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Curso Entrando no Espírito
“O reino dos céus é também semelhante a um que negocia e procura boas pérolas; e tendo
achado uma pérola de grande valor, vendeu tudo que possuía, e a comprou.” (Mateus 13: 45
e 46)

Nós podemos ter muitas pérolas em nossas vidas: uma boa família, um bom emprego, saúde, educação de qua-
lidade, etc. Presentes graciosos do nosso DEUS. Mesmo antes de nós o conhecê-Lo, Ele já nos abençoava, nos
cercava com alegres cantos de livramentos (Salmo 32:7) por causa da Sua grande misericórdia. Até que um dia
Ele nos atraiu com cordas humanas e laços de amor (Oséias 11:4).

Quando o SENHOR se revelou a nós, vimos que não havia nada em nossas vidas tão valioso quanto ELE, Seu
Reino, Sua Palavra. Nada se compara a essa pérola (Mateus 13:45 e 46).

Por isso devemos conhecer e prosseguir em conhecer nosso DEUS maravilhoso (Oséias 6:3). Como? Mergu-
lhando na Sua Palavra.

Através desses estudos vamos conhecer um pouco mais quem é o DEUS que nos criou (Jeremias 1:5). E como
o SENHOR JESUS nos ensinou, seremos santificados pela verdade, pois a Palavra de DEUS é a verdade (João
17:17). Sem essa santificação ninguém verá ao PAI (Hebreus 12:14).

A Igreja Bola de Neve tem um chamado de evangelismo muito grande. Talvez, seja um dos maiores pesqueiros
do mundo (Mateus 4:19). Mas, esses peixes precisam ser limpos (João 15:2 e 3), o caráter de Cristo deve ser
gerado em nós. Só assim, poderemos ser chamados de cristãos e discípulos de JESUS (João 8:31). Busque isso
com toda a tua força, teu entendimento, tua alma, teu amor (Marcos 12:30). O Apóstolo Paulo nos ensinou a
orar com dores de parto para que isso acontecesse. (Gálatas 4:19).

Além do chamado de evangelismo, o SENHOR tem nos convocado para uma guerra espiritual (Mateus 16:18).
A Palavra de DEUS é a nossa espada (Efésios 6:17), JESUS derrotou satanás no deserto através da Palavra
(Mateus 4). Só conseguimos lutar contra as mentiras de satanás, e levar salvação para outras vidas se a nossa
espada estiver bem afiada (Apocalipse 1:16).

O SENHOR diz que o Seu povo perece por não conhecer a Sua palavra (Oséias 4:6). Vamos mudar isso!

Nós teremos momentos maravilhosos juntos durante os estudos. Que tal mergulharmos cada vez mais fundo
no Rio de DEUS (Salmo 46:4)?

Tenho certeza que o SENHOR, através do Seu SANTO ESPÌRITO, nos guiará pelo Seu Rio, pois, lâmpada
para nossos pés e luz para o nosso caminho é a Sua Palavra (Salmo 119:105).

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Índice

Aula 1 – O Plano da Salvação


Página 3 - 22

Aula 2 – As Promessas de DEUS – leis espirituais de causa e efeito


Página 23 - 30

Aula 3 – Fé
Página 31 - 40

Aula 4 – Amor
Página 41 - 47

Aula 5 – A Graça de DEUS


Página 48 - 54

Aula 6 – Perdão
Página 55 - 60

Aula 7 – Oração
Página 61 - 67

Aula 8 – Jejum
Página 68 - 73

Aula 9 – Santidade
Página 74 – 79

Aula 10 – O Poder das suas Palavras


Página 80 - 87

Aula 11 – As Bem-Aventuranças
Página 88 - 93

Aula 12 – O Fruto do Espírito Santo


Página 94 - 100

Aula 13 – As Obras da Carne


Página 101 - 109

Aula 14 – Os Dons do Espírito Santo


Página 110 - 120

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Aula 1

O Plano da Salvação

A bíblia sagrada é um conjunto de 66 livros, escrito ao longo de milhares de anos por pelo menos 40 pessoas de
classes econômicas e sociais e formações diferentes umas das outras, e em épocas distintas, sendo que muitas
vezes um escritor nem tinha o conhecimento do que os outros haviam escrito. Mesmo assim, quando lemos
do primeiro ao último livro da bíblia, notamos uma harmonia sobrenatural entre os livros que não pode ser
atribuída de maneira alguma a homens, mas sim ao DEUS que usou tais homens para revelar seu plano divino
para toda a humanidade.

Porque nunca, jamais, qualquer profecia foi dada por vontade humana, entretanto homens santos
falaram da parte de DEUS movidos pelo ESPÍRITO SANTO. (2 Pedro 1:21)

Dessa forma, a bíblia nos dá uma visão única referente ao plano de salvação que DEUS traçou aos homens.
Do início ao fim da bíblia, vemos a revelação e o amor de DEUS, uma história na qual Ele oferece o resgate a
humanidade através da revelação de Seu Filho JESUS CRISTO, livrando os homens da morte espiritual e da
morte eterna.

Para nós cristãos, muitos fatos ocorridos no mundo influenciaram governos e povos e determinaram o curso da
história dentro das vontades soberana e permissível de DEUS, mas sem dúvida alguma, há seis acontecimentos
que se destacam entre todos os demais, devido ao seu impacto e influência não só na vida cristã, mas também
na vida secular. Cada um desses eventos marcou ou ainda vai marcar a transição de uma era na história mundial.
Estamos falando da criação e início do mundo, do dilúvio nos tempos de Noé onde DEUS ofereceu um reco-
meço à humanidade, da primeira vinda de JESUS CRISTO na terra onde o único caminho para o homem se
achegar a DEUS foi aberto. O quarto acontecimento está se iniciando, e trata-se do avivamento prometido por
DEUS e causado pelo Espírito Santo em nosso meio, onde a nossa geração está preparando o caminho para a
volta de JESUS. O quinto acontecimento será o arrebatamento da Igreja onde todos aqueles que estiverem vi-
vendo de forma santa com DEUS se encontrarão com o SENHOR nos ares. E por fim, o sexto acontecimento
será o retorno de JESUS à terra para estabelecer o Seu reinado de paz e justiça. Embora muitos outros fatos
importantes tenham acontecido também, nenhum deles se iguala a esses seis em influência.

Criação da Terra e criação do homem.

No princípio, criou Deus os céus e a terra. (Gênesis 1:1)

Estas são as origens dos céus e da terra, quando foram criados; no dia em que o Senhor Deus fez
a terra e os céus. Toda planta do campo ainda não estava na terra, e toda erva do campo ainda não
brotava; porque ainda o Senhor Deus não tinha feito chover sobre a terra, e não havia homem para
lavrar a terra. Um vapor, porém, subia da terra e regava toda a face da terra. E formou o Senhor Deus
o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente.
(Gênesis 2:4-7)

Cremos num DEUS que é onipotente (Ele é todo poderoso), onipresente (Ele está em todos os lugares ao
mesmo tempo) e onisciente (Ele é conhecedor de todas as coisas). DEUS criou todas as coisas para louvor e
glória Dele.

De acordo com texto de Ezequiel 28, a bíblia que nos conta o início e a queda de satanás, o inimigo de nossa
alma.

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Veio mais a mim a palavra do Senhor, dizendo: Filho do homem, levanta uma lamentação sobre o rei de Tiro
e dize-lhe: Assim diz o Senhor Jeová: Tu és o aferidor da medida, cheio de sabedoria e perfeito em formosura.
Estavas no Éden, jardim de Deus; toda pedra preciosa era a tua cobertura: a sardônia, o topázio, o diamante,
a turquesa, o ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo, a esmeralda e o ouro; a obra dos teus tambores e dos teus
pífaros estava em ti; no dia em que foste criado, foram preparados. Tu eras querubim ungido para proteger, e
te estabeleci; no monte santo de Deus estavas, no meio das pedras afogueadas andavas. Perfeito eras nos teus
caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti. Na multiplicação do teu comércio,
se encheu o teu interior de violência, e pecaste; pelo que te lançarei, profanado, fora do monte de Deus e te farei
perecer, ó querubim protetor, entre pedras afogueadas. Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura,
corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; por terra te lancei, diante dos reis te pus, para que
olhem para ti. Pela multidão das tuas iniqüidades, pela injustiça do teu comércio, profanaste os teus santuários;
eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo, que te consumiu a ti, e te tornei em cinza sobre a terra, aos olhos de
todos os que te vêem. Todos os que te conhecem entre os povos estão espantados de ti; em grande espanto te
tornaste e nunca mais serás para sempre. (Ezequiel 28:11-19)

DEUS criou os anjos para que eles O adorassem em todo tempo. E um desses anjos era lúcifer, que significa
anjo de luz. Até então, essa criatura era boa. DEUS o criou para ser um anjo de adoração, mas ele quis ser igual
ao Criador e receber a adoração, e como DEUS não divide a glória dele com ninguém, ele foi expulso da pre-
sença Santa, do Jardim do Éden. DEUS o precipitou para essa terra junto com um terço dos anjos, os mesmos
anjos que aderiram à sua rebelião e que passaram a ser chamados de demônios.

A sua cauda arrasta a terça parte das estrelas do céu, as quais lançou para a terra. (Apocalipse 12:4)

E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente,que se chama diabo e satanás, o sedutor de todo o mundo, sim,
foi atirado para a terra e, com ele, os seus anjos. (Apocalipse 12:9)

Após sua queda, lúcifer (anjo de luz) passou a chamar-se satãn ou satanás, que significa adversário. Então sata-
nás iniciou uma luta indireta contra DEUS, visto que em qualquer luta direta contra o SENHOR, ele sabe que
sempre será derrotado num abrir e piscar de olhos, na mesma velocidade e intensidade de um raio.

Eu via a satanás caindo do céu como um relâmpago. (Lucas 10:18)

Essa luta indireta consiste em atacar o homem para o afastar de DEUS, afastar a criatura do Criador, roubar
a adoração e devoção do homem, adoração está que deve ser sempre dada à DEUS. Satanás não pode tocar a
DEUS, então ele tem como objetivo tocar a obra de DEUS, e nós homens somos essa obra. Em várias fases
da história mundial ele tentou e ainda tenta destruir a humanidade, para assim roubar a adoração do homem à
DEUS.

O primeiro homem, Adão, foi criado por DEUS quase que beirando a perfeição. DEUS o formou à Sua ima-
gem e semelhança, alguém dotado de autoridade, que raciocina, que tem a capacidade de exercer domínio e
influência sobre a terra, além de ter o poder de escolha em suas mãos.

Também disse DEUS: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio
sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os
répteis que rastejam pela terra. (Gênesis 1:26)

DEUS criou o homem para ser triuno, ou seja, formado por corpo, alma e espírito.
• Alma – é o conjunto de características da pessoa, formado pelo caráter, pelas emoções, sentimentos, intelecto,
experiências passadas, etc;
• Corpo – é o físico do homem (não confundir com a carne);
• Espírito – é o fôlego de vida dado por DEUS, é o contato entre o homem e DEUS. É através do espírito
que DEUS fala com o homem.
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O homem é um espírito dado por DEUS que habita em um corpo físico, comunica-se e percebe o mundo ex-
terior através de uma alma, sendo que a alma e o corpo formam a carne do homem.

Portanto, o primeiro homem Adão era um ser completo em semelhança a DEUS, já que DEUS também é triu-
no se revelando em Pai, Filho e Espírito Santo (Trindade).

Batizado JESUS, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o ESPÍRITO de DEUS descendo
como pomba, vindo sobre Ele. E eis uma voz dos céus, que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me
comprazo. (Mateis 3:16 e 17)

Depois de haver concluído a criação humana, DEUS deu uma ordem ao homem que estava no jardim do
Éden.

E lhe deu esta ordem: de toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem
e do mal não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás. (Gênesis 2:16 e 17).

O fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal que o primeiro casal provou foi a independência para com
DEUS. Quando eles experimentaram desse fruto, eles optaram por assumir a independência diante de DEUS.
Não existe nada mais triste quando o homem se ausenta da presença de DEUS e passa a viver longe do seu
Criador, ignorando e desprezando Seu amor.

Satanás levou Eva a questionar a ordem de DEUS, e então o primeiro casal comeu do fruto da árvore proibida,
introduzindo no mundo o primeiro pecado e as suas consequências. O homem foi desobediente e rebelde às
direções de DEUS. Quando Adão e Eva comeram o fruto do conhecimento do bem e do mal, eles morreram
espiritualmente para DEUS, houve uma quebra espiritual entre DEUS e o homem, e o espírito deles não mais
mantinham contato com DEUS, ao invés disso, mantinham contato com satanás, fazendo-se eles mesmos os
deuses de suas vidas, tornando-se independentes de DEUS e optando por assumir o controle das suas vidas. A
atenção do ser humano se tornou focada nele mesmo e ele começou a se enxergar como o centro do universo
e da adoração. Após a queda de Adão, todos os homens herdaram a maldição do pecado. Um homem (Adão)
abriu a porta para a entrada do pecado e da morte na raça humana, e somente outro homem (Jesus) poderia
fechá-la.

Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a
morte passou a todos os homens porque todos pecaram......Porque, como pela desobediência de um só homem
muitos se tornaram pecadores, assim também por meio da obediência de um só muitos se tornarão justos.
(Romanos 5:12 e 19)

Morte espiritual significa separação de DEUS. Quando o homem peca, ele está sob a sombra e influência de
Adão, mas quando ele permanece em santidade, ele está vivendo sob a sombra e influência de JESUS.

Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos. Porque, assim
como em Adão todos morrem, assim também todos serão vivificados em CRISTO. (1 Coríntios 15: 21-22)

O que habita no esconderijo do Altíssimo, e descansa à sombra do Onipotente. (Salmo 91:1)

Além disso, existe o princípio da autoridade espiritual, que DEUS respeita, mesmo tendo Ele total autoridade e
soberania sobre tudo e todos. Deus entregou ao homem a autoridade sobre toda a terra para que ele exercesse
cuidado e governo de uma forma correta utilizando princípios, valores e padrões estabelecidos por DEUS.

E DEUS os abençoou, e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os
peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra. (Gênesis 1:28)

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Os céus são os céus do SENHOR, mas a terra deu-a Ele aos filhos dos homens. (Salmo 115:16)

Porém não foi bem isso que aconteceu, e com a entrada do pecado na humanidade, o homem entregou a auto-
ridade e o governo desse mundo nas mãos de satanás, perdendo aquilo que DEUS havia lhe dado. E é somente
através do nome de JESUS CRISTO que o homem consegue retomar essa autoridade que foi perdida e implan-
tar o Reino de DEUS aqui nessa terra em que vivemos temporariamente.

Sabemos que somos de DEUS, e que o mundo inteiro jaz no maligno. (1 João 5:19)

Pelo que também DEUS o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome. (Filipenses
2:9)

DEUS criou Adão e Eva triunos, para dirigir e direcionar as suas vidas, mantendo comunhão entre o Espírito
Santo e o espírito deles. Mas o casal perdeu a ligação espiritual com DEUS devido ao pecado, sendo que o
espírito deles se separou do Espírito de DEUS e o casal passou a fazer parte do mundo, o qual jaz no maligno.
Será que há alguma semelhança com o mundo hoje?

Então disse o SENHOR DEUS: Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal;
assim, para que não estenda a mão, e tome também da árvore da vida, e coma, e viva eternamente, o SENHOR
DEUS, por isso, o lançou fora do jardim do Éden, a fim de lavrar a terra de que fora tomado. (Gênesis 3:22 e
23)

O homem também quis ser um deus. E DEUS teve de tirá-lo do Jardim do Éden para que ele também não
comesse da árvore da vida, e assim tivesse o poder sobre a vida e sobre a morte em suas próprias mãos. Se isso
acontecesse, o homem jamais se voltaria a DEUS.

Além de se afastar de DEUS, o pecado também trouxe outras conseqüências à humanidade: o homem sepa-
rou-se do homem, um fato bem relatado no primeiro assassinato da história, onde Caim matou seu irmão Abel
(Gênesis 4). Estamos nos referindo à falta de amor entre os homens. Por isso JESUS resumiu todas as leis e
mandamentos em amar a DEUS e amar ao próximo como a si mesmo. E Além disso, o homem quando vive
no pecado permanece aprisionado espiritualmente a satanás.

O que o homem conseguiu com a desobediência e independência? Ele conseguiu a sua morte espiritual, pas-
sando a ser escravo do pecado, ele ficou preso espiritualmente, pois a partir daquele momento no Éden, satanás
conseguiu implantar o pecado na humanidade. O homem foi formado do pó da terra e satanás tem como ali-
mento o pó, ou seja, o homem.

Então formou o SENHOR DEUS ao homem do pó da terra, e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o
homem passou a ser alma vivente. (Gênesis 2:7)

Então o SENHOR DEUS disse à serpente: Visto que isso fizeste, maldita és entre todos os animais domésticos,
e o és entre todos os animais selváticos: rastejarás sobre o teu ventre, e comerás pó todos os dias da tua vida.
(Gênesis 3:14)

Toda vez que o homem peca, ele está alimentando algum demônio. Por exemplo, quando o homem consome
qualquer tipo de droga, existe um demônio que está se alimentando desse pecado. Quando o homem pratica
sexo impuro, existe um demônio que está por trás dessa relação sexual. Os demônios são seres espirituais, e por
isso precisam de um corpo físico para atuar nesse mundo natural. Por isso eles usam tais homens que estão em
pecado para roubarem, matarem e destruírem, a si próprio e os projetos de Deus.

O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir. (João 10:10)

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O maior erro que já existiu na terra foi o homem ter rejeitado a DEUS separando-se do seu Criador. Mas apesar
de tudo isso, DEUS continuou amando o homem. O pecado afastou o homem de DEUS, não foi DEUS quem
se afastou do homem. DEUS odeia e abomina o pecado, mas ama profundamente o pecador.

Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso DEUS; e os vossos pecados encobrem o seu
rosto de vós, para que vos não ouça. (Isaías 59:2)

O homem se entregou à morte, e a conseqüência dessa escolha foi o sofrimento, a solidão e a dor. Foi a partir
dessa separação que JESUS viria buscar aquele que havia se perdido e devolvê-lo ao Pai. DEUS sempre teve o
desejo de resgatar o homem e conduzi-lo de volta ao lugar de onde ele nunca deveria ter saído.

E foi o próprio DEUS quem determinou o preço a ser pago pelo pecado do homem através do sangue como
moeda espiritual de troca que veremos mais para frente nesse estudo. Desta forma, o amor de DEUS pelo
homem é manifesto, ao oferecer a oportunidade da salvação ao homem. DEUS poderia, com justiça, condenar
toda a humanidade, já que todos os homens pecaram e o salário do pecado é a morte.

Pois todos pecaram e carecem da glória de DEUS. (Romanos 3:23)

Porque o salário do pecado é a morte. (Romanos 6:23)

Porém a graça de DEUS triunfa sobre o juízo e a Sua vontade é que ninguém pereça. O plano de salvação que
DEUS traçou visa restaurar a vida externa, a vida interna e os propósitos de vida do homem, que foram perdi-
dos através da prática do pecado.

A misericórdia triunfa sobre o juízo. (Tiago 2:13)

Não retarda o SENHOR a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, Ele é longânimo para
convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento. (2 Pedro 3:9)

DEUS não tem opções de planos de salvação. Ele teve, tem e sempre terá um único plano de salvação para o
homem. Desde a entrada do pecado na humanidade, DEUS determinou o Seu plano de resgate e isso jamais
foi alterado, porque tudo o que Ele faz é perfeito e Ele é Onisciente.

Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu
lhe ferirás o calcanhar. (Gênesis 3:15)

DEUS quer resgatar a originalidade do homem, isto é, um ser triuno que vive em comunhão com o seu Criador.
O único plano de DEUS visa salvar o homem da morte espiritual e da morte eterna.

A primeira rebeldia e desobediência do homem trouxeram ao mundo o pecado em forma de corrupção, violên-
cia e prostituição, onde a humanidade estava se destruindo, e pelas centenas de anos que se seguiram, o mundo
se tornou tão contaminado que DEUS teve que enviar o dilúvio para recomeçar a raça humana a partir de Noé
e de sua família. Passado o dilúvio, essa família começou a repovoar a terra. Noé tinha gerado três filhos: Sem,
Cam e Jafé. Da descendência de Sem, vieram os semitas. E dentre os semitas, foi escolhido um homem para
mostrar à humanidade como DEUS deveria ser adorado e servido. Abraão foi chamado por DEUS, foi separa-
do para dar início a um povo. É importante notar que DEUS não escolheu o povo judeu, mesmo porque antes
de DEUS chamar Abraão não havia judeus. DEUS formou um povo, o povo judeu, para que Ele ensinasse aos
demais homens a maneira de se viver com DEUS, em santidade, obediência e submissão. O plano de salvação
que DEUS traçou ao homem é um plano de paciência e prazo, onde foi iniciado com os judeus. Todo aquele
que recebe JESUS como único Senhor e Salvador e vive para Ele é filho espiritual de Abraão. DEUS determi-
nou que TODAS as famílias da terra seriam abençoadas a partir do povo judeu. Isso quer dizer que todos os
povos de todas as raças do mundo têm acesso ao plano de salvação proposto por DEUS.
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Ora, disse o SENHOR a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, e vai para a terra que te
mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma benção: aben-
çoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da
terra. (Gênesis 12:1-3)

Quando DEUS chamou Abraão para iniciar uma nova nação, ele se tornou o primeiro hebreu, judeu ou israeli-
ta. Abraão gerou a Isaque, e Isaque gerou a Jacó, que mais tarde teria seu nome mudado para Israel. Jacó gerou
12 filhos que conduziu às 12 tribos de Israel. Eles formaram a nação dos judeus, e desde então a raça humana
foi dividida entre judeus e gentios.

Ao longo de toda a história, DEUS levantou salvadores no plano físico para tipificar o verdadeiro Salvador,
que ainda estaria por vir, como por exemplo: José, Davi, Gideão, Ester. Outra tipificação de JESUS no antigo
testamento foi Moisés. Quando o povo estava vivendo como escravo no Egito e clamou ajuda, DEUS chamou
Moisés para usá-lo imediatamente na libertação do povo judeu. Não foi DEUS quem demorou 400 anos para
livrar o povo da escravidão, mas foi o povo quem demorou 400 para clamar a ajuda de DEUS.

Decorridos muitos dias, morreu o rei do Egito; os filhos de Israel gemiam sob a servidão, e por causa dela cla-
maram, e o seu clamor subiu a Deus. Ouvindo Deus o seu gemido, lembrou-se da sua aliança com Abraão, com
Isaque, e com Jacó. E viu Deus os filhos de Israel, e atentou Deus para a sua condição. (Êxodo 2:23-25)
Mas o tempo foi passando e o homem foi se tornando religioso e frio, se afastando cada vez mais de DEUS, e
Ele precisava mostrar ao povo o quão distante eles estavam do seu Criador, para assim o homem perceber a sua
condição de morte espiritual, se arrepender e se voltar a DEUS. DEUS então mandou o Rei Salomão construir
um templo, onde ele era dividido em três partes:

a) Átrio: um espaço público em que todas as pessoas podiam entrar, onde elas se assentavam à espera de alguma
manifestação de DEUS.

b) Santo Lugar: um local onde somente os sacerdotes, pessoas separadas por DEUS que buscavam a santifica-
ção, podiam entrar. Eles recolhiam os pedidos do povo e os levavam ao sumo sacerdote.

c) Santo dos Santos ou Santíssimo Lugar: um local onde somente o sumo sacerdote podia entrar para pedir
perdão pelos pecados da nação e buscar direção de DEUS. Um véu de veludo fazia a separação entre o Santo
Lugar e o Santíssimo Lugar. Aqui se encontrava a arca da aliança, que simbolizava a presença de DEUS. Era
também neste lugar que a glória de Deus se manifestava literalmente (Shekinah) entre os querubins do propi-
ciatório que cobria a arca. O sumo sacerdote temia tanto a manifestação da presença da Deus, que entrava no
santíssimo lugar com a cabeça curvada e descalço em sinal de temor e reverência, além de uma corda e sinos
amarrados em seu corpo, para que caso fosse fulminado pela glória de Deus, os outros homens pudessem puxar
o seu corpo para fora do lugar.

Mas ainda assim o povo continuava religioso, frio e de coração endurecido. Pessoas religiosas são aquelas que
zelam pelas coisas de DEUS, mas que infelizmente não têm o próprio DEUS em suas vidas. Foi assim que se
tornou o povo judeu, um povo religioso que achava que as leis é quem o salvariam (10 mandamentos + 603
leis), e não DEUS.

Nesse templo, as pessoas poderiam de alguma forma buscar a DEUS e ter algum contato com o Criador. Mas
isso ainda não era o suficiente, DEUS tinha algo infinitamente melhor. DEUS tinha a maior promessa de todas:
JESUS.

Eis aí vêm dias, diz o SENHOR, e firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá. Não confor-
me a aliança que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; porquanto
eles anularam a minha aliança, não obstante Eu os haver desposado, diz o SENHOR. Porque esta é a aliança
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que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o SENHOR. Na mente lhes imprimirei as minhas
leis, também no coração lhas inscreverei; Eu serei o seu DEUS e eles serão o meu povo. (Jeremias 31:31-33)

O texto acima fala da nova aliança que DEUS estabeleceu com a humanidade. O problema não está nas leis,
mesmo porque foi JESUS quem ordenou as leis. O problema continuou a ser o homem. Então DEUS cumpriu
mais uma vez uma de suas promessas: enviar gratuitamente seu Filho para morrer na cruz em nosso favor.

Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não
pereça, mas tenha a vida eterna. (João 3:16)

A “maior” de todas as profecias foi cumprida: o nascimento, a vida, a morte e a ressurreição do Cristo de
DEUS. Isso cumpriu a promessa de DEUS de quase 4.000 anos antes, de que a semente da mulher (JESUS e a
Igreja) esmagaria a cabeça da serpente (satanás) descrita em gênesis 3:15. DEUS providenciou um Salvador que
resgatasse toda a humanidade de seus pecados.

Desde a hora sexta até a hora nona houve trevas sobre toda a terra. Por volta da hora nona, clamou JESUS em
alta voz, dizendo: Eli, Eli, lema sabactâni, que quer dizer: DEUS meu, DEUS meu, por que me desamparaste?
E alguns dos que ali estavam, ouvindo isto, diziam: Ele chama por Elias. E logo um deles correu a buscar uma
esponja, e, tendo-a embebido de vinagre e colocando na ponta de um caniço, deu-lhe a beber. Os outros, po-
rém, diziam: Deixa, vejamos se Elias vem salva-lo. E JESUS, clamando outra vez com grande voz, entregou o
espírito. Eis que o véu do santuário se rasgou em duas partes, de alto a baixo: tremeu a terra, fenderam-se as
rochas, abriram-se os sepulcros e muitos corpos de santos, que dormiam, ressuscitaram; e, saindo dos sepulcros
depois da ressurreição de JESUS, entraram na cidade santa e apareceram a muitos. O centurião e os que com
ele guardavam a JESUS, vendo o terremoto e tudo o que se passava, ficaram possuídos de grande temor, e dis-
seram: Verdadeiramente este era Filho de DEUS. (Mateus 27:45-54)

Quando JESUS clamou na cruz “está consumado” (João 19:30), Ele não quis dizer que o conflito entre o bem
e o mal estava terminado. Ele quis dizer que o sistema temporário de sacrifício do antigo testamento não era
mais necessário, e que agora um caminho permanente de livrar-se do engano de satanás e das conseqüências do
pecado estava aberto – a salvação pela graça, por meio da fé em CRISTO e do Seu sacrifício de sangue.

Com a encarnação do Filho de DEUS, em três anos a história do mundo foi mudada, através da sua vida, morte
e ressurreição. JESUS deixou a sua condição de DEUS para se tornar um homem, e se oferecer como O Cor-
deiro de DEUS, derramando seu sangue por cada um de nós.

Sabemos que o pecado gera morte espiritual e JESUS veio para nos livrar dessa morte e nos dar abundância
de vida e vida eterna. E quando uma pessoa peca, ela muito provavelmente ainda sofre algumas conseqüências
em determinadas áreas como, por exemplo: pessoal, social e espiritual. Mas a sentença da separação de DEUS
foi levada na cruz por JESUS. E essa conseqüência aquele que está em CRISTO já não sofre devido a infinita
misericórdia de DEUS. DEUS decidiu perdoar os pecadores, mas sem desconsiderar a gravidade dos pecados.
Isso quer dizer que nós somos inocentados da pena de morte dos nossos pecados por meio do sangue derra-
mado por Seu Filho na cruz.

Quando ocorreu o primeiro pecado na humanidade, um sangue inocente foi derramado para que houvesse
perdão, e se todo o pecado gera morte, um animal inocente teve de morrer para que houvesse a restauração da
comunhão entre o primeiro casal e DEUS.

Fez o SENHOR DEUS vestimentas de peles para Adão e sua mulher, e os vestiu. (Gênesis 3:21)

Sem derramamento de sangue não há remissão. (Hebreus 9:22)

No antigo testamento, o sangue significava a morte de um animal como moeda de pagamento pelo pecado
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cometido por um homem. E, além disso, significava também vida para a pessoa pecadora como um sinal de
perdão. DEUS escolheu uma forma um tanto assustadora para liberar perdão justamente para mostrar a gravi-
dade de um pecado. Toda vez que uma pessoa pecava, um animal inocente precisava morrer para pagar o preço
do pecado e assim existir o perdão de DEUS.

Por trás disso existe um conceito de substituição ou expiação, isto é, alguém toma o lugar de outro a fim de levar
sua dor e livrá-la dela. Isso significa poupar da dor e ainda sentir a dor do outro.

Certamente Ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos
por aflito, ferido de DEUS e oprimido. Mas Ele foi traspassado pelas nossas transgressões, e moído pelas
nossas iniqüidades; o castigo que nos trás a paz estava sobre Ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. (Isaías
53:4- 5)

Mas o que significa levar sobre si o pecado de alguém? Durante o antigo testamento havia um ritual do dia da
expiação que é descrito no livro de Levíticos no capítulo 16. Durante essa festa, era feito um ritual para que
toda a nação de Israel fosse perdoada de seus pecados. O sumo sacerdote se apresentava para DEUS com dois
bodes, sendo que um animal era sacrificado e tinha seu sangue derramado para remissão de pecados, e o outro
era usado como bode expiatório. O sumo sacerdote colocava as suas mãos na cabeça do animal simbolizando a
transferência de pecados e confessava todas as iniqüidades e pecados da nação. Depois esse bode era solto no
deserto levando toda a culpa da nação.

Porém os rituais de sacrifícios do antigo testamento eram por muitas vezes vazios, passando a ser algo mecânico
e religioso. Para DEUS, eles eram a preparação para o único, perfeito, completo e definitivo sacrifício de sangue
que viria – o sacrifício de JESUS na cruz.

Eis o Cordeiro de DEUS, que tira o pecado do mundo. (João 1:29)

Hoje em dia, para cada pecado cometido DEUS ainda exige o derramamento de sangue para o perdão, porém
não mais com sacrifícios de animais, e sim com o sacrifício da cruz, onde nosso Salvador JESUS CRISTO
representou os três papéis – os dois animais (sacrifício) e o sumo sacerdote (mediador entre DEUS e os ho-
mens).

O derramamento de sangue é o preço que Deus estabeleceu para ser pago pelo pecado, e isso significa dizer que
a morte é trocada pela vida e o pecado é trocado pela pureza. Mas DEUS não pode morrer. Portanto, o plano
de Deus foi enviar JESUS para a terra, porém em forma humana. E Seu Filho mostrou ao homem como deve
ser o ser humano para o padrão de DEUS. Toda a Bíblia mostra aos homens quão fracos eram seus próprios
esforços para sua própria salvação. Todos nós pecamos e somos merecedores da eterna destruição, essa seria a
nossa realidade se não tivéssemos a redenção através do sacrifício de JESUS. DEUS não nos aceita porque fa-
zemos o bem, ou tratamos o irmão com amor, isso é uma obrigação nossa. Na verdade DEUS nos aceita única
e exclusivamente devido ao sangue de Seu Filho. Qualquer outro motivo que quisermos apresentar à DEUS se
torna um desrespeito à cruz. Se formos bonzinhos para nos tornarmos aceitáveis por DEUS, estamos anulando
o sacrifício de CRISTO, pois foi justamente na cruz que recebemos o livre acesso à DEUS. Nós devemos ser
obedientes porque fomos comprados com sangue e não mais pertencemos a nós mesmos e nem ao mundo,
mas a Ele, que nos comprou com a Sua própria vida. Agradar a DEUS porque o amamos significa adoração.
Tentar agradar a DEUS para ser aceito significa manipulação e busca de justiça própria (que é a mesma coisa
que trapo de imundícia – Isaías 64:6). O homem é deixado com uma só conclusão: sem DEUS não há esperança
alguma!

Mas por que JESUS teve que derramar o seu sangue para nos salvar? O elemento sangue representa uma moeda
de compra no mundo espiritual, um preço a ser pago em troca de algo. Mas por que DEUS escolheu o sangue
como moeda? Porque o sangue é o fluído que dá a vida, ele contém a vida em si, ele é o símbolo da vida. Basta
retirar o sangue para que se retire a vida da pessoa ou do animal.
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Porque a vida da carne está no sangue. Eu vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pelas vossas al-
mas: porquanto é o sangue que fará expiação em virtude da vida. (Levíticos 17:11)

O valor do sangue derramado equivale ao valor da vida sacrificada, por isso a morte de um homem vale muito
mais do que a morte de um animal. O sangue de um bode ou cordeiro não tinha muito valor, pois são animais
irracionais, e sua morte cobria os pecados de modo temporário. O sangue de Jesus tem o maior valor possível,
pois se trata do sangue do DEUS que se fez homem, de valor imensurável e sem pecados. Por isso Seu sacri-
fício foi perpétuo, pelo alto valor de Sua vida, Seu sangue tem valor incalculável e pôde cobrir não só alguns,
mas todos os pecados, de todos os homens, e em todos os tempos. JESUS, com o seu sangue, trocou a nossa
merecida morte por uma gratuita vida eterna. Não há um sangue mais valioso como o sangue de JESUS, pois
ele simboliza a eternidade de DEUS.

O processo da morte de JESUS teve inicio no Jardim do Getsêmani, antes ainda de sua tortura e crucificação.
Enquanto JESUS orava, o seu suor se tornou como gotas de sangue que foram derramadas sobre a terra, já
anunciando o derramamento de seu sangue para a remissão dos pecados de toda a humanidade. Suar sangue é
um acontecimento muito raro que é provocado por vários fatores ao mesmo tempo, entre eles, fraqueza física e
emocional, profunda emoção, angústia e agonia provocadas por uma tensão em nível extremo. JESUS enfren-
tou isso ao carregar sobre si toda a sujeira da humanidade de todas as épocas do mundo. A tensão vivida por
JESUS fez com que suas veias capilares fossem rompidas e o seu sangue fosse misturado ao seu suor, fazendo
escorrer por todo o seu corpo e sendo derramado sobre a terra.

E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue
caindo sobre a terra. (Lucas 22:44)

Crucificação significa tortura e execução por fixação em uma cruz. De acordo com a história, foram os persas
que iniciaram a prática da crucificação, e o grego Alexandre (o grande) foi quem trouxe esse método para a
região do Mediterrâneo. E finalmente, os romanos adotaram essa prática e passaram a “aperfeiçoá-la”, desen-
volvendo um alto grau de eficiência. A cruz romana tornou-se a mais cruel forma de execução pública existente
por ser capaz de afetar dolorosamente todas as partes do corpo ao mesmo tempo.

Antes de ser crucificado, JESUS foi açoitado ou chicoteado. JESUS foi despido de suas roupas e teve suas mãos
amarradas a um poste, acima da altura de sua cabeça. Pela lei dos judeus, a vítima não poderia receber mais do
que 40 chicotadas, porém será que os romanos seguiram essa lei e não ultrapassaram esse número de chicotadas?
O chicote usado era feito com várias tiras de couro, e nas extremidades das tiras eram amarradas bolinhas de
chumbo ou ossos de ovelhas pontiagudos para dilacerarem a carne. Os soldados romanos lançaram os chicotes
com toda a força sobre os ombros, costas, nádegas e pernas de JESUS, fazendo com que inicialmente sua pele
fosse cortada. Em seguida a cada golpe, as bolinhas de chumbo produziam profundos cortes e hematomas até
que a pele estivesse pendurada em tiras e totalmente dilacerada e irreconhecível. Então JESUS quase desmaiado
pela dor teve suas mãos desamarradas e caiu sobre uma poça de seu próprio sangue. Em seguida, JESUS foi
escarnecido pelos soldados romanos, que o esmurravam no rosto e cuspiam-lhe. Foi atirado um manto sobre
seus ombros e lhe colocado um pau em suas mãos como forma de humilhação. Não o bastante, pegaram um
pequeno galho flexível coberto de grandes espinhos e o enrolaram em forma de uma coroa, e pressionaram
sobre sua cabeça. Aqueles espinhos penetraram no couro cabeludo de JESUS causando nova hemorragia – o
couro cabeludo é uma das regiões mais sensíveis e irrigadas de sangue do corpo humano – e uma intensa e
aguda dor. Os soldados continuavam a bater em JESUS, agora com o pau sobre sua cabeça, fazendo com que
os espinhos penetrassem mais e mais no seu crânio, causando mais e mais dor. Então o manto foi retirado de
suas costas, porém o detalhe é que esse manto já tinha grudado nas suas feridas, e a sua retirada causou nova e
intensa dor como se Ele estivesse apanhando novamente.

Despojando-o das vestes, cobriram-no com um manto escarlate; tecendo uma coroa de espinhos, puseram-lha
na cabeça, e na mão direita um caniço; e, ajoelhando-se diante dele, o escarneciam, dizendo: salve, rei dos ju-
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deus! E, cuspindo nele, tomaram o caniço, e davam-lhe com ele na cabeça. (Mateus 27:28-31)

Os que detinham JESUS zombavam dele, davam-lhe pancadas e, vendando-lhe os olhos, diziam: profetiza-nos
quem é o que te bateu. E muitas outras coisas diziam contra ele, blasfemando. (Lucas 22:63-65)

Então amarraram sobre os ombros de JESUS a barra horizontal da cruz, que pesava cerca de 50 quilos (a barra
vertical já estava posicionada no lugar da crucificação), obrigando-o a caminhar por cerca de 800 metros des-
calço sobre um terreno irregular e cheio de pedras. Somando as feridas no corpo, o peso da barra, a dificuldade
de se andar, a perda de sangue, a desidratação, o jejum de comida e bebida, JESUS caiu no chão, fazendo com
que a viga cheia de farpas de madeira esfolasse por mais uma vez seus ombros e costas, aumentando ainda mais
sua dor.

O sangue de CRISTO continuava a escorrer, então Ele foi deitado de costas e de forma bruta sobre o braço
vertical da cruz para finalmente ser crucificado. Foram usados cravos de ferro pesados, de formato longo (apro-
ximadamente 15 cm), pontudo e quadrado. Os soldados colocaram os cravos sobre as mãos de JESUS, e com
golpes de martelos as traspassaram, mantendo seus pulsos amarrados sobre a trave de madeira. Em seguida
Ele teve os pés cravados na cruz, um pé foi colocado sobre o outro tendo um cravo batido contra uma base de
madeira de forma a deixar os joelhos um pouco dobrados, e o corpo de JESUS ficou então pregado pelas mãos
e pelos pés na cruz.

À medida que o seu peso o levava para baixo gerando uma dor insuportável devido aos cravos colocados nas
mãos, JESUS fazia um esforço incomum para subir e aliviar a dor, porém aí começava uma outra dor, agora
nos nervos dos pés, já que Ele simplesmente era obrigado a apoiar todo o seu peso no cravo colocado em seus
pés.

A posição que o corpo da vítima permanecia na cruz dificultava ao máximo a respiração. E assim aconteceu
com JESUS. O ar entrava em seus pulmões, mas a posição envergada do corpo dificultava a saída. Seus pulmões
cheios de ar não conseguiam mais se esvaziar, Ele começava então a ser asfixiado. Para que JESUS pudesse
respirar de forma normal, Ele deveria levantar seu corpo sustentando todo seu peso sobre os pés encravados na
cruz, além de movimentar seus ombros e braços sobre os cravos. Isso produziria uma dor absurda nos nervos
e músculos de todo o seu corpo, além de raspar a pele já dilacerada Dele contra a madeira. Para piorar, cada vez
que JESUS se movimentava para respirar, Ele era obrigado a inclinar sua cabeça para trás fazendo com que a
coroa batesse contra a viga de madeira produzindo mais e mais dores em seu crânio através da perfuração dos
espinhos. Porém foi justamente isso que JESUS enfrentou e suportou. Não apenas para respirar, mas também
porque Ele queria falar.

Contudo JESUS dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.(Lucas 23:34)

Não bastasse toda a dor física, houve uma dor ainda muito pior sobre JESUS na cruz. A dor espiritual, onde
todas as formas de pecado de todas as épocas e de todas as pessoas estavam caindo sobre JESUS num mesmo
instante. Toda opressão do inferno, todo peso espiritual do pecado, todas as enfermidades e toda a sujeira da
humanidade foi lançada sobre JESUS na cruz, e o Filho de DEUS experimentou o abandono ao tomar sobre
si todos os pecados do mundo, já que DEUS não tem parte com o pecado.

Por volta da hora nona,clamou JESUS em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lemá sabactâni,que quer dizer: DEUS meu,
DEUS meu, por que me desamparaste? (Mateus 27:46)

O sacrifício de JESUS na cruz estava finalmente chegando ao fim. Agora Ele poderia permitir seu corpo mor-
rer, e entregar seu espírito ao Pai. Mas não antes de sentir todo peso espiritual ao declarar:

Está consumado! E, inclinando a cabeça, rendeu o espírito. (João 19:30)

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A maneira de se terminar a crucificação era quebrar as pernas da vítima, fazendo com que ela não tivesse a
menor condição de se levantar para respirar, já que o peso do seu corpo estava voltado para baixo de forma a
comprimir o pulmão, acelerando a processo de asfixia. As pernas dos dois ladrões na cruz foram quebradas,
porém quando os soldados aproximaram de JESUS viram que isso não era mais necessário. Aparentemente
para confirmar a morte, um dos soldados perfurou o lado de JESUS em direção ao coração.

Os soldados foram e quebraram as pernas do primeiro e ao outro que com ele tinha sido crucificado; chegando-
se, porém, a JESUS, como vissem que já estava morto, não lhe quebraram as pernas. Mas um dos soldados lhe
abriu o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água. (João 19:32-34)

O Criador de todas as coisas, que poderia facilmente salvar-se a si mesmo, decidiu enfrentar toda a agonia,
humilhação e sofrimento por amor a humanidade. JESUS sofreu essa morte para que nós tivéssemos acesso a
DEUS, e ressuscitou vencendo a morte para que nós pudéssemos viver a eternidade ao seu lado.

A si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz. (Filipenses 2:8)

JESUS, com sua morte e ressurreição, conseguiu a nossa salvação, estabeleceu uma nova aliança entre DEUS
e a humanidade e tornou disponível o perdão dos pecados. Pelo sacrifício na cruz, aquele véu de veludo que
havia no templo se rasgou e hoje nós podemos entrar no Santíssimo Lugar, hoje nós temos um livre acesso a
DEUS, através do sangue do Cordeiro.

Eis que o véu do templo se rasgou em duas partes, de alto a baixo; tremeu a terra, fenderam-se as rochas. (Ma-
teus 27:51)

Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de JESUS. (Hebreus 10:19)

Todos nós fomos constituídos sacerdotes de DEUS a partir do Sumo Sacerdote eterno, JESUS CRISTO.

Aquele que nos ama, e pelo seu sangue nos libertou dos nossos pecados, e nos constituiu reino, sacerdotes para
seu Deus e Pai, a Ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém. (Apocalipse 1:5-6)

A jornada de JESUS rumo à cruz começou quando Adão e Eva caíram na armadilha de satanás. Nós não somos
salvos por aquilo que fazemos (nossas obras), mas somos salvos por aquilo que JESUS fez por nós na cruz.

Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de DEUS; não de obras, para que
ninguém se glorie. (Efésios 2:8-9)

Todo aquele que se converte genuinamente a JESUS se torna um espírito com Ele. Ao nascermos de novo,
temos nosso espírito reconciliado com DEUS, e podemos então conhecê-Lo intimamente e ouvir a Sua voz.

Mas aquele que se une ao SENHOR é um espírito com Ele. (1 Coríntios 6:17)

O homem natural em nós é aquele que percebe o mundo natural, através de ver e ouvir, isto é, através dos
nossos sentidos físicos. Por outro lado, o homem espiritual que é o nosso espírito, é o que se sintoniza com o
mundo espiritual.

JESUS não veio ao mundo para dar lições de comportamento, de boas maneiras e condutas morais, nem para
dizer uma porção de regras acerca do que temos que fazer ou não. Isso já estava escrito na lei que DEUS entre-
gou à Moisés. Ele veio para nos devolver aquilo que havia se perdido através do erro do homem: a união com
DEUS. Ele não veio aqui para nos entregar a lei, Ele veio para cumprir e nos ensinar a cumpri-la também.

Não penseis que vim revogar a lei ou os profetas: não vim para revogar, vim para cumprir. (Mateus 5:17)
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O último inimigo a ser destruído foi a morte, e JESUS venceu a morte. Somente Ele poderia abrir as portas
do inferno e vencer a morte. Ele atravessou e derrotou todo o inferno para nos levar ao céu com Ele! Mas por
que Ele nos escolheu? Simplesmente porque quis. Afinal de contas, nós somos criação Dele e pertencemos a
Ele através de um alto preço pago.

Quando o vi, caí a seus pés como morto. Porém Ele pôs sobre mim a sua mão direita, dizendo: Não temas; Eu
sou o primeiro e o ultimo, e aquele que vive; estive morto, mas eis aqui estou vivo pelos séculos dos séculos, e
tenho as chaves da morte e do inferno. (Apocalipse 1:17-18)

Após vencer a morte e ressuscitar, JESUS foi assunto ao céu para retornar de onde veio, mas antes disso Ele
prometeu enviar o Seu Espírito Santo para habitar naqueles que o seguissem conforme descrito no livro de João
14:1-31. Isso não os tornariam inatingíveis aos enganos de satanás, mas os crentes teriam um poder sobrenatu-
ral com o qual poderiam combater as trevas se andassem em obediência, submissão e dependência de DEUS.
JESUS disse que as portas do inferno não prevalecem contra a igreja de JESUS CRISTO (Mateus 16:18). Há
uma profecia que descreve bem a vinda do Espírito Santo - o Consolador prometido.

E acontecerá depois que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profeti-
zarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões; até sobre os servos e sobre as servas derramarei
o meu Espírito naqueles dias. Mostrarei prodígios no céu e na terra; sangue, fogo e colunas de fumo. O sol se
converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do SENHOR. E acontecerá
que todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo; porque no monte Sião e em Jerusalém estarão
os que forem salvos, assim como o SENHOR prometeu, e entre os sobreviventes aqueles que o SENHOR
chamar. (Joel 2:28-32)

O Espírito Santo foi derramado sobre todos, mas não foi manifesto em todos. Todos têm acesso ao Espírito,
mas nem todos usufruem Dele. Porém hoje, nós como crentes em JESUS, lutamos constantemente contra a
nossa carne para podermos viver a plenitude do Espírito Santo e o 100% de DEUS.

A salvação é um presente que DEUS dá a todo homem que crê no sacrifício que JESUS fez na cruz. Quando
aceitamos e andamos somente com JESUS, DEUS nos dá uma nova vida e o presente da salvação eterna.

Porque DEUS amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê
não pereça, mas tenha a vida eterna. (João 3:16)

E se cremos verdadeiramente em JESUS, consequentemente passamos a viver com base nesse sacrifício. Aban-
donamos as práticas mundanas e pecadoras e buscamos uma vida de santidade. Lutamos diariamente contra o
mundo contaminado e contra a nossa carne. O nosso posicionamento com DEUS, as nossas atitudes aqui na
terra, irão mostrar se os nossos nomes estarão ou não escritos no “Livro da Vida”.

E, se é com dificuldade que o justo é salvo, onde vai comparecer o ímpio, sim, o pecador? (1 Pedro 4:18)
E, se alguém não foi achado inscrito no livro da vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo. (Apocalipse
20:15)

Mas com certeza absoluta, o único que pode dar a última palavra com relação a salvação é DEUS, pois somente
Ele tem capacidade de julgar com absoluta perfeição.

Digo-vos, pois, amigos meus: não temais os que matam o corpo e, depois disso, nada mais podem fazer. Eu,
porém, vos mostrarei a quem deveis temer: Temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no infer-
no. Sim, digo-vos, a esse deveis temer. (Lucas 12:4 e 5)

Um só é Legislador e Juiz, aquele que pode salvar e fazer perecer; tu, porém, quem és, que julgas ao próximo?
(Tiago 4:12)
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A salvação daqueles que andam com JESUS está cada vez mais próxima, pois temos uma promessa, a promessa
de que JESUS virá para buscar a sua igreja. E como será o desenrolar e a seqüência dos acontecimentos dessa
promessa?

• Os sinais do fim dos tempos

E Ele lhes respondeu: Vede que ninguém vos engane. Porque virão muitos em meu nome, dizendo: Eu sou o
Cristo, e enganarão a muitos. E certamente ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; vede, não vos assus-
teis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação,
reino contra reino, e haverá fomes e terremotos em vários lugares; porém tudo isso é o princípio das dores.
(Mateus 24:4-8)

Existem muitos sinais que indicam estar próxima a volta de JESUS CRISTO, entre os quais podemos citar: o
amor de muitas pessoas se esfriando, a apostasia contaminando os homens e fazendo com que eles se afastem
de DEUS, guerras em diversos pontos do planeta, países investindo cada vez mais na indústria bélica, uma gran-
de parte da população mundial em situação de miséria e fome, fenômenos da natureza como o aquecimento
global, terremotos, tempestades, furacões e inundações atingindo o planeta, epidemias e doenças se alastrando
em grande velocidade e gravidade, muitos falsos profetas e muitos enganadores surgem pregando falsas doutri-
nas para se chegar à DEUS, inúmeras seitas e heresias sendo difundidas em todo mundo distorcendo a palavra
de DEUS, a fundação do Estado de Israel em 1948, o retorno do povo judeu para sua terra natal, etc.

Não sabemos a data que JESUS virá, mas temos mais razões para crer que sua volta está mais próxima que em
qualquer outro momento da história, pois os fatos apontam para isso.

• O Arrebatamento

O arrebatamento não é a salvação, já que santos morreram sem ser arrebatados. Mas todo aquele que for ar-
rebatado será salvo. E ainda haverá aqueles que não serão arrebatados, passarão pela tribulação e serão salvos
durante esse período.

O arrebatamento da igreja virá antes do período de sete anos da tribulação como forma da igreja escapar desse
momento da história.

A verdadeira igreja, que é formada por judeus e gentios que genuinamente reconhecem JESUS CRISTO como
seu SENHOR e Salvador e que tiveram seus pecados perdoados, será arrebatada aos céus. Esse evento pode
acontecer a qualquer momento da história. Quando DEUS Pai der o sinal, um brado se ouvirá e os verdadeiros
crentes, serão levados para as nuvens ao encontro do SENHOR nos ares para então serem levados ao céu.

Porquanto o SENHOR mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta
de Deus, descerá dos céus, e os que mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficar-
mos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do SENHOR nos ares, e assim
estaremos para sempre com o SENHOR. (1 Tessalonicenses 4:16-17)

Todo aquele que se encontrar com JESUS nos ares terá recebido um corpo glorificado, pois a nossa carne é
contaminada e não consegue suportar a glória de DEUS. A carne do homem não se converte, por isso ocorre
a luta entre a carne e o espírito. DEUS trocará nosso corpo contaminado por um corpo glorificado para que
possamos estar face a face com o SENHOR.

Eis que vos digo um mistério: Nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num
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abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis,
e nós seremos transformados. Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade,
e que o corpo mortal se revista da imortalidade. E, quando este corpo corruptível se revestir da incorruptibi-
lidade, e o que é mortal se revestir da imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a
morte pela vitória. (1 Coríntios 15:51-54)

Mas há uma parte da igreja que será deixada para trás para entrar no período da tribulação, são aqueles que não
estiverem firmes com JESUS. Sabemos que a igreja é formada tanto de trigo quanto de joio, e nessa hora haverá
a separação deles.

