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Estacionário
este ponto, o conceito de um campo deve ser algo familiar. Depois que aceita-
N .
mos a lei experimental de forças que existem entre duas cargas pontuais e defi-
nimos a intensidade de campo elétrico como a força por unidade de carga em
uma carga de teste na presença de uma segunda carga, discutimos numerosos campos.
Esses campos não possuem base física real, pois medições físicas sempre devem ser rea-
lizadas em termos das forças nas cargas nos equipamentos de detecção. Aquelas cargas
que são a fonte causam forças mensuráveis exercidas em outras cargas, as quais designa-
mos como cargas detectoras. O fato de atribuirmos um campo às cargas fonte e então
determinarmos o efeito desse campo nas cargas detectoras, corresponde simplesmente a
uma divisão do problema básico em duas partes, por conveniência.
Vamos começar nosso estudo de campos magnéticos com uma definição do próprio
campo magnético e mostrando como ele é gerado por uma distribuição de corrente. O
efeito desse campo em outras correntes, ou a segunda metade do problema físico, será
discutido no Capítulo 9. Conforme fizemos com o campo elétrico, vamos confinar nossa
atenção inicial às condições de espaço livre, sendo que o efeito dos meios materiais será
também reservado para discussão no Capítulo 9.
A relação do campo magnético estacionário com sua fonte é mais coinplicada que
a relação do campo eletrostático corri sua fonte. É necessário às vezes aceitar "com fé"
diversas leis temporariamente, deixando suas provas para a seção final deste capítulo
(que realmente é difícil). Tal seção pode bem ser omitida, quando se estuda campos mag-
néticos pela primeira vez. Ela foi incluída para tornar a aceitação das leis um pouco mais
fácil, A prova das leis realmente existe e está disponível para os descrentes ou para o
estudante mais avançado. •
210
CAPíTULO 8 O Campo Magnético Estacionário 211
Espaço livre
uma discussão futura. Nossas relações presentes estarão relacionadas ao campo magné-
tico produzido por um elemento diferencial de corrente contínua no espaço livre.
Podemos pensar nesse elemento diferencial de corrente como uma seção muito
pequena de um condutor filamentar de corrente, onde um condutor filamentar é o caso
limite de um condutor cilíndrico de seção reta circular quando seu raio tende a zero.
Assumimos uma corrente I circulando em um vetor diferencial de comprimento do fila-
mento dL. A lei de Biot-Savart- determina que, em qualquer ponto P, o valor absoluto
da intensidade de campo magnético produzido pelo elemento diferencial é proporcional
ao produto entre a corrente, a intensidade do comprimento diferencial e o seno do ângu-
lo existente entre o filamento e a reta que conecta o filamento ao ponto P no qual o
campo é desejado. Além disso, o valor absoluto da intensidade de campo magnético é
.inversamente proporcional ao quadrado da distância do elemento diferencial ao ponto
P. A direção' da intensidade de campo magnético é normal ao plano que contém o fila- -
mento diferencial e linha desenhada do filamento ao ponto P. Das duas normais possí-
veis, a escolhida é aquela que está no sentido de progressão de um parafuso dextrogiro
que é girado, pelo ângulo mais curto, de dL até à reta que liga o filamento a P. Utilizando
as unidades mks, a constante de proporcionalidade é 1/47T.
A lei de Biot-Savart, que acaba de ser descrita em aproximadamente 150 palavras,
pode ser escrita de forma concisa utilizando notação vetorial como
(1)
1 Biot e Savart foram colegas de Ampere, e todos os três foram professores de Física no Collêge de France, em
(2)
f J.s
dS = Ó
A corrente total que atravessa qualquer superfície fechada é zero, e essa condição pode
ser satisfeita apenas se assumirmos uma circulação de corrente ao longo de um caminho
fechado. É essa corrente circulando em um circuito fechado· que deve ser nossa fonte
experimental, e não o elemento diferencial.
Com isso, ~penas a forma integral da lei de Biot-Savart pode ser verificada experi-
mentalmente
(3)
As Equações (1) e (2), é claro, levam diretamente à forma integral (3), mas outras
expressões diferenciais também levam à mesma formulação da integral. Qualquer termo
cuja integral por um caminho fechado for zero pode ser adicionado a (1), isto é, qualquer
campo conservativo pode ser adicionado a (1). O gradiente de qualquer campo escalar
sempre resulta em um campo conservativo; poderíamos, portanto, adicionar o termo VG
a (1), onde G é um campo escalar genérico, sem modificar nem um pouco (3).
CAPíTULO 8 O Campo Magnético Estacionário 213
Essa questão sobre (1) ou (2) é mencionada para mostrar que, se mais tarde fizermos
algumas perguntas tolas, não sujeitas a nenhuma verificação experimental, com relação à
força exercidapor um elemento diferencial de corrente em outro, deveremos esperar res-
postas tolas.
A lei de Biot-Savart pode também ser expressa em termos de fontes distribuídas, tal
como a densidade de corrente J e a densidade superficial de corrente K.A corren~e super-
ficial circula em uma lâmina extremamente fina, e a densidade de corrente J, medida em
amperes por metro quadrado, é portanto infinita. A densidade de corrente superficial,
entretanto, é medida em ampêres por metro de largura e é designada por K. Se a densi-
dade de corrente superficial é uniforme, a corrente total I em qualquer largura b é
1= Kb
onde assumimos que a largura b é medida perpendicularmente à direção de circulação
da corrente. A geometria 'é ilustrada pela Figura 8.2. Para uma densidade de corrente
superficial não uniforme, uma integração é necessária:
(4)
(6)
(7)
214 ELETROMAG NETISMO
de forma que
pap - z'az
aRl2 =
Yp 2 + Z,2 '
Tomamos dL = dz'e, e (2) se torna
-I dz'e, X (pap - z'a )
dH = --,-_'--c:-....,.-;-:- __z
2
47T.(p2 + Z'2)3/2
Uma vez que a corrente está orientada na direção de valores crescentes de z', os limites
são -00 e 00 na integral, e temos
H _ J 00 I dz'az X (pap - z'az)
2 - -00 47T(p2 +, Z'2)3/2
I J 00 pdz' aq,
= 47T -00 (p2 + Z'Z)3/2
2 O caminho fechado para a corrente pode ser considerado como possuindo um filamento de retorno parale-
lo ao primeiro filamento e afastado deste de uma distância infinita. Um condutor coaxial externo de raio infi-
nito é outra possibilidade teórica, Na prática, o problema é impossível de ocorrer, mas devemos perceber que
nossa resposta será bastante exata perto de um fio reto muito fino que possua um caminho de retorno de cor-
rente muito afastado.
CAPíTULO 8 O Campo Magnético Estacionário 215
Neste ponto, o vetor unitário 3", dentro do sinal de integração deve ser investigado, pois
não é sempre constante como são osvetores unitários do sistema de coordenadas carte-
sianas. Um vetor é constante quando sua intensidade, direção e sentido são todos cons-
tantes. O vetor unitário certamente possui uma intensidade constante, mas sua direção e
sentido variam. Nesse caso, 3", muda com a coordenada cp, mas não com p ou z.
Felizmente; a integração aqui é com relação a z', e 3", é uma constante e pode ser remo-
vida de dentro do sinal de integração. .
, /P3"'joo dz'
H2 = 47T -:-00(p2 + Z'2)3/2
00
/p3", Z' 1
/
H2 = -2-3",
7Tp (8)
linhas de força foi ajustado de modo que a adição desse segundo conjunto de linhas pro-
duzirá uma conjunto de quadrados curvilíneos.
