Contents
1 Potenciação 2
2 Classificação de Triângulos 3
3 Teorema de Pitágoras 4
3.1 Números Figurados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
3.1.1 Números triangulares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
3.1.2 Números Oblongos - Retangulares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
3.1.3 Números quadrados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
3.1.4 Números pentagonais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
3.2 Trincas pitagóricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
3.2.1 Criando Trincas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
3.2.2 Valores desconhecidos - Parte 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
3.2.3 Valores desconhecidos - Parte 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
3.3 Demonstração do Teorema de Pitágoras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3.3.1 Demonstrações por composição de áreas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
3.3.2 Demonstração por Dissecção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
4 Trigonometria 15
4.1 Ângulos de triângulos retângulos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
5 Equação de grau 2 16
5.1 O que é uma equação? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
5.2 O que não é uma equação? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
5.2.1 Polinômios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
5.2.2 Exemplos de polinômios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
5.2.3 Grau de um Polinômio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
5.3 Identidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
5.4 O que é uma equação? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
5.5 O que determina o grau de uma equação? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
5.6 O que é uma Equação do Segundo Grau? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
5.7 Como resolver uma equação? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
5.8 Tentativa e Erro - Aproximação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
5.9 Soma e Produto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
5.9.1 Completar quadrado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
5.9.2 Demonstração da Fórmula de Baskhara . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
5.10 Casos especiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
5.10.1 b = 0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
5.10.2 c = 0 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
5.11 Diferença de quadrados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
5.12 Por em evidência - Termo Comum . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
1
1 Potenciação
A potenciação é uma forma reduzida de representar uma multiplicação com fatores repetidos da mesma forma
que podemos utilizar a multiplicação para representar uma soma de parcelas repetidas.
3 × 5 = 3 + 33 + 33 + 33 + 33
35 = 3 · 33 · 33 · 33 · 33
a) 18 b) 0 c) -18 d) 12 e) 20
a) 1 d) 40
b) 8
c) -22 e) 22
a) 4 e 4 c) 16 e 4 e) 18 e 16
b) 4 e 16 d) 16 e 16
2
2 Classificação de Triângulos
3
3 Teorema de Pitágoras
Os povos antigos obtiveram seus cálculos com medidas de comprimentos, áreas e volumes, e alguns de seus
procedimentos aritméticos através de métodos geométricos, envolvendo transformações de áreas. Conforme
Heródoto, que viveu no século V a.E.C. em seu segundo livro, completamente consagrado ao Egito, encontra-se
a primeira referência a Geometria .
Conforme Heródoto, a agrimessura teria dado origem à invenção da geometria, um conhecimento que teria
sido importado para os gregos.
Nas práticas de medida, os problemas geométricos são transformados em problemas numéricos. A escolha
de uma unidade de medida basta para converter um comprimento, uma área ou um volume em um número.
Ela poderia fazer uma pirâmide com 10 latas. Carla conseguiria fazer uma pirâmide com 12 latas?
A resposta para isso está nos números triangulares. Os números que conseguem ser organizados como
pilhas triangulares, ou seja, no formato de pirâmides, são chamados de números triangulares.
Observe que uma lata isolada seria o mesmo que uma pirâmide unitária. Vamos chamar 1 como o primeiro
número triangular e representar isso da seguinte maneira:
T1 = 1
Com duas latas Carla não consegue montar uma pilha em forma de pirâmide. Logo diremos que 3 é o
segundo número triangular, ou seja:
T2 = 3
Para a próxima pilha de latas em forma de pirâmide Carla vai acrescentar mais uma camada de latas.
Agora ela faz uma pilha com 6 latas. Ou seja:
4
T3 = 6
Observando como Carla constrói suas pirâmides, podemos entender que a próxima pirâmide corresponde
a quantidade da pirâmide anterior mais uma nova quantidade de latas.
Da primeira pilha para a segunda foram acrescentadas 2 latas, ou seja:
T1 + 2 = T2
Da segunda pilha para a terceira foram acrescentadas 3 latas, ou seja:
T2 + 3 = T3
Da terceira pilha para a quarta foram acrescentadas 4 latas, ou seja:
T3 + 4 = T4
Podemos dizer, ainda, que a terceira pilha corresponde a primeira pilha, mais duas latas, mais três latas,
ou seja
T3 = 1 + 2 + 3
E que a quarta pilha será a mesma quantidade da terceira pilha somada com 4 latas, ou seja:
T4 = 1 + 2 + 3 + 4
A organização das latas ficou semelhante a figura baixo.
