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Savino: de Ispani para Leopoldina.

A origem italiana de
Fernando Sabino.
Luja Machado e Nilza Cantoni

IMIGRANTES ITALIANOS EM LEOPOLDINA

A partir de 1998 foram escritos diversos artigos com o objetivo de prestar uma justa homenagem aos
imigrantes italianos que se instalaram no município de Leopoldina entre 1880 e 1910, aos que viveram na
Colônia Agrícola da Constança e a todos os oriundi que ajudaram a transformar a economia da cidade, com o
fim da escravidão e alterações no processo de produção do café.
O interesse inicial pelo assunto surgiu no decorrer de um estudo sobre as antigas famílias
leopoldinenses quando foi observado, nos livros das paróquias, uma grande incidência de sobrenomes não
portugueses entre noivos, pais e padrinhos de crianças batizadas. Constatou-se que 10% dos noivos do
período de 1890 a 1930 eram imigrantes, sendo que 9% eram italianos e os demais, portugueses, espanhóis,
sírios, açorianos, franceses, egípcios e nativos das Ilhas Canárias.
Percebeu-se, então, que um contingente significativo de habitantes estava carente de um estudo
melhor sobre suas vidas e importância para o município, estatisticamente com forte presença de descendentes
daqueles que, chegados ao Brasil no último quartel do século XIX, ali se estabeleceram e muito contribuíram
para o desenvolvimento econômico e social, sem que se tenha notícia de qualquer movimento permanente no
sentido de manter viva a memória daqueles conterrâneos por adoção.
Na verdade há poucas fontes de consulta para a época em que chegaram os personagens que serão
abordados. Ainda não haviam sido implantadas as hospedarias e nem todos os manifestos de vapores foram
preservados.
Assim, algumas pistas vieram de intérpretes daquele momento, incluindo a informação de que os
italianos procedentes do vêneto eram mais afeitos à agricultura e que os toscanos e os meridionais
procuravam as cidades para se estabelecerem com atividade comercial.
Este ensaio tratará de um grupo procedente da Campania, mais especificamente da província de
Salerno.
Mas antes de detalhar suas características, é importante ressaltar que seria impossível compreendê-lo
analisando-o de forma isolada, ainda que seus componentes pertencessem a diferentes famílias nucleares,
tivessem idade diversa e possivelmente habilidades produtivas também variadas. É importante, também,
relembrar algumas informações sobre a Itália.
Como se sabe, a Campania pertencia ao Reino das Duas Sicílias antes da unificação e estava dividida
em quatro províncias: Napoli, Terra di Lavoro (Caserta), Principato Citeriore (Salerno) e Principato Ulteriore
(Avellino). Cada província era dividida em distritos e no Principato Citeriore os distritos eram Salerno, Sala,
Campagna e Vallo.
É preciso, também, ressaltar que a unificação foi um processo paulatino e que as trocas comerciais
não se modificaram abruptamente com a proclamação do Reino da Itália. Por consequência, o trânsito
interdistrital permaneceu e seria contraproducente definirmos o local de origem do nosso grupo pelos estritos
limites geográficos, porque sabemos que as divisas são artificiais e nem sempre se preocupam com a
personalidade histórica ou as práticas dos habitantes de uma localidade.
Com tais considerações, partiu-se para a busca de referências aos sobrenomes Appratto, Cazzolino,
Eboli, Pagano, Polito, Petrola, Savino e Tambasco, grupo da Campania identificado em Leopoldina cujos
nomes e sobrenomes muitas vezes estão grafados de forma diferente nas fontes paroquiais e civis aqui no
Brasil.
Foram encontrados diversos vínculos entre alguns deles na documentação do Tribunal de Sala
Consilina, disponíveis em microfilme d’A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. E o comune
de Ispani surgiu como provável centro de difusão das famílias pesquisadas. Mas não havia microfilmes dos
lugares mencionados naquela documentação e as consultas epistolares não trouxeram o retorno esperado.


José Luiz Machado Rodrigues e Nilza Cantoni são pesquisadores da História de Leopoldina, MG, com trabalhos
publicados em www.cantoni.pro.br
Somente alguns anos depois começaram a surgir outras fontes, como alistamento militar e registros civis,
publicadas em sites de arquivos provinciais, permitindo coletar mais informações.
Enquanto isso, a busca por fontes aqui no Brasil continuava.
Até que, no último ano, com a colaboração de Stanley Savoretti, foi possível fechar o estudo de uma
das famílias. Antes, porém, é interessante refletir um pouco sobre o movimento de saída dos imigrantes de
sua terra natal.