Uma comparação da Figura 8.4 com o mapa do campo elétrico ao redor de uma linha
de cargas infinita mostra que as linhas de força dó campo magnético correspondem exa-
tamente às eqüipotenciais do campo elétrico, e a família de linhas perpendiculares ainda
sem nome (e ainda não desenhada), no campo magnético corresponde às linhas de força
do campo elétrico. Essa correspondência não é acidental, mas existem vários outros con-
ceitos que devem ser esclarecidos antes que a analogia entre os campos elétrico e mag-
nético possa ser explorada mais profundamente.
Utilizar a lei de Biot-Savart para encontrar H é, em muitos aspectos, similar ao uso
da lei de Coulomb para encontrar E. Cada um requer a determinação de um integrando
moderadamente complicado, que contém quantidades vetoriais, seguida de uma integra-
ção. Quando estávamos interessados na lei de Coulomb resolvemos um número de exem-
plos, incluindo os campos devidos a uma carga pontual, uma linha de cargas e uma lâmi-
na de cargas. A lei de Biot-Savart pode ser utilizada para resolver problemas análogos
com campos magnéticos, e alguns desses problemas aparecem como exercícios no final
do capítulo, e não como exemplos aqui.
Um resultado útil é o campo de um elemento de corrente de comprimento finito,
mostrado na Figura 8.5 (veja o Problema 8.8 no final do capítulo). H é mais facilmen-
te expresso em termos dos ângulos aI e a2, conforme está identificado na figura. O
resultado é
I
H = -4-(sen a2 - sen al)acj.> (9)
'TTp _
A--',;--\--,------~y
p Ponto 2
A Equação (9) pode ser utilizada para se encontrar a intensidade de campo magné-
tico causada por filamentos de corrente arranjados como uma seqüência de segmentos
de reta.
-----------------------------------------~
Como um exemplo numérico ilustrando o uso de (9), vamos determinar H em P2(0,4, 0,3,
O)no campo de uma corrente filamentar de 8 A direcionada do infinito para a origem, ao
longo do eixo x positivo, e depois da origem para o infinito, ao longo do eixo y. Esse
arranjo é mostrado na Figura 8.6.
Sol[,ção. Primeiramente, consideramos a corrente semi-infinita no eixo x, identificando
os dois ângulos alx = -90° e a2x = tg " (0,4/0,3) = 53,1°. A distância radial p é medida em
relação ao eixo x, e temos Px = 0,3. Logo, essa contribuição para H2 é
_ 8 ° _ 2 _ 12
H2(x) - 41T(0,3) (sen 53,1 + 1)a", - 0,31T (1,8)a", - --;;-a",
o vetor unitário a", também deve se referir ao eixo x. Vemos que ele se torna -azo
Logo
8A·
r.---------~------------~J'
/
o/
/
/
/
I /
E8.1. Dados os seguintes valores para PI, P2 e 11!:J.LI' calcule !:J.H2: (a) PI(0,0,2),
P2(4, 2, 0), 27TazILAom; (b) PI(0,2,0), P2(4,2,3), 27TazILAom; (c) P1(1,2,3),
P2(-3, -1, 2), 27T(-ax + ay + 2az)ILAom. ,-
Resp. -8,51ax + 17,01ay nNm; 16ay nAm; 18,9ax - 33,9ay + 26,4 az nNm
(10)
Definimos corrente positiva como aquela que circula na direção de avanço de um para-
fuso dextrogiro que é girado na direção na qual o caminho fechado é percorrido.
Referindo-se à Figura 8.7, que mostra um fio circular pelo qual flui uma corrente con-
tínua I, a integral de linha de H ao longo dos caminhos fechados a e b resulta na resposta
l. A integral pelo caminho fechado c que passa através do condutor tem como resposta um
valor menor que I, e é exatamente aquela porção, da corrente total envolvida pelo cami-
nho c: Apesar .de os caminhos a e b fornecerem a mesma resposta, os integrandos são
CAPíTULO 8 O Campo Magnético Estacionário 219
A aplicação da lei de Gauss requer encontrar a carga total envolvida por uma super-
fície fechada. A aplicação da lei circuital de Ampere requer encontrar a corrente total
envolvida por um caminho fechado.
Vamos novamente encontrar a intensidade de campo magnético produzida por um
filamento infinitamente longo pelo qual circula uma corrente 1. O filamento posiciona-se
no eixo z, no espaço livre (como na Figura 8.3), e a corrente flui na direção dada por azo
A inspeção sobre a simetria vem primeiro, mostrando que não há variação com z ou cjJ.
Em seguida, determinamos quais componentes de H estão presentes utilizando a lei de
Biot-Savart. Sem especificamente utilizar o produto vetorial, podemos dizer que a dire-
ção de -dI{ é perpendicular ao plano que contém dL e R e, com isso, está na direção de
aq,' Logo, a única componente de H é Ht/>, e é função apenas de p.
Dessa forma, escolhemos um caminho para qualquer seção na qual H seja perpen-
dicular ou tangencial e ao longo da qual H seja constante. A primeira condição (H per-
pendicular ou tangencial) nos permite substituir o produto escalal da lei circuital de
Ampere pelo produto das intensidades escalares, a não ser ao longo daquela porção de
caminho onde H é normal ao caminho e o produto escalar é zero. A segunda condição
(H constante) permite então remover a intensidade de campo magnético do sinal de inte-
gração. A integração necessária é usualmente trivial e consiste em se encontrar o compri-
mento daquela porção do caminho para o qual H é paralelo.
No nosso exemplo, o caminho deve ser um círculo de raio p, e a lei circuital de
Ampere fica
r2r.
f
/27r
H . dL = Jo Hq, p dcjJ = Hq, p Jo dcjJ = Hq, 27Tp = 1
ou
H __ 1_
q, - 27Tp
como antes.
Como um segundo exemplo da aplicação da lei circuital de Ampêre, considere uma
linha de transmissão coaxial infinita pela qual flui uma corrente total 1 uniformemente
distribuída no condutor central e-I no condutor externo. A linha é.mostrada na Figura
8.8a. A simetria mostra que H não é função de cjJ ou z. Com o objetivo de determinar as
componentes presentes, vamos utilizar os resultados do exemplo anterior considerando
os condutores sólidos como sendo compostos de um grande número de filamentos.
Nenhum filamento possui uma componente de H em Z. Além disso, a componente H; em
cjJ = 0°,produzida por um filamento posicionado em p = Pl' cjJ = cjJl é cancelada pela com-
ponente Hq, produzida pelo filamento simetricamente posicionado em p = Pl' cjJ = -~l'
Essa simetria é ilustrada na Figura 8.8b. Novamente, encontramos apenas uma compo-
nente Hq, que varia com p.
Um caminho circular de raio p, onde p é maior do que o raio do condutor interno
mas menor que o raio interno do condutor externo, leva-nos imediatamente a
1
Hq,=27TP (a<p<b)
CAPíTULO 8 O Campo Magnético Estacionário 221
H",apenas \ /
~
(a) (b)
Figura 8.8 (a) Seção reta de um cabo coaxial pelo qual circula uma corrente 1
uniformemente distribuída no condutor interno e -I no condutor externo.
O campo magnético em qualquer ponto é mais facilmente determinado pela
aplicação da lei circuital de Ampêre ao longo de um caminho circular.
(b) Filamentos de corrente em P = P1' 4>= ±4>1produzem componentes Hp
que se cancelam. Para o campo total, H = H",a",.
ou
(p < a)
Se o raio p for maior que o raio externo do condutor externo, nenhuma corrente é
envolvida e
H", = O (p > c)
I d - p2
HÁ.
