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Como montar

uma empresa de
montagem de
espetáculos

EMPREENDEDORISMO

Especialistas em pequenos negócios / 0800 570 0800 / sebrae.com.br


Expediente

Presidente do Conselho Deliberativo

Robson Braga de Andrade – Presidente do CDN

Diretor-Presidente

Guilherme Afif Domingos

Diretora Técnica

Heloísa Regina Guimarães de Menezes

Diretor de Administração e Finanças

Vinícius Lages

Unidade de Capacitação Empresarial e Cultura Empreendedora

Mirela Malvestiti

Coordenação

Luciana Rodrigues Macedo

Autor

Roberto Chamoun

Projeto Gráfico

Staff Art Marketing e Comunicação Ltda.


www.staffart.com.br
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Divulgação / Informações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em Geral / Normas Técnicas /


Canais de Distribuição / Investimento / Capital de Giro / Custos / Diversificação/Agregação de Valor /
Pessoal / Equipamentos / Matéria Prima/Mercadoria / Organização do Processo Produtivo / Automação /
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
Sumário

1. Apresentação ........................................................................................................................................ 1

2. Mercado ................................................................................................................................................ 2

3. Localização ........................................................................................................................................... 3

4. Exigências Legais e Específicas ........................................................................................................... 4

5. Estrutura ............................................................................................................................................... 5

6. Pessoal ................................................................................................................................................. 6

7. Equipamentos ....................................................................................................................................... 6

8. Matéria Prima/Mercadoria ..................................................................................................................... 7

9. Organização do Processo Produtivo .................................................................................................... 7

10. Automação .......................................................................................................................................... 9

11. Canais de Distribuição ........................................................................................................................ 9

12. Investimento ........................................................................................................................................ 10

13. Capital de Giro .................................................................................................................................... 11

14. Custos ................................................................................................................................................. 12

15. Diversificação/Agregação de Valor ..................................................................................................... 12

16. Divulgação .......................................................................................................................................... 12

17. Informações Fiscais e Tributárias ....................................................................................................... 13

18. Eventos ............................................................................................................................................... 15

19. Entidades em Geral ............................................................................................................................ 15

20. Normas Técnicas ................................................................................................................................ 16

21. Glossário ............................................................................................................................................. 16

22. Dicas de Negócio ................................................................................................................................ 17

23. Características .................................................................................................................................... 18

24. Bibliografia .......................................................................................................................................... 18

25. Fonte ................................................................................................................................................... 19

26. Planejamento Financeiro .................................................................................................................... 19


Divulgação / Informações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em Geral / Normas Técnicas /
Canais de Distribuição / Investimento / Capital de Giro / Custos / Diversificação/Agregação de Valor /
Pessoal / Equipamentos / Matéria Prima/Mercadoria / Organização do Processo Produtivo / Automação /
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
Sumário

27. Soluções Sebrae ................................................................................................................................. 19

28. Sites Úteis ........................................................................................................................................... 19

29. URL ..................................................................................................................................................... 19


Apresentação / Apresentação
1. Apresentação
Cuida desde a escolha do tema do espetáculo, identificação das fontes de
financiamento, contratação de mão-de-obra até a alocação de espaço físico.

Aviso: Antes de conhecer este negócio, vale ressaltar que os tópicos a seguir não
fazem parte de um Plano de Negócio e sim do perfil do ambiente no qual o
empreendedor irá vislumbrar uma oportunidade de negócio como a descrita a seguir. O
objetivo de todos os tópicos a seguir é desmistificar e dar uma visão geral de como um
negócio se posiciona no mercado. Quais as variáveis que mais afetam este tipo de
negócio? Como se comportam essas variáveis de mercado? Como levantar as
informações necessárias para se tomar a iniciativa de empreender

A história dos espetáculos de arte se confunde com a própria história da humanidade.


Se no passado as encenações eram produzidas como rituais de celebração,
agradecimento ou perda, hoje seu principal papel é entreter e educar. Desde as
danças coletivas e dramas da antiguidade aos grandes espetáculos de dança, música,
teatro, circo, cultura popular e, até mesmo, dos espetáculos esportivos dos dias atuais,
o homem conta um pouco da sua história, se diverte e emociona-se. O sucesso de um
show não depende somente do talento do artista, mas também da habilidade da
equipe responsável pela sua montagem, seja ele realizado em um teatro, estádio ou
até dentro de uma fábrica. Em algumas cidades brasileiras já existem empresas
especializadas em montagem de espetáculos motivacionais e educacionais sobre
temas como melhoria das vendas, atendimento, segurança no trabalho, etc para
corporações. Como em outras atividades humanas, também neste setor, o
planejamento está na base de todos os projetos. Isso pode incluir a escolha do tema
do espetáculo, identificação das fontes de financiamento, obtenção de patrocínios e/ou
alocação de recursos próprios, para pagamento de cachês para os artistas, aluguel de
arenas, clubes, auditórios, teatros, etc, assim como, o gerenciamento de todos os
demais custos e riscos inerentes ao negócio. Além disso, as empresas de espetáculos,
em geral, cuidam da contratação dos trabalhadores que direta ou indiretamente
participarão do evento e de toda a logística envolvida na instalação do show. Neste
ramo o empresário só ri no final do show. Cabe a empresa de montagem de
espetáculos garantir que as apresentações sejam executadas com sucesso,
agradando à audiência e alcançando os objetivos planejados. Montar espetáculos é
fazer parte da chamada economia da cultura, um setor que assume maior peso a cada
ano na economia das nações.

Este documento não substitui o plano de negócio. Para elaboração deste plano
consulte o SEBRAE mais próximo

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Apresentação / Apresentação / Mercado
2. Mercado
A produção, circulação e consumo de bens e serviços culturais começaram a ser
percebidos como um segmento de peso na economia dos países após a Segunda
Guerra Mundial. O Banco Mundial estima que a Economia da Cultura responda por 7%
do PIB mundial (2003). Nos EUA a cultura é responsável por 7,7% do PIB, por 4% da
força de trabalho e os produtos culturais são o principal item de exportação do país
(2001). Na Inglaterra, corresponde a 8,2% do PIB (2004), emprega 6,4% da força de
trabalho. Nos EUA, somente os 40 maiores teatros da Broadway, na cidade de
NovaYork, onde um ingresso pode custar até US$ 300,00, atingiram um total de US$
1,037 bilhão de faturamento, em 2010 contra US$ 1,004 bilhão do ano anterior. O
número dos expectadores também aumentou em 2010, para 12,11 milhões, em
relação aos 11,88 milhões em 2009, segundo dados divulgados pelo The Broadway
League, que representa produtores e donos de teatro. A Economia da Cultura é hoje o
setor de maior dinamismo na economia mundial, tem registrado crescimento de 6,3%
ao ano, enquanto o conjunto da economia cresce a 5,7%. A Economia da Cultura
integra o segmento de serviços e lazer, cuja projeção de crescimento é superior à de
qualquer outro, estima-se que cresça 10% ao ano na próxima década. No Brasil, a
participação da cultura nas atividades econômicas do país já é expressiva, como
mostram os números que começam a ser sistematicamente coletados pelo IBGE (a
partir do convênio firmado com o Ministério da Cultura, que também prevê a
construção dos indicadores da Economia da Cultura e que deverá culminar no
estabelecimento do PIB da Cultura). Segundo o Ministério da Cultura, atuam no país
320 mil empresas voltadas à produção cultural, que geram 1,6 milhão de empregos
formais. Ou seja, as empresas da cultura representam 5,7% do total de empresas no
país e são responsáveis por 4% dos postos de trabalho. A grande riqueza cultural do
povo brasileiro, o crescimento da classe média do país observada nos últimos anos,
além de toda a expectativa gerada pela realização de grandes eventos como a Copa
do Mundo e as Olimpíadas no Rio de Janeiro em 2016, são fatores que trazem
expectativa de desenvolvimento para o setor. Como outros grandes mercados culturais
mundiais, podemos afirmar que o mercado brasileiro da cultura é bastante
heterogêneo e diversificado regionalmente. Neste contexto, convivem no mercado
brasileiro de montagem de espetáculos, empresas de diversos portes e visão de
mercado. No país atuam desde pequenas empresas locais que produzem espetáculos
apenas através de leis de incentivo e outras de maior porte, de atuação internacional,
capazes de montar espetáculos para grandes públicos, como é o caso do Festival
Rock in Rio, já realizado no Brasil, Portugal e Espanha e capaz de atrair público de
mais de 1.000.000 de pessoas em cada edição.

