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Índice

INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 2
Principais factores que causaram a queda do preço do petróleo. ....................................... 3
Ascensão meteórica dos EUA como produtor ........................................ 3
Aumento da produção no Iraque. ............................................................ 4
Regresso do Irão ao mercado. ................................................................. 4
Petróleo em alta profundidade do Brasil. ............................................... 5
Arábia Saudita quis manter quota de mercado. ...................................... 5
Países do hemisfério Norte com temperaturas mais quentes .................. 6
Esvaziamento da OPEP........................................................................... 6
Implicações económicas da baixa do preço do petróleo ....................................................... 7
Inflação generalizada .............................................................................. 7
Desvalorização da moeda nacional (Escassez de divisas) ...................... 7
Recessão económica ............................................................................... 8
Diversificação da economia .................................................................... 8
Aumento da taxa de desemprego ............................................................ 9
Repatriamento de capitais ....................................................................... 9
Chegada do FMI ................................................................................... 10
CONCLUSÃO ...................................................................................................................... 11
Referencias bibliográficas................................................................................................ 12

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INTRODUÇÃO

Anteriormente a crise financeira, o petróleo chegou perto dos 150


dólares por barril. Com a chegada da crise, o preço deste insumo chegou a
níveis baixos, mas rapidamente recuperou para a fasquia dos três dígitos,
mantendo felizes as economias mais dependentes da produção desta matéria-
prima. Mas todo esse cenário esfumou-se rapidamente, com os preços
voltaram a baixar, para menos de metade dos 100 dólares. Um hecatombe
que abateu economias desde a América Latina até África, com Angola a ser
uma das vítimas
A forte dependência das receitas petrolíferas fez com que de um
milagre económico, o país entrasse em crise, algo que os preços baixos do
petróleo ameaçam perpetuar.
É por causa desta dependência do petróleo e em conjunto com a
situação económica extremamente frágil, agravou-se os alguns focos de
conflitos políticos e sociais, atingiu-se uma inflação nos dois dígitos e uma
escassez de divisas nos bancos.
A queda das receitas petrolíferas deixaram a economia do país de
rastos e abriram caminho para reformas profundas no aparelho do estado
angolano.
Esta queda dos preços do petróleo resultou numa de cerca descida de
34% das receitas das exportações da matéria-prima no ano passado. Uma
quebra sentida pela Sonangol, a maior petrolífera angolana, mas também um
dos pilares de todo o sistema financeiro do país.

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Principais factores que causaram a queda do preço do petróleo.

Apos esses últimos 4 anos, tudo indica que chegou ao fim a época dos
preços do petróleo acima dos 100 dólares, que começou em 2011. Uma fase
pouco típica já que, durante muito tempo, o petróleo foi vendido por preços
de um ou dois dígitos. Nas décadas de 80 e 90, era normal vender e comprar
o barril de crude por cerca de 20 dólares. Em 1999, o barril do tipo Brent até
chegou a ser comercializado por menos de 10 dólares.

A queda do preço do petróleo sempre trouxe grandes adversidades para


países produtores como Angola, Nigéria e Venezuela, e alguns dos factores
que concorrem para essa situação serão enunciados de seguida:

 Ascensão meteórica dos EUA como produtor.


 Aumento da produção no Iraque.
 Regresso do Irão ao mercado.
 Petróleo em alta profundidade do Brasil.
 Arábia Saudita quis manter quota de mercado.
 Países do hemisfério Norte com temperaturas mais quentes.
 Esvaziamento da OPEP

Ascensão meteórica dos EUA como produtor

Durante o período de 2012 e 2015, os Estados Unidos da América


ampliaram a sua capacidade de produção de petróleo de 10 para 14 milhões
de barris por dia e tornaram-se o maior produtor mundial, ultrapassando a
Rússia e a Arábia Saudita.

Esta quantidade adicional que chega aos mercados através do aumento


da produção nos EUA é gigantesca: Os quatro milhões de barris por dia
equivalem à produção conjunta da Nigéria, de Angola e da Líbia, três dos
maiores produtores de petróleo em África.

Tudo isso apenas foi possível devido a tecnologias inovadoras, mais


propriamente o fracturamento hidráulico, também conhecido como
"fracking".

Este processo é desenvolvido através da injecção de água e líquidos


químicos no interior de rochas subterrâneas que causam um aumento de
fissuras existentes nas mesmas. Esta tecnologia é consideravelmente cara,

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mas nas circunstancias de preços altos dos últimos anos foi rentável e
proporcionou obter petróleo e gás inacessível através dos poços tradicionais.