DE ISPANI PARA O BRASIL

Informação estatística divulgada por Carpi (1874, p.18-21) indica que no ano de 1871 a população
italiana totalizava 25.985.421 habitantes, dos quais 101.815 requereram passaporte para saírem do país,
sendo que destes, 2.014 viviam na província de Salerno, aí não computados outros 113 que emigraram
clandestinamente.
Segundo o mesmo autor (p.44), os moradores de Salerno que se dirigiam ao exterior em 1871 tinham
como principal objetivo fazer fortuna como seus conterrâneos que haviam retornado ao país pouco antes, ou
aqueles que enviavam grandes somas em dinheiro para os parentes que haviam permanecido na localidade de
origem.
Percebe-se, ainda nas palavras deste analista da emigração italiana da época, referência ao sonho de
fare l’america que povoava a imaginação de muitos italianos que chegavam ao Brasil. Mas o autor ressalta
que a saída de Salerno vinha diminuindo, se comparada com a década anterior.
Outro quadro interessante, apresentado por Carpi (p.48-50), indica as profissões dos emigrados de
Salerno: 1301 camponeses, 78 comerciantes, 473 artesãos, 31 proprietários rurais, 38 marinheiros e 93
profissionais diversos.
Quanto ao destino, pouco mais de uma centena dirigiu-se para a América, em 1871, sendo apenas 40
para o Brasil. Já no ano de 1872, para um total de 4.499 emigrantes de Salerno, 4.081 dirigiram-se para o
continente americano (p.240 e 226). E no ano de 1873, dos 4.947 emigrantes daquela província, 4.814
vieram para as Américas.
Nos relatórios consulares incluídos no volume dois da obra de Carpi (p.128-129), uma análise sobre
os emigrantes italianos que viviam no Brasil entre os anos de 1869 e 1872 indica que a maioria era pobre,
sem instrução nem capacidade para o exercício de funções que pudessem lhes proporcionar um bom
rendimento. Assim despreparados, obrigavam-se a aceitar qualquer trabalho ou a viver da caridade alheia.
Mas, acrescenta o autor do relatório, no Brasil vivia um grande número de artistas de teatro e músicos
italianos; em quase todas as cidades do Império existia um restaurante italiano e as atividades mais comuns
para os demais era o comércio ambulante, a construção de estradas, funilaria e trabalho de garçom.
Zuleika Alvim (1998, p.216) aborda a expectativa otimista que sustentava a decisão dos europeus
pobres de emigrarem para um país chamado Brasil. Segundo ela, pregadores poloneses divulgavam a
imagem de um país onde não faltavam alimentos; italianos cantavam que iriam para a terra da prosperidade,
deixando o trabalho com a enxada para seus ricos senhores; a cantiga alemã ressaltava que partiriam com
toda a família para a terra prometida, onde “se encontra ouro como areia”. Esta era, segundo a autora, a
imagem que faziam do Brasil os imigrantes que começaram a chegar a partir de 1870. Não foi, ressalta
Alvim, imagem criada pelos agenciadores de mão-de-obra, mas introduzida na Europa pelos relatos de
viajantes desde o século XVI.
Assim como outros analistas do processo, também Alvim se refere à passagem do sistema feudal
para o de produção capitalista, com a concentração da terra nas mãos de poucos e os altos impostos
transformando os pequenos proprietários em mão-de-obra para a nascente indústria. Em alguns países, a
industrialização tardia não teve como absorver o excedente de trabalhadores que, além disso, paulatinamente
tiveram algumas de suas tarefas absorvidas por máquinas.
A fome e a miséria tornaram-se ameaça constante, preocupando os dirigentes que temiam revoltas
populares incontroláveis. Emigrar foi, portanto, a solução encontrada do lado de lá do Atlântico e, do lado de
cá, países em desenvolvimento como Brasil e Argentina começaram a atrair imigrantes para ocupar suas
terras. Segundo Alvim (p.220), “mais de 50 milhões de europeus deixaram o continente entre 1830 e 1930”,
sendo que 22% deles vieram para a América Latina e os italianos eram 38% dos imigrantes que se fizeram ao
mar.
Na Itália, lembra a mesma autora (p.226), “o verbo buscar ganhou destaque. Buscou-se trabalho
primeiramente nas cidades, e em seguida nos países vizinhos, estabelecendo-se uma migração sazonal”.
Sobre tal aspecto, informativos do CISEI1 para o período objeto deste estudo esclarecem que entre
1878 e 1882 a Campania aparecia com o maior número de expatriados, numa avaliação das províncias do sul
e das ilhas italianas.
Abruzzo Molise Campania Puglia Basilicata Calabria Sicilia Sardegna
1878 382 1054 4487 503 2441 2143 1065 16
1879 621 1541 9373 558 5766 3777 888 23
1880 621 1314 9698 471 5182 2952 884 16
1881 656 2296 10970 379 4920 4551 1143 68
1882 1520 3215 14107 790 7786 10522 3215 205
Total 3800 9420 48635 2701 26095 23945 7195 328

