julgamentos.
São exemplos de expressões as indicadas nos itens 6 e 7.
De acordo com os princípios acima, uma proposição, admite um e apenas um dos valores
VERDADEIRO (V) ou FALSO (F). O julgamento F ou V da proposição é denominado valor lógico da
proposição.
Se “p” é uma proposição indicaremos V(p) o valor lógico da proposição “p”. Assim, V(p) =
V se p for verdadeira ou V(p) = F se p for falsa.
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2.3 – PROPOSIÇÕES SIMPLES E COMPOSTAS
Uma proposição pode ser simples (também denominada atômica) ou composta (também
denominada molecular).
As proposições simples apresentam apenas uma afirmação. Podemos considerá-las como
frases formadas por apenas uma oração. Representaremos as proposições simples por letras latinas
minúsculas.
Como exemplo:
(1) p: eu sou estudioso; (2) q: Maria é bonita: (3) r: 3 + 4 > 12.
As proposições compostas apresentam mais de uma proposição simples em sua formação.
Podemos considerá-las como um período composto de várias orações. Indicaremos as proposições
compostas por letras latinas maiúsculas.
Exemplos:
(4) P: Paulo é estudioso e Maria é bonita.
P é a composta das proposições simples p: Paulo é estudioso e q: Maria é bonita.
(5) Q: Maria é bonita ou estudiosa.
Q é a composta das proposições simples p: Maria é bonita e q: Maria é estudiosa.
(6) R: Se x = 2 então x2 + 1 = 5.
R é a composta das proposições simples p: x = 2 e q: x2 + 1 = 5.
(7) S: a > b se e somente se b < a.
S é a composta das proposições simples p: a > b e q: b < a.
2.4 – OS CONECTIVOS
Para se formar novas proposições a partir de proposições dadas são usadas palavras ou
termos a quem chamamos de conectivos.
Na Lógica Matemática, os conectivos usados são:
- Negação: indicado pelo símbolo ~.
Assim, se p : A Lua é um satélite da Terra, então ~p significa “A Lua não é um satélite da
Terra” ou “não é verdade que a Lua é um satélite da Terra”.
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EXERCÍCIOS 04
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CAPÍTULO 3 – ÁLGEBRA DAS PROPOSIÇÕES
Toda proposição derivada de proposições simples tem seu valor lógico que depende
exclusivamente dos valores lógicos das proposições primitivas.
Para obter os valores lógicos de uma proposição derivada recorremos a um algoritmo
denominado tabela verdade no qual figuram todos as possíveis combinações dos valores lógicos das
proposições primitivas.
Tal algoritmo é construído conforme abaixo:
O número de linhas é determinado pelo número de arranjos com repetição de dois elementos
tomados “n” a “n” onde “n” é o número de proposições combinadas, que é (AR) 2n = 2n.
Para 4 proposições, a tabela verdade terá 24 = 16 linhas.
EXERCÍCIOS 05
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a. p q, se V(p) = F e V(q) = F. b. p q, se V(p) = F e V(q) = F.
c. p q, se V(p) = F e V(q) = F. d. p q, se V(p) = F e V(q) = F.
e. p q, se V(p) = V e V(q) = F. f. p q, se V(p) = V e V(q) = F.
g. p q, se V(p) = V e V(q) = F. h. p q, se V(p) = V e V(q) = F
I. p q, se V(p) = F e V(q) = V. j. p q, se V(p) = F e V(q) = V.
k. p q, se V(p) = F e V(q) = V. l. p q, se V(p) = F e V(q) = V.
m. p q, se V(p) = V e V(q) = V. n. p q, se V(p) = V e V(q) = V.
p. p q, se V(p) = V e V(q) = V. q. ~p se V(p) = F.
1º processo:
Nas duas primeiras colunas indicam-se as combinações dos valores lógicos de p e q.
Na terceira coluna calculam-se os valores lógicos de (p q).
Na quarta coluna calculam-se os valores lógicos de ~(p q).
Como são necessários os valores lógicos de ~q para obter p ~q, na quinta coluna calculam-se os
valores lógicos de ~q.
Na sexta coluna calculam-se os valores lógicos de p ~q, e finalmente, na sétima coluna calculam-
se os valores de ~(p q) (p ~q).
2º processo
Este processo consiste em construir as duas primeiras colunas para os valores lógicos das
proposições simples envolvidas e, à direita, uma coluna para cada proposição e para cada conectivo
que figura na proposição composta.
Observando a ordem das operações lógicas envolvidas calculam-se os valores lógicos relativos a
cada coluna.
