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Rio Paranaíba
2012
1 Introdução ..................................................................................................................................................................................... 2
1.1 Região de São Luís – Maranhão ........................................................................................................................................... 2
1.1.1 Dados gerais sobre a cidade de São Luís ..................................................................................................................... 2
1.1.2 Clima ........................................................................................................................................................................ 2
1.1.3 Solo .......................................................................................................................................................................... 3
2 Sistema de produção de cenoura em São Luís – Maranhão ............................................................................................................... 3
2.1 Considerações iniciais.......................................................................................................................................................... 3
2.2 A cultura da cenoura ............................................................................................................................................................ 3
2.2.1 Relação clima e cultura .............................................................................................................................................. 5
2.2.2 Escolha da cultivar .................................................................................................................................................... 5
2.3 Correção e fertilidade do solo ............................................................................................................................................... 6
2.3.1 Calagem.................................................................................................................................................................... 6
2.3.2 Adubação de plantio .................................................................................................................................................. 7
2.3.3 Adubação de cobertura .............................................................................................................................................. 9
2.4 Semeadura .......................................................................................................................................................................... 9
2.5 Tratos culturais: desbaste ..................................................................................................................................................... 9
2.6 Fitopatologias .................................................................................................................................................................... 10
2.7 Pragas ............................................................................................................................................................................... 11
2.8 Plantas daninhas ................................................................................................................................................................ 12
2.9 Operações mecanizadas ..................................................................................................................................................... 13
2.10 Irrigação............................................................................................................................................................................ 14
2.11 Colheita, beneficiamento e comercialização ........................................................................................................................ 15
2.12 Custo de produção ............................................................................................................................................................. 15
2.13 Programação da cultura e rotações ...................................................................................................................................... 17
3 A cultura da soja .......................................................................................................................................................................... 17
3.1 Ciclo fenológico ................................................................................................................................................................ 17
3.1.1 Escolha da cultivar............................................................................................................................................................. 17
3.1.2 Relação clima-cultura ........................................................................................................................................................ 18
3.3 Correção e fertilidade do solo ............................................................................................................................................. 19
3.3.1 Adubação de plantio .......................................................................................................................................................... 19
3.4 Semeadura ........................................................................................................................................................................ 19
3.5 Fitopatologias .................................................................................................................................................................... 20
3.6 Pragas .................................................................................................................................................................................. 20
3.7 Plantas daninhas ................................................................................................................................................................ 21
4.9 Operações mecanizadas ..................................................................................................................................................... 21
3.9 Custo de produção ............................................................................................................................................................. 22
4 A cultura do milho ....................................................................................................................................................................... 23
4.1 Ciclo fenológico ................................................................................................................................................................ 23
4.2 Escolha da cultivar............................................................................................................................................................. 24
4.3 Relação clima-cultura ........................................................................................................................................................ 25
4.4 Adubação e fertilidade do solo ........................................................................................................................................... 25
4.5 Semeadura ........................................................................................................................................................................ 27
4.6 Fitopatologias .................................................................................................................................................................... 27
4.7 Pragas ............................................................................................................................................................................... 28
4.8 Plantas daninhas ................................................................................................................................................................ 29
4.9 Operações mecanizadas ..................................................................................................................................................... 29
4.10 Custo de produção ............................................................................................................................................................. 30
Referências bibliográficas..................................................................................................................................................................................31
1 Introdução
Ainda segundo o IBGE (2010) possui o 12º maior parque industrial entre as 27
capitais do Brasil. Seu PIB distribui nas seguintes atividades: agropecuária (R$19.986
milhões), indústria (R$2.661.428 milhões) e serviços (R$10.141.315 milhões).
1.1.2 Clima
O clima de São Luís é tropical, quente e úmido devido à cidade estar localizada
próxima à Zona de Convergência Intertropical. A temperatura mínima na maior parte do ano
fica entre 20 e 23°C e a máxima geralmente fica entre 29 e 32°C. Apresenta duas estações
distintas: a estação seca, de agosto a dezembro, e a estação chuvosa, de janeiro a julho. A
média pluviométrica é de 2325 mm (CPTEC). A menor temperatura já registrada na cidade
foi de 16°C no mês de maio, e a temperatura máxima já registrada foi de 35°C no mês de
novembro.
