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2018 – 2019
Pobreza e Desigualdades
Pobreza e Desigualdades
Universidade do Algarve - Faculdade de Economia
2018 - 2019
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Economia Portuguesa e Europeia
Pobreza e Desigualdades
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Economia Portuguesa e Europeia
Pobreza e Desigualdades
Índice
Introdução ................................................................................................................... 5
Anexos ....................................................................................................................... 16
Despesas médias de consumo final das famílias: total e por tipo de bens e serviços. 16
Emigrantes .............................................................................................................. 17
Desemprego ............................................................................................................ 17
Apêndices .................................................................................................................. 24
Inquérito .................................................................................................................. 25
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Economia Portuguesa e Europeia
Pobreza e Desigualdades
Pobreza e Desigualdades
Portugal e a União Europeia
Introdução
Este trabalho foi proposto na disciplina de Economia Portuguesa e Europeia, em
que iremos abordar a Pobreza e as Desigualdades, mais concretamente as suas definições,
explicando alguns tipos de pobreza de forma generalizada, no qual escolhemos retratar a
pobreza absoluta e a pobreza relativa, as suas causas e consequências e, também, a
evolução da desigualdade ao longo dos anos.
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Pobreza e Desigualdades
pensamento da nossa população, mas também para promover e alertar a sociedade que a
pobreza e as desigualdades estão presentes em Portugal e que, apesar de sermos um país
pequeno, a maioria das pessoas passam por necessidades.
Optamos por este tema porque são dois fenómenos que se podem encontram ao
“virar da esquina”, fazendo-nos despertar uma curiosidade acrescida e que nos permite
refletir mais acerca deste assunto que atualmente, apesar de ter vindo a diminuir, ainda
tem um grande impacto na nossa sociedade.
Será que daqui a 20 anos Portugal continuará a ser um país com uma taxa de
pobreza e um nível de Desigualdade elevado?
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Pobreza e Desigualdades
A Pobreza e as Desigualdades
A pobreza é uma carência económica, que está caraterizada pela redução de
escolhas, de recursos, de segurança e entre outros. Está associado ao custo de
oportunidade, pois leva-nos a abdicar de um determinado bem para a aquisição de outro,
pois como as pessoas tem menos possibilidades são forçadas a fazê-lo. Com isto
conseguimos distinguir a pobreza em dois tipos, a Pobreza Relativa e a Pobreza Absoluta.
O outro tipo de pobreza é a pobreza Absoluta, que também pode ser designada
por extrema, e ocorre quando um individuo não consegue satisfazer as suas necessidades
essenciais à sobrevivência humana. Está maioritariamente presente nos países em
desenvolvimento, sendo que também é visível na União Europeia e em Portugal com
menor frequência, como é o exemplo da existência dos sem-abrigos.
A pobreza é mais evidente nas classes etárias jovens quando estes pretendem
iniciar a sua atividade económica, pois no período de crise que Portugal atravessou,
muitos jovens licenciados não conseguiram encontrar empregos, dificultando assim a
saída da casa dos pais, uma vez que não tinham condições para começar uma vida
independente. Outra classe, onde se verifica uma grande percentagem de pobreza é a
idosa, devido aos seus subsídios serem irrisórios e não serem capazes de satisfazer as
principais necessidades.
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As principais causas:
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mais dinheiro com a acumulação de capital, enquanto os mais pobres ficavam cada vez
mais pobres.
As principais causas:
• Má distribuição do rendimento;
• Concentração de riqueza;
• Falta de oportunidade de trabalho;
• Corrupção;
• Má administração dos recursos;
• Entre outros.
As principais consequências:
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Verifica-se nos dois gráficos abaixo que o Índice de Gini apresenta algumas
melhorias ao longo do tempo, desde 1995 até 2017, passando de 37 para 33,5,
respetivamente. Ao longo da reta do gráfico 1, Portugal tem vindo a reduzir o índice de
Gini, sendo que a partir dos anos 2008 teve uma ligeira subida, devido à crise financeira
que o nosso país foi sujeito. Em 2013, voltamos a ter uma redução até 2017, o que foi
bastante positivo. Com estes resultados, concluímos que Portugal apesar da sua
diminuição ainda se encontra no quinto lugar (5º) na União Europeia, como é visível no
gráfico 2, ou seja, é considerado um dos países com maior discrepância de rendimentos
entre pessoas.
