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HABILIDADES MÉDICAS 1: EXAME FÍSICO GERAL

Monitores: Eduardo Oliveira, Erielly Feitoza e Ricardo Jansen

2019
CONCEITOS INICIAIS:

• Sinal: elemento objetivo, que pode ser constatado, visto ou medido. Ex.: Edema.
• Sintoma: elemento subjetivo, que depende do relato do paciente. Ex.: Dor.
• Síndrome: conjunto de sinais e/ou sintomas que definem uma condição.
• Decúbito dorsal: dorso para baixo.
• Decúbito ventral: abdome para baixo.
• Decúbito lateral direito: paciente de lado com o braço direito para baixo.
• Decúbito lateral esquerdo: paciente de lado com o braço esquerdo para baixo.
• Posição ortostática: em pé.
• Posição sentada: sentado.

BIOSSEGURANÇA PARA A REALIZAÇÃO DO EXAME FÍSICO:

• As mãos devem ser lavadas antes e após o exame físico.


• O uso de luvas é estimulado para o exame da maioria dos pacientes e obrigatório quando o paciente apresentar lesões
cutâneas assim como no exame da cavidade bucal.
• Uso de jaleco.
• Outros EPI: máscara, gorro, propés, avental e óculos de proteção quando houver a possibilidade de contato com líquidos
corporais (sangue e secreções).
• Todos os profissionais de saúde que têm contato direto com pacientes devem se vacinar para prevenir hepatite B e
influenza A (H1N1).

TÉCNICAS BÁSICAS DO EXAME FÍSICO: Para se obter os dados do exame físico, é preciso utilizar os sentidos (visão, olfato, tato e
audição) e habilidades necessárias: inspeção, palpação, percussão e ausculta.

INSPEÇÃO:

• Exploração visual da superfície corporal e cavidades acessíveis.


• Inspeção geral: no momento em que se entra em contato com o paciente.
• Inspeção direcionada: Exige uma boa iluminação (de preferência luz natural refletindo obliquamente sobre a região a ser
inspecionada) e uso ocasional de instrumentos (lupa, lanterna, otoscópio, oftalmoscópio e outros).

Semiotécnica:

• Iluminação adequada: luz obliqua, branca e intensidade suficiente. Em cavidades, usa-se foco luminoso como lanternas.
• A inspeção é realizada por partes, desnudando-se somente a região examinada.
• Conhecimento das características da superfície corporal.
• Observação frente a frente e tangencial.
• Melhor posição do examinador em relação ao paciente, preferencialmente se aproximando pelo lado direito.
• A inspeção começa na anamnese.
PALPAÇÃO:

• Recolhe dados por meio do tato (impressão superficial) e pressão (impressão profunda).
• Procura-se modificação de textura, temperatura, umidade, espessura, consistência, sensibilidade, volume, dureza,
frêmito (vibração), elasticidade, reconhecimento de flutuação, crepitações, pulsação e edema.

Semiotécnica:

• Antes de ter contato com o corpo do paciente, aqueça as mãos, friccionando-as uma contra a outra.

Figura 1. Palpação com mão espalmada: toda Figura 2. Palpação com uma das mãos Figura 3. Palpação com mão espalmada: toda
a palma de uma ou ambas as mãos. sobrepondo-se à outra. a palma de ambas as mãos.

Figura 3. Palpação com mão espalmada, Figura 5. Palpação usando-se o polegar e o Figura 6. Palpação com o dorso dos dedos:
usando-se apenas as polpas digitais e ventre indicador: pinça. avaliar temperatura.
dos dedos.

Figura 7. Digitopressão: utiliza a polpa do Figura 8. Puntipressão: comprime com um Figura 9. Vitropressão: usa uma lâmina de vidro
polegar ou indicador, comprimindo-se uma objetivo pontiagudo um ponto do corpo e para comprimir a pele e avalia a partir da própria
área para pesquisar dor, circulação cutânea e avaliar sensibilidade dolorosa. lâmina. Ex.: Diferenciar eritema de púrpura (o
edema. eritema desaparece com a vitropressão, enquanto
que a púrpura não).
PERCUSSÃO: Ao se golpear um ponto do corpo, originam-se vibrações que têm características de intensidade, timbre e tonalidade
a depender da estrutura anatômica percutida.

