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andré malverdes

Memórias fotográficas
a história das salas de cinema de vitória

Vitória 2011
patrocínio

apoio

COMUNICAÇÃO ESTRATÉGICA

realização

Projeto CINEMAES

“CINE MEMÓRIA: A HISTÓRIA DAS SALAS DE CINEMA DO ESPÍRITO SANTO”


Departamento de Arquivologia
Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)
Marcelo Nair dos Santos – CRB/MG-ES, no. 344.

M262m Malverdes, André, 1972-


Memórias fotográficas : a história das salas de
cinema de Vitória / André Malverdes. — Vitória:
O Autor, 2011.
130 p. : il.
Patrocinado pela Lei Rubem Braga; Realização,
Projeto CINEMAES.
ISBN 978-85-908057-3-1.
1. Cinema - Vitória (ES) - História. 2.
Fotografia de Cinema – Vitória (ES). I. Título.

CDD 791.43098152
CDU 791.65.094(815.2Vitória)(091)
ficha técnica
Concepção, Organização do Acervo e Pesquisa | Projeto CINEMAES “Cine Memória:
A História das Salas de Cinema do Espírito Santo”

Coordenador Geral | André Malverdes

Pesquisadora | Diovani Favoreto

Assistente de Pesquisa | Heloísa Corona Guerze

Capa e Editoração Gráfica | Mayla Pinheiro - Rima Comunicação Estratégica

Imagens | Acervos institucionais:


Arquivo Público do Estado do Espírito Santo – APEES
Arquivo Geral do Município de Vitória – AGMV
Arquivo do Departamento de Cultura e Turismo de Baixo Guandu
Biblioteca Central da UFES – Coleções Especiais
Biblioteca Pública do Estado do Espírito Santo
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN/ES
Rede Gazeta - Agência AG

Imagens | Acervos pessoais e familiares:


Acervo Família Abaurre
Acervo Família Careta
Acervo Família Rocha
Acervo José Tatagiba
Acervo Washington Batista da Silva
Acervo Família Castro Dalla
Acervo Ani Fotos
In Memória àqueles que fizeram a história das salas de cinema em nosso estado:

Dionysio Abaurre e Maria de Lourdes Benezath Abaurre Edgar Rocha e Edgar Rocha Filho Fernando
● ●

Tatagiba José Caretta e Ilda Fim Caretta José Gama de Castro


● ●

Agradecimentos aos que ajudaram na construção desse livro doando seus acervos e memórias.

Edson José Careta Humberto de Freitas Cosate José Tatagiba Luiza Ribeiro Campos de Castro Lucimar
● ● ● ●

de Castro Dalla Marcos Benezath Abaurre Maria da Penha Caretta Marcelo Benezath Abaurre
● ● ● ●

Marlene Rocha Barbosa Rubem Careta Valéria Rocha Dias Lopes


● ● ● Zegama de Castro Dalla ●

Proprietários, familiares e funcionários dos extintos cinemas de calçadas do Espírito Santo.

Agradecimento para as instituições que colaboraram na construção da pesquisa dessa história.

Universidade Federal do Espírito Santo Departamento de Arquivologia da Ufes Programa de Pós


● ●

Graduação em História da UFES Arquivo Público do Estado do Espírito Santo Arquivo Geral do
● ●

Município de Vitória Arquivo do Departamento de Cultura e Turismo de Baixo Guandu Biblioteca


● ●

Central da UFES – Coleções Especiais Biblioteca Pública do Estado do Espírito Santo Instituto do
● ●

Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Espírito Santo Rede Gazeta – Agência AG.

Dedico este livro as três estrelas do filme de amor da minha vida: Clara, Maria Fernanda e Maria Alice.
sumário
PREFÁCIO........................................................................................................................... 09

APRESENTAÇÃO................................................................................................................ 13

CENTRO DE VITÓRIA: A CINELÂNDIA CAPIXABA

Cine Teatro Melpomene.......................31 Cine São Luiz..........................................61


Cine Eden................................................37 Cine Jandaia...........................................68
Cine Teatro Central................................41 Cine Santa Cecília..............................72
Cine Politeama.......................................45 Cine Juparanã........................................77
Cine Teatro Carlos Gomes....................48 Cine Odeon............................................83
Cine Teatro Glória..................................52 Cine Paz..................................................86
Cine Vitória.............................................57

CINEMAS DE BAIRRO

Cine Aterac.............................................93 Cine De Lourdes....................................97


Cine Capixaba........................................94 Cine Hollywood....................................98
Cine Colorado........................................96 Auto Cine Camburi...............................99

CINEMAS NO INTERIOR

Cine Castelo.........................................103 Cine Floresta........................................109


Cine Delourdes....................................104 Cine Alba..............................................111
Cine Alhambra.....................................105 Cine Castro..........................................113
Cine Idelmar....................................... .106 Cine Broadway....................................114

RELAÇÃO DOS CINEMAS ANTIGOS DO ESPÍRITO SANTO......................................115

DOE SEU ACERVO............................................................................................................127


prefácio
A PESQUISA NO ESCURINHO DOS CINEMAS.

O desafio em conseguir captar a luz e mantê-la registrada data de três séculos antes de Cristo, e foram
necessários mais de dois mil anos para a realização dessa conquista, dando início a uma grande
revolução. Desse modo, o início do Século XIX foi marcado por uma grande descoberta: a fotografia. O
seu invento, em 1826, atribuído ao francês Nièpce, a partir da conquista da fixação de imagens em
suporte físico – por meio de processos químicos que permitiram o registro da incidência da luz sobre
uma base sensível, composta principalmente por sais de prata, entre outros produtos – legou à
humanidade o poder de captar e reproduzir o cotidiano, os traços humanos, a natureza, e outros tantos
elementos que refletem ou são fontes de luz.

A partir do domínio dessa técnica e a difusão do invento foram impulsionados, ainda no Século XIX,
novos experimentos na “arte” de se captar a intensidade da luz e de se permitir a sua reprodutibilidade.
A fotografia ganha espaço no mercado de aventureiros que disseminam para os quatro cantos do mundo
essa fabulosa mágica de retratar, através de lentes e uma câmara escura, a realidade visual, por meio das
suas luzes e sombras.

Sete décadas depois já se dominava muito dessa arte e o seu aperfeiçoamento abria caminhos para
novos experimentos o que logo fez surgir o desejo de se registrar não somente a intensidade das luzes,
mas os seus movimentos. Assim, nos últimos anos do Século XIX, os irmãos Lumière, igualmente na
França, nos brindavam com o invento dessa nova magia: o cinematógrafo. O instrumento comoveu o
público presente no Salão Grand Café, em Paris, no ano de 1895. Logo a notícia se alastrou e esse fazer
artístico se disseminava para o mundo. No ano seguinte se realizava a primeira apresentação pública
desse invento no Brasil.

Por isso, fotografia e cinema são indissociáveis. O cinema nada mais é que o registro fotográfico em 16 ou
mais fotos (quadros) por segundo, que projetados a essa velocidade nos dão a ilusão do movimento.

MEMÓRIAS 9 FOTOGRÁFICAS
No Espírito Santo a história do cinema inicia-se mais de uma década depois do seu descobrimento: em
1907. O cinema já ganhava as massas, como meio de comunicação, arte, entretenimento; um grande
presente para o início do Século XX. Abrem-se salas para sua projeção, ganhando status nobre na
sociedade, que o incorpora como elemento de fundamental importância para sua formação cultural e
para a produção e disseminação de novos conhecimentos.

Este livro resgata um pouco da trajetória do cinema em Vitória e no Espírito Santo, por meio da pesquisa
apurada do professor e pesquisador, André Malverdes. É um estudo complementar que dá continuidade
ao seu excelente trabalho de dissertação para o mestrado em História Social da UFES: No Escurinho dos
Cinemas – a história das salas de exibição na Grande Vitória, publicado em 2008.

A partir destes trabalhos podemos dimensionar a importância que representou e ainda representa o
cinema para sociedade capixaba. É possível verificar e quantificar a distribuição das salas de exibição na
capital e nas cidades do interior, desde as primeiras décadas do século passado.

Memórias Fotográficas das Salas de Cinema de Vitória também é um instrumento de pesquisa,


elaborado e descrito de acordo com as Normas Brasileiras de Descrição Arquivística – NOBRADE – que
serve de guia a outros interessados em aprofundar as pesquisas sobre o tema no Espírito Santo. Os
interessados em colaborar ainda podem contribuir com o fornecimento de documentos, imagens e
informações os quais, certamente, comporão futuras publicações sobre o assunto.

Do cinema em si, ficaram os registros fotográficos, as notícias nos jornais, as lembranças dos ex-
proprietários e freqüentadores, pois das películas cinematográficas – de fácil deterioração – e dos
equipamentos de projeção e das antigas salas, pouco restaram. Necessário então é recorrer aos arquivos
públicos, às bibliotecas, aos acervos particulares de famílias que ainda guardam documentos e
fotografias, registros que servem de base para resgatar essa história.

Como propõe o autor, essa é uma pesquisa in progress, pois reconhece a necessidade em continuar
reunindo fontes para complementar o trabalho, diante da carência de acervos e de pesquisas sobre o

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assunto. No momento em que o APEES organiza sua nova sede, e o acervo do audiovisual ganha uma
ampla sala climatizada, com controle de umidade e temperatura, e que poderá receber e custodiar
acervos de particulares, este trabalho nos serve também como instrumento de pesquisa, que contribui
para a organização e preservação dessa memória para as futuras gerações.

Cilmar Franceschetto

Jornalista e Fotógrafo

Diretor Técnico do Arquivo Público do Estado do Espírito Santo

MEMÓRIAS 11 FOTOGRÁFICAS
apresentação
O PROJETO CINE MEMÓRIA “A HISTÓRIA DAS SALAS DE EXIBIÇÃO NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO”.

A história da arte cinematográfica e da indústria do cinema no Espírito Santo tem aspectos


interessantíssimos a serem investigados adequadamente que demonstram como, desde os primórdios
do último século XX, a sociedade urbana capixaba incorporou a ida ao cinema à vida cotidiana, e
conviveu com as fachadas dos cinemas cobertos de cartazes que compuseram o cenário das ruas da
cidade na época dos “cinemas de calçada”¹.

A primeira projeção cinematográfica reconhecida na história, pelo menos com objetivo comercial, foi em
1895, no salão indiano Grand Café, no Boulevard Capucines em Paris com o Cinematográfo Lumière. Em
1896, o cinema chegou ao Brasil e as primeiras exibições ocorreram na Rua do Ouvidor no Rio de Janeiro.

De acordo com Fernando Tatagiba, em A História do cinema capixaba (1998), o Éden Cinema foi palco das
primeiras exibições com fins comerciais no Estado. Foi inaugurado em 13 de janeiro de 1907 e pertencia
à empresa Camões & Mayo, conforme publicação no Jornal Official de 15 de janeiro de 1907.

Podemos situar a história da exibição cinematográfica no Espírito Santo em três momentos distintos. O
primeiro momento, compreendido entre 1907 e 1930, período em que a exibição era dos filmes curtos,
com apresentações em parques e teatros. Na época do cinema mudo era necessário o acompanhamento
de orquestras e técnica do teatro para dar o som e o sentido dos movimentos do filmes.

Num segundo momento, as salas ganharam as cidades, os bairros e o interior. Acompanhado de uma
expansão urbana, a ampliação da eletricidade, os bondes elétricos e a urbanização, o cinema ganha
sinônimo de modernização e desenvolvimento nos bairros e cidades que contavam com uma sala de

¹ Termo utilizado para designar os cinemas de rua, em oposição aos cinemas do shopping, no qual ao passeio e a calçada era o
principal meio de locomoção do espectador pelas várias salas que existiam na cidade.

MEMÓRIAS 13 FOTOGRÁFICAS
exibição. No “escurinho dos cinemas”, as cidades capixabas viviam o momento das grandes salas, que
chegavam a 1.500 lugares disputados por todos como forma de status e modernidade, com enorme
concorrência nas estréias de filmes oriundos das companhias cinematográficas Atlântida e Vera Cruz².

Num terceiro momento, houve uma retração do público e uma diminuição das salas. Entre 1975 e 1985
houve um significativo desmantelamento do parque exibidor nacional, uma ascensão das
pornochanchadas como gênero e uma mudança da geografia das salas.

Segundo José Tatagiba (1998), Vitória chegou a funcionar com 13 (treze) salas de cinema. Durante a
nossa pesquisa encontramos o registro de mais de 106 salas funcionando em todo o Espírito Santo. A
recuperação da trajetória desses cinemas só foi possível, graças aos arquivos familiares³ dos ex-
proprietários, ex-funcionários e ex-frequentadores das salas de exibição. Os acervos da imprensa local e
de arquivos públicos e privados complementaram as informações transmitidas pelo testemunho oral
das pessoas que vivenciaram os momentos da “Cinelândia Capixaba”.

A coleção, que compreende as imagens aqui apresentadas e disponibilizadas dos arquivos familiares
para o projeto de pesquisa, tem recebido um trabalho de normalização descritiva do acervo, para
garantir que futuras gerações de pesquisadores tenham acesso a ele e promovam, assim, novos olhares
sobre a história das salas de cinema no Espírito Santo. O acervo do projeto está recebendo tratamento
arquivístico conforme as Normas Brasileiras de Descrição de Arquivos (NOBRADE) e sendo organizado
para acumular informações sobre o comércio cinematográfico, as políticas estatais para o cinema, as
transformações urbanas das cidades e, principalmente, sobre a questão da sociabilidade dos cinemas ao
longo da história do Espírito Santo.

² Companhias cinematográficas que marcaram grandes lançamentos do cinema nacional, no caso da Atlântida os filme das
Chanchadas (Gênero cinematográfico que marcos a década de 50) levava multidões às salas.
³ O termo “arquivos pessoais”, para fim dessa pesquisa, pode ser definido como o conjunto de documentos produzidos e/ou
pertencentes a uma pessoa, indivíduo, resultados de uma atividade profissional ou cultural específica. Ressaltamos que há uma
distinção entre acervos pessoais e arquivos privados, que podem estes ser constituídos por uma instituição, e, também, dos
acervos familiares, que são formados e transmitidos por várias gerações em uma determinada família. (VIDAL, 2007:4).