Seguindo esse padrão complete a tabela abaixo indicando qual a soma das camadas de latas e quantas
latas ao todo Carla terá em cada pilha.
Observando a sua resposta na tabela acima responda a pergunta original: Carla conseguirá fazer uma
pilha com 12 latas? E com 20 latas?
Complete a tabela abaixo como o total de latas que teria cada número triangular.
É possı́vel fazer uma pirâmide triangular com 36 latas?
5
Figure 3: 1, 3, 6, 10, 15, 21 são números triangulares
T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 T8 T9 T10
1 3 6 10 15
Uma outra forma1 de obter a soma dos n primeiros números naturais utiliza a figura a seguir e o conceito
de área. Observe que a soma é igual à área do triângulo grande (metade de um Quadrado de lado n) mais a
metade de n quadrados.
n2 n n2 + n (n + 1)n
1 + 2 + 3 + ··· + n = + = =
2 2 2 2
T1 = 1 T2 = 1 + 2 T3 = 1 + 2 + 3
O1 = 2 O2 = 2 + 4 O3 = 2 + 4 + 6
O1 = 1 · 2 O2 = 2 · 3 O3 = 3 · 4
Ao combinarmos T1 + T1 obtemos o primeiro número retangular, O1 . Observe que cada T1 é identificado
na primeira figura um em azul outro em vermelho. Assim como os números triangulares correspondem a
soma de números consecutivos, os números retangulares corresponde a soma dos números pares consecutivos.
Note ainda que os números retangulares como a multiplicação de um número pelo seu sucessor.
1 http://rpm.org.br/cdrpm/39/1.htm
6
Abaixo temos, a esquerda, o número retangular O9 e a direita o número retangular O10 . Quantos pontos
vermelhos temos em cada imagem?
Digamos que tenhamos a missão de identificar qual será o 100◦ número triangular. Com isso deveremos
efetuar a soma de todos os números inteiros até 100.
T100 = 1 + 2 + 3 + 4 + 5 + · · · + 96 + 97 + 98 + 99 + 100
Porém podemos associar o centésimo número triangular como metade do centésimo número triangular.
Ou seja
7
T1 + 2 = T2
T2 + 3 = T3
T3 + 4 = T4
O primeiro definir 1 como o primeiro número quadrado, ou seja Q1 = 1. Para avançar do primeiro número
quadrado para o segundo devemos completar com 3 unidades Q1 + 3 = Q2 , continuando:
Figure 6: 1 + 3 = 4, 4 + 5 = 9, 9 + 7 = 16
Q3 + Q4 = Q5
e essa á a trinca pitagórica mais famosa de todas.
Figure 7: 32 + 42 = 52
Podemos concluir que uma trinca pitagórica sempre ocorre quando temos a composição de dois números
quadrados encontrando outro número quadrado.
8
3.1.4 Números pentagonais
9
3.2.2 Valores desconhecidos - Parte 1
O uso mais comum do Teorema de Pitágoras consiste em encontrar algum dos valores desconhecidos de um
triângulo retângulo: um dos catetos ou a hipotenusa. É tão tradicional esse procedimento que até o meme
abaixo surgiu devido a que se esperava (o valor da hipotenusa indicada por x) e o que foi respondido (a
localização do x).
Claramente a pergunta “Encontre o x” deve ter sido por algum professor bem preguiçoso ou de forma
proposital para gerar o efeito cômico. É uma daquelas questões do tipo de prova em que o aluno “tirou zero
sem responder nada errado”. Quer rir um pouco? Pesquise a frase indicada entre parênteses no google e boa
diversão.
Porém como realmente podemos encontrar os valores desconhecidos de um triângulo retângulo como no
caso abaixo?
Tradicionalmente costuma-se atribuir uma letra como incógnita para representar o valor desconhecido
(assim como no caso engraçado indicado no começo dessa subseção). Depois disso emprega-se o Teorema de
Pitágoras da seguinte forma:
x2 + 162 = 202
x2 + 196 = 400
x2 = 400 − 196
x2 = 144
Em que x = 12 já que não é possı́vel termos x = −12 por tratarmos de medidas que são obrigatoriamente
positivas.