Nada ilustra melhor a mudança do papel dos Estados Unidos no


mercado mundial do que a quarta-feira, dia 20 de Janeiro de 2016. Nesse dia,
o petroleiro "Theo T" chegou ao porto francês de Fos. A bordo seguia o
primeiro petróleo dos EUA exportado em décadas. Nos anos 70, o Governo
norte-americano tinha proibido as exportações para diminuir as importações.
Mas graças ao aumento da produção, a proibição foi levantada em Dezembro
de 2015.

Aumento da produção no Iraque.

Apesar de passar despercebido, mas o país com o segundo maior


aumento de produção a partir de 2015 foi o Iraque. Apesar da guerra civil
com o Estado Islâmico, o país passou de uma produção diária de 3,3 milhões
de barris por dia, em 2014, para 4,3 milhões de barris por dia no final de
2015. Actualmente a sua produção ronda os 4,4 milhões de barris.

O aumento de da produção de barris junta uma oferta adicional nos


mercados que equivale aproximadamente à produção da Argélia, terceiro
maior produtor africano. E o Iraque já produz mais petróleo do que antes do
início da guerra com os Estados Unidos da América em 2003. O crude
iraquiano é extraído principalmente na região autónoma dos curdos, no norte
do país, a única região relativamente estável do Iraque.

Regresso do Irão ao mercado.

Com a entrada em vigor do acordo nuclear entre o Irão e o grupo "5+1"


(Estados Unidos, Reino Unido, Rússia, China, França, mais Alemanha), em
Janeiro, foi levantada uma grande parte das sanções internacionais contra o
país asiático.

As sanções dificultaram o acesso do Irão ao mercado petrolífero. Após


as sanções, o país deve aumentar a sua produção. Actualmente é de cerca de
três milhões de barris por dia, segundo os relatórios da OPEP, Organização
dos Países Exportadores de Petróleo. Actualmente o Irão esta com uma
produção de aproximadamente 3.8 milhões de barris por dia, sendo o terceiro
maior produtor da OPEP.

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Petróleo em alta profundidade do Brasil.

Outro país que aumentou significativamente o seu volume de


produção é o Brasil. De 2013 a 2015, aumentou a produção de 2,6 para 3
milhões de barris por dia. Segundo dados da OPEP, em 2015, 72 novos poços
entraram em função, depois de 87 em 2014. O Brasil tornou-se líder na
exploração "offshore" em águas ultraprofundas. Foram descobertas grandes
quantidades de petróleo no chamado pré-sal, camadas rochosas a uma
profundidade de quatro a oito quilómetros.

Mas as perspectivas brasileiras não parecem muito animadoras. Para


explorar estes poços são precisas tecnologias que exigem um alto esforço
financeiro e sem viabilidade económica em épocas de preços baixos. E a
maior companhia petrolífera brasileira, a semi-estatal Petrobras, está
envolvida numa série de escândalos de corrupção e já teve que cortar os
planos de investimentos.

Arábia Saudita quis manter quota de mercado.

Nas últimas décadas, a Arábia Saudita era determinante para o preço


do crude. O país tem grandes reservas de petróleo e muitos poços que não
operam no limite da sua produção. Portanto, pode aumentar rapidamente e
com custos muito baixos o volume de crude colocado no mercado e
influenciar estrategicamente os preços. Ao contrário, também poderia
reduzir a sua produção para escassear o petróleo e tornar o "ouro negro" mais
caro.

Mas mesmo com um défice orçamental recorde de 89,2 mil milhões


de euros em 2015 devido à queda do preço do crude, a Arábia Saudita parece
determinada a continuar a produzir mais e não menos como seria de esperar.

Analistas dizem que o objectivo principal dos sauditas é manter a


quota do mercado. O cálculo: com preços baixos, investimentos em poços
com novas tecnologias como o "fracking" e em águas ultraprofundas deixam
de ser rentáveis. Com a saída do mercado destes produtores concorrentes, a
Arábia Saudita assumiria de novo um papel de país determinante.

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Países do hemisfério Norte com temperaturas mais quentes

A ultima década foi a mais quente desde que começaram os registos


de temperatura no século XIX, segundo dados da Agência Federal norte-
americana para a Atmosfera e os Oceanos (NOAA). Por conseguinte os
Invernos no hemisfério norte têm sido tão amenos que a procura de gasóleo
para aquecimento diminuiu nos EUA, na Europa e no Japão. Menos procura
que faz descer os preços.

Esvaziamento da OPEP

Os 13 países membros da OPEP – entre eles a Arábia Saudita, o


Iraque, o Irão, a Nigéria e Angola – são responsáveis por 32,3 milhões de
barris por dia. Portanto, controlam cerca de um terço da produção global de
97 milhões de barris. Teoricamente, deveria ser fácil cortar a produção para
aumentar os preços. E seria de esperar, já que a OPEP foi fundada como um
cartel clássico cuja função é manter os preços altos para o benefício do
produtor (e em detrimento dos consumidores).