É aconselhável deixar uma linha no final da tabela para numerar a seqüência dos cálculos a serem
feitos.
Para o mesmo exemplo anterior, devemos criar 11 tabelas pois temos duas proposições simples e 8
proposições e conectivos figurando na proposição composta.
p q ~ (p q) (p ~ q)
V V F V V V V V F F V
V F F V V F V V V V F
F V F F V V V F F F V
F F V F F F F F F V F
4 1 3 1 6 1 5 2 1
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Para simplificação pode-se eliminar as duas primeiras colunas pois os valores lógicos de p e q
irão figurar nas demais colunas.
Exercícios resolvidos
1. Construir a tabela verdade da proposição (p ~q) ((~p r) ~q)
1º processo.
p q r ~p ~q p ~q ~p r ((~p r) ~q) (p ~q) ((~p r) ~q)
V V V F F F V F V
V V F F F F F F V
V F V F V V V V V
V F F F V V F F F
F V V V F V V F F
F V F V F V V F F
F F V V V V V V V
F F F V V V V V V
1 2 3 4 5 6 7 8 9
(p ~ q) ((~ p r) ~ q)
V F F V V F V V V F F V
V F F V V F V F F F F V
V V V F V F V V V V V F
V V V F V F V F F F V F
F V F V F V F V V F F V
F V F V F V F V F F F V
F V V F F V F V V V V F
F V V F F V F V F V V F
1 9 6 2 12 8 3 10 5 11 7 4
(p ~ q) ~ (q (r ~ p))
F V F V F F V V F F V F
1 8 6 3 12 11 4 10 5 9 7 2
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Ordem dos cálculos:
1, 2, 3, 4, 5 – valores lógicos de p, q e r.
6, 7 – negações de q e p.
8 – resultado de 1 e 6.
9 – resultado de 5 e 7.
10 – resultado de 4 e 9.
11 – negação de 10
12 – resultado de 8 e 11.
Assim, o valor lógico de P(p, q, r), para P(FVF), é F como pode ser visto na coluna 12.
(p ~ q) ~ (q (s ~ r)
V V V F V V F F V F F V
1 8 6 2 12 11 3 10 4 9 7 5
Os dois principais programas que trabalham com planilhas de cálculos são o Excel do pacote
Office da Microsoft e o StarCalc do pacote do Star Office da Sun Micro Systems. A vantagem do
segundo em relação ao primeiro está na gratuidade do programa (até versão 5.2) e no uso para
cálculo com matrizes.
Iremos descrever aqui, como usar o StarCalc, porém os procedimentos são idênticos para os
dois.
(1) Para inicializar o StarCalc, use o caminho: botão INICIAR, Opção PROGRAMAS, Star Office – v,
Star Office – v. (v é a versão instalada).
(2) Ao abrir a página inicial serão exibidos os ícones dos programas constantes do Desktop (página
inicial do Windows) e a seguir uma janela onde você faz as opções sobre os programas para uso da
Internet. Marque a opção “sem modificações” e clique em OK.
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Dependendo da configuração, na parte inferior da página, será exibido um quadro onde são
fornecidas dicas sobre o uso do programa. Clique no botão marcado com “X” para fechar este
quadro e assim, ser possível o trabalho em tela cheia.
(3) A seguir, clique no menu Fichero (Arquivo), desloque o ponteiro do mouse até a opção Novo. A
seguir, desloque o ponteiro do mouse até a opção “Folha de Cálculo” e clique nessa opção.
Será então aberta uma folha dividida em retângulo. Tal folha é chamada de planilha e cada
retângulo é uma célula. A posição da célula é identificada por uma letra (coluna) e um número
(linha).
Assim, a célula C5, é o retângulo posicionado na coluna C e na linha 5.
Para construir tabelas verdades devemos indicar nas células um dos julgamentos
VERDADEIRO ou FALSO por extenso.
Os comandos para os cálculos são: = NÃO(p), = OU(p; q); = E(p; q) onde p e q são as células
onde estão registrados os valores VERDADEIRO ou FALSO.
Vejamos como criar uma tabela verdade no StarCalc (ou no Excel). Tomemos por exemplo, a
tabela verdade de p ~q.
Serão indicadas as células a serem usadas para facilitar as referências.