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O acervo do Projeto Cine Memória “A História das Salas de Exibição no Estado do Espírito Santo” teve
início no ano de 2000, no curso de Especialização do Programa de Pós Graduação em História, da
Universidade Federal do Espírito Santo, que mais tarde resultaria em nossa dissertação de Mestrado em
História Social das Relações Políticas, no mesmo programa. A partir daí, o contato com arquivos e
depoimentos das famílias Abaurre, Rocha, Caretta, Castro Dalla, que formavam, entre outras, as
principais empresas cinematográficas no estado, e de acervos pessoais de freqüentadores, como José
Tatagiba e Humberto de Freitas, foi possível reunir essas imagens e informações que trazemos nas
páginas desse livro.

Além disso, a imprensa local, composta por jornais e revistas capixaba, disponíveis no Arquivo Público do
Estado do Espírito Santo, na Biblioteca Pública Estadual e na Biblioteca Central da UFES – Coleções
Especiais, foi fonte de imensa importância no resgate da história desses cinemas.

Os 11 (anos) de pesquisa resultaram numa coleção que compreende 151 fotografias, 12 entrevistas,
4.735 filmes catalogados que foram exibidos entre 1970 e 1985 nos cinemas capixabas, 924 registros de
notícias referentes a cinema, nos jornais e revistas locais. Além disso, resultaram em produtos culturais
que, como exposições culturais, foram apresentadas em feiras científicas, cinemas, bibliotecas,
universidades, eventos científicos e escolas.

Apesar do nome do livro, trouxemos aqui alguns cinemas de bairro e do interior que marcaram a história
das salas. As salas acompanharam as mudanças estruturais das cidades e a expansão urbana que se
seguiu, com a abertura de novas áreas e a adaptação das ruas e avenidas à passagem dos automóveis
pelo centro da capital, conferindo a esses espaços os ares modernos que aqueles tempos requeriam.
Depois, as salas de cinema espalharam-se pelos bairros de Vitória e municípios do interior, como
símbolos maiores de sua emancipação e, replicando os hábitos da capital, aumentaram grandemente o
público espectador e os negócios, chegando a todas as classes sociais.

Infelizmente, muitos desses cinemas não foram aqui contemplados, já que, ao todo, eram 106

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funcionando em todo o estado na época do auge dessa forma de lazer. Ao final desta publicação,
colocamos a relação deles por cidade e nome. Porém, temos a intenção de continuar com esse
levantamento e, pensando nisso, também ao final do livro colocamos as formas de contato com o
projeto, para que quem tiver informações sobre as salas de exibição e que queira contribuir (com
depoimentos, imagens, notícias de jornal, etc.) com a pesquisa, possa fazê-lo e ajudar nesse importante
resgate.

A PESQUISA E A UTILIZAÇÃO DOS JORNAIS COMO FONTE DE INFORMAÇÃO

Os jornais e revistas são importantes fontes de informação, como documentos históricos, para
identificar uma determinada época e lugar. No Brasil, a imprensa periódica nasceu há mais de 200 anos,
com a imprensa Régia, que hoje é a Imprensa Nacional, fundada em 13 de maio de 1808. No Espírito
Santo, temos registro do jornal Estafeta, criado em 1840 e considerado pela historiografia capixaba
como sendo a primeira tipografia do estado (BRITTES, 2010).

Os jornais, além de servir como fonte de informação noticiosa e narrativa ideológica, para demandas
específicas, agrega elementos virtuais valiosos, principalmente depois que a fotografia passa a ser
utilizada na história da imprensa. Essas imagens sempre vêm acompanhadas de um contexto e uma
legenda que favorece a identificação e a contextualização das mesmas. Outro item importante na
utilização dessa fonte é a infografia e, no nosso caso, os anúncios dos filmes, da inauguração das salas,
das grandes estréias que ocupavam, por vezes, as páginas inteiras ou até mesmo o destaque da capa
(TEIXEIRA, 2008:67).

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Capa do Jornal A Gazeta sobre a inauguração do Cine São Luiz, em1951, no Parque
Moscoso, no Centro de Vitória, que contou com a presença de autoridades e o elenco do
filme Aviso aos Navegantes, entre eles Eliana, Anselmo Duarte e Ilka Soares, uma
chanchada de grande bilheteria lançado pela Atlântida.

No início da pesquisa encontramos um número muito reduzido de imagens nos arquivos públicos.
Apesar de termos um parque exibidor significativo, ao longo de nossa história, o assunto não conta com
um material expressivo nos arquivos públicos disponíveis no estado. Algumas imagens, como do Cine
Odeon e do Cine Drive Camburi, só foram possíveis graças à recuperação em edições de A Gazeta.

Foto do Cine Odéon, retirado do Jornal A Gazeta, de 1986, localizado na av. Jerônimo
Monteiro, no Centro de Vitória.

MEMÓRIAS 17 FOTOGRÁFICAS
O jornal A Gazeta iniciou-se em 1928 e serviu, além das fontes citadas acima, para um levantamento do
gênero cinematográfico exibido nas salas locais. No início dos trabalhos foi necessário identificarmos os
filmes exibidos nas salas para entendermos melhor a dinâmica da exibição no período de 1970 a 1985
(quando houve maior número de encerramento das atividades das salas de exibição em nível nacional e
local). Após a identificação de 4.735 títulos de filmes anunciados no Caderno Dois do jornal A Gazeta, foi
possível um cruzamento de dados que nos revelou o gênero, nacionalidade e os títulos que
predominaram no auge da exibição cinematográfica no estado, além da programação, da identificação
das salas que não haviam sido encontradas, crônicas sobre a situação da cultura cinematográfica no
estado, fotos das salas, festivais de cinema, matérias sobre o encerramento, entre outras.

Tabela 1 – Filmes exibidos no ES: 1979-1985


Gênero do filme 1979 1980 1981 1982 1983 1984 1985 Total
Aventura 360 200 167 175 148 119 112 1.281
Comédia 31 19 26 30 42 35 48 231
Desastre 3 5 1 1 - - - 10
Desenho 9 1 1 1 3 2 - 17
Documentário 5 3 9 - 1 4 1 23
Drama 30 33 16 16 21 24 13 153
Faroeste 30 26 19 8 10 2 1 96
Ficção 6 7 5 6 2 5 10 41
Musical 5 9 10 4 5 14 7 54
Policial 10 3 4 3 4 7 7 38
Pornochanchada 90 78 66 100 75 100 16 525
Suspense 12 1 - 2 5 6 4 30
Terror 4 7 4 6 5 10 7 43
Sem Classificação 3 25 8 24 5 15 1 81
Curta-metragem - - 5 10 2 - - 17
Pornô - - - - - - 83 83
Total 2 598 417 341 386 328 343 310 2.723
Total de salas no ES 30 28 24 19 20 17 15
Total de salas em Vitória 10 9 8 5 5 5 4

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Com o cruzamento dessas informações com as entrevistas e outras fontes, foi possível avaliarmos o
papel da Embrafilme na obrigatoriedade de exibição de filmes nacionais nas salas de projeção locais; as
influências dos filmes hollywoodianos, no período em questão; a participação das pornochanchadas e
sua aceitação pelo público, na última fase dos “cinemas de calçada” no centro da cidade; o impacto da
abertura da censura e a liberação dos filmes pornôs nas salas a partir de 1985, para a mudança do perfil
do público nas salas do centro; etc.

Outros jornais foram de fundamental importância na pesquisa. Entre eles destacamos o Commercio do
Espírito Santo, o Jornal Official e a Folha do Povo, que permitiram identificar, respectivamente, a
primeira exibição cinematográfica feito no estado, em 1901, com o Biographo Lumière; a inauguração do
Edén Parque, que foi a primeira sala com exibição cinematográfica no molde que conhecemos, em 1907;
e o incêndio do Teatro Melpômene, durante uma exibição cinematográfica, em 1924.

Anúncio sobre o cinematográfo no Éden Parque


No Éden Parque - No meio de significativa concurrencia, realizou seno sabbado
ultimo, naquelle execellente ponto de diversão, a estrêa do cynematographo dos Srs.
Camões e Mayo.
Alem de vários quadros animados, foram reproduzidas diversas vistas fixas e
photographias de alguns illustres personagens; e dentre ellas, nos offereceu o Sr. Victor
de Mayo, não só a effige do Exmo. Sr. Coronel Henrique Coutinho, digníssimo Presidente
de Estado, como também a do ilustre homem publico o Exmo. Sr. Coronel Augusto
Camon, recebendo-os com applausos os circumstantes que, calorosamente
proromperam em enthusiastica salva de palmas à effige do inesquecível Marechal
Floriano Peixoto.
Foram também reproduzidas as fachadas do estabelecimento Pan Americano, de
propriedade do Sr. Rufino Azevedo e da Casa Wellisch.
O aparelho dos Srs. Camões e Mayo, podemos dizer que é um dos melhores que tem
vindo a esta capital. Hoje haverá nova funcção na qual será exhibido um programa
inteiramente novo e de quadros animados. (Jornal Official, 15/01/1907)

MEMÓRIAS 19 FOTOGRÁFICAS
atualmente realizando o inventário e a digitalização da Revista “Vida Capichaba”, fundada em 1923, que
conta com um acervo disponível do período compreendido entre 1929 e 1970. Esse material contém
imagens fotográficas, propagandas comerciais e crônicas sobre o cotidiano capixaba. Além de
inventariarmos, estamos digitalizando as fontes para disponibilizar o material futuramente aos
interessados pelo tema, nos arquivos e bibliotecas públicas do estado.

A IMPORTÂNCIA DOS ARQUIVOS PESSOAIS E DA HISTÓRIA ORAL PARA A PESQUISA

No início dos trabalhos, quando nos deparamos com a escassez de documentos nos arquivos públicos,
particularmente os acervos fotográficos, procuramos identificar os ex-proprietários e familiares das
salas de cinema, como também ex-funcionários e freqüentadores que pudessem contribuir de alguma
forma com seus arquivos pessoais e memórias na identificação das fontes já levantadas e/ou pudessem
fornecer novos subsídios para a pesquisa.

Identificamos como arquivos pessoais as mais diversas formas de escrita, bem como o acúmulo de
documentos e registros relativos à vida pessoal, cultural e pública de uma pessoa, tendo entre elas as
narrativas biográficas, autobiográficas, das memórias e da história de vida. A valorização do indivíduo
como sujeito histórico possibilitou o preenchimento de determinadas brechas deixadas pela
documentação no que diz respeito ao cotidiano, ao comportamento e às experiências de vida (TANNO,
2007, p.110).

Nos acervos pessoais dos entrevistados foi possível encontrar cartas, fotografias, recortes de jornais,
ingressos, anotações, etc. E a cada novo entrevistado esses “objetos biográficos” serviam como
documentos significativos, que funcionavam como fontes estimulantes no processo narrativo,
auxiliando nas lembranças, no decorrer das falas sempre carregadas de significado do passado. (BOSI,
2003)

Sobre a história oral e sua importância para o processo histórico, Delgado (2006) destaca que:

ANDRÉ 20 M A LV E R D E S
A história oral, ao atuar na produção de documentos que têm como referência
simultaneamente o conhecimento de processos históricos específicos e a memória
individual dos depoentes, é um espaço vivificado da relação fértil entre a história e a
memória. É também um método, um meio para a produção do conhecimento,
potencializando uma rica visão temporal: sobre o passado vivido, sobre o presente no
qual o depoimento está sendo colhido e sobre o futuro, uma vez que o registro de
experiências é, na maior parte das vezes, realizado com desejo de transmissão e
perenização de experiências.

Identificamos na história do parque exibidor cinematográfico quatro famílias que se destacaram. Entre
elas, três receberam o projeto de pesquisa, abriram seus arquivos pessoais e aceitaram registrar suas
entrevistas para o levantamento aqui apresentado.

Marcelo Abaurre, que tem no seu pai, Dionysio Abaurre, a inserção da exibição cinematográfica nos
negócios da família e a construção de várias salas na capital e no interior do estado, possui um verdadeiro
tesouro de “relíquias do passado cinematográfico capixaba”. Entre elas, cartazes, cadeiras das salas,
projetores, fotos, anotações feitas por seu pai sobre os filmes, as inaugurações e as reformas das salas,
bem como uma memória espontânea de grande valor para a identificação dessa história e da
documentação recolhida.

Dessa forma, Marcelo Abaurre e seu irmão, Marcos Abaurre, foram fundamentais para conhecer a
trajetória de Dionysio Abaurre e suas atividades comerciais, particularmente no setor exibidor
cinematográfico na cidade de Vitória e no interior do Estado.

MEMÓRIAS 21 FOTOGRÁFICAS
Foto do Cine Jandaia: O cinema estreou com o filme O Grande Sulivan, em 22 de
julho de 1955. Sala de propriedade da Empresa Dionysio Abaurre Com.ltda.
Acervo Marcelo Abaurre, Localizada na Av. Princesa Isabel, Centro de Vitória.

Algumas fotografias são únicas e só foram possíveis graças à cessão feita pelos entrevistados para essa
pesquisa. No acervo pessoal de Valéria Rocha Dias Lopes, filha de Edgar Rocha, proprietário de cinemas
como o Vitorinha e São Luiz, entre seus documentos estavam as fotografias do Cine São Luiz, que, em sua
inauguração, contou com a presença de Luiz Severiano Ribeiro, do elenco do filme da Atlântida “Aviso
aos Navegantes” e de autoridades locais.

Vale destacar que ir ao cinema, pelo menos uma vez por semana e com a melhor roupa, era uma questão
de status, e as inaugurações eram extremamente concorridas. Os cinemas transformavam em evento
social todas as inaugurações ou novidades introduzidas nas salas. No caso do Cine São Luiz, era um
cinema que estava numa área nobre da época e num edifício, que tinha o nome de seu proprietário Edgar
Rocha, considerado de grandes proporções para o período. Consta na imprensa que foi o segundo
cinema no país a possuir ar condicionado e contou, na inauguração, com os artistas do filme que marcou
a estréia da sala.

ANDRÉ 22 M A LV E R D E S
Cine São Luiz, 1951 – Inauguração com presença de autoridades e o
elenco do filme Aviso aos Navegantes, uma chanchada de grande
bilheteria lançado pela Atlântida. Acervo Valéria Rocha Dias Lopes.

A família Caretta, com os irmãos Edson José Caretta e Maria da Penha Caretta, permitiu que a pesquisa
identificasse a trajetória de José Caretta e seu papel na construção de uma empresa que teve vários
cinemas no Espírito Santo, como o Aterac, o Hollywood, entre muitos outros.

A colaboração de Zegama de Castro Dalla permitiu que identificássemos o funcionamento de salas pelo
interior do estado, que foram propriedade de seu pai José de Gama de Castro, e que levaram milhares de
pessoas aos escurinhos dos cinemas como Alhambra, Idelmar, entre outros. Atualmente, Zegama
continua com a atividade cinematográfica na cidade de Colatina, com o Cine Gama.