Deixai-os crescer juntos até à colheita, e, no tempo da colheita, direi aos ceifeiros: Ajuntai primeiro o joio, atai-o
em feixes para ser queimado; mas o trigo, recolhei-o no meu celeiro. (Mateus 13:30)

A igreja será removida pelo arrebatamento antes do início do período da tribulação e levada por CRISTO para
a casa do Pai.

E para aguardardes dos céus o seu Filho, a quem Ele ressuscitou dentre os mortos, Jesus, que nos livra da ira
vindoura. (1 Tessalonicenses 1:10)

Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir
sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra. (Apocalipse 3:10)

A verdadeira igreja de JESUS não passará pela tribulação. A igreja estará no céu durante a tribulação, e nesses
sete anos ela passará pelo julgamento diante do Trono de CRISTO como uma preparação (chamada de bodas
do Cordeiro – Ap. 19:7) para acompanhar o SENHOR em sua segunda vinda.

E seguiam-no os exércitos que há no céu, montando cavalos brancos, com vestiduras de linho finíssimo, branco
e puro. (Apocalipse 19:14)

• O Tribunal de Cristo

Todos os cristãos comparecerão perante CRISTO para serem julgados por Ele. Esse julgamento não tem nada
a ver com a salvação, mesmo porque apenas os salvos estarão presentes nesse momento da história.

Contudo, se o que alguém sobre o fundamento é ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, manifesta
se tornará a obra de cada um, pois o dia a demonstrará, porque está sendo revelada pelo fogo; e qual seja a obra
de cada um, o próprio fogo o provará. Se permanecer a obra de alguém que sobre o fundamento edificou, esse
receberá galardão; se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como
que através do fogo. (1 Coríntios 3:12-15)

Aqui os crentes serão julgados pelas suas obras e receberão os seus galardões, e entre as boas obras podemos ci-
tar: o bom testemunho de vida, a adoração a DEUS, a generosidade e o amor ao próximo, etc. Se tivermos uma
atitude ou motivação correta, as nossas obras suportarão o teste do fogo e receberemos o galardão. Porém se as
nossas atitudes ou motivação forem erradas, ou seja, para impressionar homens e receber louvor dos outros, as
nossas obras serão queimadas como palha e não receberemos o galardão, mas ainda assim seremos salvos.

Quando recebemos a JESUS como SENHOR e Salvador de nossas vidas, devemos ter em mente que isso não
nos custou nada. Na verdade o que nos custa algo é seguir a Cristo, pois essa escolha custa a entrega da nossa
vida, dos nossos sonhos e das nossas vontades carnais aos cuidados de DEUS. E se alguém suportou um custo
alto, esse alguém foi o próprio JESUS quando se sacrificou na cruz.

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• A Tribulação

A vontade de DEUS é que toda a humanidade se volte a Ele, e para isso Ele tem preparado o período da tribu-
lação, que será um tempo em que o homem terá mais uma chance de conhecer a JESUS. DEUS é bom e é justo,
e para aqueles que já caminham com o SENHOR, não será necessário enfrentar a tribulação.
A tribulação não virá para punir o homem, e sim para corrigi-lo e atraí-lo ao SENHOR. A tribulação promoverá
o arrependimento dos homens.

De acordo com o registrado no livro de Daniel, quando a aliança entre o anticristo e Israel for firmada, dará o
início ao período da tribulação.

Ele fará firme aliança com muitos por uma semana; na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oferta de
manjares; sobre a asa das abominações virá o assolador, até que a destruição, que está determinada, se derrame
sobre ele. (Daniel 9:27)

O anticristo é o homem líder de dez nações que satanás tem preparado para assumir o controle do governo
desse mundo, e ele aparecerá no cenário mundial promovendo a paz mundial e a estabilidade econômica dos
países. O anticristo será aquele que aparentemente fará o bem às nações, levantando economias decaídas e
acabando com a miséria e a fome mundiais. Ele ainda fará com que o conflito entre judeus e árabes, que se
arrasta por décadas, termine com a formulação e implantação de um tratado de paz no Oriente Médio, pois
o diabo iludirá o povo judeu para tentar assumir o controle da cidade de Jerusalém. As fronteiras da nação de
Israel serão delimitadas, haverá o inédito estabelecimento de relações comerciais entre judeus e seus vizinhos e
a promessa de uma proteção contra eventuais ataques terroristas, fazendo com que o constante estado de alerta
do exército israelense seja relaxado.

Quando, pois, virdes o abominável da desolação, de que falou o profeta Daniel, no lugar santo......porque nesse
tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido, e nem haverá
jamais. (Mateus 24:15 e 21)

Essa aliança será de sete anos, sendo que o anticristo romperá esse acordo na metade do período, dividindo em
tribulação e grande tribulação.

Durante a tribulação, as pessoas serão convidadas e incentivadas a colocarem sobre si a marca da besta, sob a
forma do tão comentado “chip” que já têm seus testes em andamento. Esse “chip” será implantado ou na testa
ou na mão direita, e a sua propaganda será baseada na segurança, comodidade, saúde, estabilidade e inclusão
social. Mas será na grande tribulação e após a quebra da aliança entre o anticristo e Israel, que ele realmente
mostrará ao mundo seu real objetivo, auto declarando-se líder mundial. Mas o período final do seu governo será
sob regime de ditadura, com força política e militar até a batalha do Armagedom.

A todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos, faz que lhes seja dada certa
marca sobre a mão direita, ou sobre a fronte, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que
tem a marca, o nome da besta, ou o número do seu nome. Aqui está a sabedoria. Aquele que tem entendimento
calcule o número da besta, pois é número de homem. Ora, esse número é seiscentos e sessenta e seis. (Apoca-
lipse 13:16 e 18)

Na grande tribulação, a perseguição contra os novos crentes em JESUS e os judeus será feita abertamente e
todos serão forçados a colocarem a marca da besta, porém aqueles que se recusarem e perseverarem em fé,
serão salvos.

Seguiu-se a estes outro anjo, o terceiro, dizendo, em grande voz: Se alguém adora a besta e a sua imagem, e
recebe a sua marca na fronte, ou sobre a mão, também este beberá do vinho da cólera de Deus, preparado, sem
mistura, do cálice da sua ira, e será atormentado com fogo e enxofre, diante dos santos anjos e na presença do
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Cordeiro. A fumaça do seu tormento sobe pelos séculos dos séculos, e não têm descanso algum, nem de dia
nem de noite, os adoradores da besta e da sua imagem, e quem quer que receba a marca do seu nome. Aqui está
a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de DEUS e a fé em JESUS. (Apocalipse 14:9-12)

Aqueles que forem martirizados durante o período da tribulação estarão salvos e viverão na presença do SE-
NHOR, para participarem ativamente do Reinado do Milênio.

Vi também tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dada autoridade de julgar. Vi ainda as almas dos
decapitados por causa do testemunho de JESUS, bem como por causa da palavra de DEUS, tantos quantos
não adoraram a besta, nem tampouco a sua imagem, e não receberam a marca na fronte e na mão; e viveram e
reinaram com CRISTO durante mil anos. (Apocalipse 20:4)

JESUS disse que devido a severidade da tribulação, ela seria abreviada. Podemos entender que a razão dela ser
um holocausto tão grande é que ela associará a ira de DEUS contra a perseguição de seu povo, a fúria de satanás
e a maldade natural do homem perdido. A grande tribulação será sem dúvidas o pior período da história.

Não tivessem aqueles dias sido abreviados, e ninguém seria salvo; mas por causa dos escolhidos tais dias serão
abreviados. (Mateus 24:22)

A profecia das 70 semanas ou 490 anos de Daniel diz que a tribulação durará uma semana e usa uma palavra
hebraica que designa uma semana de anos ou sete anos. As primeiras 69 semanas (de anos), que começaram
com o decreto de Artaxerxes (livro de Esdras) para restaurar os muros de Jerusalém e terminaram com a re-
jeição de JESUS pelo povo judeu, duraram exatamente 483 anos. Quando a igreja for arrebatada, terá início a
septuagésima (70º) e última semana, que concluirá o período total junto com as outras 69 semanas (de anos) já
cumpridas. E a tribulação, ou a última semana de anos, terá a duração de sete anos.

Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade para fazer cessar a transgres-
são, para dar fim aos pecados, para expiar a iniqüidade, para trazer a justiça eterna, para selar a visão e a profecia,
e para ungir o Santo dos Santos. Sabe, e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém,
até ao Ungido, ao Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas: as praças e as circunvalações se reedificarão,
mas em tempos angustiosos. Depois das sessenta e duas semanas será morto o Ungido e já não estará; e o povo
de um príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será num dilúvio, e até ao fim haverá
guerra; desolações são determinadas. Ele fará firme aliança com muitos por uma semana; na metade da semana
fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; sobre a asa das abominações virá o assolador, até que a destruição,
que está determinada, se derrame sobre ele. (Daniel 9:24-27)

Em Apocalipse, vemos que os sete anos estão divididos em dois períodos de 1.260 dias, ou 42 meses, ou três
anos e meio.

Mas deixa de parte o átrio exterior do santuário, e não o meças, porque foi ele dado aos gentios; estes, por qua-
renta e dois meses, calcarão aos pés a cidade santa. Darei às minhas duas testemunhas que profetizem por mil
duzentos e sessenta dias, vestidas de pano de saco. (Apocalipse 11:2 e 3)

A mulher, porém, fugiu para o deserto, onde lhe havia DEUS preparado lugar para que nele a sustentem du-
rante mil, duzentos e sessenta dias. Houve peleja no céu. Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão.
Também pelejaram o dragão e seus anjos. (Apocalipse 12:6 e 7)

Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias, e autoridade para agir quarenta e dois meses.
(Apocalipse 13:5)

Esses dois períodos de tempo somam sete anos. A primeira metade (42 meses) é a tribulação, enquanto que a
última metade é chamada de a grande tribulação.
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• A segunda vinda de JESUS e a batalha do Armagedom

A segunda vinda de JESUS determinará o fim do poder e do governo do anticristo durante a tribulação. O local
de retorno de JESUS será Jerusalém, exatamente no Monte das Oliveiras, e essa volta resultará em uma batalha
entre o bem e o mal. O anticristo se moverá a fim de destruir Jerusalém e os seguidores de JESUS. Quando ele
e seu exército estiverem prestes a executar esse plano, DEUS intervirá e JESUS CRISTO voltará para salvar
todo o Seu povo. O SENHOR e seu exército celestial virão para destruir o anticristo e o falso profeta, para os
lançarem no lago de fogo. Essa batalha terminará logo que começar, pois o mais poderoso nessa terra não é
páreo para o poder de DEUS.

Vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O seu cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro, e julga e peleja com justiça.
Os seus olhos são chama de fogo; na sua cabeça há muitos diademas; tem um nome escrito que ninguém co-
nhece senão Ele mesmo. Está vestido com um manto tinto de sangue, e o seu nome se chama o Verbo de Deus;
e seguiam-no os exércitos que há no céu, montando cavalos brancos, com vestiduras de linho finíssimo, branco
e puro. Sai da sua boca uma espada afiada, para com ela ferir as nações; e Ele mesmo as regerá com cetro de
ferro, e pessoalmente pisa o lagar do vinho do furor da ira do DEUS Todo-Poderoso. Tem no seu manto e na
sua coxa, um nome inscrito: REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES. Então vi um anjo posto em pé
no sol, e clamou com grande voz, falando a todas as aves que voam pelo meio do céu: Vinde, reuni-vos para a
grande ceia de DEUS, para que comais carnes de reis, carnes de comandantes, carnes de poderosos, carnes de
cavalos e seus cavaleiros, carnes de todos, quer livres, quer escravos, assim pequenos como grandes. E vi a besta
e os reis da terra, com os seus exércitos, congregados para pelejarem contra aquele que estava montado no cava-
lo, e contra o seu exército. Mas a besta foi aprisionada e, com ela o falso profeta que, com os sinais feitos diante
dela, seduziu aqueles que receberam a marca da besta, e eram os adoradores da sua imagem. Os dois foram
lançados vivos dentro do lago de fogo, que arde com enxofre. Os restantes foram mortos com a espada que saía
da boca daquele que montado no cavalo. E todas as aves se fartaram das suas carnes. (Apocalipse 19:11-21)

O Armagedom será uma batalha em que JESUS impedirá a destruição dos povos judeu e cristão remanescentes
da tribulação. JESUS aparecerá com poder e grande glória para estabelecer o Seu reinado de justiça na terra
por um período de mil anos. Essa será a primeira guerra claramente justa na história da humanidade, já que Ele
julgará de acordo com a verdade, pois seus olhos vêem todas as coisas e Ele revelará toda a verdade sobre cada
ser humano e sobre cada nação. Jesus estará acompanhado dos exércitos do céu (Ap. 19:14), que constitui de
anjos, de santos do antigo testamento e da igreja arrebatada. O retorno de JESUS introduzirá o Reino Milenar
– o reino de JESUS sobre a terra – Ele será estabelecido na sua real posição, ou seja, Rei acima de todos e SE-
NHOR acima de todos.

O SENHOR será rei sobre toda a terra; naquele dia um só será o SENHOR, e um só será o seu nome. (Zacarias
14:9)

O retorno de CRISTO nos ares para arrebatar Sua igreja é um evento que antecede o período da tribulação,
enquanto que a segunda vinda de JESUS ocorrerá no final da tribulação, quando o SENHOR aparecer glo-
riosamente na terra. No arrebatamento os crentes sobem para a casa do Pai, enquanto que na segunda vinda,
CRISTO retorna à terra com todo o seu exército formado pelos santos e pelos anjos.

• O Julgamento das nações

Quando vier o Filho do homem na sua majestade e todos os anjos com ele, então se assentará no trono da sua
glória; e todas as nações serão reunidas em sua presença, e Ele separa uns dos outros, como o pastor separa
dos cabritos as ovelhas; e porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos à esquerda; então dirá o Rei aos que
estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a
fundação do mundo. Porque tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; era forasteiro e
me hospedastes; estava nu e me vestistes; enfermo e me visitastes; preso e fostes ver-me. Então perguntarão os
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justos: Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Ou com sede e te demos de beber?
E quando te vimos forasteiro e te hospedamos? Ou nu e te vestimos? E quando te vimos enfermo ou preso e
te fomos visitar? O Rei, respondendo, lhes dirá: Em verdade vos afirmo que sempre que o fizestes a um destes
meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes. Então o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apar-
tai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos. Porque tive fome e não me
destes de comer; tive sede e não me destes de beber; sendo forasteiro, não me hospedastes; estando nu, não me
vestistes; achando-me enfermo e preso, não fostes ver-me. E eles lhe perguntarão: Senhor, quando foi que te
vimos com fome, com sede, forasteiro, nu, enfermo ou preso, e não te assistimos? Então lhes responderá: Em
verdade vos digo que sempre que o deixastes de fazer a um destes mais pequeninos, a mim o deixastes de fazer.
E irão estes para o castigo eterno, porém os justos para a vida eterna. (Mateus 25:31-46)

Esse julgamento da história também é conhecido como o julgamento das ovelhas e bodes ou cabritos, aonde
JESUS separará os crentes e os descrentes ao final da tribulação. As ovelhas são os crentes que irão para o Reino
Milenar, e os bodes ou cabritos são aqueles que passaram pela Tribulação porém desprezaram a CRISTO, sendo
levados para o “castigo eterno”.

• O anticristo e o falso profeta são lançados no lago de fogo

Mas a besta foi aprisionada, e com ela o falso profeta que, com os sinais feitos diante dela, seduziu aqueles que
receberam a marca da besta, e eram os adoradores da sua imagem. Os dois foram lançados vivos dentro do lago
de fogo, que arde com enxofre. Os restantes foram mortos com a espada que saía da boca daquele que estava
montado no cavalo. E todas as aves se fartaram das suas carnes. (Apocalipse 19:20-21)

No julgamento de suas más obras durante a Tribulação, esses dois homens serão imediatamente lançados den-
tro do lago de fogo após a batalha do Armagedom. Durante o período de sete anos da Tribulação, eles serão
cúmplices de todo o plano maligno de enganar as pessoas conduzindo-as ao inferno.

• Satanás é preso por 1.000 anos

Então vi descer do céu um anjo; tinha na mão a chave do abismo e uma grande corrente. Ele segurou o dragão,
a antiga serpente, que é o diabo, satanás, e o prendeu por mil anos; lançou-o no abismo, fechou-o, e pôs selo
sobre ele, para que não mais enganasse as nações até se completarem os mil anos. Depois disto é necessário que
ele seja solto pouco tempo. (Apocalipse 20:1-3)

O maior mentiroso e enganador do mundo será aprisionado no abismo profundo, para que não mais engane as
pessoas acerca de DEUS. Manter satanás preso no abismo pode ser comparado como manter um criminoso na
delegacia enquanto aguarda o julgamento. Depois que o criminoso é julgado e condenado, ele é enviado a uma
penitenciária para cumprir a sentença. Mas será necessário que ele seja solto por um tempo, para tentar em uma
última tentativa derrotar JESUS. Mas ele vai fracassar nisso.

• A Ressurreição

A primeira ressurreição ocorrerá no momento do arrebatamento da igreja, antes da Tribulação, onde todos
os santos até então serão levados à casa do Pai. O termo “primeira ressurreição” refere-se à ressurreição de
todos os que são salvos e morreram em Cristo. Podemos dizer que é um evento que ocorre em três momentos
distintos durante a história. O primeiro momento da “primeira ressurreição” ocorreu quando Jesus ressuscitou
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(Mateus 27:51-53), o segundo momento da “primeira ressurreição” ocorrerá juntamente com arrebatamento da
igreja, antes da Tribulação, onde todos os santos que morreram em Cristo até então serão levados à casa do Pai
(1Tessalonissenses 4:13 e 14) e o terceiro momento da “primeira ressurreição” ocorrerá para os santos que pas-
saram pela Tribulação e que aceitaram JESUS como SENHOR e Salvador nesse período ou morreram como
mártires (Apocalipse 20:4-6). Os santos de todas as épocas poderão assim reunir-se no Reino tão esperado.

Haverá ainda a segunda ressurreição que ocorrerá para aqueles que morreram sem a salvação. Eles serão ressus-
citados e julgados pelas suas obras no Grande Julgamento do Trono Branco, após o Milênio.

Eis que o véu do santuário se rasgou em duas partes, de alto a baixo: tremeu a terra, fenderam-se as rochas,
abriram-se os sepulcros e muitos corpos de santos, que dormiam, ressuscitaram; e, saindo dos sepulcros depois
da ressurreição de JESUS, entraram na cidade santa e apareceram a muitos. (Mateus 27:51-53)

Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes co respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes
como os demais, que não têm esperança. Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também DEUS,
mediante JESUS, trará juntamente em sua companhia os que dormem. (1Tessalonissenses 4:13 e 14)

Vi também tronos; e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dada autoridade de julgar. Vi ainda as almas dos
decapitados por causa do testemunho de JESUS, bem como por causa da palavra de DEUS, tantos quanto não
adoraram a besta, nem tampouco a sua imagem, e não receberam a marca na fronte e na mão; e viveram e rei-
naram com CRISTO durante mil anos. Os restantes dos mortos não reviveram até que se completassem os mil
anos. Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição;
sobre esses a segunda morte não tem autoridade, pelo contrário, serão sacerdotes de DEUS e de CRISTO, e
reinarão com Ele os mil anos. (Apocalipse 20:4-6)

• O Milênio

Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci, e me assentei com meu
Pai no seu trono. (Apocalipse 3:21)
Por toda a história, o mundo presenciou vários reinados, mas nenhum deles foi perfeitamente perfeito. Mas
sabemos de um reino que é justo e perfeito, e é por esse reino que o cristão ora.

É o período de 1.000 anos em que JESUS reinará fisicamente sobre o mundo inteiro, a partir de Jerusalém,
com poder e grande glória. Será um tempo maravilhoso em que a justiça e a paz reinarão, pois o mal não terá
permissão de existir nesse reino, pois satanás estará preso.

Durante o Milênio, todos os membros da igreja antes da tribulação vão reinar e governar com CRISTO. JESUS
disse aos seus discípulos, que eles se assentariam junto com Ele no trono do reino e governariam sobre as 12
tribos de Israel.

JESUS lhes respondeu: Em verdade vos digo que vós, os que me seguistes, quando, na regeneração, o Filho do
homem se assentar no trono da sua glória, também vos assentareis em doze tronos para julgar as doze tribos
de Israel. (Mateus 19:28)

Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem
autoridade, pelo contrário, serão sacerdotes de DEUS e de CRISTO, e reinarão com Ele os mil anos. (Apoca-
lipse 20:6)

O propósito do Milênio é a restauração física e espiritual de Israel e do governo de CRISTO sobre o povo
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judeu, através da posse da Terra e o restabelecimento do trono davídico, de onde JESUS reinará de Jerusalém
para todo o mundo, e além disso, há o propósito de restauração dos gentios, para que se viva a plenitude de
DEUS nessa terra. Porém a igreja, como noiva, não estará ausente das atividades do Milênio. Logo depois que
o anticristo profanar o templo de Jerusalém durante a Tribulação, os judeus ficarão desiludidos e se voltarão ao
Messias, mas DEUS os preservará de maneira sobrenatural, sustentando-os pelos últimos três anos e meio da
Tribulação.

Dize-lhes, pois: Assim diz o SENHOR DEUS: Eis que eu tomarei os filhos de Israel de entre as nações, para
onde eles foram, e os congregarei de todas as partes, e os levarei para a sua própria terra. Farei deles uma só
nação na terra, nos montes de Israel, e um só Rei de todos eles. Nunca mais serão duas nações; nunca mais para
o futuro se dividirão em dois reinos. (Ezequiel 37:21-22)

• Satanás é solto para ser lançado no lago de fogo

Quando, porém, se completarem os mil anos, satanás será solto da sua prisão, e sairá a seduzir as nações que
há nos quatro cantos da terra, gogue e magogue, a fim de reuni-los para a peleja. O número desses é como a
areia do mar. Marcharam então pela superfície da terra e sitiaram o acampamento dos santos e a cidade querida;
desceu, porém, fogo do céu e os consumiu. O diabo, o sedutor deles, foi lançado para dentro do lago de fogo
e enxofre, onde também se encontram não só a besta como o falso profeta; e serão atormentados de dia e de
noite pelos séculos dos séculos. (Apocalipse 20:7-10)

DEUS soltará satanás para o lançar definitivamente no lago de fogo e enxofre, onde ele permanecerá junto do
anticristo e do falso profeta no castigo eterno.

• O Julgamento do Grande Trono Branco

Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou
lugar para eles. Vi também os mortos, os grandes e pequenos, postos em pé diante do trono. Então se abriram
livros. Ainda outro livro, o livro da vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, con-
forme o que se achava escrito nos livros. (Apocalipse 20:11-12)

Esse é o julgamento final da história. Todas as pessoas que rejeitaram a JESUS e o dom gratuito da salvação se
apresentarão diante de DEUS para prestar contas de suas vidas. Não haverá exceção para ninguém, apenas os
crentes em JESUS de todas as épocas não precisarão participar desse julgamento. Os incrédulos serão julgados
com base nas suas obras. DEUS medirá as obras humanas pelo padrão da justiça Divina, e vale lembrar que a
bíblia diz que a justiça dos homens é como trapo de imundícia.

Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia. (Isaías 64:6)

O Juiz que se assentará nesse Grande Trono Branco será o próprio JESUS CRISTO, o mesmo que foi rejeitado
e escarnecido pelo mundo. É Ele quem julgará o mundo. Isso é um pensamento muito sério, já que esse julga-
mento manifestará a justiça e a equidade de DEUS e calará todos aqueles que escarnecem e negam JESUS.

Ao final, todas as pessoas terão de dobrar seus joelhos e confessar que JESUS CRISTO é o SENHOR. Os
santos já terão feito isso e não serão julgados aqui, mas esse julgamento será para aqueles que não confiaram
suas vidas a JESUS.

Pelo que também DEUS o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao
nome de JESUS se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que JESUS
CRISTO é SENHOR, para glória de DEUS Pai. (Filipenses 2:9-11)
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Sinais proféticos que indicam que pertencemos à última geração.

De acordo com a “Bíblia de Estudo das Profecias”, existem 10 sinais proféticos que confirmam que nós somos
a última geração antes de ocorrer o arrebatamento, a saber:

I. A explosão do Conhecimento, visto nos avanços tecnológicos (Daniel 12:4)


II. A praga no Oriente Médio, visto no uso de armas atômicas no Oriente Médio (Zacarias 14:12-15)
III. O renascimento de Israel, visto na criação do Estado de Israel como nação em 15/05/1948 (Isaías
66:8)
IV. Os judeus voltarão para a sua terra, visto no reagrupamento desse povo vindo de todas as partes do
mundo (Jeremias 23:7 e 8)
V. Jerusalém não estará mais sobre o controle dos gentios, visto na ocupação de Jerusalém pelos judeus
pela primeira vez em dois mil anos (Lucas 21:24 e Salmo 102:16).
VI. Comunicação Internacional instantânea, visto na era da TV e internet (Apocalipse 11:3, 7-10)
VII. Dias de engano, visto na proliferação de seitas e falsos profetas dizendo que vários caminhos levam a
DEUS (Mateus 24: 4 e 5, 24)
VIII. Fomes e pestes, visto no aumento da fome mundial e de epidemias (Mateus 24:7 e 8)
IX. Terremotos, visto na forma de DEUS alertar os homens surdos espirituais (Êxodo 19:18; Mateus 27:51;
Mateus 28:2)
X. Como nos dias de Noé, visto no mal plantado no coração do homem (Mateus 24:36 e 37; Gênesis
6:5)

A parábola das 10 virgens (05 prudentes e 05 néscias)

Então, o Reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do
esposo. E cinco delas eram prudentes, e cinco, loucas. As loucas, tomando as suas lâmpadas, não levaram azeite
consigo. Mas as prudentes levaram azeite em suas vasilhas, com as suas lâmpadas. E, tardando o esposo, tosque-
nejaram todas e adormeceram. Mas, à meia-noite, ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo! Saí-lhe ao encontro!
Então, todas aquelas virgens se levantaram e prepararam as suas lâmpadas. E as loucas disseram às prudentes:
Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas se apagam. Mas as prudentes responderam, dizendo: Não
seja caso que nos falte a nós e a vós; ide, antes, aos que o vendem e comprai-o para vós. E, tendo elas ido com-
prá-lo, chegou o esposo, e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta. E,
depois, chegaram também as outras virgens, dizendo: Senhor, senhor, abre-nos a porta! E ele, respondendo,
disse: Em verdade vos digo que vos não conheço. Vigiai, pois, porque não sabeis o Dia nem a hora em que o
Filho do Homem há de vir. (Mateus 25:1-13)

O azeite mencionado nessa parábola representa o Espírito Santo. Isso significa que todo cristão deve estar
constantemente cheio do Espírito Santos quando JESUS vier arrebatar sua igreja. O cristão que estiver cheio
do Espírito de DEUS não ficará no período da tribulação.

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As Sete cartas de Apocalipse.

O número 7 representa a perfeição de DEUS, e as 7 cartas são compostas de orientações perfeitas da parte de
DEUS para as igrejas.

Éfeso / Pérgamo / Tiatira / Sardes / Laodicéia > repreensão de DEUS.


Filadélfia > subirá no arrebatamento e será salva
Esmirna > não subirá no arrebatamento e será salva durante o período da tribulação.

JESUS nos promete que a sua volta será sem demora, e nos convida a cada dia a recebê-lo como nosso Salvador.
A salvação é um presente gratuito de DEUS recebido pela fé em JESUS.

Se a nossa esperança em CRISTO se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens. (1
Coríntios 15:19)

JESUS já pagou o preço pela nossa alma, e a moeda usada foi o seu sangue. Às vezes, não temos a oportunidade

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de fazer certas escolhas em nossa vida, como, por exemplo, nascer aqui ou em outro lugar, ser alto ou baixo,
calvo ou ter cabelo, etc. Mas uma escolha Ele fez questão de deixar em nossas mãos: o lugar em que viveremos
a eternidade. Temos duas opções, e JESUS veio até nós para que nós voltássemos com Ele para o céu. E o que
Ele mais quer é que façamos a escolha certa. Todos nós temos uma escolha a fazer na nossa vida que determi-
nará o nosso destino, e por isso devemos fazê-la o mais rápido possível como forma de gratidão e amor que
temos para com JESUS, nosso SENHOR e Salvador. Nenhum homem é forçado a servir a Deus, mas essa
oportunidade maravilhosa é oferecida a todos, sem exceção.

Questões relacionadas ao estudo.


1) Quais são os quatro eventos de maior importância na história?
2) O que você entende sobre a Trindade de DEUS e como podemos relacioná-la ao homem como um ser
triuno?
3) Quais foram as conseqüências do primeiro pecado sobre a humanidade?
4) Por que podemos dizer que DEUS não escolheu um povo, mas sim formou um povo?
5) Descreva o templo do Antigo Testamento.
6) Por que JESUS teve que derramar o seu sangue para nos salvar?
7) Quando acontecerá o arrebatamento? A salvação é sinônimo de arrebatamento?
8) Por que receberemos corpos glorificados após o arrebatamento?
9) Qual a finalidade da tribulação?
10) Cite as sete igrejas de Apocalipse.

Aula prática.

Reflita sobre o plano de salvação que DEUS preparou para você, desfrutando e O agradecendo por isso. Apro-
veite para falar desse maravilhoso plano para aqueles que ainda não o conhecem, sempre com amor e muita
sabedoria.

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Aula 2

As promessas de DEUS - Leis espirituais de causa e efeito

Na Bíblia encontramos aproximadamente 8.000 promessas para nós, e quando DEUS promete, Ele cumpre.
Isso significa que nós podemos nos apropriar de quase 22 promessas de DEUS por dia durante um ano inteiro.
Você já imaginou isso?

DEUS tem promessas para a vida daquele que O serve e que segue a Sua palavra. Ele anseia em nos abençoar
com provisão material e provisão espiritual, porém nem sempre essas promessas chegam até nós. Então por
que será que às vezes há uma dificuldade em se viver o cumprimento das promessas de DEUS? È o que vere-
mos a seguir.

DEUS criou o universo, e esse universo criado é regido por leis. As leis regulam a vida. Para tudo temos leis
físicas, sociais e espirituais. Por exemplo, não podemos sair de um apartamento do 20º andar pela janela devido
à lei da gravidade, já que sofreremos a conseqüência física dessa quebra de lei. Se infringirmos uma lei penal,
estaremos sujeitos à devida punição pela justiça dos homens, sofrendo assim a conseqüência social dessa infra-
ção. Assim também funciona com as leis espirituais. Por exemplo, se uma pessoa praticar necromancia, isto é,
consultar os mortos, essa pessoa não sofrerá punição pelas leis físicas e sociais, porém ela estará ferindo uma
lei espiritual criada por DEUS conforme diz em Deuteronômio 18:10-12. E dessa forma ela sofrerá a conse-
qüência espiritual desse pecado.

Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei: porque o pecado é a transgressão da lei. (1 João
3:4)

O objetivo desse estudo é focado nas leis e princípios espirituais. Há princípios espirituais regendo o mundo
espiritual. Precisamos compreender que o mundo natural ou físico nada mais é do que um espelho do mundo
espiritual ou sobrenatural, onde o mundo espiritual influencia e determina o curso dos acontecimentos no pla-
no natural ou físico. Primeiro os acontecimentos ocorrem no plano espiritual, para depois ocorrerem no plano
físico.

Toda lei espiritual foi criada por DEUS, para que o mundo e as nossas vidas fluam da melhor forma possível.

A lei do SENHOR é perfeita e restaura a alma. (Salmo 19:7)

A força de satanás é completamente dependente dos princípios espirituais ordenados por DEUS, então ele, na
sua astúcia, conhecendo esses princípios (pois é um ser espiritual), os toma, perverte-os e os faz funcionar de
acordo com os seus propósitos, e quando há o desconhecimento dos princípios espirituais por parte do ho-
mem, ele consegue levar vantagem de várias formas. Nós cristãos precisamos conhecer as leis espirituais para
usá-las em nosso favor, dessa forma brecando o avanço do nosso inimigo. A intenção de satanás é nos afastar
de DEUS, nos paralisar e nos destruir, e ele somente consegue isso se encontrar alguma transgressão dos prin-
cípios espirituais de nossa parte. Os princípios espirituais trabalham a favor de qualquer um que os use. Assim,
se usarmos corretamente esses princípios, satanás não conseguirá tirar vantagem sobre nós, porém se usarmos
incorretamente esses princípios de forma a feri-los, satanás usará essas mesmas leis espirituais para alcançar
vantagem sobre nós.

Para que satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios. (2 Coríntios 2:11)

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Cada lei, cada princípio espiritual deve ser guardado no mais íntimo do nosso coração. Somente agindo assim é
que desfrutaremos tudo, absolutamente tudo o que DEUS tem para cada um de nós.

Guarda os meus mandamentos, e vive; e a minha lei, como a menina dos teus olhos. (Provérbios 7:2)

As coisas espirituais são mais reais que as coisas materiais e naturais. Temos que começar a mover a nossa vida
amparada pelas coisas espirituais. DEUS é espírito e não matéria (João4:24). Quando agirmos assim, viveremos
o Reino de DEUS aqui na Terra.

Porque bem sabemos que a lei é espiritual (Romanos 7:14)


O nosso adversário, satanás, faz de tudo para impedir que as bênçãos de DEUS cheguem até nós, isso já sabe-
mos obviamente. Portanto, para impedirmos a ação contrária de satanás em nossas vidas, devemos conhecer
mais a respeito do princípio espiritual das leis de causa e efeito. Satanás só consegue trabalhar amparado pela
legalidade espiritual, o que nós conhecemos como “brechas”. Es as “brechas” nada mais são que pecados que
ferem os princípios espirituais de DEUS.

Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge, procurando alguém
para devorar. (1 Pedro 5:8)

Há lutas que servem como propósitos de DEUS em nossas vidas, que servem para prover crescimento espiri-
tual, aumento da fé, transformação do caráter, etc. Para essas lutas, o cristão enfrenta o deserto, porém assim
que o propósito é cumprido, ele entende que isso era o melhor para a vida dele.

Meus irmãos, tende por motivo de toda a alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da
vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança....Bem-aventurado o homem que suporta com perseveran-
ça a provação; porque, depois de ter sido aprovado,receberá a coroa da vida, a qual o SENHOR prometeu aos
que o amam. (Tiago 1:2-3 e 12)

Porém há ocasiões em que enfrentamos lutas que não precisaríamos enfrentar, sendo que às vezes deixamos de
ser abençoados por DEUS, porque no reino espiritual existiu uma barreira que não deixou que a promessa se
cumprisse. E isso não acontece porque a força das trevas supera o poder de DEUS, pois jamais satanás conse-
guirá derrotar JESUS, mas antes isso ocorre porque é nesse momento que a justiça de DEUS se manifesta. E
essas lutas desnecessárias ocorrem porque em alguns momentos não compreendemos a lei espiritual de causa
e efeito relacionadas com as promessas de DEUS.

O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. (Oséias 4:6)

Quando dizimamos e ofertamos na casa do SENHOR, além de sermos abençoados por DEUS, retiramos a
legalidade de o devorador tocar nas nossas finanças, e isso é lei espiritual. Porém se não dizimamos, automati-
camente damos ao devorador a legalidade de nos atingir com prejuízo financeiro, e isso também é lei espiritual.
Se mesmo ao dizimarmos estivermos enfrentando dificuldades financeiras, podemos ter a certeza absoluta de
que nossas finanças não estão sendo tocadas pelo nosso inimigo, mas sim pelo nosso DEUS, com o objetivo de
tratar de alguma maneira o nosso coração e a nossa fé. Lembre-se de que o amor ao dinheiro é a raiz de todos
os males (1 Timóteo 6:10), e se quisermos verdadeiramente andar com DEUS, temos que confiar somente em
DEUS e não no dinheiro e bens materiais.

As promessas de DEUS estão associadas com os princípios espirituais de causa e efeito. O que veremos nesse
estudo é que DEUS quer abençoar o seu povo, mas no mundo espiritual existe uma guerra constante sendo
travada, em que na primeira das legalidades o diabo consegue retardar, e às vezes até impedir que as bênçãos de
DEUS e as Suas promessas cheguem ao povo.

Se estudarmos qualquer outra religião, veremos que nessas doutrinas o relacionamento entre DEUS e o ho-
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mem funciona na base do merecimento. Enquanto que no evangelho do SENHOR JESUS CRISTO, DEUS
nunca agiu, não age e nunca agirá com base em nosso merecimento. Tudo que DEUS faz conosco é motivado
pela Sua graça, amor e misericórdia. E isso é o que basta para DEUS reescrever a história de cada homem e
mulher, mudando o rumo das vidas: de morte eterna para vida eterna, de jugo pesado para fardo leve e suave,
de acusação para justificação e inocência através do sacrifício de JESUS, de conformismo com a derrota para
a mudança de atitude e vitória. DEUS nos dá apenas uma vida, e isso já é razão suficiente para buscarmos mu-
danças imediatas.

O ódio excita contendas, mas o amor cobre todas as transgressões. (Provérbios 10:12)

Mas DEUS usou o apóstolo Paulo para alertar a igreja da existência da lei da semeadura, que diz que o homem
colherá aquilo que plantar, isso pelo fato de que precisamos entender que DEUS, além de misericordioso e gra-
cioso, é também justo juiz. Quando semeamos o mal, colhemos o mal; e quando semeamos o bem, colhemos o
bem. E quando colhemos o mal, podemos entender esse acontecimento como sendo a manifestação da justiça
de DEUS. E quando colhemos o bem, podemos entender esse acontecimento como sendo a manifestação da
graça de DEUS.

Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o
que semeia para a sua própria carne, da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito, do Espírito
colherá vida eterna. (Gálatas 6:7 e 8)

Mas junto com a mensagem de que DEUS é justo e está irado com o pecado do mundo, vem a mensagem de
que há perdão imediato em JESUS para todo o pecador arrependido e disposto a mudar sua história.

As leis espirituais e as promessas de DEUS caminham juntas, mas também cremos num DEUS que é soberano
sobre tudo e todos.

É, porventura, a lei contrária às promessas de DEUS? De modo nenhum. Porque se fosse promulgada uma lei
que pudesse dar vida, a justiça, na verdade, seria procedente da lei. Mas a escritura encerrou tudo sob o pecado,
para que mediante a fé em JESUS CRISTO fosse a promessa concedida aos que crêem. (Gálatas 3:21 e 22)

Quando DEUS decide derramar suas promessas sobre alguém, nada poderá detê-lo. E isso Ele faz motivado
pela sua misericórdia, independentemente das circunstâncias. E quando isso acontece não significa que os prin-
cípios e leis espirituais deixaram de existir, mas significa dizer que a misericórdia, a graça e o amor de DEUS
prevaleceram sobre a justiça e o juízo de DEUS.

A misericórdia triunfa sobre o juízo. (Tiago 2:13)

Porém nós não podemos zombar de DEUS, simplesmente desprezando a sua justiça e os seus juízos. Pois se a
nossa fé realmente estiver depositada em CRISTO JESUS, sim ou sim iremos obedecê-Lo, sim ou sim faremos
o possível e o impossível para não ferir e transgredir os princípios espirituais criados por DEUS. DEUS quer
nos abençoar, e o nosso papel é o de cooperar com Ele nesse trabalho.

Lembre-se, hoje a lei é espiritual. Quanta confusão ocorre em nosso meio porque às vezes não entendemos a
questão da lógica do reino espiritual. Mas DEUS tem prazer em abençoar o seu povo, e Ele quer nos abençoar,
e para isso precisamos fazer a nossa parte, entendendo como funciona o mundo espiritual e suas leis de causa
e efeito. A partir do momento que compreendermos os princípios e as leis espirituais criadas por DEUS, esta-
remos dando um avançado passo em direção ao cumprimento das promessas e do plano que DEUS tem para
nós. E para as promessas de DEUS, podemos dividi-las da seguinte maneira:

1 – Promessas incondicionais
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Nesse caso DEUS vai cumprir as Suas promessas independentemente do que somos, e independentemente das
nossas atitudes ou ações. O amor de DEUS é incondicional.

Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se DEUS é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou o
seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as
coisas? Quem intentará acusação contra os eleitos de DEUS? É DEUS quem os justifica. Quem os condenará?
É CRISTO JESUS quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de DEUS e também inter-
cede por nós. Quem nos separará do amor de CRISTO? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome,
ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos
considerados como ovelhas para o matadouro. Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por
meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os
principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem
qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de DEUS, que está em CRISTO JESUS, nosso SENHOR.
(Romanos 8:31-39)

O amor e a graça de DEUS são promessas incondicionais. DEUS nos dá essas promessas não importando o
que somos ou o que fazemos. Essas promessas devem fazer parte do nosso dia a dia. As pessoas que tornam o
amor e a graça de DEUS promessas condicionais, fatalmente acabam sofrendo.

O sacrifício de JESUS na cruz é também uma promessa incondicional, isso porque quer a pessoa reconheça
esse fato ou não, JESUS fez isso por amor a ela.

2 – Promessas condicionais

Nesse caso, as promessas condicionais dependem da nossa postura como crente em JESUS. Aqui nós colhe-
mos o que plantamos. As promessas condicionais podem ser dividas em duas condições: “se e somente se” ou
“então”.

I – Se e somente se

A <> B

Se A => B
Se Aº => Bº
Se B => A
Se Bº => Aº

Legenda:
A = a causa ocorre
Aº = a causa não ocorre
B = o efeito ocorre
Bº = o efeito não ocorre

Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado. (Marcos 16:16)

Como um exemplo, temos a promessa da salvação na condição “se e somente se”.


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Legenda:
A = crer em JESUS
Aº = não crer em JESUS
B = ser salvo
Bº = não ser salvo

II – Então

Se C => E
(causa) (então) (efeito)

a) ocorreu a causa
C => E

b) não ocorreu a causa


Cº => Eº ou E

c) ocorreu o efeito
E => Cº ou C

d) não ocorreu o efeito


Eº => Cº

Legenda
C = a causa ocorre
Cº = a causa não ocorre
E = o efeito ocorre
Eº = o efeito não ocorre

Alguns exemplos de causa e efeito na condição “então”.

C = obedecer os mandamentos de DEUS


Cº = não obedecer os mandamentos de DEUS
E = ser abençoado
Eº = não ser abençoado
C = beber água
Cº = não beber água
E = matar a sede
Eº = não matar a sede

- Os pontos a) e d) devem ser o foco de todo crente, pois são as duas únicas formas de certeza de que DEUS
age ou não age em determinada situação.
- Os pontos b) e c) são leis de Causa e Efeito, e não podemos fazer nada contra isso. Aqui DEUS poderá
agir ou não, segundo a misericórdia Dele (por exemplo: livramentos quando não conhecíamos ao SENHOR
ou nossa família ímpia sendo abençoada por termos nos convertido a JESUS), segundo os Seus propósitos.
Nesses dois pontos, caso DEUS abençoe, satanás pode tocar e roubar a benção. Em determinadas situações,
satanás tem um “certo poder” para dar coisas aos homens, mas é um oferecimento em troca de algo, jamais
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será de graça, como por exemplo: loteria, bingo, prostituição. (Mateus 4 – JESUS sendo tentado por satanás a
fazer certas coisas em troca de algo).

O povo no deserto conseguia viver apenas as misericórdias de DEUS, e não as bênçãos. Nós temos que viver,
além das misericórdias, viver também as bênçãos de DEUS, precisamos viver o 100% do que DEUS tem para
nós. Quando DEUS enviava o maná no deserto, Ele estava demonstrando as suas MISERICÓRDIAS. Já o
leite e o mel prometido ao povo representavam as BÊNÇÃOS de DEUS. Há uma diferença entre viver as mi-
sericórdias e
as bênçãos de DEUS.

Mais alguns exemplos de causa e efeito

Respondeu-lhe JESUS: Não te disse eu que se creres verás a glória de DEUS? (João 11:40)
C = crer
E = ver a glória de DEUS.
O crente crê para ver, e não vê para crer.

Agrada-te do SENHOR, e ele satisfará aos desejos do teu coração. (Salmo 37:4)
C = agrada-se do SENHOR
E = ter os desejos satisfeitos
O segredo está em se agradar do SENHOR. Saul se preocupava em agradar o povo enquanto Davi se preocupa-
va em agradar a DEUS. Por isso, Davi era chamado de “o homem segundo o coração de DEUS”, e as bênçãos
perseguiam a Davi.

Abaixo veremos algumas das milhares de promessas de DEUS que estão na bíblia a nossa disposição. Temos
que observar em cada uma delas a(s) causa(s) e o(s) efeito(s).

1 - Gênesis 22:16-17 - e disse: Jurei, por mim mesmo, diz o SENHOR, porquanto fizeste isso, e não me negaste
seu único filho, que deveras te abençoarei e certamente multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos
céus e como areia na praia do mar; a tua descendência possuirá a cidade dos seus inimigos.

2 - Êxodo 23:25 e 26 - Servireis ao SENHOR vosso DEUS, e Ele abençoará o vosso pão e a vossa água; e tirará
do vosso meio as enfermidades. Na tua terra não haverá mulher que aborte, nem estéril; o número dos teus dias
completarei.

3 – Deuteronômio 4:4 – Porém vós, que permanecestes fiéis ao SENHOR vosso DEUS, todos hoje estais
vivos.

4 - Deuteronômio 5:16 – Honra ao teu pai e a tua mãe, como o SENHOR teu DEUS te ordenou, para que se
prolonguem os teus dias, e para que te vá bem na terra que o SENHOR teu DEUS te dá.
5 - Josué 1:8 – Não cesses de falar deste livro da lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de
fazer segundo a tudo quanto nele está escrito; então farás prosperar o teu caminho e serás bem sucedido.

6 – 1 Samuel 12:14 – Se temerdes ao SENHOR, e o servirdes e lhe atenderdes à voz, e não lhe fordes rebeldes
ao mandado, e seguirdes ao SENHOR vosso DEUS, assim vós como o vosso rei que governa sobre vós, bem
será.

7 – 2 Samuel 22:7 – Na minha angústia invoquei o SENHOR, clamei a meu DEUS; Ele do seu templo ouviu
minha voz, e o meu clamor chegou aos seus ouvidos.

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8 – 1 Reis 11:38 – Se ouvires tudo o que eu te ordenar, e andares nos meus caminhos, e fizeres o que é reto pe-
rante mim, guardando os meus estatutos e os meus mandamentos, como fez Davi, meu servo, eu serei contigo,
e te edificarei uma casa estável, como edifiquei a Davi, e te darei Israel.

9 – 2 Reis 17:39 – Mas ao SENHOR vosso DEUS temereis, e Ele vos livrarás das mãos de todos os vossos
inimigos.

10 – 1 Crônicas 28:20 – Disse Davi a Salomão, seu filho: Sê forte e corajoso, e faze a obra; não temas, nem te
desanimes, porque o SENHOR DEUS, meu DEUS, há de ser contigo; não te deixará nem te desamparará, até
que acabes todas as obras para o serviço da casa do SENHOR

11 – 2 Crônicas 7:14 - se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, orar e me buscar, e se con-
verter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra.

12 - Esdras 8:23 – Nós, pois, jejuamos, e pedimos isto ao nosso DEUS, e Ele nos atendeu.

13 - Jó 42:10 - Mudou o SENHOR a sorte de Jó, quando este orava pelos seus amigos; e deu-lhe o dobro de
tudo o que antes possuíra.

14 - Salmo 121:1-2 – Elevo os olhos para os montes: de onde me virá o socorro? O meu socorro vem do SE-
NHOR, que fez o céu e a terra.

15 - Provérbios 14:27 – O temor do SENHOR é fonte de vida, para evitar os laços da morte.

16 - Isaías 40:31 - mas os que esperam no SENHOR renovam as suas forças, sobem com asas como águias,
correm e não se cansam, caminham e não se fatigam.

17 - Isaías 44:22 – Desfaço as tuas transgressões como a névoa, e os teus pecados como a nuvem; torna-te para
mim porque Eu te remi.

18 - Isaías 64:4 – Porque desde a antigüidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos
se viu DEUS além de ti, que trabalha para aquele que Nele espera.

19 - Jeremias 29:12-14 – Então me invocareis, passareis a orar a mim, e Eu vos ouvirei. Buscar-me-eis, e me
achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração. Serei achado de vós, diz o SENHOR, e farei mudar a
vossa sorte.

20 - Lamentações 3:22 – As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as Suas
misericórdias não têm fim.

21 - Daniel 12:13 – Tu, porém, segue o teu caminho até o fim; pois descansarás, e, ao fim dos dias, te levantarás
para receber a tua herança.

22 - Oséias 6:3 – Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao SENHOR: como alva a sua vinda é certa; e Ele
descerá sobre nós como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra.

23 - Joel 2:32 – E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo.
24 - Amós 5:14 – Buscai o bem e não o mal, para que vivais: e assim o SENHOR, o DEUS dos Exércitos, estará
convosco, como dizeis.

25 - Jonas 2:7 – Quando dentro em mim desfalecia a minha alma, eu me lembrei do SENHOR; e subiu a Ti a
minha oração, no Teu santo templo.
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26 - Miquéias 2:7 – ...Sim, as minhas palavras fazem o bem ao que anda retamente.

27 - Malaquias 3:10 – Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e
provai-me nisto, diz o SENHOR do Exércitos, se Eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós
bênção sem medida.

28 - Mateus 6:33 - buscai, pois, em primeiro lugar, o Seu reino e a Sua justiça, e todas as coisas vos serão acres-
centadas.

29 - Marcos 10:29-30 – Tornou JESUS: Em verdade vos digo que ninguém há que tenha deixado casa, ou
irmãos, ou irmãs, ou mãe, ou pai, ou filhos, ou campo, por amor de mim e por amor do evangelho, que não re-
ceba, já no presente, o cêntuplo de casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições; e, no mundo
por vir, a vida eterna.

30 - Lucas 11:9-10 – Por isso vos digo: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo
o que pede recebe; o que busca encontra; e a quem bate, abrir-se-vos-á.

31 - João 1:12 – Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de DEUS; a saber:
aos que crêem no Seu nome.

32 - João 12:26 – Se alguém me serve, siga-me, e onde Eu estou, ali estará também o meu servo. E, se alguém
me servir, o Pai o honrará.

33 - Atos 16:31 – Responderam-lhe: Crê no SENHOR JESUS, e serás salvo, tu e tua casa.

34 - Romanos 8:1 – Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em CRISTO JESUS.

35 – 1 Coríntios 2:9 - mas, como está escrito: Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou
em coração humano o que DEUS tem preparado para aqueles que o amam.

36 – 2 Coríntios 2:10-11 – A quem perdoais alguma coisa, também eu perdôo; porque de fato o que tenho per-
doado, se alguma coisa tenho perdoado, por causa de vós o fiz na presença de CRISTO, para que satanás não
alcance vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios.

37 - Gálatas 6:9 – E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos.

38 - Efésios 6:13 – Portanto, tomai toda a armadura de DEUS, para que possais resistir no dia mau, e, depois
de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis.

39 - Filipenses 2:14-15 – Fazei tudo sem murmurações nem contendas, para que vos torneis irrepreensíveis
e sinceros, filhos de DEUS inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis
como luzeiros do mundo.

40 - Colossensses 3:23-24 – Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo coração, como para o SENHOR, e não para
homens, cientes de que recebereis do SENHOR a recompensa da herança.

41 – 1 Timóteo 1:15 – Fiel é a palavra e digna de toda aceitação, que CRISTO JESUS veio ao mundo para salvar
os pecadores, dos quais eu sou o principal.

42 – 2 Timóteo 1:12 - e por isso estou sofrendo estas coisas, todavia não me envergonho; porque sei em quem
tenho crido, e estou certo de que Ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia.

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43 - Hebreus 4:16 – Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao Trono da Graça, a fim de recebermos
misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna.

44 - Tiago 1:12 – Bem-aventurado o homem que suporta com perseverança a provação; porque, depois de ter
sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o SENHOR prometeu aos que o amam.

45 - Tiago 5:16 – Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros, para serdes curados.
Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.

46 – 1 Pedro 2:2 - desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que por
ele vos seja dado crescimento para salvação.

47 – 1 Pedro 5:6 – Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de DEUS, para que Ele, em tempo oportuno,
vos exalte.

48 – 1 João 1:9 – Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos pu-
rificar de toda injustiça.

49 – 1 João 5:5 – Quem é o que vence o mundo se não aquele que crê ser JESUS o Filho de DEUS?