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Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização
3. Localização
Antes de decidir o endereço de instalação de sua empresa de montagem de
espetáculos, o empreendedor deve definir a forma de atuação (público-alvo, segmento
- dança teatro, música, etc.) e a região que pretende instalar a sede de sua empresa.
Como acontece em outros países, também no Brasil, a cadeia produtiva da economia
da cultural possui algumas regiões que se destacam frente às demais. No nosso caso,
a região Sudeste é onde se realiza o maior número de espetáculos, com destaque
também para cidades como Curitiba, Goiânia, Manaus e Salvador. Isto não quer dizer,
que não aconteçam manifestações culturais e oportunidades de desenvolvimento em
todo o país e que as políticas públicas para o setor não venham buscando a
diminuição destas desigualdades. Uma vez definida a região o empresário deverá
escolher o imóvel onde pretende instalar a sede da sua empresa de montagem de
espetáculo. Vale lembrar, que este é um negócio que pode ser gerenciado a partir da
própria residência do empreendedor (contatos telefônicos comerciais com criadores e
instituições culturais, prestadores de serviço, elaboração e gestão financeira dos
projetos, etc.) e dos locais de realização dos shows. Em todo caso, se o empresário
desejar instalar-se em um imóvel comercial deve observar os seguintes detalhes: a)
Certifique-se de que o imóvel em questão atende as suas necessidades operacionais
quanto à localização, capacidade de instalação, características da vizinhança - se é
atendido por serviços de água, luz, esgoto, telefone etc. b) Se existem comodidades
que possam tornar mais conveniente e menos onerosa a gestão, principalmente, a
proximidade de grandes empresas de comunicação e entretenimento, consumidoras
de seus serviços. c) Cuidado com imóveis situados em locais sujeitos a inundações ou
próximos às zonas de risco. Consulte a vizinhança a respeito. d) Confira a planta do
imóvel aprovada pela Prefeitura, e veja se não houve nenhuma obra posterior,
aumentando, modificando ou diminuindo a área primitiva, que deverá estar
devidamente regularizada. As atividades econômicas da maioria das cidades são
regulamentadas pelo Plano Diretor Urbano (PDU). É essa Lei que determina o tipo de
atividade que pode funcionar em determinado endereço. A consulta de local junto à
Prefeitura deve atentar para: • se o imóvel está regularizado, ou seja, se possui
HABITE-SE; • se as atividades a serem desenvolvidas no local, respeitam a Lei de
Zoneamento do Município, pois alguns tipos de negócios não são permitidos em
qualquer bairro; • se os pagamentos do IPTU referente o imóvel encontram-se em dia;
• no caso de serem instaladas placas de identificação do estabelecimento, será
necessário verificar o que determina a legislação local sobre o licenciamento das
mesmas. Funcionamento de Empresa na Residência do Empreendedor Caso o
empreendedor faça a opção por montar sua empresa em sua própria residência, é
importantíssimo que antes de instalar o seu negócio, ele procure o órgão especializado
de seu município visando identificar se o seu empreendimento poderá funcionar em
seu endereço residencial (vide Alvará de Localização em LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA).
Isto porque grande parte dos municípios brasileiros tem contemplado em seu Plano
Diretor Urbano – PDU também conhecido como Lei de Zoneamento Urbano, algumas
áreas/bairros que não podem funcionar empresas, seja de que espécie for.
Adicionalmente, o empreendedor deverá requerer autorização do órgão especializado
junto a Prefeitura Municipal da cidade em que estará localizada a sua empresa. Caso a

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Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas
empresa seja instalada em imóvel uni - familiar (casa fora do ambiente de
condomínios), ela deverá possuir entrada independente do ambiente residencial que
permita a fiscalização sanitária e fiscal; A Instalação em Condomínios horizontais com
restrições de acesso de pessoas estranhas àquele ambiente ou Prédios residenciais,
deverá ser aprovada pelo conselho do condomínio seja horizontal ou vertical, sendo
carreada para decisão, caso seja necessário, até a assembléia geral de condôminos.
Além disso, deve possuir as condições para fiscalização do negócio (entrada
independente e segregada do ambiente familiar)

4. Exigências Legais e Específicas


Para registro e legalização da empresa, é recomendável a contratação de um
Contador. Um contabilista registrado poderá lhe auxiliar na escolha da melhor forma
jurídica para o seu negócio, elaborar os documentos constitutivos e realizar o registro
junto aos órgãos responsáveis: - Junta Comercial; - Secretaria da Receita Federal
(CNPJ); - Secretaria Estadual da Fazenda; - Prefeitura do Município para obter o
alvará de funcionamento; - Enquadramento na Entidade Sindical Patronal (a empresa
ficará obrigada ao recolhimento anual da Contribuição Sindical Patronal). -
Cadastramento junto à Caixa Econômica Federal no sistema “Conectividade Social –
INSS/FGTS”. Para os empreendedores que desejarem instalar a Empresa de
Montagem de Espetáculos em imóveis comerciais (sala, loca galpões comerciais, etc),
deverá ser providenciado: - Vistoria do Corpo de Bombeiros Militar. - Visita à prefeitura
da cidade onde pretende montar a sua empresa (quando for o caso) para fazer a
consulta de local. A montagem de espetáculos é uma atividade empresarial
regulamentada pela Lei nº 6.533 de maio de 1978 que dispõe que o exercício das
profissões de Artista e de Técnico em Espetáculos de Diversões, requer prévio registro
na Delegacia Regional do Trabalho do Ministério do Trabalho. A Lei nº 6.533
estabelece no seu Art. 7º - Para registro do Artista ou do Técnico em Espetáculos de
Diversões, é necessária a apresentação de: I - diploma de curso superior de Diretor de
Teatro, Coreógrafo, Professor de Arte Dramática, ou outros cursos semelhantes,
reconhecidos na forma da Lei; ou II - diploma ou certificado correspondente às
habilitações profissionais de 2º Grau de Ator, Contra-regra, Cenotécnico, Sonoplasta,
ou outras semelhantes, reconhecidas na forma da Lei; ou III - atestado de capacitação
profissional fornecido pelo Sindicato representativo das categorias profissionais e,
subsidiariamente, pela Federação respectiva. A seguir relacionamos outras leis no
âmbito Federal, aplicáveis a este segmento empresarial: Lei n°. 8.313, de 23 de
dezembro de 1991 (Lei Rouanet) - Restabelece princípios da Lei n° 7.505, de 2 de
julho de 1986, institui o Programa Nacional de Apoio a Cultura – PRONAC – Fundo
Nacional de Cultura (FNC), Fundos de Investimento Cultural e Artístico (FICART) e
Incentivo a Projetos Culturais – e dá outras providências. Lei n° 9.874, de 23 de
novembro de 1999 – Altera dispositivos da Lei n° 8.313, de 23 de dezembro de 1991, e
dá outras providências. Lei nº. 9.999, de 30 de agosto de 2000 – Altera o inciso VIII do
art. 5º da Lei nº. 8.313, de 23 de dezembro de 1991, alterada pela Lei nº. 9.312, de 5
de novembro de 1996, que restabelece princípios da Lei nº. 7.505, de 2 de julho de
1986; institui o Programa Nacional de Apoio à Cultura – PRONAC e dá outras