Considerando que as poucas informações de fonte oral obtidas indicam origem rural do grupo objeto
deste estudo, foram procurados indicadores das atividades econômicas e condições de moradia da região de
origem.
Segundo Fondi (1964, p.316) e Taruffi et all (1908, p.762) o tipo de habitação rural na Campania era
uma espécie de cabana circular de paredes construídas com pedras e tijolos de argila e esterco, cobertas de
palha. O telhado era, geralmente, sustentado por pedra calcária. Em geral, as casas eram divididas em dois
ambientes: num deles dormia a família inteira e, no outro, os porcos e galinhas. As paredes eram escuras,
mal rebocadas e sujas. O chão era de terra batida. Raros móveis e algumas caixas de madeira compunham o
ambiente.
Quanto à dieta, Alvim (1998, p.228) informa que era composta de pão de farinha de cevada ou
centeio com verduras ou cebolas cruas. Naquele quadro de penúria eles valorizavam, fundamentalmente, a
posse da terra, ainda que exercessem profissões pouco especializadas nos núcleos urbanos mais próximos da
moradia no campo.
Diante do quadro, não é difícil compreender o fascínio que lhes despertou a hipótese de se tornarem
proprietários de uma gleba num país distante onde não faltava alimento, teto e religião. Mesmo aqueles que
já se haviam proletarizado nas periferias dos centros urbanos, como operários de fábricas, sonhavam retomar
seu modo de vida rural, dentro da estrutura familiar a que estavam habituados.
Os italianos que chegaram ao Brasil entre o final da década de 1870 e o início da seguinte aportaram
num país que não tinha políticas de imigração bem delineadas e a introdução podia ser feita por conta do
governo federal, dos governos provinciais ou mesmo de particulares.
No caso de Minas Gerais é mais forte a percepção de que a administração central não tinha recursos
e os fazendeiros estavam interessados na introdução de imigrantes em larga escala, de modo a compensar a
escassez de escravos que vinha se agravando há alguns anos. E os primeiros tempos foram repletos de
problemas de toda ordem, muitos gerados por certa ânsia de mobilidade que povoava o comportamento dos
imigrantes, especialmente dos italianos. A maioria não pensava em se fixar aqui, mas em conseguir algum
dinheiro e voltar ao seu país. A ansiedade entre eles se reflete na trajetória de grupos que não paravam em
fazenda alguma, sempre em busca de melhores salários.
Por outro lado, aos fazendeiros não interessava arcar com as despesas de transporte dos imigrantes
para sua propriedade sem garantir que lá permaneceriam. Donde surgiram procedimentos que visavam
cercear a liberdade dos colonos e que, muitas vezes, encontrou forte reação entre eles. O mais comum era o
imigrante abandonar a fazenda e pegar a estrada sem destino bem definido. Com a ampliação da malha
ferroviária pela zona da mata sul, contam-se inúmeros casos de famílias que passavam poucos meses na
fazenda e logo estavam de volta à estação, buscando embarque para outro destino.
Segundo Trento (1998), Minas Gerais era a terceira área em ordem de importância dentre as
atingidas pela emigração peninsular. Destaca que somente em 1887 o governo mineiro começou a incentivar
a imigração em função das exigências de recrutamento de mão-de-obra por parte dos fazendeiros e que, até
1893, os viajantes tinham que reembolsar 2/3 da passagem e os próprios fazendeiros eram solicitados a
contribuírem para o financiamento da operação.
Citando Mazzini (1905), Trento lembra que a ocupação dos imigrantes que se dirigiram para a Corte
e a província fluminense era diferente da ocorrida em Minas Gerais. Segundo ele, para o Rio de Janeiro
vieram meridionais, principalmente das províncias de Cosenza, Potenza e Salerno, e, em número menor, de
Nápoles, Caserta e Reggio Calábria. A caracterização do grupo remonta à chegada de artistas, músicos e
cortesãos do séquito de Teresa Cristina de Bourbon, futura imperatriz do Brasil, em 1843, e pode ser
observada ainda na década de 1870, conforme Carpi (1874, p.28).
Ocorre que a proximidade de Leopoldina com a província fluminense, a cujo Bispado o município
foi oficialmente subordinado até 1897, permite suspeitar que alguns imigrantes destinados ao Rio de Janeiro
atravessaram o Rio Paraíba do Sul e foram se estabelecer no município que, na época, destacava-se no
cenário regional. Seria o caso dos Eboli, Pagano, Savino e Tambasco cuja entrada no país ainda não está
completamente esclarecida.
É de Angelo Trento a afirmação de que a maior parte dos italianos meridionais dedicava-se ao
comércio ambulante das mais variadas mercadorias, incluindo itens de vestuário, alimentação e ferramentas.
Citando uma pesquisa2 de 1874, o autor destaca que, aos olhos das autoridades consulares, naquele ano o
comércio ambulante aparecia como a principal atividade dos italianos.
Consulta aos informes3 citados pelo autor e confirma o exercício de profissões que parecem ter sido
as primeiras exercidas em Leopoldina pelo grupo em estudo, como engraxate, amolador, sapateiro,
jardineiro, marceneiro e barbeiro.

SAVINO EM LEOPOLDINA

Nicola Carmelo Rosario Savino foi um dos imigrantes italianos pioneiros da fase da Grande
Imigração em Leopoldina, tendo chegado ao município antes de 1880. Era natural de Ispani, província de
Salerno, região da Campania. Exerceu a profissão de sapateiro e em Leopoldina tornou-se sócio ou
proprietário de alguns empreendimentos.
Em junho de 1877 chegaram ao Brasil outros imigrantes que mantinham ligações com Nicola
Savino. Um deles foi Nicola Pagano, então com 30 anos de idade, que viajou no mesmo vapor em que
vieram Domenico Pagano e Giuseppe Tambasco, este parente dos Tambasco que se estabeleceram em
Recreio, distrito de Leopoldina na época.
Nicola Pagano se casou com a cunhada de Nicola Savino em Leopoldina e consta que ambos
realizaram negócios em sociedade. É sabido que Nicola Pagano foi sócio, também, de seu irmão Giuseppe
Biaggio Pagano na firma Braz Pagano & Irmão.
Outra empresa que os envolve era denominada N. Petrola & Pagano. Não se sabe qual dos Pagano
foi sócio de Nicola Petrola, negociante em Bom Jesus do Rio Pardo4 (atual município de Argirita, antigo
distrito de Leopoldina) do final da década de 1870 até 1898. Por outro lado, é sabido que a filha de Nicola
Petrola se casou com um filho de Nicola Savino.
Não é muito simples rastrear os vínculos entre aqueles imigrantes. Além dos casamentos deles
próprios e de seus filhos, nos batismos pode-se comprovar o compadrio que parece ter surgido das relações
comerciais entre eles.
Veja-se, por exemplo, os entrelaçamentos seguintes:
a) a mãe de Nicola Savino chamava-se Brigida Petrola e era familiar de Nicola Petrola;

b) a sogra de Nicola Savino - Antonia Pagano, era irmã e também sogra de Nicola Pagano