Destaco aqui também a importante colaboração do freqüentador assíduo dessas salas, José Tatagiba,
que conta com uma pesquisa formadora de um importante acervo sobre a cidade de Vitória e que coloca
suas memórias a serviço da identificação da sociabilidade numa época em que os “cinemas de calçada”

MEMÓRIAS 23 FOTOGRÁFICAS
eram a maior diversão.

Destacamos aqui o alerta para os pesquisadores que utilizam esse tipo de arquivo, para a importância de
possibilitarmos o tratamento desses registros e a catalogação desse acervo, tendo em vista que o não
tratamento das informações proporciona o risco de perdemos para sempre o potencial dessas
informações e colaborações. Isso acontece porque a transmissão desse tipo de arquivo para as gerações
descendentes não consegue identificar a riqueza de memória individual de seus detentores e que sem
essas contribuições dificilmente serão recuperadas.

Esperamos que este trabalho um dia resulte no museu do cinema no Espírito Santo e possibilite que
outros pesquisadores se dediquem ao tema, a partir do momento em que estiver à disposição o acervo
em parte aqui apresentado. Aos leitores que viveram essa época o prazer de rememorar os espaços que
marcaram várias gerações, aos que não conheceram a possibilidade de conhecerem o tempo dos
“cinemas de calçada”.

As imagens selecionadas neste trabalho têm como critério as salas que funcionaram no bairro do Centro,
na cidade de Vitória, por ordem de criação. Na sequência, os cinemas de bairro e do interior que, quando
possível, vêem acompanhados de notícias ou propagandas na imprensa local, à época de sua existência.

O livro possui 102 imagens, nas quais se busca recuperar os detalhes das salas, inauguração, suas
fachadas, telas e momentos que marcaram os seus freqüentadores e proprietários. Nosso objetivo é
possibilitar um passeio através das imagens pelos cinemas que marcaram a cidade, os bairros e o interior
no seu espaço físico e no cotidiano, como formas de lazer que fizeram a Cinelândia Capixaba da época.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O projeto CINEMAES - Cine Memória: A história das Salas de Cinema do Espírito Santo atualmente está
registrado junto à Pró-Reitoria de Pós-Graduação da UFES, pelo Departamento de Arquivologia do
Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas. Conta com três alunos de iniciação científica e um monitor. Ao
longo dos onze anos de pesquisa foi possível reunir um significativo acervo, que estamos inventariando e
promovendo o tratamento, através do projeto, para que seja disponibilizado aos centros de
informações, arquivos e bibliotecas. Destacamos que essa coleção do projeto não possui nenhum
documento original, todos são digitalizados e devolvidos aos seus acervos pessoais de origem.

Além disso, conta com uma publicação, o livro No escurinho dos cinemas: A história das salas de exibição
na Grande Vitória, editado pela lei de incentivo à cultura do município da Serra, a Lei Chico Prego. Já foi
realizada uma exposição histórica pela lei de incentivo à cultura do município de Vitória, a Lei Rubem
Braga, e contemplado para uma segunda edição da exposição pelo Fundo de Incentivo a Cultura
(FUNCULTURA), da Secretaria Estadual de Cultura do Governo do Estado do ES.

Essas ações são de vital importância para descobrirmos novas fontes, depoentes e possíveis
anacronismos no identificar das fotografias e documentos. Durante as apresentações, exposições e
circulação dos livros, é possível conhecermos novos personagens dessa história, e que estes continuem
contribuindo com o acervo, seja com documentos textuais ou com narrativas sobre a história das salas
de cinema no Espírito Santo.

Os elementos que aqui apresentamos sobre essa experiência têm a intenção de proporcionar o interesse
pelo levantamento das salas de cinema e do parque cinematográfico de exibição local, nos mais diversos
contextos. Na maioria dos casos as transformações urbanas proporcionaram o fim das atividades dos
“cinemas de calçada” e o material sobre essa história encontra-se disperso e sem o devido tratamento
técnico para a utilização em pesquisa e produtos culturais. Por isso, deixamos aqui nosso agradecimento
a todos que confiaram suas memórias para que a história da exibição cinematográfica capixaba seja

MEMÓRIAS 25 FOTOGRÁFICAS
formada.

Na década de 1980, as salas de cinema saem definitivamente das ruas. A queda da freqüência e a nova
configuração urbana, que desponta ao final da década de 80, provocam mudanças no circuito exibidor,
que já se prenunciavam no final da década de 70 com o fechamento dos cinemas do Centro, dos bairros e
do interior. Quando a crise se instala, não faltam culpados: a televisão, a especulação imobiliária, o vídeo
cassete, etc. Entre as vítimas estão as salas de cinema que marcaram a vida de muitos capixabas.

Suspenses, comédias, aventuras, dramas, ficção, musicais, chanchadas, desenhos, romances, faroestes,
pipocas, alegrias e momentos únicos no escurinho dos cinemas que fazem parte de nossas memórias e
história. Espero que este trabalho possibilite a todos a satisfação de um passeio pelos “cinemas de
calçada”, que era, então, a maior diversão da população. Entendemos que, assim como à época, o prazer
de ir ao cinema é, ainda hoje, sinônimo de sonho e magia.

ANDRÉ 26 M A LV E R D E S
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOSI, Ecléa. O tempo vivo da Memória. Ensaios da Psicologia Social. São Paulo: Atelier Editorial, 2003.

BRASIL. Conselho Nacional de Arquivos. NOBRADE: Norma Brasileira de Descrição Arquivística. Rio de
Janeiro: Arquivo Nacional, 2006.

BRITTES, Juçara Gorski. Aspectos históricos da Imprensa Capixaba. Vitória: Edufes, 2010.

MALVERDES, André. No escurinho dos cinemas: A história das salas de exibição na Grande Vitória.
Vitória: 2008.

TANNO, Janete Leiko. Os acervos Pessoais: Memória e identidade na produção e guarda dos registros de
si. UNESP – FCLAs – CEDAP, v.3, n.1, 2007 p.110.

TATAGIBA, Fernando. História do Cinema Capixaba. Vitória. PMV. 1988.

TEIXEIRA, Nísio. Jornais. In: CAMPELLO, Bernadete Santos, CALDEIRA, Paulo da Terra (orgs). Introdução
às fontes de informação. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2008.

VIDAL, Laurent. Acervos pessoais e Memória Coletiva – alguns elementos de reflexão. UNESP – FCLAs –
CEDAP, v.3, n.1, 2007. P.1

MEMÓRIAS 27 FOTOGRÁFICAS
centro de vitória:
a cinelândia capixaba
MELPOMENE
Denominação: CINE TEATRO MELPÔMENE

Localização: Praça da Independência, esquina das ruas Graciano Neves e Sete de Setembro, no Centro.
Atual Praça Costa Pereira, Centro, Vitória.

Inauguração: maio 1896.

Capacidade: 800 lugares.

Período de funcionamento: 1896-1924.

Exibidor: Empresa Santos & Cia.

Histórico: Nos primórdios do cinema no estado, entre 1896 e 1907, a exibição era ambulante, com
apresentações esporádicas em lugares públicos como cafés, quermesses e parques de diversão. Em
1896, foi inaugurado o Teatro Melpômene, no antigo Largo da Conceição, na Praça da Independência,
atualmente Praça Costa Pereira, no Centro de Vitória. Este teatro foi o primeiro, de acordo com os mais
antigos arquivos disponíveis, a equipar-se da máquina dos irmãos Lumière no Espírito Santo. Segundo a
imprensa local o teatro possuía iluminação própria, era todo em madeira, com 800 lugares e possuía
camarotes, poltronas e cadeiras para a platéia.

Também, como foi prática na época, o teatro utilizava uma orquestra para dar o som aos filmes mudos.
Além disso, para reproduzir o som, um sonoplasta fazia imitação dos ruídos (sonoplastia), técnica
tradicional do teatro. Ficava uma pessoa atrás da tela com um material reunido em uma “mesa de
ruídos” e acompanhava a projeção. Os efeitos eram os mais variados possíveis, tudo para realçar as
imagens: derramava arroz numa placa de zinco para reproduzir o trovão, esfregava escovas metálicas ou
mexia grãos secos quando as ondas se quebram, etc.

Durante a exibição de um filme, em 1924, no Teatro Melpômene ocorreu um princípio de incêndio que
causou um imenso tumulto e deixou dezenas de pessoas feridas. O jornal a “Folha do Povo”, em 9 de

MEMÓRIAS 31 FOTOGRÁFICAS
MELPOMENE
outubro de 1924, apresentava a seguinte manchete: “O incêndio de hontem no Theatro Melpomene –
vários mortos e grande numero de feridos”, com duras críticas ao teatro que logo depois foi demolido,
deixando somente sua estrutura. Mais tarde esta estrutura seria aproveitada pelo arquiteto italiano
André Carloni para a construção do Teatro Carlos Gomes, na mesma praça.

ANDRÉ 32 M A LV E R D E S
MELPOMENE
Legenda: Biographo Lumière – No theatro Melpomene realizou-se
hontem com excellente êxito, em presença dos representantes da
imprensa e vários outros cavalheiros a experiência do Biographo
Lumière, que justificou a nomeada com que vem acompanhado das mais
importantes cidades da América do Sul. Acreditamos que o público
victoriense acudirá em massa ao nosso theatro, para apreciar um dos
mais curiosos inventos que appareceram com as mais modernas
applicações da photografia e da eletricidade. Podemos assegurar que o
Biographo Lumière é digno de attenção da sociedade d'esta Capital.

Ano: 1901.

Fonte: Arquivo Público do Estado do Espírito Santo / Jornal Comércio do


Espírito Santo.

Legenda: O Teatro Melpômene -


inaugurado na Praça da Independência,
no Centro, Vitória, atual Praça Costa
Pereira, em 1896, onde acontecia
projeções de filmes, construído em
pinho de riga e possuía seu próprio
gerador de energia, com 800 lugares,
camarotes, poltronas e cadeiras para a
platéia.

Ano: 189_.

Fonte: Acervo José Tatagiba.

MEMÓRIAS 33 FOTOGRÁFICAS
MELPOMENE
Legenda: Interior do Teatro Melpômene em
dia de espetáculo.

Ano: 1912.

Fonte: Arquivo Público do Estado do Espírito


Santo.

Legenda: Teatro Melpômene construído


em pinho de riga possuía seu próprio
gerador de energia.

Ano: 1900.

Fonte: IPHAN-ES / CAR-UFES.

ANDRÉ 34 M A LV E R D E S
MELPOMENE
Legenda: Fachada do Teatro Melpômene.

Ano: 1900.

Fonte: IPHAN-ES / CAR-UFES.

MEMÓRIAS 35 FOTOGRÁFICAS
MELPOMENE

Legenda: Anúncio de filme do Teatro


Melpômene.

Ano: 1921.
Legenda: Anúncio sobre o incêndio no
Teatro Melpômene considerado uma grande Fonte: Arquivo Público do Estado do
catástrofe para as proporções da época. Espírito Santo / Jornal Diário da
Manhã.
Ano: 1924.

Fonte: Arquivo Público do Estado do Espírito


Santo / Jornal A Folha do Povo.

ANDRÉ 36 M A LV E R D E S
CINE EDEN
Denominação: CINE EDEN

Localização: Praça Costa Pereira, Centro, Vitória.

Inauguração: 13 jan. 1907.

Capacidade: 150 lugares.

Período de funcionamento: 1907-192_.

Exibidor: Companhia Camões & Mayo.

Histórico: O primeiro cinematógrafo, no formato que conhecemos, que se tem registro em Vitória foi o
Éden Cinema, da companhia Camões e Mayo, inaugurado em 13 de janeiro de 1907. O Éden Parque
possuía algumas atrações para seus clientes: eles podiam beber, jogar, e ouvir um piano, pequenas
orquestras tocando óperas ou valsas e algumas vezes cinematógrafos. Era também ponto de encontro
para discutir política, negócios ou apenas para conversar. O local era freqüentado principalmente por
homens. Podemos dizer que a sétima arte no Espírito Santo, de forma regular, teve início com a
inauguração dessa sala. Mobilizou no primeiro momento um público, cujo acesso era estimulado pelo
baixo preço da entrada, os filmes exibidos eram mudos e do tipo documentário.

MEMÓRIAS 37 FOTOGRÁFICAS
CINE EDEN
Legenda: O primeiro cinema que se tem
registro em Vitória foi o Éden Cinema, da
companhia Camões e Mayo, inaugurado em
13 de janeiro de 1907. O local era todo de
madeira e coberto de folha de zinco com
capacidade para 150 pessoas.

Ano: 1910.

Fonte: Acervo José Tatagiba.

Legenda: Demolição do Cine Eden Parque para


a construção do Cine Glória.

Ano: 1925.

Fonte: Acervo José Tatagiba.

ANDRÉ 38 M A LV E R D E S
CINE EDEN
Legenda: No Cais da Imperatriz, o bate-estaca atrás do barracão do Eden Parque
trabalhando na fundação para construir o edifício Glória.

Ano: 1928.

Fonte: Acervo José Tatagiba.

MEMÓRIAS 39 FOTOGRÁFICAS
CINE EDEN

Legenda: Anúncio sobre o cinematográfo no Éden Parque. “No


Éden Parque - No meio de significativa concurrencia, realizou se
no sabbado ultimo, naquelle execellente ponto de diversão, a
estrêa do cynematographo dos Srs. Camões e Mayo. Alem de
vários quadros animados, foram reproduzidas diversas vistas
fixas e photographias de alguns illustres personagens; e dentre
ellas, nos offereceu o Sr. Victor de Mayo, não só a effige do Exmo.
Sr. Coronel Henrique Coutinho, digníssimo Presidente de Estado,
como também a do ilustre homem publico o Exmo. Sr. Coronel
Augusto Camon, recebendo-os com applausos os circumstantes
que, calorosamente proromperam em enthusiastica salva de
palmas à effige do inesquecível Marechal Floriano Peixoto.
Foram também reproduzidas as fachadas do estabelecimento
Pan Americano, de propriedade do Sr. Rufino Azevedo e da Casa
Wellisch. O aparelho dos Srs. Camões e Mayo, podemos dizer que
é um dos melhores que tem vindo a esta capital. Hoje haverá
nova funcção na qual será exhibido um programa inteiramente
novo e de quadros animados”.

Ano: 1907.

Fonte: Arquivo Público do Estado do Espírito Santo / Jornal


Official.

ANDRÉ 40 M A LV E R D E S
TEATRO CENTRAL
Denominação: CINE TEATRO CENTRAL

Localização: Praça Costa Pereira, Centro, Vitória.