50 - Apocalipse 22:14 – Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que
lhes assista o direito à arvore da vida, e entrem na cidade pelas portas.

Essas são apenas algumas das promessas que DEUS tem para a nossa vida. Devemos meditar em cada uma de-
las, e aproveitá-las ao máximo. A vontade de DEUS para nós é maravilhosa. Todos nós temos que viver dentro
das condições de recebermos as promessas de bênção.

As promessas de DEUS nos são dadas para que possamos estar fundados em JESUS, porque todas as promes-
sas foram dadas por Ele e através Dele, para que toda a nossa atenção esteja Nele e não em nós mesmos. Foi
JESUS quem conquistou na cruz todas as promessas para nós.

A partir desse estudo, DEUS nos fará enxergar melhor o Reino Espiritual e suas promessas. Precisamos conhe-
cer as promessas e as leis espirituais para não inventar, aumentar ou diminuir os seus princípios.

È óbvio que o SENHOR deseja abençoar as pessoas, no entanto quando desejamos as bênçãos e os dons mais
do que desejamos o próprio DEUS, corremos sérios riscos de sermos vítimas do egocentrismo e do orgulho,
mas na sua misericórdia e desejo de nos preservar, Ele freqüentemente faz cessar as bênçãos. Toda a história
do antigo testamento é um círculo vicioso em que vemos: libertação > benção > auto-satisfação > idolatria >
pecado > escravidão > opressão > arrependimento > humildade > busca ao SENHOR > libertação > benção
> etc > então esse círculo vicioso começa novamente. Nós não podemos cair nesse engano nos dias de hoje.

DEUS tem promessas de bênçãos espirituais e bênçãos materiais para nós, e um grande segredo para que as
conquistemos é a nossa obediência a Ele. A fé exclusivamente em JESUS nos trás a salvação (que é sem dúvida
a maior de todas as bênçãos). Enquanto que a obediência a DEUS nos trás as demais bênçãos do Reino dos
céus (plenitude do Espírito Santo, dons espirituais, revelações de DEUS, prosperidade, intimidade, autoridade
espiritual, unção, etc). A palavra benção significa “alegria no SENHOR”, e nós somente nos alegramos Nele
quando andamos nos passos Dele. Obedecer é um dos maiores privilégios que podemos ter. DEUS se revela
àquele que é obediente. Nosso DEUS é rico em abençoar, com bênçãos sem medidas. A cada dia com DEUS,
você vai encontrar e receber novas promessas.

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Questões relacionadas ao estudo.

11) Qual é a maior promessa incondicional de DEUS?


12) Qual é a diferença entre uma promessa incondicional e uma promessa condicional?
13) Cite dois versículos com promessas que não estão na apostila, sendo uma “se e somente se” e outra “en-
tão”.
14) Agora com os dois versículos acima, exemplifique usando a legenda do estudo.

Aula prática.

Reflita sobre o que você tem colhido ultimamente. Você consegue se lembrar o que plantou? Se você está co-
lhendo bênçãos, continue plantando para colher ainda mais. Mas se você não está colhendo bênçãos, saiba que
há boas novas! Com JESUS podemos iniciar um novo plantio diariamente.

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Aula 3

Ora, a fé é a certeza das coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem. (Hebreus 11:1)

Fé é a crença em algo que não pode ser visto, tocado ou provado. Na Bíblia, a fé descreve a crença em DEUS.
A partir do momento que a nossa fé em CRISTO cresce, passamos a vê-Lo, tocá-Lo e provar as coisas de
DEUS.

Iniciando esse estudo de fé a partir do primeiro versículo do livro de Hebreus, entendemos que para o cristão,
a fé não se trata de algo abstrato. A fé do cristão pode crescer ou pode diminuir, pode ser bem aplicada ou mal
aplicada.

Estamos abordando uma das principais ferramentas do cristão. Ao mesmo tempo em que a fé é uma arma de
guerra contra o diabo, ela é também um meio de se adorar a DEUS. Em nossa caminhada com JESUS, sincera-
mente não me recordo de ter visto alguém cheio de fé murmurar contra DEUS. Pelo contrário, aquele que está
cheio de fé tende a adorar e agradecer a DEUS em todo tempo.

Embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. (Efé-
sios 6:16)

Enquanto essas coisas lhes dizia, eis que um chefe, aproximando-se, o adorou, e disse: Minha filha faleceu agora
mesmo; mas vem, impõe a tua mão sobre ela, e viverá. (Mateus 9:18)

E eis que um leproso, tendo-se aproximado, adorou-o, dizendo: SENHOR, se quiseres, podes purificar-me.
(Mateus 8:2)

Quer agradar a DEUS? Então peça o dom da fé sobre sua vida, porque “sem fé é impossível agradar a DEUS.”
(Hebreus 11:6)

Todo homem e mulher nascem com uma fé. É a chamada fé natural. Por exemplo, até mesmo aquele que se diz
ateu, quando trabalha, ele crê que seu chefe vai lhe remunerar, então ele possui uma fé natural. Todos crêem
em alguém ou em alguma coisa, e até em si mesmo. O feiticeiro tem fé nos rituais que faz, o idólatra tem fé nas
imagens. Porém, a fé natural não gera a salvação. Outro problema da fé natural é que ela muito provavelmente
conduz a pessoa ao erro, como confiar em tudo e em todos, exceto em DEUS, pois a fé natural é fria e movida
pela razão, ou seja, crer somente naquilo que se vê. Por isso, a fé natural não é o objetivo desse estudo. O nosso
objetivo é abordar a fé sobrenatural.

Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de DEUS. (Efésios 2:8)

Nós não nascemos com essa fé sobrenatural. Nós conquistamos a fé que agrada a DEUS. Existem várias
formas de se conquistar essa fé, como por exemplo, através de oração, através de uma busca contínua, mas
é principalmente através das provas, dos testes e das lutas em que DEUS nos coloca, que conquistamos a fé
sobrenatural que vem de DEUS.

A fé é um dispositivo que DEUS deu aos homens para trazer à existência ao plano físico e natural, as coisas que
até então só existem no plano espiritual. A fé é uma espécie de moeda do crente, aonde existe a seguinte relação:
quanto mais fé, mais resultados. Se eu creio com fé, eu posso aguardar com segurança, pois sei que algo vai

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acontecer na minha vida, sei que DEUS vai agir por mim. Enquanto a fé do ímpio não tem fundamentos, a fé
do crente é totalmente fundamentada na Palavra e na fidelidade de DEUS. Eu posso crer, não porque eu acho,
ou sinto, mas porque DEUS disse “está escrito”, e a Sua Palavra sempre se cumpre quando obedecemos.

Visto que andamos por fé, e não pelo que vemos. (2 Coríntios 5:7)

A fé é a certeza do acontecimento das coisas que se esperam. Quando temos fé em DEUS, temos a certeza
absoluta de que Ele vai cumprir a sua promessa e a sua palavra nas nossas vidas. Ter fé é ter a confiança plena
em DEUS, é sentir total segurança nos planos e propósitos Dele.

O desejo de DEUS é que todos sejam homens e mulheres cheios de fé, pessoas que vivem movidas pela fé em
DEUS.

Visto que a justiça de DEUS se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé. (Ro-
manos 1:17)

Quando usamos o termo “de fé em fé”, estamos falando de uma seqüência de fé. Podemos nos imaginar su-
bindo uma escada, onde cada degrau representa um estágio da fé. Isso significa que durante a nossa caminhada
com JESUS teremos várias experiências de fé, teremos vários níveis de fé, como uma seqüência de fé, um fato
após o outro que resulta no crescimento da fé. Podemos dizer que a nossa fé exclusiva em JESUS resulta na
nossa salvação, e isso é o primeiro passo de fé na caminhada “de fé em fé”. Os níveis seguintes dessa caminhada
mostrarão que estaremos vivendo dentro do Reino de DEUS, aqui na Terra.

Cinco efeitos produzidos em nós através da fé em JESUS CRISTO.

I. A fé produz SALVAÇÃO.

A fé em JESUS resulta em salvação da nossa alma. A fé em Cristo é a única condição prévia que DEUS exige
do homem para salvá-lo. Ter a fé de que JESUS é o único, exclusivo e suficiente SENHOR e Salvador de nossa
alma.

Responderam-lhe: Crê no SENHOR JESUS, e serás salvo, tu e tua casa. (Atos 16:31)

A fé em JESUS que resulta em salvação é denominada fé salvífica. A fé salvífica é crer em CRISTO como o
Messias, o Filho de DEUS, que venceu o pecado e a morte. Esta é a única condição prévia que DEUS exige do
homem para salvá-lo. Mas a fé não é somente uma confissão a respeito de CRISTO, e sim uma ação dinâmica,
que brota no coração do crente com um desejo de servir e se tornar à imagem e semelhança de JESUS. Lembre-
se: os demônios também crêem!

Crês, tu, que Deus é um só? Fazes bem. Até os demônios crêem e tremem. (Tiago 2:19)

II. A fé produz CONFIANÇA em DEUS.

Então, partiram do monte Hor, pelo caminho do mar Vermelho, a rodear a terra de Edom, porém o povo
se tornou impaciente no caminho. E falou contra Deus e contra Moisés: Por que nos fizestes subir do Egito,
para que morramos neste deserto, onde não há pão nem água? E a nossa alma tem fastio deste pão vil. Então,
o Senhor mandou entre o povo serpentes abrasadoras, que mordiam o povo; e morreram muitos do povo de
Israel. Veio o povo a Moisés e disse: Havemos pecado, porque temos falado contra o Senhor e contra ti; ora ao
Senhor que tire de nós as serpentes. Então, Moisés orou pelo povo. Disse o Senhor a Moisés: Faze uma serpente
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abrasadora, põe-na sobre uma haste, e será que todo mordido que a mirar viverá. Fez Moisés uma serpente de
bronze e a pôs sobre uma haste; sendo alguém mordido por alguma serpente, se olhava para a de bronze, sarava.
(Números 21: 4-9)

Quando a nação de Israel estava no deserto, a caminho do Mar Vermelho, o povo se tornou impaciente e co-
meçou a falar contra DEUS e contra o líder Moisés. Vendo isso, DEUS mostrou seu juízo e enviou para o meio
deles serpentes abrasadoras que mordiam o povo. O resultado foi o arrependimento pelo pecado que estavam
cometendo. Quando DEUS viu que o povo se arrependera do mal que havia cometido, Ele mandou Moisés
levantar uma serpente de bronze para que todo aquele que olhasse para ela fosse sarado. Temos que observar
que somente aquelas pessoas que confiaram em DEUS e obedeceram a sua instrução foram saradas.

E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levanta-
do, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna. (João 3: 14 e 15)

Do mesmo modo DEUS levantou JESUS, para que todo o que nele colocasse sua confiança fosse sarado.

III. A fé produz ARREPENDIMENTO.

O Arrependimento nos leva a abandonar o mau caminho e se voltar a DEUS. A pessoa que verdadeiramente
se arrepende decide largar as coisas relacionadas a satanás e ao mundo, para andar fielmente com JESUS, se
voltando aos valores de DEUS. Sabemos que uma pessoa se arrepende quando ela passa a não mais admitir
qualquer circunstância em sua vida que desagrade a DEUS.

E assim, se alguém está em CRISTO, é nova criatura; as coisas antigas se passaram; eis que se fizeram novas. (2
Coríntios 5:17)

Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os vossos pecados. (Atos 3:19)

IV. A fé produz OBEDIÊNCIA a JESUS.

A nossa obediência é exercitada através da nossa fé em JESUS. Fé e obediência sempre caminharão juntas,
sendo elas inseparáveis.

Quanto maior a fé em JESUS, menos serão os questionamentos e maiores e mais freqüentes será o agir de
DEUS.

Jesus respondeu, e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para
ele, e faremos nele morada. (João 14:23)

V. A fé produz FIDELIDADE a DEUS.

Através da nossa fé, DEUS passa a confiar os seus segredos em nossas mãos. É formada uma relação de fide-
lidade de ambas as partes, ou seja, de um lado experimentamos a fidelidade de DEUS, e de outro lado, DEUS
encontra em nós uma pessoa fiel à Ele.

Disse o SENHOR: Ocultarei a Abraão o que estou para fazer, visto que Abraão certamente virá a ser uma
grande e poderosa nação, e nele serão benditas todas as nações da terra? (Gênesis 18: 17 e 18)

DEUS encontrou em Abraão alguém que pudesse revelar os segredos e planos que ainda aconteceriam, pois
sabia da fidelidade da parte do seu servo. DEUS conhecia o coração de Abraão e sabia que podia confiar nele.
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DEUS anseia em revelar seus segredos aos seus servos, aonde a condição para isso é a fidelidade.

Muitas pessoas são cheias de fé, mas a canaliza de forma errada. Vemos isso quando, por exemplo, quando
pessoas depositam sua fé em bens materiais, no dinheiro, no sucesso, no poder, nas imagens, em outros deuses,
e até em servos de DEUS.

Assim diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no homem, faz da carne mortal o seu braço, e aparta o seu
coração do SENHOR! Porque será como o arbusto solitário no deserto, e não verá quando vier o bem; antes
morará nos lugares secos do deserto, na terra salgada e inabitável. Bendito o homem que confia no SENHOR,
e cuja esperança é o SENHOR. Porque ele é como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes
para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e, no ano de sequidão não se perturba
nem deixa de dar fruto. (Jeremias 17: 5-8)

DEUS a todo tempo nos fala que a nossa segurança, nosso sustento e provisão não estão em homens ou qual-
quer outra coisa, mas estão somente Nele. Maldito é aquele que canaliza sua fé em alguém ou em algo, e que
depende de outro, pois acaba atraindo maldição para sua vida. Se depositarmos nossa fé nos bens materiais ou
nas criaturas, é certo que DEUS vai interferir para que redirecionemos a fé no alvo certo.

O diabo age bem discretamente induzindo a nossa carne a se manifestar. Um exemplo disso foi o que aconteceu
com Davi, que tinha tudo, intimidade com DEUS, um amigo verdadeiro, um conselheiro, um profeta, o maior
cargo do reino, uma esposa e filhos, mas num certo ponto de sua vida ele deixou que o diabo o conduzisse ao
erro (adultério e “assassinato”). Mas DEUS teve que tirar tudo isso dele para corrigi-lo, forçando-o a clamar por
DEUS, quando ele se refugiou numa caverna, aonde foi um tempo dele rever sua fé em DEUS. (salmo 142).
No salmo 34, vemos Davi depois de sua passagem pela caverna, acompanhado daqueles que precisavam de fé.
E ao ouvir a palavra de DEUS pregada por Davi, aqueles homens foram se enchendo de fé para formar um
exército. A fé veio pelo ouvir a palavra de DEUS.

E, assim, a fé vem pela pregação e a pregação pela palavra de CRISTO. (Romanos 10:17)

A fé tem que crescer a cada dia de nossa vida, e durante toda a nossa vida, e pela fé a pessoa vive a sua vida e
sustenta a sua esperança nas coisas eternas.

Se a nossa esperança em CRISTO se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens. (1
Coríntios 15:19)

A fé cristã é a confiança no DEUS eterno, imortal, invisível e real, e em suas promessas garantidas por Jesus. A
fé em Cristo é um ato pessoal, que envolve a mente, o coração e a vontade. Para a pessoa continuar salva, ela
tem que continuar crendo durante a sua vida. A fé é também acompanhada de perseverança até o fim.

Sereis odiados de todos por causa do meu nome; aquele, porém, que perseverar até ao fim, esse será salvo.
(Mateus 10:22)

DEUS é uma pessoa, então você pela fé deixa de ocupar o seu tempo com outras coisas e passa a ocupar o seu
tempo com DEUS.

Fé e Obras.

A justificação vem pela fé também, mas a fé legítima que agrada a DEUS nunca está sozinha, sempre vem

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acompanhada das boas obras como conseqüência. As obras da lei não podem nos justificar ou nos colocar em
uma posição de justiça diante de DEUS. A lei tem um só propósito para nós: mostrar que somos pecadores e
que precisamos da glória de DEUS. É mediante a fé em JESUS CRISTO que somos justificados para podermos
estar em comunhão com o Pai. Nós somos justificados diante de DEUS pela fé, e não pelas obras da lei.

Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de DEUS; não de obras, para que
ninguém se glorie. (Efésios 2: 8 e 9)

Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com DEUS, por meio de nosso Senhor JESUS CRISTO. (Romanos
5:1)

porque não há distinção, pois todos pecaram e carecem da glória de DEUS. (Romanos 3: 22 e 23)

Sabendo, conduto, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim, mediante a fé em CRISTO JESUS,
também nós temos crido em CRISTO JESUS, para que fôssemos justificados pela fé em CRISTO e não por
obras da lei; pois por obras da lei ninguém será justificada. (Gálatas 2:16)

Sempre foi assim, mesmo antes da primeira vinda de JESUS. Abraão foi justificado pela sua fé no SENHOR.

Ele creu no SENHOR, e isso lhe foi imputado para justiça. (Gênesis 15:6)

Podemos definir nossas obras como sendo as ações exteriores a nossa vida, como por exemplo, a frequência
na igreja, a oração, a caridade, os ministérios dentro da igreja, etc. Somos justos não pelas nossas obras, mas
pela nossa fé em JESUS. A fé verdadeira sempre vem acompanhada das boas obras, portanto a fé sem obras é
considerada morta, nula. Nossas obras não nos justificam diante de Deus. Boas obras são resultados de uma fé
com motivação correta: motivação em DEUS.

Meus irmãos, qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras? Pode, acaso, semelhante fé sal-
vá-lo? Se um irmão ou uma irmã estiverem carecidos de roupa e necessitados do alimento cotidiano, e qualquer
dentre vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, sem, contudo, lhes dar o necessário para o corpo,
qual é o proveito disso? Assim, também a fé, se não tiver obras, por si só está morta. Mas alguém dirá: Tu tens
fé, e eu tenho obras; mostra-me essa tua fé sem as obras, e eu, com as obras, te mostrarei a minha fé. Crês, tu,
que DEUS é um só? Fazes bem. Até os demônios crêem e tremem. Queres, pois, ficar certo, ó homem insen-
sato, de que a fé sem as obras é inoperante? Não foi por obras que Abraão, o nosso pai, foi justificado, quando
ofereceu sobre o altar o próprio filho, Isaque? Vês como a fé operava juntamente com as suas obras; com efeito,
foi pelas obras que a fé se consumou, e se cumpriu a escritura, a qual diz: Ora, Abraão creu em DEUS, e isso
lhe foi imputado para justiça;e foi chamado amigo de DEUS. Verificais que uma pessoa é justificada por obras e
não por fé somente. De igual modo, não foi também justificada por obras a meretriz Raabe, quando acolheu os
emissários e os fez partir por outro caminho? Porque, assim como o corpo sem espírito é morto, assim também
a fé sem obras é morta. (Tiago 2:14-26)

Provação e Tentação.

Existe uma grande diferença entre provação e tentação. A provação é colocada em nossa vida por DEUS, já a
tentação é colocada pelo diabo.

Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança a provação; porque, depois de ter sido aprovado,
receberá a coroa da vida, a qual o SENHOR prometeu aos que o amam. Ninguém, ao ser tentado, diga: Sou
tentado por DEUS; porque DEUS não pode ser tentado pelo mal, e Ele mesmo a ninguém tenta. (Tiago 1: 12
e 13)

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DEUS coloca provações na vida de seu filho para aprimorar o caráter a fim de que ele ande em Seus caminhos.
Mais adiante veremos como Abraão foi provado por DEUS quando teve de oferecer seu filho Isaque.

Recordar-te-ás de todo o caminho, pelo qual o SENHOR teu DEUS te guiou no deserto estes quarenta anos,
para te humilhar, para te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias ou não os seus manda-
mentos. (Deuteronômio 8:2)

DEUS é Onisciente (tem o conhecimento de todas as coisas existentes), portanto para toda provação sempre há
um propósito divino. A provação serve para sermos aprovados por DEUS. Todo cristão, sem exceção, é colo-
cado em provações para aprimoramento de suas qualidades e para que a sua fé seja valiosa aos olhos de DEUS.
Quando DEUS nos coloca numa provação, na verdade Ele sabe que nós somos capazes de enfrentar e superar
a luta. A provação serve para o cristão se conhecer melhor, e conhecer também o DEUS a quem serve.

Já a tentação é a atração em se praticar o mal por objetivo de obter prazer ou lucro. A tentação pode ter origem
no diabo ou no ser humano.

A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. (Mateus 4:1)

Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de
haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte. (Tiago 1.14-15)

Jesus foi tentado pelo diabo e venceu, podendo assim socorrer todo aquele que é tentado pelo inimigo.

Pois, naquilo que ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados. (He-
breus 2:18)

Devemos vigiar e orar para não cedermos à tentação e cairmos na armadilha do diabo.

Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca. (Mateus
26:41)

Normalmente, a provação é algo que leva certo tempo, enquanto que a tentação é normalmente algo rápido (o
diabo me tenta, eu o repreendo e ele sai da minha frente).

Quando o inimigo pretende tramar a queda do crente, ele só pode trabalhar dentro do limite estabelecido por
DEUS. Ninguém é tentado acima das suas forças.

Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas DEUS é fiel e não permitirá que sejais tentados além
das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais
suportar. (1 Coríntios 10:13)

O apóstolo Paulo deixa bastante claro que o cristão não estaria livre de tentações, mas que DEUS os manteria
nos seus limites e sempre forneceria um escape para que o cristão pudesse continuar resistindo.

Às vezes, diante de um problema grande, deixamos de olhar o poder e o tamanho do nosso DEUS. Quando
enfrentarmos situações extremamente complicadas, isso vai servir para comprovarmos a suprema grandeza do
poder de DEUS que age por nós, e aumentar mais e mais a nossa fé. Não podemos ter receio em dizer para
DEUS que precisamos da ajuda Dele em nossa fé – SENHOR, nos ajuda, aumente a nossa fé!

E perguntou ao pai dele: Quanto tempo há que lhe sucede isto? E ele disse-lhe: Desde a infância. E muitas vezes
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o tem lançado no fogo, e na água, para o destruir; mas, se tu podes fazer alguma coisa, tem compaixão de nós, e
ajuda-nos. E JESUS disse-lhe: Se tu podes crer, tudo é possível ao que crê. E logo o pai do menino, clamando,
com lágrimas, disse: Eu creio, SENHOR! ajuda na minha falta de fé. E JESUS, vendo que a multidão concorria,
repreendeu o espírito imundo, dizendo-lhe: espírito mudo e surdo, eu te ordeno: Sai deste jovem e nunca mais
torne a ele. (Marcos 9:21-25)

Quando enfrentamos situações complicadas aos nossos olhos, elas servem para:
• Pedirmos ajuda a DEUS;
• Sermos forjados em nosso caráter por DEUS;
• Crescermos em fé;
• Comprovar o poder de DEUS em nossas vidas.

Nós vivemos pelo que cremos, e não pelo que vemos. Há uma enorme diferença nisso, pois o crente primeiro
crê para depois ver, e não vê para depois crer. Isso é agradar a DEUS, é andar pela fé.

Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de DEUS para salvação de todo aquele que
crê; primeiro do judeu, e também do grego. Porque nele se descobre a justiça de DEUS de fé em fé, como está
escrito: Mas o justo viverá da fé. (Romanos 1:16 e 17)

O crente enxerga aquilo que o mundo não consegue ver. O mundo enxerga o imediatismo e o materialismo,
enquanto que aquele que agrada a DEUS enxerga as coisas antes mesmo de elas ocorrerem. Os olhos do nosso
coração devem enxergar com mais clareza do que os nossos olhos físicos. Aquilo que vemos no reino espiritual
deve ser mais real daquilo que vemos no reino natural.

Pela fé (Moisés) deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como vendo o invisível. (Hebreus
11:27)

A maneira de DEUS não é o imediatismo. Obviamente DEUS pode operar com base no imediatismo, mas
normalmente não ocorre dessa forma. Normalmente, nós temos que plantar, regar, cultivar, para então colher
os frutos. Essa é a forma que DEUS escolheu. Você se recorda quando aceitou a JESUS como SENHOR e
Salvador da sua vida? E optou por abandonar os princípios do mundo para seguir aos princípios de CRISTO?
Seus problemas foram resolvidos de forma automática e imediata? Na grande maioria dos casos a resposta é
negativa. Mas a realidade é que os problemas estão sendo resolvidos à medida que os expomos a DEUS, e isto
vem sendo feito ao longo do caminhar cristão. Se o nosso coração estiver focado para os sinais e maravilhas de
DEUS, muito provavelmente não veremos os milagres de DEUS. Mas se o nosso coração estiver voltado para
DEUS, certamente os sinais e milagres acompanharão em nossas vidas.

A verdadeira fé é a capacidade de ver a eternidade, e isso nos liberta do apego aos cuidados e preocupações com
as coisas do mundo que está se acabando.

Um grande exemplo disso é Abraão. Sua visão com o coração era mais aguçada do que sua visão com os olhos
naturais. Ele simplesmente deixou para trás a maior cultura da época para obedecer, pela fé, uma voz que ele
escutou, pois ele creu que aquela voz era do DEUS vivo.

Ora, disse o SENHOR a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, e vai para a terra que te
mostrarei. (Gênesis 12:1)

Quando DEUS chamou Abraão, Ele ainda iria mostrar a nova terra. Pela fé Abraão largou tudo e partiu em
direção a promessa. Abraão olhou para o futuro e viveu por aquela promessa como se ela já tivesse se cumpri-
do.

E o que dizer então de quando DEUS pediu o seu filho da promessa, Isaque? Isaque foi o fruto de uma pro-
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messa, ele foi conquistado através da fé, e isso em um processo em longo prazo.

Depois dessas coisas, pôs DEUS Abraão à prova e lhe disse: Abraão! Este lhe respondeu: Eis-me aqui! Acres-
centou DEUS: Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em
holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei. Levantou-se, pois, Abraão de madrugada e, tendo pre-
parado o seu jumento, tomou consigo dois dos seus servos e a Isaque, seu filho; rachou lenha para o holocausto
e foi para o lugar que DEUS lhe havia indicado. Ao terceiro dia, erguendo Abraão os olhos, viu o lugar de
longe. Então, disse a seus servos: Esperai aqui, com o jumento; eu e o rapaz iremos até lá e, havendo adorado,
voltaremos para junto de vós. Tomou Abraão a lenha do holocausto e a colocou sobre Isaque, seu filho; ele,
porém, levava nas mãos o fogo e o cutelo. Assim, caminhavam ambos juntos. Quando Isaque disse a Abraão,
seu pai: Meu pai! Respondeu Abraão: Eis-me aqui, meu filho! Perguntou-lhe Isaque: Eis o fogo e a lenha, mas
onde está o cordeiro para o holocausto? Respondeu Abraão: DEUS proverá para si, meu filho, o cordeiro para
o holocausto; e seguiam ambos juntos. Chegaram ao lugar que DEUS lhe havia designado; ali edificou Abraão
um altar, sobre ele dispôs a lenha, amarrou Isaque, seu filho, e o deitou no altar, em cima da lenha; e, estendendo
a mão, tomou o cutelo para imolar o filho. Mas do céu lhe bradou o Anjo do SENHOR: Abraão! Abraão! Ele
respondeu: Eis-me aqui! Então, lhe disse: Não estendas a mão sobre o rapaz e nada lhe faças; pois agora sei que
temes a DEUS, porquanto não me negaste o filho, o teu único filho. Tendo Abraão erguido os olhos, viu atrás
de si um carneiro preso pelos chifres entre os arbustos; tomou Abraão o carneiro e o ofereceu em holocausto,
em lugar de seu filho. E pôs Abraão por nome àquele lugar – O SENHOR Proverá. Daí dizer-se até ao dia
de hoje: No monte do SENHOR se proverá. Então, do céu bradou pela segunda vez o Anjo do SENHOR a
Abraão e disse: Jurei, por mim mesmo, diz o SENHOR, porquanto fizeste isso e não me negaste o teu único
filho, que deveras te abençoarei e certamente multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus e como
a areia na praia do mar; a tua descendência possuirá a cidade dos seus inimigos, nela serão benditas todas as
nações da terra, porquanto obedeceste à minha voz. (Gênesis 22:1-18)

Quando Abraão obedeceu a DEUS e entregou seu filho Isaque, ele sabia que DEUS poderia ressuscitá-lo a
qualquer momento seu filho.

Pela fé ofereceu Abraão a Isaque, quando foi provado; sim, aquele que recebera as promessas ofereceu o seu
unigênito. Sendo-lhe dito: Em Isaque será chamada a tua descendência, considerou que DEUS era poderoso
para até dentre os mortos o ressuscitar. (Hebreus 11:17 e 18)

O escritor Rick Joyner nos explicou em seu livro “Havia duas árvores no jardim” que Abraão não vivia por um
reino temporário, mas vivia para um reino da eternidade, o reino de DEUS é um reino eterno. Por isso a bíblia o
descreve como o “amigo de DEUS”. Abraão não confiava em si próprio, mas confiava no SENHOR. Homens
naturais não podem conceituar e compreender as coisas que são eternas, já os homens espirituais compreendem
Aquele que é eterno, e as coisas que são eternas. Todo homem e mulher de fé têm visão espiritual. Trata-se de
ver coisas que os olhos naturais não conseguem ver. A fé verdadeira não é uma receita nem um sentimento. O
apóstolo Paulo explicou que os “olhos do nosso coração” precisam ser abertos (Efésios 1:18), porque “com o
coração o homem crê” (Romanos 10:10). A verdadeira fé é a capacidade de ver a eternidade e isso nos liberta
do apego aos cuidados e preocupações deste mundo que está por acabar.

Tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação e
quais as riquezas da glória da sua herança nos santos e qual a suprema grandeza do seu poder sobre nós, os que
cremos, segundo a operação da força do seu poder. (Efésios 1:18-19)

Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda compara-
ção, não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais,
e as que se não vêem são eternas. (2 Coríntios 4:17 e 18)

Quando começamos a enxergar as coisas com os olhos do nosso coração e com fé, o futuro se torna tão real
quanto o passado e o presente. A verdadeira fé é demonstrada por ter paz em qualquer circunstância que o
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SENHOR nos colocar.

Alegrei-me, sobremaneira, no SENHOR porque, agora, uma vez mais, renovastes a meu favor o vosso cuida-
do; o qual também já tínheis antes, mas vos faltava oportunidade. Digo isto, não por causa da pobreza, porque
aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de
tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância
como de escassez; tudo posso naquele que me fortalece. (Filipenses 4:10-13)

Paulo foi açoitado, apedrejado, caluniado, teve fome e frio, enfrentou naufrágio e a prisão, tudo isso por amor
a CRISTO. E em tudo isso ele perseverou em fé, porque ele enxergava o reino espiritual. A fé de Paulo fazia
com que ele soubesse quem ele era em CRISTO, mas antes disso, a fé dele fazia com que ele soubesse quem
JESUS era nele.

A verdadeira fé vem sempre acompanhada de paciência, e a paciência é a demonstração da verdadeira fé. DEUS
quis que Abraão esperasse muitos anos até que a sua promessa se cumprisse, e ao invés dele ser desencorajado
pelo passar do tempo, a sua fé cresceu mais forte até o milagre acontecer em sua vida.

Abraão, esperando contra a esperança, creu, para vir a ser pai de muitas nações, segundo lhe fora dito: Assim
será a tua descendência. E, sem enfraquecer na fé, embora levasse em conta o seu próprio corpo amortecido,
sendo já de cem anos, e a idade avançada de Sara, não duvidou, por incredulidade, da promessa de Deus; mas,
pela fé, se fortaleceu, dando glória a Deus, estando plenamente convicto de que ele era poderoso para cumprir
o que prometera. (Romanos 4:18-21)

A fé de Abraão foi testada por DEUS, e DEUS o aprovou.

E assim, depois de esperar com paciência, obteve Abraão a promessa. (Hebreus 6:15)

Quando a nossa fé é testada e aprovada, isso resulta em nós paciência e perseverança.

Sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz a perseverança. (Tiago 1:3)

Se na nossa fé não houver nenhum tipo de dúvida ou incredulidade, sem dúvida alguma, nossas orações serão
respondidas conforme a vontade de DEUS.

E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto,
e ser-lhe-á dada. Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; porque o que duvida é semelhante à onda do mar,
que é levada pelo vento, e lançada de uma para outra parte. (Tiago 1:5 e 6)

Porque nos tornamos participantes de Cristo, se retivermos firmemente o princípio da nossa confiança até ao
fim. Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração, como na provocação. Por-
que, havendo-a alguns ouvido, o provocaram; mas não todos os que saíram do Egito por meio de Moisés. Mas
com quem se indignou por quarenta anos? Não foi, porventura, com os que pecaram, cujos corpos caíram no
deserto? E a quem jurou que não entrariam no seu repouso, senão aos que foram desobedientes? E vemos que
não puderam entrar por causa da sua incredulidade. (Hebreus 3:14-19)

A fé em JESUS age das seguintes formas em nossas vidas:


• Eu tenho certeza das promessas de DEUS;
• Eu ajo conforme essas promessas;
• Eu confio no poder de DEUS;
• Eu supero as desvantagens e lutas;
• Eu considero JESUS o mais importante sobre todos e sobre tudo.

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A fé é necessária na nossa vida para que a gente atravesse circunstâncias extremamente difíceis aos olhos huma-
nos. È através dela que eu tenho a confiança em DEUS para realizar feitos incomuns e grandes tarefas. Com a
fé, estou capacitado a ter uma confiança sobrenatural na vontade e no propósito de DEUS para a minha vida.

A fé também me capacita a receber de DEUS: cura, milagre, sustento, expulsar demônio, batismo no ESPÍRI-
TO SANTO, etc. A verdadeira fé não é somente confiar que DEUS pode fazer certas coisas. É saber que Ele
quer fazer certas coisas por nós, simplesmente porque nos ama. Lembre-se, sem fé é impossível agradá-lo.

A fé que agrada a DEUS faz com que nós acreditemos quem somos em CRISTO, e além disso, que acreditemos
quem Ele é em nós.

Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço e as fará maiores
do que estas, porque eu vou para meu Pai. (João 14:12)

O tempo é um teste infalível para a fé. Se a nossa fé é a verdadeira, ela crescerá mais forte, independente das
circunstâncias que parecem fazer o seu cumprimento distante. Se não for a verdadeira fé, o tempo a matará. A
verdadeira fé vê a mão de DEUS em tudo, independente do tempo que Ele leva até o cumprimento da promes-
sa, ou da maneira pela qual Ele faz a Sua obra. DEUS tem ordenado que todos nós temos que ter fé e paciência
para herdarmos as Suas promessas.

Entre o lugar em que nós recebemos a promessa por DEUS e a terra prometida, há um deserto a ser atravessa-
do que é exatamente o oposto do que foi prometido a nós. Por exemplo, o povo de Israel recebeu a promessa
de que habitariam em uma terra que manava leite e mel, mas nas suas peregrinações iniciais não havia sequer
água! Quando DEUS te promete abundância financeira, certamente você enfrentará um deserto financeiro. Se
DEUS te promete uma varoa, certamente você enfrentará um período justamente sem uma ajudadora. Esse
intervalo de tempo serve para que nós nos aprofundemos nas coisas de DEUS.

Todos nós temos duas opções: confiar em DEUS ou duvidar Dele. Quem confiou (Josué e Calebe) herdou a
promessa.

Se a fé é a certeza absoluta, o diabo vai lançar na sua mente a dúvida, o medo e a insegurança, como fez com
Abraão. Porque mesmo Abraão teve um momento de incredulidade. O seu filho Ismael foi resultado do lapso
de paciência de Abraão. Após muitos anos de espera pelo seu filho da promessa, ele começou a seguir a sua
própria razão ao invés da direção do Espírito (Gálatas 4:23). A consequência do método próprio de Abraão
ainda causa grandes estragos internacionais nos dias de hoje: Ismael (árabes) x Isaque (judeus). Há um contí-
nuo conflito entre aquele que é nascido da carne e aquele que é nascido do espírito. Como Ismael era filho de
Abraão, o SENHOR fez dele também uma grande nação (Gênesis 17:17-20), ainda que Ele soubesse que ele
iria causar um grande problema para a semente prometida. DEUS não pode mentir, então Ele fez também de
Ismael uma grande nação e confirmou a promessa de que Isaque seria pai de multidões.

Podemos observar três estágios na fé de Abraão:


1) Começou bem: quando saiu da sua terra natal
2) Depois vacilou: quando gerou Ismael
3) Terminou bem: retomou a confiança quando ofereceu Isaque.

Hoje, para mantermos a nossa fé em DEUS, e ainda aumentá-la, devemos diariamente buscarmos ser cheios do
ESPÌRITO SANTO. Andar de fé em fé significa sempre seguir em frente, e jamais voltar para trás e desistir das
promessas feitas por DEUS, quer as mesmas promessas tenham sido feitas a uma semana ou um ano.

Há um princípio espiritual quando falamos de fé: “no lugar aonde existe mais fé, mais coisas acontecem”.

Mais fé > mais coisas acontecem


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Então, lhes tocou os olhos, dizendo: Faça-se-vos conforme a vossa fé. E abriram-se-lhes os olhos. (Mateus 9:
29 e 30)

Menos fé > menos coisas acontecem


E não fez ali muitos milagres, por causa da incredulidade deles. (Mateus 13:58)

A fé é que vai gerar os sinais e os milagres. E não é o milagre que vai gerar em nós a fé. Primeiro vem a fé, e
depois como conseqüência DEUS derramará sobre nós os seus milagres. Crer para ver, e não ver para crer !!!

Um relacionamento correto com DEUS se baseia na fé, através de uma confiança profunda que Deus é quem
Ele diz ser e faz o que diz que fará. Além disso, você é o que a bíblia diz que você é, você pode fazer aquilo que
a bíblia diz que você pode, e você tem aquilo o que a bíblia diz que você tem. “Mas não O vejo nem O sinto! E
agora?” A fé é uma escolha, e não um sentimento. Jamais se deixe levar pelas circunstâncias ou por aquilo que
os outros dizem.

Questões relacionadas ao estudo.

15) Qual a diferença entre a fé natural e a fé sobrenatural?


16) Cite os cinco efeitos da fé em JESUS produzidos em nós.
17) De acordo com Jeremias 17, como o homem pode canalizar sua fé erroneamente?
18) Qual a relação entre fé e obras?
19) O que é provação?
20) O que é tentação?
21) Normalmente, qual a maneira que DEUS trabalha na vida do homem?
22) Cite as formas que a fé em JESUS age em nossas vidas?

Aula prática.

De acordo com Romanos 10:17, a fé vem pelo ouvir a palavra de DEUS. Faça uma lista daquilo que hoje é
“impossível” que aconteça na sua vida, selecione um versículo de promessa (aula 2) e durante a semana ore
declarando esse versículo sobre a sua vida, exercitando a sua fé em JESUS.

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Aula 4

Amor

O amor é a essência de DEUS. O amor sincero e verdadeiro é um sentimento que representa o nosso DEUS.
Ele é a nossa fonte de amor. É DEUS quem nos ensina a dar e a receber amor.

Aquele que não ama não conhece a DEUS; porque DEUS é amor. (1 João 4:8)

O amor é uma escolha, e não uma atitude natural. Atitudes naturais são aquelas em que a pessoa pratica como
conseqüência de algum outro fato anterior. Por exemplo, comer é uma atitude natural (a pessoa come quando
tem fome), sono é uma atitude natural (a pessoa dorme quando tem sono), respirar é uma atitude natural, etc. Já
o amor esperado por DEUS é uma atitude que independe de outras, é uma atitude que independe do que outras
pessoas façam. Gostar é muito diferente de amar. Amar é se dar e se doar. Já o gostar dá uma conotação de
julgamento e semelhança, sendo uma relação baseada em trocas e conveniências. O grande desafio do homem
é viver a sua vida em amor.

Amar é gastar tempo com alguém. Quanto mais tempo você gasta com algo, mais amor você tem por isso. E
quando passamos a gastar tempo em amor de uma maneira que agrada a DEUS, estamos investindo e aplicando
esse tempo, e certamente haverá um grande retorno nisso.

No grego antigo, havia três palavras que significavam amor:


• Amor Philéo: é o amor-amizade. Esse amor é aquele que sentimos com nossos irmãos e pais.
• Amor Eros: é o amor sexual entre um homem e uma mulher, e como sabemos, esse amor deve ser praticado
dentro do casamento.
• Amor Ágape: é o amor que caracteriza DEUS. Trata-se do sentimento que DEUS tem por nós, um amor leal,
firme e fiel. Não importa o que o homem faça, o amor de DEUS não aumentará e não diminuirá, simplesmente
vai continuar o mesmo, ou seja, um amor eterno, infinito e imensurável. É um amor tão grande a ponto de ser
sacrifical.

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê
não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16)

O diabo não conhece o amor, ele não consegue ter e praticar o amor. O amor para ele é algo insuportável. E
como ele não suporta o amor, ele tenta distorcê-lo da seguinte forma:
• tenta fazer com que o amor philéo seja motivado por interesse.
• tenta fazer com que o amor eros seja praticado fora do casamento.
• tenta fazer com que os homens não se sintam dignos de receber o amor ágape e tampouco viver e distribuir
esse amor.

Nós conseguiremos cumprir o grande mandamento de amar o inimigo quando vivermos na ação do Espírito e
não quando vivermos na reação da carne.

Quando falamos do amor de DEUS, estamos falando de um amor santo.

DEUS é luz, e não há nele treva nenhuma. (1 João 1:5)

Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como

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o sino que tine. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda
que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria. E ainda que
distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser quei-
mado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria. O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o
amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses,
não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo
espera, tudo suporta. O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão;
havendo ciência, desaparecerá; Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos; Mas, quando vier o
que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, falava como menino, sentia
como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas
então conhecerei como também sou conhecido. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três,
mas o maior destes é o amor. (1 Coríntios 13)

Esse amor não vem naturalmente após a nossa conversão a JESUS CRISTO. É algo que precisa ser conquistado
com luta e perseverança durante a nossa caminhada com DEUS.

A nossa vida aqui na Terra é passageira. Existe um dom que é maior do que todos os outros, trata-se do dom
do amor. Toda profecia, palavra, cura, milagre, são tremendos. Porém um dia tudo isso vai desaparecer, pois são
armas atuais que DEUS nos dá. O nosso alvo está no lugar que DEUS tem preparado para seus filhos, e no dia
em que vermos face a face o SENHOR (ver 1 Coríntios 13:12), esses dons não mais serão necessários. Mas o
dom do amor jamais passará, ele vai permanecer para sempre. Isso nos leva a conclusão de que como DEUS é
eterno, o amor também será eterno.

O amor é tão importante em nossas vidas que JESUS resumiu todos os mandamentos em apenas dois.

E os fariseus, ouvindo que ele fizera emudecer os saduceus, reuniram-se no mesmo lugar. E um deles, doutor da
lei, interrogou-o para o experimentar, dizendo: Mestre, qual é o grande mandamento na lei? E Jesus disse-lhe:
Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o
primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas. (Mateus 22:34-40)

O amor nos leva automaticamente ao cumprimento de todos os demais mandamentos e leis do SENHOR.

Nós temos que amar a todas as pessoas, mas JESUS estabeleceu uma seqüência (um ranking).
1º lugar > DEUS
2º lugar > próximo

Muitas pessoas dizem: “por que eu tenho que ir a igreja se eu já amo e faço o bem ao próximo?” Temos pelo
menos três respostas para isso:

1 – o SENHOR ordena a sua benção e a sua vida aonde há união entre os irmãos.
Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos......Ali ordena o SENHOR a sua benção, e a vida para
sempre (Salmo 133:1 e 3)

2 – A igreja é uma ordenança de JESUS, sendo que o inferno não prevalece sobre a cobertura espiritual da
igreja, e não sobre homens.
Também Eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não
prevalecerão contra ela. (Mateus 16:18)

3 – existe o “princípio do copo e da jarra”. No mundo, se alguém “pisar na bola” sucessivamente com o outro,
chegará um momento em que haverá uma explosão nessa relação. Para que isso não aconteça, é necessário que
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enchamos o nosso copo e a nossa jarra para que consigamos amar as pessoas. Amar quem nos ama é fácil,
porém amar quem nos faz o mal somente é possível através de DEUS. Tudo o que DEUS fez nas ordenanças
e mandamentos não são para Ele, e sim para nós.

Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de
Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor. Nisto se manifestou o
amor de Deus em nós: em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele.
Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Fi-
lho como propiciação pelos nossos pecados. Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também
amar uns aos outros. Ninguém jamais viu a Deus; se amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o
seu amor é, em nós, aperfeiçoado. Nisto conhecemos que permanecemos nele, e ele, em nós: em que nos deu
do seu Espírito. E nós temos visto e testemunhamos que o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo.
Aquele que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele, e ele, em Deus. E nós conhecemos e
cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor, e aquele que permanece no amor permanece em Deus,
e Deus, nele. Nisto é em nós aperfeiçoado o amor, para que, no Dia do Juízo, mantenhamos confiança; pois,
segundo ele é, também nós somos neste mundo. No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o
medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor. Nós amamos porque
ele nos amou primeiro. Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não
ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. Ora, temos, da parte dele, este mandamen-
to: que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão. (1 João 4:7-21)

Todo crente é um pecador que é amado incondicionalmente por DEUS. O cristão jamais deve condicionar o
amor de DEUS às suas ações. Mas quando o crente reconhece e aceita esse fato como real, ele entra na esfera
do amor de DEUS, se tornando também amoroso. Portanto, o amor a DEUS, o amor ao próximo e o amor a
si mesmo se derivam do próprio amor de DEUS. Para seguir JESUS, devemos “carregar” o Seu amor, devemos
fazer desse amor a nossa motivação de vida. É realmente incrível o que DEUS fez por nós, a prova de amor
que Ele nos deu. Você ofereceria a vida de seu filho por outro homem? DEUS ofereceu Seu Filho JESUS para
TODAS as pessoas, quer essas pessoas aceitem esse sacrifício ou não. Motivado por amor, DEUS mesmo sem
ter obrigação nenhuma, optou em ofertar o Seu Filho para nos salvar. Façamos do amor a nossa principal ca-
racterística. Que em nossas vidas se manifeste o amor a DEUS, o amor ao próximo e o amor a si mesmo.

• Amor a DEUS

Por que precisamos amar a DEUS em primeiro lugar? É porque vem Dele o nosso suprimento, a nossa capa-
citação. O amor é uma atitude que constrange as pessoas, pois o mundo não está acostumado a isso. E o amor
de DEUS nos constrange a ponto de não suportarmos mais permanecermos sujos diante Dele. Se amarmos as
pessoas antes de DEUS, poderemos tropeçar a qualquer momento. Se colocarmos as pessoas antes de DEUS,
nos decepcionaremos, pois todos nós sem exceção somos falhos. Quando amamos ao SENHOR acima de to-
dos e de tudo, recebemos grande proteção e livramento, além de sermos cheios pelo ESPÍRITO SANTO.

Se um dia nós não suportarmos viver sem algo que não seja DEUS, algo estará errado nas nossas vidas. Melhor
será revermos os nossos valores.

Não há amor verdadeiro sem doação de tempo. Sem tempo não existe o amor. Mas o que seria esse tempo?
Gastar tempo em oração, escrever uma carta, telefonar, etc. O homem precisa criar uma determinada disciplina
em seu relacionamento com DEUS para que consiga crescer em amor com DEUS.

Amar a DEUS é destinar tempo a Ele, e também é dar o melhor para Ele. Por exemplo, quando estudamos a
palavra de DEUS, estamos gastando tempo com DEUS. A primeira condição para amar a DEUS é destinar
tempo, e uma maneira de se conseguir fazer isso é administrar o tempo que temos.
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Doar tempo para DEUS não é a mesma coisa que fazer a obra de DEUS. Podemos trabalhar para DEUS, po-
rém não estarmos efetivamente com DEUS. Isso nos tornaria pessoas frias, duras e secas. Maior é a obra que
DEUS vai fazer NAS nossas vidas do que a obra que DEUS vai fazer COM as nossas vidas. Esse tempo que
DEUS quer de nós é algo íntimo e pessoal. É nesse momento que seremos cheios, será nesse momento que
DEUS encherá os nossos copos e jarras para que possamos distribuir esse mesmo amor ao mundo também.

DEUS entregou os mandamentos ao homem para que fossem cumpridos. Os mandamentos são ORDENS de
DEUS ao homem. E o primeiro mandamento é para amarmos a DEUS acima de todas as coisas.

Amarás, pois, o SENHOR teu DEUS de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças.
(Deuteronômio 6:5)

Amar a DEUS faz com que o cristão tenha experiências através de alguns fatos.

• Correspondência: o amor passa a fazer parte de ambos os lados do relacionamento. O homem passa a cor-
responder o amor transmitido originalmente por DEUS.

Nós amamos porque Ele nos amou primeiro. (1 João 4:19)

• Ser conhecido: quando o cristão manifesta o seu amor a DEUS, ele prova para o SENHOR que independen-
temente do que ocorra, a sua vida continuará nas mãos Dele.
Mas, se alguém ama a DEUS, esse é conhecido dele. (1 Coríntios 8:3)

• Receber livramento: há uma promessa de livramento para aqueles que amam a DEUS.

Porque a Mim se apegou com amor, Eu o livrarei; pô-lo-ei a salvo, porque conhece o meu nome. (Salmo
91:14)

• Viver o propósito de DEUS: quando amamos o SENHOR acima de todas as coisas, sempre estaremos con-
fiantes em qualquer que for a situação que enfrentarmos. Isso nos permite enxergar o PLANO COMPLETO
de DEUS para nós ao invés de enxergar apenas o plano imediato.

Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a DEUS, daqueles que são chamados
segundo o seu propósito. (Romanos 8:28)

• Ser abençoado: DEUS ama abençoar todo seu povo, e ama abençoar aqueles que o amam.

E será que, se diligentemente obedecerdes a meus mandamentos que hoje vos ordeno, de amar ao SENHOR
vosso DEUS, e de o servir de todo o vosso coração e de toda a vossa alma, Então darei a chuva da vossa terra
a seu tempo, a temporã e a serôdia, para que recolhais o vosso grão, e o vosso mosto e o vosso azeite. E darei
erva no teu campo aos teus animais, e comerás, e fartar-te-ás. (Deuteronômio 11:13-15)

• Ser obediente: como resultado do nosso amor a DEUS, desenvolvemos uma profunda obediência a Ele.

Se me amardes, guardareis os meus mandamentos. (João 14.15)


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Depois de terem comido, perguntou Jesus a Simão Pedro: Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me (agapos)
mais do que estes? Respondeu-lhe: Sim, Senhor; tu sabes que te amo (agapos). Disse-lhe: Apascenta os meus
cordeirinhos. Tornou a perguntar-lhe: Simão, filho de João, amas-me (agapos)? Respondeu-lhe: Sim, Senhor; tu
sabes que te amo (agapos). Disse-lhe: Pastoreia as minhas ovelhas. Perguntou-lhe terceira vez: Simão, filho de
João, amas-me (agapos)? Entristeceu-se Pedro por lhe ter perguntado pela terceira vez: Amas-me? E respon-
deu-lhe: Senhor, tu sabes todas as coisas; tu sabes que te amo (phileo). Disse-lhe Jesus: Apascenta as minhas
ovelhas. (João 21:15-17)

Na tradução da Bíblia para o português, os termos “ágape” e “philéo” são igualmente traduzidos por “amor”.
Porém como observamos no início, essas duas palavras gregas têm significados diferentes. O ultimo verso nos
mostra Pedro constrangido, admitindo para Jesus ainda tinha o amor “philéo”, e JESUS já sabia disso. Pedro
ainda teria o amor “ágape” a sua disposição quando o Espírito Santo habitasse em seu interior, pois o amor
“ágape” nada mais é o do que o amor de DEUS dentro de nós. Quando Pedro nega JESUS, isto não quer dizer
que ele não O amava, mas o fato era que ainda esse amor era condicional, Pedro não estava disposto a morrer
por este amor. Após a ascensão de JESUS e a descida do Espírito Santo, Pedro passa a ser morada de DEUS e
o amor “ágape” consegue ser desenvolvido no caráter de Pedro, e vemos o mesmo homem que negara JESUS,
declarar com intrepidez a mensagem do Evangelho, sem temer a prisão ou açoites (ver em Atos 4:1-20).

Quando a pessoa permite que o Espírito Santo habite dentro dele, ele lutará para andar em Espírito e manifes-
tará o fruto do Espírito, especificamente nesse caso o amor (amor ágape). Aquele que negava DEUS em suas
atitudes passa a ter firmeza e intrepidez diante das situações, colocando o amor a DEUS sobre todas as coisas
em sua vida! Aleluia!

