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Direito à moradia no Brasil

PROPOSTA

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos
ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da
língua portuguesa sobre o tema: “Moradia social: a questão da ocupação x habitação.”
Apresente proposta de intervenção. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa,
argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO 1

Um prédio de mais de 20 andares desabou após pegar fogo nas proximidades do Largo
do Paissandu, centro de São Paulo, na madrugada desta terça-feira, dia 1º de maio. O edifício,
que já foi sede da Polícia Federal e pertence à União, estava ocupado por cerca de 150 famílias
de um movimento de moradia, conforme informações da prefeitura. Foram 13 segundos para
que o prédio fosse ao chão.

A queda atingiu também o entorno, como a Igreja Luterana Marthin Luther, vizinha ao
edifício. O imóvel, do início do século XX, perdeu parte da sua estrutura. Em entrevista à Rede
Globo, o pastor da igreja luterana, Frederico Carlos, afirmou que o desabamento desta
madrugada era uma “tragédia anunciada”, devido às más condições do local, onde moravam
centenas de famílias. “Sempre se falou do risco que esse prédio corria, e precisou acontecer uma
desgraça”, disse ele, que mantinha uma convivência com os moradores, acolhidos pela Igreja.
“Volta e meia conversava com eles, entrava no prédio e via, era uma tragédia que sabia que uma
hora ia acontecer”, contou ele. Desde fiações expostas, esgoto aberto, davam a sensação de
vulnerabilidade do local. O pastor mostrou-se inconformado pelo fato de as autoridades nunca
terem tomado uma atitude firme para evitar a degradação do edifício, embora tenham sido
avisadas diversas vezes. “A gente entrava em contato e diziam 'não é com a gente, é com esse', e
ninguém faz nada. Como sempre agora vão fazer um bonito inquérito e, como sempre, não vai
dar em nada”, reclamou.

O edifício está ocupado há seis anos, com apoio de um grupo chamado MLSM. As
famílias que ali moravam pagavam mensalidade para ocupar um quarto, ratear as despesas e e
utilizar as áreas comuns, prática recorrente nas ocupações. Segundo o prefeito Bruno Covas,
uma das dificuldades para remover as famílias dali era o fato dele ser de propriedade da União,
o que dificultaria o trabalho da prefeitura, que tinha a cessão provisória do imóvel, segundo o
Secretaria do Patrimônio da União. “Há 70 edifícios em São Paulo nessa situação, e outras 200
áreas ocupadas”, explicou ele. Só nos edifícios, estariam 4.000 famílias carentes que apelam
para esta solução em busca de moradia. Ainda segundo Covas, já teriam havido seis reuniões
com as famílias daquele edifício para negociar sua retirada.
Apesar da reação de apoio do governo, as críticas ao imobilismo do Estado, com o
empurra empurra de responsabilidades – culpa da prefeitura ou da União – já começaram.
Também as famílias que ocupam edifícios para pressionar por moradias sofrem com o estigma
de estarem vinculados a movimentos sociais, que estariam se aproveitando de limbos jurídicos
para se estabelecer em espaços que oferecem risco de morte, como mostrou a tragédia desta
terça. Algumas notícias que circularam ao longo do dia criticavam o que era chamado de
“indústria de ocupação”. Nas redes sociais, não faltavam os xingamentos às famílias, chamadas
de “vagabundos”. E a acusação de que se tratava de uma ocupação do Movimento dos
Trabalhadores Sem Teto (MTST), liderado pelo pré candidato Guilherme Boulous, que concorre
pelo PSOL. Boulous tratou de esclarecer os fatos, e prestar solidariedade, pelo Twitter, às
famílias. “Nossa solidariedade às famílias ocupantes que sofreram com incêndio e desabamento
do edifício em São Paulo. Querer culpar os sem-teto pelas condições precárias do imóvel é de
uma perversidade inacreditável. Ninguém ocupa porque quer, mas por falta de alternativa”,
afirmou.
Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/05/01/internacional/1525166365_582778.html

TEXTO 2

Imóveis com características de abandono e débitos de Imposto Predial e Territorial


Urbano (IPTU) há mais de cinco anos serão alvo de ações administrativas no Recife. Um
decreto da prefeitura prevê a aplicação do instrumento denominado “arrecadação por
abandono”, que permite ao poder público assumir o controle de prédios no Centro e transformá-
los em casas ou escolas. Um levantamento feito pela gestão municipal aponta 21 prédios no
Bairro do Recife como os primeiros a passar por todas as etapas desse procedimento
administrativo. Com isso, a prefeitura pode usar esses imóveis requisitados para habitação
popular ou atividades de interesse da população.

Fonte: https://g1.globo.com/pe/pernambuco/noticia/2018/08/14/recife-cria-regras-para-transformar-predios-
abandonados-e-c om-debito-de-iptu-em-moradias-ou-escolas.ghtml www.projetoredacao.com.br

TEXTO 3

Fonte: https://terraypraxis.wordpress.com/2012/01/18/o-direito-a-moradia-e-conto-de-fadas/amp/

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