Mas, até agora, nenhum país membro da OPEP implementou cortes.


Quase todos mantiveram a produção estável ou até aumentaram o volume de
crude extraído. Pelos vistos, a OPEP ainda não consegue travar a queda livre
do preço.

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Implicações económicas da baixa do preço do petróleo

 Inflação generalizada
 Desvalorização da moeda nacional (Escassez de divisas)
 Aumento da taxa de desemprego
 Recessão económica
 Repatriamento de capitais
 Diversificação da economia
 Chegada do FMI

Inflação generalizada

Em Angola, 2016 começou com a subida dos preços dos combustíveis,


o que resultou no aumento do valor das deslocações de pessoas e bens. A
baixa do preço do barril do petróleo nesta mesma fase resultou no termino
do subsidio estatal ao gasóleo e a gasolina.

Esta medida influenciou directamente a subida dos preços da cesta


básica das famílias angolanas. A titulo de exemplo, uma caixa de coxa de
frango que custará 2 mil kzs, passou instantaneamente a custar cerca de 6
mil. Bens e serviços tornaram-se muito mais caros, principalmente os
importados.

A inflação em Angola em Outubro de 2018 estava cifrada em torno dos 18%.

Desvalorização da moeda nacional (Escassez de divisas)

A escassez de divisas em Angola tem levado os bancos comerciais a


aplicarem restrições e, suspender o levantamento de dólares nos balções.

A escassez de divisas e a redução de consumo estão intimamente


relacionadas e afectam directamente as importações de bens e serviços para
Angola. Contudo, actualmente mesmo com o mercado retraído, e com uma
desvalorização galopante assustadora, os empresários estrangeiros que
laboram em Angola afirmam que o ambiente económico tem melhorado,
dada a agilidade que se ganhou no processo de pagamentos ao exteriror.

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A dificuldade em repatriar capitais é o factor que mais afecta a
confiança dos agentes empresariais estrangeiros, contribuindo para a redução
das vendas.

Recessão económica

O ano de 2018 em Angola ficou marcado pelo lançamento do governo,


através do seu banco central (BNA), de uma politica monetária e cambial
assente na restrição da circulação da massa monetária e na desvalorização
repentina do Kwanza, tendo tais politicas, um efeito restritivo imenso na
economia do pais. Talvez essa medida tenha levado o pais a presente
recessão.

O processo foi baseado, em termos mais simples, na desvalorização


do kwanza tirando dinheiro da economia; e sem dinheiro não há economia
moderna que progrida.

Diversificação da economia

Este é um dos aspectos mais referenciados no contexto da queda do


preço do petróleo.

Há quem veja o actual momento como uma oportunidade para a


“libertação da petrodependência” por meio da diversificação da economia e
adaptação das empresas que exportam a um perfil real do consumo do país.

Foram também desenvolvidas politicas que incentivam a


diversificação económica.

Este processo não implica um aumento da despesa pública, mas sim a


criação de condições legais que impulsionem o investimento privado.
Concorrem dois factores para que a diversificação aconteça; Os incentivos
fiscais criados para que os privados entrem em diversos sectores de
actividade, e a estabilização do ambiente de macroeconomia. Mas a questão
não é tanto diversificar ou não, mas sim ter sectores da economia que
representem uma percentagem alta das receitas no PIB.

Nesse diapasão, o governo deverá apenas tratar da criação das infra-


estruturas certas e o quadro regulatório adequado para o sector privado poder
produzir.

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Aumento da taxa de desemprego

Com a baixa do preço do petróleo e a falta de divisas, as empresas


angolanas começaram a fechar as portas, sobretudo aquelas que não
conseguem fazer transacções a nível internacional.

Segundo Manual Viagem, o secretario-geral da União Nacional dos


Trabalhadores Angolanos (UNTA), Cerca de 100.000 trabalhadores
angolanos perderam o emprego desde finais de 2014 a 2018, com maior
incidência para o sector da construção, devido à crise económica que o país
atravessa.

A desaceleração da economia angolana desde 2014, devido à quebra


na cotação internacional do barril de petróleo, que garantia cerca de 95% das
exportações angolanas, concorreu em grande medida para perda de postos de
trabalho em todo país.

Repatriamento de capitais

A 28 de Junho último, Angola aprovou a Lei sobre o Repatriamento


de Recursos Financeiros, instrumento legal que estabelece os termos e as
condições de repatriamento de capitais domiciliados no exterior do país, os
efeitos jurídicos de natureza fiscal ou cambial do repatriamento voluntário
dos referidos recursos e o regime sancionatório do repatriamento coercivo
dos activos ilicitamente transferidos e mantidos no exterior do país.