Inauguração: 1921.

Capacidade: 600 lugares.

Período de funcionamento: 1921-1935.

Exibidor: Empresa Santos e Companhia.

Histórico: Em 1921, em frente onde agora se encontra as Casas Pernambucanas, na rua da Alfândega, na
atual Avenida Jerônimo Monteiro, próxima a escadaria Bárbara Lindemberg, surgiu o Cine Central. Era
considerado o que tinha a melhor orquestra da cidade e tinha uma capacidade para 600 pessoas.
Apresentou filmes como Os Dez Mandamentos (1923), Sangue e Areia (1926), Os Miseráveis (19--),
entre outros. A matéria no jornal acerca da inauguração do Cine Central mostrava o entusiasmo por esse
tipo de entretenimento na cidade. De propriedade dos sócios da empresa Santos e Companhia, o cinema
tinha as paredes pintadas, uma verdadeira obra de arte e distração para os espectadores que
aguardavam o início da sessão. Além disso, tinha uma cortina pintada com os painéis On Ursus e A Lígia,
para proteger a tela na qual foram exibidos filmes famosos como A Rainha de Sabá (1921), Don Juan
(1926), e O Homem sem Nome (19--).

MEMÓRIAS 41 FOTOGRÁFICAS
TEATRO CENTRAL
Legenda: Na rua da Alfândega, atual avenida Jerônimo Monteiro, ainda sem
o alargamento, o Cine Teatro Central.

Ano: 1921.

Fonte: Acervo José Tatagiba.

Legenda: Final da Jerônimo Monteiro -


Destaque para Depósitos Cruz & Sobrinhos
abrigando o Cine Teatro Central, com anúncio
dos filmes na calçada.

Ano: 1921.

Fonte: Acervo Washington Batista da Silva.

ANDRÉ 42 M A LV E R D E S
TEATRO CENTRAL
Legenda: Na avenida Jerônimo Monteiro as
pessoas se acumulam em frente ao Cine
Teatro Central.

Ano: 1921.

Fonte: Arquivo Geral do Município de Vitória.

Legenda: Anúncio dos filmes do Cine Teatro Central.

Ano: 1921.

Fonte: Arquivo Público do Estado do Espírito Santo /


Jornal Diário da Manhã.

MEMÓRIAS 43 FOTOGRÁFICAS
TEATRO CENTRAL
Legenda: “A inauguração do Cine-Theatro-Central: Inaugurou-se finalmente sabbado
ultimo, a nova casa de diversão Cine-Theatro Central, acontecimento que todo o publico de
Victoria e arredores esperava com justificada ancia, pois era sabido o zelo, o esmero, o luxo,
o capricho mesmo que os proprietarios vinham pondo em sua organização. A curiosidade
popular aumentava dia a dia, [?] pelos commentarios descriptos e detalhados que a
imprensa transmittia de vez em quando aos seus leitores e pela demora da empreza em
descerrar as suas partes.

Prompto todo o cinema, houve uma atrazo do navio que trazia os projectores.
Occasionando isto o adiamento [?] da esperada inauguração. No ultimo sabado, porém,
gentilmente convidados fomos assistir ao primeiro espetáculo, dado a uma assistência
especial, apenas para prova do bom funccionamento dos apparelhos. Em frente ao edifício
achava-se a banda policial executando peças de seu repertorio. A hora marcada, 4 da tarde,
foram aberta as portas e franqueadas aos convidados. Estavam lá o representante do s. exa.
o Sr. Presidente do Estado, todas as altas autoridades estaduaes e federaes, membros do
commercio desta praça, os representantes da imprensa e de outras classes sociaes.

A sessão só começou as 5 horas. Neste intervallo, a orchestra distrahiu as pessoas presentes


fazendo musica, enquanto o serviço de Buffet distribuía cerveja, licores e vinhos.
Formaram-se grupos criticando lisonjeiramente a pintura, o ornato, a disposição geral do
salão. Por fim, veio o primeiro filme. Era...uma saudação á platéia.
Logo depois foi passada a primeira película: uma fita [?] do Eclair, photographando a vila do
Japão e as paysagens e vistas do paiz dos [?]. E quando corre o ultimo trabalho de interesse
scientifico, sobre dados insectos, estava o Cine Theatro Central entregue á população
capichaba. O enthusiasmo que tem outras sessões despertaram, continuando-se pelo
domingo, foi histórico e não se descreve.
Veio demonstrar que já somos uma capital e que [?] a necessidade de possuirmos uma casa
como aquella.”

Obs: Foram mantidos a ortografia da época. Em algumas partes do texto não foi feito a
descrição devido a impossibilidade de leitura do material microfilmado.

Ano: 1921.

Fonte: Arquivo Público do Estado do Espírito Santo / Jornal Diário da Manhã.

ANDRÉ 44 M A LV E R D E S
POLITEAMA
Denominação: CINE POLITEAMA

Localização: Av. República, Parque Moscoso, Centro, Vitória.

Inauguração: 21 de outubro de 1926.

Capacidade: Não identificado.

Período de funcionamento: 1926-195_.

Exibidor: Não identificado.

Histórico: O Politeama foi inaugurado em 21 de outubro de 1926, na Avenida República, num barracão
de zinco localizado no Parque Moscoso e era dividido em duas partes: o ingresso da geral que custava
seiscentos réis e a cadeira que custava mil e duzentos réis. Antigos freqüentadores afirmam que os
meninos vibravam com os seriados e os filmes de faroestes. As sessões de domingo eram especialmente
voltadas para as crianças. E às segundas-feiras, o cinema era tomado por soldados e empregadas
domésticas, já que o quartel ficava próximo do local.

O Politeama possuía algumas características peculiares, no verão (o telhado era de zinco) fazia um calor
insuportável, o público enfrentava uma verdadeira sauna. A projeção naquela época era bastante falha e
muitas vezes a fita se partia no meio da sessão gerando uma grande algazarra entre a criançada. Quando
chovia o barulho batendo no telhado de zinco atrapalhava a sonoridade da exibição do filme.

Antigos espectadores relatam também que se alguém se levantasse para ir ao banheiro, quando voltava
não mais encontrava seu lugar vazio.

A sessão “colosso” era a alegria da cidade, era freqüentada por estudantes, operários e empregadas
domésticas. A fila para comprar o ingresso se alongava por toda a avenida, “Uma sirene estridente
instalada na entrada do cinema gerava uma grande vibração em toda a redondeza”.

MEMÓRIAS 45 FOTOGRÁFICAS
POLITEAMA
Legenda: O Cine Politeama funcionava
na avenida República, no Parque
Moscoso, num barracão de zinco
localizado onde mais tarde funcionou
o Cine Santa Cecília.

Ano: 1945.

Fonte: Acervo José Tatagiba.

Legenda: Decoração festiva no 4º centenário do povoamento do solo


espírito-santense, na Avenida República, Centro, Vitória. A direita o
barracão do antigo Cine Politeama, que mais tarde daria lugar ao Cine Santa
Cecília.

Ano: 1935.

Fonte: Coleções Especiais/Biblioteca Central da UFES.

ANDRÉ 46 M A LV E R D E S
POLITEAMA
Legenda: Anúncio da programação do Cine Politeama.

Ano: 1930.

Fonte: Arquivo Público do Estado do Espírito Santo /


Jornal A Gazeta.

MEMÓRIAS 47 FOTOGRÁFICAS
CARLOS GOMES
Denominação: CINE TEATRO CARLOS GOMES

Localização: Praça Costa Pereira, Centro, Vitória.

Inauguração: 5 de janeiro de 1927.

Capacidade: 1.079 lugares.

Período de funcionamento: 1927-1933.

Exibidor: Empresa Santos e Companhia.

Histórico: Após o princípio de incêndio do Teatro Melpômene a estrutura do edifício seria aproveitada
pelo arquiteto italiano André Carloni para a construção do Teatro Carlos Gomes, na mesma praça.
Apesar da comoção causada pela imprensa, o incêndio não alcançou proporções maiores, sendo apenas
um princípio de incêndio, acontecimento comum em maquinários da época, devido ao contato do
nitrato do filme com a luz do projetor. De toda forma a retirada do público foi tumultuada e na
reportagem foram registrados dois mortos. Contudo, na chamada da matéria destacava “vários mortos e
grandes números de feridos”, mesmo o texto afirmando que:

(...) podemos affirmar ao publico que, felizmente, são só dois, os mortos de hontem.
São elles: Radagazio Monteiro, com cerca de 22 anos de idade, filho do Manoel
Monteiro e Elvira Monteiro, de cor preta, vestido de calça preta remendada e paleto
branco, estando em camiza; e Manoel Nunes, de côr branca, com 16 annos
presumíveis, filho de Jose Nunes, vestindo calça e paleto branco e camiza escura,
listrada de preto.

No livro História do Teatro Capixaba, de Oscar Gama Filho, o autor alerta que o episódio foi exacerbado
pelo interesse de André Carloni para a construção de um novo teatro no local próximo e que não houve
um incêndio de grandes proporções, ao contrário, o mesmo restringiu-se apenas a cabine de exibição. A

ANDRÉ 48 M A LV E R D E S
CARLOS GOMES
historiadora Maria Stella de Novaes, em seu livro História do Espírito Santo, sobre o episódio relata que:

Célere correu esta notícia, a 8 de outubro de 1924, à noite. Espalhou-se o terror em


todos os recantos da cidade, e, perante os boatos sempre exagerados, nessas
ocasiões, o número de vitimas crescia... Entretanto, o incêndio, que se afigurava de
proporções enormes, limitou-se à cabine e...à imaginação da assistência
impressionada pela estrutura do prédio! Mas, numa casa de madeira, o grito de
'Fogo', durante a exibição de um filme, Ordens Secretas, ocasionou o pânico.
Ansiosos da saída simultânea, pelos condutores estreitos, espectadores atiravam-se
da torrinha e dos camarotes à platéia, senhoras gritavam, pessoas ficaram sufocadas
pela aglomeração, etc. A tremenda confusão levou muitas pessoas quebradas e
machucadas para a Santa Casa, embora o menor prejuízo fosse justamente o
resultante do fogo.

Logo após o incêndio, mesmo sem ter sido destruído, o Melpômene foi vendido a André Carloni.

A construção do Teatro Carlos Gomes foi iniciada em 1925, com projeto do proprietário André Carloni
que comprou as colunas de ferro fundido que pertenciam ao antigo Melpômene e aproveitado para
sustentáculos dos camarotes do novo teatro. A inauguração deu-se a 5 de janeiro de 1927 como o filme
Que Farias Com Um Milhão?. Em 10 de novembro de 1929, a empresa Santos e Companhia assinou
contrato de arrendamento com o proprietário para ali instalar o cinema falado, que começou em 20 de
dezembro de 1929. Em 1933, André Carloni vendeu o teatro ao governo do estado, a quem pertence até
hoje.

MEMÓRIAS 49 FOTOGRÁFICAS
CARLOS GOMES
Legenda: Cartazes em frente ao
teatro anunciam as próximas
atrações na casa de espetáculo
situado na Praça Costa Pereira, que
funcionou alguns anos como
cinema.

Ano: 1927.

Fonte: Acervo José Tatagiba.

Legenda: Construção do Teatro Carlos


Gomes que exibiu filmes como a
primeira versão de King Kong.

Ano: 1925.

Fonte: Acervo José Tatagiba.

ANDRÉ 50 M A LV E R D E S
CARLOS GOMES

CARLOS GOMES
Legenda: Anúncio da inauguração do cinema
Legenda: Anúncio do filme A Carta.
falado e a programação do cinema.
Ano: 1929.
Ano: 1929.
Fonte: Arquivo Público do Estado do
Fonte: Arquivo Público do Estado do Espírito
Espírito Santo / Jornal Diário da Manhã.
Santo / Jornal Diário da Manhã.

MEMÓRIAS 51 FOTOGRÁFICAS
Denominação: CINE TEATRO GLÓRIA
GLÓRIA

Localização: Av. Jerônimo Monteiro, s/n, Centro, Vitória, próxima a Praça Costa Pereira.

Inauguração: 1932.

Capacidade: 1.500 lugares.

Período de funcionamento: 1932-199_.

Exibidor: Empresa Santos & Cia.

Histórico: O Teatro Glória foi inaugurado no dia 20 de janeiro de 1932. Os 1500 lugares eram distribuídos
em três andares: a geral, os camarotes (reservado as autoridades) e a galeria. Luiz Nogueira da Paixão
lembra que mesmo sendo de madeira, a falta de conforto da galeria do Glória não era problema, pois
para ele “eram mais confortáveis, sempre foram as melhores, mas também você pagava mais caro. No
Carlos Gomes e no Politeama era a metade do preço”.

No prédio, que era um marco arquitetônico da época, funcionavam salas comerciais como: escritórios, a
Bolsa do Café, consultórios e o famoso Café Modelo. Como as cópias eram alugadas alternava-se a
programação, que se dividia entre cinema e teatro, mas na maior parte do tempo foi dedicada para
exibição de filmes, já que haviam muitas dificuldades para as companhias de teatro virem ao estado.
Atualmente o prédio esta sendo reformado para abrigar o Centro Cultural do Sesc.

ANDRÉ 52 M A LV E R D E S
Legenda: Fachada do Cine Glória, com o

GLÓRIA
filme Tudo Azul em cartaz. Uma faixa
cruza a avenida Jerônimo Monteiro
anunciando a partida de futebol no
estádio Governador Bley, no campo do
Rio Branco, em Jucutuquara.

Ano: 1955.

Fonte: Acervo José Tatagiba.

Legenda: Fachada do Cine Glória visto do


teatro Carlos Gomes, em cartaz o filme
Neve e Sangue.

Ano: 1950.

Fonte: Acervo José Tatagiba.

MEMÓRIAS 53 FOTOGRÁFICAS
GLÓRIA

GLÓRIA
Legenda: A fachada do cine Glória visto da avenida Jerônimo Monteiro.

Ano: 194_.

Fonte: Acervo Tatagiba.

ANDRÉ 54 M A LV E R D E S
GLÓRIA

GLÓRIA
Legenda: Anúncio do filme Legenda: A revista Vida Capichaba
Tenente Sedutor na inauguração anuncia o grandioso evento para
da sala. dezembro.

Ano: 1932. Ano: 1932.

Fonte: Arquivo Público do Estado Fonte: Biblioteca Pública do Estado do


do Espírito Santo / Jornal Diário Espírito Santo / Revista Vida Capichaba.
da Manhã.