'Y
= -
Ztrp d- [;2
(b < P < c)
I
2:rra
2a 3a = b 4a=c
~Y
x
ou
enquanto abaixo
.:
Fazendo ~N ser um vetor unitário normal (apontando para fora) à lâmina de corrente, o
resultado pode ser escrito em uma forma correta para todos os z como
(11)
(14a)
H = O (p > a) (14b)
224 ELETR OMAG N ETISM O
NJ
H=Kaaz,p<a H={l az
H=O,p >a
(bem dentro da bobina)
(a) (b)
NI
H = da~ (bem dentro do solenóide) (15)
A aproximação é útil se não for aplicada mais perto que dois raios das extremidades aber-
tas, nem mais perto que duas vezes a separação entre as voltas da superfície do solenóide.
Para os toróides mostrados na Figura 8.12, pode-se mostrar que a intensidade de
campo magnético para o caso ideal na Figura 8.12a é
Po - a
H = Ka--- - a", ( dentro do toróide) (16a)
p
H = O (fora) (16b)
NI
H = -- a", ( dentro do toróide) (17a)
27Tp
H = O(fora) (17b)
•
desde que consideremos pontos longe da superfície do toróide de uma distância várias
vezes maior que a separação entre as voltas.
Toróides que possuem seção reta retangular são também tratados prontamente,
corno você pode notar tentando resolver o Problema 8.14.
Fórmulas exatas para solenóides, toróides e bobinas de outras formas estão disponí-
veis na Seção 2 do Standard Handbook for Electrical Engineers (veja as Referências
Bibliográficas do Capítulo 5).
CAPíTULO 8 O Campo Maqnético Estacionário 225
eixo z eixo z
K = Ka az at p = Po - a, Z = O
H = 2~ arp (bem dentro do toróide)
H = Ka POp- a arp (dentro do toróide)
H =O (do lado de fora)
(a) (b)
Figura 8.12 (a) Um toróide ideal pelo qual circula uma corrente_
superficial K na direção mostrada. (b) Um toróide de N voltas pelo qual
passa uma corrente fi lamentar I.
8.3 ROTACIONAL
Completamos nosso estudo da lei de Gauss aplicando-a a um elemento diferencial
de volume e fomos levados ao conceito de divergência. Agora aplicamos a lei circuital de
Ampere para o perímetro de um elemento diferencial de superfície e discutimos a tercei-
ra e última das derivadas especiais da análise vetorial, a rotacional. Nosso objetivo ime-
diato é obter a forma pontual da lei circuital de Ampere.
Novamente devemos escolher as coordenadas cartesianas, e um caminho fechado
incremental de lados & e Lly é selecionado (Figura 8.13). Assumimos que alguma corren-
te, ainda não especificada, produz um valor de referência para H no centro deste peque-
no retângulo
o valor de Hy, nessa seção do caminho pode ser dado em termos do valor de referência
Hyo no centro do retângulo, da taxa de variação de Hy com x e da distância &/2 do cen-
tro até o ponto médio do lado 1-2:
226 ELETRO MAGN ETISMO
r-.,....._-----r3
I'!y
}-------------y
.
Hy,1-2 == Hyo
aH Y
+ ax 2 Àx
(1 )
Logo
f H . dL (
== - aHy - _x
ax
aH)
ÀxÀy
ay
Pela lei circuital de Ampêre, esse resultado deve ser.igual à corrente envolvida pelo cami-
nho, ou à corrente que atravessa qualquer superfície limitada pelo caminho. Se assumir-
mos uma densidade de corrente genérica J, a corrente envolvida é então ÀI == JzÀxÀy, e
f H . dL ( aHy aHx)
== - õx - - õy ÀxÀy == ] z ÀxÀy
ou
À medida que fazemos o caminho fechado encolher, a expressão anterior torna-se mais
próxima de ser exata, e no limite temos a igualdade
.
. 11m
fH.dL
1lx,Ó.y-->O
ÀxÀy
aH
=---=]
õx
y aH x
ay z
(18)
CAPíTULO 8 O Campo Magnético Estacionário 227
Após começarmos com a lei circuital de Ampere igualando a integral de linha fecha-
da de H à corrente envolvida, chegamos agora em uma relação envolvendo a integral de
linha fechada de H por unidade de área envolvida e a corrente por unidade de área envol-
vida, ou densidade de corrente. Realizamos uma análise similar quando passamos da
forma integral da lei de Gauss, que envolvia o fluxo através de uma superfície fechada e
a carga envolvida, para a forma pontual, que relacionava o fluxo através de uma superfí-
cie fechada por unidade de volume envolvido e a carga por unidade de volume envolvi-
do, ou densidade volumétrica de carga. Em cada caso um limite é necessário para produ-
zir a igualdade.
Se escolhermos caminhos fechados que estão orientados perpendicularmente a cada
um dos dois eixos coordenados restante, um processo análogo leva a expressões para as
componentes x e y da densidade de corrente
lim
IH o dL en
= __ z
aH
Y=1
6.y,6.z.-.0 LlyLlZ ay az x
(19)
e
.
11m
6.z,6.x-40
I HodL
LlZLlX
õll,
=---=1
õ:
aHz
õx y
(20)
Comparando (18), (19) e (20), vemos que uma componente da densidade de corren-
te é dada pelo limite do quociente da integral de linha fechada de H ao longo de um
caminho curto em um plano normal àquela componente pela área envolvida, à medida
que o caminho se reduz a zero. Esse limite tem sua contraparte em outros campos da
ciência e há muito tempo recebeu o nome de rotacional. O rotacional de qualquer vetor
,é um vetor, e qualquer componente do rotacional é dado pelo limite do quociente da
integral de linha fechada do vetor ao longo de um caminho curto no plano normal àque-
la componente desejada pela área envolvida, à medida que o caminho se reduz a zero.
Deve-se notar que essa definição de rotacional não se refere especificamente a um siste-
ma de coordenadas em particular. A forma matemática da definição é
lim (21)
(rotacional de H)N = 6.S N
-40
onde LlSJÍIé a área plana envolvida pela integral de linha fechada. O subscrito N indica
que a componente do rotacional é aquela componente que é normal à superfície envol-
vida pelo caminho fechado. Pode representar qualquer componente em qualquer sistema
de coordenadas.
Em coordenadas cartesianas a definição (21) mostra que as componentes x,y e Z do
rotacional de H são dadas por (18), (19) e (20), assim
.
rotacional de H =
"(aH
--
z
-
aH ) a
--o
y
+ .: -- aHz) a + (aH
- -- aHx) a
--y - -- (22)
x
~ ~ ~ ~ y ~ ~ z
228 EL ETRO MAG N ETIS M O
ax ay az
a -a -
a
rotacional de H = (23)
ax ay az
tt, », n,
e pode também ser escrito em termos de operação vetorial,
I rotacional de H = V X H I (24)
+ (p
!a(pHq,) ~ !aHp)~ a (cilíndricas)
ap" > P ap- z
Apesar de termos descrito o rotacional como uma integral de linha por unidade de
área, isso não fornece a ninguém uma descrição física satisfatória da natureza da opera-
ção de rotacional, pois a própria integral de linha fechada requer uma interpretação físi-
ca. Essa integral foi primeiramente encontrada no campo eletrostático, onde vimos que
J E . dL = O. Visto que a integral era zero, não insistimos na interpretação física. Mais
recentemente discutimos a integral de linha fechada de H, H . dL = I. Qualquer uma J
dessas integrais de linha é também conhecida pelo nome de circulação, um termo obvia-
mente emprestado do campo da dinâmica de fluidos.