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Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura
providências, aumentando para três por cento da arrecadação bruta das loterias
federais e concursos de prognósticos destinados ao Programa. Lei n°. 9.610, de 19 de
fevereiro de 1998 – Altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá
outras providências. Esta Lei regula os Direitos Autorais, entendendo-se sob esta
denominação os direitos de autor e os que lhe são conexos. - Nacionalmente, a
legislação básica aplicável referente à poluição sonora é a seguinte: artigo 225 da
Constituição Federal; Lei nº. 6.938/81, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio
Ambiente; Decreto nº. 99.274/90 que regulamenta a Lei nº. 6.938/81, Resolução
CONAMA nº. 001, de 08.03.1990, que estabelece critérios e padrões para a emissão
de ruídos, em decorrência de quaisquer atividades industriais; a Resolução CONAMA
nº. 002, de 08.03.1990, que institui o Programa Nacional de Educação e Controle de
Poluição Sonora, Silêncio. - - Lei nº. 2.519/96 – Meia-entrada para estudantes. - Lei nº.
3.364/00 – Meia-entrada – jovens. – Lei nº. 4.240/03 – Meia-entrada para deficientes. -
MP nº. 2.208/01 - Identificação do estudante (Federal). - Lei nº. 10.741/03 - Estatuto do
Idoso. O empreendedor deverá verificar junto a Secretaria de Cultura de seu Estado /
Município a legislação existente sobre a montagem e financiamento de projetos
culturais. Deve ainda, consultar o código de posturas de sua cidade sobre a realização
de espetáculos públicos.

5. Estrutura
A estrutura administrativa requerida para se iniciar um negócio como este é bem
simples, podendo a atividade ser desempenhada a partir da própria residência do
empreendedor ou de uma sala comercial de aproximadamente 30 m², com o auxílio de
um computador com internet, fax e linha telefônica. Contudo, este é um negócio cuja
estrutura física envolvida na montagem de cada espetáculo pode variar
significativamente, englobando a alocação de recursos e valores muito elevados,
dependendo do local (e estrutura pré-existente – se houver) onde o show é realizado,
aluguel do espaço, além da montagem do cenário e da decoração que compõe a
apresentação. Sendo assim, cada show ou série de shows (turnês) são planejados
como projetos independentes e sua viabilidade operacional e financeira analisada
casoacaso. A estrutura e tamanho (metragem, número de assentos, mesas ou
camarotes) dos locais de realização de shows e espetáculos é muito variável. Em
geral, a estrutura física de um local para shows (teatro, arena, casas de shows, etc.)
compreende: - Almoxarifado; - Banheiros; - Bilheterias; - Camarins (em geral com
banheiro, sala de recepção e área privativa para o artista); - Estacionamento; - Guarda-
volumes; - Palco (cuja “boca de cena”, profundidade, pé direito, sonorização e
iluminação com cabeamento para linhas para transmissão dados e voz, eletricidade e
decoração irão variar caso-a-caso); - Recepção; - Restaurante; - Salão (com pista,
mesas, assentos, proteção acústica, iluminação e sonorização também variáveis caso-
a-caso); - Vestiários.

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Pessoal / Equipamentos
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
6. Pessoal
Podemos separar a equipe de uma empresa de montagem de espetáculos em dois
grupos: Administrativo e Artístico-Técnico. A equipe administrativa da empresa,
normalmente é composta pelo empreendedor cultural, assistido por um ou mais
empregados (este número pode variar bastante conforme o porte da empresa, número
de shows, temporada, etc.) cuja tarefa é cuidar do planejamento de cada projeto
(espetáculo), escolha do tema, financiamento, negociação com a produção dos
artistas, escolha dos locais de apresentação e uma série de outras tarefas envolvidas
na pré-produção do show / temporada. A equipe de artistas e técnicos em espetáculos
é bastante variável em geral ela inclui o elenco de atores, diretor responsável, músicos
(banda), cenógrafo, supervisores de figurino, iluminação, sonorização, projeção,
maquiadores, coreógrafos, etc. Podendo chegar a um grupo bastante elevado de
pessoas. Como exemplo, citamos um dos musicais mais vistos da história da
Broadway, Cats, de Andrew Lloyd Weber, que em sua versão brasileira conta com uma
produção de 110 técnicos e um elenco de 38 atores. Vale ressaltar que a quantidade
média de técnicos e atores envolvidos nas produções teatrais nacionais é um pouco
mais modesta. Em geral as apresentações contam com um elenco de 8 a 10 atores,
cujos cachês, consomem de 50% a 70% do orçamento de cada projeto.

7. Equipamentos
Para administrar uma empresa de montagem de espetáculos poucos equipamentos
são requeridos, tais como computador, conectado a internet, impressora, fax,
copiadora, além de mesas, armários e cadeiras. A montagem de espetáculos, todavia,
inclui a elaboração do figurino para os atores e do cenário associados ao tema do
espetáculo cujos materiais, qualidade, requinte e custos podem variar
significativamente dependendo do elenco, público-alvo, criatividade, orçamento, etc.
Em geral, os principais equipamentos utilizados na montagem de um espetáculo são
disponibilizados pelo próprio teatro, arena, casa de shows, etc. onde o show é
realizado, e inclui equipamentos tais como: Palco: - Varas de cenário fixas; - Ciclorama
branco translúcido; - Cortina de boca de cena em veludo vermelho. Áudio: - Consoles
digitais; - Amplificadores; - Equalizador; - Caixas acústicas; - CD player; - Gravador de
CD; - Duplo deck; - Microfones; - Microfones sem fio; - Subwoofers. Iluminação
Ambiente - Lâmpadas alógenas; - Variadores de luminosidade (Dimer). Palco -
Canhões seguidores. Efeitos - Máquina de fumaça; - Amplificador de sinal. Sistema
elétrico: - Subestação com potência instalada compatível; - Disponibilidade força
especifica para o palco para áudio e iluminação cênica; - Luz de emergência com 130
KVA, com dupla alimentação da Light e transferência automática; - Ar condicionado; -
Sistema de prevenção de incêndio e pânico; - Extintores de H2O, CO2, PQS (pó
químico); - Iluminação de emergência à bateria; - Brigada de incêndio; - Portas de
emergência equipadas com ferragem antipânico; - Sistema de vídeo segurança.