• O golpe deve ser seco e rápido.


• Golpeia-se duas vezes seguidas.
• O movimento da mão se faz apenas com a articulação do punho, enquanto que o cotovelo permanece fixo, fletido e em
90º.
• O dedo que golpeia se chama plexor, e o que recebe o golpe é o plexímetro.
• O golpe deve ser dado com a borda ungueal do dedo e não com a polpa do dedo.
• Todos os dedos, exceto o dedo médio fica estendidos sem nenhum esforço.
• Não tenha unhas longas.
• Em órgãos simétricos, é interessante a percussão comparada.

Percussão direta: golpeia-se a região alvo Percussão digitodigital: golpeia-se a borda Punho-percussão: Mantém a mão
com a ponta do dedo. ungueal do dedo médio ou do indicador da mão fechada e golpeia-se com a borda
direita a superfície dorsal da segunda falange do cubital, averiguando-se se há sensação
dedo médio ou indicador da outra mão. dolorosa.

SONS:

• Som maciço: órgãos desprovidos


de ar (fígado e coração).
• Som submaciço: variação do som
maciço e presença de ar em cavidades
restritas lhe confere tal característica
(baço).
• Som pulmonar: som do tórax
normal, pois depende da presença de
ar dentro dos alvéolos e estruturas
pulmonares.
• Som timpânico: som percutido
sobre os intestinos e espaço de Traube
Percussão com a borda da mão: os dedos Percussão de piparote: com uma das mãos o (fundo do estômago) ou qualquer área
ficam estendidos e unidos, golpeando-se a examinador golpeia o abdome com piparotes, que contenha ar recoberto por uma
região desejada com a borda ulnar enquanto que a outra, espalmada na região
membrana flexível.
procurando observar se a manobra contralateral procura captar ondas líquidas
provoca sensação dolorosa. chocando-se contra a parede abdominal. Essa
manobra é usada na pesquisa de ascite.
AUSCULTA: Consiste em ouvir sons produzidos pelo corpo.

COMPONENTES DO ESTETOSCÓPIO:

SEMIOTÉCNICA:

• Ambiente de ausculta: ambiente silencioso.


• Posição do paciente: decúbito dorsal ou posição sentada com tórax ligeiramente inclinado para a frente.
• Dê instruções adequadas ao paciente.
• Escolha corretamente o receptor.
• Aplicação correta do receptor: deve-se apoiar o receptor levemente sobre a pele, procurando coalescer suas bordas na
área a ser auscultada a fim de impedir a captação de ruídos do ambiente.
SINAIS VITAIS: são indicadores do estado de saúde, através de dados basais, capazes de evidenciar a eficácia das funções
circulatórias, respiratórias, neurais e endócrinas. A avaliação fornece dados para diagnósticos, intervenções e assistências, pois
uma alteração em seus valores aceitáveis evidencia uma mudança na função fisiológica, necessitando de intervenção médica
adequada.

1. Temperatura.
2. Pulso.
3. Pressão arterial (PA).
4. Frequência respiratória e saturação de O2.
5. Dor.

DIRETRIZES:

• Profissional capacitado com a técnica de aferição.


• Equipamento adequado.
• Conhecer a variação usual do paciente para haver comparação.
• Controlar ou minimizar fatores ambientais que afetem a aferição dos sinais vitais.

QUANDO AFERIR OS SINAIS VITAIS?

• Admissão em instituições de saúde.


• Avaliação domiciliar.
• Rotina hospitalar.
• Antes e após um procedimento cirúrgico ou diagnóstico invasivo.
• Antes, durante e após uma transfusão de sangue.
• Quando o paciente informa sintomas específicos que necessitem da aferição.

TEMPERATURA CORPORAL: afebril ou febril.

A temperatura superficial do corpo varia dependendo da circulação sanguínea na pele e da quantidade de calor perdida para o
ambiente.

• A temperatura aceitável varia de 36 a 38ºC (37ºC).