Andreas Pagano c/c


Maria Giovanna
Polito

Francesco Pagano Antonia Pagano c/c Nicola Pagano


c/c Filomena Vincenzo Cristoforo
Brando Apprato

Angela Maria Maria Giovanna


Grazia Apprato c/c Apprato c/c Nicola
Nicola Savino Pagano

c) Antonia Pagano tinha relação de compadrio nas famílias Eboli, Conte, Pagano e Brando.

Outro aspecto que chama a atenção é que, do grupo aqui mencionado, alguns viajaram à Itália pelo
menos uma vez, aparentemente para realizar negócios. Tal fato os distingue de outros que vieram
inicialmente com as famílias e com elas voltaram para a Itália e mais tarde resolveram retornar ao Brasil.
Segundo apurado em listas de passageiros, os que viajaram a Itália do grupo de pioneiros não levaram suas
famílias.
Além da profissão de sapateiro5, Nicola Savino mantinha um bar bem frequentado, onde a sociedade
leopoldinense se reunia.
Sobre este bar, conta o seu neto Fernando Sabino (2002, p.31):
“Meu avô Nicolau, italiano de nascença, era dono do Salão Recreio, um bar com
pitoresco caramanchão na antiga rua 1° de Março, local também conhecido como praça
do Ginásio, com uma tabuleta à entrada em que, para não vender fiado, ele se valia da
célebre advertência de Dante: Lasciate ogni speranza voi ch'entrate.”6
O neto informa, também, que Nicola Savino importava barris de vinho Chianti da Itália e que vendia
sorvete. Ao falar de seu pai, Fernando Sabino declara:
“E meu pai, seu Domingos, (antes de casar-se com a suave dona Odette), inspirado mais
pelo vinho que pelo sorvete, juntou-se a um farmacêutico de nome João Teixeira e abriu
uma fábrica de Soda e de Água de Selters - precursora, portanto, da alka-seltzer. Dos
dois feitos muito me orgulho.”
Nicola Carmelo Rosario Savino nasceu7 no dia 3 de outubro de 1852 em Ispani, filho de Domenico
Savino e Brigida Petrola. Era neto paterno de Giovanni Battista Savino e Angela Giudice e neto materno de
Rosanna Pagano e Nicola Felice Petrola, sendo este filho de Rocco Petrola e Brigida Teula, todos residentes
em Ispani na época do nascimento de Nicola.
Domenico Savino e Brigida Petrola se casaram8 em Ispani no dia 6 de julho de 1843 e tiveram, pelo
menos, mais quatro filhos: Giovanni Battista Salvatore Carmelo nascido9 em 1844, Rosanna Angela Nicolina
nascida10 em 1849, Carmine11 nascido em 1856 e Rosana Filomena nascida em 1859.
Nos manifestos de vapores disponíveis no Arquivo Nacional foram encontrados alguns usuários do
sobrenome. Entre eles há um Nicolau Sabino que desembarcou12 do vapor Paulista no porto do Rio de
janeiro no dia 21 de fevereiro de 1872, proveniente de Santos. Por falta de outros dados não se pode afirmar
que seja o nosso personagem.

PRIMEIRO CASAMENTO DE NICOLA SAVINO

Nicola Savino casou-se a primeira vez com Angela Maria Grazia Appratto, filha de Vincenzo
Appratto e Antonia Pagano, com quem teve seis filhos nascidos em Leopoldina. Após o falecimento da
esposa, em 1891, Nicola viajou à Itália onde mandou transcrever os registros de batismo dos seis filhos
encontrados em livros do Tribunal de Sala Consilina no início de nossas buscas. Não se sabe se foi durante a
estadia na Itália que Nicola se casou em segundas núpcias com Rosa Ana (Rosana) Giudice, com quem teve
outros sete filhos também nascidos em Leopoldina.
Nicola Savino faleceu13 em Leopoldina no dia 29 de agosto de 1914. Conforme lembrado por seu
neto, ele foi proprietário de um bar sobre o qual declarou Botelho (1979, p. 244): “bar do Nicolau Sabino, o
mais categorizado [...] a fina sociedade ali se reunia [...] O velho Nicolau Sabino era auxiliado pelos seus
filhos [...] Havia no bar uma taboleta que dizia assim; Perdute tuta esperanza quelle che entrata senza
dinaro”14
Na relação15 de contribuintes de impostos no Município de Leopoldina para o exercício de 1897,
Nicola Savino aparece como proprietário de prédio urbano, hotel e oficina de sapateiro. O jornal O Arame 16
acrescenta que existia um Tiro ao Alvo no Salão Recreio, de propriedade de Savino.
De sua primeira união, com Angela Maria Grazia Appratto, Nicola Savino deixou seis filhos:
Domingos, Vicente Miguel, Maria Antonia, João Batista, Deolinda e Ernane.