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Pessoal / Equipamentos / Matéria Prima/Mercadoria / Organização do Processo Produtivo
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
8. Matéria Prima/Mercadoria
A gestão de estoques no varejo é a procura do constante equilíbrio entre a oferta e a
demanda. Este equilíbrio deve ser sistematicamente aferido através de, entre outros,
os seguintes três importantes indicadores de desempenho:
Giro dos estoques: o giro dos estoques é um indicador do número de vezes em que o
capital investido em estoques é recuperado através das vendas. Usualmente é medido
em base anual e tem a característica de representar o que aconteceu no passado.
Obs.: Quanto maior for a freqüência de entregas dos fornecedores, logicamente em
menores lotes, maior será o índice de giro dos estoques, também chamado de índice
de rotação de estoques. Cobertura dos estoques: o índice de cobertura dos estoques é
a indicação do período de tempo que o estoque, em determinado momento, consegue
cobrir as vendas futuras, sem que haja suprimento. Nível de serviço ao cliente: o
indicador de nível de serviço ao cliente para o ambiente do varejo de pronta entrega,
isto é, aquele segmento de negócio em que o cliente quer receber a mercadoria, ou
serviço, imediatamente após a escolha; demonstra o número de oportunidades de
venda que podem ter sido perdidas, pelo fato de não existir a mercadoria em estoque
ou não se poder executar o serviço com prontidão.
Portanto, o estoque dos produtos deve ser mínimo, visando gerar o menor impacto na
alocação de capital de giro. O estoque mínimo deve ser calculado levando-se em conta
o número de dias entre o pedido de compra e a entrega dos produtos na sede da
empresa.Não se aplica a este negócio.

9. Organização do Processo Produtivo


O processo produtivo envolvido na montagem de um espetáculo envolve o
planejamento, execução e controle de cada projeto de espetáculo artístico, que irão
requer disciplina nos gastos, cumprimento do cronograma estabelecido, escolha
criteriosa do elenco, ensaios, supervisão técnica, etc. Podemos separar as atividades
envolvidas na montagem de um espetáculo nos seguintes principais grupos:
Planejamento Envolve a identificação da demanda (oportunidade) para o espetáculo,
determinação do público-alvo, elaboração da estratégia de ação, com visão do(s)
local(is) onde o show será realizado, escolha da linguagem a que se refere (dança,
musica, teatro, etc), sua proposta (experimental, popular, massiva, erudita, etc). Inclui
ainda a identificação das principais ações e recursos humanos e materiais necessários
ao êxito do projeto, que deverão ser documentados no orçamento (qual o custo de
cada etapa, o valor total do projeto e retorno esperado?), cronograma de execução (o
cronograma geralmente é dividido em pré-produção, produção e pós-produção, que
significam, respectivamente, o momento prévio da execução do projeto, a sua
execução de fato e o momento posterior), Ficha técnica (número de profissionais
envolvidos, com respectivas funções) e o plano de divulgação do espetáculo.
Financiamento Uma vez apontados os recursos necessários para a realização do show
e os respectivos custos, deverão ser identificadas as fontes de financiamento (recursos

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Pessoal / Equipamentos / Matéria Prima/Mercadoria / Organização do Processo Produtivo
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
terceiros) e o quanto será solicitado a cada uma destas fontes. Para obtenção do
financiamento junto a terceiros, o empreendedor deverá elaborar e apresentar à fonte
financiadora a documentação requerida por esta. O Ministério da Cultura apóia
projetos culturais por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei nº 8.313/91), a Lei
Rouanet, da Lei do Audiovisual (Lei nº 8.685/93) e também por editais para projetos
específicos, lançados periodicamente. O mecenato, doações, deduções e abatimentos
fiscais feitos por pessoas físicas e jurídicas são outras fontes de financiamento para
projetos culturais existentes no Brasil (para maiores informações vide
http://www.cultura.gov.br/site/categoria/apoio-a-projetos/mecanismos-de-apoio-do -
minc/lei-rouanet-mecanismos-de-apoio-do-minc-apoio-a-projetos/fundo-nacional-de -
cultura-fnc/. Acesso em 14 abr 2011). Estados e municípios também possuem leis de
incentivo a cultura que podem ser utilizadas para financiamento de projetos culturais.
Para informações, o empreendedor deverá procurar a Secretaria de Cultura de seu
estado / município. Montagem do Espetáculo (Propriamente dito) As etapas de
montagem de um espetáculo cultural seguem o cronograma definido na sua fase de
planejamento (pré- produção), que em geral inclui as etapas de seleção do elenco e
equipe técnica, elaboração do figurino, elaboração do cenário e ensaios, podendo
variar conforme a linguagem (dança, musica teatro, etc). Para Bertolt Brecht,
destacado dramaturgo, poeta e encenador alemão do século XX as etapas de
montagem de um espetáculo teatral são: 1. Análise da peça - destrinchar quais são, no
plano social, as noções e impulsos mais importantes que a peça quer fazer ver.
Resumir a intriga em meia página. Em seguida, subdividir a intriga em seus diversos
incidentes, determinar os acontecimentos essenciais que fazem progredir a ação.
Enfim, destrinchar o que há de comum entre os incidentes, sua construção. Refletir
sobre as vias e meios que facilitam a narração da intriga e revelam seu significado
social. 2. Primeiro Exame - intenção fundamental. Há solução de continuidade?
Cenários para cada cena ou ato separadamente? Esboços do que seria a intriga,
grupamento, atitudes específicas dos personagens principais. 3. Distribuição -
provisória se possível. Tomando em consideração, se for necessário, nas mudanças, o
interesse do ator. 4. Primeira Leitura - os atores lêem com o mínimo de expressão e de
caracterização: tomam antes de tudo conhecimento da peça. Amplificação da análise.
5. Marcação - os principais acontecimentos se transcrevem provisoriamente sem muita
retidão, nas posições e movimentações. Tentam-se pequenos movimentos cá e lá. Os
atores podem experimentar o que lhes vem à cabeça. As indicações de tom são dadas
ao mesmo tempo que as atitudes e os gestos. Os caracteres podem começar a
aparecer sem aspirar continuidade. 6. Ensaios com Cenários - nos primeiros ensaios
de marcação, os projetos de cenários são transferidos para o palco, de maneira que os
atores possam se identificar com eles o mais rápido possível: quanto mais cedo os
atores ensaiarem com o cenário, melhor. A partir daí, tudo que for necessário à
representação deve ser utilizado (muros, praticáveis, portas, janelas etc.). Daí por
diante, não se deve mais ensaiar sem os acessórios. 7. Ensaios Parciais - sem se
incomodar com o ritmo a ser adquirido, cada detalhe deve ser repetido. O ator
estabelece a atitude de seu personagem e se familiariza em relação aos outros e se
familiariza com ele. Quando os acontecimentos principais tomarem um pouco de
forma, o trabalho dirige-se então às transições, que reclamam um cuidado particular. 8.
Encadeamento - o que os ensaios de detalhes haviam desconjuntado, é agora
acertado. Não se trata de ritmo, mas da continuidade. 9. Roupas e Maquiagem -
quando as cenas tomam forma e os personagens se afirmam é preciso discutir os