• Locais de medição da temperatura: oral, retal, axilar, membrana timpânica, artéria temporal, esofágica, artéria pulmonar
e bexiga urinária.
• A temperatura é regulada pelo hipotálamo, que realiza a termorregulação corporal.
• A produção de calor está associada ao metabolismo.
• Perda de calor: transferência de calor de uma superfície para outra:
▪ Condução: transferência através do contato.
▪ Convecção: transferência pela circulação de ar.
▪ Evaporação: transferência pela transformação de um líquido em gás.
▪ Diaforese: produção de suor para a perda de calor através da evaporação.
• Fatores que afetam a temperatura corporal:
▪ Idade.
▪ Exercício.
▪ Nível hormonal.
▪ Ritmo circadiano.
▪ Estresse.
▪ Ambiente.
▪ Alterações de temperatura.

FEBRE OU PIREXIA: Incapacidade de os mecanismos de perda de calor acompanhar o ritmo de uma produção excessiva de calor.

• Não é perigosa abaixo de 39ºC.


• Sinal físico e sintomas de infecção.
A febre resulta de uma desregulação do ponto de ajuste do hipotálamo. Agentes pirógenos, como bactérias, vírus e interleucinas
(sistema imune), desencadeiam a febre.

• Sintomas: calafrios, tremores e frio.


• É um mecanismo de defesa, intensificando o sistema imune (produção de leucóticos).

PADRÕES DE FEBRE:

• Hipertemia: temperatura corporal elevada aliada à incapacidade do organismo promover perda de calor. É resultado da
sobrecarga dos mecanismo de termorregulação.
• Hipertemia maligna: condição hereditária em que ocorre excessiva produção de calor quando o paciente recebe
anestesia.
• Insolação: exposição prolongada ao sol deprime a função do hipotálamo.
• Exaustão térmica: diaforese abundante resulta em perda excessiva de líquido e eletrólitos.
• Hipotermia: perda de calor prolongada durante a exposição ao frio, diminuindo a capacidade de produção de calor.

PADRÃO EVOLUTIVO DA FEBRE:

• Febre contínua: (aquela que é persistente e que tem variação pequena – de até 1°C), característica de infecções graves,
como pneumonia.
• Febre com recaída, ondulante ou recorrente: padrão em que se passa o mesmo tempo em dias com febre seguido do
mesmo tempo em apirexia (sem febre). (Exemplo: 3 dias de febre e 3 dias sem febre). Febre de Pel-Ebstein no linfoma
Hodgkin.
• Febre remitente: (febre com variação maior do que 1ºC, mas a temperatura está sempre elevada), como acontece na
febre tifoide.
• Febre intermitente: (febre que passa por períodos de temperatura anormal e normal durante o dia), como na tuberculose
e na malária, por exemplo.

TERMÔMETROS:

• Eletrônico.
▪ Sonda azul: oral ou axilar.
▪ Sonda vermelha: retal.
• Descartável.
• Mercúrio (pouco usado).
• Termômetro para aferição timpânica.

PROCEDIMENTO:

• Higienização das mãos.


• Desinfecção do equipamento.
• Explicar o procedimento ao paciente.
• Verificar se a coluna de mercúrio está abaixo de 35ºC, em caso negativo, agitar vigorosamente o termômetro para que a
coluna de mercúrio desça.
• Colocar o termômetro na região axilar com o bulbo em contato direto na pele do paciente (comprimir o braço e colocá-
lo sobre o tórax);
• Retirar o termômetro após 3 minutos e realizar a leitura;
• Agitar o termômetro para que a coluna de mercúrio desça novamente (35ºC );
• Realizar a desinfecção do termômetro friccionando-o 3 vezes com algodão umedecido em álcool a 70%;
• Recolher o material;
PULSO: É a verificação dos batimentos cardíacos do paciente de forma manual, em um minuto; sendo um indicador do estado
circulatório.

A sístole cria um pulso nos vasos responsável pela sua distensão. O pulso, portanto, é uma delimitação palpável da corrente
sanguínea periférica

Necessidade da verificação do pulso periférico:

• Em atendimento à prescrição médica;


• Em atendimento à prescrição de enfermagem;
• Em suspeita de alteração do ritmo cardíaco basal do paciente.