Porém podemos nos utilizar de outro recurso para obter o mesmo resultado de forma mais simples e
prática sem utilizarmos uma única linha de cálculo.
Note que os valores apresentados (20 e 16) são divisı́veis por 4. Com isso terı́amos que esse triângulo é
uma ampliação de outro que já conhecemos. Observe que se dividirmos tanto 20 quanto 16 por 4 encontramos
5 para a hipotenusa e 4 para o outro cateto. Aqui podemos fazer a seguinte comparação com uma trinca
3 4 5
x 16 20
10
Com isso podemos identificar o cateto desconhecido como medindo 12 já que 12 = 3 × 4. Agora observe
os triângulos da figura 12.
Eles parecem estar relacionados de alguma forma com o triângulo da figura 11? Se estivesse faltando al-
guma de suas medidas você conseguiria encontrar sem fazer cálculos, apenas utilizando a relação de proporção
com a trinca original 3, 4, 5?
Utilizando o padrão descrito nos exemplos acima complete a tabela abaixo preenchendo as quadriculas das
primeiras três colunas que estão em branco, repetindo os valores descobertos na quarta coluna e e verificando
se está correto na quinta. Pode fazer uso da calculadora como auxilio.
3 4 5 32 + 42 = 52 9 + 16 = 25
2
2 2
6 10 6 + 8 = 10 36 + 64 = 100
2
2 2
9 15 9 + 12 = 15 81 + 144 = 225
2
2 2
16 20 12 + 16 = 20 144 + 196 = 400
2
2 2
15 20 15 + 20 = 18 144 + 144 = 144
2
2 2
24 30 18 + 24 = 30 144 + 144 = 144
2
2 2
21 35 21 + 18 = 35
2
2 2
24 32 24 + 32 = 40
2
36 45 27 + 362 = 452
2
30 50 302 + 8 = 502
A primeira trinca pitagórica é chamada de trinca pitagórica original3 enquanto as demais que são resultado
de uma multiplicação simples de seus termos por um número inteiro são chamados de trincas pitagóricas
derivadas. Um grupo de trincas pitagóricas em que uma é original e as demais são suas derivadas é chamado
de famı́lia de trincas pitagóricas.
Para cada uma das trincas pitagóricas originais é possı́vel construir uma famı́lia. A partir da figura 9
encontramos outras trincas pitagóricas originais. Construa famı́lias de pelomenos 3 trincas para cada uma
delas.
11
Figure 13: Imagens lado a lado
122 + 82 = c2
144 + 64 = c2
2 (1)
208 √ =c
c = 208 ≈ 14, 42
62 + 4 2 = c2
36 + 16 = c2
2 (2)
52 √=c
c = 52 ≈ 7, 21
Como era de se esperar, a medida da hipotenusa do segundo quadrado foi exatamente a metade do
quadrado anterior. Ou seja, podemos estabelecer a relação
√
12 8 √208 ≈ 14, 42
6 4 52 ≈ 7, 21
3 2 13 ≈ 3,6050000
Utilizando o mesmo padrão para as trincas pitagóricas, identifique qual seria, aproximadamente, o com-
primento da hipotenusa indicada.
É interessante notar que o padrão da multiplicar uma “trinca original” por um número inteiro resulta em
outras trincas derivadas ainda que essa trinca original tenha números que não são inteiros.
92 + x2 = 142
81 + x2 = 196
(3)
x2 =
√ 196 − 81
x = 115 ≈ 10, 72
Note que, assim como nos 1o e 2o casos, começamos tomando os valores apresentados e elevando-os ao
quadrado. Porém o que muda nesse caso é que o valor procurado é de um dos catetos, logo no lugar de somar
os valores quadrados iremos subtrair e por fim tirar a raiz quadrada.
Vamos sintetizar então o que foi feito nesses três casos nos seguintes passos.
12
Passo 1 Eleve ao dos valores apresentados.
Passo 2 Organizar do maior para o menor.
Passo 3 É o valor da hipotenusa que se deseja achar?
Sim. Conta de +;
Não. É um dos catetos. Conta de −.
Passo 4 Raiz quadrada da solução.