CAPíTULO 8 O Campo Magnético Estacionário 229
@
H
Velocidade *
Leito do rio
. -
-
---
~
•
•
* Corrente para
dentro da página
(a) (b)
A circulação de H, ou 1
H . dL, é obtida pela I?-ultiplicação da componente de H
paralela ao caminho fechado especificado em cada ponto ao longo do mesmo pelo com-
primento diferencial do caminho, e somando-se os resultados à medida que os compri-
mentos diferenciais se aproximam de zero e o número desses comprimentos se torna infi-
nito. Não é necessário um caminho extremamente pequeno. A lei circuital de Ampere nos
diz que se H possui circulação ao longo de um dado caminho, então uma corrente atra-
vessa esse caminho. Em Eletrostática vemos que a circulação de E é zero ao longo de
qualquer caminho, uma conseqüência direta do fato de que um trabalho nulo é necessá-
.rio para deslocar a carga ao longo do caminho fechado.
Vamos agora descrever o rotacional como circulação por unidade de área. O cami-
nho fechado é cada vez menor e o rotacional é definido em um- ponto. O rotacional de E
deve ser zero, pois a circulação é zero; entretanto o rotacional de H não é zero. A circu-
lação de H por unidade de área é a densidade de corrente pela lei circuital de Ampêre
. [ou (18), (19) e (20)].
Skilling" sugere o uso de uma roda propulsora de navio a vapor muito pequena como
um "medidor de rotacional". Deve-se considerar, então, que nossa grandeza vetorial seja
capaz de aplicar uma força a cada pá da roda propulsora, sendo a força proporcional à
. componente do campo normal à superfície da pá. Para testar um campo para o rotacio-
nal, mergulhamos nossa roda propulsora no campo, com o eixo da roda propulsora ali-
nhado com a direção da componente do rotacional desejada, e notamos a ação do campo
na roda. Nenhuma rotação significa nenhum rotacional. Velocidades angulares maiores
significam maiores valores de rotacional. Uma inversão no sentido de rotação significa
uma inversão no sinal do rotacional. Para encontrar a direção vetorial do rotacional e não
simplesmente detectar a presença de qualquer componente em particular, devemos colo-
car nossa roda propulsora no campo e procurar em volta pela orientação que produz o
maior torque. A direção do rotacional é então ao longo do eixo da roda propulsora, con-
forme dado pela regra da mão direita.
Como um exemplo, considere o fluxo de água por um rio. A Figura 8.14a mostra a
seção longitudinal de um rio largo tomada no meio do rio. A velocidade da água é zero
no fundo e aumenta linearmente à medida que se aproxima da superfície. Uma roda pro-
pulsora colocada na posição mostrada, com seu eixo perpendicular ao papel, girará no
sentido horário, mostrando a presença de uma componente do rotacional na direção para
dentro da página, normal à sua superfície. Se a velocidade da água não mudar à medida
que formos para cima ou para baixo ao longo do leito do rio e também não mostrar varia-
ção à medida que atravessamos o rio (ou mesmo se diminuir da mesma maneira em dire-
ção a cada margem), então essa componente é a única componente presente no centro
da correnteza, e o rotacional
, da velocidade da água tem direção e sentido para dentro da
página.
Na Figura 8.14b, são mostradas as linhas de força da intensidade do campo magné-
tico em volta de um filamento condutor infinitamente longo. O medidor de rotacional
colocado nesse campo de linhas curvas indica que um grande número de pás são força-
das no sentido horário, mas essa força em geral é menor que a força no sentido anti-horá-
rio exercida em um número menor de pás mais perto do fio. Parece ser possível que se a
curvatura das linhas de força estiverem corretas e também se a variação da intensidade
de campo está certa, o torque líquido na roda propulsora deve ser zero. Na verdade, a
roda propulsora não gira, nesse caso, pois uma vez que H = (I/27Tp )a"" podemos substi-
tuir em (25) e obter
rotacional de H
BH",
= --- õz ap + -p
1 B(pH",)
õp
a, = °
1!IImIDII'-- ~---
Como uni exemplo do cálculo do rotacional de H por meio da definição e do cálculo de outra integral de
°
linha, vamos supor que H = 0,2z2ax para z > 0, e H = nos outros pontos, conforme mostra a Figura 8.15.
f
Calcule H . dL ao longo de um caminho quadrado de lado d, centrado em (0,0, Zl) no plano y = 0, onde
Zl > d/2.
Z /
/
/
/
./
/
/
/
/
/
/
/
/
k---------- ..•Y
. fH· dL . 0,4zid2
(V' X H), = lim 2 = hm--2- = O,4z
d--.O d d--.O d 1
Retomando agora para completar nosso exame original da aplicação da lei circui-
-tal de Ampêre a um caminho de tamanho diferencial, combinamos (18), (19), (20), (22)
e (24)
+ (aHy _ aHx)a = J
(27)
ax ay z
(28)
V'xE=O .1 (29) ,
r: dLas
-=-----==
flS
(V x H)
N
onde o subscrito N novamente indica a superfície normal dada pela regra da mão direi-
ta. O subscrito em dLas indica que o caminho fechado é o perímetro de uma-ãrea incre-
mental flS. Esse resultado também pode ser escrito
fH' dLt1S .
flS = (V X H) . aN
ou
onde aN é um vetor unitário na direção da normal a flS dada pela regra da mão direita.
Vamos agora determinar a circulação de todos os flS que compõem S e somar os
resultados. À medida que calculamos a integral de linha fechada para cada flS, alguns
'CAPíTULO 8 O Campo Magnético Estacionário 233
-'-
- Superfície S
. cancelamentos vão ocorrer, porque toda parede interior é percorrida uma vez em cada
direção. As únicas fronteiras nas quais cancelamentos não podem ocorrer são as que for-
mam as fronteiras externas, que é o caminho que envolve S. Logo, temos
----------------------------------------~
Um exemplo numérico deve ajudar a ilustrar a geometria envolvida no teorerna de
Stokes. Considere a porção de uma esfera mostrada na Figura 8.17. A superfície é espe-
° °
cificada por r = 4, :s e :s 0,177, :s cf> :s 0,377, e o caminho fechado formando seu perí-
metro é composto de três arcos circulares. É dado o campo H = 6r sen cf> ar'
+ 18r sen ecos cf> a", e pede-se que calculemos cada lado do teorema de Stokes.
Solução. 'O primeiro segmento de caminho é descrito em coordenadas esféricas por
° e e °
r = 4, -s :s 0,177, cf> = 0, o segundo por r = 4, = 0,177, :s cf> :s 0,377 e o terceiro
° o
por r = 4, :s e :s 0,177, cf> = 0,377. elemento diferencial de caminho dL é a soma veto-
rial dos três comprimentos diferenciais do sistema de coordenadas esféricas discutido pri-
meiramente na Seção 1.9:
)----------y
o primeiro termo é zero em todos os três segmentos do caminho, uma vez que r =
4 e dr = 0, o segundo é zero no segmento 2 pois e é constante, e o terceiro termo é zero
em ambos os segmentos 1 e 3. Logo
Ji=
f H . dL = ° [18(4) sen O,17rcos rjJ]4 sen O,17rdrjJ
= 288 sen20,17Tsen 0,37T = -22,2A
\7 X H = -- 1 (36r sen e cos ecos rjJ)ar + -1( -- 1 6r cos rjJ- 36r ')sen ecos rjJ ao
r sen-B, r sen e
Uma vez que dS =>SeQfLde drjJ ar' a integral fica
r:(36 cos ecos,rjJ)16 sen
.
1
S
(\7
I
X
I'
H) . dS =
r,3Tr
Jo
°
J n
0-
e de dd:
= J°
r O,3Tr (1
576"2 sen 2e ocos
)I O,lTr
rjJdrjJ
1 (V X H) . dS = 1 J . dS = f H . dL
Essa derivação rápida mostra claramente que a corrente I, descrita como "envolvi-
da pelo caminho fechado", é também a corrente que passa através de qualquer uma das
infinitas superfícies que possuem o caminho fechado como perímetro.