MEMÓRIAS 55 FOTOGRÁFICAS
Legenda: Público no interior do Cine Glória no
GLÓRIA

dia da inauguração.

Ano: 1932.

Fonte: Biblioteca Pública do Estado do Espírito


Santo / Revista Vida Capichaba.

Legenda: O edifício do extinto Cine Glória, atualmente aguardando para


abrigar o Centro Cultural do SESC.

Ano: 2002.

Fonte: Acervo André Malverdes.

ANDRÉ 56 M A LV E R D E S
cine vitória
Denominação: CINE VITÓRIA

Localização: Avenida Capixaba, atual av. Jerônimo Monteiro, 370, Centro, Vitória.

Inauguração: 04 de outubro de 1950.

Capacidade: 380 lugares.

Período de funcionamento: 1950-198_.

Exibidor: Empresa de Cinemas de Vitória Ltda (Edgar Rocha).

Histórico: No dia 4 de outubro de 1950 a Avenida Jerônimo Monteiro ganhava uma sala que marcou
muito o público capixaba, o Cine Vitória ou “Vitorinha” como era conhecido por causa de seu tamanho
com 380 lugares. O cinema marcou a época por ser o primeiro da cidade a oferecer sessões contínuas a
partir das 15 horas, e aos domingos e feriados a partir das 13 horas. O proprietário Edgar Rocha estava
entrando no ramo de exibição de filmes e inaugurou a sala com o filme Bagdá.

José Tatagiba, freqüentador do Vitorinha, conta sobre práticas comuns na porta da sala que, por ter o
faroeste na programação, atraía as crianças que viam no caubói o herói das telas de cinema. Nesta época
era comum, aos domingos, as crianças se concentrarem na porta da sala para trocarem revistinhas.
Conta Tatagiba:

“Eu quando era pequeno, eu e os meus irmãos, a gente ia para a porta do Vitorinha ficar trocando revista,
revista de faroeste. A gente ficava trocando revista antes do filme e depois assistia a sessão. Quando o
filme acabava ia para casa ficar lendo aquelas revistas isso era mania geral de toda a criançada da época.
A gente limpava os quintais das casas só pra conseguir dinheiro para ir ao Vitorinha”.

O terreno onde funcionou o Vitorinha pertencia à Dionysio Abaurre (comerciante que entrou mais tarde
para o ramo do cinema) construindo onde anteriormente funcionava o fundo de sua oficina de pintura
de carros. O proprietário da sala Edgar Rocha percebeu que aquele lugar daria um cinema com grande

MEMÓRIAS 57 FOTOGRÁFICAS
cine vitória
potencial e resolveu fazer um acordo com Dionysio. Ficou decidido então que o terreno seria dividido em
duas partes: na metade que estava de frente para a Avenida Jerônimo Monteiro funcionaria o Vitorinha e
na outra metade, que dava para a Avenida Princesa Isabel, continuaria a funcionar a oficina.

ANDRÉ 58 M A LV E R D E S
cine vitória
Legenda: Público aguardando a sessão de
inauguração do Cine Vitória, na sala com 380
lugares, também conhecido como Vitorinha
pelo tamanho do cinema, funcionava na av.
Jerônimo Monteiro, 370.

Ano: 1950.

Fonte: Acervo Família Rocha.

Legenda: O público aguarda no interior do


Vitorinha a exibição do filme Bagdá em dia de
inauguração.

Ano: 1950.

Fonte: Acervo Família Rocha.

MEMÓRIAS 59 FOTOGRÁFICAS
cine vitória
Legenda: Tela do Cine Vitória em dia de
inauguração com o público aguardando o início
da sessão.

Ano: 1950.

Fonte: Acervo Família Rocha.

Legenda: Anúncio do filme Bagdá em


sessões contínuas a partir das 15 horas e
a partir das 13 horas nos domingos e
feriados.

Ano: 1950.

Fonte: Arquivo Público do Estado do


Espírito Santo /Jornal A Gazeta.

ANDRÉ 60 M A LV E R D E S
SÂO LUIZ
Denominação: CINE SÃO LUIZ.

Localização: Rua 23 de maio, 100, Centro, Vitória.

Inauguração: 3 de maio de 1951.

Capacidade: 585 lugares.

Período de funcionamento: 1951-2001.

Exibidor: Empresa de Cinemas de Vitória Ltda (Edgar Rocha).

Histórico: Em 1951, foi inaugurado o Cine São Luiz com grandes festividades e que contou com a
presença de autoridades locais e representantes das áreas culturais e artísticas. Seus proprietários Edgar
Rocha e Luiz Severiano Ribeiro não pouparam esforços e fizeram um cinema que tinha de mais moderno
para a época, pois queriam que o Cine São Luiz fosse a melhor sala de cinema da cidade. Segundo Edgar
Rocha Filho, que mais tarde assumiria os negócios do pai, o cinema foi a segunda sala do Brasil a ter um
sistema de ar condicionado, a primeira foi no Rio de Janeiro.

Em 3 de maio de 1951, no térreo do Edifício Rocha, com capacidade de 586 lugares, foi inaugurado o Cine
São Luiz com o filme: Aviso Aos Navegantes (1950). No evento estavam presentes estrelas do cinema
brasileiro que eram do elenco da chanchada da estréia: Anselmo Duarte, Adelaide Chioso, Ilka Soares
Eliana e a presença de Luiz Severiano Ribeiro.

MEMÓRIAS 61 FOTOGRÁFICAS
SÂO LUIZ
Legenda: Público na fila para a sessão de
inauguração do Cine São Luiz, com o filme
Aviso aos Navegantes, na rua 23 de maio,
100, Centro, Vitória, com capacidade de 586
lugares. De frente de terno José Haddad Filho
e sua namorada Mitzi.

Ano: 1951.

Fonte: Acervo Família Rocha.

Legenda: Pessoas aguardando para assistir o


filme Lua de Cristal com a Xuxa e o Sérgio
Mallandro, no cinema São Luiz. Esta foto é
uma homenagem a todos os pais, mães, avós
e tias que ficaram em imensas filas para levar
suas crianças para assistirem a filmes como
esse, e principalmente os Trapalhões, nas
férias escolares nos cinemas capixabas.

Foto: Nestor Muller.

Ano: 1990.

Fonte: CEDOC REDE GAZETA.

ANDRÉ 62 M A LV E R D E S
SÂO LUIZ
Legenda: Os artistas da chanchada Aviso
Aos Navegantes pousam para fotografia no
Cine São Luiz. Na primeira fila Ilka Soares,
Anselmo Duarte, Eliana, Luiz Severiano
Ribeiro, atrás de lenço branco Adelaide
Chiosso.

Ano: 1951.

Fonte: Acervo Família Rocha.

Legenda: Luiz Severiano Ribeiro, Anselmo


Duarte e o proprietário do cinema Edgar
Rocha na abertura das atividades do Cine
São Luiz.

Ano: 1951.

Fonte: Acervo Família Rocha.

MEMÓRIAS 63 FOTOGRÁFICAS
SÂO LUIZ
Legenda: Público dando risadas com a
estréia da chanchada Aviso aos Navegantes
na inauguração no Cine São Luiz.

Ano: 1951.

Fonte: Acervo Família Rocha.

Legenda: Anúncio na Revista Vida Capixaba anuncia o lançamento do luxuoso


cinema destacando: “Possuindo a mais moderna aparelhagem de projeção e
som do Brasil, bem como notável serviço de ar refrigerado, poltronas
estofadas, de borracha, com revestimento de couro e agradáveis jogos de luz,
o Cine São Luiz é mais uma grande realização de Luiz Severiano Ribeiro Júnior e
Edgar Rocha, a serviço da coletividade capixaba”.

Ano: 1951.

Fonte: Biblioteca Pública do Estado do Espírito Santo / Revista Vida


Capichaba.

ANDRÉ 64 M A LV E R D E S
SÂO LUIZ
Legenda: Tela do Cine São Luiz.

Ano: 1951.

Fonte: Acervo Família Rocha.

MEMÓRIAS 65 FOTOGRÁFICAS
SÂO LUIZ
Legenda: Fachada do Cine São Luiz, em cartaz
o filme 3 Tiros para Ringo.

Data: 196_.

Fonte: Acervo José Tatagiba.

Legenda: Fachada do edifício Edgar


Rocha, onde funcionava o Cine São Luiz.

Ano: 2002.

Fonte: Acervo André Malverdes.

ANDRÉ 66 M A LV E R D E S
SÂO LUIZ
Legenda: A capa do jornal A Gazeta com a
manchete sobre a inauguração do Cine São Luiz e
as atrações presente. Destaque para as fotos do
proprietário Edgar Rocha e Luiz Severiano Ribeiro
Junior.

ANO: 1951.

Fonte: Arquivo Público do Estado do Espírito


Santo / Jornal A Gazeta.

MEMÓRIAS 67 FOTOGRÁFICAS
CINE JANDAIA
Denominação: CINE JANDAIA

Localização: Av. Princesa Isabel, 335, Centro, Vitória.

Inauguração: 22 de julho de 1955.

Capacidade: 350 lugares.

Período de funcionamento: 1955-1961

Exibidor: Dionysio Abaurre.

Histórico: Percebendo o rentável investimento que era o cinema, Dionysio Abaurre resolveu investir no
ramo de exibição cinematográfica. Seu terreno que ficava atrás do Cine Vitória e funcionava como oficina
servindo de pontapé inicial para seu grande legado – o negócio de cinema. Então, no dia 22 de julho de
1955, foi inaugurado o Cine Jandaia, na Avenida Princesa Isabel, com o filme: O Grande Sullivan. A sala
tinha capacidade de 350 pessoas e uma escada em frente ao palco, a famosa “espinha de peixe”.

ANDRÉ 68 M A LV E R D E S
CINE JANDAIA
Legenda: Fachada do Cine Jandaia, funcionava na av. Princesa Isabel, 335, foi
inaugurado com o filme O Grande Sullivan, de terno cinza e lenço branco
caminha o proprietário Dyonisio Abaurre.

Ano: 1955.

Fonte: Acervo Família Abaurre.

Legenda: O prefeito de Vitória Sérynes


Pereira Franco puxa a fita de inauguração
do Cine Jandaia enquanto o público
aguarda ansioso para a entrega de mais
uma sala de cinema na cidade de Vitória.

Ano: 1955.

Fonte: Acervo Família Abaurre.

MEMÓRIAS 69 FOTOGRÁFICAS
CINE JANDAIA
Legenda: Público aguardando a exibição
do filme O Grande Sullivan, na sessão de
inauguração do Cine Jandaia.

Ano: 1955.

Fonte: Acervo Família Abaurre.

Legenda: Fachada do Cine Jandaia reformado.

Ano: 1972.

Fonte: Acervo José Tatagiba.

ANDRÉ 70 M A LV E R D E S
CINE JANDAIA
Legenda: Vista da Avenida Princesa Isabel a partir da
curva do Saldanha.

Ano: 196_.

Fonte: Acervo Família Abaurre.

Legenda: Anúncio no jornal preconizando a


inauguração do Cine Jandaia.

ANO: 1955.

Fonte: Arquivo Público do Estado do Espírito


Santo / Jornal A Gazeta.

MEMÓRIAS 71 FOTOGRÁFICAS
SANTA CECÍLIA
Denominação: CINE SANTA CECÍLIA

Localização: Avenida República, 175, Parque Moscoso, Centro, Vitória.

Inauguração: 21 set. 1955.

Capacidade: 1.453 lugares.

Período de funcionamento: 1955-199_.

Exibidor: Empresa Santo & Cia.

Histórico: Na década de 50, uma das salas considerada um palácio cinematográfico da cidade de Vitória
foi o Cine Santa Cecília, no período considerado de ouro das salas de cinema no Espírito Santo. Foi
inaugurado em 21 de setembro de 1955 com o filme: Sete Noivas Para Sete Irmãos (1954). O Cine Santa
Cecília era o maior do estado, com capacidade de 1.453 lugares e situava-se na Avenida República, junto
ao Parque Moscoso, onde antes funcionava o Cine Politeama.

José Tatagiba lembra que era considerado um espaço moderno e exigia dos freqüentadores o uso de
traje social para freqüentar o local, “com os homens usando terno e as moças devidamente trajadas”.
Jaime Navarro de Carvalho conta que o traje formal era uma exigência do proprietário Francisco
Cerqueira Lima. “Como ele ia ao Rio de Janeiro e notava que nos cinemas da Cinelândia as pessoas só
podiam entrar de paletó e gravata, ele queria que aqui fosse do mesmo jeito”. Depois de fazer um
levantamento, ele resolveu abolir o traje formal e a renda aumentou em quase 75%. Na época seu
Francisco comentava brincando que “nunca pensei que tivesse tanta gente em Vitória que andasse sem
gravata”.

Durante a inauguração do Santa Cecília, foi vinculado um concurso local pela rádio e pelos jornais
impresso para divulgar a nova sala. Quem acertasse o nome do cinema, que já havia sido escolhido,
ganharia entrada grátis durante um ano. Oito pessoas acertaram o nome da sala que era uma

ANDRÉ 72 M A LV E R D E S
SANTA CECÍLIA
homenagem a mãe do proprietário. Com lustres na entrada, chão de mármore, equipamentos
modernos de projeção e som, frequentar este cinema era uma questão de status.

MEMÓRIAS 73 FOTOGRÁFICAS
SANTA CECÍLIA
Legenda: O Santa Cecília em obras, os bate-
estacas trabalham na construção do novo
prédio no local do antigo cinema Politeama.

Ano: 1953.

Fonte: Acervo José Tatagiba.

Legenda: Cine Santa Cecília funcionava na


avenida República, 175, Parque Moscoso,
Centro de Vitória onde se vê atualmente a
Igreja Universal.

Ano: 2002.

Fonte: Acervo José Tatagiba.

ANDRÉ 74 M A LV E R D E S
SANTA CECÍLIA
Legenda: A coluna Cinelândia Capixaba, de Marien Calixte, destaca a
inauguração do palácio cinematográfico Santa Cecília, considerado o maior do
estado.

“Ontem, no horário anunciado de 15 horas, deu-se a inauguração da nova sala de


projeção da Empresa Santos e Companhia, Teatro Santa Cecília, situado no local do
antigo Politeama. Contando com a presença do Governador Francisco Lacerda de
Aguiar e de várias outras autoridades civis e militares de nosso estado, e ainda a
imprescindível presença do público, (...).

Ano: 1955.

Fonte: Arquivo Público do Estado do Espírito Santo / Jornal A Gazeta.