Se me amardes, guardareis os meus mandamentos. (João 14.15)

Aqui está um versículo chave para o entendimento do que é amar a DEUS. Aquele que verdadeiramente ama
a DEUS, O coloca sobre tudo e sobre todos, fazendo exatamente o que deseja, e isso sempre com obediência
e humildade.

• Amor ao próximo:

Amar o próximo é o segundo mandamento que DEUS deu ao homem. Amar o próximo é também destinar
tempo a ele, demonstrando a importância dele em sua vida.

E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. (Mateus 22:39)

Ouvistes que foi dito: Amarás ao teu próximo, e odiarás ao teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai aos vossos
inimigos, e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai que está nos céus; porque ele
faz nascer o seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre justos e injustos. Pois, se amardes aos que vos amam,
que recompensa tereis? não fazem os publicanos também o mesmo? (Mateus 5:43-46)

Nossa carne e alma são incentivados por satanás a amar somente as pessoas que “merecem” o nosso amor. No
entanto, o amor é uma característica do fruto do Espírito de DEUS em nossas vidas. O verdadeiro amor não é
interesseiro, e por isso é capaz de alcançar até os inimigos. O amor não deseja o mal e nem se alegra até mesmo
quando o inimigo cai ou perece, mas busca sempre o bem.

O amor é uma atitude e não um sentimento, como o mundo prega. Nós ESCOLHEMOS amar e não espera-
mos um sentimento brotar para que então possamos ter atitude de amor. O verdadeiro amor jamais acaba.

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O AMOR NUNCA FALHA!

Quando os caminhos do homem agradam ao SENHOR, faz que até os seus inimigos tenham paz com ele.
(Provérbios 16:7)

Se alguém diz: Eu amo a DEUS, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu,
não pode amar a DEUS, a quem não viu. E dele temos este mandamento, que quem ama a DEUS ame também
a seu irmão. (1 João 4:20 e 21)

• Amar a si mesmo:

Também é destinar tempo a si mesmo, aproveitar ao máximo a vida que DEUS nos deu.

Certamente, darás os dízimos de todo o fruto das tuas sementes, que ano após ano se recolher do campo. E,
perante o SENHOR, teu DEUS, no lugar que escolher para ali fazer habitar o seu nome, comerás os dízimos
do teu cereal, do teu vinho, do teu azeite e os primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas; para que aprendas
a temer o SENHOR, teu DEUS, todos os dias. Quando o caminho te for comprido demais, que os não possas
levar, por estar longe de ti o lugar que o SENHOR, teu DEUS, escolher para ali pôr o seu nome, quando o
SENHOR, teu DEUS, te tiver abençoado, então, vende-os, e leva o dinheiro na tua mão, e vai ao lugar que o
SENHOR, teu DEUS, escolher. Esse dinheiro, dá-lo-ás por tudo o que deseja a tua alma, por vacas, ou ove-
lhas, ou vinho, ou bebida forte, ou qualquer coisa que te pedir a tua alma; come-o ali perante o SENHOR, teu
DEUS, e te alegrarás, tu e a tua casa. (Deuteronômio 14:22-26)

Além de entregar primeiramente o dízimo para o SENHOR, DEUS nos orienta a separarmos um dízimo para
nós mesmos, fazendo tudo o que quisermos desde que esteja de acordo com a vontade de DEUS. Existe um
segredo espiritual em se entregar as primícias para DEUS. A partir dessa atitude ELE vai nos dar toda a dire-
ção para amar ao próximo e amarmos a nós mesmos. Precisamos entregar as primícias do nosso TEMPO e da
nossa VIDA para DEUS.

A expressão “amarás a teu próximo como a ti mesmo” é mencionada na bíblia através de Moisés, Paulo e Tiago,
e é claro, por JESUS. Um tipo adequado de amor próprio é a base normal do relacionamento com os outros.
Em nenhum momento DEUS diz para que odiemos ou negligenciemos a nós mesmos, ou que nos auto depre-
ciemos.

Autonegação significa negar não o nosso valor próprio, mas a nossa vontade própria, e em abandonar a busca
da glória própria. A crucificação do eu é a nossa disposição em renunciar o nosso ego carnal. Não significa que
renunciaremos ou depreciaremos os dons que DEUS nos deu; significa sim que nós nos rendemos a DEUS
para que os dons sejam manifestos nas nossas vidas de acordo com vontade DELE.

A auto estima cristã descansa no firme fundamento de saber que somos aceitos, amados e apreciados pelo
próprio DEUS. Esse conhecimento gera em nós uma humildade que nasce da gratidão pela graça imerecida de
DEUS, e que dele provém. Sentimentos de inferioridade, insegurança e inadequação não vêm de DEUS, mas
de satanás, como uma falsificação da verdadeira humildade.

O segundo é este: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. (Marcos 12:31)

Assim como quereis que os homens vos façam, do mesmo modo lhes fazei vós também. (Lucas 6:31)

Muitas vezes não conseguimos amar o nosso próximo e nem a DEUS porque não temos amor por nós mesmos.
Muitos são os traumas e experiências duras durante nossas vidas que satanás usa para que nos consideremos
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pessoas sem valor. Até mesmo nossa família pode ser usada pelo inimigo para que nos sintamos desprezados.
Mas o SENHOR disse: ainda que teus pais te abandonem, Eu te recolherei (Salmo 27:10).

Porque eu sou o Senhor teu Deus, o Santo de Israel, o teu Salvador; por teu resgate dei o Egito, e em teu lugar
a Etiópia e Seba. Visto que foste precioso aos meus olhos, e és digno de honra e eu te amo, portanto darei ho-
mens por ti, e es povos pela tua vida. (Isaías 43:3 e 4)

Só podemos dar o que temos. Se não temos amor por nossa própria vida, não podemos amar a outros. O pri-
meiro passo é receber o grande amor de DEUS e a cura para toda enfermidade da alma.

...porque ele mesmo disse: Não te deixarei, nem te desampararei. (Hebreus 13:5b)

Ainda que você tenha imperfeições, lembre-se que DEUS te ama, e pagou um alto preço para provar este amor.
Quando somos cheios de amor, conseguimos praticar os mandamentos de JESUS.

Hoje não vivemos debaixo da lei, e sim vivemos debaixo da graça. Isso significa que somos salvos pela graça
de DEUS através do sacrifício de JESUS na cruz e não pelas leis de DEUS, e que vivemos para cumprir a mais
importante lei, que é a lei do amor,e cumprindo a lei do amor, cumprimos as demais. Não há dúvida de que a lei
do amor é o centro em torno do qual giram todos os mandamentos e direções das escrituras, sendo também o
princípio que lhes dá o seu significado. Não é suficiente que evitemos assassinar, adulterar, ou roubar, pois agora
os mandamentos são outros. Agora não podemos guardar rancor, não ser rancorosos, não ser lascivos e nem
gananciosos. Essas são as novas exigências. Mas através do Espírito de DEUS, somos aptos para cumpri-las.

Todos nós conseguimos amar porque primeiro somos amados de SENHOR, recebemos o Seu amor para poder
transmitir aos outros e a Ele mesmo. Amamos a DEUS por causa do Seu amor. Aconteça o que acontecer em
nossas vidas, nós jamais deixaremos de ser amados pelo SENHOR.

Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou o
seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as
coisas? Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É
Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por
nós. Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou
perigo, ou espada? Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados
como ovelhas para o matadouro. Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele
que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados,
nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer
outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor. (Romanos 8:31-39)

O amor de DEUS é incondicional, e nada pode nos separar deste amor!

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Questões relacionadas ao estudo.

23) Descreva o tipo de amor que caracteriza DEUS.


24) JESUS resumiu todas as leis em duas. Quais?
25) Com suas palavras, por que devemos amar a DEUS em primeiro lugar?
26) Como podemos amar o próximo?

Aula prática.

Durante sua semana, demonstre de forma concreta como você tem amado a DEUS (por exemplo, gastando
tempo com Ele em adoração), amado ao próximo (por exemplo, através de palavras e de tempo gasto) e amado
a si mesmo (por exemplo, valorizando suas qualidades, suas bênçãos espirituais e materiais que DEUS te deu).

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Aula 5

A Graça de DEUS

Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se DEUS é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou o
seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as
coisas? Quem intentará acusação contra os eleitos de DEUS? É DEUS quem os justifica. Quem os condenará?
É CRISTO JESUS quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de DEUS e também inter-
cede por nós. Quem nos separará do amor de CRISTO? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome,
ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos
considerados como ovelhas para o matadouro. Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por
meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os
principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem
qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de DEUS, que está em CRISTO JESUS, nosso SENHOR.
(Romanos 8:31-39)

Deus nos amou primeiro mesmo nós não tendo nada a oferecer a Ele. Isso porque Ele jamais deixará de amar
alguma pessoa, pois Seu amor não é inconstante, não aumenta e nem diminui.

Graça é um presente de DEUS que recebemos sem o nosso merecimento. Graça é um favor imerecido ou algo
concedido livremente por DEUS para aquela pessoa que não merece. Podemos dizer que graça é o amor de
DEUS agindo em nosso favor, dando-nos livremente o seu perdão, a sua aceitação e o seu favor (imerecido). A
graça é motivada unicamente pelo amor e misericórdia de DEUS para conosco, e não por causa de dignidade
ou merecimento de nossa parte.

Graça é o dom através do qual Deus estende misericórdia e salvação às pessoas. A graça de Deus permite que
Ele confronte a indiferença e rebelião do homem com Sua capacidade ilimitada de perdoar e abençoar.

Às vezes nós temos dificuldade em entender o verdadeiro significado da graça de DEUS. Porém a maior difi-
culdade do homem com relação à graça de DEUS é simplesmente aceitá-la. Às vezes nós não sabemos aceitar
isso como um presente, como um presente em que não precisamos dar nada em troca. A graça de DEUS é um
presente incondicional.

Estamos acostumados a “comprar” consideração, amor, respeito, fazendo algo “por merecer” para as pessoas,
mas este é um “vício” da natureza humana, e a graça é um atributo DIVINO, e não humano! A graça dá ao
homem participação na natureza divina. Como o carvão em contato com o fogo, que continua sendo carvão,
mas é purificado e adquire as propriedades do fogo.

Nós não precisamos fazer nenhum esforço, não precisamos estar limpos e santificados para receber esse pre-
sente. Precisamos apenas querer receber e aceitá-lo, e assim podermos usufruir a graça. É maravilhoso viver no
amor e na graça de DEUS.

Você com certeza já escutou a seguinte frase: “vivemos na época da graça e não da lei”. Isso está correto, porém
temos que entender que nós vivemos na graça e também cumprimos as leis. E temos que ficar alerta para não
cairmos em uma falsa graça quando fazemos coisas que desagradam a DEUS sem o menor temor, manipulando
assim o perdão de DEUS.

O que significa então quando dizemos “eu vivo na graça e não na lei”? Significa que não seremos salvos se cum-

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prirmos as leis, e sim seremos salvos se recebermos a graça de DEUS, através do sacrifício de JESUS na cruz.

Não penseis que vim revogar a lei ou os profetas: não vim para revogar, vi para cumprir. (Mateus 5:17)

Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para
que ninguém se glorie. (Efésios 2: 8 e 9)

As leis não nos garantem a salvação, elas foram criadas por DEUS para que o homem viva sua vida aqui na terra
da melhor forma possível. A graça sempre será a base do relacionamento entre DEUS e os homens, e aplicada
desde a pessoa mais correta a mais pecadora. A bíblia diz que a misericórdia triunfa sobre o juízo, isto é, em sua
infinita sabedoria DEUS já sabia que nós não conseguiríamos guardar todas as 613 leis, e por isso manifestou
a sua graça sobre nós.

Pois qualquer que guardar toda a lei, mas tropeçar em um só ponto, tem-se tornado culpado de todos. (Tiago
2:10)

Porque o juízo será sem misericórdia para aquele que não usou de misericórdia; a misericórdia triunfa sobre o
juízo. (Tiago 2:13)

O fariseu é um exemplo bíblico de uma pessoa que desconhece a graça. Com suas 613 leis que detalhavam a
vida cotidiana, ele transformou a justiça em uma ciência exata, aonde não havia espaço para o amor, só havendo
espaço para o julgamento. O fariseu era zeloso em guardar todas as leis, mas se esquecia da principal: a lei do
amor.

Ora, vendo isto, os fariseus perguntavam aos discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e
pecadores? Mas Jesus, ouvindo, disse: Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes. (Mateus 9:11 e 12)

JESUS não veio revogar a lei, mas veio cumpri-la. Quando Ele resumiu todas as leis em apenas duas, Ele estava
dizendo o segredo para conseguir cumprir todas as demais.

A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor com que vos ameis uns aos outros; pois quem ama o
próximo tem cumprido a lei. Pois isto: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não cobiçarás, e, se há qual-
quer outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. O amor não
pratica o mal contra o próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor. (Romanos 13:8-10)

Antes (época das leis) X Depois (época da graça)


Bastava não assassinar X Além disso, não posso guardar rancor;
Bastava não adulterar X Além disso, não posso ser lascivo;
Bastava não roubar X Além disso, não posso ser ganancioso.
Hoje em dia, essas são as novas exigências que DEUS nos faz.

Não foi DEUS quem se separou do homem, e sim o homem quem se separou de DEUS, quando buscou a sua
independência. DEUS continua a amar o pecador, e a amar MUITO o pecador. JESUS veio para aqueles que
estão pobres e doentes de espírito, para aqueles que têm algum vazio a preencher. JESUS abomina o pecado,
mas ama ao extremo o pecador.

A graça também muda nossa filiação. De filho e herdeiro de pessoas comuns, passamos a ser filhos do REI. A
graça de DEUS não muda nosso passado, mas sim o nosso presente e o futuro. Um bom exemplo de pessoas
que alcançaram a graça de DEUS são Raabe e Bate-Seba, uma prostituta e uma adúltera, que são mencionadas
na linhagem de JESUS (Mateus 1:1-17). A graça nos leva a participarmos da história de JESUS, a despeito de
nosso passado!

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Mesmo no Antigo Testamento, DEUS revelou Sua graça e misericórdia com o povo, que por tantas vezes
o traiu e o abandonou, prostrando-se para outros deuses; Mas DEUS constantemente perdoou o povo e o
chamou de volta para Si, não porque o povo merecia, mas porque DEUS permaneceu fiel à promessa feita a
Abraão, Isaque e Jacó, através de Sua graça.

Em JESUS CRISTO, DEUS manifestou a plenitude de Sua graça, transmitida aos crentes pelo ESPÍRITO
SANTO, que nos dá o consolo, o perdão e o poder para fazer a vontade de DEUS.

A graça é para TODOS, mas infelizmente nem todos correspondem. A graça é principalmente para os que
estão em trevas, afundados em pecados, lembre-se de como você estava quando JESUS te chamou!

Sobreveio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça.
(Romanos 5:20)

A grande dificuldade do homem é aceitar a graça de DEUS. Às vezes, achamos que não precisamos dela nas
situações em que não enfrentamos dificuldades como, por exemplo, na área financeira, sentimental, etc.
A graça é um presente incondicional de DEUS. É uma mentira pensarmos que desfrutaremos o amor e a acei-
tação de DEUS dependendo do nosso desempenho como cristãos, do que fazemos ou não na obra, dos nossos
esforços. É um erro misturarmos a lei (desempenho próprio) com a graça (presente de DEUS).

Pelo homem ter a tendência ao pecado, ele possui o defeito de condicionar o recebimento da graça a algo
executado por ele. A graça de DEUS não pode ser conquistada. A graça é algo que nos é dado gratuitamente.
Para recebê-la, não precisamos fazer nenhum esforço, e não precisamos estar limpos e santificados. Apenas
precisamos querer recebê-la e aceitá-la.

A graça de DEUS atinge todos os habitantes da terra, sem distinção entre cristãos (seguidores e discípulos de
JESUS) e ímpios (não seguidores e não discípulos de JESUS). Não podemos pensar que DEUS gosta mais dos
cristãos do que dos ímpios. A diferença está em saber a existência dessa graça e agir de acordo com a vontade
de DEUS.

Quando entendemos e aceitamos a graça de DEUS um sentimento sobrenatural de amor por JESUS toma o
nosso coração, porque mesmo não O vendo, entendemos o valor de Sua graça. Um dos melhores exemplos
disto é a parábola dos dois devedores (Lucas 7), que JESUS usou para explicar para um fariseu o grande amor
que a mulher pecadora tinha por ELE, pois esta lavou Seus pés com lagrimas e enxugou com seus cabelos.

Perdoados lhe são os pecados, que são muitos; porque ela muito amou; mas aquele a quem pouco se perdoa,
pouco ama. (Lucas 7:47)

Ou ainda passam a ser religiosos, acreditando que por suas obras, por suas vidas dentro da Lei, são santos. So-
bre estes, a Palavra afirma que caíram da graça de DEUS. (Gálatas 5:4) Quem não recebe a graça de DEUS, ou
não a compreende, torna-se religioso! Por isso foi que JESUS ordenou ao leproso que não contasse o milagre
ao povo.

E veio a ele um leproso que, de joelhos, lhe rogava, dizendo: Se quiseres, bem podes tornar-me limpo. Jesus,
pois, compadecido dele, estendendo a mão, tocou-o e disse-lhe: Quero; sê limpo. Imediatamente desapareceu
dele a lepra e ficou limpo. E JESUS, advertindo-o secretamente, logo o despediu, dizendo-lhe: Olha, não digas
nada a ninguém; mas vai, mostra-te ao sacerdote e oferece pela tua purificação o que Moisés determinou, para
lhes servir de testemunho. Ele, porém, saindo dali, começou a publicar o caso por toda parte e a divulgá-lo, de
modo que JESUS já não podia entrar abertamente numa cidade, mas conservava-se fora em lugares desertos; e
de todos os lados iam ter com ele. (Marcos 1:40-45)

JESUS ordenou ao leproso que não contasse o milagre ao povo porque a humanidade de ontem é semelhante à
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humanidade de hoje. JESUS quis dizer ao leproso para não colocar holofotes no milagre que acabava de acon-
tecer, pois senão o povo iria querer apenas um curandeiro e milagreiro, e JESUS não veio para isso. Há várias
pessoas que podem ser curandeiras e milagreiras, mas permanecem nisso. É claro que JESUS pode fazer isso,
mas Ele quer fazer muito mais por nós. JESUS veio para dar além das bênçãos e curas, a vida interna e a vida
eterna. E a vida interna e eterna, somente Ele é capaz de nos dar.

Esses fatos aconteceram lá atrás, e ainda acontecem hoje. JESUS veio para nos dar vida abundante. Porém
algumas pessoas não recebem porque acham que não precisam, como os fariseus da passagem abaixo, e outras
porque simplesmente não se acham merecedoras.

Ora, vendo isto os fariseus, perguntavam aos discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e
pecadores? Mas Jesus, ouvindo, disse: Os sãos não precisam de médico, e, sim, os doentes. (Mateus 9:11 e 12)

O fato é que todas as pessoas carecem da graça e do amor de DEUS. Como a própria palavra define, a graça de
DEUS é de graça aos homens!!

Barreiras que impedem o homem de aceitar e viver a graça de DEUS:


- Auto-suficiência
- Individualismo
- Orgulho
- Baixa auto-estima

JESUS morreu por nós quando éramos PECADORES, e NÃO quando éramos MERECEDORES.

Porque CRISTO, quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios. Dificilmente, alguém
morreria por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer. Mas DEUS prova o seu
próprio amor para conosco pelo fato de ter CRISTO morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. (Romanos
5:6-8)

A redenção é totalmente um dom da graça de DEUS e inclui o receber, antes do que o realizar. Boas obras são
os frutos de sermos aceitos por DEUS, e não a causa da nossa aceitação. As boas obras e os serviços são a nossa
resposta positiva à graça e ao amor incondicional de DEUS.

É claro que somos chamados a responder a graça com obediência, serviço e sacrifício. Mas não podemos fazer
essas coisas para conquistar a graça de DEUS ou ganhar a Sua aprovação. Toda obra que fazemos deve ser
motivada pela nossa gratidão ao que DEUS fez.

Pois somos feitura dele, criados em CRISTO JESUS para boas obras, as quais DEUS de antemão preparou para
que andássemos nelas. (Efésios 2:10)

NÃO somos salvos PELAS boas obras. Primeiro somos salvos, e depois é que fazemos as obras. Somos salvos
PARA fazer as boas obras.

Todos nós pecamos e somos merecedores da eterna destruição. Essa seria a nossa realidade se não tivéssemos
a redenção através do sacrifício de JESUS. DEUS não nos aceita porque fazemos o bem ao próximo, pois essa
atitude é uma obrigação para todo o cristão. Na verdade, DEUS nos aceita única e exclusivamente devido ao
sangue de Seu Filho ter sido vertido por cada vida. Qualquer outro argumento, como por exemplo obras, pode
se tornar uma afronta à cruz. Se quisermos ser obedientes para nos tornarmos aceitáveis por DEUS, estamos
automaticamente anulando o sacrifício da cruz. Tentar agradar a DEUS para ser aceito é a mesma coisa que
buscar justiça própria (o que de acordo com Isaías 64:6 é a mesma coisa que trapos de imundícia), porém agra-
dar a DEUS porque O amamos significa adoração. Foi justamente na cruz que ganhamos aceitação de DEUS.
Isso é a graça!
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E, se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça. (Romanos 11:6)

A graça é totalmente oposta ao legalismo. Já vimos que a graça é um favor imerecido de DEUS concedido
livremente àquele que não merece.

- favor imerecido (graça) X aceitação merecida (legalismo)

- livremente concedido (graça) X dado condicionalmente (legalismo)

- recipientes indignos (graça) X conquistadores dignos (legalismo)

A graça nos faz valiosos aos olhos de DEUS não por aquilo que realizamos com sucesso, mas por aquilo que
somos para Ele: FILHOS.

A graça de DEUS sempre existiu, até no Antigo Testamento. Isso porque JESUS sempre existiu. Mas nós não
tínhamos o entendimento dela. Apenas “hoje” essa graça começa a ser revelada a nós, somente “agora” o ho-
mem começa a entender o significado dela.

Porque a lei foi dada por meio de Moisés; a graça e a verdade vieram por JESUS CRISTO. (João 1:17)

Há uma história no A. T. que mostra a graça de DEUS.

E disse Davi: Há ainda alguém que tenha ficado da casa de Saul, para que lhe faça bondade por amor de Jôna-
tas? E havia um servo na casa de Saul cujo nome era Ziba; e o chamaram à presença de Davi. Disse-lhe o rei:
És tu Ziba? E ele disse: Servo teu. E disse o rei: Não há ainda alguém da casa de Saul para que eu use com ele
da bondade de Deus? Então disse Ziba ao rei: Ainda há um filho de Jônatas, aleijado de ambos os pés. E disse-
lhe o rei: Onde está? E disse Ziba ao rei: Eis que está em casa de Maquir, filho de Amiel, em Lo-Debar. Então
mandou o rei Davi, e o tomou da casa de Maquir, filho de Amiel, de Lo-Debar. E Mefibosete, filho de Jônatas,
o filho de Saul, veio a Davi, e se prostrou com o rosto por terra e inclinou-se; e disse Davi: Mefibosete! E ele
disse: Eis aqui teu servo. E disse-lhe Davi: Não temas, porque decerto usarei contigo de bondade por amor de
Jônatas, teu pai, e te restituirei todas as terras de Saul, teu pai, e tu sempre comerás pão à minha mesa. Então
se inclinou, e disse: Quem é teu servo, para teres olhado para um cão morto tal como eu? Então chamou Davi
a Ziba, moço de Saul, e disse-lhe: Tudo o que pertencia a Saul, e a toda a sua casa, tenho dado ao filho de teu
senhor. Trabalhar-lhe-ás, pois, a terra, tu e teus filhos, e teus servos, e recolherás os frutos, para que o filho de
teu senhor tenha pão para comer; mas Mefibosete, filho de teu senhor, sempre comerá pão à minha mesa. E
tinha Ziba quinze filhos e vinte servos. E disse Ziba ao rei: Conforme a tudo quanto meu senhor, o rei, manda
a seu servo, assim fará teu servo. Quanto a Mefibosete, disse o rei, comerá à minha mesa como um dos filhos
do rei. E tinha Mefibosete um filho pequeno, cujo nome era Mica; e todos quantos moravam em casa de Ziba
eram servos de Mefibosete. Morava, pois, Mefibosete em Jerusalém, porquanto sempre comia à mesa do rei, e
era coxo de ambos os pés. (2 Samuel 9:1-13)

O texto mostra a bondade, ou melhor, a GRAÇA de Davi a Mefibosete. A tradição da época contava que se
houvesse algum parente do antigo rei, ele deveria ser morto para que não ocorresse uma rebelião ou tentativa
de retomada do reinado perdido. Porém o que ocorreu foi justamente o contrário: devido à aliança que Davi
tinha com Jônatas (filho de Saul e pai de Mefibosete), Mefibosete mesmo sendo da família do antigo rei, tendo
os pés tortos (simbolizando imperfeição e aprisionamento) e vivendo numa região desértica (simbolizando a
dificuldade), experimentou a graça de Davi. Mefibosete aceitou a graça de Davi e então foi colocado na mesma
posição dos filhos do rei. Ele não foi orgulhoso, se mantendo em posição de extrema superioridade e nem de
extrema inferioridade, pois aquele que se sente muito acima ou muito abaixo não usufrui a graça, pois o orgulho
impede a manifestação da graça. Mefibosete conseguiu aceitar a bondade (graça) de Davi e recebê-la, e assim
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agradar ao rei. Quando Mefibosete se sentou à mesa do rei, seus pés tortos foram encobertos pela toalha da
mesa, e essa toalha para nós é justamente o Sangue de JESUS. Isso é a graça de DEUS!

Agora gostaria que você lesse o parágrafo acima e o texto bíblico de 2 Samuel 9 trocando os nomes: de Davi
por DEUS e de Mefibosete pelo seu nome, e creio que ficará bastante evidente o que DEUS faz por nós.

A verdade da graça de DEUS está em sermos aceitos por Ele não pelo que somos ou fizemos, mas por aqui-
lo que JESUS é e fez por nós na cruz. Quando rejeitamos a graça de DEUS, estamos rejeitando ao próprio
DEUS.

A graça será sempre a base do nosso relacionamento com DEUS. (Efésios 2:8). A graça é aplicada desde o mais
pecador ao mais correto, de igual forma.

Parábola dos trabalhadores da vinha.

Porque o reino dos céus é semelhante a um dono de casa que saiu de madrugada para assalariar trabalhadores
para a sua vinha. E, tendo ajustado com os trabalhadores a um denário por dia, mandou-os para a vinha. Saindo
pela terceira hora, viu, na praça, outros que estavam desocupados e disse-lhes: Ide vós também para a vinha, e
vos darei o que for justo. Eles foram. Tendo saído outra vez, perto da hora sexta e da nona, procedeu da mesma
forma, e, saindo por volta da hora undécima, encontrou outros que estavam desocupados e perguntou-lhes:
Por que estivestes aqui desocupados o dia todo? Responderam-lhe: Porque ninguém nos contratou. Então, lhes
disse ele: Ide também vós para a vinha. Ao cair da tarde, disse o senhor da vinha ao seu administrador: Chama
os trabalhadores e paga-lhes o salário, começando pelos últimos, indo até aos primeiros. Vindo os da hora un-
décima, recebeu cada um deles um denário. Ao chegarem os primeiros, pensaram que receberiam mais; porém
também estes receberam um denário cada um. Mas, tendo-o recebido, murmuravam contra o dono da casa,
dizendo: Estes últimos trabalharam apenas uma hora; contudo, os igualaste a nós, que suportamos a fadiga e o
calor do dia. Mas o proprietário, respondendo, disse a um deles: Amigo, não te faço injustiça; não combinaste
comigo um denário? Toma o que é teu e vai-te; pois quero dar a este último tanto quanto a ti. Porventura, não
me é lícito fazer o que quero do que é meu? Ou são maus os teus olhos porque eu sou bom? Assim, os últimos
serão primeiros, e os primeiros serão últimos [porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos]. (Mateus
20:1-16)

A graça, por ser um favor imerecido, nada tem a ver com o nosso mérito ou demérito, ou se somos pecadores
ou corretos. Isso porque a partir do momento que condicionarmos a graça ao nosso merecimento, estaremos
automaticamente anulando a idéia da graça. Toda a vida e obra de JESUS aqui na terra foi uma demonstração
do fato de que Ele oferecia a dádiva da salvação a todos gratuitamente, sem nenhuma consideração ao mereci-
mento ou não deles.

Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não holocaustos; pois não vim chamar justos, e sim
pecadores [ao arrependimento]. (Mateus 9:13)

Tendo Jesus ouvido isto, respondeu-lhes: Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes; não vim chamar
justos, e sim pecadores. (Marcos 2:17)
Pela graça, DEUS aceita e recebe o homem em qualquer estado, e a partir de então é que Ele começa a trans-
formá-lo. Aceitar a raça de DEUS é uma responsabilidade de nossa parte, pois DEUS nos recebe em pecado,
mas é impossível continuarmos em pecado se realmente tivemos um encontro real com JESUS. Em qualquer
religião se escuta falar sobre amor, juízo, julgamento, perdão, etc. Mas é somente no Evangelho verdadeiro de
JESUS que se escuta sobre a graça (e se vive a graça).

A base da nossa salvação não é o realizar, mas sim o receber. Não é por desempenho, mas por fé.

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Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de DEUS testemunhada pela lei e pelos profetas; justiça de DEUS
mediante a fé em JESUS CRISTO, para todos [e sobre todos] os que crêem; porque não há distinção, pois todos
pecaram e carecem da glória de DEUS, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção
que há em CRISTO JESUS. (Romanos 3:21-24)

Infelizmente muitos rejeitam e abandonam a graça de DEUS em suas vidas.

Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o SENHOR, tendo cuidado de que ninguém se
prive da graça de DEUS, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se con-
taminem; e ninguém seja devasso, ou profano como Esaú, que por uma simples refeição vendeu o seu direito
de primogenitura. Porque bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado; porque não
achou lugar de arrependimento, ainda que o buscou diligentemente com lágrimas. (Hebreus 12:14-17)

DEUS quer que cheguemos a Ele com confiança, crendo no presente que é a graça.

Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e achar-


mos graça para socorro em ocasião oportuna. (Hebreus 4:16)

A graça de DEUS é derramada sobre todas as pessoas, sem distinção entre cristãos e ímpios. Não pense que
DEUS goste mais de uma pessoa do que de outra. DEUS ama a todos igualmente.

Para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas
sobre justos e injustos. (Mateus 5:45)

Mesmo após a queda do homem, DEUS não desistiu de ter a sua criação de volta. Essa separação causou um
vazio no homem, que somente Ele pode preencher. A parábola do filho pródigo ilustra bem isso.

Continuou: Certo homem tinha dois filhos; o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que
me cabe. E ele lhes repartiu os haveres. Passados não muitos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o que
era seu, partiu para uma terra distante e lá dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente. Depois de ter
consumido tudo, sobreveio àquele país uma grande fome, e ele começou a passar necessidade. Então, ele foi e
se agregou a um dos cidadãos daquela terra, e este o mandou para os seus campos a guardar porcos. Ali, dese-
java ele fartar-se das alfarrobas que os porcos comiam; mas ninguém lhe dava nada. Então, caindo em si, disse:
Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui morro de fome! Levantar-me-ei, e irei ter
com o meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho;
trata-me como um dos teus trabalhadores. E, levantando-se, foi para seu pai. Vinha ele ainda longe, quando seu
pai o avistou, e, compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou. E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu
e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho. O pai, porém, disse aos seus servos: Trazei depressa a
melhor roupa, vesti-o, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés; trazei também e matai o novilho cevado.
Comamos e regozijemo-nos, porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. E co-
meçaram a regozijar-se. Ora, o filho mais velho estivera no campo; e, quando voltava, ao aproximar-se da casa,
ouviu a música e as danças. Chamou um dos criados e perguntou-lhe que era aquilo. E ele informou: Veio teu
irmão, e teu pai mandou matar o novilho cevado, porque o recuperou com saúde. Ele se indignou e não queria
entrar; saindo, porém, o pai, procurava conciliá-lo. Mas ele respondeu a seu pai: Há tantos anos que te sirvo sem
jamais transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito sequer para alegrar-me com os meus amigos;
vindo, porém, esse teu filho, que desperdiçou os teus bens com meretrizes, tu mandaste matar para ele o novi-
lho cevado. Então, lhe respondeu o pai: Meu filho, tu sempre estás comigo; tudo o que é meu é teu. Entretanto,
era preciso que nos regozijássemos e nos alegrássemos, porque esse teu irmão estava morto e reviveu, estava
perdido e foi achado. (Lucas 15:1-32)

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Alguns dos meios pelos quais recebemos mais e mais da graça de DEUS são:

• Conhecer mais a Palavra e obedecer a DEUS (2 Timóteo 3:14-15)


• Ouvir a Palavra de DEUS (Romanos 1:16-17)
• Orar (Hebreus 4:16)
• Jejuar (Mateus 6:17-18)
• Adorar a JESUS (Colossenses 3:16-17)
• Transmitindo a graça a outros, pois assim como fomos perdoados, perdoamos; assim como fomos amados,
amamos, assim como fomos recebidos, recebamos! (Mateus 10:8)

Viver na graça é ter um relacionamento verdadeiro e sincero com DEUS, sem o uso de máscaras. É ter um
relacionamento de confiança em JESUS. O único motivo pelo qual viveremos a eternidade com DEUS é a sua
graça e o que Ele fez por nós derramando Seu sangue na cruz. Não há outro motivo!

Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em CRISTO JESUS. (Romanos 8:1)

A graça de DEUS é um presente gratuito que está a nossa disposição, basta aceitarmos, para assim deixarmos
DEUS nos transformar a cada dia. Sabe como a bíblia é encerrada?

A graça do Senhor Jesus seja com todos. (Apocalipse 22:21)

Questões relacionadas ao estudo.

27) Com as suas palavras, defina o que é graça, e o que o homem precisa fazer para receber esse presente de
DEUS?
28) O que significa a expressão “eu vivo na graça e não na lei”?
29) Cite e exemplifique pelo menos duas barreiras que impedem o homem de aceitar e viver a graça de
DEUS.

Aula prática.

Nessa semana, exercite a graça de DEUS. Procure alguma pessoa para presenteá-la, seja com um bilhete, uma
palavra ou uma lembrança, etc. Não porque essa pessoa te tratou bem ou te deu algo como uma troca, mas
simplesmente faça algo gratuitamente por essa pessoa. Lembrem-se, mesmo nós não termos feito nada para
receber a graça, mesmo assim fomos presenteados por DEUS.

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Aula 6

Perdão

O perdão é algo obrigatório na vida de todo cristão. Para caminharmos com JESUS, devemos passar pelas
experiências de ser perdoado e de perdoar, e isso no nosso dia a dia. DEUS nos perdoa para que possamos
perdoar o próximo, e vice-versa. O perdão deve ser um hábito nas nossas vidas.

E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões, e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida
juntamente com Ele, perdoando todos os nossos delitos; tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós
e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removendo-o inteiramente, encravando-o na cruz;
e, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz.
(Colossenses 2:13-15)

O cristão tem que viver diariamente o perdão em sua vida. E o viver o perdão consiste em quatro pontos:
• ser perdoado por DEUS
• perdoar a si mesmo
• liberar perdão ao próximo
• pedir perdão ao próximo

1º) Ser perdoado por DEUS:

DEUS anseia em nos perdoar e muitas vezes nós não conseguimos aceitar. JESUS não escondeu o nosso peca-
do dos outros, Ele não os deixou em algum lugar secreto e que um dia virá à tona, Ele simplesmente removeu
todos os nossos pecados, Ele tirou os nossos pecados e os encravou na cruz através do seu sacrifício.

No dia seguinte, viu João a JESUS que vinha para ele, e disse: eis o Cordeiro de DEUS, que tira o pecado do
mundo. (João 1:29)

JESUS não oculta, ameniza ou adia nossos pecados. Ele através de seu sacrifício tira nossos pecados em defi-
nitivo.

Diariamente devemos confessar nossos pecados a DEUS e pedir perdão. Como conseqüência, receberemos o
perdão, bastando a nós apenas aceitá-lo.

Todo pecado confessado e acompanhado de arrependimento gerará o perdão nas nossas vidas. De DEUS é
impossível esconder um pecado, e é por isso que Ele nos orienta a pedirmos perdão todos os dias.

Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós. Se
confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.
(1 João 1:8 e 9)

Existe uma verdade espiritual que diz que o perdão e a cura estão extremamente relacionados, eles sempre
caminham juntos.

Ele é quem perdoa todas as tuas iniqüidades; quem sara todas as tuas enfermidades. (Salmo 103:3)

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O homem até consegue por algum tempo esconder seus pecados não confessados dos outros homens, sejam
seus líderes, ou pastores, ou irmãos ou ovelhas. Mas devemos saber que esse tempo um dia termina. DEUS
conhece cada uma de nossas falhas e limitações, e é por isso que Ele tem tido paciência e misericórdia com os
nossos erros.

E a oração da fé salvará o enfermo, e o SENHOR o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão per-
doados. Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito
pode, por sua eficácia, a súplica do justo. (Tiago 5:15 e 16)
Todo cristão deve pedir perdão pelos seus pecados diariamente. Somente assim estaremos em uma posição
justa diante de DEUS e sem dar legalidade ao diabo. Todo o pecado que não é confessado, mais dia ou menos
dia, vem à tona e acaba sendo exposto.

Eis que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não
poder ouvir. Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso DEUS; e os vossos pecados enco-
brem o seu rosto de vós, para que vos não ouça. (Isaías 59:1 e 2)

Porém, se não fizerdes assim, eis que pecastes contra o SENHOR; e sabei que o vosso pecado vos há de achar.
(Números 32:23)

Junto com o perdão de DEUS, vem a Sua correção.

Considerai, pois, a bondade e a severidade de DEUS: para com os que caíram, severidade; mas para contigo, a
bondade de DEUS, se nela permaneceres; doutra sorte também tu serás cortado. (Romanos 11:22)

DEUS é ao mesmo tempo severo com a situação de pecado, e bondoso e amoroso com aquele que pecou.

Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo os seus pensamentos; converta-se ao SENHOR, que se compadecerá
dele, e volte-se para o nosso DEUS, porque é rico em perdoar. (Isaías 55:7)

O nosso DEUS é rico em perdoar.

Os nossos pecados nos separam de DEUS. ELE quer perdoar, mas a falta de arrependimento gera uma barreira
entre nós e ELE. Quando nos arrependemos e clamamos pelo perdão de DEUS esta barreira é quebrada e o
perdão do SENHOR é derramado sobre nós.

Temos que tomar muito cuidado, pois o acusador sempre nos tentará a pensar que DEUS não nos perdoou,
mesmo depois do arrependimento e pedido de perdão. DEUS nos perdoa na hora, e quando estamos em Cris-
to, já não há mais acusação sobre nós. Perdão e arrependimento cancelam o direito legal que satanás tem de agir
contra a vida de qualquer pessoa.

Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em CRISTO JESUS. (Romanos 8:1)

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Mas será que existe algum pecado imperdoável? JESUS disse que sim. A blasfêmia contra o Espírito Santo é
negar a divindade de Cristo, é não aceitar que Ele seja o Cordeiro de DEUS e o Senhor dos Senhores. E ao invés
disso, mesmo sabendo que é DEUS quem está operando, atribuir ao diabo as obras que JESUS fez e ainda faz.
Isso é negar CONSCIENTEMENTE a DEUS.

Em verdade vos digo: Todos os pecados serão perdoados aos filhos dos homens, bem como todas as blasfêmias
que proferirem; mas aquele que blasfemar contra o ESPÍRITO SANTO, nunca mais terá perdão, mas será réu
de pecado eterno. (Marcos 3.28-29)

2º) Perdoar a si mesmo:

Se DEUS já me perdoou, eu preciso aceitar isso como um presente e não ficar me culpando pelos erros pas-
sados.

Ora, não levou DEUS em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos em toda
parte se arrependam. (Atos 17:30)

Pois perdoarei as suas iniqüidades, e dos seus pecados jamais me lembrarei. (Jeremias 31:34)

Ora, se CRISTO já nos perdoou, e pagou o salário de morte pelo nosso pecado, NÃO TEMOS O DIREITO
de não nos perdoarmos. Quando não recebemos o perdão de DEUS estamos desprezando o sacrifício que JE-
SUS fez por nós! Não confunda o mal estar causado pelo pecado (opróbrio / vergonha) com falta de perdão.
O perdão de DEUS nos alcança no exato momento em que há arrependimento e confissão. Assim, devemos
confessar nossos pecados o mais rápido possível, e nos acertarmos com DEUS o quanto antes, para que a bar-
reira não se torne cada vez maior e por fim esfrie o nosso coração.

Os outros dois pontos veremos a seguir, pois não estão mais apenas dois lados envolvidos (você e DEUS).
Agora passam a ser três lados: você, DEUS e mais uma terceira pessoa.

3º) Liberar perdão ao próximo:

e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixe cair em
tentação; mas livra-nos do mal (pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém). Porque se perdoardes
aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; Se, porém, não perdoardes aos homens (as
suas ofensas), tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas. (Mateus 6:12-15)

Você se lembra da aula sobre as promessas de DEUS, as leis de causa e efeito? Os versículos sublinhados do
texto acima mostram bem uma condição “se e somente se”.

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Ao longo de toda a nossa vida, estaremos acumulando experiências: experiências boas ou ruins. Para as expe-
riências boas vividas, eu devo guardá-las, desfrutando e relembrando delas como uma forma de motivação. Já
para as experiências ruins, eu preciso entregá-las urgentemente para DEUS, pedindo a Ele que me ensine algo
de bom nessa situação vivida. O importante aqui é que devo me desfazer e entregar as experiências ruins aos
cuidados de DEUS, e jamais guarda-las no coração. Mas infelizmente há pessoas que vão acumulando mágoas
durante a sua vida. A cada frustração vivida, a cada ferida causada na sua alma, ela vai guardando no seu coração.
Imagine o corpo como uma casa, onde a pessoa usa o coração como um dos cômodos para guardar as feridas
e mágoas. Ela coloca uma, depois mais uma e assim até abarrotar esse cômodo, e tornam-se tantas as mágoas
que aparentemente essa pessoa nem se lembra mais daquelas primeiras feridas que foram colocadas dentro do
coração. Mas o fato é que elas continuam lá, escondidas, no mais profundo do coração. E continuam causando
o mal, a amargura, o rancor, a raiva, a tristeza, etc. Nesse estágio o coração já está contaminado.

Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida. (Provérbios
4:23)

Porque a boca fala do que está cheio o coração. (Mateus 12:34)

O principal de todas as coisas a guardar é o coração. Para falar de coisas agradáveis o coração tem que estar
limpo.

Bem aventurados os limpos de coração, porque verão a DEUS. (Mateus 5:8)

Quem subirá ao monte do SENHOR? Quem há de permanecer no seu Santo Lugar? O que é limpo de mãos e
puro de coração, que não entrega a sua alma à falsidade, nem jura dolosamente. (Salmo 24: 3 e 4)

Temos que guardar o nosso coração, zelar por ele. Temos que limpá-lo e mantê-lo limpo dia a dia. Se não elimi-
narmos de imediato a mágoa causada, ela cria raiz e aumenta cada vez mais. O que é mais fácil? Arrancar uma
muda de árvore ou uma árvore que já possui raiz?
Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira, nem deis lugar ao diabo. (Efésios 4:26 e 27)

Nunca podemos permitir que sentimentos ruins sejam mantidos no coração, e se acumulem criando raízes.
Reflita sobre seu dia e não deixe nenhuma pendência sem ser resolvida.

Para permanecermos na presença de DEUS temos que estar com o coração purificado. Aquele que está com o
coração limpo é um bem aventurado, ou seja, muito feliz, mais do que feliz.

Perdão é abrir mão de sentir magoado, é abrir mão de sua justiça própria, chamando a misericórdia de DEUS,
em qualquer situação.

Há uma diferença enorme em dizer: “se eu CONSIGO perdoar” ou “se eu QUERO perdoar”. DEUS não
quer saber se conseguimos perdoar, pois a resposta Ele já conhece. Na verdade Ele quer saber se nós queremos
e estamos interessados em perdoar. Porque é somente na força Dele que isso é verdadeiramente possível. Ao
abrirmos nosso coração para a transformação, DEUS imediatamente nos ajuda a isso, pois Dele vem o perdão
e a misericórdia.

Ao SENHOR, nosso DEUS, pertence a misericórdia e o perdão. (Daniel 9:9)

Por isso o reino dos céus pode comparar-se a um certo rei que quis fazer contas com os seus servos; E, come-
çando a fazer contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos; E, não tendo ele com que pagar,
o seu senhor mandou que ele, e sua mulher e seus filhos fossem vendidos, com tudo quanto tinha, para que
a dívida se lhe pagasse. Então aquele servo, prostrando-se, o reverenciava, dizendo: Senhor, sê generoso para
comigo, e tudo te pagarei. Então o senhor daquele servo, movido de íntima compaixão, soltou-o e perdoou-lhe
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a dívida. Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos, que lhe devia cem dinheiros, e, lan-
çando mão dele, sufocava-o, dizendo: Paga-me o que me deves. Então o seu companheiro, prostrando-se a seus
pés, rogava-lhe, dizendo: Sê generoso para comigo, e tudo te pagarei. Ele, porém, não quis, antes foi encerrá-lo
na prisão, até que pagasse a dívida. Vendo, pois, os seus conservos o que acontecia, contristaram-se muito, e
foram declarar ao seu senhor tudo o que se passara. Então o seu senhor, chamando-o à sua presença, disse-lhe:
Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste. Não devias tu, igualmente, ter compaixão
do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti? E, indignado, o seu senhor o entregou aos ator-
mentadores, até que pagasse tudo o que devia. Assim vos fará, também, meu Pai celestial, se do coração não
perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas. (Mateus 18: 23-35)

JESUS ilustra nessa parábola o que ocorre àquele que não liberou perdão ao próximo. O fato de não perdoar
dá o direito aos verdugos, isto é, demônios torturadores, de atuarem na vida dessa pessoa, mantendo-a em uma
prisão espiritual, de onde somente é possível sair através da liberação de perdão.

Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem.
Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós. (Colossenses 3:13)

O ato de perdoar é o mesmo que liberar o devedor de sua dívida, baseado naquilo que JESUS fez conosco. Ape-
nas DEUS tem a capacidade de julgar com perfeição os atos de alguém. Quando perdoamos alguém, estamos
colocando essa pessoa nas mãos de DEUS, preferindo não ser o juiz dela, mas deixando todo o julgamento a
cargo de DEUS. Perdoar não significa dizer que determinada pessoa poderia ter razão em ferir ou machucar,
mas na verdade trata-se de um ato de liberar essa pessoa de toda sua dívida e de todo o seu erro. Lembre-se, foi
exatamente isso que JESUS fez por cada um de nós.

E rogou-lhe um dos fariseus que comesse com ele; e, entrando em casa do fariseu, assentou-se à mesa. E eis que
uma mulher da cidade, uma pecadora, sabendo que ele estava à mesa em casa do fariseu, levou um vaso de ala-
bastro com ungüento; E, estando por detrás, aos seus pés, chorando, começou a regar-lhe os pés com lágrimas,
e enxugava-lhos com os cabelos da sua cabeça; e beijava-lhe os pés, e ungia-lhos com o ungüento. Quando isto
viu o fariseu que o tinha convidado, falava consigo, dizendo: Se este fora profeta, bem saberia quem e qual é a
mulher que lhe tocou, pois é uma pecadora. E respondendo, Jesus disse-lhe: Simão, uma coisa tenho a dizer-te.
E ele disse: Dize-a, Mestre. Um certo credor tinha dois devedores: um devia-lhe quinhentos dinheiros, e outro
cinqüenta. E, não tendo eles com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Dize, pois, qual deles o amará mais? E
Simão, respondendo, disse: Tenho para mim que é aquele a quem mais perdoou. E ele lhe disse: Julgaste bem.
E, voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês tu esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para
os pés; mas esta regou-me os pés com lágrimas, e mos enxugou com os seus cabelos. Não me deste ósculo,
mas esta, desde que entrou, não tem cessado de me beijar os pés. Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta
ungiu-me os pés com ungüento. Por isso te digo que os seus muitos pecados lhe são perdoados, porque muito
amou; mas aquele a quem pouco é perdoado pouco ama. (Lucas 7:36-47)

Há uma relação entre perdão e amor. Quanto mais eu amo, mais eu perdôo, e quanto menos eu amo, menos
eu perdôo. O que será que agrada ao SENHOR? Aonde há pouco amor, há pouco perdão, e aonde há muito
amor, há muito perdão.

O ódio excita contendas, mas o amor cobre todos os pecados. (Provérbios 10:12)

O perdão começa no coração, Caso estejamos com amargura no coração, temos que aceitar que é um problema
real, confessando isso a DEUS. Em seguida, temos que querer a cura e assim pedir perdão a DEUS por esse
sentimento, e liberar perdão a outra pessoa envolvida. Peça a misericórdia de DEUS para entender que uma
pessoa só te magoou porque o inimigo encontrou um espaço para agir contra ambos.

De nada adianta a pessoa falar que perdoou e que está tudo bem, quando na verdade ela não pode nem ouvir
falar da outra pessoa, quer distância e ainda diz que DEUS vai pesar a mão nela. Isso não representa o perdão.
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A motivação do perdão deve ser o amor e a misericórdia.

Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também
Deus vos perdoou em Cristo. (Efésios 4:32)

O perdão não significa necessariamente manter uma relação íntima entre pessoas. Isso seria ótimo, mas o fun-
damental em liberar perdão é limpar o coração e arrancar toda a ferida e amargura que possa estar escondida
na sua vida.

Mas quantas vezes perdoar? DEUS quer que perdoemos quantas vezes for necessário.

Então Pedro, aproximando-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe
perdoarei? Até sete? Jesus lhe disse: Não te digo que até sete; mas, até setenta vezes sete. (Mateus 18:21 e 22)

4º) Pedir perdão ao próximo

Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, Deixa
ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta a tua oferta.
Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o
adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e te encerrem na prisão. Em verdade te digo que
de maneira nenhuma sairás dali enquanto não pagares o último centavo. (Mateus 5:23-26)

Não podemos ter diferenças entre irmãos. JESUS nos ensina que se você sabe que existe algo que seu irmão
tem contra você, algo que você fez e que o feriu, você deve ir até ele e pedir perdão. Se existem diferenças entre
você e seu próximo, o mundo espiritual pode usar essa brecha para agir na sua vida e na vida do seu irmão,
retendo as bênçãos e causando danos contra vocês.

JESUS não disse que temos que ter um relacionamento íntimo com todos, mas sim que devemos amar a todos,
a ponto de amarmos aqueles que nos perseguem. Temos que fazer a nossa parte, e se a outra pessoa aceita a
reconciliação, cria-se um relacionamento, senão você fez a sua parte, e os verdugos perderão a legalidade de
agir contra você.

Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e
orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus. (Mateus
5:44)

Pedir perdão é, com sinceridade, desejar o bem ao próximo. É abençoar e não amaldiçoar. É restituir o prejuízo
espiritual ou material causado à outra pessoa.

E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem. (Gênesis 12:3)

JESUS pagou todo o mal que Ele sofreu com o bem. Para todo sofrimento físico, mental e espiritual, toda re-
jeição e dor que Ele sofreu, Ele retribuiu com a salvação. A morte que Ele recebeu dos homens, foi retribuída
por Ele com a vida. JESUS nos ensina que devemos tomar a nossa cruz do mesmo modo que Ele fez (Lucas
9:23). E agindo assim, nós temos o poder de vencer o mal com o bem.

Caminhos ao perdão X Barreiras ao perdão


Arrependimento X Orgulho
Humildade X Soberba
Fé X Incredulidade
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Valorização da auto estima X Baixa auto estima

O perdão começa no coração, e se dá através das seguintes etapas:


• aceitar que é um problema real;
• confessar esse sentimento a DEUS;
• querer a cura e pedir perdão a DEUS por esse sentimento;
• receber o perdão de DEUS;
• liberar o perdão ao próximo e/ou pedir perdão ao próximo.