O teorema de Stokes relaciona uma integral de superfície a uma integral de linha
fechada. Deve-se lembrar que o teorema da divergência relaciona uma integral volumé-
-trica com uma integral e superfície fechada. Ambos os teoremas possuem sua maior apli-
cação em provas vetoriais genéricas. Com um exemplo, vamos encontrar uma outra
expressão para V . V X A, onde A representa qualquer campo vetorial. O resultado deve
ser um escalar (por quê?), e designaremos esse escalar por T, ou
V·VxA=T
Multiplicando por dv e integrando em qualquer volume v,
1
vol
(V . V X A)dv = 1 vol
Tdv
f S
(V X A) . dS = 1
vol
Tdv
1
vol
Tdv = O
236 ELElROMAG NEl 18 M O
Uma vez que esse resultado é verdadeiro para qualquer volume, é verdadeiro para
o volume diferencial dv,
Tdv = O
assim
T=O
ou
IV.VXA=O I (31)
A Equação (31) é uma identidade útil do cálculo vetorial.' Naturalmente, ela pode
também ser provada facilmente por expansão direta em coordenadas cartesianas.
Vamos aplicar a identidade ao campo magnético não variante no tempo para o qual
V X H = J
fH'dL=I
Da lei circuital de Ampere, a definição de rotacional levou à forma pontual dessa
mesma lei
V X H =J
Vemos agora que o teorema de Stokes nos permite obter a forma integral da lei cir- I
E8.6. Calcule ambos os lados do teorema de Stokes para o campo li = ôzya, - 3y2ay
A/me o caminho retangular ao redor da região, 2:::; x :::;5, - 1 ::E; y :::;1,z = O.
Considere que o sentido positivo de dS seja azo
" <i::
R-esp. -126 A;
onde B é-medido em webers por metro quadrado (Wb/m-) ou em uma nova unidade ado-
tada no Sistema Internacional de Unidades, tesla (T). Uma unidade antiga que é freqüen-
temente utilizada para a densidade de fluxo elétrico é o gauss (G), onde 1 T ou 1 W/m2
equivale a 10.000 G. A constante ,uo não é adimensional e possui o valor definido para o
espaço livre, em henrys por metro (Rim), de
I <P = fs B . dS Wb I (34)
Nossa analogia deve agora nos lembrar do fluxo elétrico 'P, medido em coulombs, e
da lei de Gauss, que afirma que o fluxo total que passa por qualquer superfície fechada é
igual à carga envolvida,
'I' = 1D . dS
ls. = Q
,
A carga Q'é. a fonte das linhas de fluxo elétrico e essas linhas começam e terminam em
cargas positivas e negativas, respectivamente.
_Nenhuma força desse tipo jamais foi descoberta para as linhas de fluxo magnético. No
/
exemplo do filamento reto infinitamente longo pelo qual passa uma corrente I, o campo
H formou círculos concêntricos ao redor do filamento. Uma vez que B = lLoH, o campo B
é da mesma forma. As linhas de fluxo magnético são fechadas e não terminam em uma
"carga magnética". Por essa razão, a lei de Gauss para o campo magnético é
_t B
_' dS =_0 I (35)
I V· B ~ O (36)
Não provamos (35) ou (36), mas apenas sugerimos a veracidade dessas afirmações
considerando unicamente o campo de um filamento infinito. É possível mostrar que (35)
ou (36) são resultantes da lei de Biot-Savart e da definição de B, B = lLoH, mas essa é
outra prova a qual postergaremos para a Seção 8.7.
A Equação (36) é a última das quatro equações de Maxwell aplicadas a campos elé-
tricos estáticos e campos magnéticos estacionários. Agrupando essas equações, temos
então para campos elétricos estáticos e campos magnéticos estacionários
V .D = Pv
VXE =0 (37)
V'fH = J
V·B =O
D = EoE (38)
I B=lLoH (39)
I E = -VV I (40)
dente de quatro equações integrais que se aplicam a campos elétricos estáticos e campos
magnéticos estacionários é
!s1D_· dS = Q == 1 vol
p; dv
f'E. dL =O
(41)
f H . dL = I = l J . dS
i B·dS = O <,
Nosso estudo de campos elétricos e magnéticos teria sido muito mais simples se
tivéssemos podido começar com qualquer um desses conjuntos de equações, (37) ou (41).
Com um bom conhecimento de análise vetorial, como aquela que agora devemos ter,
qualquer um dos dois conjuntos seria obtido prontamente do outro pela aplicação dos
teoremàs da divergência ou de Stokes. As diversas leis experimentais podem ser facil-
mente obtidas a partir dessas equações .
. Como um exemplo do uso do fluxo e densidade de fluxo associados a campos mag-
o néticos, vamos calcular o fluxo entre condutores da linha coaxial da Figura 8.8a. A inten-
" sidade de campo magnético já foi encontrada como
H - .L: ( b)
'" - 27Tp a <P <
assim
. fLoI
B = fLoH = -- a",
. . 27Tp '"
ou
fLo Id b
<I> = --ln-
27T a (42)
Eá.7. Um condutor sólido de seção reta circular é feito de um material não magnéti-
.có homogêneo. Se o raio a é igual a 1 mm, o eixo do condutor posiciona-se no eixo z
e a corrente total na direção az é, 20 A, calcule: (a) H", em p = 0,5 mm; (b) B", em p =
0,8 mm; (c) o fluxo magnético total por unidade de comprimento dentro do condutor;
(d) o fluxo 'total para p <-0,5 mm; (e) o fluxo magnético total fora do condutor.
Resp.. 1592 A/m; 3,2 mT; 2 fLWb/m; 0,5 fLWb; co
----------------------------~
240 ELE TRO MAGN ETISMO
Uma vez que muitos problemas magnéticos envolvem geometrias nas quais condutores
de corrente ocupam relativamente uma pequena fração da região total de interesse, é evi-
dente que um potencial escalar magnético pode ser útil. O potencial escalar magnético é
também aplicável no caso de ímãs permanentes. As dimensões de Vm são obviamente
ampêres.
Esse potencial escalar também satisfaz à equação de Laplace. No espaço livre
V ·B=fLoV ·H=O
assim
CAPíTULO 8 O Campo Magnético Estacionário 241
ou
(44)
onde 1é a cOI:rente total que flui na direção az no condutor interno. Vamos encontrar Vm
integrando a componente apropriada do gradiente. Aplicando (43),
_1_ -V'V I _!:. aVm
27Tp m q, p a4>
ou
1---. x
p=b
p=c
Logo
onde a constante de integração foi feita igual a zero. Qual valor de potencial devemos
associar ao ponto P, onde cp = 7T/4? Se fizermos Vm ser zero em cp = e caminharmos no
sentido anti-horário ao redor do círculo, o potencial magnético torna-se linearmente
°
negativo. Quando tivermos completado uma volta, o potencial é - I, mas esse era o ponto
no qual dissemos, há poucos instantes, que o potencial valia zero. No ponto P, cp = 7T/4,
9~177T/4, ... , ou -77T/4, -157T/4, -237T/4, ... , ou
ou
V mp = I( n -~) (n = 0, :::t::: 1, :::t::: 2, ... )
A razão para esses diversos valores pode ser mostrada por comparação com o caso
eletrostático. Naquele caso, sabemos que
V X E = °
fE'dL=O
mas
mesmo se J for zero ao longo do caminho de integração. Toda vez que fizermos outra
volta completa ao redor da corrente, o resultado da integração aumenta de I. Se nenhu-
ma corrente I é envolvida pelo caminho, então uma função potencial de valor único pode
ser definida. Em geral, entretanto
. onde um caminho específico ou tipo de caminhá deve ser selecionado. Devemos nos lem-
brar que o potencial eletrostático V é um campo conservativo. O potencial escalar mag-
nético Vm não é um campo conservativo. Em nosso problema coaxiallevantaremos uma
barreira? em cp = 7T. Vamos concordar em não selecionar um caminho que passe por esse
plano. Desse modo, não podemos circular I, e um potencial de valor único é possível. O
resultado é visto como
(
e
I
8
Em seguida, uma identidade vetorial que provamos na Seção 8.4 mostra que a divergên-
cia do rotacional de qualquer campo vetorial é zero. Assim, selecionamos
(46)
8 \I x \I x A ee \1(\1 . A) - \l2A. Em coordenadas cartesianas, pode-se mostrar que \l2A == \l2Axax + \l2Ayay +
\l2Azaz. Em outros sistemas de coordenadas, \l2A pode ser encontrado calculando-se as derivadas parciais de
segunda ordem em \l2A = \1(\1 . A) - \I x \I x A.