Num ETP
T P N P-ETP NEG- ARM ALT ETR DEF EXC
Meses de I a Thornthwaite
ºC mm horas mm AC mm mm mm mm mm
dias 1948
Jan 30 26 256 12,1 12,2 3,7 128,72 127,3 0 100 99,67 128,7 0 27,6
Fev 28 26 382 12,1 11,9 3,7 113,2 268,8 0 100 0 113,2 0 268,8
2
Mar 31 26 422 12,1 12 3,7 126,52 295,5 0 100 0 126,5 0 295,5
Abr 30 26 473 12 12 3,7 121,7 351,3 0 100 0 121,7 0 351,3
Mai 31 26 320 11,9 12,1 3,7 126,85 193,2 0 100 0 126,8 0 193,2
Jun 30 26 170 11,9 12,1 3,7 122,26 47,7 0 100 0 122,3 0 47,7
Jul 31 26 138 11,9 11,9 3,7 122,71 15,3 0 100 0 122,7 0 15,3
Ago 31 26 32 11,9 12,1 3,7 128,41 -96,4 -96,4 38,13 -61,9 93,9 34,5 0
Set 30 26 20 12 12,4 3,7 132,11 -112,1 -208,5 12,43 -25,7 45,7 86,4 0
Out 31 27 11 12 12,6 3,7 141,18 -130,2 -338,7 3,38 -9,05 20 121,1 0
Nov 30 27 10 12,1 12,8 3,7 145,13 -135,1 -473,8 0,88 -2,51 12,5 132,6 0
Dez 31 29 92 12,1 14,2 3,7 190,73 -98,7 -572,6 0,33 -0,55 92,5 98,2 0
TOTAIS 316 2326 144 148 44 1599,52 726,5 755 0 1126,6 472,9 1199
MÉDIAS 26 194 12 12,4 3,7 133,29 60,5 62,9 93,9 39,4 99,9
Fonte: Inmet.
1.1.3 Solo
Adotou-se mo referência o trabalho de AGUIAR JÚNIOR et. al. (2011), sendo o solo
do local classificado como sendo um Argissolo Vermelho Amarelo Distrófico (Embrapa,
2006), apresentando como principal característica a saturação por bases menor que 50% na
maior parte dos primeiros 100 cm do horizonte B (inclusive BA).
3
Estádio incial: O estádio inicial compreende o período que vai da semeadura até o
estabelecimento inicial das plantas (cerca de 5 dias após o desbaste), apresentando duração de
30 a 35 dias. A baixa taxa de germinação de sementes no campo é um problema comum entre
as cultivares de cenoura. Dentre os fatores abióticos que podem afetar a germinação, a
umidade do solo é provavelmente o mais importante.
4
2.2.1 Relação clima e cultura
Quanto à preferência do consumidor brasileiro, pode-se afirmar que este prefere raízes
de cenoura cilíndricas, lisas, sem raízes laterais ou secundárias, uniformes, com comprimento
e diâmetro variando respectivamente entre 15 a 20 cm e 3 a 4 cm (Embrapa, 2004). Além
disso, a coloração deve ser alaranjada intensa , com ausência de pigmentação verde ou roxa na
parte superior (ombro) das raízes.
Quanto à época de plantio, de acordo com AGUIAR JÚNIOR et. al. (2011), a cultivar
Brasília apresentou os melhores atributos comerciais e a maior produtividade em relação às
outras cultivares pesquisadas em seu trabalho em São Luís, que foram Esplanada e Alvorada.
Dessa forma, a cultivar escolhida foi a Brasília.
Segundo Embrapa (2004), as plantas dessa cultivar têm porte médio de 25 a 35 cm,
com folhagem vigorosa e coloração verde escura; as raízes são cilíndricas, com coloração
alaranjada clara e baixa incidência de ombro verde ou roxo; o comprimento varia de 15 a 22
cm e o diâmetro de 3 a 4 cm; tem alta resistência de campo à queima-das-folhas, produzindo
em média 30-35 t/ha nas condições de verão; é resistente ao calor, apresentando baixos níveis
5
de florescimento prematuro sob condições de dias longo. Essa característica, especialmente,
favorece sua escolha no caso desse plantio, já que São Luís apresenta temperatura média
acima dos 26°C e fotoperíodo médio anual de 12 horas.