Locais de avaliação do pulso:

• Temporal.
• Carótida.
• Braquial.
• Radial.
• Ulnar.
• Femoral.
• Poplíteo.
• Tibial posterior.
• Dorsal do pé.

PROCEDIMENTO:

• Higienização das mãos.


• Explicar o procedimento ao paciente ou acompanhante.
• Palpar a artéria escolhida.

Avalia-se:

• Rigidez.
• Amplitude.
• Força.
• Ritmo.
• Frequência: normocardia, taquicardia ou bradicardia.

FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA E SATURAÇÃO DE OXIGÊNIO: É a mensuração do número de incursões respiratórias em um minuto


(irpm).

• Ventilação: circulação de gases para dentro e para fora dos pulmões.


• Difusão: movimento de gás entre alvéolos e vasos.
• Perfusão: distribuição das hemácias para os capilares.
REFERÊNCIA:

• Eupneico: 12 a 20 irpm.
• Bradipneico: <12 irpm.
• Taquipneico: >12irpm.
• Apneia: respiração cessa por alguns segundos.
• Hiperventilação: FR e profundidade aumenta.
• Hipoventilação: FR e profundidade diminuem.
• Respiração de Kussmaul: respiração anormalmente
profunda, regular e de alta frequência.
• Respiração de Cheyne-Stokes: FR e profundidade são
irregulares, variando entre períodos de apneia e
hipoventilação.
▪ Começa com respiração lenta e superficial que aumenta a FR e profundidade anormais. Depois se reverte e
chega ao clímax com apneia.

PRESSÃO ARTERIAL: É a medida da pressão exercida pelo sangue nas paredes das artérias quando o sangue é ejetado na corrente
sanguínea pelo ventrículo esquerdo.

• A PA é estabelecida pelo débito cardíaco, dependendo de valores como resistência periférica, volume sanguíneo,
viscosidade e elasticidade.
• Fatores que influenciam: sexo, idade, variação diária e etnia.
• Diagnóstico de hipertensão: Duas leituras em duas aferições subsequentes que está entre 80 e 90mmHg (diastólicas) e
100 e 120mmHg (sistólica).
▪ Perda de espessura e elasticidade da parede das artérias.

SONS DE KOROTKOV: Os sons de Korotkov ou sons de Korotkoff são os sons ouvidos durante a aferição da pressão arterial através
de meios não-invasivos. O nome refere-se a Nikolai Korotkov, médico Russo que os descreveu, em 1905, quando exercia na
Academia Médica Imperial de São Petersburgo.

MENSURAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL:

• O ponto mais alto da pressão nas artérias é chamado de pressão sistólica. O ponto mais baixo, ou a pressão que está
sempre presente sobre as paredes arteriais, é chamada de pressão diastólica.
• O instrumento utilizado para medir a pressão arterial é o esfigmomanômetro, e os tipos mais usados são os de coluna de
mercúrio e o ponteiro (aneróide), possuindo ambos um manguito inflável que é colocada em torno do braço do paciente.
• Estetoscópio é o instrumento que amplifica os sons e os transmite até os ouvidos do operador.
• A série de sons que o operador ouve, ao verificar a pressão sanguínea, são chamados de sons de Korotkoff.
• O primeiro som claro, quando o sangue flui através da artéria comprimida, é a pressão sistólica. A pressão diastólica
ocorre no ponto em que o som muda ou desaparece.
PROCEDIMENTO NO APARELHO MANUAL (TÉCNICA AUSCULTATÓRIA):

Assegurar que o paciente NÃO:

• Está com a bexiga cheia;


• Praticou exercícios físicos nos últimos 60 minutos;
• Ingeriu bebidas alcoólicas;
• Fumou ou usou cafeína nos últimos 60 minutos;
• Está com alguma emoção forte, dor ou estresse;
• Utilizou medicamentos estimulantes adrenérgicos.