Figure 15: Demonstração do presidente James Abram Garfield, 20o presidente dos estados unidos. Publicada
em 1976.
a2 bc bc (b + c)
+ + = × (b + c)
2 2 2 2
5 Literalmente Ponte de Burros, é a quinta proposição do livro I dos Elementos de Euclides. Também é conhecido como
Teorema do triângulo Isósceles que garante que os ângulos sob dois lados iguais também são iguais.
13
3.3.2 Demonstração por Dissecção
14
4 Trigonometria
Não é a ciência que mede os grãos de trigo, é a ciência que mede
15
15
5
12
5 Equação de grau 2
5.1 O que é uma equação?
A palavra “equação” deriva de “equis” que vem do latim e significa igual. Por exemplo: o equador divide
o globo terrestre em hemisférios iguais; pontos equidistantes estão a distâncias iguais; duas frações são
equivalentes se elas valem igualmente a mesma quantidade.
Seguindo esse raciocı́nio podemos dizer que para ter uma equação é preciso ter uma igualdade.
Baseado em Nietzsche quando diz: “o diabo está nos detalhes”, e na opinião de diversos alunos quando
diz que matemática foi inventada pelo capiroto, podemos imaginar que Demiurgo com o objetivo de me
fazer passar por mentiroso dizia: “ora, 3 + 5 = 8 é uma igualdade. Então significa que ela também é uma
equação?”.
A resposta é não. Por um motivo bem simples. Uma equação é um processo para encontrar um valor
desconhecido (incógnita). E não há termos desconhecidos na expressão numérica citada. Temos apenas uma
“identidade numérica”. Ou seja, uma equação tem uma igualdade e valores desconhecidos, ou seja,
incógnitas a investigar.
Se ignorarmos a primeira condição e mantivermos a segunda, ou seja, termos uma expressão que tenha
incógnita mas não temos uma igualdade recaı́mos nos polinômios.
Polinômio vem de duas palavras gregas, poli (muitos) e nomos (regra ou lei). Por exemplo, para um
quadrado de lado l, com podemos representar sua área? R: l2 . E o seu perı́metro? 4l. E para um quadrado
de lado a + 1, como será calculada a sua área? R: a2 + 2a + 1.
Se igualarmos dois polinômios que indicam a mesma coisa teremos o que chamamos de identidade. Por
exemplo, a área do quadrado de lado a + 1 pode tanto ser representada por (a + 1)2 quanto por a2 + 2a + 1.
Logo a igualdade
(a + 1)2 = a2 + 2a + 1
é uma identidade.
Trataremos mais detalhadamente sobre estes dois tipos de elementos na próxima seção.
5.2.1 Polinômios
Polinômio vem da fusão de duas palavras gregas: polis (muitos) e nomos (regras).
Polinômios são expressões algébricas formadas pela adição de monômios. Ambos são constituı́dos por
números conhecidos e números desconhecidos. Antes de partirmos para as operações matemáticas que en-
volvem os polinômios, precisamos entender melhor alguns conceitos. Vamos lá?
Monômios são constituı́dos pelo produto entre números conhecidos e incógnitas (números desconhecidos
comumente representados por letras). Divisões por incógnitas não são consideradas monômios, mas são
chamados de frações algébricas.
Exemplos:
a) 4x
b) 7xy 2
16
O número conhecido é chamado de coeficiente, e o restante do monômio é chamado de parte literal. Caso
seja analisado dentro de um polinômio, o monômio também é chamado de termo. Um termo geralmente é
reconhecido não por isso, mas por sempre ser separado por somas e subtrações. Quando a parte literal de
dois ou mais monômios é igual, dizemos que eles são monômios semelhantes.
5.3 Identidades
Identidade é uma expressão que é verdadeira para quaisquer valores.
3x + 5x = 8x
3+5=8
6 + 10 = 16
9 + 15 = 24
No exemplo acima a primeira identidade (a algébrica) pode ser entendida como uma generalização das
identidades abaixo (identidades numéricas). Note que toda identidade algébrica pode ser convertida em
identidades numéricas, mas nem toda identidade numérica pode ser convertida em uma identidade algébrica.
Outros exemplos de identidades
• 2a = a + a
• (b + 1)2 = b2 + 2b + 1
• 0·c=0
• d2 = d · d
As identidades mais simples podem ser expressa de forma retórica. Veja a tabela abaixo e complete as
quadrı́culas que faltam e crie duas identidades para completar as duas últimas linhas da tabela.
