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CATEGORIA 1
SISTEMAS METROFERROVIÁRIOS
INTRODUÇÃO
capacidade e curta distância, sempre havendo carência de integração física e/ou tarifária.
Analisando o caso específico do Rio de Janeiro, é encontrada uma faceta ainda mais
ferroviário e metroviário. Utilizando esse estudo de caso como exemplo, este trabalho
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DIAGNÓSTICO
metrô e trem, devem complementar-se entre si e ser alimentados pelos modos de baixa
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Diante da crise financeira do Estado do RJ, e diante dos últimos ajustes na política do Bilhete
Região Metropolitana, no qual a tarifa integrada vigente não beneficia a maior parte das
dentro de atendimentos muito similares. Deste modo, pequena é a distinção entre as linhas
integrado, também impacta no custo de operação dos concessionários, que acabam sendo
remunerados com tarifa parcial para operar traçados longos, muitas vezes incompatíveis
princípio do subsídio cruzado direto, que é especialmente adequado para redes onde o
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Figura 3 – Modelo de integração com subsídio cruzado
Esta medida ainda apresentaria um importante caráter de distribuição de renda, uma vez
que o modelo típico de ocupação do solo das grande urbes brasileiras apontam que a
população de menor renda reside nos subúrbios mais distantes dos pólos geradores de
trabalho e, portanto, estão mais propensos a serem a parcela de passageiros que irão dispor
De fato, os dados da PNAD do IBGE apontam para uma piora nas condições de transporte
das principais regiões metropolitanas do Brasil desde 1992, o que se reflete no aumento dos
tempos de viagem casa-trabalho. Contudo, essa piora não se deu com a mesma intensidade
pessoas extremamente pobres (1° decil) e principalmente aquelas mais ricas (acima do 6°
decil) que tiveram maior aumento nos tempos de deslocamento casa-trabalho no período
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Figura 4 – Deslocamento casa-trabalho entre trabalhadores – regiões metropolitanas
brasileiras (1992-1993 e 2008-2009)
A adoção de uma tarifa metroferroviária de equilíbrio para uma rede de transportes pode
No contexto deste trabalho, foi realizada uma breve simulação do atual cenário de
no valor de R$4,65, que permitiria a integração indistinta entre os sistemas sem no entanto
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Figura 5 – Exemplo de proposta de tarifa metroferroviária de equilíbrio
extremamente atraente para o passageiro, que passaria a utilizá-la até para complementar
curtos deslocamentos que antes eram realizados a pé. Ainda que seja possível implantar
necessário prever que este incremento de tarifa integrada tende a crescer no tempo, e se
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Deste modo, é fundamental que seja adotado o conceito de câmara de compensação, de
CONCLUSÕES
transporte urbano nas metrópoles. As principais cidades brasileiras possuem sua rede de
atendimentos que oferecem baixo nível de serviço. Para estas cidades, o desafio é constituir
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de uma rede troncalizada, evitando desperdícios e gerando benefícios generalizados, tais
impacto ambiental.
deve-se ter em mente que a adoção de tarifas fixas sem considerar aspectos quilométricos,
embora tenha relevância social inegável, pode tornar-se nociva no longo prazo sob o ponto
de vista do planejamento urbano, favorecendo o espraiamento urbano uma vez que acaba
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HOANG, Xavier. Quem Paga o quê no Transporte Urbano. CODATU - Cooperation for urban
Urbano da Região Metropolitana do Rio de Janeiro (3.0 ed.). Rio de Janeiro: Secretaria de
Estado de Transportes.
Brasil (1992-2009): Diferenças entre Regiões Metropolitanas, níveis de renda e sexo. IPEA´-