244 EL E TR OMAG N ET 15 M O
A Equação (46) serve como uma definição útil do potencial vetar magnético A. Uma
vez que a operação rotacional implica diferenciação em relação a um comprimento, as
) unidades de A são webers por metro.
Até agora vimos apenas que a definição de A não conflita com nenhum resultado
anterior. Ainda falta mostrar que essa definição em particular pode nos ajudar a deter-
minar campos magnéticos de maneira mais fácil. Certamente não podemos identificar A
com nenhuma grandeza facilmente medida ou experimento histórico.
Vamos mostrar na Seção 8.7 que, dada a lei de Biot-Savart, a definição de B e a defi-
nição de A, A pode ser determinado pelos elementos diferenciais de corrente por
A = fJLOI dL (47)
47TR
o significado dos termos em (47) é o mesmo que na lei de Biot-Savart. Uma corrente
contínua I circula ao longo de um condutor filamentar no qual cada comprimento dife-
rencial dL está a uma distância R do ponto no qual A deve ser calculado. Já que defini-
mos A apenas pela especificação do seu rotacional, é possível adicionar o gradiente de
qualquer campo escalar a (47) sem provocar mudanças em B ou H, pois o rotacional do
gradiente é zero. Em campos magnéticos estacionários, é usual definir esse termo possí-
vel de ser adicionado como valendo zero.
O fato de A ser um potencial vetor magnético é mais aparente quando (47) é com-
parada com a expressão similar para o potencial eletrostático.
v- J PLdL
--
4m:oR
Cada expressão é a integral ao longo de uma fonte linear, em um caso linha de cargas e
no outro caso linha de corrente. Cada integrando é inversamente proporcional à distân-
cia da fonte ao ponto de interesse, e cada um envolve uma característica do meio (espa-
ço livre, neste caso), a permeabilidade ou a permissividade.
A Equação (47) pode ser escrita na forma diferencial
JLoI dL (48)
dA = 47TR
(49)
CAPíTULO 8 O Campo Magnético Estacionário 245
z
Espaço livre
R = Vp2+ z2
P(p, <jJ, z)
IdL =Idz az
\~
~ . s:::------+----y
z·
p
dH = 1 X dA
-y>
fLo
= ±(
fLo
adAz)
---
õp
a
4>
(
ou
que pode ser facilmente mostrada como sendo o mesmo valor dado pela lei de Biot-
Savart.
Expressões para o potencial vetor magnético A podem também ser obtidas para
.uma fonte de corrente que está distribuída. Para uma lâmina de corrente K, o elemento
diferencial de corrente se torna
IdL = KdS
IdL = Jdv
A = (J-LoKdS (50)
i; 41TR
A = J
vol.
J-LoJdv
41TR (51)
As Equações (47), (50 e~(51)expressam o potencial vetor magnético como uma inte-
gração abrangendo todas as suas fontes. Fazendo uma comparação da forma dessas inte-
grais com aquelas que levaram ao potencial eletrostático, é mais uma vez evidente que o
zero de referência para o A está no infinito, pois nenhum elemento de corrente finito
pode produzir alguma contribuição à medida que R ~ 00. Devemos nos lembrar de que
muito raramente utilizamos as expressões similares para V. Muito freqüentemente nos-
sos problemas teóricos incluíram distribuições de cargas que se estendiam até o infinito,
e o resultado seria um potencial infinito em qualquer lugar. Na verdade, calculamos pou-
cos campos potenciais até que a forma diferencial da equação do potencial fosse obtida,
V2V = -p)E, ou melhor ainda, V2V = O.Estávamos então livres para selecionar nosso
próprio zero de referência.
As expressões análogas para A serão derivadas na próxima seção, e um exemplo do
cálculo de um campo potencial vetor magnético será estudado.
E8.8. Uma lâmina de corrente, K = 2,4az A/m, está presente na superfície p = 3,05 em
no espaço livre. (a) Calcule H para p > 3,05. Calcule V m em P(p = 3,81,1> = 0,61T,
° °
Z = 2,54) se: (b) Vm = em 1>= e existe uma barreira em 1>= 1T;(c) v, = em
° °
1>= e existe uma barreira em 1>= 1T12;(d) V m = em 1>= 1Te existe uma barreira
°
em 1>= O; (e) Vm = 5 V em cf> = 1Te existe uma barreira em 1>= 0,81T.
2,88
Resp. - atj>; -5,43 V; 12,1.7;
3,62 V; -9,48 V
p ,
E8.9. O valor de A dentro de um condutor sólido não magnético de raio a pelo qual
circula uma corrente total de I na direção az pode ser facilmente encontrado.
Utilizando o valor conhecido de H ou B para p < a, então (46) pode ser resolvida
encontrando-se A. Selecione A = (J-LJ ln 5)/21T em p = a (para corresponder a um
exemplo na próxima seção) e calcule A em p =: (a) 0, (b) 0,25a; (c) 0,75a; (d) a.
Resp. 0,422Iaz J-L Wb/m; 0,416Iaz J-L Wb/m; 0,366Iaz J-L Wb/m; 0,322Iaz J-L Wb/m
I
CAPíTULO 8 O Campo Magnético Estacionário 247
(3)
de B (no espaço livre)
(32)
edeA
B=VxA (46)
Vamos primeiramente assumir que podemos expressar A pela última equação da
Seção 8.6
A- 1. vol
/-LoJ dv
--
47TR
(51)
e demonstrar que (51) é correta mostrando que (3) dela deriva. Primeiramente devemos
adicionar subscritos para indicar o ponto no qual o elemento de corrente está posiciona-
do (Xl' YI' ZI) e o ponto no qual A é dado (x2, Y2' Z2)' O elemento diferencial de volume
dv é então escrito como dV1 e em coordenadas cartesianas seria dXI dYI dzl. As variáveis
de integração são Xl' YI e Zl' Utilizando esses subscritos
(52)
Para mostrar que (3) deriva de (52), é necessário substituir (52) em (53). Esse passo
requer tomar o rotacional de A2' uma grandeza expressa em termos das variáveis x2' Y2 e
Z2' e o rotacional, dessa maneira, envolve derivadas parciais com relação a x2' Y2 e Z2'
Fazemos isso, colocando um subscrito no operador nabla para nos lembrar das variáveis
envolvidas no processo de derivação parcial,
_ V2
H2 -
X
/-Lo
A2 _
-
1
-V2
/-Lo
X
1. /-LOJldvl
vol 47T R 12
função apenas de Xl' Y1 e Zl. Conseqüentemente, pode ser colocado fora da operação de
rotacional como qualquer outra constante, resultando em
H2 = ~
47TL;
r (v 2 X ~)
R12
dV1 (54)
o rotacional do produto de um escalar por um vetor é dado por uma identidade que
pode ser verificada por expansão em coordenadas cartesianas ou reconhecidamente acei-
ta do Apêndice A.3
v X (SV) == (V S) X V + S(V X V) (55)
Essa identidade é utilizada para expandir o integrando de (54)
H2 =~ r
47Tl.;
1
[(V -) 2-
R12
X J1 + _1_(V2
R12
X J1)]dV1 (56)
H2
_
- --
1
47T
1 vai
aR12 X
2
R12
J1
dvç
ou
A Equação (51) é, portanto, correta e está de acordo com as três definições (3), (32)
e (46).