(4) Nas células B2, B3, B4, B5 digite os valores lógicos de p (VERDADEIRO, VERDADEIRO, FALSO,
FALSO);
(5) Nas células C2, C3, C4, C5 digite os valores lógicos de q (VERDADEIRO, FALSO, VERDADEIRO,
FALSO);
(6) Na célula D2 digite =NÃO( e a seguir clique na célula C2. Digite ) para fechar o parêntese e
completar =NÃO(C2). Assim, você terá o valor lógico de ~q.
Pressione ENTER.
(7) Clique na célula D2 para seleciona-la. No canto inferior direito da célula será exibido um
pequeno quadrado em negrito. Posicione o ponteiro do mouse sobre o quadrado e, mantendo
pressionado o botão esquerdo do mouse, arraste o ponteiro até a célula D5.
Isto fará copiar a fórmula para as demais células.
Nas células D2, D3, D4, D5 serão exibidos os valores lógicos de ~q (FALSO, VERDADEIRO, FALSO,
VERDADEIRO).
(8) Na célula E2 digite =OU( , clique na célula B2, digite (;) sem os parênteses, clique na célula D2,
digite ) para fechar o parênteses. Pressione a tecla ENTER.
Proceda como em (4) para obter os valores lógicos de p ~q.
EXERCÍCIOS 06
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4. A partir das conclusões tiradas nos exercícios 2 e 3, negue as proposições:
a) Maria é bonita e Maria é estudiosa.
b) Maria é bonita ou Maria é estudiosa.
c) Maria não é bonita e Maria não é estudiosa.
d) Maria não é bonita ou Maria não é estudiosa.
e) Maria não é bonita ou Maria é estudiosa.
f) Maria é bonita e Maria não é estudiosa.
g) Maria é bonita ou Maria não é estudiosa.
7. Considere as proposições p: A lua tem luz própria; q: A Unipac ministra curso superior; r: Pedro
Álvares Cabral descobriu o Brasil; s: Santos Dumont inventou a lâmpada.
Determine o valor lógico das proposições:
a) (p q) (r s). b) (p q) (r s). c) ~(p q) ((p ~r) (~q s)).
d) ~(p q) ~(p ~r) (~q s) e) ~(s q) ~(p ~r)
8. Escreva as proposições sob forma simbólica, construa a tabela verdade e, a partir do resultado
encontrado decida o que Antônio deve fazer.
a) Antônio irá passear se e somente se Carlos for jogar futebol e Marina for assistir televisão.
b) Marina irá assistir televisão se Luis ou Paula trouxer um filme romântico.
c) Paulo irá trazer o filme, mas Carlos não vai jogar futebol.
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CAPÍTULO 4 – TAUTOLOGIAS E CONTRADIÇÕES
4.1 – DEFINIÇÕES
(1)
p q pq qp (p q) (q p)
V V V V V
V F F F V
F V F F V
F F F F V
Nas duas primeiras tabelas, quaisquer que sejam os valores lógicos de p e q, V(P) = V e nas
duas últimas, quaisquer que sejam os valores lógicos de p e q, V(P) = F.
As duas primeiras proposições são chamadas de TAUTOLOGIA e as duas últimas de CONTRADIÇÃO.
Definição 1 – Chama-se TAUTOLOGIA à proposição composta P(p, q, r, ...) tal que V(P) = V,
quaisquer que sejam os valores lógicos das proposições simples envolvidas.
As tautologias são também chamadas de “proposições logicamente verdadeiras”.
Definição 2 – Chama-se CONTRADIÇÃO à proposição composta P(p, q, r, ...) tal que V(P) = F,
quaisquer que sejam os valores lógicos das proposições simples envolvidas.
As contradições são também chamadas de “proposições logicamente falsas” ou
“contraválidas”.
EXERCÍCIOS 7
1. Dadas as proposições abaixo, verifique quais são tautologias, quais são contradições e quais são
contingências.
a) (p q) ((p q) (q r)) b) ((p q) p) q c) (p q) (p ~q)
d) p (p q) r e) ~(~p q) (p q) f) p (q (q p)
g) (p q) ~(p q) h) (q p) (p q) i) (p q) ((p r) (q r))
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4.2 – IMPLICAÇÃO E EQUIVALÊNCIA LÓGICAS
Por exemplo: se A e B são ângulos opostos pelo vértice então eles são iguais. Nesta
proposição “A e B são ângulos opostos pelo vértice” é a hipótese e “eles são iguais é a tese”.
A hipótese é uma proposição que se supõe verdadeira enquanto que a tese é uma proposição que se
quer provar.