MEMÓRIAS 75 FOTOGRÁFICAS
SANTA CECÍLIA

Legenda: Na coluna Fotos e Legendas três imagens


da inauguração do Cine Santa Cecília.

“A Emprêsa Santos, pioneira dos empreendimentos


cinematográficos de vulto em nosso Estado,
presenteou-nos com uma belíssima casa de
espetáculos, inaugurado ao lado do Parque
Moscoso, onde outrora existia o cinema Politeama, o
maravilhoso Teatro Santa Cecília, que pode ser
classificado como um dos mais luxuosos do Brasil. A
nossa revista esteve presente à solenidade de
inauguração, onde colheu os flagrantes que ilustram
essa legenda. Em cima: fachada do 'hall', vendo-se
grande número de pessoas diante da porta de
entrada. No meio: Os convidados tomam assento nas
confortáveis poltronas do 'Santa Cecília', antes da
exibição do filme Sete Noivas Para Sete Irmãos. Em
baixo: Aspecto parcial da multidão que compareceu
à sessão de estréia. A sala de projeção possui 1.400
lugares”.

Ano: 1955.

Fonte: Biblioteca Pública do Estado do Espírito Santo


/ Revista Vida Capichaba.

ANDRÉ 76 M A LV E R D E S
juparanã
Denominação: CINE JUPARANÃ

Localização: av. Jerônimo Monteiro, Centro, Vitória, onde hoje funciona o Banco Bradesco.

Inauguração: 04 jan. 1967.

Capacidade: 980 lugares.

Período de funcionamento: 1967-1980.

Exibidor: Edgar Rocha, Dionysio Abaurre e Orlando Guimarães

Histórico: No dia 4 de janeiro de 1967, a cidade ganhava mais uma sala, localizado na Avenida Jerônimo
Monteiro, onde hoje funciona banco Bradesco, o Cine Juparanã. Com 980 lugares que estavam
distribuídos por dois andares, tinha na entrada um char me todo especial, o lustre Maria Tereza Goulart.
O candelabro veio de São Paulo e recebeu o nome em homenagem à mulher de João Goulart, que em
1961 assumiu a presidência da República após a renúncia de Jânio Quadros, mas em 1964 foi deposto
pelo golpe militar.

Na primeira exibição foi apresentado um jornal e em seguida o padre França fez uma celebração
abençoando as máquinas com água benta, como era de costume na época, para inaugurar as salas. Para
a sessão inaugural a proposta foi bem diferente: toda a renda arrecadada com a exibição do primeiro
filme seria destinada à instituição Pró-Matre. Às 21 horas as luzes se apagaram e a primeira sessão do
cinema foi com o filme: Boeing Boeing.

MEMÓRIAS 77 FOTOGRÁFICAS
juparanã
Legenda: Interior do Cine Juparanã
com seus 980 lugares distribuídos em
dois andares.

Ano: 1967.

Fonte: Acervo Família Abaurre.

Legenda: Tela do Cine Juparanã


protegido pela cortina.

Ano: 1967.

Fonte: Acervo Família Abaurre.

ANDRÉ 78 M A LV E R D E S
juparanã
Legenda: Construção do Cine Juparanã, no
espaço que liga a Av. Jerônimo Monteiro ao
outro lado na Av. Princesa Isabel.

Ano: 196_.

Fonte: Acervo Família Abaurre.

Legenda: Máquinas de projeção do cinema.

Ano: 1967.

Fonte: Acervo Família Abaurre.

MEMÓRIAS 79 FOTOGRÁFICAS
juparanã
Legenda: Detalhes da entrada e da sala de
espera do Cine Juparanã. Em destaque o
lustre Maria Tereza Goulart, o candelabro
veio de São Paulo e recebeu o nome em
homenagem à mulher de João Goulart, que
em 1961 assumiu a presidência da
República após a renúncia de Jânio
Quadros, mas em 1964 foi deposto pelo
golpe militar.

Ano: 1967.

Fonte: Acervo Família Abaurre.

Legenda: Fachada do Cine Juparanã, a comédia Boein Boeing inaugura a


nova sala de cinema, na Avenida Jerônimo Monteiro, com 980 lugares.

Ano: 1967.

Fonte: Acervo Família Abaurre.

ANDRÉ 80 M A LV E R D E S
juparanã
Legenda: Fachada do Cine Juparanã,
em cartaz a comédia O Corintiano, com
Mazaroppi, num dia de alagamento na
avenida Jerônimo Monteiro.

Ano: 1970.

Fonte: Acervo José Tatagiba.

Legenda: Fachada do Banco Bradesco


onde antes funcionava o Cine Juparanã
na avenida Jerônimo Monteiro.

Ano: 2002.

Fonte: Acervo José Tatagiba.

MEMÓRIAS 81 FOTOGRÁFICAS
juparanã

Legenda: Capa do Caderno 2 com artigo


anunciando a última sessão do Cine
Juparanã.

Ano: 1980.

Fonte: Arquivo Público do Estado do Espírito


Santo / Jornal A Gazeta.

ANDRÉ 82 M A LV E R D E S
cine odeon
Denominação: CINE ODEON

Localização: av. Jerônimo Monteiro, Centro, Vitória, funcionava próximo ao Cine Vitorinha.

Inauguração: 15 mar. 1969.

Capacidade: 632 lugares.

Período de funcionamento: 1969-1980.

Exibidor: João Monteiro.

Histórico: Em 15 de março de 1969, a movimentada Avenida Jerônimo Monteiro ganhava mais um


cinema, o Cine Odeon. Com 632 poltronas, ocupadas para a inauguração, foi exibido o filme: Tiros De
Ouro De Mackenna (1969). O cinema era vizinho do famoso Vitorinha e as filas de espectadores
rodeavam os quarteirões para disputar um lugar para participar da inauguração.

MEMÓRIAS 83 FOTOGRÁFICAS
cine odeon
Legenda: Cine Odeon.

Ano: 1969.

Fonte: Arquivo Público do Estado do Espírito Santo / Jornal A Gazeta.

Legenda: No hall do Cine Odeon, na Avenida Jerônimo Monteiro,


cerimônia de homenagem prestada aos artistas do filme O Vale
do Canaã, baseado na obra de Graça Aranha, e filmado em
cenários naturais de Santa Leopoldina e Santa Tereza. Na
imagem Jesse Valadão recebe o governador do estado Cristiano
Dias Lopes Filho.

Ano: 1970.

Fonte: Arquivo Público do Estado do Espírito Santo.

ANDRÉ 84 M A LV E R D E S
cine odeon
Legenda: Cerimônia de homenagem prestada aos artistas do filme O
Vale do Canaã, no interior do Cine Odeon.

Ano: 1970.

Fonte: Arquivo Público do Estado do Espírito Santo.

MEMÓRIAS 85 FOTOGRÁFICAS
cine paz
Denominação: CINE PAZ

Localização: Av. Princesa Isabel, 380, Centro, Vitória, no Edíficio Dionysio Abaurre.

Inauguração: 25 mar. 1975.

Capacidade: 700 lugares.

Período de funcionamento: 1975-199_.

Exibidor: Dionysio Abaurre.

Histórico: Com a promessa que seria “o melhor cinema do estado”, em 25 de março de 1975, com suas
paredes e cadeiras em vermelho, o Cine Paz foi inaugurado com o filme: Papillon. De propriedade de
Dionysio Abaurre, com capacidade para 700 cadeiras, um corredor interno mais amplo do que os outros
cinemas, apresentava cuidados do proprietário no que diz respeito à tecnologia e conforto para a época.
A sala também foi palco de um festival de cinema organizado por Amylton de Almeida na década de 80.
Durante uma semana eram reprisados os melhores filmes do ano anterior, sendo que cada filme ficava
em cartaz apenas um dia. O festival foi o maior sucesso e desde o começo foi bem aceito pelo público,
que comparecia em massa às exibições. Um dos filmes que marcaram o festival em número de público
foi o musical Hair.

No período de férias escolares, a grande atração da sala eram os famosos filmes infantis dos Trapalhões.
A platéia lotava a sala depois de agüentar pacientemente as longas filas que rodavam os quarteirões da
avenida Princesa Isabel. E enquanto esperavam chegar a vez de assistir o filme, pais, mães, tias e avós
colocavam o papo em dia e, como quem não quer nada, pegavam carona com a meninada para mais uma
sessão de cinema.

ANDRÉ 86 M A LV E R D E S
cine paz
Legenda: Fachada do Cine Paz, em cartaz o filme O
Trapalhão Na Ilha Do Tesouro, funcionava na
Princesa Isabel, 380, no edíficio Dionysio Abaurre.

Ano: 1975.

Fonte: Acervo Família Abaurre.

Legenda: Tela do Cine Paz, com capacidade de 700


lugares e cadeira e paredes em vermelho. Foi
inaugurado com o filme Papillon.

Ano: 1975.

Fonte: Acervo Família Abaurre.

MEMÓRIAS 87 FOTOGRÁFICAS
cine paz
Legenda: Interior do Cine Paz. Cadeira e cabine de
projeção visto da tela.

Ano: 1975.

Fonte: Acervo Família Abaurre.

Legenda: Edíficio Dyonisio


Abaurre, na avenida Princesa
Isabel, Centro, onde se vê a placa
Vitória Diversões Eletrônicas
funcionava o Cine Paz.

Ano: 2002.

Fonte: Acervo André Malverdes

ANDRÉ 88 M A LV E R D E S
cine paz
Legenda: “Um novo cinema. O cine Paz (avenida Princesa
Isabel, 380), que será inaugurado hoje, às 21 horas, com
sessão beneficente para a sra. Irene Alvares, foi todo
idealizado para tornar-se uma eficiente casa de
espetáculos. A decoração, a cargo do Sr. Dionísio Abaurre
(cujo edifício onde está localizado o cinema, no térreo tem o
seu nome) procurou aproveitar o espaço e, algumas vezes,
ser discreta. Há um espaço exato as 600 cadeiras, um
corredor interno mais amplo do que o dos outros cinemas.
A tela é suspensa e a visibilidade é boa em todos os cantos.
O sistema de som é bom e as máquinas (novas, importadas
de Chicago) tem ótima projeção. Há um sistema interno de
refrigeração e, atendendo às exigências da prefeitura, três
saídas laterais e extintores de incêndio. O cinema não
pretende ser grande e luxuoso – é apenas mais um, mas
com algum conforto (a partir das cadeiras) e muita
eficiência. Para enfrentar seu custo e para criar público, o
cine Paz terá, inicialmente, uma programação de grandes
sucessos comerciais.”

Ano: 1975.

Fonte: Arquivo Público do Estado do Espírito Santo / Jornal


A Gazeta.

MEMÓRIAS 89 FOTOGRÁFICAS
cine paz

Legenda: O Cine Paz em festival de cinema com o


público disputando para assistir o filme Hair.

Ano: 198_.

Fonte: Acervo Arquivo Público do Estado do


Espírito Santo / Jornal A Gazeta.

ANDRÉ 90 M A LV E R D E S
cinemas de bairro
Legenda: A tela do Cine Aterac, no bairro do
Ibes, Vila Velha, inaugurado na década de 60.

Período de funcionamento: 1965 à 1983.

Proprietário: ATERAC – Empresa de Cinemas


Ltda.

Fonte: Acervo Família Caretta.

cine aterac
Legenda: Sala de espera do Cine Aterac, no
bairro do Ibes, de propriedade da ATERAC –
Empresa de Cinemas Ltda, no bairro do Ibes,
Vila Velha.

Fonte: Acervo Família Caretta.

MEMÓRIAS 93 FOTOGRÁFICAS
Legenda: Fachada do Cine Capixaba, São
Torquato, Vila Velha.

Período de funcionamento: 1955 à 196_.

Proprietário: Edgar Rocha, Empresa de


Cinemas de Vitória Ltda.

Fonte: Acervo Família Rocha.


cine capixaba

Legenda: Público aguardando sessão de


inauguração do Cine Capixaba, com o
Cinemascope, em cartaz o filme O Cálice
Sagrado.

Fonte: Acervo Família Rocha.

ANDRÉ 94 M A LV E R D E S
Legenda: Interior do Cine Capixaba
visto da tela, com capacidade de
1.400 lugares.

Fonte: Acervo Família Rocha.

cine capixaba
Legenda: O público disputa um lugar para o
lançamento do cinema do bairro de
Argolas, em Vila Velha.

Fonte: Acervo Família Rocha.

MEMÓRIAS 95 FOTOGRÁFICAS
Legenda: Público aguardando a sessão de
inauguração do Cine Colorado, com o filme,
Indomável Angélica, no bairro de Campo
Grande, Cariacica, em 24 de abril de 1970.

Período de funcionamento: 1970 à 1981.

Proprietário: Dyonissio Abaurre.

Fonte: Acervo Família Abaurre.


cine colorado

Legenda: No hall do Cine Colorado o brinde de


inauguração da sala. A esquerda Dionysio
Abaurre, proprietário da sala, olhando para a
foto seu filho Marcelo Abaurre.

Fonte: Acervo Família Abaurre.

ANDRÉ 96 M A LV E R D E S
Legenda: Construção do Cine De Lourdes, na
avenida Marechal Campos tendo ao fundo o
bairro de Lourdes. Em 15 de março de 1958, o
Cine De Lourdes, foi inaugurado com capacidade
de 500 espectadores apresentando o filme: As
Grandes Manobras.

Período de funcionamento: 1958 à 196_.

Proprietário: Dionysio Abaurre.

Fonte: Acervo Família Abaurre.

cine de lourdes
Legenda: O governador do estado Francisco
Lacerda de Aguiar puxa a fita de inauguração
do Cine De Lourdes com o proprietário
Dionysio Abaurre. A direita de paletó branco e
bigode Edgar Rocha.

Fonte: Acervo Família Abaurre.

MEMÓRIAS 97 FOTOGRÁFICAS
cine hollywood

Legenda: Bilheteria do Cine Hollywood, localizado no bairro Jardim América, em


Cariacica, de propriedade de José Caretta.

Período de funcionamento: 1958 à 1981 (reaberto em 02/05/1982).

Proprietário: José Caretta.

Fonte: Acervo Família Caretta.

ANDRÉ 98 M A LV E R D E S
Legenda: Auto Cine Camburi, construído e
fechado em 1976, na Praia de Camburi. Na
época, uma área pouca movimentada ao
norte de Vitória. Com capacidade para 396
carros, numa área de 15 mil metros
quadrados, o Drive-In cobrava CR$ 10,00 por

auto cine camburi


pessoa e CR$ 5,00 por estacionamento,
contando com serviços de bar.

Período de funcionamento: 1976.

Proprietário: Não identificado.