1) Domingos, nascido17 aos 19 de abril de 1881 em Leopoldina, que se casou18 em Belo Horizonte,
no dia 06 de setembro de 1913, com Odete Lacerda Tavares, nascida19 a 2 de maio de 1891 em Leopoldina.
Ela era filha de Fernando Pinheiro de Souza Tavares e Maria da Glória Lacerda, sendo descendente dos
Lacerda e Werneck que estavam entre as famílias povoadoras do Feijão Cru, o arraial que deu origem a
Leopoldina.
Odete formou-se20 na Escola Normal do Ginásio Leopoldinense em 1909 e, segundo o Laemmert
(1911, p.3127) era professora da Escola Estadual do distrito de Abaíba em 1911. Foi também professora21 do
Grupo Escolar de Leopoldina que mais tarde recebeu o nome de Ribeiro Junqueira, onde ficou até 1913,
quando se mudou para Belo Horizonte. Em 1917 foi nomeada Auxiliar da Diretora do Grupo Escolar
Silviano Brandão de Belo Horizonte.
Domingos foi aluno22 de escola pública do Professor José Maria Tesson, no então distrito de
Argirita, onde sua família residia e seu pai tinha negócios. Em 1904 lançou23 uma fábrica de águas minerais
em Leopoldina, que pode ser o empreendimento citado por seu filho Fernando Sabino como “fábrica de Soda
e de Água de Selters”. Em 1909 mudou-se24 para Belo Horizonte para dirigir o escritório da Companhia
Brasileira de Eletricidade Siemens Schuckerverke. Em 1910 transferiu-se25 para o Rio de Janeiro de onde
voltou26 no ano seguinte para a direção do escritório da empresa em Belo Horizonte. Em 1913, pouco depois
de seu casamento, passou por uma situação difícil na estação ferroviária de Chiador, quando foi preso por
engano27, confundido com um Francisco Sabino que havia raptado uma jovem.
Continuou trabalhando em empresa da área de fornecimento de energia e material elétrico e em 1926
era representante28 da Metropolitan-Vickers Electrical Export Company Limited. Segundo Laemmert (1930,
p.210), em 1930 era representante da Chimica Industrial Bayer Meister Lucius, com escritório na Rua
Gonçalves Dias, 1458, Praça da Liberdade, Belo Horizonte, MG.
Domingos faleceu29 em São Lourenço, MG, no dia 07 de outubro de 1948. Em sua certidão de óbito,
consta que nasceu dia 26 de abril, data que deve ser a do registro civil que na época costumava ser alterada
para não pagar multa por registro em atraso30.
Domingos e Odete foram pais de Gerson31 (1916-1998), Maria da Conceição (1918-?), Antonio
(1919-?), Berenice32 (1920-1978), Fernando Tavares Sabino33 (1923-2004) e Luiza34 (1925-2001).

2) Vicente Miguel, o segundo filho de Nicola Savino, nasceu35 dia 5 de junho de 1883 em
Leopoldina. Casou-se36 no Rio de Janeiro aos 27 de junho de 1914, com Silvia Micaela Bianca Petrola,
nascida por volta de 1893, em Leopoldina. Silvia era filha dos italianos Nicola Petrola e Margherita
Cazzolino. Vicente faleceu37 no Rio de Janeiro em dezembro de 1930.

3) Maria Antonia nasceu dia 5 de dezembro de 1886 em Leopoldina.

4) João Baptista nasceu38 dia 4 de agosto de 1887 em Leopoldina onde se casou39 com Maria das
Dores Levasseur, filha de Benjamim Levasseur de Vasconcelos e Filomena Vargas Corrêa. Ela nasceu 40 aos
5 de julho de 1889 em Leopoldina onde faleceu41 no dia 14 de maio de 1969. Maria das Dores era neta
paterna de Antoine Urbain Levasseur e, por sua mãe, descendia dos povoadores do Feijão Cru Antonio
Rodrigues Gomes e Manoel Antonio de Almeida.
Segundo Freitas (1985, p.253), João Baptista e Maria das Dores residiram na Praça Gama Cerqueira
onde vivia a família Levasseur que cultivava o gosto pelo piano, conforme indica Wehrs (1980, p.170).
Maria das Dores se formou42 na Escola Normal do Ginásio Leopoldinense em 1909 e foi professora43 no
Grupo Escolar Ribeiro Junqueira.

5) Deolinda nasceu dia 12 de outubro de 1888 em Leopoldina.