2.3.1 Calagem
O manejo adequado de solos ácidos está relacionado com a quantidade de corretivo a
ser aplicado. A quantidade de corretivo necessário para diminuir a porcentagem de saturação
de alumínio ou aumento da saturação de bases para um nível satisfatório para as culturas
crescerem é o principal fator, entre outros, para o sucesso da calagem, proporcionando ao
agricultor os retornos econômicos esperados em sua execução (Volkweiss, 1984).
6
NC= 3,9 t/ha
E com a necessidade de calcário aplica-se a fórmula abaixo para obtenção da
quantidade de calcário a ser aplicada na área:
ଶ ଵ ଵ
QC= 3,9 * * *
ଶ ଽ ଵ
A calagem será feita com calcário magnesiano (39% CaO e 6% MgO), com isso o pH
do solo atingirá o recomendado para a cultura que é entre 6,0 e 6,5.
ଵ
∆pH= (-0,0234647 + 1,49415. )* NC
ୌା୪
ଵ
∆pH= (-0,0234647 + 1,49415.ଷ,ସ )* 3,9
∆pH= 1,59
pH Após a calagem 4,5 + 1,59 = 6,1
7
6 L/m² é equivalente a 30 ton/ha), ressaltando-se que trabalhos como esse geralmente são
feitos em áreas pequenas e com adubações maiores, o que torna inviável a aplicação prática
dessas doses em plantios comerciais. Assim, adotou-se para o plantio a adubação de 20 ton/ha
de cama de frango, sendo menor que a de Aguiar Jínior et. al. (2011), o dobro da
recomendada por Filgueira (2008) e maior que a recomendada pela 5ª Aproximação,
considerando-se também que, de acordo com esse mesmo livro, o teor de matéria orgânica do
solo está baixo (necessitando de dose mais alta) e que o solo em questão é argiloso
(necessitando de uma dose menor em comparação com outros solos). A distribuição é feita a
lanço e incorporada pela gradagem semanas antes da semeadura direta. A aplicação próximo à
semeadura afeta a germinação e emergência, originando cenouras defeituosas (Filgueira,
2008).
A adubação mineral total para a cultura deve ser parcelada, sendo parte aplicada no
plantio e o restante em 2 coberturas. Assim, de acordo com a 5ª Aproximação, para a
semeadura será aplicado 30 % da dose de N (=36 kg/ha ou 80 kg/ha de uréia), todo o P (=400
kg/ha de P2O5 ou 909,1 kg/ha de superfosfato triplo) e 40% do K (=96 kg/ha de K2O ou
165,52 kg/ha de cloreto de potássio). Além disso, a cultura é exigente em Boro (B) (Filgueira,
2008). Dessa maneira, será aplicado 12 kg/ha de bórax (17,5% B) e 12 kg/ha de sulfato de
zinco monohidratado (35% Zn) (Embrapa, 2004).
8
2.3.3 Adubação de cobertura
A 5ª Aproximação recomenda fazer a primeira cobertura aos 20 dias, sendo o desbaste
feito aos 25-30 dias (Embrapa, 2004). Contudo, prefere-se fazer o desbaste aos 25 dias e a
primeira cobertura aos 30 dias e a segunda aos 50 dias, aplicando-se em cada uma 35% do N
(=42 kg/ha de N ou 93,3 kg/ha de uréia) e 30 % do K (=72 kg/ha de K2O ou 124,14 kg/ha de
cloreto de potássio). Mas, como já foi aplicada uma quantidade maior de matéria orgânica (20
ton/ha ao invés das 10 ton/ha recomendadas pela 5ª Aproximação), dispensa-se as adubações
de cobertura com N, isso porque, de acordo com Brasil 2007, o esterco de galinha tem 1,5%
no mínimo de N. Como será aplicado 20 ton/ha, significa que estamos distribuindo no solo
pelo menos 300 kg/ha de N. Contudo, a adubação orgânica quanto a mineral corroboram com
as recomendadas por Filgueira 2008, o qual recomenda 20 m³/ha (= 10 ton/ha) de esterco de
aviário; 20 kg/ha de N, 250-400 kg/ha de P2O5 e 100-130 kg/ha de K2O; e 3 coberturas aos
15, 30 e 50 dias, dividindo-se 60-100 kg/ha de N e 40-90 kg/ha de K2O.