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(8º) na União Europeia. Portugal, apesar de apresentar uma diminuição é ainda um dos
países mais desiguais da Europa.
Os três países mais desiguais da União Europeia são a Bulgária com 8,2, a Lituânia
com 7,3 e a Espanha com 6,6, em 2017 e os três países menos desiguais são a Finlândia
com 3,5, Eslovénia com 3,4 e a República Checa com 3,4.
Portugal encontra-se em 17º (decimo sétimo lugar) a nível da União Europeia, ou seja,
é um dos países com menor valor do qual se considera que alguém é pobre.
O limiar de risco de pobreza tem vindo a aumentar constantemente ao longo dos anos,
tendo uma ligeira quebra entre os anos de 2009 e 2012, voltando depois a aumentar até
2017, obtendo um valor de 5.610 euros anualmente, o que significa que um individuo está
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abaixo do limiar de pobreza se tiver menos de 467,5 euros por mês, ou seja,
aproximadamente, 15,37 euros por dia.
Através dos gráficos presentes a baixo, conseguimos verificar que desde 1995 até
2017, teve ligeiras oscilações, atingindo o ponto mais elevado em 2013, altura em que
Portugal passou pela crise económica que influenciou drasticamente os indivíduos e
famílias, colocando-os em situações mais complicadas e difíceis, pois muitas delas
tinham de viver apenas com o ordenado mínimo ou até menos. Após 2013, o nosso país,
tem vindo a diminuir e a apresentar uma taxa de intensidade da pobreza cada vez mais
baixa, o que nos remete para uma melhoria. A nível da união Europeia, Portugal encontra-
se em sétimo lugar, significando assim que é um dos dez países com uma taxa de pobreza
mais elevada.
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Será que daqui a 20 anos Portugal continuará a ser um país com uma taxa de
pobreza e um nível de Desigualdade elevado?
Esta é uma pergunta que faz levantar várias dúvidas e respostas, pois o futuro é
incerto e o mundo está sempre em desenvolvimento e a cada dia que passa encontra-se
em constante mudança, mas mesmo assim, faz-nos pensar e refletir: “Como será o dia
de amanhã? Será que daqui a 20 anos estes dois fenómenos vão extinguir ou vão ser
mais evidentes? “.
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Por outro lado, há uma forte pressão na economia, que nos coloca numa indecisão.
Muitos economistas afirmam que a crise financeira não ficou bem resolvida, o que nos
leva a ter um certo receio que estes dois fenómenos voltem a crescer e a prejudicar o
desenvolvimento do nosso país.
Outro aspeto que atualmente é muito evidente é a vinda de refugiados, tanto para
Portugal como para a Europa, isto é, proporciona uma maior discrepância entre os ricos
e os pobres, aumentando a pobreza e também as desigualdades, pois quando os refugiados
emigram para a Europa não tem possibilidades financeiras e vem em busca de novas vidas
e de melhores condições para viver.
Uma curiosidade sobre Portugal é que, tal como outros 189 países, adotou o
programa chamado Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), onde
define como principal objetivo o desenvolvimento sustentável para 2030. Este
programa incide nos mais diversos assuntos incluindo a pobreza e as
desigualdades, mais especificamente a erradicação da pobreza e da desigualdade
de género. Devido à escala global deste projeto prevê-se a ação de toda a sociedade,
incluindo os governos, as empresas e toda a população.
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Anexos
Despesas médias de consumo final das famílias: total e por tipo de bens
e serviços
Entre 2008 e 2013, foram os anos mais cruciais para as famílias, pois devido a crise
económica que afetou Portugal, tiveram mais quebra de rendimentos, o que originou uma
diminuição do poder de compra, dificultando as decisões e obrigando as famílias a
definirem prioridades, optando pelo que é mais importante à sua existência.
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Emigrantes
Neste gráfico verificamos que a partir dos anos 2004/05 houve um aumento muito
significativo de emigrantes ( de Portugal para o exterior), o que nos leva a afirmar que ao
longo da crise que Portugal atravessou, muitas das famílias/indivíduos deixaram de ter
tantas possibilidades e dinheiro para viver, chegando muitas delas ao limiar da pobreza,
optando assim por ir em busca de novas oportunidades, novos empregos e de uma vida
melhor no estrangeiro.