6) Ernane nasceu dia 10 de abril de 1891 em Leopoldina

SEGUNDO CASAMENTO DE NICOLA SAVINO

Algum tempo depois da morte da primeira esposa, em 1891, Nicola viajou para a Itália. Não se sabe
se levou os filhos, os quais tiveram seus batismos transcritos em livro de registros de Ispani em 1893.
Também não foi possível apurar se ele se casou pela segunda vez na Itália ou somente ao retornar ao Brasil.
Sabe-se apenas que Nicola teve outros sete filhos em Leopoldina, com Rosa Ana Giudice, filha dos italianos
Rocco Giudice e Angela Savino dos quais não há notícia de que tenham vindo para o Brasil.
Considerando que Nicola estava de volta44 a Leopoldina em agosto de 1895, e que o filho mais velho
do segundo casamento nasceu em 1901, é de supor que o segundo casamento tenha sido realizado no Brasil.
Registre-se, por oportuno, que em Casaleto Spartano, comune próximo a Ispani, foram encontrados vários
usuários do sobrenome Giudice, incluindo alguns de nome Rocco. Razão pela qual foram feitas algumas
buscas naquela localidade, sem sucesso.
Pouco se sabe dos filhos do segundo casamento de Nicola com Rosa. Segundo informações orais,
após a morte dele em 1914, a esposa teria se transferido com os filhos para o Rio de Janeiro ou Belo
Horizonte. É possível que a mudança tenha sido estimulada por Domingos, o filho mais velho de Nicola.
Naquela época era comum que, ao falecer o patriarca, o primogênito assumisse seu lugar. De todo modo,
pelo menos um dos filhos ainda permanecia em Leopoldina na década de 1930.
Há divergências entre datas de nascimento informadas por familiares e as encontradas em fontes de
Leopoldina. Em alguns casos, o registro civil mencionado por parentes indica data de nascimento posterior à
data de batismo. Mas tais registros não foram localizados em Leopoldina e, por não se saber onde e quando
foram feitos, não foi possível consultá-los. Sendo assim, pode-se apenas informar que:

7) José nasceu45 a 03 de março de 1901 em Leopoldina, onde foi batizado no dia 30 de setembro do
mesmo ano;

8) Brígida teria nascido dia 02 de fevereiro de 1902 em Leopoldina, onde teria falecido solteira no
dia 06 de outubro de 1967, segundo informações e datas fornecidas por parentes e não localizadas nos
respectivos livros;

9) Angela teria nascido aos 15 de maio de 1903 em Leopoldina, onde não foi encontrado seu batismo
nem registro civil;

10) Umberto nasceu46 no dia 01 de junho de 1907 em Leopoldina, onde foi batizado no dia 13 de
setembro do mesmo ano;

Sobre este filho há uma curiosidade. Seus padrinhos de batismo foram seu irmão João Batista, então
com 20 anos, e a futura sogra dele, Filomena Vargas. Ocorre que um irmão de Filomena, de nome Olímpio
Vargas Corrêa, migrou para Manhuaçu na primeira década dos novecentos, estabelecendo-se na atual reserva
particular Monte Alverne que permanece como propriedade de seus descendentes. Mais tarde Olímpio teria
atraído outros parentes para a região, incluindo um jovem de sobrenome Sabino que seria seu afilhado e
nascido em Leopoldina. Este mesmo jovem é referido por descendentes de outro irmão de Filomena que
migrou para Faria Lemos. Nenhum dos informantes soube dizer o nome. Seria Umberto?

11) Nicolau Cataldo nasceu47 no dia 10 de março de 1908 em Leopoldina, onde foi batizado no dia
02 de janeiro de 1909, sendo que em seu registro civil constaria nascimento dia 11 de maio de 1905. Casou-
se48 aos 06 de fevereiro de 1932, em Leopoldina, com Antonieta Andebert, natural de Paraíba do Sul, RJ,
filha de Domingos Pinto Rezende e Gabriela Andebert;

12) Maria do Carmo teria nascido em Leopoldina em 1908, segundo informações de parentes;

13) Eugenio nasceu49 dia 05 de setembro de 1911 em Leopoldina, onde foi batizado no dia 20 de
setembro do mesmo ano.