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Vejamos a equivalência entre as proposições: p q, q p, ~p ~q e ~q ~p.
p q ~p ~q pq qp ~p ~q ~q ~p
V V F F V V V V
V F F V F V V F
F V V F V F F V
F F V V V V V V
1 2 3 4 5 6 7 8
EXERCÍCIOS 08
1. Mostre que:
a) p q p q b) p q q p c) p q p d) p q q
e) (p q) (q p) f) ~(p ~q) ~p q.
Na álgebra das proposições se P(p, q, r, ...) Q(p, q, r...), pode-se substituir P(p, q, r, ...)
por Q(p, q, r...). Em alguns programas, como Excel e Starcalc podem-se construir tabelas verdade,
entretanto, nem todos os conectivos poderão ser usados. Assim, é importante saber substituir
conectivos por outros.
Vejamos as possíveis substituições:
(1) p q pode ser substituído por ~p q pois ~p q p q.
(2) p q pode ser substituído por (~p q) (~q p).
(3) p q que equivale a ~(p q) pode ser substituída por (p ~q) (q ~p).
A comprovação destas correspondências pode ser feita através das tabelas verdades.
(1) p q ~p ~p q pq
V V F V V
V F F F F
F V V V V
F F V V V
(2) p q ~p ~q ~p q ~q p (~p q) (~q p) pq
V V F F V V V V
V F F V F V F F
F V V F V F F F
F F V V V V V V
Observando as duas últimas colunas das tabelas verifica-se a igualdade dos valores lógicos
das duas proposições.
EXERCÍCIOS 09
1. Construa as tabelas das proposições ~p, p q, p q, p q, p q, p q.
2. Construa as tabelas das proposições dadas nos exercícios nº 2 página 12, nº 1 página 13, nºs 6 e
7 página 18.
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UNIDADE 3 – ÁLGEBRA DE BOOLE
CAPÍTULO 5 – PORTAS LÓGICAS
1ª fase – o ábaco – data do ano 500 a.C. – usado para registro e contagem de valores, bem como
realização de operações simples como adição e subtração. Consistia essencialmente de várias fileiras
com seis peças. Em cada uma dessas fileiras, uma das peças apresentava-se separada das demais.
O processo usado na contagem ou nas operações tinha por base o complemento dos dígitos 1, 2, 3,
4, e 5 em relação a 10. Por exemplo para registrar o número 8, movia-se a peça separada para
indicar 5 e separavam-se 3 das outras cinco peças agrupadas.
2ª fase – contador mecânico de rodas e engrenagens dentadas – segundo consta, data de 1642,
inventada pelo francês Blaise Pascal, matemático e filósofo. Cada roda continha dez dentes. Ao
completar uma volta, um dos dentes, mais longo que os demais fazia girar um dente da roda
seguinte. Este processo é ainda usado nos marcadores de quilometragem dos automóveis.
3ª fase – dispositivos eletromecânico – no final do século XIX foi inventado o motor elétrico e com
ele foi possível fazer funcionar os sistemas mecânicos por meio de motores.
4ª fase – dispositivos eletrônicos – com a invenção da válvula em 1906, as máquinas de calcular
puderam se tornar mais leves pois utilizavam apenas sinais elétricos para o seu funcionamento,
associando o 0 à não passagem de uma corrente e o 1 à passagem da corrente. Assim, passou a ser
usado um sistema binário no lugar de um sistema decimal. As válvulas, que implicavam em
construção de circuitos que ocupam um grande espaço, foram sendo substituídas por novas
invenções como dispositivos transistorizados até chegar aos nossos dias onde são usados os
denominados circuitos integrados que, ocupando pequeno espaço tornou possível a construção de
microcomputadores.
Se considerarmos um circuito elétrico com uma fonte, chaves liga-desliga e lâmpadas, são
possíveis diversas combinações entre estes elementos e assim efetuarmos operações binárias. Isto é
operações onde a lâmpada será acesa ou não.
Vejamos alguns exemplos:
(1) O circuito permite dois resultados: (i) chave aberta
fonte lâmpada apagada e (ii) chave fechada lâmpada acesa.
Operações possíveis:
A B
A e B abertas lâmpada apagada
(2) fonte A aberta e B fechada lâmpada apagada
A fechada e B aberta lâmpada apagada
A e B fechadas lâmpada acesa.
A Operações possíveis:
B A e B abertas lâmpada apagada
(3) fonte A aberta e B fechada lâmpada acesa
A fechada e B aberta lâmpada acesa
A e B fechadas lâmpada acesa.
Como será visto posteriormente, os circuitos acima apresentam propriedades e operações
semelhantes às propriedades da teoria dos conjuntos e à lógica das proposições.