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Canais de Distribuição
Pessoal / Equipamentos / Matéria Prima/Mercadoria / Organização do Processo Produtivo / Automação /
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
Desde o princípio já deveriam ensaiar de salto alto, saias compridas, casacos, óculos
etc. 10. Ensaio de Verificação - exame repetido com a finalidade de verificar se as
noções mais importantes e os impulsos sociais da obra "passam". Se a peça funciona.
Trabalho meticuloso, de limpeza. É recomendável controlar as cenas por meio de
fotografias. 11. Ensaio de Ritmo - é preciso então se fixar no ritmo. Ajustar a duração
das cenas. Será melhor fazer esses ensaios de ritmo já com os figurinos, porque o
primeiro uso dos trajes sempre afrouxa um pouco. Ensaios Gerais I - a peça é revista
sem interrupções. II - pré-estréia: verificações das reações do público - membros de
uma sociedade, estudantes etc., que tornam possível uma discussão a respeito da
peça. Entre duas pré-estréias se intercalam ensaios de verificação, onde se põe em
prática as experiências adquiridas durante as últimas apresentações. III - primeira
apresentação oficial. Com ausência do diretor, a fim de que os atores possam se
movimentar sem controle. ___________________ (extraído da revista Cadernos de
Teatro nº 119/1988, edição já esgotada) Divulgação A divulgação de um espetáculo
cultural deve ser planejada adequadamente. Ela pode variar de acordo com o público-
alvo, duração e local de realização do evento. Em geral a divulgação de um show inclui
a elaboração e distribuição de CD´s, DVD´s, convites, folders, catálogo, postal, painel
externo/banner, painel interno/banner, anúncios em jornais, chamadas em rádios,
televisão, etc. Além disso, podem ser enviados releases com informações básicas,
como nome do espetáculo, data de estréia e de finalização, horário, local, valor de
entrada/ingressos, elenco, sinopse e, fotos representativas do show para jornais,
revistas e guias culturais impressos ou na internet. Gestão Financeiro-Administrativa A
gestão financeiro-administrativa de um espetáculo é uma das tarefas mais importantes
de uma empresa de montagem de espetáculos. Inclui a contratação dos recursos
materiais (locação do teatro, arena, casa de show, etc.), humanos (atores e equipe
técnica) além da logística envolvida na realização de cada show. Envolve ainda o
pagamento do elenco, equipe técnica, órgãos controladores de direitos autorais (ECAD
e SBAT) e o controle de bilheteria, dentre outras atividades.

10. Automação
Embora existam espetáculos cuja tecnologia de sonorização, iluminação e efeitos
especiais utilizadas nas apresentações sejam muito avançados, esta é uma atividade
fundamentada na habilidade e no talento humano e, com exceção dos processos
administrativos associados à gestão de cada espetáculo, a automação através da
tecnologia da informação é insignificante.

11. Canais de Distribuição


A montagem de um espetáculo pode acontecer das seguintes maneiras: - A empresa
de montagem ser responsável por toda a produção do espetáculo, incluindo a
contratação de artistas, técnicos, figurino, cenário, pagamento de diretos autorais etc.,

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Canais de Distribuição / Investimento
Pessoal / Equipamentos / Matéria Prima/Mercadoria / Organização do Processo Produtivo / Automação /
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
assumindo (junto com os cotistas e/ou financiadores do projeto) os riscos inerentes ao
negócio e os rendimentos provenientes da apresentação, que podem incluir a
bilheteria, re-montagens, reproduções do espetáculo em mídias digitais, locação dos
espaços para publicidade, vendedores de fast-food, etc. - A empresa de montagem ser
responsável apenas pela execução de montagem do cenário e instalações físicas do
local de apresentação, assumindo a produtora cultural os riscos inerentes ao negócio e
os rendimentos provenientes da apresentação (bilheteria, re-montagens, reproduções,
locações, etc.). No primeiro caso, fica óbvio que o principal serviço ofertado pela
empresa é o próprio show e, os canais utilizados para distribuição dos ingressos são a
bilheteria, sites de vendas de ingressos, stand de vendas, etc. Na segunda opção (a
empresa ser responsável apenas pela montagem física do local de apresentação) não
há o uso de canais de distribuição, ficando a própria empresa de montagem de
espetáculos responsável pela venda e execução do serviço contratado (podendo sub-
contratar algumas atividades tais como iluminação, sonorização, etc.).

12. Investimento
Os investimentos iniciais necessários para estruturação de uma empresa de
montagem de espetáculos não são significativos em relação aos recursos exigidos
para a montagem dos espetáculos propriamente ditos. Todavia, recomendamos a
elaboração de um Plano de Negócios onde os recursos necessários, em função dos
objetivos estabelecidos para o negócio, poderão ser determinados. (vide modelo
disponível em: http://www.sebrae.com.br/momento/quero-abrir-um-
negocio/integra_bia?ident_unico= 1440). O investimento inicial compreende todo o
capital empregado para iniciar e viabilizar o negócio até o momento de sua auto-
sustentação. Pode ser divididos em: - investimentos pré-operacionais – são todos os
gastos ou despesas realizadas com projetos, pesquisas, registro da empresa,
honorários profissionais e outros; - investimento fixo – compreende o capital
empregado na compra de imóveis, equipamentos, móveis, utensílios, instalações,
reformas etc.; - capital de giro inicial – é o capital necessário para suportar todos os
gastos e despesas iniciais, geradas pela atividade produtiva da empresa. Destinam-se
a viabilizar as compras iniciais, pagamento de salários nos primeiros meses de
funcionamento, impostos, taxas, honorários de contador, dentre outros gastos. Para
uma empresa de montagem de espetáculos de pequeno porte, estimamos que o
empreendedor tenha que dispor de aproximadamente de R$ 15.000,00 para fazer
frente aos seguintes itens de investimento: - despesas de registro da empresa,
honorários profissionais, taxas etc. - R$ 2.500,00; - montagem e compra de
equipamentos para a área administrativa da empresa – R$ 5.500,00; -
Desenvolvimento de website e material promocional da empresa – R$ 2.500,00; -
Gastos iniciais para locomoção e hospedagem para divulgação da empresa – R$
4.500,00 - capital de giro (vide item CAPITAL DE GIRO).

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Canais de Distribuição / Investimento / Capital de Giro
Pessoal / Equipamentos / Matéria Prima/Mercadoria / Organização do Processo Produtivo / Automação /
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
13. Capital de Giro
Capital de giro é o montante de recursos financeiros que a empresa precisa manter
para garantir fluidez dos ciclos de caixa. O capital de giro funciona com uma quantia
imobilizada no caixa (inclusive banco) da empresa para suportar as oscilações de
caixa.
O capital de giro é regulado pelos prazos praticados pela empresa, são eles: prazos
médios recebidos de fornecedores (PMF); prazos médios de estocagem (PME) e
prazos médios concedidos a clientes (PMCC).
Quanto maior o prazo concedido aos clientes e quanto maior o prazo de estocagem,
maior será sua necessidade de capital de giro. Portanto, manter estoques mínimos
regulados e saber o limite de prazo a conceder ao cliente pode melhorar muito a
necessidade de imobilização de dinheiro em caixa.
Se o prazo médio recebido dos fornecedores de matéria-prima, mão-de-obra, aluguel,
impostos e outros forem maiores que os prazos médios de estocagem somada ao
prazo médio concedido ao cliente para pagamento dos produtos, a necessidade de
capital de giro será positiva, ou seja, é necessária a manutenção de dinheiro disponível
para suportar as oscilações de caixa. Neste caso um aumento de vendas implica
também em um aumento de encaixe em capital de giro. Para tanto, o lucro apurado da
empresa deve ser ao menos parcialmente reservado para complementar esta
necessidade do caixa.
Se ocorrer o contrário, ou seja, os prazos recebidos dos fornecedores forem maiores
que os prazos médios de estocagem e os prazos concedidos aos clientes para
pagamento, a necessidade de capital de giro é negativa. Neste caso, deve-se atentar
para quanto do dinheiro disponível em caixa é necessário para honrar compromissos
de pagamentos futuros (fornecedores, impostos). Portanto, retiradas e imobilizações
excessivas poderão fazer com que a empresa venha a ter problemas com seus
pagamentos futuros.
Um fluxo de caixa, com previsão de saldos futuros de caixa deve ser implantado na
empresa para a gestão competente da necessidade de capital de giro. Só assim as
variações nas vendas e nos prazos praticados no mercado poderão ser geridas com
precisão.