A GRAFIA DO SOBRENOME

Propositalmente foi invertida a ordem tradicional de abordagem deste assunto. Embora arriscada, foi
uma decisão pensada a partir de certos pressupostos. Como bem lembrou Mioranza (2009, p. 27), “a
onomástica envolve áreas da linguística, da antropologia, da sociologia, da geografia, da história e da
psicologia”. Acreditam os autores deste ensaio não ser adequado desconsiderar o caráter multidisciplinar por
conta da acepção da própria palavra: onomástica é um termo grego que se compõe de ónoma (nome) e tékne
(arte), ou seja, arte dos nomes. Toda arte provém de um conjunto de conhecimentos e a onomástica busca
suas bases na linguística histórica que reflete o conjunto das práticas de cada momento.
Necessário, ainda, lembrar que o mesmo Mioranza (2009, p.124) aponta a contribuição inestimável
dos tabeliães e escrivães para a fixação das formas dos atuais sobrenomes que, na maioria das vezes,
surgiram num momento em que a ausência de normas ortográficas foi suprida pela melhor forma de
transcrever informações orais. Decorrem daí variações de grafia contemporâneas, não sendo possível
determinar-lhes a prevalência.
Mas o sobrenome é um símbolo ou etiqueta de cada tronco familiar. Se a ideia é considerar as
relações familiares num estudo, faz-se mister agrupar todos os personagens sob uma só etiqueta. Sendo
assim, como metodologia de trabalho foi feita a opção pela grafia encontrada em fontes relativas ao genearca
de cada grupo.
Tal decisão metodológica se fundamenta, principalmente, em duas razões. Por um lado, o uso de
variações ortográficas praticamente invalida a indexação automática e a busca no sistema de processamento
de dados. A outra razão é que a forma utilizada no país de origem permite identificar rapidamente a
procedência do imigrante. A família objeto deste estudo é um exemplo clássico: em Leopoldina existem os
Sabino, procedentes do centro de Minas, e os Savino, de origem italiana.
Para a origem do sobrenome Savino tomou-se por base, inicialmente, outra obra de Mioranza (1997,
p.279 e 271) na qual ele informa que Savino origina-se do latim Savinus ou Sabinus, “termo étnico
pertencente ao povo dos sabinos, estabelecido nos arredores de Roma” quando de sua fundação. Segundo
Devoto & Oli (2000, p.2346), trata-se de um povo antigo da Itália central, cuja tradição linguística é
classificada como osco-umbra, denominação de uma das três subfamílias linguísticas do território italiano.
Segundo Fischer (2009, p.149), o dialeto sabínico sobreviveu por mais tempo ao contato com as
outras subfamílias - picena e latina, sendo a origem da forma Savino. Devoto & Oli acrescentam que o povo
Sabini vivia no território compreendido entre Tevere, Nera, Aterno e Aniene, ou seja, na região setentrional
do Lazio, a noroeste da Campania. Entretanto, Orlandini (1845, v.1) indica a Campania como origem do
povo Savini que posteriormente migrou para o Lazio.
Assim como há divergência entre o ponto de origem e de dispersão do povo antigo por parte dos
estudiosos, também a grafia adotada como sobrenome, séculos depois, não é unívoca. Nos livros de registros
civis do século XIX, encontra-se a forma Sabino na Puglia e na Sicilia. Na Campania e no Lazio, a grafia é
Savino. Especificamente para a família estudada, todas as fontes italianas a que se teve acesso trazem esta
última forma.
Na expectativa de ter ficado esclarecida a opção pelo uso da grafia do sobrenome de Nicola Carmelo
Rosario, encerra-se este ensaio sobre a família italiana do escritor Fernando Sabino, filho de leopoldinenses
cujas famílias ajudaram a escrever a história de Leopoldina, terra natal dos autores.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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da vida privada. v.3. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
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Commercio ed Agricoltura e com Trattazione d’Importanti Questioni Sociali. v.1. Milano: Lombarda,
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DEVOTO, Giacomo e OLI, Gian Carlo. Il Dizionario della Lingua Italiana. Firenze-TO: Le Monnier,
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FISCHER, Steven Roger. Uma breve história da linguagem. Osasco-SP, Novo Século, 2009.
FONDI, Mario. La Casa Rurale nella Campania. v.23 s.l.: L.S.Olschki, 1964.
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MIORANZA, Ciro. Dicionário dos Sobrenomes Italianos v.1 São Paulo: Escala, 1977.
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ORLANDINI, Attilio Zuccagni. Corografia fisica, storica e statistica dell’Italia e sue Isole. v.2 Firenze-
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SABINO, Fernando. O Grande Mentecapto. 54 ed. Rio de Janeiro: Record, 2002.
TARUFFI, Dino; NOBILI, Leonello de; VILLARI, Pasquale. La questione agraria e l’emigrazione in
Calabria. Firenze: G. Barbèra, 1908.
TRENTO, Angelo. Do outro lado do Atlântico – um século de imigração italiana no Brasil. São Paulo:
Nobel, 1988.
WEHRS, C. Carlos J. O Rio Antigo Pitoresco & Musical: Memórias e Diário. Rio de Janeiro: s.n., 1980