Em seguida, vamos continuar com nosso trabalho matemático e provaremos a lei cir-
cuital de Ampêre na forma pontual,
v X H =J (28)
Combinando (28), (32) e (46), obtemos
B 1
V X H = V X\- = -V X V X A (57)
fLo fLo
CAPíTULO 8 O Campo Magnético Estacionário 249
no qual
(59)
(61)
(62)
A segunda parte do integrando é zero, porque J1 não é uma função de x2> Yz e Z2'
Já utilizamos o resultado de que V'2(1IRu) = -R12IRI2, e pode-se mostrar com a
mesma facilidade que
ou que
V'2' A2 = 4J.LO
1T
J [-J1' (V'1-R
vol
1
12
) ]dV1
(63)
250 ELETROMAGNETIS MO
V'Z • Az = -- fLo
41T
i -J
I
SI RI2
. dSI
onde a superfície SI envolve o volume no qual estamos integrando. Esse volume deve
conter toda a corrente, pois a expressão integral original para A era uma integração de
modo a incluir o efeito de toda a corrente. Como não existe corrente do lado de fora
desse volume (senão precisaríamos ter aumentado o volume para incluí-Ia), podemos
integrar em um volume ligeiramente maior ou em uma superfície envolvente ligeiramen-
te maior sem mudar A. Nessa superfície maior, a densidade de corrente JI deve ser zero,
com isso, a integral de superfície fechada é zero, pois o integrando é zero, e o divergente
de A também é zero.
Com o objetivo de se encontrar o Laplaciano do vetor A, vamos comparar a compo-
nente em x de (51) com a expressão similar para o potencial eletrostático
Ax = 1
vai
fLoIxdv
41TR V =
1 p; dv
vai 41TEOR
Notamos que uma expressão pode ser obtida da outra com a mudança direta de variá-·
veis, Ix por Pv' fLo por 1/Eo e Ax por V. Entretanto, derivamos informações adicionais sobre
o potencial eletrostático que não repetiremos aqui para a componente em x do potencial
vetor magnético. Chegou-se à forma da equação de Poisson,
V'2V = _Pv
EO
ou
(64)
Já nos foi dito (e o Problema 8.44 nos dá a oportunidade de verificar os resultados por
nós mesmos) que o Laplaciano vetorial pode ser expandido como a soma vetorial dos
Laplacianos escalares das três componentes em coordenadas cartesianas
V2A = V2Axax + V2Ayay + V2Azaz
mas tal resultado relativamente simples não é possível em outros sistemas de coordena-
das. Isso é, em coordenadas cilíndricas, por exemplo
V2A *- V2Apap + V2Acf>acf> + V2Azaz
Entretanto, não é difícil mostrar que, para coordenadas cilíndricas, a componente em z
do Laplaciano vetorial é o Laplaciano escalar da componente de A em z, ou
(65)
e uma vez que a corrente está inteiramente na direção z neste problema, A tem apenas
uma componente z. Logo
ou
-'
L.~(p
p dp
dAz)
dp
= °
Já resolvemos essa equação antes, e o resultado é
Az = C1lnp + C2
Se escolhermos um zero de referência em p
/"
= b, então
p
Az = C1ln b
10 Espaço livre.
252 ELETRO MAGN ETISM O
obter H
C1
H = ---a
JLoP 4>
e calcular a integral de linha
f H . dL = I = fo o
Z7T C
__ 1 a4>·
JLoP
P dcf> a4> =
Logo
ou
A = JLoI ln~
z 21T P (66)
e
I
H --
4>- 21Tp
+-- + l_~~~_
~
I·i
~'--' floII __ ----j __ "'-d __ I
-+__ --+__ -j
-..:N 2n
/O~------------~I-------~----------~-
O 2 3 4 5
p/a
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Boast, W. B. (Veja as Referências Bibliográficas do Capítulo 2.) O potencial escalar magnético
é definido na p. 220, e seu uso no mapeamento de campos magnéticos é discutido na p. 444.
2. Jordan, E. C. e Balmain, K. G. Electromagnetic Waves and Radiating Systems. 2ª ed. Englewood
Cliffs, Nova Jersey: Prentice-Hall, 1968. O potencial vetar magnético é discutido nas pp. 90-96.
3. Paul, C. R., Whites, K. W. e Nasar, S. Y. Iruroductiori to Electromagnetic Fields. 3a ed. Nova
Iorque: McGraw-Hill, 1998. O potencial vetar magnético é apresentado nas pp. 216-220.
4. Skilling, H. H. (Veja as Referências Bibliográficas do Capítulo 3.) A "roda propulsora de navio
a vapor" é introduzida nas pp. 23-25.
PROBLEMAS DO CAPíTULO 8
e a < Z < 00. E~ cada um circula uma corrente I na direção azo (a) Calcule H como
uma função de p e 4> em z = O. (b) Qual valor de a resultará em uma intensidade
de H em p = 1, z = O, igual à metade do valor obtido para um filamento infinito?
(
8.4 (a) Um
•
filamento tem formato de umI círculo de raio a, centrado na origem no plano
z = O. Por ele circula uma corrente II na direção a.p' Calcule H na origem. (b) Um
, ./ segundo filamento tem a forma de um quadrado no plano z = O. Os lados são para-
254 ELETR OMAG N ETISM O
:::
~----~----~-----~----------~y
lelos aos eixos coordenados e uma corrente I circula na direção genérica a",.
Determine o comprimento b dos lados (em termos de a), de tal forma que H na ori-
gem tenha a mesma intensidade daquela causada pelo loop circular da parte (a).
8.5 Os condutores filamentares paralelos mostrados na Figura 8.21 estão no espaço
livre. Desenhe o gráfico deJlJlyersus y, -4 < Y < 4, ao longo da linha x = O,z = 2.
<, ·8.6 Um disco de raio a pertence ao plano xy, com o eixo z passando pelo seu centro.
Uma carga superficial de densidade uniforme Ps está presente no disco, que gira ..
em volta do eixo z, a uma velocidade angular de n rad/s. Calcule H em todos os
pontos no eixo z.
8.7 Dados os pontos C(5, -2,3) e P(4, -1,2), um elemento de corrente IdL = 10-4(4,
-3,1) A . m em C produz um campo dJ:l em P. (a) Especifique a direção de dH
por um vetor unitário aH• (b) Calcule IdHI. (c) Que direção.a( deve IdL ter, em C,
de modo que dH = O?
8.8 Para o elemento de corrente de comprimento finito no eixo z, conforme mostra a
Figura 8.5, use a lei de Biot-Savart para derivar a Equação (9) da Seção 8.1.
8.9 Uma lâmina de corrente K = Sa, A/m circula na direção -2 < Y < 2 no plano
z = O.Calcule H em P(O, 0,3).
8.10 Um<icasca condutor a esférica oca de raio a tem conexões filamentares feitas no
topo (r = a, e = O) e na base (r = a, e = 7T). Uma corrente contínua I circula para
baixo pelo filamento superior, pela superfície esférica, e sai pelo filamento inferior.
Calcule H em coordenadas esféricas (a) dentro e (b) fora da esfera.
