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107, de 6 de
abril de 2005, para estabelecer que, no consórcio público com personalidade jurídica de direito
público, o pessoal será regido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Vamos entender o que mudou, mas antes é necessário fazer uma breve revisão a respeito dos
consórcios públicos
Lei nº 11.107/2005
Para atender à determinação constitucional, foi editada a Lei nº 11.107/2005, que dispõe sobre
normas gerais de contratação de consórcios públicos.
O art. 1º da Lei permite que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios contratem
entre si consórcios públicos para a realização de objetivos de interesse comum.
Os objetivos dos consórcios públicos serão determinados pelos entes da Federação que se
consorciarem, observados os limites constitucionais (ex: não é possível que dois Estados-
membros façam um consórcio entre si para explorar um porto marítimo considerando que se
trata de competência da União, nos termos do art. 21, XII, “f”, da CF/88).
A organização e funcionamento dos consórcios públicos serão disciplinados pela Lei nº
11.107/2005 e pela legislação que rege as associações civis (no que não contrariar a Lei nº
11.107/2005).
Desse modo, não há mais dúvidas: os agentes públicos que prestam serviços aos consórcios
públicos com personalidade jurídica de direito público são, obrigatoriamente, regidos pela CLT.
Uma última pergunta: antes desta alteração promovida pela Lei nº 13.822/2019, os
consórcios públicos com personalidade jurídica de direito público já eram obrigados a
observar as normas de direito público no que concerne à realização de licitação, à
celebração de contratos e à prestação de contas?
SIM. Já eram. Isso porque, conforme já explicado acima, os consórcios públicos com
personalidade jurídica de direito público integram a administração pública, nos termos do § 1º
do art. 6º (são autarquias).
Por essa razão, o legislador entendeu que era dispensável mencioná-los no § 2º do art. 6º (em
sua redação original). Desse modo, a necessidade da Lei nº 13.822/2019 de inserir os
consórcios públicos com personalidade jurídica de direito público no § 2º do art. 6º foi apenas
por conta do regime de pessoal, ou seja, apenas para esclarecer que seus funcionários também
são celetistas (empregados públicos), não podendo ser estatutários.