Notas

1
Centro Internazionale Studi Emigrazione Italiana. Disponível em
<http://www.ciseionline.it/portomondo/Statistiche_Ricerca_Nazioni.asp?inizio=1876&fine=1881&tipo=1>.
Acesso em 28 mar. 2017
2
MINISTERO DEGLI AFFARI ESTERI, Atti del Comitato d’Inchiesta Industriale, Commerci ed Industrie
dell’Italia all’Estero. Sommario dei Rapporti dei RR. Consoli, Roma, 1874, p.64.
3
Sobre a condição profissional dos italianos no Rio de Janeiro, vide CENTURIONE, G.L. L’immigrazione
italiana del Distretto Federale e nello Stato di Rio de Janeiro. In: Emigrazione e Colonie. Raccolta di
Rapporti dei RR. Agenti Diplomatici e Consolari, pp. 5-9; MAZZINI, F. Le condizioni del lavoro in Rio de
Janeiro in riguardo alla nostra emigrazione. In BE (11):51-53, 1905; MALAN, G.P. Informazioni
sull’Impero del Brasile in risposta alla benemerita Società Geografica Italiana. In: Il Brasile, 2(10):814, 188;
BONACCI, G. L’Italia Vittoriosa e la sua Espansione nel Mondo. I – nel Brasile, Roma 1920.
4
Gazeta de Leopoldina. (Leopoldina, MG) 08.04.1898 ed 52 p.2
5
Na transcrição dos registros de nascimento dos filhos feita em outubro de 1893 em Ispani, Nicola declarou-
se sapateiro.
6
Interpretação livre: “perca as esperanças de consumo se entrou aqui sem dinheiro”.
7
Archivio di Stato di Salerno, 1852 Atto di nascita nr 23.
8
Archivio di Stato di Salerno, lv 3 de matrimonio, 1843 p. 19 termo 3.
9
Archivio di Stato di Salerno,1844 Atto di nascita nr 33.
10
Archivio di Stato di Salerno, 1849 Atto di nascita nr 7.
11
Archivio di Stato di Salerno, 1856 Atto di nascita nr 1.
12
Jornal do Commercio (Rio de Janeiro) 22.02.1872, ed. 53, p.1.
13
Cemitério Nossa Senhora do Carmo, Leopoldina, MG, lv 2 fls 61 nr 167. Cartório de Registro Civil de
Leopoldina, MG, lv 11 óbitos fls 133v termo 170.
14
Interpretação livre: “perca todas as esperanças de consumo aquele que entrou aqui sem dinheiro”.
15
O Mediador (Leopoldina, MG) 15.11.1896 ed 51, p. 5.
16
O Arame (Leopoldina, MG) 18.12.1898 ed s.nr, p.4.
17
Arquivo da Diocese de Leopoldina lv 02 bat fls 45 termo 421. Archivio di Stato di Sala Consilina, Salerno,
Anotado no livro 2 de registro de nascimentos de 1893, fls 23,registro nr 5, com data de nascimento 11 de
abril.
18
Igreja de São José, Belo Horizonte, lv cas 1912-1915, fls 66v, termo 183. Cartório de Registro Civil de
Belo Horizonte, MG, 1º subdistrito, certidão matrícula 033118 01 55 193 2 00013 029 0000238-89.
19
Arquivo da Diocese de Leopoldina lv 04 bat fls 15v termo 360. Cartório de Registro Civil de Leopoldina,
MG, lv 2 nasc fls 139v termo 175.
20
Gazeta de Leopoldina (Leopoldina, MG) 23.03.1916, ed.264, p.1.
21
O Paiz (Rio de Janeiro, RJ), 22.09.1913, ed 10577, p. 6.
22
O Leopoldinense (Leopoldina, MG), 22.12.1895, ed 80, p. 3.
23
O Pharol (Juiz de Fora, MG), 14.06.1904, ed 1098, p.2.
24
Gazeta de Notícias (Rio de Janeiro) 28.05.1909, ed 149, p.2.
25
O Pharol (Juiz de Fora, MG) 2.06.1910, ed 128, p.2.
26
O Pharol (Juiz de Fora, MG) 9.09.1911, ed 214, p.1.
27
A Imprensa (Rio de Janeiro) 5.12.1913 , ed 1949, p.2.
28
O Jornal (Rio de Janeiro) 16.06.1926 , ed 2303, p.11.
29
Cartório de Registro Civil de São Lourenço, MG, certidão de óbito matrícula 05484610155 1948 4 00007
039 0003639 27,cópia fornecida pela neta Eliana Sabino.
30
A liberação de multa por registros em atraso foi estabelecida pelo Decreto 19710, de 18.02.1931. Até
então era comum alterar a data de nascimento quando não se podia ir ao cartório dentro do prazo
regulamentar de 7 dias.
31
Cemitério do Bonfim, Belo Horizonte, MG, Ficha de sepultamento indica Cartório do 1º subdistrito, lv 328
fls 271 termo 13943, cópia fornecida por Stanley Savoretti.
32
Cemitério do Bonfim, Belo Horizonte, MG, Ficha nr 109, quadra 50, indica Cartório do 1º subdistrito lv
226-C fls 167 termo 17153, cópia fornecida por Stanley Savoretti.
33
Cartório de Registro Civil do 1º Subdistrito de Belo Horizonte, lv 54 nasc fls 181v termo 854 e Cartório da
5ª circunscrição do Rio de Janeiro, lv 609-C fls 21 termo 139304, cópias fornecidas pela filha Mariana Estill
Sabino.
34
Cartório do 4º Ofício de Notas de Belo Horizonte, lv 197-C fls 173v e Cemitério do Bonfim, Belo
Horizonte, MG, Ficha de sepultamento indica Cartório 4º subdistrito lv 60 fls 199 termo 39111
35
Arquivo da Diocese de Leopoldina , lv 02 bat fls 93v termo 867. Archivio di Stato di Sala Consilina,
Salerno, lv 2 de registro de nascimentos de 1893, fls 23v, registro nr 6.
36
Cartório da 3ª Circunscrição do Registro Civil, Rio de Janeiro, RJ, lv cas 1914 mar-dez termo 44.
37
A Noite (Rio de Janeiro) 29.12.1930 , ed 6859 p.4.
38
Archivio di Stato di Sala Consilina, Salerno, livro 2 de registro de nascimentos de 1893, fls 23v, nr 8.
39
Gazeta de Leopoldina (Leopoldina, MG) 3.06.1923, p.2.
40
Arquivo da Diocese de Leopoldina, lv 03 bat fls 108v termo ordem 1070.
41
Cemitério Nossa Senhora do Carmo, Leopoldina, MG, lv sepultamentos 1963-1975 fls 50 nr 132 plano 1
sep 27.
42
Gazeta de Leopoldina (Leopoldina, MG) 23.03.1916, ed.264, p.1.
43
Gazeta de Leopoldina (Leopoldina, MG) 3 junho 1923 p.2.
44
Gazeta de Leopoldina (Leopoldina, MG) 29.08.1895 ed 19 p.2.
45
Arquivo da Diocese de Leopoldina, lv 09 bat fls 47v termo 391.
46
Arquivo da Diocese de Leopoldina, lv 11 bat fls 79 termo 253.
47
Arquivo da Diocese de Leopoldina, lv 12 bat fls 26 termo 2.
48
Arquivo da Diocese de Leopoldina, lv 7 cas fls 22 termo 7.
49
Arquivo da Diocese de Leopoldina, lv 16 bat fls 2 termo 463.

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