Devemos orar para que DEUS revele as pessoas que precisamos liberar e pedir perdão. DEUS é quem vai mos-
trá-las, indicando o momento certo e revelando as causas do problema. Ele conta com a nossa obediência.

Não apenas aprendamos sobre o perdão, mas vivamos o perdão, façamos do perdão algo diário em nossas vi-
das. Toda vez que vivemos o perdão, estamos purificando o nosso coração e depositando nossa confiança em
DEUS.

Questões relacionadas ao estudo.

30) Quais são os quatro pontos para viver o perdão de DEUS?


31) Qual é a relação entre perdão e arrependimento?
32) Qual é a relação entre perdão e amor?
33) Cite os caminhos e as barreiras ao perdão.
34) Quais são as etapas do processo de perdão em nossas vidas?

Aula prática.

Nessa semana, aceite o perdão de DEUS se sentindo verdadeiramente perdoado, busque isso em oração. Caso
você tenha dificuldade em se sentir perdoado por DEUS, procure ajuda dos pastores da nossa igreja. Após isso,
procure pessoas com quem você precisa “acertar contas” e peça, libere e receba o perdão. Lembre-se, ore antes
de tomar qualquer ação. O perdão é algo divino, e é DEUS quem vai te capacitar a isso.

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Aula 7

Oração

A oração é uma das principais armas do cristão. É através dela que estreitamos o nosso vínculo com DEUS.
Orar é conversar com DEUS, falar e escutá-Lo, seja através de palavras audíveis ou de uma forma silenciosa. A
oração é um instrumento de comunicação que o próprio DEUS estabeleceu para que os homens se relacionem
e se comuniquem com Ele. DEUS é uma pessoa, portanto quando oramos ao SENHOR temos uma relação
de perguntas e respostas, buscas e conquistas, dúvidas e direções, clamor e resposta, etc. Devemos enxergar a
oração como uma oportunidade de estarmos próximo a DEUS, e não como uma obrigação. Todas as coisas que
ocorrem no plano físico (natural), já ocorreram no plano espiritual (sobrenatural), e isso através da oração. Orar
é a forma de nos manter em constante comunhão com DEUS. A oração é o meio de transformar a teoria em
realidade pessoal, viva e eficaz. Não há outra maneira de se trazer as bênçãos e promessas para a nossa realidade
física sem ser através da oração.

E da mesma maneira também o ESPÍRITO ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de
pedir como convém, mas o mesmo ESPÍRITO intercede por nós com gemidos inexprimíveis. E aquele que
examina os corações sabe qual é a intenção do ESPÍRITO; e é ele que segundo DEUS intercede pelos santos.
(Romanos 8:26-27)

A oração tem o poder de mudar a sua própria vida, a sua vida com DEUS, a sua vida com o próximo e o mundo
em que vivemos.

A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos. (Tiago 5:16)

Nossas orações podem ter como tema central: DEUS, nós ou os outros:

a) DEUS com o centro da oração: oramos a DEUS pelo que Ele é, pelo que Ele faz e pelo que Ele tem feito
por nós. Apresentamos nossa gratidão, louvor e adoração.
b) Nós mesmos com o centro da oração: oramos a DEUS por uma necessidade pessoal. Buscamos uma res-
posta para alteração de alguma circunstância na nossa vida que está fora dos padrões de DEUS.
c) Os outros como centro da oração: oramos a DEUS como sacerdotes, como intercessores, levando a necessi-
dade de outra pessoa a DEUS. Nos colocamos no lugar de outro e pleiteamos a sua causa como se fosse nossa
causa. O motivo primeiro desse tipo de oração é ver as circunstâncias alteradas na vida da outra pessoa.

Mas por que DEUS quer que oremos? Para entendermos o porquê da oração, precisamos entender o propósito
de DEUS para nós. Quando DEUS formou o homem, em primeiro lugar Ele nos fez a sua imagem e seme-
lhança, e em segundo lugar nos deu autoridade sobre toda a Terra.

O nome Adão significa “homem“, e quando a Bíblia usa o termo homem, a palavra hebraica é “Adão”. O nome
Adão representa a todos nós, sendo que o que DEUS planejou para Adão, ELE planejou para toda a raça hu-
mana. E o que DEUS planejou para Adão? Ele deu a Adão, Eva e aos seus descendentes o domínio sobre a
Terra.

Também disse DEUS: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio
sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos
os répteis que rastejam pela terra. Criou DEUS, pois, o homem à sua imagem, à imagem de DEUS o criou;
homem e mulher os criou. E DEUS os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e

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sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra.
(Gênesis 1:26-28)

Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, e a lua e as estrelas que estabeleceste, que é o homem,
que dele te lembres. E o filho do homem, que o visites? Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que
DEUS e de glória e de honra o coroaste. Deste-lhe domínio sobre as obras da tua mão e sob seus pés tudo lhe
puseste: ovelhas e bois, todos, e também os animais do campo; as aves do céu, e os peixes do mar, e tudo o que
percorre as sendas dos mares. (Salmo 8: 3-8)

A palavra domínio em hebraico (mashal), diz que Adão e seus descendentes, eram os gerentes de DEUS aqui
na Terra, mordomo ou governadores de DEUS. Concluí-se que Adão era o representante da imagem de DEUS
na Terra através da autoridade e do domínio. DEUS nunca abandonou seu direito de propriedade da Terra, ele
atribuiu à humanidade a responsabilidade de governá-la. DEUS escolheu ter a Sua glória reconhecida através
do seres humanos, e para tal, os homens precisam representá-Lo com perfeição aqui na Terra.

Os céus são os céus do SENHOR, mas a terra, deu-a ele aos filhos dos homens. (Salmo 115: 16)

Mas o homem através do pecado, perdeu a glória de DEUS, e é por isso que devemos ser transformados de
glória em glória, para que o reconhecimento da imagem, autoridade e domínio de DEUS sejam alcançados
novamente.

Pois todos pecaram e carecem da glória de DEUS. (Romanos 3:23)

E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do SENHOR, somos trans-
formados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo SENHOR, o ESPÍRITO. (2 Coríntios 3:18)

Com a entrada do pecado na humanidade, os valores estabelecidos por DEUS foram invertidos. O diabo se
colocou entre o homem e DEUS e o homem perdeu a sua autoridade sobre a terra entregando-a nas mãos do
diabo. E é através da oração que nós tiramos o diabo dentre nós e DEUS, retomamos a autoridade espiritual so-
bre a terra em que pisarmos e retomamos o gerenciamento e controle sobre a mesma terra em que pisarmos.

Todo lugar que pisar a planta do vosso pé vo-lo tenho dado, como Eu prometi a Moisés. (Josué 1:3)

Com isso podemos chegar à conclusão que:


a) Se a Terra continuasse um paraíso seria por causa da humanidade.
b) Se a serpente jamais adquirisse o controle seria por causa da humanidade.
c) Se o homem nunca deixasse a comunhão com o SENHOR, seria por causa da humanidade.
Enfim, a humanidade estava realmente com toda a responsabilidade sobre a Terra. Se a situação do mundo está
dessa forma caótica, obviamente não é por causa de DEUS.

DEUS sempre teve em mente manter um relacionamento com o ser humano, e agir através dele na Terra, pois
foi assim que DEUS escolheu por amor a nós. Por isso precisamos orar e através de JESUS recuperar a comu-
nhão, a autoridade e o gerenciamento sobre a Terra.

Vamos dividir esse estudo em três partes:


I – Como uma oração funciona (o que é necessário para gerar o poder de DEUS em nossas vidas?);
II – Os tipos de orações que temos à nossa disposição;
III – Como colocar a oração em prática, administrando o nosso tempo a fim de ter uma vida de oração.

Precisamos sim que uns orem pelos outros, mas antes disso, nós precisamos ter o hábito de orar. Esse estudo
visa a prática da oração, e não a dependência de que outros orem por nós. Precisamos vigiar para não cair na
idolatria a pessoas que “sabem orar”. Não existem fórmulas, expressões, jargões, etc. Nenhuma outra coisa,
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exceto DEUS, tem o poder (nem objetos, nem tipos de oração, nem homens).

Dar-te-ei as chaves do reino dos céus: o que ligares na terra terá sido ligado nos céus; e o que desligares na terra
terá sido desligado nos céus. (Mateus 16:19)

O diabo tentará impedir a nossa vida de oração através de alguns empecilhos, como por exemplo: cansaço,
desânimo, falta de tempo, incredulidade, etc.

Nosso maior exemplo de alguém que orava é o próprio JESUS.

Naqueles dias retirou-se para o monte a fim de orar, e passou a noite orando a DEUS. (Lucas 6:12)

De uma feita estava JESUS orando em certo lugar; quando terminou; um dos seus discípulos lhe pediu: Senhor,
ensina-nos a orar como também João ensinou aos seus discípulos. (Lucas 11:1)

Ele além de nos ensinar a orar, quando Ele estava como homem aqui na terra, precisava muito estar em comu-
nhão com o Pai, e isso através da oração. Se JESUS precisava orar, quem somos nós para acharmos que não
precisamos? Quanto mais tempo dispomos para ficar em contato com DEUS, mais Ele vai falar conosco.
Com toda oração e súplica, orando em todo TEMPO no ESPÍRITO e para isso, vigiando com toda a perseve-
rança e súplica por todos os santos. (Efésios 6:18)

Há duas palavras gregas para “tempo”: uma é chronos, que significa tempo em geral, o tempo geral em que
algo é feito. A outra, kairos, é o tempo estratégico ou tempo certo; o momento oportuno que deve ser feito.
A melhor oportunidade é o tempo kairos. Um ataque na hora certa é tempo kairos. Quando alguém está em
perigo ou sujeito a ser atacado por satanás, esse é um tempo kairos. Nosso devocional é o chronos, enquanto
que a passagem a seguir mostra o tempo kairos. Você já orou hoje? (tempo chronos); você está em espírito de
oração? (tempo kairos).

I – Como uma oração funciona (o que é necessário para gerar o poder de DEUS em nossas vidas?)
Devemos atentar para sete condições pessoais que farão que a nossa oração toque o coração do Pai:

1 – Limpeza e Santidade:

- pedir perdão pelos pecados, especificando pecado por pecado.


- arrependimento verdadeiro
- pedir a cobertura do Sangue do Cordeiro, pois é a sua apresentação diante de DEUS. Todos nós somos pe-
cadores, mas somos justificados por aquilo que JESUS fez. Nos tornamos justos não por aquilo que fazemos,
mas por aquilo que JESUS fez. Através do Sangue de JESUS somos purificados do pecado.

2 – Orar no ESPÍRITO:

Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém,
mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis. E aquele que sonda os
corações sabe qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos.
(Romanos 8:26-27)

Nossa oração deve ser através da intercessão do Espírito Santo, através da direção do Espírito.

Vós, porém, amados, edificando-vos na vossa fé santíssima, orando no ESPÍRITO SANTO. (Judas 20)

3 – Orar em nome de JESUS:


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No Antigo Testamento as pessoas oravam da seguinte maneira: “DEUS, lembra-te da Tua aliança com Abraão,
Isaque e Jacó....”. Atualmente nós devemos orar da seguinte maneira: “DEUS, lembra-te do que JESUS fez.......”.
Toda a nossa oração deve ser feita em nome de JESUS CRISTO, pois foi Ele quem já conquistou tudo por nós
quando foi para a cruz.

E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes
alguma coisa em meu nome, Eu o farei. (João 14:13 e 14)

Toda a máxima autoridade espiritual foi entregue à JESUS, e não há nome que esteja acima do nome de JE-
SUS

Pelo que também DEUS o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome (Filipenses
2:9)

4 – Fé:

E, tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis. (Mateus 21:22)

Aqui o ensinamento é a fé. A fé vem pelo olhar para DEUS, e não olhar a circunstância. A oração com fé trará
frutos, resultados (creia, persevere e espere). O homem de oração é uma pessoa convencida de que DEUS é
onipotente, que Ele tem o poder para fazer qualquer coisa, para transformar qualquer um e interferir em qual-
quer circunstância. Uma pessoa que crê verdadeiramente nisso se recusa a duvidar de DEUS.

Não fará DEUS justiça aos seus escolhidos, que a Ele clamam dia e noite, embora pareça demorado em defen-
de-los? (Lucas 18:7)

5 – Sinceridade e Humildade:

Com DEUS não há relacionamento de barganha, de auto-justificação, de máscaras, etc.


Humildade é quando você declara a sua impotência diante de certa situação, e a sua dependência de DEUS.
DEUS está interessado em ouvir o que está em nosso coração e Ele não resiste a um coração humilde.

Tinha Manassés doze anos de idade quando começou a reinar e cinqüenta e cinco anos reinou em Jerusalém.
Fez o que era mau perante o SENHOR, segundo as abominações dos gentios que o SENHOR expulsara
de suas possessões, de diante dos filhos de Israel. Pois tornou a edificar os altos que Ezequias, seu pai, havia
derribado, levantou altares aos baalins, e fez postes-ídolos, e se prostrou diante de todo o exército dos céus, e
o serviu. Edificou altares na Casa do SENHOR, da qual o SENHOR tinha dito: Em Jerusalém, porei o meu
nome para sempre. Também edificou altares a todo o exército dos céus nos dois átrios da Casa do SENHOR,
queimou seus filhos como oferta no vale do filho de Hinom, adivinhava pelas nuvens, era agoureiro, praticava
feitiçarias, tratava com necromantes e feiticeiros e prosseguiu em fazer o que era mau perante o SENHOR,
para o provocar à ira. Também pôs a imagem de escultura do ídolo que tinha feito na Casa de DEUS, de que
DEUS dissera a Davi e a Salomão, seu filho: Nesta casa e em Jerusalém, que escolhi de todas as tribos de Israel,
porei o meu nome para sempre e não removerei mais o pé de Israel da terra que destinei a seus pais, contanto
que tenham cuidado de fazer tudo o que lhes tenho mandado, toda a lei, os estatutos e os juízos dados por
intermédio de Moisés. Manassés fez errar a Judá e os moradores de Jerusalém, de maneira que fizeram pior do
que as nações que o SENHOR tinha destruído de diante dos filhos de Israel. Falou o SENHOR a Manassés e
ao seu povo, porém não lhe deram ouvidos. Pelo que o SENHOR trouxe sobre eles os príncipes do exército do
rei da Assíria, os quais prenderam Manassés com ganchos, amarraram-no com cadeias e o levaram à Babilônia.
Ele, angustiado, suplicou deveras ao SENHOR, seu DEUS, e muito se humilhou perante o DEUS de seus pais;
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fez-lhe oração, e DEUS se tornou favorável para com ele, atendeu-lhe a súplica e o fez voltar para Jerusalém,
ao seu reino; então, reconheceu Manassés que o SENHOR era DEUS. (2 Crônicas 33:1-13)

O rei Manassés foi uma das pessoas que mais cometeram abominações contra DEUS, mas esse texto nos mos-
tra um segredo, um princípio espiritual. DEUS não espera que nós nos apresentemos a Ele com uma absoluta
perfeição, antes de tudo Ele espera que nos apresentemos a Ele com absoluta sinceridade. A quantidade de sin-
ceridade no coração vai mostrar o quanto o nosso caráter será aperfeiçoado. Quanto mais sinceridade a oração,
mais transformação ocorre no nosso caráter.

Propôs também esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos, por se considerarem justos, e despreza-
vam os outros: Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar: um, fariseu, e o outro, publicano. O
fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó DEUS, graças te dou porque não sou como os
demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana
e dou o dízimo de tudo quanto ganho. O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os
olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó DEUS, sê propício a mim, pecador! Digo-vos que este desceu
justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será
exaltado. (Lucas 18:9-14)

Em 2 Crônicas 7:14 podemos ver esses pontos:


E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos
seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.

6 – Submissão a DEUS:

Nós não somos perfeitos, por isso nossos planos também não são perfeitos. Mas DEUS é perfeito, e por isso
os planos Dele são perfeitos. A melhor forma de se fazer alguma coisa, é fazer estando debaixo da vontade de
DEUS. Ser submisso é estar em obediência e concordância debaixo da missão estabelecida por DEUS, coope-
rando para o bom êxito nos planos de DEUS.

E dizia: Aba, Pai, tudo te é possível; passa de mim esse cálice; contudo, não seja o que Eu quero, e, sim, o que
Tu queres. (Marcos 14:36)

7 – Perdão:

Nós precisamos primeiro liberar perdão a quem nos feriu, e dessa forma estaremos atraindo o perdão de DEUS
aos erros que cometemos. Isso significa perdoar antes para ser perdoado por DEUS e assim brecar a ação do
diabo contra nós,
E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores. (Mateus 6:12)

II – Tipos de orações à disposição

1 – Orações individuais: você e DEUS, no silêncio ou em voz alta.


2 – Orações coletivas: o poder de DEUS é “multiplicado”, pois a fé é multiplicada, a sinceridade é multiplicada,
etc...

Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de
todos os homens, em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida
tranqüila e mansa, com toda piedade e respeito. Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador, o qual
deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade. (1 Timóteo 2:1-4)

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Não há apenas um tipo de oração, e sim diversos tipos. Quando você vai semear, você planta sementes. Toda
semeadura é feita com sementes, mas existem vários tipos de sementes, e cada uma delas produz de acordo com
o seu tipo. Se alguém quer milho, planta sementes de milho. Se alguém quer laranjas e plantar sementes de aba-
cate, nunca chegará lá. Orar é plantar (semear) e perseverar (regar) para colher os frutos (respostas e bênçãos).

E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos. (Gálatas 6:9)

John Wesley disse: “DEUS não faz nada sobre a terra a não ser em resposta a oração do crente”. Deus está
aguardando um pedido nosso para agir em favor de seu povo e do mundo. Então para ver as coisas acontecerem
na nossa vida, vamos começar a orar! Se nós estamos aqui hoje é porque alguém em algum dia orou pela nossa
salvação.

a) Orações de súplicas:

Trata-se do clamor, aonde dificilmente não virá a resposta de DEUS. É uma oração feita com a cara no chão,
com a cara no pó, e rasgando o coração.

Decorridos muitos dias, morreu o rei do Egito; os filhos de Israel gemiam sob a servidão e por causa dela cla-
maram, e o seu clamor subiu a DEUS. Ouvindo DEUS o seu gemido, lembrou-se da sua aliança com Abraão,
com Isaque e com Jacó. E viu DEUS os filhos de Israel e atentou para a sua condição. (Êxodo 2:23-25)

b) Orações de petições:

DEUS quer que façamos orações especificando detalhe por detalhe dos nossos pedidos. E que sejam pedidos
que glorifiquem a DEUS e que estejam de acordo com a Sua vontade.

E eu vos digo a vós: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. (Lucas 11:9)

c) Orações de confissões:

Orar dando nomes aos pecados, não generalizar os pecados que cometemos. Quando generalizamos não temos
arrependimento, porém quando refletimos sobre cada pecado, o arrependimento virá. Quando damos nomes
aos pecados, não suportaremos mais errar naquilo novamente.

Compadece-te de mim, ó DEUS, segundo a tua benignidade; e, segundo a multidão das tuas misericórdias, apa-
ga as minhas transgressões. Lava-me completamente da minha iniqüidade, e purifica-me do meu pecado. Pois
eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim. (Salmo 51:1-3)

d) Orações de guerra:

Consiste em entrarmos em batalha espiritual confrontando os poderes do mal.

Então me disse: Não temas, Daniel, porque desde o primeiro dia, em que aplicaste o coração a compreender e
a humilhar-te perante o teu DEUS, foram ouvidas as tuas palavras; e por causa das tuas palavras é que vim. Mas
o príncipe do reino da Pérsia me resistiu por vinte e um dias; porém Miguel, um dos primeiros príncipes, veio
para ajudar-me, e eu obtive vitória sobre os reis da Pérsia. (Daniel 10:12-13)
e) Orações intercessórias:

DEUS revela o seguinte segredo espiritual: se cuidarmos do nosso irmão, DEUS cuidará de nós. Se cuidarmos
das coisas de DEUS, DEUS cuidará das nossas coisas.

Tomai, pois, sete novilhos e sete carneiros, e ide ao meu servo Jó, e oferecei holocaustos por vós. O meu servo
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Jó orará por vós; porque dele aceitarei a intercessão, para que eu não vos trate segundo a vossa loucura; porque
vós não dissestes de mim o que era reto, como o meu servo Jó. Então, foram Elifaz, o temanita, e Bildade, o
suíta, e Zofar, o naamatita, e fizeram como o SENHOR lhes ordenara; e o SENHOR aceitou a oração de Jó.
Mudou o SENHOR a sorte de Jó, quando este orava pelos seus amigos; e o SENHOR deu-lhe o dobro de tudo
o que antes possuíra. (Jó 42:8-10)

f) Oração de graça (de agradecimento):

Devemos ser gratos por aquilo que JESUS fez na cruz, pela nossa salvação, pela graça, misericórdia e amor de
DEUS, pelas orações respondidas, pelas bênçãos espirituais e materiais, pelas bênçãos relacionais, etc.

E um deles, vendo que estava são, voltou glorificando a DEUS em alta voz. (Lucas 17:15)

g) Orar a palavra de DEUS:

Utilizar os versículos bíblicos nas orações, pois a palavra de DEUS é a nossa espada. Vivendo a palavra de
DEUS em nossas orações estaremos derrotando o inimigo e nos edificando.
Nessas orações devemos utilizar dois recursos: o Espírito Santo e a palavra de DEUS. Os dois sempre cami-
nham juntos. A palavra é a semente e o Espírito libera a vida que nela está. Quando oramos a palavra de DEUS,
estamos respaldados para que tenhamos o objetivo alcançado. A palavra de DEUS é verdade absoluta para nós,
e por isso, ela não pode ser uma mentira. Se orarmos de acordo com a palavra, satanás não poderá frustrar
nossos objetivos.

Portanto, tomais toda a armadura de DEUS, para que possais resistir no dia mau, e, depois de terdes vencido
tudo, permanecer inabaláveis. Estais, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade, e vestindo-vos da couraça da
justiça. Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz, embraçando sempre o escudo da fé, com o qual
podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai também o capacete da salvação e a espada do
ESPÌRITO, que é a palavra de DEUS. (Efésios 6:13-17)

h) Oração de Adoração:

A adoração nos faz lembrar a identidade e o caráter de DEUS, a onipresença, a onisciência e a onipotência
Dele.

Vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do SENHOR que nos criou. Ele é o nosso DEUS, e nós
povo do seu pasto, e ovelhas de sua mão. Hoje, se ouvirdes a Sua voz, não endureçais o vosso coração, como
em Meribá, como no dia de Massa, no deserto. (Salmo 95:6-9)

III – Como colocar em prática?

Orai sem cessar. (1 Tessalonicenses 5:17)

Orar sem cessar significa conversar com DEUS enquanto se trabalha (atenção para não roubar o tempo de tra-
balho), se estuda, se lê, etc. É estar conectado ao trono de DEUS independente do que você estiver fazendo.

Precisamos reservar um tempo do nosso dia para DEUS. Isso é fundamental para que se inicie a prática de uma
vida de oração. Para isso precisamos programar horários em nossa agenda de oração. Por exemplo, a bíblia cita
Daniel como um servo que orava três vezes ao dia, e como resultado, DEUS o honrou pela sua fidelidade.

Daniel, pois, quando soube que o edito estava assinado, entrou em sua casa (ora havia no seu quarto janelas
abertas do lado de Jerusalém), e três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças diante do seu
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DEUS, como também antes costumava fazer. (Daniel 6:10)

Eu, porém, invocarei a DEUS, e o SENHOR me salvará. À tarde, pela manhã e ao meio-dia, farei as minhas
queixas e lamentarei; e ele ouvirá a minha voz. (Salmo 55:16 e 17)
Precisamos ter a mesma prática de Daniel e de Davi. E não temos que ficar preocupados com o tempo que re-
servamos para a oração. O importante é a qualidade da oração. Quando temos momentos de oração agradáveis,
naturalmente o tempo que permanecemos em oração será prolongado gradativamente. Se começarmos com
períodos de 10 minutos, naturalmente eles aumentarão para 20 minutos, 30 minutos, 01 hora, 02 horas, etc.

E além desse momento de devocional diário, não podemos esquecer que DEUS também quer participar do
restante do nosso dia. Assim como no início (no Jardim do Éden), nossa comunhão com DEUS deve ser per-
manente e não de vez em quando. Pense em DEUS em diversos momentos do seu dia, lembre-se de que DEUS
está ao seu lado. Não fique pensando nos problemas, antes pense no fato de que há um DEUS que quer resolver
seus problemas.

Desenvolver uma vida de oração a DEUS promove alguns efeitos em nossas vidas:
a) estabelece um canal direto até DEUS;
b) é a base da vida espiritual do cristão;
c) estabelece um diálogo com DEUS;
d) permite o derramar da unção que despedaça o jugo;
e) impede a paralisia espiritual.

O ato de orar tem a mesma importância do ato de executar. Quando executamos temos a experiência real de
que estamos alcançando nosso objetivo. Estamos vendo com nossos olhos naturais a transformação e con-
quista daquilo que foi almejado. Quando oramos devemos ter essa mesma sensação e temos que dar a mesma
importância. Isso é crer no que se está fazendo. A oração inicia a conquista e a execução completa e finaliza os
planos. Temos que enxergar a oração como a chance de conquistar objetivos e sonhos.

Estabeleça um tempo diário de oração: por exemplo, comece com 10 minutos, estique para 20 ou 30 minutos,
etc ........até chegar a 1 hora, 2 horas, 3 horas, etc .......

A qualidade da oração geralmente é uma consequência da quantidade de orações e não vice-versa. Enquanto
você desenvolve uma vida pessoal de oração, não se preocupe em demasia se no momento ficar sonolento, pois
a qualidade virá com o tempo, virá com a prática da oração.

Quanto maior o tempo de oração que disponibilizarmos, maior será a consagração das nossas vidas. E quanto
maior a consagração das nossas vidas, maior será o poder de DEUS em nós. Portanto, quanto mais oração,
maior o agir do Espírito Santo nas nossas vidas e maior o poder de DEUS em nós.

Questões relacionadas ao estudo.

35) Com suas palavras, explique o que é oração.


36) Quais são os cinco pontos necessários para se manter uma vida de oração.
37) Escolha três tipos de orações e comente-as mencionando a causa de sua escolha.
38) Quais os efeitos produzidos em nós através de uma vida de oração a DEUS?
Aula prática.

Nessa semana, reserve diariamente algum tempo (qualquer duração) para entrar em momento de oração com
DEUS. Observe qual é o melhor horário para essa comunhão e prossiga nessa meta.
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Aula 8

Jejum

Quando DEUS nos chama, Ele nos capacita, dando condições para que lutemos. Duas armas poderosas para
isso são: oração e jejum. Já vimos um pouco sobre a oração, e agora veremos um pouco sobre algo que está
ligado ao tema da oração: é o jejum. A definição da palavra jejum no dicionário é: “abstinência ou abstenção
total ou parcial de alimentação em determinados dias por penitência ou prescrição religiosa ou médica”. E para
nós cristãos? O jejum cristão não é uma simples abstinência de alimentos. Para nós, significa dizer que jejum é
abrir mão de algo que nos agrada para então agradar a DEUS.

Jejuamos não para barganhar, fazer braço de ferro ou fazer exigências ao SENHOR. Na verdade nós jejuamos
para afligir a alma em sinal de humilhação e dependência de DEUS, enfraquecer e matar a carne, e entrar na
presença de DEUS, ouvindo a Sua direção e o Seu sim ou o Seu não.

O jejum é uma prática fundamental de quem quer tornar-se um servo de DEUS, pois é uma forma de se apro-
ximar de DEUS, ser santificado, ser consolado, ser ajudado, receber direção do SENHOR e renovar as forças
para enfrentar as batalhas por vir em seus ministérios e na própria vida cotidiana. Com o jejum, mortificamos
nossa carne e vivificamos nosso espírito, tornando-nos mais sensíveis ao Espírito Santo. Lembre-se: DEUS
não fala com a nossa carne, e sim com o nosso espírito. Assim mostramos para a nossa carne que ela não tem
o domínio sobre nós.

O jejum é uma estratégia que DEUS deu ao homem para:


- se aproximar de DEUS;
- resistir ao diabo;
- combater o bom combate.

Oração e jejum caminham juntos na vida do cristão, e compreendemos isso através das seguintes relações:
- a oração funciona sem o jejum;
- o poder da oração é multiplicado com o jejum;
- o jejum não funciona sem a oração.

Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne. Porque a carne cobiça contra o
Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis. Mas, se
sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei. (Gálatas 5:16-18)

Há uma luta no nosso interior: espírito X carne. Precisamos destronar o “EU” da nossa vida para que DEUS
se assente no trono do coração.

O escritor cristão Kenneth Hagin fez a seguinte afirmação sobre o jejum: “o jejum não muda a DEUS. Ele é o
mesmo antes, durante e depois do seu jejum. Mas jejuar, mudará você. Vai lhe ajudar a manter-se mais suscetível
ao Espírito de DEUS”.

O jejum não fará com que DEUS seja mais gracioso, misericordioso ou bondoso com a gente. Na verdade o
jejum é feito exclusivamente para nós, para nos mudar.

Jejum é uma forma de se ter um relacionamento com DEUS, através dos seguintes aspectos:
- se aproximar de DEUS;

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- ser santificado;
- ser consolado;
- ser ajudado;
- receber direção de DEUS;
- renovar as forças

Não é o jejum por si só que resolverá os problemas da nossa vida. Não podemos depositar a nossa fé no jejum,
mas antes devemos colocar a fé no DEUS que opera através do jejum. E não será o jejum por si só que definirá
o nosso êxito. O que definirá a vitória é todo um conjunto formado por jejum, acrescido da oração, da fé, e de
qualquer outra direção do ESPÍRITO SANTO, e no controle de tudo isso o nosso DEUS.

Se realmente compreendermos a importância de depender de DEUS e buscar a direção do Espírito, vamos


entender o quanto o jejum é necessário e fundamental para nós. O jejum não é só uma arma para os momentos
críticos, mas também é uma arma do nosso dia a dia.

Disseram-lhe, então, eles: Por que jejuam os discípulos de João muitas vezes, e fazem orações, como também os
dos fariseus, mas os teus comem e bebem? E ele lhes disse: Podeis vós fazer jejuar os filhos das bodas, enquanto
o esposo está com eles? Dias virão, porém, em que o esposo lhes será tirado, e então, naqueles dias, jejuarão.
(Lucas 5:33-35)

Os fariseus (religiosos da época e doutores da lei) gostavam de estar perto das coisas de DEUS, mas a dureza
de seus corações não permitiam que eles estivessem com o próprio DEUS. Eles apenas cultuavam as coisas de
DEUS (símbolos, templos, rituais, vestes, etc.), mas se esqueciam do próprio DEUS. Hoje nós jejuamos para
nos achegarmos a DEUS, e mais do que tudo, para viver em comunhão com o SENHOR.

O cristão não precisa jejuar para ser salvo. A salvação independe do jejum. Porém, quando o cristão jejua, ele
receberá muito mais as coisas de DEUS aqui na terra: mais unção, mais intimidade, mais santidade, mais poder
de DEUS, mais autoridade espiritual, mais respostas às orações, mais revelação de DEUS, mais conhecimento
da palavra, enfim mais do Reino de DEUS aqui na terra.

Tipos de jejum

As perguntas mais comuns que fazemos são: o que vou deixar de comer ou beber? Quantas horas no dia? Por
quanto tempo? A resposta sempre será dada pelo SENHOR, sempre respeitando a sua saúde, seu trabalho, sua
família, etc. O jejum não é só de comida e bebida, é para tudo que agrada muito a carne, como por exemplo:
televisão e internet.

1 - Jejum parcial: é aquele em que há a abstinência de alimentos, e somente ingerimos água.


2 – Jejum completo: é aquele em que há abstinência de tudo, em que não ingerimos nem água e nem comida.

Mas muito cuidado, pois a água não é considerada um alimento, e sim uma necessidade para que o corpo huma-
no funcione. Até os médicos advertem que o máximo que o corpo humano agüenta a abstinência da água sem
prejudicar a saúde é o período de três dias.

Vai, ajunta a todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim, e não comais, nem bebais por três dias,
nem de noite nem de dia; eu e as minhas servas também jejuaremos. Depois, irei ter com o rei, ainda que é
contra a lei; se perecer, pereci. (Ester 4:16)

Então, se levantou Saulo da terra e, abrindo os olhos, nada podia ver. E, guiando-o pela mão, levaram-no para
Damasco. Esteve três dias sem ver, durante os quais nada comeu, nem bebeu. (Atos 9:8 e 9)

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É importante que o cristão cuide de seu corpo ao jejuar. Durante o jejum, a luta é contra a carne (sua natureza
e impulsos) e não contra o corpo (físico).

Mas o que agrada e o que não agrada a DEUS?

E, quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas; porque desfiguram os seus rostos, para
que aos homens pareça que jejuam. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. Tu, porém, quando
jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto, para não pareceres aos homens que jejuas, mas a teu Pai, que está
em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente. (Mateus 6:16-18)

O jejum é algo entre você e DEUS, ou seja, DEUS vai te mostrar o motivo a jejuar e o que jejuar, e as outras
pessoas não precisarão notar que você jejua (alguém somente vai saber que jejuamos se for um jejum coletivo
– igreja, ministério, família, ou se for para edificar a fé de alguém repartindo experiências). O jejum funciona
quando é feito para DEUS e não para homens. Não é para se exibir como alguém super espiritual.

Clama a plenos pulmões, não te detenhas, ergue a voz como a trombeta e anuncia ao meu povo a sua transgres-
são e à casa de Jacó, os seus pecados. Mesmo neste estado, ainda me procuram dia a dia, têm prazer em saber
os meus caminhos; como povo que pratica a justiça e não deixa o direito do seu DEUS, perguntam-me pelos
direitos da justiça, têm prazer em se chegar a DEUS, dizendo: Por que jejuamos nós, e tu não atentas para isso?
Por que afligimos a nossa alma, e tu não o levas em conta? Eis que, no dia em que jejuais, cuidais dos vossos
próprios interesses e exigis que se faça todo o vosso trabalho. Eis que jejuais para contendas e rixas e para fe-
rirdes com punho iníquo; jejuando assim como hoje, não se fará ouvir a vossa voz no alto. Seria este o jejum
que escolhi, que o homem um dia aflija a sua alma, incline a sua cabeça como o junco e estenda debaixo de si
pano de saco e cinza? Chamarias tu a isto jejum e dia aceitável ao SENHOR? Porventura, não é este o jejum
que escolhi: que soltes as ligaduras da impiedade, desfaças as ataduras da servidão, deixes livres os oprimidos
e despedaces todo jugo? Porventura, não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa
os pobres desabrigados, e, se vires o nu, o cubras, e não te escondas do teu semelhante? Então, romperá a tua
luz como a alva, a tua cura brotará sem detença, a tua justiça irá adiante de ti, e a glória do SENHOR será a
tua retaguarda; então, clamarás, e o SENHOR te responderá; gritarás por socorro, e ele dirá: Eis-me aqui. Se
tirares do meio de ti o jugo, o dedo que ameaça, o falar injurioso; se abrires a tua alma ao faminto e fartares a
alma aflita, então, a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia. O SENHOR te guiará
continuamente, fartará a tua alma até em lugares áridos e fortificará os teus ossos; serás como um jardim regado
e como um manancial cujas águas jamais faltam. Os teus filhos edificarão as antigas ruínas; levantarás os fun-
damentos de muitas gerações e serás chamado reparador de brechas e restaurador de veredas para que o país se
torne habitável. Se desviares o pé de profanar o sábado e de cuidar dos teus próprios interesses no meu santo
dia; se chamares ao sábado deleitoso e santo dia do SENHOR, digno de honra, e o honrares não seguindo os
teus caminhos, não pretendendo fazer a tua própria vontade, nem falando palavras vãs, então, te deleitarás no
SENHOR. Eu te farei cavalgar sobre os altos da terra e te sustentarei com a herança de Jacó, teu pai, porque a
boca do SENHOR o disse. (Isaías 58:1-14)

Na prática do jejum é indispensável a leitura da palavra de DEUS (meditando e vivendo a palavra), estar em
Espírito (voltado às coisas espirituais do Reino de DEUS) e manter-se em oração, pois jejum sem oração não
é jejum e não faz sentido. Oramos para ter a direção de DEUS. Precisamos compreender que a nossa salvação
é gratuita, e a unção e o Reino de DEUS são conquistados através de muito esforço. O jejum que agrada a
DEUS é aquele que é um sacrifício para nós. Para viver o poder de DEUS tem que se pagar um preço, através
de consagração, oração, leitura e meditação da palavra, e como resultado a revelação do SENHOR virá sobre
as nossas vidas.

Sempre temos que perguntar se o propósito do nosso jejum é válido (está na direção de DEUS) ou é um pro-
pósito que veio da nossa própria carne, pois nós temos a natureza pecaminosa e estamos sujeitos ao pecado,
porém não vivemos em pecado. Para isso temos que ter o hábito de confessar os pecados para que o jejum
agrade a DEUS.
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Propósitos do Jejum

1 - Consagração

Disse o SENHOR a Moisés: Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Quando alguém, seja homem seja mulher,
fizer voto especial, o voto de nazireu, a fim de consagrar-se para o SENHOR, abster-se-á de vinho e de bebida
forte; não beberá vinagre de vinho, nem vinagre de bebida forte, nem tomará beberagens de uvas, nem comerá
uvas frescas nem secas. Todos os dias do seu nazireado não comerá de coisa alguma que se faz da vinha, desde
as sementes até às cascas. Todos os dias do seu voto de nazireado não passará navalha pela cabeça; até que se
cumpram os dias para os quais se consagrou ao SENHOR, santo será, deixando crescer livremente a cabeleira.
Todos os dias da sua consagração para o SENHOR, não se aproximará de um cadáver. Por seu pai, ou por sua
mãe, ou por seu irmão, ou por sua irmã, por eles se não contaminará, quando morrerem; porquanto o nazireado
do seu DEUS está sobre a sua cabeça. Por todos os dias do seu nazireado, santo será ao SENHOR. (Números
6:1-8)

Havia uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser, avançada em dias, que vivera com seu
marido sete anos desde que se casara e que era viúva de oitenta e quatro anos. Esta não deixava o templo, mas
adorava noite e dia em jejuns e orações. (Lucas 2:36 e 37)

Esse jejum gera intimidade com DEUS.

2 – Buscar a direção de DEUS

Precisamos estar sensível à voz do Espírito Santo, DEUS quer Se revelar ao Seu povo, e para que isso aconteça,
deve-se haver uma preparação das nossas vidas para recebermos os segredos de DEUS.

E esteve ali com o SENHOR quarenta dias e quarenta noites; não comeu pão, nem bebeu água, e escreveu nas
tábuas as palavras da aliança, os dez mandamentos. (Êxodo 34:28)

3 – Perdão

DEUS não quer saber se temos condições de perdoar o próximo (mesmo porque a nossa realidade é que nós
não temos essa condição), na verdade Ele só quer saber é se nós queremos perdoar (liberar, pedir e aceitar o
perdão). O perdão vem de DEUS, é um sentimento divino.

Ao SENHOR, nosso DEUS, pertence a misericórdia, e o perdão. (Daniel 9:9)

O segredo é se abrir para isso e buscar a intimidade com DEUS para poder viver o perdão de DEUS (perdoar,
ser perdoado, etc.). Devemos perguntar diariamente ao Espírito Santo para quem temos que pedir perdão, pois
às vezes fazemos o mal para alguém sem percebermos.

4 – Consolo

Na nossa vida teríamos momentos de tristeza, e é por isso que o Espírito Santo é chamado de Consolador.

E tomaram os seus ossos, e os sepultaram debaixo de um arvoredo, em Jabes, e jejuaram sete dias. (1 Samuel
31:13)
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Nessa passagem, o povo não jejuou pelos mortos, mas sim eles jejuaram para o seu próprio conforto durante
aquele período de tristeza.

5 – Arrependimento

O pecado fecha a porta para a entrada de DEUS no nosso coração, mas o arrependimento é a chave que abre
essa porta para que DEUS entre com a Sua santidade. O arrependimento é diferente de remorso. O arrependi-
mento gera nojo a qualquer tipo de pecado. Remorso é o sofrimento e o tormento da mente: culpa, acusação,
etc. Enquanto que o arrependimento é a real mudança e conversão, a volta aos valores de CRISTO.

Ainda assim, agora mesmo diz o SENHOR: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e
com choro, e com pranto. E rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao SENHOR vosso
Deus; porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e se arrepende
do mal. Quem sabe se não se voltará e se arrependerá, e deixará após si uma bênção, em oferta de alimentos e
libação para o SENHOR vosso Deus? Tocai a trombeta em Sião, santificai um jejum, convocai uma assembléia
solene. E vós, filhos de Sião, regozijai-vos e alegrai-vos no SENHOR vosso Deus, porque ele vos dará em justa
medida a chuva temporã; fará descer a chuva no primeiro mês, a temporã e a serôdia. E as eiras se encherão de
trigo, e os lagares transbordarão de mosto e de azeite. E restituir-vos-ei os anos que foram consumidos pelo
gafanhoto migrador, pelo destruidor e pelo cortador, o meu grande exército que enviei contra vós. E comereis
abundantemente e vos fartareis, e louvareis o nome do SENHOR vosso Deus, que procedeu para convosco
maravilhosamente; e o meu povo nunca mais será envergonhado. (Joel 2:12-15 e 23-26)

Toda vez que o cristão jejua por arrependimento de pecados, DEUS muda a sua condição.

Congregaram-se em Mispa, tiraram água e a derramaram perante o SENHOR; jejuaram aquele dia e ali disse-
ram: Pecamos contra o SENHOR. E Samuel julgou os filhos de Israel em Mispa. (1 Samuel 7:6)

6 – Cura

O jejum pode ser feito com o propósito de ver a cura do SENHOR sendo manifesta.
Quanto a mim, porém, estando eles enfermos, as minhas vestes eram pano de saco; eu afligia a minha alma com
jejum e em oração me reclinava sobre o peito. (Salmo 35:13)

7 – Vida Ministerial

A seguir, foi JESUS levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. E, depois de jejuar quarenta
dias e quarenta noites, teve fome. (Mateus 4:1 e 2)

Para iniciar a vida ministerial, o cristão deve se encher do Espírito Santo e receber capacitação de DEUS.

8 – Intercessão

Se quisermos ver mudanças na vida dos outros, DEUS nos chama a jejuarmos por eles como forma de inter-
cessão.

E buscou Davi a Deus pela criança; e jejuou Davi, e entrou, e passou a noite prostrado sobre a terra. (2 Samuel
12:16)
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9 - Guerra Espiritual

Para se envolver em qualquer forma de guerra espiritual (conquista de almas, conquista de cidades e territórios,
confronto com principados, potestades e demais demônios, proteção nas batalhas, etc.), é obrigatória a prática
do jejum como uma forma de preparação para a luta.

Mas esta casta de demônios não se expulsa senão pela oração e pelo jejum. (Mateus 17:21)

Então, apregoei ali um jejum junto ao rio Aava, para nos humilharmos perante o nosso Deus, para lhe pedir-
mos jornada feliz para nós, para nossos filhos e para tudo o que era nosso. Porque tive vergonha de pedir ao rei
exército e cavaleiros para nos defenderem do inimigo no caminho, porquanto já lhe havíamos dito: A boa mão
do nosso Deus é sobre todos os que o buscam, para o bem deles; mas a sua força e a sua ira, contra todos os
que o abandonam. Nós, pois, jejuamos e pedimos isto ao nosso Deus, e ele nos atendeu. (Esdras 8:21-23)

O cristão jamais deve se esquecer que o confronto com as trevas é real. O lado inimigo também jejua, mas o
nosso DEUS é infinitamente maior do que o deus deles.

10 - Agradecimento / Gratidão / Adoração

Jejuamos para agradar a DEUS como forma de gratidão pelo que Ele tem feito por nós. Jejuamos por amor a
Ele. Jejuamos como forma de sacrifício vivo a DEUS.

Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de DEUS, que apresenteis os vossos corpos por sacrifício vivo,
santo e agradável a DEUS, que é o vosso culto racional. (Romanos 12:1)

11 – Por propósitos específicos dados por DEUS

DEUS nos formou com propósitos específicos de vida, e para que realmente cada plano de DEUS ocorra nas
nossas vidas, precisamos jejuar para conhecermos a vontade do SENHOR e para recebermos as promessas
Dele.

Exemplos de jejuns:

A bíblia não determina regras no jejum. Vimos até aqui que os jejuns podem variar de acordo com os seus
propósitos. Portanto, cada cristão é livre para orar a DEUS e ver quando jejuar, como jejuar e o que jejuar. Mas
a bíblia nos deixa pelo menos dois exemplos de jejuns.

a) Jejum de 40 dias

Esse jejum serve para fortalecimento, enchimento do Espírito Santo e para lutar e guerrear. Aqui representa o
plantio para a posterior colheita dos objetivos de vida. È uma preparação para a conquista futura.
Exemplos: JESUS (Mateus 4:2); Moisés (Êxodo 34:28); Jejum anual da Igreja Bola de Neve.

b) Jejum de 21 dias

Esse jejum serve para receber as respostas de DEUS para as suas perguntas (sim ou não; espere ou siga em
frente). Serve também para enfraquecer e matar a carne. Aqui jejuamos para anular em nossas vidas a vaidade
e tudo que agrada a nossa carne.

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Mais importante que jejuar é cumprir o propósito estabelecido. Todo jejum é um voto feito com DEUS.

Quando a DEUS fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos. Cumpre o voto
que fazes. Melhor é que não votes do que votes e não cumpras. (Eclesiastes 5:4 e 5)

Passos para a prática do jejum:

Ao praticarmos o jejum, precisamos observar alguns passos:

1 - Se acertar com DEUS e com o próximo: se arrepender dos pecados e pedir perdão a DEUS e ao próximo.
2 - Orar e conversar com o Espírito Santo, expondo os propósitos e os objetivos, pedir ajuda, auxílio e a força
necessária para o sustento.
3 - Combinar com DEUS o tipo, o tempo e os demais detalhes.

O crente possui armas espirituais, e duas delas são o jejum e a oração. Com o uso dessas armas abrimos espaço
para JESUS viver nas nossas vidas e vencer as nossas batalhas, além de conhecermos cada vez mais o SE-
NHOR. Caso você nunca tenha feito um jejum, eu te encorajo a fazê-lo. E se você já fez, eu te encorajo a fazer
disso uma prática constante em sua vida. Dessa forma DEUS te dará experiências tremendas na sua caminhada
com JESUS.

Questões relacionadas ao estudo.

39) Com suas palavras, defina o que é o jejum cristão.


40) Por que o jejum sempre deve ser acompanhado de oração?
41) Através de quais pontos o jejum atua no relacionamento entre DEUS e o homem?
42) Escolha três propósitos de jejuns e comente-os mencionando a causa de sua escolha.

Aula prática.

Nessa semana, peça para DEUS te mostrar algum motivo para jejuar. Inicie um propósito na sua vida, jejue e
ore para testemunhar o que DEUS operou.

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Aula 9

Santidade

Santidade é o principal atributo de DEUS e uma característica que deve ser desenvolvida por seus seguidores.
Santidade é a separação do que é impuro e a consagração ao que é puro. DEUS é santo e Nele não há nada sujo
ou impuro.

Todos nós somos chamados por DEUS para separarmos e consagrarmos as nossas vidas para Ele. A pessoa
considerada santa é aquela que é separada por DEUS para O adorar e O servir, para cumprir a Sua vontade. Se
você está de todo o coração servindo, adorando e obedecendo ao teu DEUS, então pode ter certeza que você
é uma pessoa santa, pois Ele nos chamou para a santificação, para sermos santos e irrepreensíveis.

Porquanto DEUS não nos chamou para a impureza, e, sim, em santificação. (1 Tessalonicenses 4:7)

assim como nos escolheu Nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante Ele;
e em amor. (Efésios 1:4)

Quando a santidade é aplicada à DEUS, estamos nos referindo ao seu domínio sobre a criação e a Sua perfei-
ção. Quando a santidade é aplicada aos homens, estamos nos referindo a nossa separação do mundo e o nosso
serviço a DEUS.

Hoje é impossível uma pessoa chegar ao nível da perfeição. DEUS conhece a nossa vida e o nosso coração. Ele
jamais vai “jogar na nossa cara” as nossas limitações. Mas DEUS quer de nós a seguinte decisão: “Eu vou lutar
para ser santo, vou lutar contra aquilo que me tira da consagração a DEUS”. Portanto, viver em santidade não
quer dizer que eu sou perfeito, mas quer dizer que eu vivo em busca da perfeição que está refletida em CRISTO
JESUS.

Pelo contrário, segundo é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o
vosso procedimento, porque escrito está: Sede santos, porque Eu sou santo. (1 Pedro 1:15 e 16)

O homem foi criado a imagem e semelhança de DEUS, e não igual a DEUS. Isso significa que o homem é capaz
de refletir a semelhança divina. E como DEUS se revela em santidade, Ele chama os homens a uma santidade
que lembra a sua própria. Aquilo que é santo não apenas se distingue do profano, mas também se opõe a isso.

A nossa santidade acontece aos poucos, trata-se de um processo no qual nós somos aperfeiçoados e lapidados
por DEUS. Para que isso aconteça, precisamos entregar TODAS as áreas da nossa vida aos cuidados de DEUS,
como, por exemplo, a área ministerial, sentimental, financeira, profissional, familiar, etc.

A santificação trata do aspecto prático da vida cristã. Quando passamos a viver e a caminhar com DEUS, temos
o nosso caráter sobrenaturalmente transformado. Se a nossa vida não for mudada quando nos aproximamos
de DEUS, algo está errado.

Quando observamos as cartas que o apóstolo Paulo escrevia às igrejas, ele sempre iniciava saudando o povo
usando o termo “santo”. Porém essas cartas eram recheadas de exortações e de repreensões aos erros cometi-
dos pelas igrejas. Mas como é que podem acontecer tantos erros no meio de um povo santo? Precisamos en-
tender que todas as pessoas que aceitam verdadeiramente a JESUS como SENHOR e Salvador de suas vidas e
passam a caminhar com Ele, são consideradas pessoas santas. O problema é que o mundo deturpou o conceito

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de santo, dizendo que a santidade é algo inatingível, é algo para um pequeno e seleto grupo de pessoas.

Você pode perguntar: todos podemos ser santos? A resposta é Sim! Todo crente é santo. E todos nós somos
santos o suficiente? A resposta é Não! Nenhum crente é santo o suficiente. Precisamos ser mais santos hoje do
que ontem, e menos santos do que amanhã. É fundamental que avancemos no nível de santidade.
Todos no mundo dizem que têm a DEUS, mas e DEUS, tem a você? Somos chamados para ser de propriedade
do SENHOR.

Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de DEUS, a fim de
proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. (1 Pedro 2:9)

Quando dizemos que um homem ou uma mulher são DE DEUS, fazemos uso de um termo que indica posse.
Ou seja, essa posse da minha vida eu entrego a DEUS, passo a ser propriedade Dele. Isso quer dizer que a for-
ma de eu enxergar as coisas não é mais da minha maneira, e sim da maneira Dele. O ponto de partida da santi-
ficação é a entrega da vida para JESUS. Mas não termina nisso, esse é apenas o início. É a partir dessa entrega
que a santificação começa. DEUS quer nos dar a salvação, mas, além disso, Ele quer que cada cristão se torne
parecido com Seu Filho JESUS. É através da santificação que DEUS opera a transformação do nosso caráter.

Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do ESPÍRITO SANTO, que está em vós, o qual tendes da
parte de DEUS, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a
DEUS no vosso corpo. (1 Coríntios 6:19 e 20)

Todos nós fomos comprados pelo sangue de JESUS, e isso significa dizer que não somos mais de nós mesmos.
A realidade agora é que o verdadeiro cristão vive exclusivamente para DEUS, ou melhor, é o próprio DEUS
que vive a sua vida.

Logo, já não sou eu quem vive, mas CRISTO vive em mim. (Gálatas 2:20)

Como santificar a sua vida?

Ter a vida santificada é abrir mão da maneira que nós pensamos, achamos e entendemos, e viver a nossa vida
da maneira que DEUS quer (através da Sua direção). A santificação não se limita apenas a vida dentro da igreja,
além disso, a santificação engloba também as áreas da vida externas à igreja. Precisamos santificar ao redor das
nossas vidas. Por exemplo: se eu quero santificar o meu trabalho, devo ter todos os procedimentos do trabalho
alinhados com o que DEUS pensa, alinhados com a maneira que agrada a DEUS, como por exemplo, não
mentir.