Uma das soluções apresentadas pelo Executivo foi a apresentação de


um pacote legislativo que possibilitasse aos cidadãos angolanos que tivessem
dinheiro no estrangeiro, que o repatriassem quase sem restrições para que
assim se pudessem dinamizar políticas de recuperação económica e social
indispensáveis para a tentativa de esbater as diferenças abissais que há na
sociedade angolana.

O diploma legal tem um período de seis meses, que termina em


Dezembro deste ano, para que todos "aqueles que se sintam incluídos",
possam de forma voluntária repatriar para o país os capitais domiciliados no
estrangeiro.

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Chegada do FMI

A missão do FMI chegou a Angola para fazer primeiramente uma


analise da real situação económica do pais. Nesse fase houve negociações
com as autoridades angolanas para se analisar qual a melhor forma de o FMI
prestar apoio às políticas e reformas económicas definidas no Programa de
Estabilização Macroeconómica (PEM) e no Plano de Desenvolvimento
Nacional (PDN) de 2018 a 2022.

A missão do FMI foi coordenada pelo economista francês Mário de


Zamaroczy, e integrou especialistas das áreas em discussão no quadro do
acordo em negociação.

Em Junho, após duas reuniões integradas no contexto de consultas


regulares, o FMI defendeu que o Governo angolano terá de duplicar o preço
do litro de gasolina e de gasóleo em oito meses para eliminar os subsídios
que atribui à petrolífera estatal Sonangol para manter os preços baixos.

A posterior, o governo concordou em transformar o Instrumento de


Coordenação de Políticas (PCI na sigla inglesa), que tinha estabelecido com
o Fundo Monetário Internacional (FMI), num Programa Ampliado de
Financiamento (EFF) a dois anos prorrogáveis por mais um, anunciou ontem
o Ministério das Finanças, depois de uma missão ao país do corpo técnico da
instituição internacional.

O FMI constatou, que a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto


(PIB) real para 2018 em Angola era mais moderada do que o esperado, o que
reflecte uma redução acentuada da produção de petróleo e gás.

Os técnicos do FMI advertiram para o que deve acontecer, em


consequência do abrandamento da expansão do PIB, um impacto negativo
nas contas fiscais e externas e um aumento do défice da conta corrente.

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CONCLUSÃO
Após a elaboração deste trabalho, conclui-se que temos uma economia
ainda muito dependente do sector petrolífero, que como referido, é a base de
geração dos recursos cambiais para o país, e que qualquer dificuldade com
esse sector acaba por ser transversal à economia. Mesmo os operadores do
sector não petrolífero com estrutura montada e capacidade produtiva
relevante são reféns de factores de produção importados.

Isto quer dizer que Angola continua completamente dependente do


petróleo e que a desvalorização tornou proibitiva a importação de maquinaria
e investimentos (e outros factores de produção) para relançar a economia

O desestimulo financeiro para exploração e a produção afectam


directamente no crescimento do país. Talvez novos acordos políticos a níveis
internacionais pudessem ser firmados, com o objectivo de encontrar a melhor
solução para minimizar os efeitos dessa recessão, ou talvez a solução seja
mesmo esperar o alinhamento do mercado para então elevar os níveis de
produção, o que seria uma temática interessante para trabalhos futuros.

Contudo, para 2019 as agências internacionais, cujas análises devem


ser sempre estudadas com dúvidas, mas que apresentam uma base de
raciocínio, apontam um crescimento para o pais na ordem dos 2,3% .

Para essa previsão optimista, contribuirão os efeitos do empréstimo de


2 mil milhões realizado à China, o apoio do FMI e o aumento do preço do
petróleo.

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Referencias bibliográficas

Site http://angola24horas.com/index.php/economia/item/12100-
negocio-encolheu-em-angola-e-o-ambiente-melhorou-dizem-os-
exportadores.
Site https://www.imf.org/pt/News/Articles/2018/12/07/pr18463imf-
executive-board-approves-extended-arrangement-under-the-extended-fund-
facility-for-angola.
Site http://www.valoreconomico.co.ao/economia-politica/item/4412-
eua-promete-ajudar-angola-no-repatriamento-de-capitais-ilicitos.
Diario da republica, I serie nº 92, de 26 de junho de 2018 – Lei de
repatriamento de recursos financeiros.
https://pt.tradingeconomics.com/angola/food-inflation.
https://mercado.co.ao/economia/taxa-basica-fecha-o-ano-como-a-mais-alta-
da-sadc-CC307217.
Mafo, José Alberto – Mestrado em desenvolvimento e cooperação
internacional : As medidas de reformas estruturais em Angola no âmbito do
acordo stand by com o fundo monetário internacional. Lisbon School of
Economics & Management (ISEG). Lisboa 2014.

Governo de Angola – Linhas mestras para definição de uma estratégia para


a saída da crise derivada da queda do petróleo no mercado internacional.
Luanda. 2016.

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