2.4 Semeadura
Para o cultivo da cenoura não é requerido a produção de mudas, com a semedura
sendo feita diretamente no campo. Nesta propriedade será feita semeadura em linhas duplas
espaçadas 10 cm entre uma linha e outra e 20 cm entre linhas duplas, com profundidade de 1 a
2 cm devido as sementes possuírem pouca reserva, além das plântulas que emergem serem
tenras e delicadas. Se a semeadura for muito profunda (maior que 2,0 cm), as plântulas podem
não emergir. Se for muito superficial (menor que 1,0 cm), poderá haver falhas de germinação
devido ao secamento da camada superficial do solo ou arraste das sementes por água de
irrigação ou chuva forte. Serão gastos 3 kg de sementes/ha.
9
produtividade. Outro fato importante é que o atraso na realização do desbaste, também
implica em redução da produção, em decorrência do aumento da competição entre plantas.
2.6 Fitopatologias
Segundo Filgueira (2008), a doença mais comum é a queima das folhas. Ela é causada
pelos fungos Alternaria dauci (o fitopatógeno mais comum) e Cercospora carotae e também
pela bactéria Xanthomonas campestris pv. carotae. A necrose inicial nas folhas evolui para a
desfolha da planta, o que ocasiona redução no tamanho das cenouras. As condições
ambientais ideais para a ocorrência da doença são temperaturas e pluviosidade elevadas.
Assim, optou-se pelo plantio em época com menor pluviosidade para diminuir a incidência da
doença. Além disso, a cultivar Brasília apresenta alta resistência a doença. Contudo, como
será feito plantio em área irrigada, existe ainda a possibilidade de ocorrência da doença. Para
isso, será utilizado o controle químico com o fungicida Fungitol Azul WP (marca comercial),
sendo escolhido porque apresenta menor dano ao homem e ao ambiente (classe toxicológica
IV e classe ambiental III). A dose recomendada é 250 g/100 L de água, aplicando-se 1000 L
de calda/ha. Como serão feitas 5 aplicações, será necessária uma embalagem de 25 kg/ha.
10
(Embrapa, 2004). O plantio de Stylosanthes guyanensis, Crotalaria spectabilis ou Tagetes
erecta, por um período de 100 a 110 dias, reduz a população de nematóides e melhora as
propriedades físicas do solo. A rotação com cereais também tem sido praticada com sucesso
(Filgueira, 2008). Além da rotação, em áreas reconhecidamente infectadas, recomenda-se
fazer arações profundas em dias quentes e secos, para expor larvas e adultos à insolação. Após
essa operação a área deve ser deixada em pousio no mínimo por dois meses. É importante
destacar que não há nematicidas registrados para a cultura da cenoura. Assim, foram adotadas
para o controle de nematóides na área a aração profunda, a rotação com cereais (milho e soja)
e o pousio. Além disso, a aplicação de matéria orgânica também apresenta importância no
controle por aumentar a capacidade do solo reter água, serem os produtos da decomposição de
matéria orgânica (tais como ácidos graxos voláteis) tóxicos aos nematóides e fornecer
substrato em que agentes de controle biológico podem se multiplicar (Freitas et. al. 2001).
2.7 Pragas
A cultura da cenoura tem como principais pragas algumas lagartas como Lagarta-rosca
(Agrotis spp); Lagarta-militar (Spodoptera frugiperda) alguns pulgões como Dysaphis spp;
Cavariella aegopodii.