A santidade não consiste em amarmos a JESUS e então fazermos o que bem quisermos. A santidade consiste
em amar a JESUS e fazermos o que Ele quer.

È possível sim eu ter algumas áreas da minha vida santificada e outras ainda não. Ou então algumas áreas mais
santificadas e outras menos santificadas. Como DEUS é paciente e amoroso conosco, Ele vai nos mostrando
aos poucos as áreas de nossa vida que necessitam de mudanças, e a medida em que nos abrimos para isso, Ele
opera sua transformação em nós.

Mas como saberemos se estamos nos relacionando corretamente com JESUS? Um termômetro para saber se
estamos no caminho da santidade é verificarmos se estamos guardando os ensinamentos de JESUS.

E nisto sabemos que o conhecemos: se guardarmos os seus mandamentos. (1 João 2:3)

No caminho da santificação, a primeira coisa a se fazer é simplesmente aprender a andar com DEUS, através do
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desenvolvimento de uma amizade profunda e de uma confiança mútua. E para que isso aconteça, é necessário
gastar tempo com DEUS, estudando a sua palavra, lendo a bíblia e orando/conversando com DEUS.

O que nos move em direção à santidade de DEUS?


- Fé em CRISTO, já que a vontade de DEUS quase sempre vai contra a vontade do mundo.
- Amor a DEUS, pois juntando a fé com o amor, somos levados a uma grande característica de um ho-
mem/mulher de DEUS � a Obediência.

A Obediência é um segredo espiritual para ser santificado. A obediência é o recurso mais importante para a
pessoa receber a santificação de DEUS. Ela é algo tão valioso aos olhos do SENHOR, que essa atitude deve
preceder todas as demais.

Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar. (1 Samuel 15:22)

Todo tipo de pecado nos afasta de DEUS, porém há um pecado que a bíblia cita como algo abominável, trata-se
do pecado de rebeldia. A pessoa rebelde é comparada a uma pessoa feiticeira.

Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria. (1 Samuel 15:23)

Estas seis coisas o SENHOR odeia, e a sétima a sua alma abomina: Olhos altivos, língua mentirosa, mãos que
derramam sangue inocente, O coração que maquina pensamentos perversos, pés que se apressam a correr para
o mal, A testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos. (Provérbio 6: 16-19)

A desobediência causa um duplo pecado: o primeiro pecado é a própria desobediência ou rebeldia em si, e esse
primeiro erro sempre leva à outro tipo de pecado. Um pecado é sempre uma conseqüência de um ato de deso-
bediência. Por exemplo, se DEUS diz para não praticar sexo fora do casamento, e a pessoa acaba caindo nesse
pecado, o primeiro erro dela foi desobedecer a DEUS.

OBEDECER É DIFERENTE DE CONCORDAR.

O cristão tem três opções de escolha:

• Obedecer imediatamente: essa é a melhor escolha aos olhos de DEUS, obedecer como uma criança
obediente (o que o pai fala ela faz);
• Questionar para depois obedecer: a pessoa primeiro questiona a direção de DEUS, ouve a explicação e
o motivo para somente então concordar com DEUS;
• Não obedecer: simplesmente a pessoa não obedece e é rebelde, e acaba caindo em pecado e desagra-
dando a DEUS.

Um bom teste para saber se somos obedientes a DEUS ou não é observar se não fazemos da bíblia um super-
mercado, escolhendo fazer algumas coisas e não fazer outras, de acordo com os nossos desejos, não importan-
do com o que DEUS pensa. Jamais caia nesse engano.

A santificação é progressiva, ou seja, DEUS vai revelando dia após dia tudo o que Ele deseja mudar em nossas
vidas, para que nós cresçamos diariamente na graça, conquistando dia a dia o caráter de JESUS. Santificação é
um processo na qual vamos ficando livres do poder do pecado, através da ação do Espírito Santo nos transfor-
mando à imagem e semelhança de JESUS. Aquele pecado que antes podia me prender já não me prende mais,
agora eu sou livre para escolher obedecer a DEUS.

Se nós lutamos contra o mau, nos consagrando e nos santificando, essa atitude aos olhos de DEUS é maravi-
lhosa. É como se DEUS colocasse uma cúpula de proteção em nós contra o mau que existe no mundo. Dessa
forma DEUS não permite que o inimigo nos toque, pois Ele vê o nosso coração e a nossa sinceridade. Uma
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cúpula de proteção é colocada sobre aqueles que verdadeiramente buscam a santidade. DEUS e o diabo vêm
essa pessoa na característica de perfeição (sem brechas).

De noite, em minha cama, busquei aquele a quem ama a minha alma; busquei-o, e não o achei. Levantar-me-ei,
pois, e rodearei a cidade; pelas ruas e pelas praças buscarei aquele a quem ama a minha alma; busquei-o, e não o
achei. Acharam-me os guardas, que rondavam pela cidade; eu lhes perguntei: Vistes aquele a quem ama a minha
alma? Apartando-me eu um pouco deles, logo achei aquele a quem ama a minha alma; agarrei-me a ele, e não o
larguei, até que o introduzi em casa de minha mãe, na câmara daquela que me gerou. (Cantares 3: 1-4)

Eu dormia, mas o meu coração velava; e eis a voz do meu amado que está batendo: abre-me, minha irmã, meu
amor, pomba minha, imaculada minha, porque a minha cabeça está cheia de orvalho, os meus cabelos das go-
tas da noite. Já despi a minha roupa; como as tornarei a vestir? Já lavei os meus pés; como os tornarei a sujar?
O meu amado pôs a sua mão pela fresta da porta, e as minhas entranhas estremeceram por amor dele. Eu me
levantei para abrir ao meu amado, e as minhas mãos gotejavam mirra, e os meus dedos mirra com doce aroma,
sobre as aldravas da fechadura. Eu abri ao meu amado, mas já o meu amado tinha se retirado, e tinha ido; a
minha alma desfaleceu quando ele falou; busquei-o e não o achei, chamei-o e não me respondeu. Acharam-me
os guardas que rondavam pela cidade; espancaram-me, feriram-me, tiraram-me o manto os guardas dos muros.
(Cantares 5: 2(b)-7)

Dependendo de nossas atitudes, essa cúpula de proteção pode ser retirada.

Ele sabe que nós não somos perfeitos, mas Ele enxerga a luta que travamos para obtermos a perfeição. Porém,
se chegarmos a ponto de acharmos que até aqui está bom, a cúpula de proteção é retirada e havendo brechas
(como havia anteriormente), o inimigo consegue nos tocar.

Se andarmos com satanás, colheremos morte eterna e se andarmos com DEUS, colheremos vida eterna. Nos-
so inimigo sempre está tentando encontrar algum espaço para atuar na nossa vida. Ele está ao nosso derredor
procurando alguma brecha para nos tocar. Se mantivermos a nossa santificação, dando os frutos que DEUS
espera, impedimos que o diabo nos roube as bênçãos.

Naquele tempo, que resultados colhestes? Somente as coisas de que agora vos envergonhais, porque o fim delas
é a morte. Agora, porém, libertados do pecado, transformados em servos de DEUS, tendes o vosso fruto para
santificação, e por fim a vida eterna: porque o salário do pecado é morte, mas o dom gratuito de DEUS é a vida
eterna em CRISTO JESUS nosso Senhor. (Romanos 6:21-23)

Quando obedecemos como uma criança, algo sobrenatural acontece! Ao obedecermos sem questionamentos à
direção de DEUS, recebemos uma sabedoria que vem do alto. DEUS quer com isso explicar os seus propósitos
nos entregando o Seu conhecimento e a Sua revelação.

O temor do SENHOR é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução. (Pro-


vérbio 1:7)

Para a pessoa que é obediente, DEUS a presenteia com revelação e sabedoria.

E disse ao homem: Eis que o temor do SENHOR é a sabedoria, e apartar-se do mal é a inteligência. (Jó
28:28)

O temor do homem a DEUS é a própria sabedoria que ele recebe de DEUS.

Quando o cristão vive em verdadeiro temor a DEUS, as suas escamas dos olhos caem, e ele passa a enxergar o
passado, o presente e o futuro, compreendendo a importância de se obedecer a DEUS. A obediência conduz à
santidade que por sua vez conduz à autoridade espiritual.
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JESUS não mostrava sinais aos fariseus porque conhecia o coração deles. Já aos discípulos, JESUS se revelava,
pois os corações deles eram obedientes, os discípulos largavam tudo e O seguiam sem questioná-Lo.

E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. Então, eles deixaram imediatamente as
redes e o seguiram. (Mateus 4:19 e 20)

O Apóstolo Paulo sabia que ainda não tinha recebido e obtido a perfeição, mas mesmo assim, prosseguia em
conquistá-la, esquecendo das coisas que ficavam para trás e avançando para aquelas que estavam adiante dele.
Essa deve ser a nossa atitude, pois temos como alvo o SENHOR JESUS.

Não que eu o tenha já recebido, ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que
também fui conquistado por CRISTO JESUS. Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma
coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam, e avançando para as que diante de mim estão, prossi-
go para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de DEUS em CRISTO JESUS. (Filipenses 3:12-14)

O que está por trás de uma santificação e uma não santificação? Não existe meio termo, ou buscamos a santida-
de e assim pisamos na cabeça do inimigo, ou desagradamos a DEUS. O segredo está em lutar contra o pecado.
Porém se acabarmos pecando, o Pai irá nos disciplinar. Mas não será um Juiz condenando, e sim um Pai disci-
plinando, corrigindo e ensinando.

Se porém, andarmos na luz como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de JE-
SUS, seu Filho, nos purifica de todo pecado. Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos
enganamos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar
os pecados e nos purificar de toda injustiça. Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiro-
so e a sua palavra não está em nós. (1 João 1:7-10)

Todos nós somos pecadores, mas lutando contra o pecado conseguiremos manter aquela cúpula de proteção
sobre nós.

Como a nossa natureza é pecaminosa e nossa carne tende ao pecado, é fundamental que diariamente confesse-
mos nossos pecados a DEUS para que o sangue de JEJUS nos cubra e nos purifique, mantendo a nossa santida-
de. Quando a nossa iniquidade é perdoada e o nosso pecado é coberto, conseguimos viver uma vida santificada
pelo SENHOR, e somos bem-aventurados.

Bem-aventurado aquele cuja iniquidade é perdoada, cujo pecado é coberto. Bem-aventurado o homem a quem
o SENHOR não atribui iniquidade, e em cujo espírito não a dolo. (Salmo 32:1 e 2)

Existem três tipos de pecados: no corpo, na alma e no espírito. Enquanto a nossa parte é lutar contra o mau, a
parte de DEUS é fazer todas as demais a nosso favor.

O mesmo DEUS da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros
e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor JESUS CRISTO. Fiel é o que vos chama, o qual também o fará. (1
Tessalonicenses 5:23 e 24)

A obra de santificação ocorre no corpo, na alma e no espírito, já que o pecado atinge essas três áreas.

• Pecados de corpo: são aqueles pecados mais latentes e visíveis, onde você e todas as demais pessoas
conseguem enxergar. Por exemplo: vícios, prostituição, sensualidade, etc.

Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me
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deixarei dominar por nenhuma. Os alimentos são para o estômago e o estômago para os alimentos; DEUS,
porém, aniquilará tanto um como os outros. Mas o corpo não é para a prostituição, senão para o SENHOR, e
o SENHOR para o corpo. Ora, Deus, que também ressuscitou o SENHOR, nos ressuscitará a nós pelo seu po-
der. Não sabeis vós que os vossos corpos são membros de CRISTO? Tomarei, pois, os membros de CRISTO,
e fá-los-ei membros de uma meretriz? Não, por certo. Ou não sabeis que o que se ajunta com a meretriz, faz-se
um corpo com ela? Porque serão, disse, dois numa só carne. Mas o que se ajunta com o SENHOR é um mesmo
espírito. Fugi da prostituição. Todo o pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca
contra o seu próprio corpo. Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do ESPÍRITO SANTO, que habita
em vós, proveniente de DEUS, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glo-
rificai, pois, a DEUS no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a DEUS. (1 Coríntios 6:12-20)

Você tem coragem de pecar dentro da casa de DEUS? Por exemplo, na igreja como um templo físico? Obvia-
mente que não. Dá até um arrepio só de imaginar uma coisa dessas. Porém temos que entender que hoje nós
somos esse templo. DEUS não habita mais em templos feitos por mãos humanas, agora Ele habita no templo
que Ele mesmo fez, ou seja, o nosso corpo.

• Pecados na alma: são aqueles pecados que não são visíveis, ninguém os enxerga, mas que DEUS revela
aos poucos. Por exemplo: a mentira, a falta de perdão, a vaidade, o orgulho, a ira, a mágoa e qualquer outro traço
do caráter de satanás.

Ser cristão é ser parecido com JESUS, é buscar ter o caráter de JESUS. Precisamos santificar o nosso caráter,
pois a boca fala do que está cheio o coração, e o nosso coração deve estar puro para que da nossa boca saiam
somente palavras que semeiem benção e não maldição. O SENHOR julga o coração.

Meus filhinhos, por quem de novo sinto as dores de parto, até que CRISTO seja formado em vós. (Gálatas
4:19)

JESUS nos chamou para uma nova vida, nos tirou do império das trevas e nos transportou ao reino da luz, e o
convite que Ele nos faz é para que nos tornemos santos com Ele é Santo.

Como filhos da obediência não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância; pelo
contrário, segundo é Santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo vosso
procedimento, porque escrito está: sede santo porque Eu sou Santo. (1 Pedro 1:14-16)

• Pecados de espírito: é todo pecado que é resultado de práticas espirituais que contrariam a palavra de
DEUS. Por exemplo: nova era e ocultismo, kardecismo, umbanda, idolatria, etc.

Quando entrares na terra que o SENHOR teu DEUS te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações
daquelas nações. Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem adivinha-
dor, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; Nem encantador, nem quem consulte a um espírito
adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; Pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao
SENHOR; e por estas abominações o SENHOR teu DEUS os lança fora de diante de ti. Perfeito serás, como
o SENHOR teu DEUS. (Deuteronômio 18: 9-13)
A santificação é a limpeza das nossas vidas. Precisamos olhar para o nosso passado e nos limparmos de todas
as abominações que um dia fizemos contra o nosso DEUS e contra a nossa vida, nos libertando dos pecados
no corpo, curando a alma e o coração e quebrando todo vínculo espiritual com satanás.

O desejo de DEUS é que nós mantenhamos o nosso espírito, nossa alma e o nosso corpo sem pecados para o
dia da volta de JESUS. Se Ele nos chamou, Ele é fiel para cumprir os planos e as promessas em nossas vidas.
Basta nos abrirmos às transformações que Ele nos propõe.
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Busque a santificação, mantenha-se limpo diariamente.

Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda in-
justiça. (1 João 1:9)

Ser santo e ser consagrado a DEUS, é distinguir-se do que é ser comum e profano, e além disso, é se opor à
essas coisas.

E falou Moisés a Arão: Isto é o que o SENHOR disse: Mostrarei a minha santidade naqueles que se cheguem
a mim e serei glorificado diante de todo o povo. Porém Arão se calou. (Levítico 10:3)

É absolutamente necessário que tomemos uma posição e uma decisão de santidade. Mostre a JESUS o seu
interesse pela sua santificação, lute pela sua santidade, e lembre-se!

Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o SENHOR. (Hebreus 12:14)

Questões relacionadas ao estudo.

43) Quem é considerada uma pessoa santa?


44) Qual o segredo espiritual para ser santificado? Por quê?
45) Qual a diferença entre obedecer e concordar?
46) O que você entendeu a respeito da “cúpula de proteção”?
47) A obra de santificação ocorre no corpo, na alma e no espírito. Quais são os pecados que atingem essas três
áreas? Comente sobre eles.

Aula prática.

No Ministério Nova Vida, é utilizado o seguinte princípio: “só por hoje não vou mais errar, pecar, etc”. Nessa
semana, reflita sobre aquilo que pode estar te afastando de DEUS, e seguindo o mesmo princípio do “NV”,
lute pela sua santificação.

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Aula 10

O Poder das suas Palavras

Todos nós sabemos que foi Deus quem criou os céus e a terra, o planeta em que vivemos. Deus criou o mundo
espiritual e tudo o que há na terra. E isso se deu através de um comando da Sua voz, da Sua palavra.

No princípio, criou DEUS os céus e a terra. E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do
abismo; e o ESPÍRITO de DEUS se movia sobre a face das águas. E disse DEUS: Haja luz. E houve luz. E viu
DEUS que era boa a luz; e fez DEUS separação entre a luz e as trevas. E DEUS chamou à luz Dia; e às trevas
chamou Noite. E foi a tarde e a manhã: o dia primeiro. (Gênesis 1:1-5)

Ele deu ordens verbais, criando tudo através da palavra liberada. O que estava sem forma e vazio transformou-
se algo com vida. Foram palavras de vida que Ele usou. Jesus representa o Verbo e através Dele tudo se fez.

No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com DEUS, e o Verbo era DEUS. Ele estava no princípio com
DEUS. Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez. (João 1:1-3)

O verbo nos dá idéia de uma palavra de ação, contendo muito poder nas palavras que saem de nossas bocas e
que tem a capacidade de mudar totalmente o sentido de algo.

Abençoar e amaldiçoar representa uma autoridade que DEUS deu ao homem desde a antiguidade. Ao longo da
bíblia, nós vemos o quão sério representa isso. São várias as orientações feitas pelo SENHOR quanto ao falar,
pois as palavras podem causar vida e morte. A palavra que sai da boca é uma forma do homem se relacionar
com o seu próximo, e também de se relacionar com o mundo espiritual e com DEUS. A palavra é um meio de
ordenar fenômenos e idéias, uma forma de comunicação, e um meio de se obter domínio ou exercer influência
na forma de benção ou maldição.

Toda vez que usamos as nossas bocas estamos lançando palavras no mundo espiritual. Quer sejam boas ou
más, essas palavras acionam o mundo espiritual para a realização de algo no mundo natural. O mundo natural
ou físico reflete os acontecimentos do mundo espiritual. Nossas palavras têm o poder de ligar e desligar fatos
no mundo espiritual.

Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será
desligado no céu. (Mateus 18:18)

Toda palavra liberada sai “carregada de certo poder”, podendo ser de benção ou de maldição. Uma palavra
bem colocada ou aplicada pode mudar, transformar e erguer uma vida, e uma palavra mal colocada ou aplicada
também tem o poder de mudar uma vida, mas em um sentido negativo.

O que falamos é matéria-prima para o mundo espiritual. O mundo espiritual passa a ter legalidade de pegar
nossas palavras e usá-las. Se liberamos palavras de maldição, estamos atraindo maldição para a nossa própria
vida e levando essa maldição para a vida da pessoa de quem falamos. Se liberamos palavras de benção, estamos
atraindo benção para a nossa própria vida e levando essa benção para a vida da pessoa de quem falamos.

Nem no teu leito amaldiçoes o rei, nem tampouco no mais interior do teu quarto, o rico; porque as aves dos
céus poderiam levar a tua voz, e o que tem asas daria notícias das tuas palavras. (Eclesiastes 10:20)

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Abençoarei aos que te abençoarem, e amaldiçoarei àquele que te amaldiçoar. (Gênesis 12:3)

As palavras liberadas por nossas bocas trazem à existência no mundo natural, aquilo que já existe no mundo
espiritual.

Nossas palavras são como sementes no mundo espiritual, onde os lavradores recolherão as sementes e as plan-
tarão para aguardar a colheita. Mas quem são esses lavradores? De um lado são os anjos de DEUS e do outro
lado são os demônios, ambos aguardando as sementes serem lançadas para as recolherem e as plantarem.

A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto. (Provérbio 18:21)

Todos nós iremos prestar contas diante de DEUS por toda palavra que sair da nossa boca.

Assim, pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a DEUS. (Romanos 14:12)

Digo-vos, pois, que de toda palavra fútil que os homens disserem, hão de dar conta no dia do juízo. Porque
pelas tuas palavras serás justificado, e pelas tuas palavras serás condenado. (Mateus 12:36 e 37)

As palavras que saem da boca funcionam como um termômetro da fé. A fé vem pelo escutar a palavra de DEUS.
Quanto mais palavras abençoadas saírem da nossa boca, maior será a nossa fé, e a fé de quem está ouvindo.

Por tudo isso é que satanás briga para ter o controle da nossa boca e da nossa língua. A língua é um pequeno
órgão do corpo humano, mas que possui um grande impacto em toda a nossa vida, exercendo certo controle
sobre o nosso corpo. Porém quando conseguimos dominar nossa língua, podemos perfeitamente dominar
nosso corpo.

Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo. Porque todos trope-
çamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal varão é perfeito e poderoso para também re-
frear todo o corpo. Ora, nós pomos freio nas bocas dos cavalos, para que nos obedeçam; e conseguimos dirigir
todo o seu corpo. Vede também as naus que, sendo tão grandes e levadas de impetuosos ventos, se viram com
um bem pequeno leme para onde quer a vontade daquele que as governa. Assim também a língua é um pequeno
membro e gloria-se de grandes coisas. Vede quão grande bosque um pequeno fogo incendeia. A língua também
é um fogo; como mundo de iniqüidade, a língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo o corpo,
e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno. Porque toda a natureza, tanto de bestas-feras como
de aves, tanto de répteis como de animais do mar, se amansa e foi domada pela natureza humana; mas nenhum
homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia de peçonha mortal. Com ela bendi-
zemos a DEUS e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de DEUS: de uma mesma boca
procede bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim. Porventura, deita alguma fonte
de um mesmo manancial água doce e água amargosa? Meus irmãos, pode também a figueira produzir azeitonas
ou a videira, figos? Assim, tampouco pode uma fonte dar água salgada e doce. (Tiago 3:1-12)

A língua foi criada para ser uma fonte de grandes bênçãos, mas influenciada pelo pecado, ela pode disseminar
uma série de males. E para que o cristão domine verdadeiramente este órgão tão pequeno, é necessário uma
vida de santidade diante de DEUS.

A língua pode ser usada por nós através das influências que recebemos, ou seja, o maligno pode nos influenciar
no mau uso da língua gerando em nós o pecado, enquanto que o Espírito Santo pode nos influenciar no bom
uso da língua, gerando em nós vida. Por exemplo: fofocar ou pregar do evangelho de JESUS? Morte ou vida?

Há tagarela cujas palavras ferem como espada; porém a língua dos sábios traz saúde. (Provérbio 12:18)

Da boca podem sair palavras que são como um remédio ou palavras que são como uma arma que fere o pró-
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ximo. È isso que veremos agora: remédio ou ferida? Vida ou morte?

• Fofocas

Quando usamos nossas palavras para falar mal de outra pessoa que não está presente para poder se defender,
onde o que se fala não vai edificar a ninguém, e sim difamar e julgar, podendo até levar os fatos à distorção,
estamos usando nossa língua para fazer fofoca. A fofoca tem um poder de destruição incrível.

As conseqüências podem ser grandes e de difícil controle. Quem faz a fofoca pode ser perdoado, mas na maio-
ria das vezes não consegue conter os danos que causou. A fofoca mata, pois tem poder de destruir a vida da
pessoa e a sua reputação. Tudo o que ela passou anos conquistando pode ser destruído através de uma “simples
fofoca”.
DEUS sabe que somos pecadores, Ele nos perdoa, nos ajuda a não errarmos mais e nunca revela nossos erros
aos outros. É dessa mesma maneira que devemos ser com nossos irmãos. Nós também devemos olhar os ou-
tros através da misericórdia e do amor de DEUS. Já pensou se DEUS fizesse fofoca dos nossos erros?

O que encobre a transgressão adquire amor, mas o que traz o assunto à baila separa os maiores amigos. (Pro-
vérbio 17:9)

Deus faz de tudo para que o erro cometido (pecado) seja resolvido, mas quando não queremos mudar as nossas
atitudes, aí sim as outras pessoas vão percebendo, toda a falha de caráter vem à tona e as conseqüências virão,
mais cedo ou mais tarde.

Mas como agir caso um irmão venha até nós para fazer uma fofoca?
• Devemos pedir ao irmão que se coloque no lugar daquele que é alvo da fofoca, compreendendo-o com olhos
de misericórdia;
• Caso o irmão não aceite, devemos pedir ao irmão para irmos até o outro e juntos orarmos buscando o per-
dão;
• Caso ainda assim ele não aceite, devemos mostrar a nossa posição contrária à situação e alertá-lo desse mal.

Caso tivermos um problema entre irmãos em nossas mãos e que não conseguimos a solução sozinhos, po-
demos levá-lo aos nossos líderes, sem que isso seja considerado fofoca. Podemos por exemplo contar o caso
sem citar nomes. Desabafar com seu líder é buscar edificação, é procurar em mãos seguras a solução para um
problema. Bem-aventurado é aquele que pacifica a situação. Sejamos agentes de paz e não de guerra!

Uma maneira interessante de sabermos se o que iremos falar é fofoca ou não, é passar por três peneiras:
• 1a peneira: o que iremos falar é bom e verdadeiro?
• 2a peneira: o que iremos falar vai edificar a vida do nosso irmão?
• 3a peneira: o que iremos falar vai melhorar a situação dos envolvidos?
Caso não passe nesse teste, o melhor a fazer é controlar a nossa boca e a nossa língua.

• Murmuração

Acompanhada da fofoca sempre vem a murmuração. É algo extremamente sutil aos próprios olhos, a pessoa
não percebe que está murmurando. Murmurar é desanimar o próximo, é ficar reclamando da vida para os ou-
tros. Mas murmurar pode ser também falar baixinho, falar para si mesmo. A pessoa chega a ponto de até ficar
falando sozinha e acaba não percebendo que está murmurando. Ele acaba se acostumando a murmurar, se
torna um vício em sua vida, e ele acaba criando um grande problema. Murmurar é falar mal da vida, falar mal
de DEUS, falar mal dos outros, reclamar de tudo e de todos.

E os homens que Moisés mandara a espiar a terra, e que, voltando, fizeram murmurar toda a congregação
contra ele, infamando a terra, Aqueles mesmos homens que infamaram a terra, morreram de praga perante o
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SENHOR. Mas Josué, filho de Num, e Calebe, filho de Jefoné, que eram dos homens que foram espiar a terra,
ficaram com vida. (Números 14:36-38)

Enquanto todo o povo de Israel murmurava, apenas duas pessoas, Josué e Calebe não caíram nesse erro. E a ati-
tude desses dois homens permitiu que eles continuassem com vida até conquistar a terra prometida. Ninguém
da primeira geração do povo que estava no deserto chegou à terra prometida porque só murmuravam. Josué e
Calebe enxergavam com os olhos da fé. Eles não paravam diante do problema e reclamavam, mas antes fixavam
seus olhos na grandeza de DEUS.

Palavras de murmuração atrasam as bênçãos e impedem a ação de DEUS em nossas vidas. Quando murmura-
mos, na verdade estamos nos afastando de DEUS e abrindo um espaço para o inimigo nos tocar. Na verdade
toda murmuração é feita contra o próprio DEUS.

Então, partiram do monte Hor, pelo caminho do mar Vermelho, a rodear a terra de Edom, porém o povo se
tornou impaciente no caminho. E o povo falou contra Deus e contra Moisés: Por que nos fizestes subir do
Egito, para que morramos neste deserto, onde não há pão nem água? E a nossa alma tem fastio deste pão vil.
(Números 21:4 e 5)

As vossas murmurações não são contra nós, e sim contra o SENHOR. (Êxodo 16:8)

Não murmureis como alguns murmuraram, e foram destruídos pelo exterminador. (1Coríntios 10:10)

Quando a pessoa murmura, ela automaticamente cede espaço ao inimigo e se distancia de DEUS. Quando a
pessoa não murmura, mas glorifica a DEUS em qualquer situação, ela automaticamente breca a ação do inimigo
e se aproxima de DEUS.

• Calúnia

Outra forma de usar a língua e as palavras de forma a desagradar ao SENHOR, é a calúnia. A Calúnia é uma
notícia mentirosa e falsa que inventaram contra alguém. A calúnia fere a honra da pessoa atacada.

Não dirás falso testemunho contra o teu próximo. (Êxodo 20:16)

Não espalharás notícias falsas... Da falsa acusação te afastarás... (Êxodo 23:1 e 7)

Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Aquele que fala mal do irmão, ou julga a seu irmão, fala mal da lei, e julga
a lei; ora, se julgas a lei, não és observador da lei, mas juiz. (Tiago 4:11)

DEUS nos deu essa direção como forma de proteger o nome e a reputação do próximo. Ninguém deve fazer
declarações falsas a respeito do caráter ou dos atos de outra pessoa. Devemos falar de modo justo e honesto
a respeito de quem quer que seja. Se julgarmos as pessoas, estaremos fazendo o papel de Juiz, e essa não é a
nossa função.

• Boato

O boato nada mais é do que uma notícia anônima que se espalha publicamente, porém sem uma confirmação
dos fatos. Trata-se de um rumor.

Não tem eles sinceridade nos seus lábios; o seu íntimo e de todo crimes; a sua garganta é sepulcro aberto, e com
a língua lisonjeiam (adulam). (Salmo 5:9)

Com toda certeza é uma obra que procede de um coração impuro. Se não temos certeza de um fato, qual a
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necessidade de espalhá-lo? E ainda que os fatos fossem verdade, jamais podemos espalhá-los, pois entraríamos
no tema de fofoca.

Não espalharás notícias falsas. (Êxodo 23:1)

• Mentira

Quando falamos em mentira, logo vem à mente o próprio diabo. Isso porque ele é simplesmente o pai da men-
tira. Ele mente desde o princípio, foi assim que ele se apresentou para Adão e Eva, e é assim que ele continua
se apresentando à todas as pessoas existentes, sejam crentes ou incrédulas.

A palavra de DEUS menciona que os mentirosos não herdarão o reino de DEUS.

Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos
idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a
segunda morte. (Apocalipse 21:8)

Existem pessoas que não aceitam qualquer tipo de mentira, onde a mentira não consegue passar nem na mente
dele. Existem também aqueles que entendem a gravidade de uma mentira e se esforçam lutando contra essa prá-
tica, se esforçam para que de forma alguma caiam nesse erro. Porém também há aquelas pessoas que mentem,
e que sempre procuram uma justificativa para tal prática, a continuam a mentir.

Não existe mentira pequena ou mentira grande, mentira inofensiva ou mentira nociva. Mentira é mentira em
qualquer lugar do planeta, e é algo contrário aos princípios de DEUS.

Quando alguém prática a mentira em sua vida, podemos dizer que ela está viciada em tal prática. A mentira
pode sim virar um vício de vida. Isso ocorre quando a pessoa não consegue mais deixar de mentir, e usa uma
nova mentira para tentar até concertar uma mentira anterior. Ou então a pessoa já acha que a mentira é algo
normal e inofensivo em sua vida.

Disse o SENHOR a Moisés: Fala a toda a congregação dos filhos de Israel e dize-lhes: Santos sereis, porque Eu,
o SENHOR, vosso DEUS, sou Santo.....Não furtareis, nem mentireis, nem usareis de falsidade cada um com o
seu próximo. (Levítico 19:1, 2 e 11)

• Palavrão

Palavrão é toda palavra torpe que sai da boca de uma pessoa. São aquelas palavras obscenas e grosseiras que
costumam rechear a boca e também o coração daqueles que ainda vivem nas práticas mundanas.

Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, e sim unicamente a que for boa para edificação, conforme a
necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem. (Efésios 4:29)

• Contenda entre irmãos

Outra coisa abominável aos olhos de DEUS é a contenda entre irmãos.

Estas seis coisas o SENHOR odeia, e a sétima a sua alma abomina: Olhos altivos, língua mentirosa, mãos que
derramam sangue inocente, o coração que maquina pensamentos perversos, pés que se apressam a correr para
o mal, a testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos. (Provérbio 6:12-19)

Vemos duas palavras muito pesadas aqui: odiar e abominar. É muito triste ser observado por DEUS e ser visto
como alguém que O desagrada. Podemos ser um agente da água ou do fogo. Podemos ser a palha que espalha
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o fogo ou o balde que apaga o fogo.

Sem lenha, o fogo se apaga; e não havendo maldizente, cessa a contenda. (Provérbio 26:20)

• Palavras de maldição

Quando lançamos palavras ou sentenças de maldição, podemos até não ter a intenção de que realmente se
cumpra o que estamos falando (falamos na ignorância ou inocência), mas o fato é que elas ficam registradas no
mundo espiritual à disposição para os demônios a usarem.

Palavras como sentenças de morte, fracasso, falência, incompetência e tantas outras devem ser canceladas no
mundo espiritual. Como por exemplo, através de uma cura de interior e libertação espiritual, com oração de
quebra de maldições e vínculos com as trevas, para assim anular tudo o que dissemos contra os outros e tudo o
que disseram contra as nós, cancelando a legalidade dada ao diabo de agir contra as nossas vidas e as vidas dos
outros. Exemplo:

- palavras de desânimo: “não consigo”; “não tem jeito”


- palavras de derrota: “não vai dar certo”
- palavras de condenação: “ele é assim mesmo”; “sou isso e aquilo”

• Amaldiçoar a si próprio

Amou a maldição: ela o apanhou; não quis a bênção: aparte-se dele. (Salmo 109:17)

Quando pensamos em palavras de maldição, fazemos uma associação com a idéia de que são as outras pessoas
que nos amaldiçoam. Porém em grande parte a própria pessoa se auto-amaldiçoa de uma forma involuntária e
inconsciente, e recebe na vida as conseqüências pela liberação desse tipo de palavra, como por exemplo: “sou
idiota, não presto para nada, meu destino é sofrer mesmo, sou azarado, etc”. Estas expressões quando proferi-
das, dão legalidade aos espíritos malignos de agirem conforme o declarado. A auto-estima da pessoa também é
extremamente abalada quando se fala, por exemplo, do corpo: “não gosto do meu cabelo, sou gordo, etc”. Estas
queixas abrem as portas para o maligno agir através da depressão e tristeza.

Lembrem-se, DEUS deu ao homem autoridade nas suas palavras. Portanto, precisamos prestar muita atenção
com as palavras que saem da nossa boca.

• Amaldiçoar o próximo

Pois tu sabes que muitas vezes tu mesmo tens amaldiçoado a outros. (Eclesiastes 7:22)

Cada cristão deve vigiar a sua fala, para se ter o cuidado de não lançar palavras ao próximo que possam amaldi-
çoá-lo. Podem ser através de pouquíssimas palavras, mas o suficiente para que a desgraça de alguém ocorra. Às
vezes, usamos de palavras ou expressões que desconhecemos o verdadeiro significado, como exemplo: danado,
que é muito comum no Brasil, mas que significa condenado ao inferno. Ou então quando falamos: “que menino
endiabrado; seu desgraçado (aquele que não tem a graça de DEUS), etc”.

• Amaldiçoar as autoridades

Por causa da dificuldade financeira que a maioria da população brasileira enfrenta, o homem está muito propen-
so a descarregar suas indignações nas autoridades civis (presidente, governador, prefeito, vereador, deputado
e outras) e geralmente o faz com palavras pesadas e de maldição. Os cristãos precisam ter o cuidado para não
agirem da mesma forma pecaminosa, pois quando os governantes são amaldiçoados as conseqüências recaem
sobre a população. A vontade de Deus é que eles sejam abençoados por nós e que oremos pelas vidas deles.
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Não devemos julgar ou criticar as pessoas, principalmente autoridades civis, porque estaremos julgando a Deus,
pois toda autoridade é colocada sob a vontade permissível de DEUS. Quando vemos algo errado na conduta
de um líder civil, devemos orar pedindo que Deus derrame sabedoria sobre a vida dele.

O mesmo vale também para toda autoridade espiritual, desde líder de células até apóstolo.

Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Quem fala mal de um irmão, e julga a seu irmão, fala mal da lei, e julga a
lei; e, se tu julgas a lei, já não és observador da lei, mas juiz. Há só um legislador que pode salvar e destruir. Tu,
porém, quem és, que julgas a outrem? (Tiago 4:11-12)

• Amaldiçoar os filhos

Normalmente uma criança é cheia de disposição e energia, e às vezes até desobediente, e isso leva os pais a
praticarem o ato da maldição contras os seus próprios filhos. Os pais que ficam facilmente nervosos passam a
descarregar palavras e expressões de maldição sobre os filhos. Todos os pais têm como função fazer seus filhos
crescerem em graça e sabedoria, e isso através do uso de palavras edificantes, construtivas e estimulantes.

Ensina a criança no caminho em que se deve andar, e ainda quando for velho não se desviará dele. (Provérbio
22:6)
E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do SENHOR. (Efé-
sios 6:4)

• Amaldiçoar os pais

Os pais são autoridades espirituais sobre os filhos, e sobre a casa. Devemos prestar muita atenção ao que fala-
mos sobre tudo e todas que estão debaixo desta autoridade.
Deus falou que daremos conta de tudo o que sair da nossa boca, pois tudo trará conseqüência.

Filhos, obedecei a vossos pais no SENHOR, pois isto é justo. Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro
mandamento com promessa) para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra. (Efésios 6:1-3)

• Palavras de benção

O que DEUS espera de nós é que façamos bom uso da boca e da língua. DEUS nos deu uma boca não para
amaldiçoar, e sim para abençoar ao próximo, abençoar a si mesmo e abençoar a DEUS.

E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as


famílias da terra. (Gênesis 12:3)

Aqui está algo muito sério que o próprio SENHOR declarou. Quando amaldiçoamos alguém, além de prejudi-
car a vida dessa pessoa, estamos prejudicando também a nossa própria vida, já que atraímos a mesma maldição
para a nossa vida. Porém quando abençoamos alguém, além de abençoar a vida dessa pessoa, estamos ajudando
também a nossa própria vida, já que atraímos as mesmas bênçãos de DEUS para a nossa vida. Que grande
prejuízo o maldizer e que grande lucro o abençoar! A vontade de DEUS é de nos abençoar, para isso temos que
usar a nossa boca e a nossa língua de forma que O agrade.

Bendito o DEUS e Pai de nosso SENHOR JESUS CRISTO, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espi-
rituais nos lugares celestiais em CRISTO. (Efésios 3:1)

Não devemos nos sentar na roda dos escarnecedores, pois poderemos ser influenciados por idéias contrárias a
DEUS. Nossos corações devem ser preservados, pois todas as vezes que ouvimos o que não edifica e não rejei-
tamos, estamos nos contaminando e gerando pensamentos contrários à palavra de Deus. É impossível que um
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verdadeiro servo de DEUS compartilhe conversas mundanas (imundas, eróticas, piadas de mau gosto, etc).

Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos peca-
dores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. (Salmo 1:1)

O SENHOR nos ensina que devemos ser tardios no falar, ou seja, um dos segredos para usar a boca de forma
que agrade a DEUS é pensar antes de falar qualquer coisa, para não sermos precipitados nas nossas declarações
ou em expor conclusões equivocadas. Por vezes, uma primeira impressão nos leva a uma conclusão falsa que
não corresponde com a realidade de determinada situação.

Todo homem seja tardio para falar. (Tiago 1:19)

Não te precipites com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma... Sejam poucas as
tuas palavras. (Eclesiastes 5:2 e 3)

No muito falar não falta transgressão, mas o que modera seus lábio é prudente. (Provérbio 10:19)

Como cristãos, precisamos deixar que a nossa língua seja totalmente controlada pelo Espírito Santo, sabendo
falar ou calar-se no momento certo. As palavras que saem da nossa boca não podem ser jogadas ao vento, elas
necessitam serem sérias e cheias de autoridade e de unção.

Nossa boca deve ser uma arma sempre engatilhada e pronta a todo instante a atirar e lançar palavras de benção
sobre o próximo, sobre nós e sobre o nosso DEUS.

• Palavras de incentivo: “Irmão, você vai conseguir, você é uma benção!”


• Palavras de vitória: “Eu sou mais que vencedor em Cristo JESUS, eu vou conseguir!”
• Palavras de conforto: “persevere, pois DEUS e fiel e te honrará!”
• Palavras de gratidão: “Bendito é o meu DEUS a quem eu sirvo por amor!”

• Profetizar

DEUS nos orienta a profetizar no sentido de declarar que determinada coisa se cumprirá. Temos que profetizar
na vida do nosso irmão e na nossa vida. Dom de profecia é diferente de profetizar. Lembre-se: aquilo que ligar-
mos na terra será ligado no céu. O SENHOR quer que profetizemos sobre as situações que aos olhos humanos
é complicada. Temos que enxergar a situação com os olhos de DEUS.

Então, me perguntou: Filho do homem, acaso, poderão reviver estes ossos? Respondi: SENHOR DEUS, tu o
sabes. Disse-me ele: Profetiza a estes ossos e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra do SENHOR. Assim diz o
SENHOR DEUS a estes ossos: Eis que farei entrar o espírito em vós, e vivereis. Porei tendões sobre vós, farei
crescer carne sobre vós, sobre vós estenderei pele e porei em vós o espírito, e vivereis. E sabereis que eu sou o
SENHOR. Então, profetizei segundo me fora ordenado; enquanto eu profetizava, houve um ruído, um barulho
de ossos que batiam contra ossos e se ajuntavam, cada osso ao seu osso. Olhei, e eis que havia tendões sobre
eles, e cresceram as carnes, e se estendeu a pele sobre eles; mas não havia neles o espírito. Então, ele me disse:
Profetiza ao espírito, profetiza, ó filho do homem, e dize-lhe: Assim diz o SENHOR DEUS: Vem dos quatro
ventos, ó espírito, e assopra sobre estes mortos, para que vivam. Profetizei como ele me ordenara, e o espírito
entrou neles, e viveram e se puseram em pé, um exército sobremodo numeroso. (Ezequiel 37:3-10)

Se teu irmão só dá mau testemunho, declare que isso já é passado, profetize que ele nunca mais vai pisar na bola
e ser pedra de tropeço, libere sobre a vida dele palavras de vitória em nome de JESUS Cristo. Se o problema é
pessoal, aja da mesma forma, mude isso no mundo espiritual e a conseqüência virá no mundo físico. Persevere,
lute até o fim e jamais pare na adversidade.

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Uma palavra bem lançada ao alvo muda a história de uma vida. A sua palavra de conforto ao irmão angustiado
tem o poder de mudar o rumo da vida dele. A sua palavra profética lançada sobre você mesmo tem o poder de
te erguer e de te dar a vitória. A sua palavra bendita ao SENHOR tem o poder de te aproximar de DEUS.

Nós devemos receber as palavras de benção e rejeitar as palavras de maldição.

Cada cristão deve fazer uma profunda reflexão sobre como tem usado a sua língua, se a usa para o bem ou para
o mal. Se o uso não for abençoado, é necessário revê-lo e se empenhar numa mudança, a fim de assumir o
caráter de JESUS. A santidade deve envolver a vida por completo, inclusive o falar.

Sabemos qual é a nossa intimidade com DEUS pelas palavras que saem de nossa boca, pois a boca fala do que
está cheio o coração. A intimidade com DEUS gera em nós um coração limpo e faz com que as nossas palavras
sejam agradáveis às pessoas. Não podemos ter duas fontes de água em uma mesma boca, uma para lançar pa-
lavras doces e outra para lançar palavras amargas.

O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem, e o homem mau, do mau tesouro do seu coração
tira o mal, porque da abundância do seu coração fala a boca. (Lucas 6:45)

A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um.
(Colossenses 4:6)

Há um princípio espiritual atrás do poder das palavras: “se toda a palavra que DEUS fala não volta vazia, a
minha posição como representante de DEUS aqui na terra faz com que toda a palavra que eu falar também não
volte vazia”. Por isso da importância de vigiarmos a boca e aproveitar esse poder conferido por DEUS a nós.

Assim será a palavra que sair da minha boca: não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz e prosperará
naquilo para que a designei. (Isaías 55:11)

O apóstolo Paulo, inspirado por DEUS, nos aconselha a proferirmos palavras exclusivamente agradáveis, tem-
peradas e equilibradas. As nossas palavras devem ser amáveis, graciosas e acima de tudo verdadeiras. Essa forma
de viver vem inspirada por DEUS, e só é possível se desenvolvermos um caminhar com JESUS, pois assim
estaremos cheios e transbordantes do Espírito Santo.

De boas palavras transborda o meu coração... nos teus lábios se extravasou a graça; por isso DEUS te abençoou
para sempre. (Salmo 45.1 e 2)

Questões relacionadas ao estudo.

48) Para aonde vão e o que acontece com as palavras que saem de nossa boca?
49) Em poucas palavras, o que você entende por fofoca, murmuração e mentira?
50) Quais os tipos de palavras de maldição? Comente pelo menos duas delas.
51) Como DEUS espera que usemos nossa língua e boca?
52) Qual o sentido de profetizar na vida de outra pessoa?

Aula prática.

Durante a semana, procure ver somente as qualidades das pessoas. Caso veja algum defeito, procure mudar isso
com palavras de benção. Distribua palavras que abençoem e transformem vidas. Exercite sua língua de forma
a agradar a DEUS.
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Aula 11

As Bem-Aventuranças

O que é ser um bem-aventurado? Para iniciar esse estudo, temos que entender que bem-aventurado significa
feliz, muito feliz. Todo aquele que a bíblia fala que é bem-aventurado é uma pessoa muito feliz.

Mas o que é ser feliz? Satanás distorceu o conceito de felicidade no mundo. As bem-aventuranças apontam
para um estado de felicidade contraditório aos motivos que o mundo enumera para experimentá-la. A felicidade
segundo o mundo é resultado da prosperidade, do acúmulo de bens materiais, do individualismo, etc.

Mas JESUS tem a receita certa para a felicidade. A felicidade não depende das coisas externas a você, mas o que
está fora de você depende de um posicionamento interno seu. No sermão do monte, JESUS nos descreve nove
características internas que devemos ter para que a felicidade seja gerada em nós. Trata-se de uma felicidade
interna de tal forma que as coisas externas da nossa vida são transformadas.

Se pudéssemos fazer uma comparação, diríamos que o sermão do monte está para nós assim como os dez man-
damentos estão para os judeus. Esse sermão é bastante completo, pois todas as instruções dadas por JESUS se
aplicam a todas as áreas da vida de um cristão.

O sermão do monte não se trata de descrições de algum cristão excepcionalmente virtuoso, mas são as caracte-
rísticas que todos devem ter. DEUS espera que todos os crentes em JESUS manifestem essas qualidades.

Essas características refletem a diferença essencial e total entre o crente em JESUS e o incrédulo. Eles perten-
cem a dois reinos totalmente diferentes. O curioso é que o sermão das bem-aventuranças foi primeiramente
dirigido aos discípulos, ou seja, primeiramente aqueles que optaram em caminhar e aprender as coisas de
DEUS. Cada bem-aventurança não se trata de uma tendência natural do homem, muito pelo contrário, são
características a serem desenvolvidas por aqueles que largaram as influências mundanas para viverem os valores
estabelecidos por DEUS.

Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. (Mateus
6:33)

E JESUS, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos; E,
abrindo a sua boca, os ensinava, dizendo: Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos
céus; Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados; Bem-aventurados os mansos, porque herda-
rão a terra; Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos; Bem-aventurados os mi-
sericordiosos, porque alcançarão misericórdia; Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a DEUS;
Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de DEUS; Bem-aventurados os perseguidos
por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos inju-
riarem e vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o
vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós. Vós sois o sal da terra;
e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado
pelos homens. Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; Nem
se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim
resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que
está nos céus. (Mateus 5:1-16)

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Imagine uma construção com nove alicerces, seguindo a ordem estabelecida pela bíblia. Veremos que um ali-
cerce é bastante relacionado com o outro. Uma ou outra bem-aventurança até pode ser mais latente e atuante,
mas não podemos torná-las independentes uma das outras.
Vamos acompanhar essas nove bem-aventuranças e compreendê-las para que tenhamos nosso caráter trans-
formado e a felicidade como algo constante em nossas vidas, sabendo que é somente através da graça e da
operação do Espírito Santo em nós que podemos produzir essas características de um verdadeiro discípulo de
JESUS.

• Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus.

Muito feliz é o humilde, porque dele é o reino dos céus.

Quando falamos em reino dos céus, não estamos falando somente de salvação. Conquistar o reino dos céus é
algo que temos de fazer nos dias de hoje, isso significa conquistar a presença de DEUS, a intimidade com o Es-
pírito Santo. DEUS fala no nosso espírito, pois Ele é Espírito. Todos nós temos que entrar no reino de DEUS
agora, hoje, e imediatamente.

Mas para conquistar o reino dos céus, temos que estabelecer o primeiro alicerce dessa construção em nossas
vidas: a humildade. A humildade não tem nada a ver com a condição social e econômica. A melhor definição
de humildade é refletida pela palavra dependência. Toda pessoa verdadeiramente humilde é totalmente depen-
dente de DEUS e reconhece que precisa de DEUS. O humilde vai andar constantemente em dependência de
DEUS. Essa é a característica fundamental de qualquer crente. É a partir da humildade que a vida do cristão é
transformada por DEUS.

Portanto, aquele que se tornar humilde como este menino, esse é o maior no reino dos céus. (Mateus 18:4)

Estaremos realmente próximos de JESUS quando formos como uma criança, quando nos comportarmos
como uma criança, pois ela é o retrato da dependência. Mas infelizmente as pessoas se voltam para DEUS e
reconhecem a sua dependência ao Pai quando elas não têm mais para onde correr, como por exemplo, numa
situação de enfermidade, ou falência, etc.
Já com o bebê não é assim, ele em qualquer situação e em qualquer hora se humilha e declara a sua dependência
ao seu pai. Ele depende de alguém para comer e beber, se limpar, etc. E quando ele cresce e vira uma criança,
ainda assim ele precisa de seu pai.

Mas a criança vai crescendo e achando que não precisa mais depender de seu pai. Portanto vemos que ela co-
meça com 100% de dependência, e à medida que cresce, essa dependência vai reduzindo para 99%, 98%, etc.

O mundo distorce o conceito de se humilhar, comparando a dependência de DEUS a algo relacionado com
incompetência, e isso é uma mentira. O mundo valoriza aqueles que dizem não precisar de ajuda, aqueles que
se dizem auto-suficientes, aqueles que acham que sabem de tudo e que acham que têm o poder em suas mãos.
Esse pensamento vai influenciando as gerações desde quando são crianças, levando as pessoas a se tornarem
soberbas e orgulhosas.

Essas pessoas orgulhosas e soberbas podem até estar mexendo na obra de DEUS, mas verdadeiramente não an-
dam com DEUS. Eles só sabem criticar e ver os defeitos dos outros. Um retrato da soberba é a solidão, porque
a pessoa julga que ninguém é apto para estar do seu lado e acaba criando uma barreira ao próximo. Os valores
são invertidos pelo mundo. Muitos conseguem chegar ao topo, mas não conseguem se manter lá. Eles chegam
ao topo através de sua própria força, de seu próprio intelecto, e de seu próprio conhecimento.

Porém somente consegue tocar o coração de DEUS aquele que é humilde. Quando reconhecemos a nossa
limitação é que DEUS age em nossas vidas e nos dá a vitória.

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Porque, quando sou fraco, então é que sou forte. (2 Coríntios 12:10)

DEUS resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. (Tiago 4:6)

DEUS não resistiu à humildade demonstrada pelo rei Manassés. Apesar de ele ter cometido toda sorte de abo-
minação contra DEUS, quando ele percebeu o seu erro e se humilhou, DEUS demonstrou a misericórdia.

E fez o que era mau aos olhos do SENHOR, conforme às abominações dos gentios que o SENHOR lançara
fora de diante dos filhos de Israel. Fez ele também passar seus filhos pelo fogo no vale do filho de Hinom,
e usou de adivinhações e de agouros, e de feitiçarias, e consultou adivinhos e encantadores, e fez muitíssimo
mal aos olhos do SENHOR, para o provocar à ira. E ele, angustiado, orou deveras ao SENHOR seu DEUS, e
humilhou-se muito perante o DEUS de seus pais. E fez-lhe oração, e DEUS se aplacou para com ele, e ouviu
a sua súplica, e tornou a trazê-lo a Jerusalém, ao seu reino. Então reconheceu Manassés que o SENHOR era
DEUS. (2 Crônicas 33:2-6-12-13)

Quando nos humilhamos para DEUS, Ele simplesmente não resiste à sinceridade do nosso coração. Quando
reconhecemos nossos erros e nos abrimos à mudança, Ele tem o maior prazer e alegria em agir a nosso favor.
Sem dúvida, a humildade é o caminho para a felicidade.