Podemos então definir: “lógica binária ou álgebra booleana é um sistema que opera com dois
valores tendo como resultado um destes valores”.
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As operações fundamentais usadas na álgebra booleana são denominadas:
(1) NOT – não – que para a variável A, se indica A ou A’.
Esta operação equivale ao complementar do conjunto A na teoria dos conjuntos e à ~p na
álgebra das proposições.
(2) AND – e – que, para as variáveis A e B, se indica A AND B ou A.B.
Esta operação equivale à interseção de conjuntos na teoria dos conjuntos e à p q na
álgebra das proposições.
(3) OR – ou - que, para as variáveis A e B, se indica A OR B ou A + B.
Esta operação equivale à união de conjuntos na teoria dos conjuntos e à p q na álgebra das
proposições.
EXERCÍCIO 10
1. Construa uma tabela com as propriedades de 1 a 12 da tabela anterior fazendo a correspondência
entre a álgebra das proposições e a teoria dos conjuntos.
2. Construa um diagrama para o circuito correspondente às operações:
A + (B.C); A.(B + C); (B + C)’ e (B.C)’.
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EXERCÍCIOS 11
1. Construa as tabelas das seguintes expressões booleanas
a) A + A’ b) A.A’ c) (A + B)’ d) (A.B)’ e) A’.B’ f) A’ + B’.
g) A.B.C + A.B’.C’ + A’.B’.C’ h) (A + B).(A + C)’ i) (A.B + A.B’)’
EXERCÍCIOS 12
entradas Exemplo
E1 1
E2 S 1
... porta lógica
0 +
En saída
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A tabela a seguir mostra as portas lógicas, o simbolismo matemático e a representação gráfica das
mesmas.
Podemos associar diversas portas lógicas para que, dada uma entrada a mesma combine
com um conjunto registrador de origem e assim obter um registrador de origem. Veja o exemplo
abaixo.
O registrador de origem fornece um determinado sinal que combinado com o sinal da entrada
resultará no sinal registrado no destino.
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5.7 – TABELAS DAS OPERAÇÕES LÓGICAS
A lógica das proposições utiliza os valores lógicos VERDADEIRO (V) e FALSO (F). Nas portas
lógicas estes valores são equivalentes a 1 e 0, respectivamente. Assim, as tabelas das operações
com as proposições e as tabelas operacionais com as portas lógicas se correspondem.
Temos então:
Como pode ser observado A + (B.C)’ equivale à (B.C)’ para os valores dados.
A representação gráfica da operação acima é:
EXERCÍCIOS 13
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UNIDADE 4 – MÉTODOS DE RACIOCÍNIO
6.1 – INTRODUÇÃO
Entretanto, raciocínio como estes, desde que seguidas algumas regras, poderão ser válidos.
No exemplo (i) partimos de uma afirmação geral para se chegar a uma afirmação particular. Um
raciocínio desse tipo é chamado de DEDUÇÃO. No exemplo (ii) de algumas situações particulares
tentou-se chegar a uma afirmação que poderia ser válida para todas as situações. Este tipo de
raciocínio é denominado INDUÇÃO.
Além dessas equivalências podemos usar as equivalências e implicações abaixo, já provadas por
tabelas verdade,
(4) c p p (5) t p p (6) c p c (7) t p t
(8) p q p (9) p q q (10) p p q (11) q p q.
EXERCÍCIOS 14
Sejam P1, P2, P3, ... Pn, e Q proposições tais que (P1 P2 P3 … Pn) Q, isto é
(P1 P2 P3 … Pn) Q é uma tautologia, dizemos que (P1 P2 P3 … Pn) é um
argumento que tem como conseqüência a proposição Q. As proposições P1, P2, P3, ... Pn são
denominadas premissas e Q é denominada conclusão.
Um argumento de premissas P1, P2, P3, ..., Pn e conclusão Q é indicado por
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6.4 – ARGUMENTOS BÁSICOS VÁLIDOS
Apresentamos abaixo uma relação dos principais argumentos válidos usados também
chamadas regras de inferências. Tais argumentos já forma demonstrados através de tabelas
verdade ou por dedução.
(1) p (q r) P1
(2) p q P2
(3) p P3
Não se pode esquecer que o argumento pode ser demonstrado a partir da tabela verdade
[(p (q r)) (p q) p] r.
EXERCÍCIOS 15
1. Verificar a validade dos seguintes argumentos
a) p q, p r q b) p q, p r s p s.
c) p (q r), p q, p r d) p q r, (r q) (p s t)), p s st
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