Uma das formas de controle das plantas daninhas pode ser feito por métodos culturais
que consiste em aração e gradagens da área, com antecedência em relação ao plantio, de modo
a favorecer a emergência das plantas daninhas e assim facilitar a sua eliminação pela capina
ou incorporação por ocasião do levantamento dos canteiros, sendo um dos controles adotados
nesta propriedade.
O outro controle que será adotado é o químico, levando em conta que a escolha do
produto (herbicida) levará em consideração as espécies de plantas daninhas infestantes do
local como também suas características. Para a determinação da dose será levado em
consideração o tipo de solo (no caso, argiloso) e o teor de matéria orgânica.
12
2.9 Operações mecanizadas
O preparo da área será feito de modo convencional, com uma aração, duas gradagens e
encanteiramento. As operações mecanizadas (com seu respectivo número) ao longo da cultura
são: 1 – subsolagem (com profundidade de 40 cm); 2 – distribuição de metade do calcário; 3 –
aração; 4 –distribuição da outra metade do calcário; 5 – gradagem com grade aradora; 6 -
distribuição da cama de frango; 7 – gradagem com grade niveladora; 8 – encanteiramento; 9 –
distribuição do fertilizante; 10 – encanteiramento; 11 – semeadura; 12 - pulverização com
herbicida; 13 – primeira cobertura; 14 – segunda cobertura; 15 – pulverização com fungicida;
16 – fresagem; 17 – pulverização com fungicida; 18 - pulverização com fungicida; 19 -
pulverização com fungicida; 20 - pulverização com fungicida; 21 – chapa (colheita).
13
Tabela 4: Máquinas utilizadas para a implantação e condução da cultura da cenoura
Máquina Marca/modelo
T1 (Trator 1) John Deere 6145 J - 145 cv
T2 (Trator 2) John Deere 5078 E – 78 cv
Subsolador Tatu 3/3 com 3 hastes
Distribuidora Kuhn MDS 19.1
Arado Kuhn Master 102 NSH - 4 corpos
Grade aradora Marchesan GA - 12 discos - 26" - peso: 1884 kg
Grade niveladora Marchesan GN - 28 discos - 22" - peso: 1445 kg
Enxada rotativa Lavrale RSFEB
Pulverizador Jacto Advance 2000 AM 18
Semeadora Jumil JM 2400 SH
Fresadora Alfagri – 1,60 m
Chapa Sem marca*
*implemento feito e adaptado para a própria propriedade.
2.10 Irrigação
Tendo em vista as informações fornecidas por Embrapa (2004), foi elaborada a
seguinte tabela:
Data Atividade
22/04/2013 Inicio da subsolagem
30/04/2013 Término da subsolagem e aplicação de metade da calagem
02/05/2013 Inicio da aração
07/05/2013 Término da aração
08/05/2013 Aplicação da outra metade da calagem
09/05/2013 Início primeira gradagem
10/05/2013 Término gradagem
27/06/2013 Aplicação da matéria orgânica
28/06/2013 Gradagem com grade niveladora
29/07/2013 Encanteiramento para o plantio 1
30/07/2013 Distribuição de fertilizantes para o plantio 1 e encanteiramento
31/07/2013 Semeadura do plantio 1 e liberação dos inimigos naturais
20/08/2013 Aplicação de herbicida
26/08/2013 Desbaste
30/08/2013 Primeira cobertura
31/08/2013 Fresagem
19/09/2013 Segunda cobertura
02/09/2013 Aplicação de Fungicida
16/09/2013 Aplicação de Fungicida
30/09/2013 Aplicação de Fungicida
07/10/2013 Aplicação de Fungicida
21/10/2013 Aplicação de Fungicida
17
04/11/2013 Início da colheita do plantio 1
08/11/2013 Término da colheita do plantio 1
02/12/2013 Início do plantio de soja
03/12/2013 Término do plantio de soja
25/03/2014 Início da colheita da soja
27/03/2014 Término da colheita da soja
28/03/2014 Início do plantio de milho
29/03/2014 Término do plantio de milho
28/07/2014 Início da colheita de milho
30/07/2014 Término da colheita de milho
Fonte: Calendário de planejamento da propriedade.