Essa primeira bem-aventurança aponta para um esvaziamento, enquanto que as outras apontam para um enchi-
mento (plenitude). Não poderemos ser cheios do Espírito Santo enquanto não formos primeiro esvaziados do
nosso caráter deformado. A humildade aponta para a completa ausência de orgulho pessoal, para a completa
ausência de segurança própria e auto-independência. Além disso, a humildade aponta para o fato de que somos
participantes do Reino de DEUS, mas não o fundamento. Todos os moveres espirituais do Espírito Santo,
como, por exemplo o avivamento, continuarão com ou sem a nossa presença. Nós fomos escolhidos por DEUS
para participar de sua obra, mas precisamos manter nossa posição de humildade e saber que somos nós quem
precisamos de DEUS, e não DEUS que precisa de nós.

No evangelho, a convicção do pecado antecede a conversão do homem. Ou seja, quando admitimos que somos
pecadores e falhos, essa convicção nos condena como pecadores, mas imediatamente a isso, a graça de DEUS
é manifesta e nos liberta de toda escravidão. Isso significa que logo de cara temos que reconhecer a nossa con-
dição de total dependência de DEUS, e a nossa condição de humildade diante do Pai.

Quando nos humilhamos para DEUS, voltamos os nossos olhos ao Criador e não a nós mesmos, apenas sim-
ples criaturas. Humildade é a chave para a compreensão de todas as demais bem-aventuranças que vêm em
seguida. A partir da humildade, as bem-aventuranças estão dispostas numa seqüência bem definida.

• Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados.

Muito feliz é aquele que chora na presença de DEUS e ora rasgando o coração, pois ele sempre é consolado
pelo ESPÍRITO SANTO.

O nosso consolo como crente em JESUS é a era vindoura, ou seja, o lugar que está sendo preparado por DEUS
para aqueles que O amam e O obedecem. Mas aqui nessa Terra já podemos experimentar uma porção dessa co-
munhão com DEUS e das experiências com o Espírito Santo, vivendo o Reino de DEUS aqui nesse mundo.

Aqueles que verdadeiramente rasgam o seu coração e choram em suas orações, têm seu clamor respondido e
recebem o consolo de DEUS. Isso depende da humildade, e uma coisa leva a outra, a primeira bem-aventu-
rança conduz a segunda. Mas como rasgar o coração e chorar sem reconhecer a dependência de DEUS? É
impossível!!!

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Feliz é aquele que chora por não se conformar com o pecado, seja na sua própria vida, seja no mundo. Feliz
é aquele que chora porque o pecado fere a DEUS e machuca o coração do SENHOR, e chora através de um
arrependimento sincero e profundo. Feliz é aquele que chora em gratidão por tudo o que o SENHOR JESUS
fez, faz e fará por nós.

Clamou este pobre, e o SENHOR o ouviu, e o salvou de todas as suas angústias. Os justos clamam, e o SE-
NHOR os ouve, e os livra de todas as suas angústias. (Salmo 34: 6 e 17)

A passagem bíblica acima não se refere somente a Davi, ela serve para todos nós. Não é DEUS quem demora
em nos livrar das tribulações, somos nós quem demoramos para reconhecer a dependência e clamar ajuda do
SENHOR.

Na minha angústia clamei ao SENHOR, e me ouviu. (Salmo 120:1)

Servimos a um DEUS de amor, sendo que Ele tem uma profunda compaixão de nós. Mas o que é ter compai-
xão? Significa que DEUS vai passar junto conosco o nosso sofrimento, significa que Ele vai sentir a nossa dor e
angústia exatamente como sentimos. DEUS sempre está conosco. Mas DEUS não tem pena ou dó de nós, pois
não podemos ser auto-piedosos e sofrer de uma auto comiseração. Isso porque DEUS colocou dentro de nós
o Espírito Santo, por isso nós não somos “coitadinhos”. O mesmo Espírito Santo que pairava sobre as águas
na criação, é o mesmo que habita em nós, ou seja, um Espírito de poder e autoridade. A mesma compaixão que
JESUS teve das nossas vidas, trocando sua condição de DEUS para se tornar um homem, Ele nos ensina a ter
com o próximo. Compaixão é se colocar no lugar e na situação da pessoa próxima.

• Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra.

Muito feliz é aquele que é manso porque herdará a terra.

Mas os mansos herdarão a terra, e se deleitarão na abundância de paz. (Salmo 37:11)

Tomais sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso
para as vossas almas. (Mateus 11:29)

Manso é aquela pessoa que abre mão do seu direito natural e do seu desejo, para satisfazer a vontade de
DEUS.

O mundo diz que a pessoa que abre mão de seus direitos é um idiota. Porém não estamos falando em abrir
mão dos seus direitos civis, por exemplo. Na verdade estamos falando em ceder para as vontades de DEUS. Ser
manso é fazer a vontade de DEUS antes da vontade própria, sendo que aquilo que DEUS falar a pessoa mansa
fará sem questionar. JESUS abriu mão do seu direito quando estava no jardim do Getsêmani. Ele declarou:

Não se faça a minha vontade, e sim a Tua. (Lucas 22:42).

Ser manso não é deixar de fazer as coisas, pois isso já se tornaria uma irresponsabilidade, o que não agrada a
DEUS. O manso é aquele que cede, que perde perdão e que também perdoa. Ele faz isso porque DEUS pede
isso a ele. E ele não vê problema algum em abrir mão em uma contenda ou em uma briga.

Mas por que os mansos herdarão a terra? Em nossas vidas lutamos para conquistar as promessas que temos, e
para os mansos, DEUS tem uma grande alegria em ajudar a conquistar essa terra, ou seja, as promessas mate-
riais e espirituais.
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A mansidão traz felicidade ao homem e derrota o acusador.

• Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos.

Muito feliz será aquele que buscar a justiça. Essa justiça nada tem a ver com vingança. Quando JESUS diz “jus-
tiça de DEUS”, Ele se refere à palavra de DEUS, às leis, aos mandamentos, às escrituras.

Bem-aventurados os retos em seus caminhos, que andam na lei do SENHOR. Bem-aventurados os que guar-
dam os seus testemunhos, e que o buscam com todo o coração. Escondi a tua palavra no meu coração, para
eu não pecar contra ti. Meditarei nos teus preceitos, e terei respeito aos teus caminhos. Recrear-me-ei nos teus
estatutos; não me esquecerei da tua palavra. (Salmo 119:1-2-11-15-16)

Ter fome e sede de justiça é ter a vontade e o apetite de ser parecido com JESUS, estar próximo a DEUS e en-
contrá-Lo através de sua palavra, e de ter experiências com Ele. Feliz é aquele que guarda as palavras de DEUS
no coração.

O SENHOR é a nossa justiça. Quando buscamos aquele que nos justifica, nos tornamos justos diante Dele.

• Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.

Feliz é a pessoa que tem em seu coração o sentimento de misericórdia ao próximo.

A pessoa que age com misericórdia, automaticamente também receberá a misericórdia de DEUS em sua própria
vida. A misericórdia que liberamos ao próximo, será a mesma que o SENHOR liberará sobre a nossa vida.

E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores. Porque, se perdoardes aos
homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós. (Mateus 6:12 e 14)

Os misericordiosos são aqueles que perdoam, são aqueles que têm a prática constante do perdão, e que não
ficam guardando mágoas durante a vida. Não são aqueles que demoram em liberar o perdão ao próximo. A
misericórdia é o retrato de um amor leal, firme e fiel. Agir com misericórdia é compreender o limite e a falha
do irmão e mesmo assim continuar o amando, assim como DEUS compreende a nossa falha e o nosso limite,
e mesmo assim continua a nos amar.
A misericórdia nos traz a felicidade de viver a verdadeira graça de DEUS. A misericórdia aponta para o senti-
mento de compaixão, um sentimento de parceria com o desejo de aliviar e repartir os sofrimentos do próxi-
mo.

• Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus.

Essa bem-aventurança é conseqüência da anterior, pois com a misericórdia estaremos constantemente limpan-
do o nosso coração de toda sujeira, para podermos então ver a DEUS.

Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida. (Provérbios
4:23)

JESUS nos ensina a perdoar qualquer ofensa e a não guardar mágoa. A mágoa contamina o coração e destrói
a vida.

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No coração do homem não está a superficialidade das coisas e dos sentimentos. O coração é aquele lugar aonde
somente DEUS e a própria pessoa conhecem (isso se o próprio coração não enganar a pessoa), pois nenhum
homem pode sondar o coração do outro. O coração representa aquilo que o homem é nas suas mais profundas
características.

Todo cristão deve recusar tudo aquilo que contamina o coração, como por exemplo olhar pornografia, guardar
mágoa, falar palavrão, etc.

Com o coração limpo, “simplesmente” veremos a DEUS. E quantas alegrias no coração teremos quando esse
momento chegar.

• Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.

O coração do pacificador é uma constante fonte de felicidade.

O pacificador é aquele que quando chega a um lugar explosivo consegue mudar o ambiente. Ele promove a paz
entre os irmãos, entre a família, no trabalho, etc. O pacificador intermedia a relação entre as pessoas e procura
sempre mantê-las em paz.

Bom é o sal; mas, se o sal vier a tornar-se insípido, como lhe restaurar o sabor? Tende sal em vós mesmos e paz
uns com os outros. (Marcos 9:50)

O pacificador é reconhecido como filho de DEUS, porque seus olhos se dirigem às coisas boas que já existem
ou as que ainda vão existir. Ele consegue enxergar os propósitos de DEUS na sua vida e na vida dos outros. O
pacificador tem os olhos de DEUS e enxerga como DEUS.

E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a DEUS, daqueles que
são chamados segundo o Seu propósito. (Romanos 8:28)

Ele não é palha que espalha o fogo da contenda, pelo contrário, ele é a água que apaga esse mal.

• Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.

O crente em JESUS é chamado muitas vezes de doido, isso porque ele é perseguido e consegue ficar feliz por
isso. É incrível, mas podemos acreditar que a felicidade está naqueles que são perseguidos por seguir a justiça
de DEUS.

Glória a DEUS pela perseguição que sofremos por seguir a JESUS. É uma alegria sabermos que as nossas vidas
incomodam o inferno, isso é um sinal de que estamos fazendo as coisas de acordo com os planos e propósitos
do SENHOR, nos tornando amigos de DEUS e inimigos do mundo e do diabo.

Mas como ser feliz assim?

Vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram dego-
lados pelo testemunho de JESUS, e pela palavra de DEUS, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e
não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com CRISTO durante mil anos.
Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição. Bem-
aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte;
mas serão sacerdotes de DEUS e de CRISTO, e reinarão com ele mil anos. (Apocalipse 20:4-6)

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Os perseguidos serão ressuscitados primeiro e viverão com Cristo durante o milênio em que satanás estiver
preso (ver Apocalipse 20: 1-3). Enquanto que os outros mortos somente serão ressuscitados depois desses 1000
anos para participar do julgamento.

Feliz o perseguido, porque a cada perseguição sofrida, DEUS o recompensará com galardão no céu.

• Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem e vos perseguirem e, mentindo, disserem todo
o mal contra vós.

Essa bem-aventurança é bastante ligada à anterior. Trata-se de não negar o nome de JESUS CRISTO.

Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus.
Mas qualquer que me negar diante dos homens, eu o negarei também diante de meu Pai, que está nos céus.
(Mateus 10:32 e 33)

Aquele que manter o seu posicionamento e defender o nome de Cristo nas perseguições e dificuldades será
protegido e guardado por DEUS, além de receber a honra e sua vida.

O sermão do monte é a referência da vida do crente quando ele se achar perdido e desorientado. A receita que
JESUS nos dá para alcançar a felicidade é seguir esses nove passos. DEUS quer transformar o nosso caráter, e
isso não depende do que acontece externamente à nossa vida, ou seja, do que acontece no mundo. As mudanças
devem ocorrer primeiro no nosso interior. Com isso, dia após dia, seremos aperfeiçoados e nos pareceremos
mais e mais com o nosso amado JESUS.

É somente através do Espírito Santo que o cristão poderá manifestar essas características de um discípulo de
JESUS. A alegria e a felicidade são promessas de DEUS para a vida de cada um de nós.

Porque não passa de um momento a sua ira; o seu favor dura a vida inteira. Ao anoitecer, pode vir o choro, mas
a alegria vem pela manhã. (Salmo 30:5)

Atenção, tentar cumprir o sermão do monte sem estar debaixo da graça é impossível. A lei não admite uma
falha nossa sequer nossa, enquanto que a graça de DEUS nos abraça se cometermos um deslize contra os
princípios da vida cristã expostos no sermão do monte. Então, lute, persevere e creia em sua vida transformada
através desse sermão, e que a graça do SENHOR JESUS esteja para sempre sobre a sua vida.

Questões relacionadas ao estudo.

53) O que é ser um bem-aventurado?


54) As bem-aventuranças refletem primeiramente mudanças internas ou externas? Por quê?
55) Escolha três bem-aventuranças e comente-as mencionando a causa de sua escolha.

Aula prática.

Nessa semana, reflita como está sua vida interior de acordo com as nove bem-aventuranças. Observe as bem-
aventuranças que você tem mais facilidade em viver e aquelas que você tem menos facilidade. Busque em
DEUS essa felicidade interna.

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Aula 12

O Fruto do Espírito Santo

O fruto do Espírito Santo está relacionado com as bem-aventuranças. As bem-aventuranças falam sobre como
deve ser o caráter do cristão, enquanto que o fruto do Espírito fala sobre como são as características manifestas
na vida do cristão, através do seu caráter, características estas colocadas e vividas na prática. A pessoa é reco-
nhecida por seguir a JESUS não pela sua maneira de se vestir, mas através das suas atitudes e do seu caráter. O
caráter é o conjunto das características internas de uma pessoa, de suas qualidades e/ou defeitos.

Havia, entre os fariseus, um homem chamado Nicodemos, um dos principais dos judeus. Este, de noite, foi ter
com JESUS e lhe disse: Rabi, sabemos que és Mestre vindo da parte de DEUS; porque ninguém pode fazer
estes sinais que tu fazes, se DEUS não estiver com ele. A isto, respondeu JESUS: Em verdade, em verdade te
digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus. Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode
um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez? Respondeu
JESUS: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de
DEUS. O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te admires de eu te dizer:
importa-vos nascer de novo. (João 3:1-7)

O texto acima mostra JESUS recebendo a visita de um fariseu chamado Nicodemos. Os fariseus são os dou-
tores da lei, eles sabem tudo referente à lei, porém o seu conhecimento é apenas teórico. Eles não vivem a lei
porque não permitem que o Espírito Santo os vivifiquem. De acordo com a bíblia, os fariseus não suportavam
JESUS. JESUS os chamava de hipócritas, por pregar uma coisa e viver outra. Ele também os chamava de sepul-
cro caiado (um túmulo embelezado)

Porém quando Nicodemos se aproximou de JESUS começou a elogiá-Lo, e JESUS já sabendo disso vai direto
ao assunto que esse fariseu precisava saber (se você não nascer de novo, não poderá viver no reino de DEUS,
viver no reino espiritual). JESUS estava falando de sua ascensão ao céu e da descida do Espírito Santo a terra
para direcionar todos os cristãos.

Quando falamos em Reino de DEUS, não estamos nos referindo apenas a salvação, mas em viver o reino
espiritual aqui na terra. A palavra reino indica que “o Rei domina”, ou seja, o Rei domina sobre algo e sobre
alguém. Quando o cristão vive no Reino de DEUS, ele está assumindo que existe um Rei em sua vida e que ele
faz parte do Reino desse Rei. JESUS é o nosso Rei. Cada cristão foi retirado de um reino (reino das trevas) para
ser ingressado em outro reino (reino da luz).

A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela. (João 1:5)

Todo aquele que aceita JESUS como seu único SENHOR, tem o nascimento do Espírito Santo no seu interior.
Todos nós tivemos um nascimento carnal que tende ao pecado (a natureza pecaminosa de todo homem), então
nós precisamos nascer de novo, isto é, nascer do Espírito para podermos viver em santidade. Ao nascermos
novamente, estamos abrindo o nosso coração e convidando o Espírito Santo a entrar e dirigir as nossas vidas.

Digo, porém: Andai em Espírito, e jamais satisfareis à concupiscência da carne. Porque a carne milita contra o
Espírito, e o Espírito contra a carne; porque são opostos entre si; para que não façais o que porventura seja do
vosso querer. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei. (Gálatas 5:16-18)

Quando o novo homem nasce, o velho homem se incomoda, e então existe uma briga no nosso interior, entre

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fazer o bem e fazer o mau.

Todos nós temos a nossa disposição o Espírito Santo, mas nem todos aproveitam. Podemos andar em espírito
ou não andar em espírito. Toda carne recebeu o Espírito Santo, mas nem todos sabem disso. Precisamos abrir
o coração para que realmente o Espírito Santo se manifeste em nós.

E acontecerá depois que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, vossos filhos e vossas filhas profetiza-
rão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões. (Joel 2:28)

Podemos ter o Espírito Santo e aproveitá-Lo ou tê-Lo e não aproveitá-Lo, ou seja, podemos andar em espírito
ou andar na carne.

Mas temos ou não o Espírito Santo? É claro que temos! Não deixe essa dúvida entrar no seu coração. O Espí-
rito está sobre toda a carne. Porém temos a opção de “vestir ou não vestir a camisa do Espírito Santo”. DEUS
nos chama a andar em espírito.

Quem realmente segue, anda e vive com JESUS anda em espírito. Um bom indicador disso é sabermos se es-
tamos dando frutos para DEUS.

Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis. (Mateus 7:20)

Todo cristão é chamado a dar e expressar os frutos, é isso que vai ser o reflexo daquilo que se vive, e isso além
de ser fonte de vida, é também uma alavanca para que os outros se entreguem a JESUS.

Hoje nós temos duas vidas: uma vida carnal e outra espiritual. Uma vida luta contra a outra em nosso interior.
É o homem carnal (velho homem) e o homem espiritual (novo homem) lutando entre si.

Mas vivemos na lei ou na graça?


Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei. (Gálatas 5:18)

No antigo testamento as pessoas eram guiadas pela lei e ganhavam a salvação por seus próprios méritos. A lei
servia para guiar as pessoas porque o Espírito Santo ainda não havia sido derramado. Por exemplo, os fariseus
que cumpriam a lei não cometiam o ato do adultério, mas adulteravam em pensamento quando olhavam para
a mulher do próximo.

O problema não está em cumprir a lei, pois a pessoa cheia do Espírito Santo também cumpre a lei, e isso não é
um esforço devido à ação do Espírito. Agora, após o derramar do Espírito Santo sobre toda a carne, nós temos
sim que cumprir a lei, mas de forma sobrenatural, em amor e na força do Espírito. É somente através da ação
do Espírito Santo em nossas vidas que conseguimos cumprir as leis.

Ora, as obras da carne são conhecidas, e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades,
porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas,
a respeito das quais eu vos declaro, como outrora vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais
coisas praticam. (Gálatas 5:19-21)

Todas essas obras listadas acima são conseqüências de quem está vivendo na carne, seja ímpio ou crente.

Aquele que está na carne vive em reação, vive reagindo. E aquele que está no Espírito vive em ação, vive agin-
do.
Viver na carne: te fazem o mal e você reage com o mal; te fazem o bem e você reage com o bem.
Viver em Espírito: te fazem o bem e você reage com bem; te fazem o mal e você reage com o bem.
Vivemos em ação quando somos rejeitados e retribuimos com amor, e quando somos ofendidos e retrucamos
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abençoando.

Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, do-
mínio próprio. Contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e
concupiscências. Se vivemos em Espírito, andemos também em Espírito. Não sejamos cobiçosos de vanglórias,
irritando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros. (Gálatas 5:22-26)

Não basta termos o Espírito Santo, temos que viver cheio do Espírito e andar em espírito em todo tempo. Esse
andar em espírito significa dizer que temos que ter um estilo de vida baseado no Espírito Santo, ao invés de um
estilo de vida carnal.

Todos nós temos que saber um pouco mais sobre os frutos do Espírito Santo. Mas a bíblia diz no singular que
é um fruto. Podemos então concluir que se trata de um fruto com nove gomos, nove gomos de um único fruto,
o fruto do Espírito Santo.

Mas às vezes perguntamos por que não temos a paz ou a bondade, etc? Temos que entender que esse fruto não
é nosso, ele é do Espírito Santo! Se acharmos que temos o fruto, estamos nos precipitando, pois na verdade nós
temos é o acesso aos gomos do fruto, pois é a fonte que está dentro de nós.

Quando andamos em espírito, temos e usufruímos o Espírito Santo, e quando andamos na carne, temos, porém
não usufruímos o Espírito Santo.

Nós não temos que nos esforçar para dar e apresentar o fruto do Espírito Santo, na verdade temos que nos
esforçar para “vestir a camisa do Espírito” e andar em Espírito, e a conseqüência natural será a manifestação do
fruto em nossas vidas. Não temos que pensar nos nove gomos como sendo um fardo pesado a ser carregado,
com aquela obrigação de dar o fruto senão algo terrível vai acontecer.

Devemos entender que esse fruto é uma arma do crente. Dispomos de dois tipos de armas: o fruto do Espírito
Santo e os dons do Espírito Santo.

Os dons do Espírito são muitos e variados, e nem todas as pessoas os tens na totalidade, pois os dons são dados
a medida do chamado de DEUS para cada um. Os dons serão dados por DEUS para a edificação da igreja e
dos outros irmãos, e não para vanglória própria. O dom é a multiplicação de determinada característica. Por
exemplo, ter amor é diferente de ter o dom do amor.

O fruto do Espírito serve para nos ajudar, para usarmos em nossas vidas, crescermos espiritualmente, sermos
luz dessa terra, demonstrarmos e darmos o bom testemunho de vida aos outros. O fruto é uma arma que
DEUS nos deu para vivermos abundantemente e vencermos com JESUS.

O DOM do Espírito Santo é a manifestação do poder de DEUS na vida do crente, enquanto que o FRUTO é
a manifestação do caráter de JESUS CRISTO na vida do cristão. Os dois se completam para o cristão viver a
plenitude do Espírito Santo de DEUS.

O fruto do Espírito se manifesta de nove formas diferentes na vida do cristão.

• Amor

O ódio excita contendas, mas o amor cobre todos os pecados. (Provérbio 10:12)

Esse é o amor que vem de DEUS, o amor que cobre todas as transgressões, pecados e iniqüidades. Esse é o lado
do amor-perdão, onde o crente tem a facilidade de aceitar, amar e perdoar o próximo.
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O amor natural não é capaz de cobrir todas as transgressões, ele não é capaz de aceitar o próximo independente
de suas falhas. Mas quando estamos “vestidos com a camisa do Espírito Santo” e andando em espírito, tendo-o
como uma arma, temos condições de amar as pessoas em qualquer situação.

Lembre-se, não temos que reagir, mas temos que agir! Temos que amar a todos, aqueles que nos amam ou
aqueles que nos odeiam. JESUS jamais nos pediria algo que não fosse possível, já que não é na nossa força, mas
é através do poder do Espírito Santo.

• Alegria

Disse-lhes mais: Ide, comei as gorduras, e bebei as doçuras, e enviai porções aos que não têm nada preparado
para si; porque este dia é consagrado ao nosso SENHOR; portanto não vos entristeçais; porque a alegria do
SENHOR é a vossa força. (Neemias 8:10)

Neemias foi um homem levantado por DEUS para reconstruir os muros de Jerusalém, mas sofreu uma grande
crítica e oposição ao seu trabalho. Porém ele descreve a arma que o fez andar firme no propósito de DEUS: a
alegria.

Se tudo estiver ruim a nossa volta, DEUS nos pede que nos alegremos, e essa alegria vindo do nosso interior vai
contaminar todos os que estiverem do lado de fora, e todas as situações desfavoráveis serão transformadas.

A alegria vem do SENHOR, e não das coisas deste mundo. Se eu tenho as bênçãos estou alegre, porém se
eu não as tenho, eu também estou cheio de alegria. O dinheiro não compra a felicidade, uma pessoa não traz
a felicidade. A teologia da prosperidade que é pregada dá a impressão de que as bênçãos trarão alegria, paz e
realização, o que é uma mentira. A verdade é que a presença do Espírito Santo em nós é a única coisa capaz de
produzir esta alegria incondicional.
• Paz

Aparta-te do mal, e faze o bem; procura a paz, e segue-a. Os olhos do SENHOR estão sobre os justos, e os seus
ouvidos atentos ao seu clamor. (Salmo 34:14 e 15)

O nosso empenho é “vestir a camisa” e andar em espírito. Mas aonde podemos achar a paz?

Na definição mundana, paz é a ausência de conflito. Mas a realidade é que nas nossas vidas ocorrem diversos
conflitos, sejam eles internos (luta contra o pecado), sejam eles externos (perseguição na família, no trabalho,
etc). Mas foi o próprio JESUS quem disse que teríamos aflições.

Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom
ânimo; eu venci o mundo. (João 16:33)

Um dos maiores exemplos de busca pela paz na bíblia se deu com Jó. O mundo dele estava desmoronando
quando enfrentava sua provação, mas ele conseguiu enxergar sua vida bem lá na frente.

Porque eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra. (Jó 19:25)

Ter paz é olhar para a eternidade com DEUS, independente de como esteja sua vida hoje.

Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o
seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, DEUS Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. (Isaías 9:6)

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É a sensação de bem-estar e tranqüilidade que resulta de nossa amizade com Deus. Numa de suas horas mais
difíceis, Jesus falou com seus apóstolos a respeito de sua partida. Ele tinha que ir embora, para completar sua
missão. Mas o próprio pensamento desta partida afligia profundamente os apóstolos. Nesse contexto, ele lhes
deu esta segurança:

Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e
vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito. Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o
mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize. (João 14:26-27)

É JESUS quem nos dá a paz, através do Consolador que habita em nós.

• Longanimidade

Longanimidade é o sinônimo de paciência e tolerância. Longânime é aquela qualidade de controle diante de


uma situação adversa ou de uma provocação, sendo o oposto da raiva e sempre associada com a misericórdia.
Essa característica de paciência é a que mais chama a atenção dos que estão lá fora. Com nossas ações, ganha-
mos de 20% a 30% de uma pessoa. Podemos até tocar a pessoa, mas não a ponto de convencê-la. Sem dúvida
o que mais influencia uma pessoa são as nossas reações. De 70% a 80% é conquistado através das nossas rea-
ções.

Não podemos “vestir a camisa e tirá-la, vesti-la e tirá-la”. Temos que sempre andar vestidos. Não podemos uma
hora andar em espírito e outra na carne, outra em espírito e outra na carne.
Ter paciência é ter a capacidade de pensar antes de tomar qualquer atitude. Se o cristão agir assim sempre, quan-
tas confusões e desentendimentos seriam evitados.

Não é da vontade de DEUS condenar alguém, e é por causa de sua longanimidade que Ele tem dado tempo su-
ficiente para que o homem se arrependa e se converta. Da mesma maneira devemos ser com as demais pessoas,
agindo com paciência e longanimidade.

E assim, depois de esperar com paciência, obteve Abraão a promessa. (Hebreus 6:15)

• Benignidade

A benignidade não é o mesmo que bondade. A benignidade de DEUS aparece em nossas vidas quando passa-
mos a viver cheios do Espírito Santo, fazendo com que as várias áreas de nossas vidas comecem a ser transfor-
madas. As nossas características malignas passam a ser transformadas em benignas através do relacionamento
com JESUS. Por exemplo, isso acontece quando trocamos a noite pelo dia, as trevas pela luz.

E assim, se alguém está em CRISTO, é nova criatura: as coisas antigas se passaram; eis que se fizeram novas. (2
Coríntios 5:17)

Naturalmente as coisas que nos fazem mal são deixadas para trás e substituídas por aquelas que nos fazem bem.
É a nossa malignidade sendo substituída pela benignidade do SENHOR.

• Bondade

Essa é uma arma poderosa do crente para cumprir o segundo mandamento de amar o próximo como a si mes-
mo. Como cristãos devemos sentir a dor do outro, nos colocarmos no lugar da pessoa tendo compaixão da vida
dela e a compreendendo.
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Em todo o tempo ama o amigo, e na angústia se faz o irmão. (Provérbio 17:17)

Se o cristão quer ser bem tratado, o exemplo deverá partir da sua vida. Tratar os outros da mesma maneira que
gostaria de ser tratado.

• Fidelidade

A fidelidade tem a ver com aliança, trata-se de ser aliançável, e isso é o contrário de ser descartável. O mundo
trata as pessoas como algo descartável. Mas DEUS preza muito a fidelidade, pois Ele quer confiar a sua obra
em nossas mãos.

Sou grato para com aquele que me fortaleceu, a CRISTO JESUS, nosso SENHOR, que me considerou fiel,
designando-me para o ministério. (1 Timóteo 1:12)

O nosso ministério começa verdadeiramente quando somos fiéis aos irmãos e a DEUS. É a partir do momento
que DEUS vê no cristão a fidelidade que se inicia de verdade o ministério dentro da sua família, o ministério
dentro do seu trabalho, o ministério dentro da sua igreja, etc.
DEUS trabalha através de alianças: aceitar JESUS, batismo nas águas, voto/jejum, etc.

O salmo 89 é um salmo de aliança que retrata bem a fidelidade de DEUS. Essa fidelidade de DEUS faz com que
Ele jamais quebre ou invalide uma aliança estabelecida com seus filhos. Que cada um de nós também possamos
agir dessa mesma forma.

• Mansidão

Essa é mais uma arma que DEUS nos dá, mas com ela vem a nossa escolha de decisões. É a qualidade que te-
mos de abrir mão de coisas que nós gostaríamos, a fim de agradar a DEUS. Cedemos à vontade boa, perfeita e
agradável de DEUS, e também cedemos ao próximo desde que não contrarie a palavra de DEUS. É abrir mão
até de nossos direitos legais caso DEUS nos instrua assim.

Os mansos são irresistíveis a ponto de constranger DEUS e as pessoas a sua volta.

Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso
para a vossa alma. (Mateus 11:29)

Seja, porém, o homem interior do coração, unido ao incorruptível trajo de um espírito manso e tranqüilo, que
é de grande valor diante de DEUS. (1 Pedro 3:4)

• Domínio Próprio

O domínio próprio é a arma do crente para evitar o mal, para sair de perto do ambiente maligno, para nem
passar perto do que pode contaminar. Devemos fugir da aparência do mal não dando espaço ao diabo. É a
capacidade de governar nossos próprios desejos. Diferente da pessoa que anda na carne, a que tem domínio
próprio é capaz de negar seus desejos carnais.

Abstende-vos de toda forma de mal. (1 Tessalonicenses 5:22)

Podemos citar três coisas que nos levam ao caminho mal:


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- diabo: os demônios usam a vida da pessoa para pecar, mantendo ela em prisão espiritual;
- mundo: exerce influência na vida da pessoa, passando conceitos distorcidos de vida;
- carne: a carne tende a ser levada ao pecado, e o gosto do pecado é perigoso e “bom”, mas a conseqüência é
trágica, é a morte.

Ter domínio próprio é fazer aquilo que agrada a DEUS e não fazer aquilo que confronta DEUS pelo simples
fato de ser uma opção. Não se trata de poder fazer determinadas coisas e não poder fazer outras. O segredo é:
“eu não vou fazer isso porque eu não quero. Eu não vou pecar porque eu quero DEUS!!!”

Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm; todas são lícitas, mas nem todas edificam. (1 Coríntios
10:23)

O fruto do Espírito é a conseqüência natural e esperada do nosso crescimento, da nossa maturidade, da nossa
semelhança com Cristo e da plenitude do Espírito Santo na vida de todos nós. O fruto desenvolve-se em nós
mediante o nosso caminhar com JESUS, pois entregamos a nossa vida à direção e ao controle do Espírito
Santo. Irmãos, o Espírito Santo está a nossa disposição. Vamos aproveitar a Sua presença, vamos clamar a Sua
ação em nossas vidas!

Para mantermos a “camisa do Espírito Santo” em nós e continuar andando em espírito, precisamos nos ali-
mentar constantemente. Se não alimentarmos nosso corpo, ele adoece. Assim é também com nosso espírito,
precisamos alimentá-lo para que ele não esfrie, mas sim se mantenha conectado a DEUS. Precisamos fazer
coisas que nos edificam e que nos aproximam de JESUS, aproveitando ao máximo cada momento para estar
em comunhão com o Pai, renunciando tudo o que não nos faz crescer espiritualmente. Devemos deixar de
alimentar a nossa carne para alimentar o nosso espírito. Alimentaremos nosso espírito através de oração, leitura
da palavra e jejum.

Lembre-se, a unção (concentração do Espírito Santo) em nossas vidas é diária, então a cada dia temos que pedir
para que o Espírito Santo encha as nossas vidas para que demonstremos o fruto Dele.

E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito. (Efésios 5:18)

O fruto do Espírito ajuda a definir o que um crente é. Uma árvore frutífera ou uma árvore infrutífera. E não
há nada melhor que ser uma árvore frutífera!

Todo fruto revela a sua árvore de origem. Quando vemos uma maçã, podemos visualizar a macieira da qual
ela brotou, cresceu e frutificou. Da mesma maneira, o fruto do Espírito manifesto em nossa vida revela a sua
origem, a origem em DEUS. E quando os frutos permanecem em nossas vidas, significa que o ESPÍRITO
SANTO DE DEUS permanece em nós de uma forma ativa.

Eu sou a videira verdadeira, e o meu Pai é o agricultor. Todo ramo que, estando em Mim, não der fruto, Ele o
corta; e todo o que dá fruto, limpa, para que produza mais fruto ainda. Vós já estais limpos, ela palavra que vos
tenho falado; permanecei em Mim, e Eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si
mesmo, se não permanecer na videira; assim nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. Eu sou a
videira, vós os ramos. Quem permanece em Mim, e Eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis
fazer. (João 15:1-5)

Lembre-se de que não precisamos nos esforçar em dar o fruto, mesmo porque o fruto não é nosso, e sim de
DEUS. Mas precisamos nos esforçar para andar em Espírito, pois a conseqüência disso será a manifestação do
Fruto do Espírito Santo em nossas vidas.

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Questões relacionadas ao estudo.

56) Qual a diferença entre viver na carne e no Espírito?


57) Qual é a única forma de se conseguir apresentar o fruto do Espírito?
58) Quais as nove formas que o fruto do Espírito se apresenta de acordo com Gálatas 5?
59) Escolha três características do Fruto e comente-os mencionando a causa de sua escolha.

Aula prática.

Nessa semana, ponha em prática a aula e auto examine-se de acordo com 1 Coríntios 1:28, assinalando na tabela
abaixo quais são as características do Fruto do Espírito Santo que você pôde perceber no seu dia a dia. Lembre-
se que o fruto é um só, e que uma característica conduz a outra, por isso caso você tenha assinalado NÃO para
alguma delas, não desanime, mas continue buscando andar em Espírito (persevere) que naturalmente o Fruto
em sua plenitude será manifesto na sua vida.

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Aula 13

As obras da carne

O Apóstolo Paulo descreve tanto o fruto do Espírito quanto as obras da carne no mesmo texto bíblico de
Gálatas, isso porque é importante estudar tanto um quanto o outro. E ambos estão no mesmo texto, pois todo
cristão deve manifestar o fruto do Espírito, mas se não andar em espírito fatalmente acabará manifestando as
obras carnais.

Digo, porém: Andai no Espírito, e jamais satisfareis à concupiscência da carne. Porque a carne milita contra o
Espírito, e o Espírito contra a carne; porque são opostos entre si; para que não façais o que porventura seja do
vosso querer. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais sob da lei. (Gálatas 5:16-18)

Se alimentarmos a carne, como consequência ela ficará forte, porém se alimentarmos o espírito, como conse-
quência ele ficará forte. É uma opção de todo crente.

Ora, as obras da carne são conhecidas, e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades,
porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas,
a respeito das quais eu vos declaro, como já outrora vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais
coisas praticam. (Gálatas 5:19-21)

No final do texto acima Paulo diz “e coisas semelhantes a essa”. Ele não estava preocupado em descrever
exatamente todas as coisas ruins que alguém pode fazer. Essas coisas ruins não se tratam exatamente de carac-
terísticas de uma determinada pessoa. As obras da carne são conseqüências que a pessoa apresenta por estar
andando na carne. Isso não significa que é exatamente a característica e o caráter dessa pessoa. Não devemos
julgar a carne da pessoa, mesmo porque ninguém tem a carne melhor que a de outra pessoa. Carne é tudo igual,
e todas não prestam. Se cairmos em um desses pecados, estaremos abrindo o famoso termo “brecha”, e é aí
que o mal poderá entrar em nossas vidas a ponto de nos enfraquecer espiritualmente, com a tendência cada vez
maior de praticar as obras carnais.

Se o cristão enfraquece espiritualmente, ele tem a tendência de manifestar as obras da carne. Se ele se fortalece
espiritualmente, certamente manifestará o fruto de Espírito. Esse enfraquecer e fortalecer não são algo que
ocorre de repente, de uma hora para outra. Toda mudança espiritual na vida do cristão acontece aos poucos,
quer seja ganho de unção quer seja perda de unção. Ninguém tem a plenitude do Espírito Santo de um dia para
o outro. A unção de DEUS é conquistada dia a dia pelo crente. E ninguém perde a unção de uma hora para
outra.

O problema ocorre quando saímos do espírito e entramos na carne. E essa mudança não acontece de repente,
é algo que ocorre aos poucos. Às vezes nem percebemos, pois são fatos que vão se acumulando durante o dia
a dia. Por isso temos que vigiar muito para que não passemos do espírito para a carne.

DEUS não está querendo que nós lutemos contra as obras carnais estando na carne. Isso seria lutar através de
esforço próprio, e isso não funciona. Se estivermos andando na carne, teremos que voltar ao Espírito antes de
qualquer coisa. O mais importante é nos mantermos em espírito. A luta não é nossa, e dessa forma (em espírito)
ficamos em condições de combater a carne.

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1º grupo: Prostituição, Impureza e Lascívia.

• Prostituição:

Prostituição é toda e qualquer imoralidade sexual, é qualquer ato de sexo ilícito e também toda e qualquer re-
lação sexual fora do casamento.
O problema não está no sexo. Sabemos que foi DEUS quem criou o sexo, e por isso o sexo é bom, mas desde
que praticado dentro do casamento. Os desejos sexuais não devem ser objeto de ódio ou de vergonha. Pode-
mos, e devemos, celebrá-los como um dom precioso. Deus é o autor deles (Gênesis 1:27; 2:22-24) e os declarou
bons (Gênesis 1:31). O nosso Criador projetou o sexo não apenas para aumento do prazer físico e do bem-
estar dos cônjuges no casamento, mas também para facilitar a expressão de seu carinhoso compromisso. Se o
sexo, feito na intimidade do casamento, pode ser puro e santo (veja Hebreus 13:4), não devemos imaginar que o
nosso desenvolvimento espiritual seja mais bem atendido se negarmos a importância dos atos físicos do amor
com nosso cônjuge.

Infelizmente, muitas das boas dádivas de Deus para o homem, dentre as quais o sexo, que foram tristemente
corrompidas. As intimidades sexuais, tão proveitosas dentro da estrutura do amor e do compromisso do casa-
mento, podem voltar-se contra o homem de modo destrutivo, quando este permite que elas ultrapassem seus
verdadeiros limites.

Satanás distorceu o sexo na forma que foi criado por DEUS. Basta vermos o contexto do sexo que se propaga
no Brasil, onde infelizmente nosso país é conhecido pela sensualidade, pelo carnaval e suas diversas formas de
prostituição, pelas músicas e danças, pela programação apelativa da televisão, pelo turismo sexual, pela expor-
tação de prostituição, etc.

DEUS criou o sexo como forma de comunhão entre duas pessoas dentro do casamento, expressando o amor
e o compromisso entre o homem e a mulher, e também para a preservação da vida e das famílias. Porém o que
temos visto por aí é que o sexo na mão de satanás tem se transformado em instrumento de destruição de vidas
e famílias, e isso através de algumas mentiras, como por exemplo:

1 – A mentira de que satanás ama o sexo: o nosso inimigo veio para roubar, matar e destruir (João 10:10), por-
tanto ele não conhece o amor. Sexo é doação, e o diabo não sabe o que é isso.

2 – A mentira de que é proibido sentir prazer no sexo: em alguns lugares se prega que o sexo foi feito apenas
para procriação. Isso é um engano, pois o sexo criado por DEUS além de servir para a procriação, serve tam-
bém como um presente de prazer, gozo e alegria dentro do casamento.

3 – A mentira de que o sexo pervertido gera prazer: o sexo pervertido na verdade gera uma realidade de escra-
vidão, onde se torna cada vez mais difícil da pessoa se satisfazer, e o resultado disso é a violência e a morte. È
bastante semelhante à dependência das drogas.

O Espírito Santo trata este “sexo solto” como “prostituição”. O termo prostituição em geral identifica toda
perversão da capacidade sexual humana em intercurso ilícito, de natureza heterossexual, homossexual ou bes-
tial. O adultério, a fornicação, qualquer tipo de sexo antes do casamento, o incesto, a pedofilia, a masturbação,
a sodomia, o lesbianismo, etc. não passam de formas específicas de prostituição. Abaixo vamos detalhar essas
formas de deturpação do sexo.

> Fornicação: trata-se do sexo entre pessoas solteiras (não casadas) e amasiadas, envolvendo desde exageros
como abraços mais picantes até o ato da relação sexual.

> Adultério: trata-se do sexo que envolve pelo menos uma pessoa casada, porém fora do casamento.
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> Homossexualismo: trata-se do sexo entre pessoas de mesma natureza, homem com homem (gays) ou mulher
com mulher (lésbicas). Esse tipo de relação contraria a natureza criada por DEUS. È extremamente nítido que
o homem completa a mulher e vice-versa, tanto em termos espirituais com em termos físicos. A boca e o ânus
são as extremidades dos aparelhos digestivos do corpo humano, portanto não são órgãos sexuais. E a maneira
que satanás encontrou para que pessoas de mesmo sexo se relacionassem é justamente através desses órgãos, a
boca na forma de sexo oral e o ânus na forma de sexo anal. Ou seja, o sexo anal e o sexo oral são as maneiras
nas quais satanás leva as pessoas a pecarem.

> Incesto: trata-se do sexo entre parentes próximos.

> Pedofilia: trata-se da atração sexual às crianças e a relação sexual entre um adulto e uma criança.

> Masturbação: trata-se do sexo individualista, é a auto-satisfação sexual, onde são estimulados inúmeros pen-
samentos pornográficos.

> Masoquismo: trata-se do sexo na forma de dor, ou seja, sentir prazer na dor.
> Sodomia: trata-se do sexo anal.

> Bestialidade: trata-se do sexo entre pessoas e animais.

> Pornografia: trata-se da imaginação sexual, desde “apreciar uma arte seminu”, passando pela “arte do nu
artístico” e chegando até a “arte de sexo explícito”, pois é impossível que uma pessoa ao ver alguém seminu,
não comece a fantasiar outras imagens na mente relacionadas ao sexo pervertido e explícito.

Fugi da prostituição. Todo o pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra
o seu próprio corpo. (1 Coríntios 6:18)

Todos aqueles que são casados precisam santificar a sua cama, santificar o seu casamento. Isso porque o sexo
dentro do casamento, dependendo da forma que é praticado, pode ser impuro. Há uma natureza a ser respeitada
dentro da relação sexual, e nós jamais podemos mudar esse modo. Um casal pode trazer para dentro do lar a
lascívia quando pratica o masoquismo ou o sexo anal e oral, por exemplo.

Por causa disso os entregou DEUS a paixões infames, porque até as suas mulheres mudaram o modo natural
de suas relações íntimas, por outro contrário à natureza. (Romanos 1:26)

Digno de a honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque DEUS julgará os im-
puros e adúlteros. (Hebreus 13:4)

O exagero no namoro é fornicação. Aqueles que ainda não são casados devem vigiar, pois o inimigo tentará
destruir o namoro fazendo o casal cair em pecado sexual.

O Apóstolo Paulo insistiu com os coríntios para que “fugissem da impureza”, explicando que “qualquer outro
pecado que uma pessoa cometer é fora do corpo; mas aquele que pratica a imoralidade peca contra o próprio
corpo” (1 Coríntios 6:18). As intimidades sexuais fora do compromisso de amor do casamento contradizem ao
propósito para o qual o corpo foi criado. Por serem contra a natureza, não podem deixar de ter conseqüências
prejudiciais sobre o homem em geral. Na raiz desse mau uso destruidor do sexo reside a alienação do homem
em relação a Deus. Desesperadamente só, o homem busca compensar a sua perda numa busca desesperada por
amor e aceitação. O desejo sexual, agora desprovido de amor puro, torna-se uma cobiça impessoal, egoísta.

Hoje o conceito de casamento é diferente do conceito do matrimônio na época do antigo testamento. Espiri-
tualmente, o casamento se dá quando o homem e a mulher se juntam sexualmente (ato de coabitar, “conhecer
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a mulher”). E no antigo testamento isso significava que eles se casavam e viviam juntos. A partir disso, eles
se tornavam um só corpo. No principio não havia festas, preparações, noivados, etc. O casamento era feito
simplesmente com o ato sexual. A cerimônia nupcial não é o que une o casal em santo matrimônio diante de
DEUS. Essa cerimônia na verdade apenas libera o casal a realizar o ato sexual que os tornarão uma só carne, os
transformando em marido e mulher.

Então, respondeu ele: Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher e que disse:
por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne? De modo
que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que DEUS ajuntou não o separe o homem. (Mateus
19:4-6)

O pecado não está no sexo, o pecado está em esquecer do convidado principal do casamento que é DEUS.

A vitória sobre a prostituição ocorre sobre tudo no coração e na mente. Aí se deve lutar e vencer. A luta co-
meça com uma profunda aceitação da responsabilidade pessoal (veja Romanos 1:21-26; 1 Coríntios 5), com
um arrependimento genuíno (2 Coríntios 7:9) e com uma determinação sincera de deixar o sexo pervertido e
todas as formas de perversidade e se agarrar ao padrão criado por DEUS para o relacionamento do homem e
da mulher (Atos 2:38; 17:30).

O SENHOR quer que cumpramos a lei, não é verdade? E hoje em dia a lei dos homens diz que para reconhe-
cer a união matrimonial, eles devem se casar em uma cerimônia civil de casamento. JESUS não facilitou esse
assunto quando pregou as boas novas. Pelo contrário, Ele declarou que o pecado não era só praticar o ato sexual
fora do casamento, mas que bastaria um olhar e um pensamento malicioso para pecar. Por tudo isso, todo ato
sexual fora do casamento é pecado da obra da carne.

• Impureza:

Não necessariamente trata-se do ato sexual em si, mas estamos referindo aos pensamentos que vem na mente,
aos pensamentos sujos que poluem a mente. Os pensamentos vêm baseados naquilo que vemos e ouvimos du-
rante nosso dia. A mente processa a informação de tudo o que vemos e ouvimos ao longo do dia. Depois que
esses pensamentos entraram e não foram repreendidos na mente, eles passam a ser armazenados no coração
conduzindo e influenciando a pessoa à prática do pecado. É por isso que DEUS orienta o cristão a fugir da roda
dos escarnecedores (ouvidos) e fugir da aparência do mal (olhos).

Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores,
nem se assenta na roda dos escarnecedores. (Salmo 1:1)

Abstende-vos de toda forma de mal. (1 Tessalonicenses 5:22)

Precisamos selecionar o que vamos falar ao próximo bem como o que vamos escutar por aí. Não podemos
permitir que da nossa boca saiam palavras que desagradem a DEUS e tampouco permanecermos em roda de
escarnecedores. Os nossos olhos e ouvidos também são entradas espirituais do corpo, por isso também preci-
samos atentar para as coisas que vemos e ouvimos, jamais podemos fixar nossa atenção no mal.

Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra. (Colossenses 3:2)

Então como devemos nos posicionar? Precisamos saber que o palco da guerra está na nossa mente. Temos de
discernir a origem dos pensamentos que vem à nossa mente. Há três fontes de pensamento que podemos ter:
> origem em DEUS;
> origem em nós mesmos;
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> origem no diabo.

Se algum pensamento sujo vier à mente, não significa que se está pecando. O pecado ocorre se esses pensa-
mentos não forem rejeitados de imediato e ficarem sendo alimentados, porque aí ele deixa a mente e se aloja
no coração, criando raízes. Temos que renunciar todo pensamento sujo e preencher a mente com o que JESUS
nos instrui.

Quando a pessoa tem sentimento de inveja ou ciúmes, ela tem a consciência de que está pecando. E ela infeliz-
mente está demonstrando que não tem fé suficiente para confiar em DEUS. Agindo assim a pessoa não sabe
que DEUS tem muito mais para ela e acaba fixando os olhos nas coisas dos outros e impede o agir de DEUS
em sua vida.

Temos que reconhecer a situação para que não caiamos em pecado. Por exemplo, temos que saber o nosso
ponto fraco, pois é ali que satanás vai tentar nos pegar. Por exemplo: Sansão não podia beber vinho e andava
nas vinhas. Ou seja, ele estava vulnerável às ciladas do inimigo. Cada um de nós conhece os próprios pontos
fracos e, portanto devemos permanecer vigilantes também nessas áreas.

Outro exemplo é o do rei Davi, que quando apenas olhou a mulher, ele ainda não tinha pecado. Mas a partir
do momento em que ele permaneceu olhando, ele acabou achando ela bonita e o pecado entrou em sua vida.
O erro é permanecer vendo, isto é, ele começou a achar tudo aquilo interessante, o erro dele foi fixar os olhos
naquela situação.

E aconteceu que numa tarde Davi se levantou do seu leito, e andava passeando no terraço da casa real, e viu
do terraço a uma mulher que se estava lavando; e era esta mulher mui formosa à vista. E mandou Davi indagar
quem era aquela mulher; e disseram: Porventura não é esta Bate-Seba, filha de Eliã, mulher de Urias, o heteu?
Então enviou Davi mensageiros, e mandou trazê-la; e ela veio, e ele se deitou com ela (pois já estava purificada
da sua imundícia); então voltou ela para sua casa. (2 Samuel 11:2-4)

Todo pensamento tem duas opções de caminhos a percorrer:

> da mente para o coração: todo pensamento que agrada a DEUS entra primeiro na mente e deve seguir ao
coração;
> da mente para a terra: todo pensamento que desagrada a DEUS entra primeiro na mente e deve ser repre-
endido para que caia por terra.
Nenhuma mensagem entra diretamente no coração da pessoa, obrigatoriamente ela passa primeiro pela mente.
E é a partir do momento que a pessoa consegue aceitar a informação recebida e armazenada como verdadeira
que ela desce ao coração e passa a fazer parte da vida da pessoa. O ser humano na maioria das vezes funciona
por repetição. Um exemplo clássico desse processo é: “quantas vezes você precisou ouvir falar de JESUS para
aceitá-Lo como SENHOR e Salvador da sua vida”?

• Lascívia:

Trata-se do pecado relacionado à luxúria, à libidinagem, e à sensualidade. E esses pecados vêm na forma de
olhares impuros, pensamentos maliciosos, roupas decotadas, etc. Devemos sempre perguntar ao Espírito Santo:
“estou vestido adequadamente?”, “as minhas atitudes estão Te glorificando, SENHOR?”.

Pois esta é a vontade de DEUS, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição, que cada um de vós
saiba possuir o próprio corpo, em santificação e honra, não com o desejo de lascívia, como os gentios que não
conhecem a DEUS. (1 Tessalonicenses 4:3-5)

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2º grupo: Idolatria e Feitiçaria.

• Idolatria:

Quando o pecado da idolatria atinge um crente, significa que em seu coração habita um deus que não é o único
DEUS Vivo.