Acervo: Arquivo Público do Estado do Espírito


Santo / Jornal A Gazeta.

MEMÓRIAS 99 FOTOGRÁFICAS
cinemas no interior
ANDRÉ 102 M A LV E R D E S
Legenda: Fachada do Cine Castelo, na rua
Araripe, Centro, na cidade de Castelo.
Inaugurado no ano de 1946, com 402
lugares, de propriedade de José Caretta.

Período de funcionamento: 1946-19_ _.

Proprietário: José Caretta.

Fonte: Acervo Família Caretta.

Legenda: Interior do Cine Castelo em


dia de formatura.

Fonte: Acervo Família Caretta.

MEMÓRIAS 103 FOTOGRÁFICAS cine castelo


Legenda: Fachada do Cine De Lourdes, na
cidade de Linhares. Inaugurado em 15 de
março de 1958, de propriedade de
Dionysio Abaurre.

Período de funcionamento: 1958 – 19 _ _.

Proprietário: Dionysio Abaurre.

Fonte: Acervo Família Abaurre.

Legenda: Brinde no coquetel de


inauguração do Cine De Lourdes. No centro
Maria de Lourdes Benezath Abaurre,
homenageada com o nome no cinema e
Dionysio Abaurre.
cine de lourdes

Fonte: Acervo Família Abaurre.

ANDRÉ 104 M A LV E R D E S
Legenda: Fachada do Cine Alhambra, na Av.
Getulio Vargas 477, Centro, Colatina, com
532 lugares.

Período de funcionamento: 1949-198_.

Proprietário: José Gama de Castro.

Fonte: Acervo Família Castro Dalla.

Legenda: Vista interna do Cine Alhambra,


com capacidade de 532 lugares.
Atualmente no local funciona o Cine
Gama, de propriedade de Zegama de
Castro Dalla.

cine alhambra
Ano: 197_.

Fonte: Acervo Família Castro Dalla.

MEMÓRIAS 105 FOTOGRÁFICAS


Legenda: Fachada do Cine Idelmar, na Av. Getulio Vargas 517, Centro,
Colatina, com 1.000 lugares. Na porta o público aguarda a inauguração do
novo cinema.

Período de funcionamento: 1956-19_ _.

Proprietário: José Gama de Castro.

Fonte: Acervo Família Castro Dalla.

Legenda: Assinatura do contrato, na cidade do Rio de


Janeiro, para as compras das mil cadeiras para o Cine
Idelmar pelo proprietário José Gama de Castro.

Fonte: Acervo Família Castro Dalla.


cine idelmar

ANDRÉ 106 M A LV E R D E S
Legenda: Vista externa da construção do Cine Idelmar, no ano
de 1956, com detalhes do trilho do trem em frente a
construção.

Fonte: Acervo Família Castro Dalla.

Legenda: Inauguração do Cine Idelmar com a


presença dos colatinenses em dia de festa, à
esquerda o proprietário da sala José Gama de Castro
feliz com o sucesso do lançamento do grande
empreendimento.

Fonte: Acervo Família Castro Dalla.

MEMÓRIAS 107 FOTOGRÁFICAS


cine idelmar
Legenda: Vista interna do Cine Idelmar
em dia de formatura da Escola Estadual
Conde de Linhares, no ano de 1970.

Fonte: Acervo Família Castro Dalla.

Legenda: Vista externa do Cine Idelmar,


bilheteria e crianças aguardando o início da
matinê, no ano de 1971.

Fonte: Acervo Família Castro Dalla.


cine idelmar

ANDRÉ 108 M A LV E R D E S
Legenda: Vista externa do Cine Floresta
com anúncio do filme Falcão dos Mares.

Fonte: Acervo Família Castro Dalla.

Legenda: Fachada do Cine Floresta, no ano


de 1971.

Fonte: Acervo Família Castro Dalla.

MEMÓRIAS 109 FOTOGRÁFICAS cine floresta


Legenda: Vista interna do Cine Floresta a partir da tela, na parte de cima a sala
de projeção e as cadeiras do mezanino.

Fonte: Acervo Família Castro Dalla.

Legenda: Vista interna do Cine Floresta,


com 414 lugares. A tela de projeção era
coberta por uma cortina preta para
proteção.

Fonte: Acervo Família Castro Dalla.


cine floresta

ANDRÉ 110 M A LV E R D E S
Legenda: Fachada do Cine Alba, na Rua
Milagres Junior, Centro, Baixo Guandu,
inaugurado no ano de 1956, com 800
lugares.

Período de funcionamento: 1956-19_ _.

Proprietário: Bruno Bafile.

Fonte: Acervo Ani Fotos.

Legenda: Padre Alonso Benicio Leite realizando a


benção para a inauguração do Cine Alba, em 1956.

Fonte: Arquivo do Departamento de Cultura e


Turismo de Baixo Guandu.

MEMÓRIAS 111 FOTOGRÁFICAS cine alba


Legenda: Público no interior do Cine Alba aguardando o início da sessão em dia de
inauguração.
cine alba

Fonte: Arquivo do Departamento de Cultura e Turismo de Baixo Guandu.

ANDRÉ 112 M A LV E R D E S
Legenda: Cine Castro, na cidade de João Neiva.

cine castro
Fonte: Arquivo Público Estadual do Espírito Santo / Jornal A
Gazeta.

MEMÓRIAS 113 FOTOGRÁFICAS


Legenda: Cine Broadway, na praça Francisco Abrahão, 27/31, Centro, Cachoeiro de
cine broadway

Itapemirim. De propriedade de Francisco Abrahão, foi inaugurado no ano de 1956, com


capacidade de 1.080 lugares.

Fonte: Arquivo Público Estadual do Espírito Santo / Jornal A Gazeta.

ANDRÉ 114 M A LV E R D E S
relação de cinemas antigos de rua do
ESPÍRITO SANTO em atividade nos anos 60

CIDADE CINEMA PROPRIETÁRIO ANO CAPACIDADE

AFONSO CLAUDIO CINE RENASCENÇA Joaquim Gomes Mineiro 1952 350 lugares

ALEGRE CINE TRIANON Empresa Fluminense de Cinemas S/A. 1941 500 lugares

ANCHIETA CINE ELDORADO Adroaldo Lopes 1956 192 lugares

ARACRUZ CINEMA SAUAÇU N/C 1957 100 lugares

BAIXO GUANDU CINE ALBA - Prop. Bruno Bafile 1956 800 lugares

BARRA DE SÃO FRANCISCO CINE SÃO FRANCISCO Ranulfo Ximenes Fernandes 1951 390 lugares

CACHOEIRO CINE CACIQUE Empresa Fluminense de Cinemas S/A. 1958 1.042 lugares

CACHOEIRO CINE TEATRO BROADWAY Francisco Abrahão & Filhos 1956 1.080 lugares

CACHOEIRO CINE ELDORADO José Brahin Depes 1957 351 lugares


CINEMA RECREATIVO DOS 500 lugares
CACHOEIRO EMPREGADOS DA BÁRBARA Empresa Comercial 1954

CACHOEIRO CINE TEATRO RECREIO Empresa Comercial 1953 500 lugares

CACHOEIRO CINEMA SANTO ANDRÉ José M. de Mesquita 1949 120 lugares

CACHOEIRO CINE TEATRO SANTO ANTONIO Empresa Fluminense de Cinemas S/A. 1946 411 lugares

CACHOEIRO CINE SÃO LUIZ Empresa Fluminense de Cinemas S/A. 1956 565 lugares

CARIACICA CINE BRASIL N/C 1955 500 lugares

CARIACICA CINEMA ITACIBA Empresa Comercial 1953 500 lugares

CARIACICA CINE HUGOLANDIA José Caretta 1958 870 lugares

CASTELO CINE CASTELO José Caretta 1946 402 lugares

CASTELO CINE MARY Silvio Gargano 1958 150 lugares

MEMÓRIAS 115 FOTOGRÁFICAS


CIDADE CINEMA PROPRIETÁRIO ANO CAPACIDADE

CASTELO CINE SANTO ANDRÉ José Maria de Mesquita 1952 49 lugares

COLATINA CINE ALHAMBRA Circuito Nacional de Cinemas Ltda. 1947 532 lugares

COLATINA CINE DALMAR Luiz Servulo Ferreria 1957 98 lugares

COLATINA CINE DANÚBIO N/C 1956 680 lugares

COLATINA CINE ESTRÊLA Vicente Glazar 1955 250 lugares

COLATINA CINE FLORESTA Circuito Nacional de Cinemas Ltda. 1953 414 lugares

COLATINA CINE IDELMAR José Gama de Castro 1956 1006 lugares

COLATINA CINE ITAPINA Ubaldo Pavan 1956 124 lugares

COLATINA CINE TEATRO PANCAS Dalmon Fernandes 1957 116 lugares

COLATINA CINE PAROQUIAL Paróquia de São Domingos 1955 132 lugares

COLATINA CINE PENHACINE Empresa Comercial 1953 500 lugares

CONCEIÇÃO DA BARRA BARRENSE Belimiro Tolentino da Cunha 1955 150 lugares

DOMINGOS MARTINS CINE CAMPINHO N/C 1956 180 lugares

DOMINGOS MARTINS CINE TEATRO SÃO GERALDO Avides Targueta 1957 200 lugares
DOMINGOS MARTINS CINE CACIQUE Jusan F. Novaes N/C N/C

ESPÍRITO SANTO CINE AMERICANO José Caretta 1954 348 lugares

ESPÍRITO SANTO CINE ARIBIRI Waldir Ribeiro Pontes 1955 80 lugares

ESPÍRITO SANTO CINE CAPIXABA Empresa de Cinemas de Vitória Ltda. 1955 1400 lugares

ESPÍRITO SANTO CINE IMPERIAL Empresa Comercial 1953 500 lugares

ESPÍRITO SANTO CINE CONTINENTAL Circuito Nacional de Cinemas Ltda. 1949 478 lugares
FUNDÃO CINE ORIENTAL Waldemar Medenesi Redive 1943 120 lugares

GUAÇUÍ CINE EDEN José Simões e Gumercindo Grando 1939 470 lugares

GUARAPARI CINE ALBA N/C N/C 600 lugares

ANDRÉ 116 M A LV E R D E S
CIDADE CINEMA PROPRIETÁRIO ANO CAPACIDADE

GUARAPARI CINE IPIRANGA Oscar Velozo da Silva 1953 300 lugares

IBIRAÇU CINE ACIÓLI Giácomo Ceccato 1951 130 lugares

IBIRAÇU CINE PAROQUIAL N/C 1956 60 lugares

IBIRAÇU CINE RIAN Waldemar Modenesi Redivo 1956 80 lugares


IBIRAÇU LICEU PEDRO NOLASCO Liceu Pedro Nolasco 1949 231 lugares

ICONHA CINE IDEAL N/C 1956 70 lugares

ICONHA CINE RIALTO Herval Vargas Azevedo 1956 150 lugares


ITAGUAÇU CINE ESPERANÇA João Barbosa de Menezes 1956 304 lugares

ITAGUAÇU CINE SÃO JOSÉ Florival Vieira Malta N/C 100 lugares

ITAPEMIRIM CINE ATLÂNTICO Ayd Miguel & Filho 1952 200 lugares
ITAPEMIRIM CINE BROMANA Gélio Prates 1956 210 lugares

ITAPEMIRIM CINE IDEAL Usina Paineiras S/A. 1920 160 lugares

ITAPEMIRIM CINE SÃO JOSÉ Ayd Miguel & Filho 1946 200 lugares
IÚNA CINE LARANJA DA TERRA Empresa Comercial Pequiá 1950 500 lugares

IÚNA CINE SÃO GERALDO Lamas & Almeida 1951 156 lugares

LINHARES CINE TEATRO ELDA Francisco Aristides Albuquerque 1952 400 lugares
MIMOSO DO SUL CINE BOA VISTA Miguel Rangel Azevedo 1950 100 lugares

MIMOSO DO SUL CINE TEATRO SÃO JOSÉ S/A. Melhoramentos de Mimoso do Sul 1953 450 lugares
MUNIZ FREIRE CINE SANTA HELENA Mileto Deps 1951 150 lugares

MUQUI CINE TEATRO SÃO JORGE Empresa Fluminense de Cinemas S/A. 1954 479 lugares

NOVA VENÉCIA CINE UNIVERSAL Manoel Caritos Papazanack 1954 160 lugares

RIO NOVO SUL CINE IDEAL N/C 1956 70 lugares

RIO NOVO SUL CINE TEATRO SANTO ANTÔNIO Empresa Comercial 1951 500 lugares

MEMÓRIAS 117 FOTOGRÁFICAS


CIDADE CINEMA PROPRIETÁRIO ANO CAPACIDADE

SANTA LEOPOLDINA CINE MUNICIPAL Jacy de Vargas Lima 1952 170 lugares

SANTA TEREZA CINE TRIANON Ricardo Pasolini 1952 180 lugares

CINE SÃO GERALDO 1927 501 a 1000


SÃO JOSÉ DOS CALÇADOS Prop. Empresa Comercial lugares
SÃO JOSÉ DOS CALÇADOS CINE TEATRO SÃO JOSÉ CINE
Pedro Vieira Filho (Arrendatários 1949 350 lugares
Amaral & Quintão)
SÃO MATEUS CINE TEATRO IMPERIAL Fernando Jogaib 1948 330 lugares

SERRA CINEMA SÃO JOSÉ Bertino Borges Filho 1950 100 lugares

VITÓRIA CINE ART N/C 1956 226 lugares

VITÓRIA CINE TEATRO CARLOS GOMES Santos & Cia. 1927 1079 lugares

VITÓRIA CINE DELOURDES Dionysio Abaurre 1958 600 lugares

VITÓRIA CINE TEATRO GLÓRIA Santos & Cia. 1932 1176 lugares

VITÓRIA CINE JANDAIA Dionysio Abaurre 1955 350 lugares

VITÓRIA CINEMA DAS OBRAS PAVENIANAS Obras Pavenianas 1951 N/C

VITÓRIA CINE TEATRO SANTA CECÍLIA Ubaldo Barcellos 1955 1400 lugares

VITÓRIA CINE SÃO LUIZ Empresa de Cinemas de Vitória Ltda. 1951 586 lugares

VITÓRIA CINE TRIANON Empresa de Cinemas de Vitória Ltda. 1949 845 lugares

VITÓRIA CINE VITÓRIA Empresa de Cinemas de Vitória Ltda. 1950 384 lugares

VITÓRIA SERVIÇO DE CINEMA RÁDIO E Governo do Estado 1933 500 lugares


TEATRO EDUCATIVOS

FONTE: Distribuidora de filmes da cidade de São Paulo não identificada. Disponibilizado no Blog Cine Malfada. In
http://cinemafalda.blogspot.com/2010_03_01_archive.html