1. Paciente em repouso por 5 minutos e sentado antes de iniciar a medida.


2. Durante o procedimento, paciente e observador devem se manter em silêncio.
3. Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima da fossa cubital, que deve estar na altura do coração.
4. Centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria braquial;
5. Determinar o nível máximo de insuflação palpando o pulso radial até seu desaparecimento, registrando o valor (pressão
sistólica palpada).
6. Desinsuflar rapidamente o manguito e esperar de 15 a 30 segundos antes de insuflá-lo de novo;
7. Posicionar o estetoscópio sobre a artéria braquial palpada abaixo do manguito na fossa antecubital. Deve ser aplicado
com leve pressão assegurando o contato com a pele em todos os pontos. As olivas devem estar voltadas para frente;
8. Fechar a válvula da pera e insuflar o manguito rapidamente até 30 mmHg acima da pressão sistólica palpada registrada;
9. Desinsuflar o manguito de modo que a pressão caia de 2 a 3 mmHg por segundo;
10. Identificar a Pressão Sistólica (máxima) em mmHg, observando no manômetro o ponto correspondente ao primeiro
batimento regular audível (sons de Korotkoff);
11. Identificar a Pressão Diastólica (mínima) em mmHg, observando no manômetro o ponto correspondente ao último
batimento regular audível. Desinsuflar totalmente o aparelho com atenção voltada ao completo desaparecimento dos
batimentos;
12. Esperar de 1 a 2 minutos para permitir a liberação do sangue. Repetir a medida no outro braço, anotando os valores
observados;
13. Registrar a posição do paciente, o tamanho do manguito, o braço usado para a medida e os menores valores de pressão
arterial Sistólica e Diastólica encontrados em mmHg.
14. Retirar o aparelho do braço e guardá-lo cuidadosamente a fim de evitar danos.
MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS: A antropometria estuda as medidas de tamanho e proporções do corpo humano. As medidas
antropométricas tais como peso, altura, circunferência de cintura e circunferência de quadril são utilizadas para o diagnóstico do
estado nutricional (desnutrição, excesso de peso e obesidade) e avaliação dos riscos para algumas doenças (diabetes mellitus,
doenças do coração e hipertensão) em crianças, adultos, gestantes e idosos.

ALTURA:

Equipamento: estadiômetro portátil.

Antes da aferição:

1. Retire os sapatos.
2. Retire "roupas pesadas" (casacos, jaquetas, blusas grossas).
3. Remova enfeites e prendedores de cabelo (fivelas, tiaras, lenços, presilhas, laço, faixa, etc).
4. Desfaça qualquer tipo de penteado (rabo-de-cavalo, coque, trança etc).
5. O indivíduo deve ficar em pé com as pernas e pés paralelos, peso distribuído em ambos os pés, braços relaxados ao lado
do corpo e palmas das mãos voltadas para o corpo.
6. Encostar calcanhar, panturrilhas, nádegas, costas e a parte posterior do estadiômetro.
7. Posicionar a cabeça do indivíduo no plano de Frankfurt (alinhar horizontalmente a borda inferior da abertura do orbital
com a margem superior do condutor auditivo externo).
8. Deslizar o cursor delicadamente, fixando-o contra a cabeça do examinado, com pressão suficiente para comprimir o
cabelo, caso necessário.
9. Realizar a leitura e registrar a medida.

PESO CORPORAL:

• Equipamento: Balança portátil ou digital.

1. Antes de iniciar, verifique se a balança se


encontra travada.
2. A entrevistada deve estar vestindo roupas
leves, descalça, com os bolsos vazios e sem
acessórios.
3. Solicite que a entrevistada suba na balança,
com os dois pés apoiados na plataforma e o
peso distribuído em ambos os pés.
4. Pergunte o peso aproximado do paciente a
fim de preparações para a medição.
5. A entrevistada não deve estar olhando para o
visor da balança, e sim para a linha do
horizonte.
6. O usuário deverá manter o corpo ereto e a
cabeça erguida, com o peso igualmente
distribuído nos dois pés e com os braços
estendidos ao longo do corpo. Se a balança
em uso for eletrônica, o peso aparecerá
imediatamente no visor.
7. Se for balança mecânica, destrave-a e mova
os cursores sobre a escala numérica (primeiro
o maior para o quilo e depois o menor para o
de grama), até que a agulha do braço e o fiel
estejam nivelados.
8. Travar novamente a balança, proceder a
leitura, sempre de frente para o equipamento
e registre no prontuário ou cartão da criança.
Considere o peso com uma casa decimal.
9. Solicite que a entrevistada desça da balança.
ÍNDICE DE MASSA CORPORAL: Através das medidas de peso e de altura, pode-se realizar o cálculo do IMC através da seguinte
equação:

CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL: é medida no ponto médio entre o rebordo costal inferior e a crista ilíaca ântero-superior. Sua
medida está altamente associada ao risco cardiovascular, sendo considerado como normalidade valores menores que 94 cm para
homens e 80 cm para mulheres.