Desemprego
Neste gráfico observamos que desde 2008 até 2014 houve um aumento significativo
de desempregados, o que nos leva a uma comparação com todos os gráficos anteriores
vistos, pois confirma-se o mesmo, ou seja, entre esse tempo, a sociedade atravessou por
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Pobreza e Desigualdades
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Pobreza e Desigualdades
Assim, constata-se que o desemprego tem progredido de uma forma desigual a nível
nacional, o que origina um agravamento das desigualdades regionais, provocando
diferentes crescimentos e uma maior discrepância social.
O governo, ao longo dos anos, tem vindo a investir de forma desigual, apostando
mais nas regiões litorais do que nas regiões interiores, maioritariamente na área
metropolitana de Lisboa onde se encontra grande parte do emprego, do investimento e da
riqueza. Apesar de anteriormente Portugal não ter apostado na criação de políticas
regionais para combater as discrepâncias presentes, quando se agravou o envelhecimento
e o despovoamento na zona interior do nosso país, Portugal foi obrigado a implementar
um Programa de Valorização do Interior onde estão incluídas medidas para inverter as
assimetrias:
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Risco de pobreza
Através desta imagem retirada do jornal Público, que se baseou numa fonte do
INE, conseguimos verificar a taxa de risco de pobreza após transferências sociais e a Taxa
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de risco ou exclusão social mais evidente em cada região das NUTS II e a média nacional
dos mesmo, de 17,3 e 21,6 no ano de 2017, respetivamente.
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Referências Bibliográficas
De modo a fortalecer e a tornar o nosso trabalho mais conciso e rigoroso tomamos a
liberdade de fazer uma pesquisa mais abrangente de diversas fontes.
Livros:
Documentos Eletrónicos:
B. Creative Media. EAE. Formas de Possível. A crise foi pior em Portugal do que na
europa? Disponível online em URL: <https://portugaldesigual.ffms.pt/a-crise-foi-
pior-em-portugal-do-que-na-europa>
Rádio Notícias. Governo apresenta medidas com as quais quer estimular a economia
do interior. Publicado por TSF/Lusa. 14 de julho de 2018. Disponível online em
URL:<https://www.tsf.pt/politica/interior/governo-apresenta-medidas-com-as-
quais-quer-estimular-a-economia-do-interior-9593456.html>
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programa-de-valorizacao-do-interior>
Samuel Silva. Público. Ainda há 600 mil portugueses em privação severa, mas
número nunca foi tão baixo. 7 de maio de 2019. Disponível online em URL:
<https://www.publico.pt/2019/05/07/sociedade/noticia/600-mil-pessoas-privacao-material-
severa-1871769>
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Apêndices
Desigualdade Salarial entre Mulheres e Homens
Ao decorrer destes anos, a remuneração média mensal dos Homens tem sido sempre
superior à remuneração média mensal das Mulheres. Em 2017, os Homens obtiveram
uma remuneração base mensal de 1012,3 euros, enquanto as Mulheres obtiveram 816, 2
euros, dando assim uma diferença de 151,1 euros. Com este valor conseguimos ter uma
noção de que esta discrepância é extremamente evidente em Portugal.
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Inquérito
Realizamos um inquérito a 44 pessoas, com idade superior a 18 anos, de modo a
observarmos o pensamento e a perceção que os indivíduos tem sobre o impacto que estes
fenómenos tem em Portugal.
o 1ª Pergunta
Esta pergunta inicial serviu para termos uma noção geral do quão ciente a
sociedade está da pobreza e da desigualdade existente em Portugal.
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Pobreza e Desigualdades
o 2ª Pergunta
Esta imagem remete-nos para uma análise do coeficiente do gini, ou seja, mostra
o quão desigual é a distribuição do rendimento. Uma vez que Portugal apresentou em
2017 um índice de 33,5 e o quinto lugar na União Europeia obtém assim a cor vermelha.
No entanto, apenas 20,5 % da população optou por essa cor, tendo uma maior
percentagem a cor laranja, com 40,9%.
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o 3ª Pergunta
o 4ª Pergunta
o 5ª Pergunta
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