ANDRÉ 118 M A LV E R D E S
CINEMAS ABERTOS,FECHADOS E REABERTOS
NO ESPÍRITO SANTO

Nº MUNICÍPIO CINEMA PROPRIETÁRIO(S) INAUGURADO EM FECHADO EM

1 AFONSO CLÁUDIO ROX Ruben Careta 02/01/1972 30/06/1980

POPULAR Felício e José Alcune 1915 1919

CENTRAL Desconhecido Década de 20 Década de 20

2 ALEGRE TRIANON Newton Vaz Década de 30

SÃO JOSÉ Paróquia 24/12/1948 1952

ALEGRENSE

3 ALFREDO CHAVES IDEAL Colombo Guardia, Pedro Década de 20 1965


Bonacossa e Luiz Saldino
FURLAN 1976 1977 (5 meses
Elizeu Furlan depois)
4 ANCHIETA ELDOLRADO Adroaldo Lopes 1962 1963
5 APIACÁ ANTÔNIO CARLOS Miguel Rangel de Azeredo 1963 1976

6 ATÍLIO VIVACQUA NUNCA TEVE CINEMA

7 ARACRUZ MARLIANI Josino Moro 1976

8 BAIXO GUANDU ALBA Ery dos Anjos

9 BARRA DE SÃO FRANCISCO ATLAS Vital Geraldo Dematte Década de 40

10 BOA ESPERANÇA ESPERANÇA Antônio Turini 1969 1970

11 BOM JESUS DO NORTE SÃO GERALDO Antônio Mergi Saade Década de 30 1957
CACIQUE Empresa Fluminense 1958
11 CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM PLAZA Rubem Careta 12/12/1967

BROADWAY Dalton Machado 21/04/1956 21/04/1981

MEMÓRIAS 119 FOTOGRÁFICAS


Nº MUNICÍPIO CINEMA PROPRIETÁRIO(S) INAUGURADO EM FECHADO EM

CENTRAL Francisco Madureira Década de 30 Década de 60

BRASIL João de Deus Madureira Década de 20 Década de 30


12 CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
SANTO ANTÔNIO Empresa Fluminense Fins de 40 Fins de 50

ELDOLRADO José Deps 1962 1963


28/02/1981
HOLLYWOOD Ruben Careta 14/06/1958 (reaberto em
13 CARIACICA 02/05/1982
COLORADO Dionisio Abaurre 13/08/1977 28/02/1981

14 CASTELO CASTELO Ruben Careta 01/06/1943


Sérgio Serafín Dalla, Luisa
IDELMAR Campos de Castro e 26/06/1956
Idelzito Campos de Castro
GAMA (anteriormente,
cine Alambra, inaugurado 1950
na década de 40 por
15 COLATINA outro proprietário).
FLORESTA 1953

DANÚBIO AZUL Bernardo Barros César 28/08/1955 20/02/1956


IPANEMA (Distrito de Antônio Aldo Fortuna e 15/09/1981 17/01/1982
São Domingos) Ademar J. L. Martins
LA PALOMA (Distrito de Olavo Monteiro Ferreira
Pedro Canário) 23/04/1975
16 CONCEIÇÃO DA BARRA
SANTA TEREZINHA Belmiro Santos 1966 1966

17 CONCEIÇÃO DE CASTELO SEM NOME*


(os respectivos proprietá-
rios não se lembraram
dos nomes de seus
cinemas).
SÃO GERALDO Odílio Lopes 1957 1964
18 DOMINGOS MARTINS
SEM NOME Igreja Década de 60 Década de 60

19 DIVINO DE SÃO LOURENÇO NUNCA TEVE CINEMA

20 DORES DO RIO PRETO SÃO JOSÉ José Zerbinatti 1950 1952

ANDRÉ 120 M A LV E R D E S
Nº MUNICÍPIO CINEMA PROPRIETÁRIO(S) INAUGURADO EM FECHADO EM

20 DORES DO RIO PRETO SEM NOME*


(os respectivos proprietá-
rios não se lembraram Júlio Fraga 1960 1964
dos nomes de seus
cinemas).
MONTE LÍBANO Luis Batista 1965 1966
21 ECOPORANGA
COLÚMBIA Dorvina Soares Ramos Década de 60 18/01/1979

1978 *(apesar
de ter fechado
na referida
ROSANA Emp. Redivo de cinemas 14/01/1971 data, o cinema
22 FUNDÃO continua
funcionando
ilegalmente)

ORIENTAL 1943 1950

ÍRIS José Moraes 1920 1928


23 GUAÇUÍ SÃO JOSÉ Afonso Valadão 1937 1940

ÉDEN Moacir Carvalho Cirqueira 03/11/1938

GUARAPARI ( Anteriormente
cine Alba, de outro proprie- Ruben Careta 10/09/1968
24 GUARAPARI tário).

‘‘PUEIRINHA’’ Roberto Calmon 1963 1966


CONDE D’EU Emp. Redivo de Cinemas 1927 14/10/1977

REDIVO (a ser inaugurado)


25 IBIRAÇÚ
Sérgio Serafini Dalla, Luiza
CASTRO (no distrito de João Campos de Castro e 30/08/1977
Neiva)
Idelzito Campos de Castro.
N. SRª. DO ROSÁRIO José Dias de Carvalho 10/05/1981 22/03/1982

26 IBATIBA REX José Ubaldo Cerbardo 1965 1967


SEM NOME*
(os respectivos proprietá- Sr. Juberlá 1970 1971
rios não se lembraram dos
nomes de seus cinemas).

MEMÓRIAS 121 FOTOGRÁFICAS


Nº MUNICÍPIO CINEMA PROPRIETÁRIO(S) INAUGURADO EM FECHADO EM
SEM NOME*
27 (o cinema era conhecido
ICONHA pelo mesmo nome do Jandir Missagea 1966 1969
operador do projetor).
28 MUNICIPAL* (Surgiu com o Prefeitura Municipal Década de 50
ITAGUAÇÚ nome de Cine Esperança) 1980
1975 *(fechou
na referida
29 ITAPEMIRIM SÃO MIGUEL Miguel Saade Meireles Década de 40 data, mas
continua
funcionando
ilegalmente)

30 ITARANA SÃO JOSÉ Florivaldo Vieira Malta Década de 50 Década de 70

31 IÚNA SÃO GERALDO Lúcia Silveira Lima 19/10/1981

32 JERÔNIMO MONTEIRO JÁ TEVE DOIS CINEMAS, MAS FOI IMPOSSÍVEL CONSEGUIR INFORMAÇÃOES.

10/11/1976*
WALESKA Ruben Careta (primeira inaugu- 31/12/1980
ração em 1948)

33 LINHARES PALÁCIO 14/11/1970

DE LOURDES Sérgio S. Dalla, Luiza e


Idelzito Campos de Castro.
RIAN

34 MANTENÓPOLIS
NUNCA TIVERAM CINEMAS.
35 MARILÂNDIA

IDELA Knogin Nakamura 1922 1925

CENTRAL José Fernandes 1924 1935


36 MIMOSO DO SUL
GLÓRIA Jarbas Maia 1935 1958

SÃO JOSÉ Ademir de Freitas Bastos 1958

37 MONTANHA ESPACIAL Oswaldo F. das Chagas Década de 60 01/06/1979

38 MUCURICI PARAÍSO Emídio Ferreira da Silva Década de 60 4 anos após

ANDRÉ 122 M A LV E R D E S
Nº MUNICÍPIO CINEMA PROPRIETÁRIO(S) INAUGURADO EM FECHADO EM

38 MUCURICI PORTO BELO Adão Santos 01/09/1972 1975

39 MUNIZ FREIRE SÃO JORGE Mileto Deps Década de 40 1978

SÃO JORGE João B. Rodrigues Nunes 1950 1980


40 MUQUI
IDEAL Empresa Fluminense 1945 1947
08/04/1966 *
41 NOVA VENÉCIA UNIVERSAL Paulo Carvalho (data de
reinauguração)
42 PANCAS SANTA LUZIA José Carlos Gomes 1960 1970

43 PINHEIROS PINHEIRO José Natal Dematte 1962 02/11/1977

VERÔNICA Maria Catarina S. Lima 1974


44 PIÚMA
RIALTO Herval Azevedo Década de 50 1952

45 PRESIDENTE KENNEDY
NUNCA TIVERAM CINEMAS.
46 RIO BANANAL

Nome e proprietário desconhecidos. 1951 1952


47 RIO NOVO DO SUL
REX Áureo Viana 1947 1950

48 SANTA LEOPOLDINA MUNICIPAL Prefeitura Municipal 1975 1977


30/06/1979*
49 SANTA TEREZA CANAÃ Dionísio M. Tomazzi 24/12/1970 (reinaugurado
em Jul.de 1980)
10/10/1978*
50 SÃO GABRIEL DA PALHA ESTRELA Sérgio S. Dalla, Luiza e (arrendado pelos
Idelzito Campos de Castro. atuais proprietários
na referida data)
51 SÃO JOSÉ DO CALÇADO SÃO JOSÉ Núzio de Souza 1947 1980
52 SÃO MATEUS WITHOR Reihnold Otto Braumer 1945

IMPERIAL Fernando Jogaib 07/09/1947 1962

CRICARÉ Dionísio Abaurre 1973 1979

MEMÓRIAS 123 FOTOGRÁFICAS


Nº MUNICÍPIO CINEMA PROPRIETÁRIO(S) INAUGURADO EM FECHADO EM

53 SERRA MESTRE ÁLVARO Aurélio Massariol 1940 1965

54 VIANA N. SRª. DA CONCEIÇÃO Paróquia 1977 1978

ATERAC Ruben Careta 14/05/1965

AMERICAN 06/05/1956 28/02/1981


55 VILA VELHA
CAPIXABA Edgar Rocha Década de 50 1960

DOM MARCOS Dionísio Abaurre Década de 40 28/02/1981

MELPÔMENE Desconhecido Década de 30 1940

CENTRAL Danilo Cerqueira Lima Década de 20 1935

S. CECÍLIA 21/04/1955

GLÓRIA 20/01/1932
Edgar Rocha, Dionísio
JUPARANÃ Abaurre e Orlando 1967 11/03/1980
Guimarães.
ODEON Edgar Rocha e 15/03/1969 13/04/1980
João Monteiro
JANDAIA Marcelo e Dionísio 1960 28/02/1981
56 VITÓRIA Abaurre
SÃO LUIZ Edgar Rocha 03/05/1951
*(o proprietário do
referido cinema não
TRIANON se lembra das datas
de inauguração e
fechamento)
PAZ Edgar Rocha, Dionísio 25/03/1975
Abaurre
VITÓRIA 04/10/1950 10/12/1980

DE LOURDES Década de 50 Década de 60

POLITIEMA Década de 40 Década de 50

TOTAL: 106 CINEMAS

ANDRÉ 124 M A LV E R D E S
FONTE: OLIVEIRA, Cícero Peixoto de, GONÇALVES, Gilcéia Lima, TARDIN, Maria das Graças. Cinema no Espírito
Santo: um estudo de caso sobre o fechamento das salas. 75 f.. Monografia. Vitória: UFES/Departamento de
Comunicação Social, 1982.

MEMÓRIAS 125 FOTOGRÁFICAS


doação de acervos
Todos podem contribuir com o Projeto CINEMAES participando da campanha de doação de
documentos e registros de informações sobre a história dos cinemas de calçadas no Espírito Santo.

Sejam referentes às pessoas que foram proprietários, funcionários ou fornecedores de filmes e


equipamentos das salas de cinema ou, ainda, que possam contribuir para que seja traçado um
panorama sobre a sociedade, a economia, a política e a cultura da época.

Digam respeito a toda e qualquer investigação, vivência, comércio, costumes, curiosidades, aspectos
urbanos e outras informações com o intuito de possibilitar o resgate da história das salas de cinema e sua
relação com o público no estado do Espírito Santo.

Que documentos eu posso doar?

Serão recebidos documentos originais ou cópias (textos, fotos, cartazes, ingressos, filmes e registros
sonoros etc.) que retratem as atividades exibidoras cinematográficas do período e sua repercussão na
sociedade.

Só serão aceitas doações?

Não. Os documentos poderão ser emprestados ao projeto para que sejam reproduzidos
adequadamente e, posteriormente, devolvidos.

Como posso fazer a minha doação?

Entre em contato através do telefone (27) 9907-5955 ou malverdes@gmail.com para agendarmos uma
entrevista.

*caso os documentos, após a análise, não sejam incorporados ao acervo do projeto o doador será
informado das razões.

MEMÓRIAS 127 FOTOGRÁFICAS


O Projeto CINEMAES pode vir buscar a minha doação?

Entre em contato pelo e-mail: malverdes@gmail.com ou peLo telefone (27) 9907-5955 para
agendarmos uma visita.

Para onde vão meus documentos?

Serão incorporados ao acervo do Projeto CINEMAES e após tratamento técnico irá ser disponibilizado
para pesquisa aos interessados pelo tema.

Como posso entrar em contato com o Projeto CINEMAES?

Por e-mail:malverdes@gmail.com

Por telefone: (27) 9907-5955 (dias úteis das 10 às 20 horas)

ANDRÉ 128 M A LV E R D E S
o autor
André Malverdes nasceu na cidade do Rio de Janeiro, no bairro da Tijuca, em 1972.
Veio para o Espírito Santo aos 7 anos onde vive até hoje. Formou-se em História, em
2000, especialização em História Social do Brasil, em 2002, Arquivologia, em 2004 e
três anos depois concluiu o Mestrado em História Social das Relações Políticas na
Universidade Federal do Espírito Santo. Durante sua graduação pesquisou a
expedição Pietro Tabacchi (1872/1874) e o Arquivo Público do Estado do Espírito
Santo. Durante a pós-graduação realizou a pesquisa sobre a história das salas de
cinema do qual resultou esse livro, quatro exposições e diversas palestras na
América Latina em eventos científicos. Atualmente é Professor Assistente do
Departamento de Arquivologia da Universidade Federal do Espírito Santo, Membro
da Câmara Técnica do Patrimônio Arquitetônicos, Bens Imóveis e Acervos do
Conselho Estadual de Cultura do Estado do Espírito Santo, Associado Efetivo do
Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo e Coordenador do Projeto de
Pesquisa Cinememória - A História das Salas de Cinema no Espírito Santo.

MEMÓRIAS 129 FOTOGRÁFICAS

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