8.11 Por um filamento infinito no eixo z circulam 20 ~mA na direção azoTrês lâminas
de corrente cilíndricas uniformes também estão presentes: 400 mA/m em p= 1 em,
-250 mA/m em p = 2 em e - 300 mA/m em p = 3 em. Calcule H", em p = 0,5,1,5,
2,5 e 3,5 em.
CAPíTULO 8 O Campo Magnético Estacionário 255
Ar
1,0
J 0,7
-- IOA/m.,2
i-
Ar
0,3
,L -+--_IOA/m2
i •. Y
Ar O
8_.U °
Na Figura 8,22, sejam as regiões <rz < 0,3 m e 0,7 < z < 1,0 m placas conduto-
ras nas quais circulam densidades uniformes de corrente de 10 A/m2 em direções
opostas, conforme está mostrado, Calcule H em z =: (a) -0,2; (b) 0,2; (c) 0,4; (d) :
0,75; (e) 1,2 m.
8.13 Por uma casca cilíndrica oca de raio a centrada no eixo z circula uma densidade
superficial uniforme de corrente de Ka,aq,' (a) Mostre que H não é uma função de
4> ou z. (b) Mostre que Hq, e H, valem zero em todos os pontos, (c) Mostre que H,
= ° para p > a, (d) Mostre que H, = K, para p < a, (e) Por uma segunda casca, p
= b, circula uma corrente Kbaq,' Calcule H em todos os pontos,
8.14 Um toróide que possui seção reta de formato retangular é definido pelas seguin-
tes superfícies: os cilindros p = 2 e p = 3 em e os planos z = 1 e z = 2,5 em. Pelo
toróide passa uma densidade superficial de corrente de - 50az Alm na superfície
p = 3 cm: Calcule H no ponto P(p, 4>, z): (a) PA(1,5 em, 0, 2 em); (b) PB(2,1 em, 0,
Acm); (c) Pc(2,7 em, 'TT/2,2 em); (d) PD(3,5 em, 'TT/2,.2 cm).
8.15 Assuma que exista uma região com simetria cilíndrica na qual a condutividade é
dada por (J" = 1,5e-150p ~S/m, Um campo elétrico de 30az Vim está presente. (a)
Calcule J. (b) Calcule a corrente total que atravessa a superfície p < Po, z = 0, todo
4>. (c) Use a lei circuital de Ampêre para calcular H.
8.16 Um cabo coaxial balanceado contém três condutores coaxiais de resistência des-
prezível. Assuma um condutor interno sólido de raio a, um condutor intermediá- .
rio de raio interno b, e raio externo bo, e um condutor externo com raios interno e
externo iguais a Ci e co' respectivamente. Pelo condutor intermediário passa uma
corrente I no sentido positivo de az ~ está no potencial Vo. Os condutores interno
e externo estão ambos no potencial zero, e por cada um deles circula uma corren-
te I/2 no sentido negativo de azo Assumindo que a distribuição de corrente em cada
256 ELETRO MAGN ETISM O
"\
z
Ponto H(Nrn)
'A
C
1l,34ax
10,68ax
10,49ax
-13,78ay
-12,19ay
-12,19ay
+ 14,21az
+ 15,82az
+ 15,69az
J
D 1l,49ax -13,78ay + 14,35az
a corrente total que passa pela superfície na direção azo(c) Calcule a corrente total
novam-ente, desta vez por lima integral de linha em volta do caminho circular p
== 1, O < </> < 217, Z == o. ~ "
8.24 Calcule ambos os lados do teorema de Stokes para o campo G = 10 sen e ac/>e a
superfície r = 3, o, :::; e :::;90,°,o, :::; cp :::; 90,°.Considere que a superfície tenha direção ar'
8.25 Quando x, y e z são positivos e menores que 5, uma certa intensidade de campo
magnético pode ser expressa como H = [x2yz/(y + 1)]ax + 3x2z2ay- [xyz2/(y +
1)]az. Calcule a corrente total na direção ax que atravessa a faixa x = 2,1 :::;y :::;
4, 3 :::;z :::;4, por um método que utilize: (a) uma integral de superfície; (b) uma
integral de linha fechada.
8.33 Utilize uma expansão em coordenadas cartesianas para mostrar que o rotacional
de gradiente de qualquer campo escalar G é igual a zero.
8.34 Por um condutor filamentar no eixo z circula uma corrente de 16 A na direção az,
por uma casca condutora em P = 6 circula uma corrente total de 12 A na direção
-az, e por outra casca em p = 10circula uma corrente total de 4 A na direção -azo
°
(a) Calcule H pata < P < 12. (b ) Faça o gráfico de H", versus p5~~;Calcule o fluxo
total cP que atravessa a superfície 1 < P < 7, 0< z < l.
8.35 Uma lâmi~a de corrente, K = 20 az AJm, está posicionada em p = 2, e uma segunda
lâmina, K = -10az A/m, está posicionada em p = 4. (a) Seja V m = em P(p = 3, °
cp = 0, z = 5) e posicione uma barreira em cp = 7T. Calcule V m(P, cp, z) para -7T <
°
. cp < 7T. (b) Seja A = em P e calcule A(p, cp, z) para 2 < p < 4.
8.36 Seja A = (3y - z)ax + 2xzay Wb/m em uma certa região do espaço livre. (a)
Mostre que V . A = O.(b) Em P(2, -1,3) calcule A, B, H e J.
.8.37 Seja N = 1000, I = .0,8A, Po = 2 em e a = 0,8 em para o toróide mostrado na Figura
°
8.12b. Calcule Vm no interior do toróide se Vm = em p = 2,5 em, cp = 0,37T.
Mantenha é °
dentro da faixa < <P < 27T.
8.38 Considere que uma corrente contínua de I amperes está circulando na direção az
"pelofilamento que se estende entre - L < z < L no eixo z. (a) Utilizando coorde-
nadas cilíndricas, calcule A em um ponto genérico P(p, 0 z). Dica: use a forma.
0
,
senh " par:a o cálculo da integral. (b) A partir da parte (a) calcule B e H. (c) Faça
L ~ 00 e mostre que a expressão para H se reduz à forma conhecida para um fila-
. . infinitó.
mento
8.39 Lâminas de corrente planas de K = 30az A/m e - 30az A/m estão posicionadas no
espaço livre em x = 0,2 e x.= -0,2, respectivamente. Para a região -0,2 < x < 0,2:
°
(a) calcule H; (b) obtenha uma expressão para V m se V m = em P(O,l, 0,2, 0,3); (c)
calcule B; (d) obtenha uma expressão para A se A = em P. °
8:40 Mostre que a integral de linha do potencial vetor A ao longo de qualquer caminho
f
. fechado é igual"ao fluxo magnético envolvido pelo caminho, ou A . dL = B . dS. J
\ 8.41 : Assuma que A = 50p2az Wb/m em certa região do espaço livre. (a) Calcule H e B.
. ~ .'
. (b) Calcule J. (c) Use J para encontrar a corrente total que atravessa a superfície
° ::5 °
P ::5 1, ::5 cp ::5 27T, Z = O. (d) Use os valores de H", em p = 1 para calcular
f H . dL para p = 1, z = O.
-. 8.42 Mostre que Vz(l/R12 = -V1(1/R12) = Rz/RI2'
8.43 Calcule o potencial vetor magnético dentro do condutor externo para a linha coa-
xial cujo potencial vetor magnético é mostrado na Figura 8.20, se o raio externo do
condutor externo vale 7a. Selecione o zero de referência adequado e esboce esses
resultados na figura.
8.44 Expandindo a Equação (58) da Seção 8.7 em coordenadas cartesianas, mostre que
(59) está correta.