Dessas identidades acima podemos extrair outras identidades numéricas substituindo o valor desconhecido
de cada uma das expressões acima por números. Faça o teste e crie outras identidades semelhantes.
O dobro de um número é sempre igual ao seu quadrado? Como podemos representar isso matematica-
mente? O que temos é uma identidade ou uma equação?
17
c=c Todo número é igual a ele mesmo.
d·0=0 Qualquer número vezes zero é igual a zero.
w−w =0
Todo número vezes o número um resulta nele mesmo.
Um número vezes ele mesmo é igual a esse número ao quadrado.
3x + 4 + 2 = 8
3x + 6 = 8
Notamos com isso que o expoente de um número não altera o grau de uma equação. O que
determina o grau de uma equação é o expoente da incógnita. Porém podemos nos perguntar, e se tivermos
mais de um expoente? Por exemplo a equação abaixo
temos que a primeira incógnita tem expoente 1 e a segunda incógnita tem expoente 2. Qual é o grau dessa
equação? Perceba que ignorei o expoente dos números. O maior expoente das incógnitas determina o
grau.
Qual o gral das equações abaixo?
b2 − 5b + 6 = b2
−5b + 6 = 0
Perceba que estas duas equações são equivalentes. Ou seja, podemos transformar a primeira equação na
segunda subtraindo o termo b2 em ambos os lados da igualdade. Sabendo disso podemos afirmar que ambas
tem o mesmo gral. Ou seja, uma adição ou subtração não pode mudar o grau de uma equação não
muda.
Qual o grau das equações abaixo?
18
a) 2x3 − 5x + 6 = x2 + 2x3
b) −2x3 − 5x + 6 = x2 − 2x3
c) −2x3 − 5x + 6 = x2 + 2x3
d) 2x3 − 5x + 6 = x2 − 2x3
e) 2x3 − 5x + 6 = x2 + x3
√
x=± 9
x = ±3
3 e −3 são as soluções da equação do 2o grau x2 = 9. Podemos dizer ainda que 3 e −3 são as raı́zes
dessa equação.
Da mesma forma podemos resolver a equação x2 = 49. Primeiro podemos nos perguntar “qual número
que elevado ao quadrado resulta em nove?”
Calcule mentalmente os valores de x. Primeiro pense enquanto vale x2 e depois quanto vale x.
1. x2 + 1 = 10 4. 3x2 = 75
2. x2 + 3 = 19
x2
3. x2 − 1 = 48 5. =9
4
Para resolver uma equação dispomos de algumas estratégias. A primeira é de tentativa e erro. A segunda
é pela soma e produto, a terceira é geométrica completando quadrado. Trataremos então da maneira de
resolver equações do segundo grau incompletas e depois trataremos da fórmula de Bhaskhara.
O produto de um número pela sua quarta parte resulta em 100. Que número é esse?
19
Observe que na primeira linha foi escolhido o número 100 como primeira tentativa. A quarta parte desse
valor foi indicado na segunda coluna e é 25. Com isso o produto desse número por sua quarta parte resultou
em 2500. Porém esse resultado é muito superior ao que procuramos. Nada mais natural que tentarmos
diminuir a primeira escolha para podermos ter uma solução mais próxima do que é procurado.
Na segunda tentativa diminuiu-se para 80. Sua quarta parte é 20, o resultado do produto é 1600 que
continua muito acima do 100 que é esperado. Diminuiu-se para 40, que tem como quarta parte 10 e o produto
400. Note que 400 é uma solução bem mais próxima dos 100 que é esperado que as tentativas anteriores.
Tente você escolher outros valores para completar a tabela de modo a obter o resultado 100.
Vamos tentar encontrar as soluções possı́veis para a equação
x2 + 5x + 6 = 0.
Complete a equação abaixo conforme o modelo da primeira linha e verifique para quais valores a expressão
se iguala a zero.
Valor de x Valor da expressão
2
0 0 + 5 · 0 + 6 = 6 6= 0
-1
-2
-3
Note que, para esse caso, a solução tem resposta números inteiros. Mas nem sempre isso vai ocorrer. A
solução pode ser um número racional, irracional ou se quer ter uma solução.