3 Cultura da Soja
A BRS 326 é uma cultivar convencional do grupo de maturidade 8.7 (ciclo precoce),
com elevado potencial produtivo. Como características importantes destacam-se a sua
18
precocidade (que possibilita inserção num sistema de sucessão de culturas soja-milho
safrinha), a sua estabilidade na altura de plantas (que possibilita o plantio em áreas de baixas
altitudes) e, por fim, uma moderada resistência ao nematóide formador de galhas
Meloidogyne javanica.
Assim foi escolhida a cultivar BRS 326 devido as suas características se enquadrarem
nos propósitos de rotação de culturas da propriedade.
19
3.3 Correção e fertilidade do solo
mg/L
3.4 Semeadura
Como a soja não é uma cultura nativa do Brasil e a bactéria que fixa o nitrogênio
atmosférico (bradirizóbio) não existe naturalmente nos solos brasileiros, é indispensável que
se faça a inoculação da soja nessas condições, para garantia de obtenção de alta
produtividade. (Embrapa, 2003). As sementes serão inoculadas de forma que fiquem com
mais ou menos 300.000 células/semente, assim como também o Co e o Mo são
indispensáveis para a eficiência da fixação biológica de nitrogênio esses nutrientes são para
aplicação de 2 a 3 g de Co e 12 a 30 g de Mo/ha via semente.
3.5 Fitopatologias
3.6 Pragas
21
3.7 Plantas daninhas
Nesta propriedade será feito o controle cultural por meio de arações e gradagens.
Porém, será preciso utilizar o controle químico para o controle de caruru-branco (Amaranthus
hybridus) e capim-marmelada (Brachiaria plantaginea). Será feita uma pulverização com o
herbicida Pivot CL (nome comercial) para o controle do capim marmelada e caruru na dose de
1 L/ha do produto comercial em um volume de calda de 300 L/ha.
22
3.9 Custo de produção
Tabela 12: Custo de produção por hectare da cultura da soja em São Luís.
Valor
Unidade Quantidade/ha Preço (R$)/unid. (R$)
1 - Insumos
Sementes kg 40 2,75 110
Adubação de plantio ton 0,345 2208,90 762,07
Trat sementes Mo e Co L 0,15 57,26 8,59
Inoculante kg 0,25 26,00 6,50
Fungicida L 0,3 191,66 57,50
Inseticida L/kg 0,5 e 1 50,00 e 45,00 70,00
Herbicida kg 1 15,00 15,00
Herbicida kg 2 20,00 40,00
2 - Operações mecanizadas
Trator + grade aradora h 0,8 101,96 81,57
Trator + grade niveladora h 0,375 99,00 37,13
Trator+ semeadora h 0,35 125,00 43,75
Trator + pulverizador h 0,5 73,82 36,91
Colhedora h 0,5 156,66 78,33
3 - Custos diversos
Frete* R$ 1 70,00 140,00
TOTAL 1487,34
Soja - Balsas-MA
(18/05/2012) sc 56 53 2968
LUCRO/ha 1480,66
*Refere-se ao custo para trazer os insumos até a propriedade e o transporte da colheita até o
porto de São Luís.
Fonte: Cálculos realizados para a cultura da soja.
4 A cultura do milho
23
Legenda: Estádio 0 – Germinação/emergência. Estádio 1 – Planta com 4 folhas totalmente
desdobradas. Estádio 2 – Planta apresentando 8 folhas totalmente desdobradas. Estádio 3 –
Plantas com 12 folhas totalmente desdobradas. Estádio 4 –Emissão do pendão. Estádio 5 –
Florescimento e polinização. Estádio 6 – Grãos leitosos. Estádio 7 – Grãos pastosos.
Estádio 8 – Grãos farináceos (início da formação de "dentes"). Estádio 9 – Grãos duros.
Estádio 10 – Grãos maduros fisiologicamente.
24
4.3 Relação clima-cultura
Embora o milho responda à interação de todos os fatores climáticos, pode-se
considerar que a radiação solar, a precipitação e a temperatura são os de maior influência, pois
atuam eficientemente nas atividades fisiológicas interferindo diretamente na produção de
grãos e de matéria seca (Sistema de Produção - Milho).