O pecado de Judá está escrito com um ponteiro de ferro e com diamante pontiagudo, gravado na tábua do seu
coração e nas pontas dos seus altares. Seus filhos se lembram dos seus altares e dos seus postes-ídolos junto
às árvores frondosas, sobre os altos outeiros. Ó monte do campo, os teus bens e todos os teus tesouros darei
por presa, como também os teus altos por causa do pecado, em todos os teus territórios! Assim, por ti mesmo
te privarás da tua herança que te dei, e far-te-ei servir os teus inimigos, na terra que não conheces; porque o
fogo que acendeste na minha ira arderá para sempre. Assim diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no
homem, faz da carne mortal o seu braço e aparta o seu coração do SENHOR! Porque será como o arbusto
solitário no deserto e não verá quando vier o bem; antes, morará nos lugares secos do deserto, na terra salgada
e inabitável. Bendito o homem que confia no SENHOR e cuja esperança é o SENHOR. Porque ele é como a
árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas
a sua folha fica verde; e, no ano de sequidão, não se perturba, nem deixa de dar fruto. Enganoso é o coração,
mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá? Eu, o SENHOR, esquadrinho o
coração, eu provo os pensamentos; e isto para dar a cada um segundo o seu proceder, segundo o fruto das suas
ações. Como a perdiz que choca ovos que não pôs, assim é aquele que ajunta riquezas, mas não retamente; no
meio de seus dias, as deixará e no seu fim será insensato. (Jeremias 17:1-11)

No texto acima vemos o coração do povo duro como pedra, condição essa que os levou ao pecado da idolatria.
A idolatria dá poder a algo ou alguém. É quando se está gastando tempo demais com outras pessoas ou outras
coisas ou um tempo que deveria ser dado a DEUS. Por exemplo: Abraão teve uma idolatria bastante sutil para
com seu filho Isaque (na tradição judaica é extremamente importante o pai ensinar o filho, e DEUS quis sacri-
ficar o relacionamento idólatra).

Não podemos confiar em homens, ou seja, não podemos depositar a nossa fé em homens, porém antes temos
que orar para que DEUS capacite a vida do homem que vai para te ajudar e orientar, como o pastor, um médico,
etc. Confiar é entregar o problema nas mãos de DEUS. Confiar é depender totalmente Dele. Não dependa de
homens, somente ame os homens. Amar sim, idolatrar não !!! Aquele que depende do SENHOR é como uma
árvore que pode até envergar com as lutas e dificuldades, mas que não vai cair, pois o SENHOR não permite.

Temos que ter cuidado e discernimento com o nosso coração, pois ele é enganoso. Não podemos deixar que a
vontade do coração esteja a frente da vontade do SENHOR.

Deleita-te também no SENHOR, e te concederá os desejos do teu coração. (Salmo 37:4)


• Feitiçaria:

A idolatria e a feitiçaria estão quase sempre aliadas. Pharmakeia, de onde provém a nossa palavra farmácia, é
traduzida por “feitiçaria” (Gálatas 5:20; Apocalipse 9:21; 18:23). Principalmente significava o uso da medicina,
das drogas, dos encantos; envenenamento; depois, então, a feitiçaria. Várias palavras diferentes são traduzidas
por “feitiçaria” no Antigo Testamento. Deus proibia que seu povo tivesse alguma relação com o que hoje deno-
minamos “ocultismo” (Deuteronômio 18:9-14). As bruxas eram exterminadas (Êxodo 22:18; 1 Samuel 28:7-9).
O povo de Deus não devia buscar luz nas trevas! Talvez o melhor equivalente bíblico da palavra “ocultismo”
seja a palavra adivinhação.

Adivinhação é a tentativa de decifrar a vontade dos “deuses” com o uso de técnicas de magia. Os pagãos criam
que podiam usar a habilidade e o engenho humano para adquirir conhecimento dos deuses sobre certas situa-
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ções. O adivinhador seria aquele que pensa poder jogar a revelação divina fora. Lemos nas Escrituras a respeito
de mentiras adivinhatórias (I Sm 28). Estamos cercados pela feitiçaria! Os homens que buscam seguir a própria
vontade e achar o seu caminho estão fadados às trevas, pois se desviaram da luz.

A feitiçaria está se disseminando! Vai desde ler folhas de chá, a mão e as cartas à astrologia (Isaías 47:13). O
cultivo de drogas revive a feitiçaria pagã. Nos mercados, sobejam os expedientes de manipulação: ioga, ciento-
logia, zen-budismo, teologia da Nova Era. Devemos acautelar-nos de qualquer pensamento ou ato que eleve o
que queremos acima do que Deus quer.

Até mesmo a busca de profecias pode tornar-se feitiçaria. O inimigo usou muitos falsos profetas na bíblia, pois
as pessoas insistiam e encontrar alguém que dissesse o que elas gostariam de ouvir, e na verdade não queriam
obedecer a Deus. Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e a obstinação é como a idolatria e culto a
ídolos. (1 Samuel 15:23).

Quando as pessoas se afastam de Deus e da sua revelação, não é que elas não creiam em nada; pelo contrario,
elas crêem em tudo! A frase “Todo mundo tem o direito a sua própria crença” não se encontra na Bíblia. Não
se encontra nos pensamentos nem na boca do verdadeiro discípulo. É a voz da idolatria. Filhinhos, guardai-vos
dos ídolos (1 João 5:21). Só Jesus é a VERDADE (João 14.6), o resto é mentira do inferno!

3º grupo: Discórdias, dissensões e facções.

Esse é o grupo do pecado da rebeldia. Discórdia significa desarmonia, dissensão significa desavença e facção
significa divisão. Essas são as formas que satanás mais gosta de entrar nas igrejas, e o pior, é a maneira que ele
consegue entrar no meio do povo de DEUS, jogando irmão contra irmão, ovelha contra a liderança, etc.

Que dor! Que sofrimento! Que tristeza! Tudo porque alguns na igreja estão inclinados a seguir por um ca-
minho com “discórdias, dissensões, facções”. Geralmente são coisas que se associam para causar tristeza para
o cristão e grande prejuízo ao corpo de CRISTO. Quem nunca viu essas “obras da carne” trabalhando e se
intrometendo nas várias igrejas de CRISTO?

A discórdia é “vã ambição” com o objetivo de ganhar seguidores. Uma pessoa com o espírito de discórdia está
tão tomada de seus desejos pessoais e ambições que para ela a pureza, a paz e a santidade da igreja podem ser
sacrificadas. A discórdia exige uma “divisão” dos irmãos, pois é improvável que alguém tomado desse espírito
esteja disposto a ficar sozinho. Ele buscará outras pessoas para acompanhá-lo na separação, apoiando sua “po-
sição” e criando facções. O padrão é progressivo. A pessoa facciosa permanece em meio à igreja enumerando
os seus seguidores. Essa postura, levada à conclusão lógica, traz divisão, a qual leva às facções estabelecidas,
que buscam outras pessoas para integrar a sua “causa”.

Nada há mais feio ou mais prejudicial do que aquele que professa ser um seguidor do Príncipe da Paz ao mes-
mo tempo que demonstra uma agressão voluntariosa contra os irmãos. Os que sectarizam a igreja como em
“Eu sou de Paulo, e eu, de Apolo, e eu, de Cefas, e eu, de Cristo” (1 Coríntios 1:12) são advertidos: Se alguém
destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá (1 Coríntios 3:17). O cristão que se envolve com qualquer uma
das obras da carne não apenas se fere, mas prejudica a igreja. As brigas levam à discórdia, as discórdias levam às
dissensões e as dissensões levam às facções. O resultado é trágico. O avanço do evangelho é impedido, os fiéis
são desencorajados, o irmão fraco é prejudicado e a desconfiança geral, a intranqüilidade e dúvida predominam.
Mas, o que é mais triste, quase sempre, perdem-se almas!
Outra obra da carne: Bebedice.

É bíblico que nós não podemos nos embebedar, mas não que não podemos beber bebida alcoólica. Mas será
que saberemos qual o nosso limite? Temos que recordar da famosa linha tênue. Na visão da Igreja Bola de
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Neve, não há a possibilidade de beber nem uma gotinha de álcool, ou seja, se como membro consumirmos be-
bida alcoólica estaremos em pecado de rebeldia. E sendo rebeldes, seremos vistos por DEUS como feiticeiros,
já que DEUS compara o pecado de rebeldia como o de feitiçaria. Ainda temos um outro motivo que é que 99%
dos membros de nossa igreja já tiveram problemas com álcool e o outro 01% dos membros não devem beber
justamente para não escandalizar e ser pedra de tropeço para a maioria.

Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de DEUS. Portai-vos de
modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de DEUS. Como também eu em
tudo agrado a todos, não buscando o meu próprio proveito, mas o de muitos, para que assim se possam salvar.
(1 Coríntios 10: 31-33)

E para aqueles que nunca tiveram problemas com álcool, não devem beber pelos seguintes motivos: por amor
a DEUS, por amor aos próximos e para não estar em rebeldia contra a igreja e conseqüentemente contra
DEUS.

O vinho é a única bebida citada na bíblia, e para a palavra vinho na bíblia temos duas origens na tradução: suco
de uva ou suco de uva fermentado. A fermentação é um processo natural de transformação de certos açúcares
em álcool etílico. É por essa diferença na bebida que vemos na bíblia algumas pessoas sendo vencidas pelo
vinho (Noé quando ficou nu diante de seus filhos – Gênesis capítulo 9) e outras não (JESUS CRISTO quando
transformou água em vinho – João capítulo 2).

Portanto o vinho na bíblia nem sempre é alcoólico. Um bom exemplo da duplicidade desse sentido são as pala-
vras “beber” e “bebida”. Ainda podemos citar que na época em que a bíblia foi escrita, só havia a fermentação
natural. Hoje em dia, as indústrias de bebidas acrescentam álcool nos produtos. E pela lei judia da época, o suco
de uva que sofresse o processo de fermentação natural deveria receber a diluição de água (três ou quatro partes
de água para uma parte de vinho).

Quando a substância álcool entra na corrente sanguínea de uma pessoa, ela gera algumas conseqüências como,
por exemplo, a perda do domínio próprio, a descaracterização, a perda do juízo e do temor, a perda de habilida-
des motoras, entre outras. Obviamente que não é DEUS quem está agindo, e sim o próprio satanás.

Para quem são os ais? Para quem os pesares? Para quem as rixas? Para quem as queixas? Para quem as feridas
sem causa? E para quem os olhos vermelhos? Para os que se demoram em beber vinho, para os que andam
buscando bebida misturada. Não olhes para o vinho, quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo,
e se escoa suavemente. Pois ao cabo morderá como a cobra, e picará como o basilisco. Os teus olhos verão coi-
sas esquisitas, e o teu coração falará perversidades. Serás como o que se deita no meio do mar, e como o que se
deita no alto do mastro, e dirás: espancaram-me, e não me doeu; bateram-me, e não o senti; quando despertarei?
Então tornarei a beber. (Provérbios 23:29-35)

Uma outra informação importante: a bebida alcoólica é usada nos terreiros de umbanda e candomblé como
alimento de entidades (demônios). Portanto nós não vamos nos alimentar de bebida de demônio.

Não podeis beber do cálice do SENHOR e do cálice de demônios; não podeis participar da mesa do SENHOR
e da mesa de demônios. Ou provocaremos a zelos o SENHOR? Somos, porventura, mais fortes do que ele?
Todas as coisas são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas são lícitas, mas nem todas as coisas
edificam. Ninguém busque o proveito próprio, antes cada um o de outrem. (1 Coríntios 10.21-24)

Nas bebedices podemos incluir o uso de qualquer tipo de entorpecente ou droga usada para alterar o humor,
trazendo a falsa sensação de bem-estar. O Espírito Santo deve ser a única fonte de toda alegria, mansidão e bom
humor em nossas vidas!

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Outro grupo de obra da carne: Orgulho, vaidade e soberba.

Esse grupo de obras carnais faz a pessoa escolher por ter uma independência de DEUS, a ponto de não confiar
Nele e achar que os seus métodos e planos são os melhores. E o caminho trilhado pelo orgulhoso é a queda.

A soberba do teu coração te enganou, ó tu que habita nas fendas das rochas, na tua alta morada, e dizes no teu
coração: Quem me derrubará em terra? Se te elevares como águia, e puseres o teu ninho entre as estrelas, de lá
te derrubarei, diz o SENHOR. (Obadias 3 e 4)

DEUS até espera o orgulhoso subir ao topo para então o abater.

O orgulho, a soberba e a vaidade podem entrar sutilmente na vida do crente, ao invés de entrar de forma desca-
rada. E o diabo tem muita vontade de fazer o crente cair nesse pecado, pois sabemos que foi justamente nisso
que ele mesmo caiu. Mas se o crente estiver cheio do Espírito Santo (dando o fruto do Espírito), o SENHOR
vai alertar contra qualquer seta desse tipo.

Alguns sinais de orgulho, vaidade e soberba:


> Competição dentro da igreja;
> Dificuldade em se abrir ao líder ou Pastor quando enfrentar lutas;
> Almejar o recebimento de elogios e ser bajulado;
• O SENHOR cortará todos os lábios lisonjeiros e a língua que fala soberbamente. (Salmo 12:3)
> Ficar satisfeito com o erro do irmão;
> Se preocupar com a reputação e com o que os outros vão pensar de você;
> Mania de querer achar uma justificativa para os erros.

Outra obra da carne: Glutonaria.

Comer não é errado, porém comer em excesso é que é errado. É a partir do momento que seu corpo não precisa
mais do alimento físico que a glutonaria se manifesta. Por trás da glutonaria se escondem demônios que agem
na ansiedade, no medo, na luxúria, no orgulho e na auto piedade. Trata-se uma maneira que a pessoa tem de
se esconder dos problemas devido ao medo de confrontar seus defeitos de caráter. È uma fuga do tratamento
espiritual que DEUS nos oferece.

Pois os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as
coisas do Espírito. Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz. Porquanto
a inclinação da carne é inimizade contra DEUS, pois não é sujeita à lei de DEUS, nem em verdade o pode ser;
e os que estão na carne não podem agradar a DEUS. (Romanos 8:5-8)

A nossa maior arma para combater isso é ser cheio do Espírito Santo, para assim manifestar o fruto do Espí-
rito.

A separação entre a santidade e o pecado, muitas vezes pode estar numa linha tênue, onde de um lado habita
o bem, e do outro lado habita o mau. Por exemplo: amar a si próprio está correto, porém se nos amarmos em
exagero poderemos virar pessoas orgulhosas. Comer está correto, porém se comermos em excesso estaremos
entrando na glutonaria.

Vamos correr do mal!!! Vamos fugir da impureza e da aparência do mal. Jamais podemos ter os pés que se apre-
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sem a correr PARA O mal. DEUS quer que tenhamos os pés que se apressem a correr DO mal. Dessa maneira
estaremos evitando a possibilidade de cair em pecado.

Foge também das paixões da mocidade; e segue a justiça, a fé, o amor, e a paz com os que, com um coração
puro, invocam o SENHOR. (2 Timóteo 2:22)

DEUS não nos ensina a enfrentar o pecado, Ele nos ensina a enfrentar o diabo, resistindo (se opondo) a ele
para que ele fuja de nós.

Sujeitai-vos, pois, a DEUS, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. (Tiago 4:7)

Vamos confrontar os demônios através da autoridade de JESUS, da oração e da palavra de DEUS. Dessa forma
estaremos fortalecidos para não pecar e ter uma vida santificada.

Questões relacionadas ao estudo.

60) O que leva alguém a manifestar as obras da carne?


61) Escolha três obras carnais e comente-os mencionando a causa de sua escolha.
62) O apóstolo Paulo não mencionou todas as obras da carne, ao invés disso ele disse: “e coisas semelhantes a
essa”. Cite e comente pelo menos mais três obras carnais que não estão mencionadas no texto de Gálatas 5.

Aula prática.

Nessa semana, ponha em prática a aula e auto examine-se de acordo com 1 Coríntios 1:28, assinalando na tabela
abaixo quais são as obras da carne que você ainda pôde perceber no seu dia a dia. Caso você tenha assinalado
SIM para alguma delas, não desanime, mas continue buscando andar em Espírito (persevere) que naturalmente
a obra da carne será substituída pelo Fruto do Espírito Santo na sua vida.

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Aula 14

Os Dons do Espírito Santo

Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes. Vós bem sabeis que éreis gentios, leva-
dos aos ídolos mudos, conforme éreis guiados. Portanto, vos quero fazer compreender que ninguém que fala
pelo Espírito de DEUS diz: JESUS é anátema, e ninguém pode dizer que JESUS é o SENHOR, senão pelo
Espírito Santo. Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade nos serviços, mas o
SENHOR é o mesmo. E há diversidade nas realizações, mas é o mesmo DEUS que opera tudo em todos. Mas
a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil. Porque a um pelo Espírito é dada a palavra
da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra do conhecimento; E a outro, pelo mesmo Espírito, a
fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; E a outro a operação de milagres; e a outro a profecia;
e a outro o dom de discernimento de espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das
línguas. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como
quer. (1 Coríntios 12:1-11)

Já estudamos que no período do Antigo Testamento o Espírito Santo agia de forma concentrada, ou seja, eram
pouquíssimas pessoas que DEUS escolhia para agir através do seu Espírito. Já a partir de Pentecostes (Atos 2;
profetizado em Joel 2), DEUS derramou seu Espírito sobre toda a carne, fazendo com que todas as pessoas
tivessem acesso ao Espírito Santo.

O plano de DEUS para a igreja é que ela funcione como um organismo que possui CRISTO como o cabeça, e
cada membro funcionando com algum dom espiritual. Sendo assim, compreender os dons espirituais é a chave
para entender a organização espiritual da igreja.

Esse estudo é baseado na revelação dada ao Dr. C. Peter Wagner. “Dom espiritual é um atributo especial dado
pelo Espírito Santo a cada membro do corpo de Cristo de acordo com a graça divina, para ser usado dentro do
contexto do corpo”.

A vontade de DEUS para nós é que tenhamos conhecimento dos diversos dons espirituais que existem. Todos
nós temos pelo menos um dom, e muito provavelmente mais do que um. Recebemos os dons de DEUS quando
nos tornarmos crentes, quando nascemos de novo. Podemos reconhecê-lo de imediato ou muito mais tarde
durante a nossa caminhada com JESUS.

Dom é algo que o Espírito Santo te dá, algo extraordinário e sobrenatural. Isso não tem nada a ver com talen-
tos humanos, que são características que dão a cada ser humano uma personalidade sem igual. Não tem nada
a ver com o seu merecimento ou algo que você sabe fazer. Ninguém merece os dons, pois são presentes, são
dádivas de DEUS, que independem de nós. Não adquirimos os dons estudando, lendo ou tendo conhecimento.
Simplesmente DEUS escolhe determinada pessoa e derrama sobre ela os dons. “Mas e se DEUS ainda não
derramou determinado dom sobre a minha vida? Se eu pedir Ele vai me dar? Qual é a intenção do meu coração?
Qual é a minha real motivação em receber os dons do Espírito Santo?” Ele dará apenas se for da vontade Dele
e se realmente usarmos a favor da igreja e do próximo.

E a uns pôs DEUS na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois
milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas. Porventura são todos apóstolos? são
todos profetas? são todos doutores? são todos operadores de milagres? Têm todos o dom de curar? falam to-
dos diversas línguas? interpretam todos? Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um
caminho mais excelente. (1 Coríntios 12:28-31)

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Conhecer os dons que DEUS derramou ou quer derramar sobre a sua vida é muito importante para entender
a sua importância dentro da igreja, compreendendo assim a quais funções DEUS lhe designou através de seu
chamado. Conhecendo seus dons, você se torna útil nas mãos de DEUS. Isso gera uma valorização de sua
auto-estima. Conhecer os seus dons também gera uma edificação geral para o ministério de sua igreja, propor-
cionando um crescimento para sua igreja. E por fim, conhecer os dons espirituais se faz necessário para que
através de suas ações o nome de DEUS seja glorificado (o principal motivo do uso dos dons é para que o nome
de JESUS seja reconhecido e glorificado).

Cada dom espiritual que DEUS concede ao homem precisa ser usado, pois ele é considerado responsável como
vemos na parábola dos talentos.

Pois será como um homem que, ausentando-se do país, chamou os seus servos e lhes confiou os seus bens. A
um deu cinco talentos, a outro, dois e a outro, um, a cada um segundo a sua própria capacidade; e, então, par-
tiu. O que recebera cinco talentos saiu imediatamente a negociar com eles e ganhou outros cinco. Do mesmo
modo, o que recebera dois ganhou outros dois. Mas o que recebera um, saindo, abriu uma cova e escondeu o
dinheiro do seu senhor. Depois de muito tempo, voltou o senhor daqueles servos e ajustou contas com eles.
Então, aproximando-se o que recebera cinco talentos, entregou outros cinco, dizendo: Senhor, confiaste-me
cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que ganhei. Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e fiel;
foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor. E, aproximando-se também o que
recebera dois talentos, disse: Senhor, dois talentos me confiaste; aqui tens outros dois que ganhei. Disse-lhe
o senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu
senhor. Chegando, por fim, o que recebera um talento, disse: Senhor, sabendo que és homem severo, que ceifas
onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste, receoso, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu.
Respondeu-lhe, porém, o senhor: Servo mau e negligente, sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde não
espalhei? Cumpria, portanto, que entregasses o meu dinheiro aos banqueiros, e eu, ao voltar, receberia com
juros o que é meu. Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao que tem dez. Porque a todo o que tem se lhe dará, e terá
em abundância; mas ao que não tem, até o que tem lhe será tirado. E o servo inútil, lançai-o para fora, nas trevas.
Ali haverá choro e ranger de dentes. (Mateus 25:14-30)

Não importa quantos dons um crente receba do SENHOR, sejam um, dois ou cinco dons. Cada crente é res-
ponsável por aquilo que DEUS tiver lhe conferido. Mas o fato é que esses recursos devem ser usados para os
propósitos do SENHOR. Cada crente precisa estar preparado para a pergunta que DEUS fará: “O que você
fez com cada dom espiritual que te confiei?”.

Não existe um dom mais importante que outro. Todos têm as suas respectivas importâncias e funções dentro
da igreja. É semelhante ao funcionamento do corpo humano. Cada órgão tem a sua finalidade e importância
dentro do conjunto total.

Duas abordagens importantes para o cristão são:


• Caráter de CRISTO: é a necessidade de nos desenvolvermos em santidade e em retidão, que são caracterís-
ticas básicas de qualquer cristão.
• Poder de DEUS: é a manifestação do poder do Espírito Santo na vida do crente. Não tem nada a ver com o
caráter.

Os dons do Espírito não são as mesmas coisas que o fruto do Espírito. Os dons do Espírito são muitos e varia-
dos, e nem todas as pessoas os tens na totalidade, pois os dons são dados à medida do chamado de DEUS para
cada um. Os dons serão dados por DEUS para a edificação da igreja e dos outros irmãos, e não para vanglória
própria. O dom é a multiplicação de determinada característica. Por exemplo, ter amor é diferente de ter o dom
do amor. O fruto do Espírito serve para nos ajudar, para usarmos em nossas vidas, crescermos espiritualmente,
sermos luz dessa terra, demonstrarmos e darmos o bom testemunho de vida aos outros. O fruto é a conseqü-
ência normal e esperada do crescimento espiritual de todo cristão conforme a semelhança de CRISTO. O dom
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do Espírito Santo é a manifestação do poder de DEUS na vida do crente, enquanto que o FRUTO é a manifes-
tação do caráter de JESUS CRISTO na vida do cristão. O fruto não é descoberto como ocorre com os dons.
O dom é descoberto pelo cristão, enquanto o fruto é desenvolvido mediante o caminhar com DEUS. Se os
dons espirituais ajudam a definir o que um crente faz, o fruto ajuda a definir o que um crente é. Mas os dois se
completam para o cristão viver a plenitude do Espírito Santo de DEUS, pois os dons sem o acompanhamento
do fruto do Espírito se tornam inúteis.

Muitas pessoas fazem a seguinte pergunta: “Por que alguém com um caráter tão deformado tem um dom tão
importante?” Devemos ter em conta que o caráter do crente vai sempre estar em processo de aperfeiçoamento.
Se formos esperar a nossa perfeição para nos envolvermos na obra de DEUS, nunca seremos usados. DEUS
sempre vai estar nos moldando, e o que Ele quer é a nossa disposição em sermos usados. DEUS usa quem está
disponível. Por isso não cabe a nós julgarmos o porquê DEUS deu determinado dom à determinada pessoa, ou
então duvidar se temos efetivamente um dom (será que tenho esse dom mesmo?). Nosso papel é nos abrirmos
para o mover do Espírito!

Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de
DEUS. Se alguém falar, fale segundo as palavras de DEUS; se alguém administrar, administre segundo o poder
que DEUS dá; para que em tudo DEUS seja glorificado por JESUS CRISTO, a quem pertence a glória e poder
para todo o sempre. Amém. (1 Pedro 4:10 e 11)

O texto acima mostra claramente que TODOS têm dons espirituais, TODOS receberam pelo menos um tipo
de dom.

Existem algumas condições necessárias que facilitam o cristão a descobrir seus dons espirituais:
• Ser um cristão verdadeiro: é fundamental nascer de novo através de um relacionamento pessoal com JESUS
e uma vida de intimidade com Ele;
• Crer nos dons espirituais: o cristão precisa crer no poder de DEUS e na eficiência dos dons;
• Conhecer o seu chamado dentro e fora da igreja: o cristão precisa crer que DEUS lhe designou certos dons
com um propósito específico a ser cumprido;
• Orar por dons: o cristão deve orar a DEUS pelo derramar dos dons sobre a sua vida, e depois de derramado,
orar pela manutenção e uso correto dos dons.
• Glorificar a DEUS: o cristão deve ter um espírito de gratidão, reconhecer a sua dependência de DEUS e usar
os dons de forma a glorificar somente o nome de JESUS.

DEUS nos ensina também a buscarmos com zelo os melhores dons, a buscar aqueles dons que se adequam
melhor à nossa vida. Para isso podemos seguir os passos a seguir:
• Conhecer os dons: Estude na bíblia o máximo de informações sobre os dons espirituais, leia mais sobre os
dons espirituais, procure conhecer pessoas dotadas de dons para receber as suas experiências de vida;
• Experimentar o maior número possível de dons: para manifestar qualquer dom em sua vida, é necessário pri-
meiro o seu passo e a sua iniciativa, sempre sob oração, e então DEUS usará a sua vida e operará o propósito.
Mostre-se disponível para qualquer tarefa na igreja;
• Examinar os seus sentimentos: sempre que fizer a obra de DEUS, você deve se alegrar, pois a obra de DEUS
não deve ser um peso e sim um prazer. Peça ao SENHOR que lhe mostre se você tem ou não um dom com-
patível com a experiência exercida;
• Avaliar a sua eficiência: Se DEUS lhe deu algum dom, Ele quer que você realize algo para Ele, e as coisas
de DEUS são boas e perfeitas. Sendo assim, é natural esperar que o cumprimento das tarefas de DEUS darão
excelentes resultados. As pessoas dotadas de dons obtêm retornos positivos;
• Aguardar a confirmação do dom: quando DEUS derramar um dom, Ele fará com que a igreja e os irmãos
reconheçam e confirmem tal fato. A igreja reconhecerá seu papel dentro do contexto do Corpo de CRISTO.

Primeiramente vamos analisar os nove principais dons que estão em 1 Coríntios 12.

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• 1º grupo: dons verbais

• Dom de falar em línguas

Porque os ouviam falar línguas, e magnificar a DEUS. (Atos 10:46)

E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas, e profetizavam. (Atos
19:6)

E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes
concedia que falassem. (Atos 2:4)

Algumas pessoas acham que falar em línguas é a conseqüência do batismo com o Espírito Santo. Mas nós pode-
mos ser batizados pelo Espírito Santo (ocorre quando JESUS nos toca e recebemos o enchimento de Espírito
Santo em nossas vidas), mas não necessariamente falamos em línguas. Não é porque uma determinada pessoa
não tem o dom de falar em línguas que isso signifique que ela não tenha dons de Espírito. Podemos ter diversos
dons e ainda assim não ter o dom de falar em línguas.

Existem dois tipos de línguas:


• língua dos homens: são os idiomas das outras nações (russo, japonês, inglês, etc)
• língua do Espírito Santo: são as línguas estranhas (alguns ainda dizem que são as línguas dos anjos)

Em todos os dons, DEUS respeita a vontade da pessoa. A pessoa tem o total domínio de seu corpo. Não é algo
incontrolável, pois o Espírito está sujeito à pessoa.
E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas. (1 Coríntios 14:32)

Falar em línguas é extremamente importante ao crente, pois pode ser tanto uma oração de louvor e agradeci-
mento a DEUS, como uma estratégia contra ataques do diabo, mantendo a nossa vida cheia do Espírito Santo.
As línguas não somente significam a presença e o poder do Espírito Santo, mas também dão a capacidade de
falar a DEUS por meio do Espírito sobre questões que a mente não é capaz de expressar.

As línguas também podem ser usadas pelo inimigo, ou então imitada pelo homem. Devemos saber que demô-
nio pode falar em línguas estranhas, e o homem quando está na carne pode imitar línguas (é aqui que entra o
dom de discernimento de espírito que veremos mais adiante).

• Dom de interpretação de línguas

Mas o dom de línguas é bom para só uma pessoa? Não! Se houver o dom de interpretação de línguas, esse dom
vai edificar toda a igreja. È uma mensagem de DEUS para o corpo de Cristo. Jamais DEUS vai levantar alguém
para atrapalhar o culto, escandalizar ou acusar o próximo. A interpretação visa tornar as línguas inteligíveis.

A interpretação vem por através daquele que deu a mensagem em línguas ou então outra pessoa.

Por isso, o que fala em língua desconhecida, ore para que a possa interpretar. (1 Coríntios 14:13)

• Dom de profecia

Profetizar é expressar palavras inspiradas.

O dom da profecia “é a capacidade especial que DEUS dá a certos membros para receberem e transmitirem
alguma mensagem imediatamente da parte de DEUS ao seu povo através de uma declaração divinamente un-
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gida”. É uma mensagem de DEUS transmitida pela atuação do Espírito Santo.

Segui o amor, e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar......Portanto, irmãos,
procurai, com zelo, profetizar, e não proibais falar línguas......Mas faça-se tudo decentemente e com ordem. (1
Coríntios 14:1, 39, 40)

O profeta é aquele que recebe a mensagem de DEUS e a transmite na sua íntegra sem colocar e nem tirar nada.
Ele fala as verdades reveladas diretamente por DEUS, buscando endireitar e/ou manter a igreja e seus líderes
dentro da visão estabelecida por DEUS.

Existem profecias e “profetadas”. Mas como distinguir se a profecia vem de DEUS, do homem ou do diabo?
(Aqui também entra o dom de discernimento de espírito que veremos mais adiante). Mas e se não tivermos o
dom de discernimento de espírito? Como saberemos se a profecia vem de DEUS? Temos que filtrar e analisar
toda a profecia.

Uma profecia genuína e cheia do Espírito Santo sempre respeita as seguintes condições:
• Ela nunca contraditará a palavra de DEUS escrita;
• Ela sempre exaltará a JESUS CRISTO e nunca O difamará;
• Ela é feita para edificar, exortar e consolar;
• Ela jamais deverá trazer confusão, insegurança e aflição;

A profecia não pode ser usada para se ter uma direção no que fazer. Temos que buscar a direção de DEUS. A
profecia é válida para confirmar uma direção que DEUS já te deu. Não devemos correr atrás de profetas, pois
correr atrás de profetas significa não confiar em DEUS. As profecias devem vir até nós, não o contrário.

• 2º grupo: dons de revelação

• Palavra de sabedoria

A palavra de sabedoria não tem nada a ver com o conhecimento, com a experiência de vida, com o que já vive-
mos por aí, com o conhecimento teológico, etc. Esse dom não é nosso, ele é de DEUS.

“O dom da sabedoria é capacidade especial que DEUS dá a certos membros do corpo de Cristo para sondarem
a mente do Espírito Santo de modo a receberem discernimento sobre como o conhecimento dado pode ser
aplicado às necessidades específicas que vão surgindo no corpo de Cristo”.

A palavra de sabedoria é aplicada ao futuro, aos fatos que ainda vão acontecer. Discernir é apresentar a verdade
de DEUS, é saber o que fazer com o conhecimento natural ou sobrenatural que DEUS te dá, ou seja, é um
julgamento adequado para a ação. A palavra de conhecimento revela a informação, mas a palavra de sabedoria
diz como aplicar a informação revelada.

E não podiam resistir à sabedoria, e ao Espírito com que falava. (Atos 6:10)

• Palavra de conhecimento

“Palavra de conhecimento é a capacidade especial que DEUS dá a certos membros do corpo de cristo para que
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descubram, acumulem, analisem e esclareçam informações e idéias pertinentes ao crescimento e ao bem-estar
dos membros da igreja”.

A pessoa que tem esse dom fala com propriedade, além de entender e expor a sabedoria da parte de DEUS.

A palavra de conhecimento é dada pelo Espírito Santo, é algo instantâneo, onde DEUS trás revelações sobre
pessoas, circunstâncias ou verdades bíblicas. O Espírito Santo mostra um pedaço da vida de outra pessoa a você
sem que você tivesse qualquer informação da pessoa, por exemplo, como aconteceu com Davi. Somente ele
sabia do pecado que tinha cometido. Mas DEUS deu esse conhecimento ao profeta Natã. Outro exemplo pode
ocorrer durante um culto onde DEUS mostra uma pessoa com determinado problema ao pregador.

Uma palavra de conhecimento tem o poder de mudar a vida de uma pessoa. São revelações que falam do passa-
do e do presente. A palavra de conhecimento tem relação com a descoberta da verdade, ao passo que a palavra
de sabedoria tem relação com a aplicação da verdade à vida.

Disse então Pedro: Ananias, por que encheu satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, e
retivesses parte do preço da herança? (Atos 5:3)

Para que os seus corações sejam consolados, e estejam unidos em amor, e enriquecidos da plenitude da inte-
ligência, para conhecimento do mistério de DEUS e Pai, e de CRISTO, Em quem estão escondidos todos os
tesouros da sabedoria e da ciência. (Colossenses 2:2-3)

• Dom de discernimento de espíritos.

Discernir é provar e examinar detalhadamente a origem de comportamentos. Através desse dom, interpretamos
e revelamos a origem de uma profecia. DEUS capacita saber, com extrema segurança, se determinado compor-
tamento vem de DEUS, do homem ou do diabo.

Não se trata de penetração na mente do próximo, e nem é discernir as falhas do irmão, tampouco adivinhar o
que o outro está pensando.

Com esse dom não somos enganados, pois DEUS nos alerta o tempo todo. Além disso, conseguimos perdoar
e fazer a distinção entre a pessoa que nos ofende e o demônio que está por trás dela.

Aquele que tem esse dom é usado por DEUS para desmascarar os falsos profetas.

Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de DEUS, porque já muitos falsos profetas
se têm levantado no mundo. (1 João 4:1)
Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido. (1 Coríntios 2:15)
• 3º grupo: dons de habilidade

• Dom da Fé

Essa fé não se trata de fé para salvação, mas de uma fé sobrenatural.

O dom da fé faz com que a fé que já existe seja multiplicada na vida da pessoa. Ela é necessária para atravessar
circunstâncias extremamente difíceis aos olhos humanos. É a confiança em DEUS para realizar feitos incomuns
e grandes tarefas. A pessoa dotada desse dom também transmite a fé aos outros e distribui esse dom para a
igreja.

O dom da fé capacita a pessoa a discernir com grande confiança a vontade de DEUS para o desenvolvimento
do trabalho futuro, onde a pessoa possui uma confiança extraordinária na vontade e no propósito de DEUS
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para a sua vida.

Além disso, o dom da fé capacita o crente a receber uma proteção especial, sustento, cura, milagres, expulsar
demônios e orar por batismo no Espírito Santo.

Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem. Pela fé Noé,
divinamente avisado das coisas que ainda não se viam, temeu e, para salvação da sua família, preparou a arca,
pela qual condenou o mundo, e foi feito herdeiro da justiça que é segundo a fé. (Hebreus 11:1, 7)

E Jesus disse-lhe: Se tu podes crer, tudo é possível ao que crê. (Marcos 9:23)

E JESUS lhes disse: Por causa de vossa pouca fé; porque em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão
de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e há de passar; e nada vos será impossível. (Mateus
17:20)

E este parecer contentou a toda a multidão, e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo. (Atos
6:5)

• Dom de Cura

O dom da cura é a realização de cura completa de enfermidades no corpo, na alma e no espírito, restaurando a
saúde sem fazer uso de meios naturais. É sempre acompanhada pelo amor.

Mas Como saber se temos esse dom? Ora, precisamos tomar a iniciativa e orar pelo próximo, e se tivermos esse
dom a pessoa vai ser curada e o nome de DEUS glorificado.

Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de
graça dai. (Mateus 10:8)

E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou. Em nome de JESUS CRISTO, o Na-
zareno, levanta-te e anda. E, tomando-o pela mão direita, o levantou, e logo os seus pés e artelhos se firmaram.
(Atos 3:6-7)

• Dom de Milagres

O milagre é um ato sobrenatural e sobre humano que foge do controle de qualquer lei natural. O milagre é
a manifestação do poder divino, realizando grandes mudanças na ordem natural das coisas através de quem
possui esse dom.

O dom de milagre quebra o princípio da natureza. A pessoa dotada desse dom realiza obras de poder e leva as
pessoas a temerem a DEUS.

Por exemplo: ressuscitar um morto, ou então a oração de Elias quando desceu fogo do céu.

E DEUS pelas mãos de Paulo fazia maravilhas extraordinárias. (Atos 19:11)

E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. (Atos 2:43)

Eis aí, pois, agora contra ti a mão do SENHOR, e ficarás cego, sem ver o sol por algum tempo. E no mesmo
instante a escuridão e as trevas caíram sobre ele e, andando à roda, buscava a quem o guiasse pela mão. (Atos
13:11)

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Então Josué falou ao SENHOR, no dia em que o SENHOR deu os amorreus nas mãos dos filhos de Israel, e
disse na presença dos israelitas: Sol, detém-te em Gibeom, e tu, lua, no vale de Ajalom. E o sol se deteve, e a
lua parou, até que o povo se vingou de seus inimigos. Isto não está escrito no livro dos Justos? O sol, pois, se
deteve no meio do céu, e não se apressou a pôr-se, quase um dia inteiro. (Josué 10:12-13)

E, chegando Eliseu àquela casa, eis que o menino jazia morto sobre a sua cama. Então entrou ele, e fechou a
porta sobre eles ambos, e orou ao SENHOR. E subiu à cama e deitou-se sobre o menino, e, pondo a sua boca
sobre a boca dele, e os seus olhos sobre os olhos dele, e as suas mãos sobre as mãos dele, se estendeu sobre ele;
e a carne do menino aqueceu. Depois desceu, e andou naquela casa de uma parte para a outra, e tornou a subir,
e se estendeu sobre ele, então o menino espirrou sete vezes, e abriu os olhos. (2 Reis 4:32-35)

Além do texto de 1 Coríntios 12 onde são mencionados os nove principais dons do Espírito Santo, a bíblia
ainda nos fornece mais três textos sobre os dons, a saber:

Porque pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém;
antes, pense com moderação, conforme a medida da fé que DEUS repartiu a cada um. Porque assim como em
um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma operação, Assim nós, que somos
muitos, somos um só corpo em CRISTO, mas individualmente somos membros uns dos outros. De modo
que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da fé; Se é
ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; Ou o que exorta, use esse dom em exortar;
o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria.
(Romanos 12:3-8)

E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores
e doutores. (Efésios 4:11)

Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de
DEUS. Se alguém falar, fale segundo as palavras de DEUS; se alguém administrar, administre segundo o poder
que DEUS dá; para que em tudo DEUS seja glorificado por JESUS CRISTO, a quem pertence a glória e poder
para todo o sempre. Amém. (1 Pedro 4:10 e 11)

A seguir vamos conhecer um pouco dos demais dons existentes:

• Dom de mestre (ensino)

“É a disposição, capacidade e poder dados por DEUS para o crente examinar e estudar a palavra de DEUS,
e esclarecer, expor, defender e proclamar as verdades espirituais de DEUS, de tal maneira que outras pessoas
aprendam, cresçam em conhecimento e entendam a palavra de DEUS. O mestre comunica as verdades e apli-
cações das escrituras”.

E Paulo e Barnabé ficaram em Antioquia, ensinando e pregando, com muitos outros, a palavra do SENHOR.
(Atos 15:35)

Este era instruído no caminho do SENHOR e, fervoroso de espírito, falava e ensinava diligentemente as coisas
do SENHOR, conhecendo somente o batismo de João. (Atos 18:25)

Pregando o reino de Deus, e ensinando com toda a liberdade as coisas pertencentes ao SENHOR JESUS CRIS-
TO, sem impedimento algum. (Atos 28:31)

E ficou ali um ano e seis meses, ensinando entre eles a palavra de DEUS. (Atos 18:11)

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• Dom de liderança

É o dom de dirigir, guiar, orientar, administrar e organizar a obra do ministério, mantendo sempre a ordem. “É
ainda a capacidade especial que DEUS dá a certos membros do corpo de Cristo para estabelecer alvos harmô-
nicos com o propósito de DEUS para o futuro, transmitindo esses alvos a outros de tal modo que, voluntária e
harmoniosamente, operem juntos para concretizar aqueles alvos para a glória de DEUS”.
Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam, e de cidade em
cidade estabelecesses presbíteros, como já te mandei. (Tito 1:5)

As pessoas dotadas desse dom se mostram seguros e conhecedores do que precisa ser feito. Eles também de-
senvolvem habilidades no campo da delegação de tarefas e responsabilidades para as outras pessoas.

• Dom de exortação (é parecido com fé e encorajamento)

“O crente dotado desse dom preocupa-se com o bem estar espiritual dos irmãos na fé, já que esse crente tem
uma qualidade especial para ministrar palavras de consolo, encorajamento, ânimo e conselho aos membros do
corpo, de tal modo que estes se sentem ajudados e curados. Um crente pode manifestar esse dom de duas ma-
neiras: em uma situação de pregação ou de ensino (em um encontro de grupo) ou em uma situação particular
de pessoa para pessoa, para satisfazer à necessidade específica de um momento especial”.

A pessoa dotada desse dom incentiva o próximo a ter uma conduta apropriada e a consola, trazendo como
resultado o encorajamento.

O qual, quando chegou, e viu a graça de DEUS, se alegrou, e exortou a todos a que permanecessem no SE-
NHOR, com propósito de coração. (Atos 11:23)

Confirmando os ânimos dos discípulos, exortando-os a permanecer na fé, pois que por muitas tribulações nos
importa entrar no Reino de DEUS. (Atos 14:22)

• Dom de libertação (ou exorcismo)

“É a capacidade especial que DEUS confere a certos membros do corpo de Cristo para que expulsem demô-
nios”.

Aconteceu que, indo nós para o lugar de oração, nos saiu ao encontro uma jovem possessa de espírito adivinha-
dor, a qual, adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores. Seguindo a Paulo e a nós, clamava, dizendo: Estes
homens são servos do DEUS Altíssimo e vos anunciam o caminho da salvação. Isto se repetia por muitos dias.
Então, Paulo, já indignado, voltando-se, disse ao espírito: Em nome de JESUS CRISTO, eu te mando: retira-te
dela. E ele, na mesma hora, saiu. (Atos 16:16-18)

• Dom de misericórdia (é parecido com amor)

“É a capacidade dada por DEUS para sentirem empatia e compaixão genuínas por pessoas, tanto crentes quan-
to não crentes, que estejam sofrendo problemas físicos, mentais ou emocionais, e para traduzirem essa compai-
xão em atos alegremente feitos que reflitam o amor de Cristo e aliviem o sofrimento”.

A pessoa dotada desse dom consegue andar lado a lado com o próximo e prestar auxílio imerecido a outros,
tendo compaixão pelos que não merecem.

E, quando Saulo chegou a Jerusalém, procurava ajuntar-se aos discípulos, mas todos o temiam, não crendo que
fosse discípulo. Então Barnabé, tomando-o consigo, o trouxe aos apóstolos, e lhes contou como no caminho
ele vira ao SENHOR e lhe falara, e como em Damasco falara ousadamente no nome de JESUS. (Atos 9:26-
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27)

Alegrai-vos com os que se alegram, e chorai com os que choram. (Romanos 12:15)

• Dom do celibato

É a capacidade dada por DEUS para permanecer solteiro e apreciar o seu estado, sem sofrer tentações sexuais.
É na força de DEUS, e jamais na força humana.

Digo, porém, aos solteiros e às viúvas, que lhes é bom se ficarem como eu. Mas, se não podem conter-se, casem-
se. Porque é melhor casar do que abrasar-se. (1Coríntios 7:8-9)

• Dom da pobreza voluntária

“É a capacidade especial que DEUS confere a certos membros do corpo de Cristo para que renunciem aos
confortos e luxos materiais, e adotem um estilo de vida equivalente ao daqueles que vivem em nível de pobreza,
dentro de uma dada sociedade, a fim de servirem a DEUS com maior eficiência”.
Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido, e sei
também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter
fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. (Filipenses 4:11-12)

• Dom do martírio

“É uma capacidade que DEUS dá a certos membros do corpo, para sofrer, pela fé, até mesmo a morte, ao
mesmo tempo em que exibe uma atitude jubilosa e vitoriosa, que redunda na glória de DEUS.“

A pessoa com esse dom suporta o sofrimento mais do que as outras.

Mas ele, estando cheio do Espírito Santo, fixando os olhos no céu, viu a glória de DEUS, e JESUS, que estava
à direita de DEUS; E disse: Eis que vejo os céus abertos, e o Filho do homem, que está em pé à mão direita de
DEUS. E apedrejaram a Estêvão que em invocação dizia: SENHOR JESUS, recebe o meu espírito. (Atos 7:55,
56, 59)

• Dom da hospitalidade

“É a capacidade que DEUS dá a certos membros do corpo, para proverem abrigo e uma calorosa recepção para
aqueles que estão necessitados de alimento e abrigo”.

A pessoa que recebeu esse dom tem um imenso prazer em acolher os irmãos.

Não vos esqueçais da hospitalidade, porque por ela alguns, não o sabendo, hospedaram anjos. (Hebreus 13:2)

Comunicai com os santos nas suas necessidades, segui a hospitalidade. (Romanos 12:13)

• Dom da administração

“O dom da administração é a capacidade que DEUS dá a certos membros do corpo, a fim de que ministrem a
área de planejamento estratégico e também na execução de planos eficazes para a concretização dos alvos que
Ele tem para sua igreja”.

Faça isso Faraó e ponha governadores sobre a terra, e tome a quinta parte da terra do Egito nos sete anos de
fartura, E ajuntem toda a comida destes bons anos, que vêm, e amontoem o trigo debaixo da mão de Faraó,
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para mantimento nas cidades, e o guardem. Assim será o mantimento para provimento da terra, para os sete
anos de fome, que haverá na terra do Egito; para que a terra não pereça de fome. (Gênesis 41:34-36)

• Dom da contribuição

“É a capacidade que DEUS dá a certos membros do corpo para contribuírem com seus recursos materiais para
a obra do SENHOR, e isso com satisfação e alegria”.

A pessoa que recebeu esse dom normalmente é levantada como mantenedora da obra de DEUS através de
doação e da generosidade.

E havia em Jope uma discípula chamada Tabita, que traduzido se diz Dorcas. Esta estava cheia de boas obras
e esmolas que fazia. (Atos 9:36)

• Dom de apóstolo (levantar igrejas e obreiros)

“É a capacidade de assumir e exercer uma liderança geral sobre certo número de igrejas, com uma extraordi-
nária autoridade quanto às questões espirituais que é espontaneamente reconhecida e apreciada por aquelas
igrejas”. O pastor de um grupo de cristãos é responsável pelo trabalho na alimentação das almas, do ensino, na
cura das feridas, no crescimento espiritual, etc.

O apóstolo fala com extrema autoridade sobre fé e prática do evangelho, levantando igrejas e obreiros.

Paulo, servo de JESUS CRISTO, chamado para apóstolo, separado para o evangelho de DEUS. (Romanos
1:1)

Para o que (digo a verdade em CRISTO, não minto) fui constituído pregador, e apóstolo, e doutor dos gentios
na fé e na verdade. (1 Timóteo 2:7)
• Dom de pastor

“É a capacidade que DEUS dá a certos membros do corpo para assumirem uma responsabilidade pessoal, a
longo termo, pelo bem-estar espiritual de um grupo de crentes”.

A pessoa com esse dom é capacitada a cuidar e a dar instrução espiritual à igreja.

Apascentai o rebanho de DEUS, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente;
nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto. (1 Pedro 5:2)

Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes
a igreja de DEUS, que ele resgatou com seu próprio sangue. (Atos 20:28)

• Dom de evangelista

“É a capacidade que DEUS dá a certos membros do corpo para entenderem e compartilharem do evangelho
com os incrédulos, de tal modo que homens e mulheres se tornem discípulos de JESUS”.

O evangelista tem a facilidade de apresentar o evangelho com clareza, sentindo responsabilidade pelos não
salvos.

E Filipe se achou em Azoto e, indo passando, anunciava o evangelho em todas as cidades, até que chegou a
Cesaréia. (Atos 8:40)

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Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério. (2 Timóteo
4:5)

E no dia seguinte, partindo dali Paulo, e nós que com ele estávamos, chegamos a Cesaréia; e, entrando em casa
de Filipe, o evangelista, que era um dos sete, ficamos com ele. (Atos 21:8)

• Dom do serviço e do socorro.

“É a capacidade que DEUS dá a certos membros do corpo para ajudar os outros a fazer a obra de DEUS, dan-
do assistência prática aos membros da igreja”.

Ora, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos gregos contra os hebreus,
porque as suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano. (Atos 6:1)

• Dom de intercessão.

“É a capacidade que DEUS dá a certos membros do corpo de orar por extensos períodos de tempo, recebendo
respostas freqüentes e específicas para as suas orações, em um grau muito maior do que aquilo que se espera
do crente comum”.

Meus filhos, por quem, de novo, sofro as dores de parto, até ser CRISTO formado em vós. (Gálatas 4:19)

Havia uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser, avançada em dias, que vivera com seu
marido sete anos desde que se casara 37e que era viúva de oitenta e quatro anos. Esta não deixava o templo, mas
adorava noite e dia em jejuns e orações. (Lucas 2:36 e 37)

Passar muito tempo em oração, de forma regular, está acima da possibilidade da maioria dos cristãos que não
possuem esse dom. Porém para aqueles que receberam o dom da intercessão, passar tantas horas em oração
regularmente é uma das coisas mais agradáveis que existem. Na oração há um grande poder que gera o cresci-
mento da igreja.

Pudemos observar que existem diversos dons espirituais que DEUS pode e quer derramar sobre a vida de cada
cristão. Para isso Ele conta com um compromisso verdadeiro de nossa parte. Com toda a certeza, um ou mais
dons foram criados para a nossa vida. Não podemos confundir os dons espirituais com os papéis de todo cris-
tão. Obviamente a maioria dos dons descreve atividades que são esperadas de todo cristão. Por exemplo, a fé é
um requisito básico para se tornar um seguidor de CRISTO, entretanto DEUS concede a algumas pessoas um
dom especial de fé (uma forma de multiplicar a fé existente). Um outro exemplo é a oração, que é uma respon-
sabilidade de todo cristão e que ninguém precisa do dom da intercessão para falar com DEUS. Outro exemplo:
nem todos receberam o dom de evangelismo, mas DEUS espera que todos os crentes preguem o evangelho a
toda criatura. Mais um exemplo é com relação ao dom de libertação, já que DEUS deu autoridade a todo crente
em JESUS de expulsar demônios, porém para alguns, DEUS provê uma capacidade especial para atuarem nessa
área em benefício da igreja.

Alguns dons são vinculados a outro, isto é, caminham juntos e se complementam para o crescimento da igreja.
Observamos isso entre os dons de pastor e ensino, entre os dons de discernimento de espíritos e libertação,
entre os dons de cura e fé, entre os dons de falar em línguas e interpretar línguas, etc. É por essa razão que
normalmente o cristão possui mais de um dom espiritual.
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Os dons do Espírito Santo refletem o poder de DEUS na vida do cristão, por isso busque com prudência os
melhores dons para a sua vida e seja um instrumento de força e de poder nas mãos de DEUS.

Questões relacionadas ao estudo.

60) Com suas palavras, o que é um dom espiritual e para o que ele é útil?
61) Por que é importante que você conheça os dons que DEUS te deu?
62) Quais são as diferenças entre os dons do Espírito e o Fruto do Espírito?
63) Cite e comente quais são as condições que facilitam o cristão a descobrir seus dons espirituais.
64) Quais são os passos a seguir para buscar um dom?
65) Quais os dons que você já possui e quais os dons que gostaria de receber?

Aula prática.

Nessa semana, procure com zelo os melhores dons para o propósito de sua vida. Observe aquilo que o seu co-
ração sente vontade de fazer na obra de DEUS. Conheça o funcionamento do corpo de CRISTO, conversando
com líderes dos ministérios, tirando as dúvidas, falando sobre os dons latentes desse ministério, etc. E se o seu
coração arder por algum ministério, aliste-se!!!!!

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