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A próstata normal envolve o colo vesical e a uretra, estando ainda em contato com o reto.
Pode ser dividida anatomicamente em cinco lobos (laterais, anterior, posterior e médio), sendo
que a divisão entre os lobos é imprecisa no adulto.
Pode-se ainda dividir a próstata em grupos glandulares interno e externo, sendo o grupo
interno composto de glândulas mucosas e submucosas, enquanto o externo é composto das
glândulas prostáticas propriamente ditas.
Topograficamente a próstata pode ser dividida ainda em três zonas, de transição (que
envolve a uretra proximal), central (acompanha os ductos ejaculatórios), e periférica (envolve a
uretra distal).
Citologicamente, as glândulas prostáticas são constituídas de ácinos e ductos coletores
revestidos por células cúbicas ou cilíndricas altas com presença de células basais. O estroma
prostático tem importante função proliferativa (produz fatores de crescimento como o IGF), sendo
composto por tecido fibroso e muscular liso.
O LH estimula as células de Leydig do testículo a produzir testosterona, que por sua vez será
convertida em di-hidrotestosterona (DHT) pela ação da enzima 5α-redutase no estroma prostático.
A DHT, por sua vez, atua na proliferação e funcionalidade do epitélio glandular prostático.
LHrH
↓
LH
↓
Testosterona
↓ (5α-redutase)
DHT
Na fase compensada há hipertrofia das paredes vesicais, que adotam aspecto trabeculado.
Em locais de menor resistência, a mucosa pode ainda adquirir pseudodivertículos que acumulam
resíduo urinário e serão fonte de recorrentes infecções do trato urinário. Além disso, o estiramento
da uretra prostática causa erosão da mucosa local, o que, novamente, favorece infecções.
Na fase descompensada a bexiga dilata-se, podendo atingir grande volume. Surge refluxo
vesicoureteral que evolui para hidroureter e finalmente hidronefrose bilateral. Pielonefrite e
insuficiência renal crônica são causas de morte plausíveis nessa fase da doença.
5. Por quê os achados clínicos do adenocarcinoma prostático são mais tardios, ou mesmo
faltosos, quando comparados aos achados de HPB?
Dada a localização usual dessa lesão, no lobo prostático posterior (glândulas externas), a
manifestação clínica de sintomas locais é tardia quando comparado aos achados de HPB, cuja lesão
é mais comum nos lobos laterais e médio, mais íntimos da uretra prostática.
6. Quais são os achados clínicos do adenocarcinoma e qual a relação dessa lesão com o
achado de lesões osteoblásticas nos ossos do quadril e vértebras lombares?
Ainda que tardios, podem ocorrer sintomas clínicos locais relacionados ao adenocarcinoma
prostático, como disúria, polaciúria, hematúria e dificuldade para iniciar ou terminar o jato
urinário.
É comum ao adenocarcinoma prostático oculto as metástases osteoblásticas dos ossos da
pelve e vértebras lombares, associadas a queixas de dor.
O adenocarcinoma prostático pode evoluir com metástases para a uretra, colo vesical e
trígono vesical, e vesículas seminais, sendo que a infiltração das vesículas aumenta a probabilidade
de metástases linfonodais.
Além das metástases locais, pode ocorrer metástase hematogênica e, de maior
importância, ósseas (cerca de 70% dos casos), que atingem os ossos da pelve, vértebras lombares
e costelas.
8. Quais exames são de utilidade para o diagnóstico da lesão? Descreva de maneira sucinta
os graus de estadiamento histológico e clínico da lesão.