25
A partir da análise de solo, chegou-se nas seguintes classes de disponibilidade, de
acordo com Broch (2006):
matéria orgânica bom. Considerando teor de matéria orgânica bom e produtividade esperada
maior que 180 sacas/ha, a recomendação total de N é 180 kg/ha, sendo feita a aplicação de
30kg/ha no plantio.
• Considerando P=5,1mg/dm³, que é baixo, e que o teor de argila está entre 36 a 60%,
para uma correção gradual no sulco o recomendado é 80 kg/ha de P2O5.
• Considerando teor de argila de 31-45% e K=0,18 cmolc/dm³: K médio. Assim, será
feita uma adubação de correção de 75 kg/ha de K2O.
26
4.5 Semeadura
Segundo trabalho realizado pela Fundação MS (2007), a maioria dos híbridos
apresentou aumento de produtividade no espaçamento de 0,45 m em relação ao espaçamento
de 0,80 m. Assim, será adotado o espaçamento de 0,45 m objetivando-se uma população de
60000 plantas/ha. Com isso, a quantidade de plantas por m linear será de 2,7. Será feita a
semeadura na área total, ou seja, 40 ha.
4.6 Fitopatologias
Tendo em vista as principais doenças que a cultura possui e as condições climáticas da
região de São Luís, as principais fitopatologias que podem ocorrer são a cercosporiose e a
podridão por diploidia.
De acordo com o Sistema de Produção – Milho (Embrapa), a cercosporiose
(Cercospora zeae-maydis e C. sorghi f. sp.. maydis) é uma doença que está presente em
praticamente todas as áreas de plantio de milho no Centro Sul do Brasil. Os sintomas
caracterizam-se por manchas de coloração cinza, retangulares a irregulares com as lesões
desenvolvendo-se paralelas às nervuras. Pode ocorrer acamamento em ataques mais severos
da doença. Os restos de cultura são, portanto, fonte local e fonte para outra áreas. Podem ser
adotadas as seguintes medidas para manejar a doença: plantio de cultivares resistentes; evitar
a permanência de restos da cultura de milho em áreas em que a doença ocorreu com alta
severidade e realizar rotação com culturas como soja, sorgo, girassol, algodão e outras, uma
vez que o milho é o único hospedeiro da Cercospora zeae-maydis. Assim, além da adoção de
medidas anteriormente citadas, será feito o controle químico com o fungicida Aproach Prima
SC com a dose de 0,35 L para os 200 L de calda/ha necessários, com intervalo de segurança
de 42 dias. Este fungicida foi escolhido por apresentar a menor toxidez dentre os fungicidas
registrados para essa doença na cultura do milho. Será feita somente uma aplicação preventiva
quando a planta apresentar de 7 a 8 folhas.
Outra fitopatologia que pode ocorrer na cultura do milho em São Luís é a podridão por
diploidia, que são favorecidas por temperaturas entre 28 e 30 oC e alta umidade,
principalmente na forma de chuva, sendo condição muito semelhante à encontrada em São
Luís. A doença pode ser causada pelos fungos Diplodia maydis ou Diplodia macrospora, os
mesmos agentes causais da podridão branca das espigas, sendo que D. macrospora pode
também causar lesões foliares em milho. As plantas infectadas por qualquer um desses
fungos apresentam, externamente, próximo aos entrenós inferiores, lesões marrom-claras,
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quase negras nas quais é possível observar a presença de pequenos pontinhos negros
(picnídios). Internamente, o tecido da medula adquire coloração marrom, pode
se desintegrar permanecendo intactos somente os vasos lenhosos sobre os quais é possível
observar também, a presença de picnídios. Como os fungos apresentam como único
hospedeiro o milho, a rotação de cultura é uma medida eficiente no controle dessa doença. As
práticas da aração e gradagem quando associadas à rotação de culturas, reduzem
significativamente a quantidade de inóculo do patógeno no solo e, consequentemente, a
intensidade da doença nas próximas semeaduras. Tendo em vista que é uma doença para a
qual não se tem fungicidas registrados (no Agrofit sequer há registro da praga) foram
adotadas somente as medidas de manejo, ou seja, sem a utilização de fungicidas.