No caso das empresas de montagens de espetáculos, em geral, a necessidade de


capital de giro é muito grande dado que cada espetáculo demanda recursos e tempo
para elaboração de figurinos, cenários, pagamentos de cachês e salários para artistas
e técnicos durante as fases de montagem e ensaio e as receitas correspondentes
somente ingressarão no caixa da empresa após a estréia do show. Portanto, neste
ramo (assim como em muitos outros), a gestão do capital de giro é determinante para
o sucesso da empresa, e o desafio do empreendedor é gerenciar, principalmente, à
ocorrência de fatores tais como: - variação dos diversos custos previamente orçados
no projeto de cada espetáculo; - Preço do ingresso que não cubram os gastos de
execução do projeto; - baixo volume de vendas de ingressos; - Atrasos no cronograma
de estréias. No caso de uma empresa de montagem de espetáculos o capital de giro
deve ser estimado dentro do custo de cada projeto.

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Divulgação
Canais de Distribuição / Investimento / Capital de Giro / Custos / Diversificação/Agregação de Valor /
Pessoal / Equipamentos / Matéria Prima/Mercadoria / Organização do Processo Produtivo / Automação /
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
14. Custos
São todos os gastos realizados na produção de um bem ou serviço e que serão
incorporados posteriormente ao preço dos produtos ou serviços prestados, como:
aluguel, água, luz, salários, honorários profissionais, despesas de vendas, cachês, e
demais insumos consumidos no processo de produção. O cuidado na administração e
redução de todos os custos envolvidos na compra, produção e venda de produtos ou
serviços que compõem o negócio, indica que o empreendedor poderá ter sucesso ou
insucesso, na medida em que encarar como ponto fundamental a redução de
desperdícios, a compra pelo melhor preço e o controle de todas as despesas internas.
Quanto menores os custos, maior a chance de ganhar no resultado final do negócio.
Neste ramo, os espetáculos montados pela empresa (que em última análise são os
serviços ofertados) são gerenciados como projetos independentes, cujos custos devem
ser estimados através de orçamento próprio conforme o modelo abaixo: Pessoal – R$
46.000,00 Material Gráfico – R$ 12.000,00 Viagens e Locomoções – R$ 6.000,00
Montagem – R$ 18.000,00 Impostos – R$ 5.000,00 Direitos Autorais – R$ 1.000,00
Outras Despesas – 2.000,00 Total – R$ 90.000,00 Para conhecer um modelo completo
de planilha de custos de projetos de espetáculo visite o site da FUNCEB - Fundação
Cultural do Estado da Bahia. Workshop de Elaboração de Projetos Culturais -
Orientações Para Elaboração de Projetos Culturais. Cartilha. 4ª Edição. Disponível em
http://www.fundacaocultural.ba.gov.br/editais/pdf/manual_projetos.pdf. Acesso em 13
abr 2011.

15. Diversificação/Agregação de Valor


Diversificação / Agregação de valor O mercado cultural é muito vasto e a possibilidade
de diversificação no ramo de montagem de espetáculos é ampla. Dentre as
possibilidades de diversificação estão: -Agenciamento de profissionais para atividades
artísticas. -Gestão de Casas de Shows. - Assessoria para formulação de Projetos
Culturais. - Realização de eventos privados (bailes de debutantes, festas de
casamentos, etc.) e/ou corporativos (feiras, congressos, seminários etc.);

16. Divulgação
A divulgação institucional da empresa de montagem de espetáculos se faz,
principalmente, através de visitas pessoais e contatos telefônicos com Casas de
Shows, Produtoras e Agentes Culturais. A divulgação institucional também pode ser
feita através de blogs e websites próprios na internet com cadastramento destes em
mecanismos de buscas e guias especializados. É prática no segmento, a divulgação
institucional da empresa de montagem de espetáculos, nos espaços publicitários do

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Divulgação / Informações Fiscais e Tributárias
Canais de Distribuição / Investimento / Capital de Giro / Custos / Diversificação/Agregação de Valor /
Pessoal / Equipamentos / Matéria Prima/Mercadoria / Organização do Processo Produtivo / Automação /
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
Teatro, Arena, Casa de Shows, etc. e no material promocional dos espetáculos
produzidos. Para informações sobre a divulgação do espetáculo (projeto cultural) vide
o item ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO PRODUTIVO.

17. Informações Fiscais e Tributárias


O segmento de EMPRESA DE MONTAGEM DE ESPETÁCULOS, assim entendido
pela CNAE/IBGE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) 9001-9/01 como
a atividade de produção e promoção de apresentações ao vivo de grupos e
companhias de teatro em casas de espetáculos e em teatros , poderá optar pelo
SIMPLES Nacional - Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e
Contribuições devidos pelas ME (Microempresas) e EPP (Empresas de Pequeno
Porte), instituído pela Lei Complementar nº 123/2006, desde que a receita bruta anual
de sua atividade não ultrapasse a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) para
micro empresa, R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais) para empresa de
pequeno porte e respeitando os demais requisitos previstos na Lei.

Nesse regime, o empreendedor poderá recolher os seguintes tributos e contribuições,


por meio de apenas um documento fiscal – o DAS (Documento de Arrecadação do
Simples Nacional), que é gerado no Portal do SIMPLES Nacional (http://www8.receita.f
azenda.gov.br/SimplesNacional/):

• IRPJ (imposto de renda da pessoa jurídica);


• CSLL (contribuição social sobre o lucro);
• PIS (programa de integração social);
• COFINS (contribuição para o financiamento da seguridade social);
• ISSQN (imposto sobre serviços de qualquer natureza);
• INSS (contribuição para a Seguridade Social relativa a parte patronal).

Conforme a Lei Complementar nº 123/2006, as alíquotas do SIMPLES Nacional, para


esse ramo de atividade, variam de 6% a 17,42%, dependendo da receita bruta auferida
pelo negócio. No caso de início de atividade no próprio ano-calendário da opção pelo
SIMPLES Nacional, para efeito de determinação da alíquota no primeiro mês de
atividade, os valores de receita bruta acumulada devem ser proporcionais ao número
de meses de atividade no período.