(a + 1)(a + 2) = a2 + 3a + 2
(a − 1)(a − 2) = a2 − 3a + 2
(a + 1)(a − 2) = a2 − a − 2
(a − 1)(a + 2) = a2 + a − 2
Note que o monômio de grau um dos elementos que estão no segundo membro da igualdade é a soma dos
valores numéricos enquanto o termo numérico independente corresponde ao seu produto. Chamemos de S o
coeficiente que indica a soma e P o coeficiente que indica o produto.
(a + X)(a + Y ) = a2 + Sa + P
em que S = X + Y e P = XY .
20
Situação 1 Para resolver a equação x2 + 12x = 28, um aluno procedeu da seguinte maneira:
Figure 23:
21
x2 + bx = a (completamos o quadrado)
2 2
2 b b
x + bx + =a+ (Acrescentamos o quadrado da metade de b)
2 2
2 2
b b
x+ =a+
2 2
r
b b2
x=− ± a+
2 4
Note que se simplificarmos a expressão final terı́amos exatamente a fórmula de Baskhara. Nesse caso
utilizamos a ideia de completar quadrado para poder voltar a fórmula algébrica não nos mantendo apegados
a ideia geométrica do conceito de completar quadrado. Essa era a forma em que os Hindus resolviam as
equações quadráticas que, ao contrário dos babilônicos, aceitavam soluções negativas para equações.
Os Hindus resolviam equações do tipo ax2 + bx = c6 ?multiplique ambos os membros da equação pelo
número que vale quatro vezes o coeficiente do quadrado e some a eles um número igual ao quadrado do
coeficiente original da incógnita. A solução desejada é a raiz quadrada disso? (UFRGS, 2013).
ax2 + bx = c
4a(ax2 + bx) = 4ac
4a2 x2 + 4abx = 4ac
4a2 x2 + 4abx + b2 = 4ac + b2
(2ax + b)2 = 4ac + b2
p
2ax + b = ± 4ac + b2
√
−b ± 4ac + b2
x=
2a
Substitua por −c onde tiver c na fórmula final e teremos a fórmula de Baskhara.
ax2 + bx + c = 0
b c
x2 + x + = 0
a a
2 b c
x + x=−
a a
2 2
b b b c
x2 + x + = −
a 2a 2a a
2 2
b b c
x+ = 2−
2a 4a a
√
b b2 − 4ac
x+ =±
2a 2a
√
−b ± b2 − 4ac
x=
√2a
−b ± ∆
x= .
2a
em que ∆ = b2 − 4ac.
22
5.10 Casos especiais
5.10.1 b=0
Diferença de
quadrado
ax2 + c = 0
ax2 = −c
c
x2 = −
a
r
c
x=± −
a
5.10.2 c=0
Fatoração
em termo
ax2 + bx = 0 comum
x(ax + b) = 0
b
em que x = 0 ou ax + b = 0 em que x = − .
a
Uma equação do segundo grau é uma equação polinomial de grau dois e tem a fórmula geral ax2 +bx+c = 0.
Os termos a, b e c são chamados de coeficientes, enquanto o x é chamado de incógnita. O termo c é chamado
de termo independente já que seu valor não está associado ao valor de x.
Podemos ainda dizer que a é a quantidade de quadrados, b a quantidade de x e c o termo independente. Por
exemplo, na equação −2x2 + 5x − 7 = 0 nós temos −2 quadrados, logo a = −2, temos ainda 5 acompanhando
o x, logo b = 5 e por fim −7 como o termo independente, logo c = −7.
As equações de grau 2 são equações cuja incógnita tem expoente 2 em sua variável. Geralmente ela se
apresenta da forma
ax2 + bx + c = 0
em que a,b e c são chamados coeficientes e x é a incógnita.
Sempre que a equação se apresentar com todos os três termos nós a chamaremos de ”equação completa”.
Quando faltar bx ou c, ou seja, quando b = 0 ou se c = 0 dizemos que é uma ”equação incompleta”.
x2 − 49 = 0
(x − 7)(x + 7) = 0
Ou ainda
x2 − 49 = 0
√
x = ± 49 = ±7
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Figure 25: Produto notável de diferença de quadrados
2. Resolva as equações abaixo igualando a equação a zero e depois resolvendo por diferença de quadrados.
3. Divida a equação pelo termo que multiplica x2 e logo em seguida resolva por diferença de quadrados.
4. Primeiro simplifique o produto dos parênteses, depois efetue a operação e por fim resolva utilizando
diferença de quadrados
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