• A entrevistada deverá estar em pé, descalça, com a blusa levantada, os braços flexionados e cruzados a frente do tórax,
pés afastados, abdômen relaxado e respirando normalmente.
• A medida deve ser realizada no lado direito.
• Localize a linha axilar média: Se posicione a frente da entrevistada e leve as mãos atrás de suas costas formando um
círculo, traga lentamente as mãos para frente ao mesmo tempo e quando você puder visualizar os dedos por inteiro será
neste ponto que você marcará a linha axilar média.
• Solicite que a entrevistada inspire profundamente e segure a respiração por alguns instantes.
• Apalpe até localizar a 10ª costela, que é a última costela fixa, peça para a entrevistada soltar a respiração e faça um risco
com a caneta.
• Projete a marcação da décima costela na linha axilar média.
• Localize a crista ilíaca, que é a parte mais alta do osso ilíaco, e marque o ponto com a caneta.
• Posicionar a parte inicial da fita de ponto médio na projeção da décima costela e a parte final na marcação da crista ilíaca.
• Ajustar a fita até que o mesmo número que estiver na marca da décima costela apareça na marca da crista ilíaca.
• Passe a fita ao redor do corpo da entrevistada pelo passador, na altura do ponto médio, ajuste-a e verifique se a fita está
paralela ao solo.

CIRCUNFERÊNCIA DO QUADRIL:

• Instrumento: Fita métrica com precisão de 0,1 mm.


• Referência anatômica: maior proporção da região glútea (nádegas).
• Posição do avaliado: Em pé, coluna ereta, coxas unidas, braços ao longo do corpo. Posição do avaliador: ao lado direito
do avaliado.
• Procedimento: Faz-se a mensuração no maior perímetro do quadril, levando em consideração a porção mais volumosa
das nádegas, que é localizada observando-se lateralmente a pelve.
RELAÇÃO CINTURA-QUADRIL:
DESCRIÇÃO DO EXAME FÍSICO GERAL NORMAL:

Sinais Vitais e medidas antropométricas: Pressão Arterial (PA) / Frequência Cardíaca (FC) / Frequência Respiratória (FR) /
Temperatura Axilar / Peso / Altura / Índice de Massa Corporal (IMC) / Circunferência Abdominal.

Paciente BEG, lúcido e orientado no tempo e espaço, eupneico, acianótico, anictérico, hidratado e afebril; fácie atípica; ativo e
colaborativo; marcha normal; biotipo normolíneo; mucosas normocoradas e úmidas; pele de turgor e elasticidade conservadas
com coloração, textura e umidade cutânea normais; ausência de lesões elementares de pele; pelos em quantidade e distribuição
compatíveis com idade e sexo; unha de forma, brilho, cor e superfícies normais; panículo adiposo de espessura normal e
distribuição compatível com sexo; ausência de edema subcutâneo; linfonodos superficiais não palpáveis; musculatura
normotrófica; extremidades com coloração, temperatura e perfusão preservadas; ausência de dilatação superficial nas veias.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

PORTO, Celmo Celeno. Semiologia médica. In: Semiologia médica. Guanabara Koogan, 2001.

POTTER, Patricia. Fundamentos de enfermagem. Elsevier Brasil, 2014.

BICKLEY, LynnS.; SZILAGYI, Peter G. Bates: Propedêutica médica. 8.ed. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2005.

CORREA FILHO, Harry. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia: Pocket Book 2011 – 2013. 5a ed. Disponível em:
<http://publicacoes.cardiol.br/consenso/pocketbook/2011-2013/14.pdf>.

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