Se o Estado em que o empreendedor estiver exercendo a atividade conceder

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Divulgação / Informações Fiscais e Tributárias
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Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
benefícios tributários para o ICMS (desde que a atividade seja tributada por esse
imposto), a alíquota poderá ser reduzida conforme o caso. Na esfera Federal poderá
ocorrer redução quando se tratar de PIS e/ou COFINS.

Se a receita bruta anual não ultrapassar a R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), o


empreendedor, desde que não possua e não seja sócio de outra empresa, poderá
optar pelo regime denominado de MEI (Microempreendedor Individual) . Para se
enquadrar no MEI o CNAE de sua atividade deve constar e ser tributado conforme a
tabela da Resolução CGSN nº 94/2011 - Anexo XIII
(http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/resolucao/2011/CGSN/Resol94.htm ).
Neste caso, os recolhimentos dos tributos e contribuições serão efetuados em valores
fixos mensais conforme abaixo:

I) Sem empregado
• 5% do salário mínimo vigente - a título de contribuição previdenciária do
empreendedor;
• R$ 5,00 a título de ISS - Imposto sobre serviço de qualquer natureza.

II) Com um empregado: (o MEI poderá ter um empregado, desde que o salário seja de
um salário mínimo ou piso da categoria)

O empreendedor recolherá mensalmente, além dos valores acima, os seguintes


percentuais:
• Retém do empregado 8% de INSS sobre a remuneração;
• Desembolsa 3% de INSS patronal sobre a remuneração do empregado.

Havendo receita excedente ao limite permitido superior a 20% o MEI terá seu
empreendimento incluído no sistema SIMPLES NACIONAL.

Para este segmento, tanto ME, EPP ou MEI, a opção pelo SIMPLES Nacional sempre
será muito vantajosa sob o aspecto tributário, bem como nas facilidades de abertura do
estabelecimento e para cumprimento das obrigações acessórias.

Fundamentos Legais: Leis Complementares 123/2006 (com as alterações das Leis

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Divulgação / Informações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em Geral
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Pessoal / Equipamentos / Matéria Prima/Mercadoria / Organização do Processo Produtivo / Automação /
Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
Gestor do Simples Nacional nº 94/2011.

18. Eventos
CBT - Congresso Brasileiro de Teatro. Realização: Cooperativa Paulista de Teatro
Secretaria de Cultura de Osasco Rede Brasileira de Teatro de Rua Informações: Aurea
Karpor (11) 8337-5168 e Selma Pavanelli (11) 8591-7734. 1ª Expo Show Business
Dias 21 e 22 de setembro Espaços Banespa Av. Santo Amaro, 5355 Bairro Brooklyn,
São Paulo - SP Tel: (11) 5536-8200 Cursos Curso de Montagem de Espetáculo de
Teatro-Fórum Centro de Teatro do Oprimido Av. Mem de Sá, 31 – Lapa – Rio de
Janeiro Informações e Inscrições: Claudia Simone: claudiasimone@ctorio.org.br
Monique Rodrigues: moniquerodrigues@ctorio.org.br Telefones: (21) 2232-5826 /
2215-0503

19. Entidades em Geral


Entidades ABRAFIN - Associação Brasileira de Festivais Independentes. Av Circular
1192, Shopping 1000 - Sala 01, St. Pedro Ludovico - Goiânia - GO - CEP 74823-020
Telefone: (62) 3281-5358 Email: abrafin@abrafin.org Website: http://abrafin.com.br
APETESP - Associação de Produtores de Espetáculos Teatrais do Estado de São
Paulo Endereço: Rua Paim, 72 - Bela Vista - São Paulo - SP CEP: 01306-010
Telefone: (11) 3255-3783 Website: http://www.apetesp.org.br ECAD - Escritório Central
de Arrecadação e Distribuição de Direitos Autorais Avenida Almirante Barroso, 22 -
22º. Centro - Rio De Janeiro - CEP: 20031-000 Telefone: (21) 2544-3400 Fax: (21)
2544-4538 Website: http://www.ecad.org.br E-Mail: ecadrj@ecad.org.br ESCOLA DO
TEATRO BOLSHOI NO BRASIL Av. José Vieira, 315 - América - Joinville / SC - Brasil
CEP 89204-110 / Fone (55) 47 3422-4070 E-mail:
escolabolshoi@escolabolshoi.com.br FUNARTE - Fundação Nacional de Artes–
instituição vinculada ao Ministério da Cultura, que tem como objetivo incentivar e
amparar, em todo o território brasileiro e no exterior, a prática, o desenvolvimento e a
difusão das atividades artísticas e culturais nas áreas de Artes Cênicas (Teatro, Dança
e Circo), Artes Visuais e Música; mantém escritórios no Rio de Janeiro, em São Paulo,
Brasília e Belo Horizonte, onde desenvolve projetos próprios ou em parceria com
governos estaduais ou municipais e outras instituições; dentro do PRONAC, possui
técnicos e pareceristas responsáveis pela análise de propostas das áreas de Artes
Cênicas, Artes Visuais e Música, durante a fase de análise técnica. Website:
www.funarte.gov.br Ministério da Cultura http://www.cultura.gov.br - Secretaria de
Incentivo e Fomento à Cultura (Sefic)-
http://www.cultura.gov.br/site/sobre/secretarias/secretaria-de-incentivo-e-fomen to-a-
cultura/ - Secretaria de Programas e Projetos Culturais (SPPC) -
http://www.cultura.gov.br/site/sobre/secretarias/secretaria-de-programas-e-proje tos-
culturais - Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural (SID)-

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Divulgação / Informações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em Geral / Normas Técnicas /
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de Incentivo e Fomento à Cultura -
http://www.cultura.gov.br/site/sobre/secretarias/secretaria-de-incentivo-e-fomen to-a-
cultura SBAT – Sociedade Brasileira de Autores Teatrais Av. Almirante Barroso, 97 / 3º
andar - Castelo - Rio de Janeiro-RJ - Brasil - Cep:20031-005 - Tel/Fax: (21) 2544-6966
/ 2240-7431 - Cx.Postal: 1503 Website: http://www.sbat.com.br Redes Sociais TOQUE
NO BRASIL: O Toque no Brasil é uma rede de oportunidades que visa dinamizar e
fortalecer o laço entre os elos da cadeia de valor da música, facilitando o encontro
entre quem faz música e quem contrata músicos e bandas, ou seja, servindo também
como ferramenta de trabalho. Endereço Eletrônico: http://tnb.art.br

20. Normas Técnicas


Não existem normas técnicas aplicaveis ao negócio.