4.7 Pragas
Entre as possíveis pragas que podem ocorrer na cultura, destacam-se a lagarta do
cartucho e lagarta-elasmo.
A lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda) atacando plantas mais jovens de milho
pode causar a sua morte, especialmente quando a cultura é instalada após a dessecação no
sistema de plantio direto. Nessas condições, a lagarta já está presente na área e quando o
milho emerge as lagartas podem causar danos nas plantas ainda jovens, aumentando
significativamente sua importância no estabelecimento da população de plantas ideal na
lavoura. Entre as medidas de controle, o tratamento de sementes tem sido o método mais
recomendado para controle das pragas iniciais do milho. Assim, considerando que área já
apresenta um histórico dessa praga, será feito o tratamento das sementes e a pulverização.
Para o tratamento, será utilizado o inseticida Futur 300, o qual é do gupo thidiocarb. A dose
recomendada é de 2 L do produto para cada 100 kg de sementes. Além disso, para o controle
da praga no campo será utilizado o controle biológico com o inseticida Thuricide, que é a base
de Bacillus thuringiensis. A dose recomendada é 600 g/ha, com a aplicação de 600 L de calda
por ha. Serão feitas duas aplicações: a primeira quando a planta apresentar 7 ou 8 folhas e a
segunda no desenvolvimento das espigas. Outra importante forma de controle da praga é a
manutenção dos inimigos naturais, como o predador Doru luteipes e os
parasitóides Trichogramma spp., Telenomus sp., Chelonus insularis e Campoletis flavicincta.
Outra praga que apresenta importância, apesar de ser esporádica, é a lagarta-elasmo
(Elasmopalpus lignosellus) devido sua capacidade de destruição num intervalo curto de
tempo. As lagartas recém eclodidas iniciam raspando as folhas e dirigem para a região do
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coleto da planta, onde cava uma galeria vertical. A destruição do ponto de crescimento
provoca inicialmente murcha e posteriormente morte das folhas centrais proporcionando
provocando o sintoma conhecido como "coração morto". Entre as medidas de controle em
áreas de risco, deve ser usado o tratamento de sementes com inseticidas sistêmicos à base de
tiodicarb, carbofuran ou imidacloprid. A alta umidade do solo contribui para reduzir os
problemas causados pela lagarta-elasmo no milho. Assim, para essa praga também será feito o
mesmo tratamento de semente que é feito para a lagarta-do-cartucho, sendo utilizado o
inseticida Futur 300.
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(km/h) (ha/h)
1 T2 + semeadora* 14 8 0,85 2,86 4,20
2 T2 + pulverizador 4 8 0,75 10 16,7
3 T2 + distribuidora 5 7 0,7 8 16,33
4 T2 + pulverizador 4 8 0,75 10 16,7
5 T2 + pulverizador 4 8 0,75 10 16,7
6 T2 + pulverizador 4 8 0,75 10 16,7
7 Colhedora** 20 6 0,8 2 4,17
* Semeadora: Massey Ferguson 627 M
** Colhedora: Massey Ferguson 5650 SR
Fonte: Cálculos realizados para as operações mecanizadas da cultura do milho.
Tabela 15: Custo de produção por hectare para a cultura do milho em São Lu
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Referências bibliográficas:
AGUIAR JÚNIOR, R. A.; SILVA, A. G. P.; CHAVES, A. M. S.; DINIZ, N. B.;
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cenoura em São Luís - MA. Anais: 51º Congresso Brasileiro de Olericultura.
SANTOS, H.G. dos; JACOMINE, P.K.T.; ANJOS, L.H.C. dos; OLIVEIRA, V.A. de;
OLIVEIRA, J.B. de; COELHO, M.R.; LUMBRERAS, J.F.; CUNHA, T.J.F. da (eds.).
Sistema brasileiro de classificação de solos. 2ª Ed., Rio de Janeiro: EMBRAPA Solos, 2006.
306 p.
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