21. Glossário
ACÚSTICA: A qualidade da casa de espetáculos no que diz respeito à transmissão do
som. Problemas acústicos geralmente são complexos em sua natureza e muito
dinheiro e horas de trabalho podem ser economizados com a consulta de um
engenheiro ou arquiteto especializado desde o início do processo de projeto de uma
casa de shows. BOCA DE CENA: Abertura frontal do palco que delimita horizontal e
verticalmente o espaço visual da cena. Recorte na parede frontal do palco que pode
ser variado através do uso de reguladores verticais e horizontais. CAMARIM: Recinto
da caixa dos teatros e casa de shows onde os atores se vestem e se maquiam.
CENOGRAFIA: Arte e técnica de criar, projetar e dirigir a execução de cenários para
espetáculos de teatro, de cinema, de televisão, de shows etc. CICLORAMA: Grande
tela semicircular, geralmente em cor clara, situada no fundo da cena e sobre a qual se
lançam as tonalidades luminosas de céu ou de infinito, que se deseja obter. Nele
também podem ser projetados diapositivos ou filmes que se desenvolvem alternada ou
paralelamente à ação física dos atores. Ciclorama ou infinito, fundo infinito, cúpula de
horizonte. COXIA: Nos palcos de teatro e casas de shows, espaço situado atrás dos
bastidores. Pode ser ainda um assento móvel, normalmente com dobradiças, usado
quando as poltronas normais já estão ocupadas. Uma espécie de cadeira improvisada.
MUSICAL: é um estilo de teatro que combina música, canções, dança, e diálogos
falados. Esta delimitada por um lado pela sua co-relação com a ópera e por outro pelo
cabaré, os três apresentam estilos diferentes, mas suas linhas delimitantes muitas
vezes são difíceis de conceituar. QUARTA PAREDE: A quarta parede é uma parede
imaginária situada na frente do palco do teatro, através da qual a platéia assiste
passiva à ação do mundo encenado. Apesar de ter surgido no teatro, onde os palcos,
geralmente de três paredes, apresentam mais literalmente uma "quarta parede", o
termo é usado em outras mídias, como cinema, videogames, televisão e literatura,
geralmente para se referir à divisória entre a ficção e a audiência. STAND-UP

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Divulgação / Informações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em Geral / Normas Técnicas /
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COMEDY: indica um espetáculo de humor executado por apenas um comediante. O
humorista se apresenta geralmente em pé (daí o termo 'stand up'), sem acessórios,
cenários, caracterização, personagem ou o recurso teatral da quarta parede,
diferenciando o stand up de um monólogo tradicional. Também chamado de humor de
cara limpa, termo usado por alguns comediantes. SHOW BUSINESS (por vezes
abreviado para show biz) é uma palavra de origem inglesa utilizada a partir do século
XX para se referir a todos os aspectos da indústria do entretenimento. Aplicam-se às
mais diversas circunstâncias do entretenimento, do lado financeiro (incluindo
empresários, produtores e distribuidores) ao criativo (artistas, compositores e músicos,
entre outros), passando também pelo estrutural (cinema, televisão, teatro e música).
URDIMENTO: Armação de madeira ou ferro, construída ao longo do teto do palco,
para permitir o funcionamento de máquinas e dispositivos cênicos. Na realidade, é o
esqueleto do palco; a ‘alma’ da caixa de mágicas em que ele às vezes se converte.
Tem como limite superior, a grelha com a sofita e como limite inferior, a linha das
bambolinas, varas de luzes e a parte superior da cenografia. VARA: Madeira ou cano
longitudinal preso no urdimento, onde são fixados elementos cenográficos,
equipamentos de luz e vestimentas cênicas. Sua movimentação pode ser manual,
utilizando-se contrapesos e elétrica.Gêneros teatrais

22. Dicas de Negócio


- Os empresários do setor de montagem de espetáculos musicais acham que o público
mais jovem não quer shows onde a pessoa paga ingresso, assiste ao show e vai
embora. O público jovem acha que o dinheiro tem de render mais. Eles querem o show
e a festa junto; - O empresário do ramo deve investir na qualidade global de
atendimento ao público, ou seja: oferecer qualidade no serviço prestado, o que inclui
um ambiente agradável (climatização, iluminação e sonorização), profissionais de
apoio atenciosos, respeitosos e interessados, conveniências (estacionamento,
banheiros limpos, etc.) e segurança são fatores fundamentais para o sucesso na
montagem de espetáculos; - No segmento de montagem de espetáculos em geral
deve haver um equilíbrio entre os custos de montagem e preço dos ingressos. Neste
sentido, nem sempre a apresentação de estrelas consagradas do showbiz apresenta o
melhor retorno financeiro para o empresário. Empreendedores do setor acham que
vale a pena apostar em novos talentos, embora os custos de divulgação, nestes casos,
venham a ser mais altos; - Dependendo do gênero, uma das maiores dificuldades
enfrentadas na montagem de um show no Brasil é para encontrar mão-de-obra
qualificada. Um exemplo é o mercado de shows musicais. Pelo fato de ainda ser
recente, não há abundância de profissionais de alto nível no País, que saibam cantar e
dançar, o que prejudica os diretores e produtores.

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Divulgação / Informações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em Geral / Normas Técnicas /
Canais de Distribuição / Investimento / Capital de Giro / Custos / Diversificação/Agregação de Valor /
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Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
23. Características
A montagem de espetáculos teatrais requer a responsabilidade de profissional Técnico
em Espetáculos de Diversões. Segundo o Art. 7 da Lei nº 6.533 de maio de 1978. Para
obtenção de tal habilitação é necessário: I - diploma de curso superior de Diretor de
Teatro, Coreógrafo, Professor de Arte Dramática, ou outros cursos semelhantes,
reconhecidos na forma da Lei; ou II - diploma ou certificado correspondente às
habilitações profissionais de 2º Grau de Ator, Contra-regra, Cenotécnico, Sonoplasta,
ou outras semelhantes, reconhecidas na forma da Lei; ou III - atestado de capacitação
profissional fornecido pelo Sindicato representativo das categorias profissionais e,
subsidiariamente, pela Federação respectiva. Contudo, a maioria dos empreendedores
culturais no país começa a trabalhar nessa área por gostar de arte e por prazer e
costuma se utilizar de conhecimentos e contatos pessoais para promover shows,
espetáculos, festivais, etc. Outras habilidades necessárias ao empreendedor do ramo
são: - Ter visão sistêmica do mercado cultural; - Saber Gerenciar projetos; - Liderar e
coordenar equipes de trabalho; - Boa comunicação e relacionamento interpessoal; -
Ser objetivo; - Ter conhecimentos em administração e marketing, - Saber negociar
preços e prazos; - Possuir capacidade de adaptação; - Suportar para trabalhar sob
pressão e em horários variados; - criatividade; - Capacidade de negociação com
institucionais públicas e privadas de fomento a cultura.

24. Bibliografia
BARBA, Eugenio e SAVARESE, Nicola: A Arte Secreta do Ator: Dicionário de
Antropologia Teatral. São Paulo e Campinas, HUCITEC/UNICAMP. BARRETO, A. 10
idéias para fortalecer suas ações culturais. [S. l.]: Overmundo, 2009. Disponível em: .
Acesso em: 8 abr. 2009. ______. Aprenda a organizar um show. [S. l.]: Imagina Ed.,
[2008]. Disponível em: . Acesso em: 15 mar. 2009. FUNCEB - Fundação Cultural do
Estado da Bahia. Workshop de Elaboração de Projetos Culturais - Orientações Para
Elaboração de Projetos Culturais. Cartilha. 4ª Edição. Disponível em
http://www.fundacaocultural.ba.gov.br/editais/pdf/manual_projetos.pdf. Acesso em 13
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Empresa Personaliza Treinamento Empresarial com Encenações. Artigo Disponível em
http://www.framesolutions.com.br/novidades/novidade_pegn.php. Acesso em 14 abr
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Apresentação / Apresentação / Mercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura /
25. Fonte
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26. Planejamento Financeiro


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27. Soluções Sebrae


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28. Sites Úteis


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29. URL
http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ideias/Como-montar-uma-empresa-de-
montagem-de-espet%C3%A1culos

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