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RESUMO DE DIREITO PENAL Parte Especial PDF
RESUMO DE DIREITO PENAL Parte Especial PDF
coleção
RESUMOS
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MAXIMILIANUS CLÁUDIO AMÉRICO FÜHRER
MAXIMILIANO ROBERTO ERNESTO FÜHRER
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Resumo 11
RESUMO
DE DIREITO PENAL
Parte Especial
9ª edição
Suplemento de atualização
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Atentado violento ao pudor
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Violação sexual mediante fraude: Art. 215. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com
alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da
vítima: Pena – reclusão, de 2 a 6 anos. Parágrafo único. Se o crime é cometido com o fim de obter
vantagem econômica, aplica-se também multa.
Anotações especiais: ♦ Se a vítima é menor de 14 anos, ou, por enfermidade ou deficiência mental, não
tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou se, por qualquer outra causa, não pode oferecer
resistência, o crime será de estupro de vulnerável (art. 217-A). ♦ No estupro de vulnerável a vítima já é
encontrada pelo agente na situação de incapacidade. Na violação sexual mediante fraude ele, por fraude
ou outro meio coloca a vítima em tal situação.
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Assédio sexual: Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento
sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao
exercício de emprego, cargo ou função. Pena – detenção, de 1 a 2 anos. Parágrafo único. (Vetado) §2o A
pena é aumentada em até um terço se a vítima é menor de 18 anos.
3. Assédio sexual
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Estupro de vulnerável: Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de
14 anos: Pena – reclusão, de 8 a 15 anos. § 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas
no caput com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento
para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência. § 2o (Vetado) § 3o
Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave: Pena – reclusão, de 10 a 20 anos. § 4o Se da
conduta resulta morte: Pena – reclusão, de 12 a 30 anos.
1. Estupro de vulnerável
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Corrupção de menores: Art. 218. Induzir alguém menor de 14 anos a satisfazer a lascívia de outrem:
Pena – reclusão, de 2 a 5 anos. Parágrafo único. (Vetado).
2. Corrupção de menores
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Satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente: Art. 218-A. Praticar, na presença
de alguém menor de 14 anos, ou induzi-lo a presenciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim
de satisfazer lascívia própria ou de outrem: Pena – reclusão, de 2 a 4 anos.”
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Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de vulnerável: Art. 218-B.
Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém menor de 18 anos
ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do
ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone: Pena – reclusão, de 4 a 10 anos. § 1o. Se o crime é
praticado com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa. § 2o. Incorre nas mesmas
penas: I – quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso com alguém menor de 18 e maior de 14
anos na situação descrita no caput deste artigo; II – o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local
em que se verifiquem as práticas referidas no caput deste artigo. § 3o. Na hipótese do inciso II do § 2 o,
constitui efeito obrigatório da condenação a cassação da licença de localização e de funcionamento do
estabelecimento.
4.1. Os crimes do § 2o
Rapto consensual
Art. 220 (Revogado pela Lei 11.106, de 2005)
Diminuição de pena
Art. 221 (Revogado pela Lei 11.106, de 2005)
5) Disposições Gerais
Formas qualificadas
Art. 223 (Revogado pela Lei 12.015, de 2009)
Presunção de violência
Art. 224 (Revogado pela Lei 12.015, de 2009)
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Ação penal
Ação penal: Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede-se mediante ação
penal pública condicionada à representação. Parágrafo único. Procede-se, entretanto, mediante ação
penal pública incondicionada se a vítima é menor de 18 anos ou pessoa vulnerável.
5. Ação penal
A persecução penal pelos crimes contra a liberdade sexual se dá por
ação penal pública condicionada à representação. Ocorrendo lesão corporal
grave ou morte (v. art. 101 do CP), bem como nos crimes contra menor de 18
anos ou vulnerável, a ação penal é pública incondicionada.
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II – de metade, se o agente é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor,
curador, preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro título tem autoridade sobre ela;
III – (Revogado pela Lei 11.106, de 2005).
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Mediação para servir a lascívia de outrem: Art. 227. Induzir alguém a satisfazer a lascívia de outrem:
Pena – reclusão, de um a três anos.§ 1o. Se a vítima é maior de 14 e menor de 18 anos, ou se o agente é
seu ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro, irmão, tutor ou curador ou pessoa a quem esteja
confiada para fins de educação, de tratamento ou de guarda: Pena – reclusão, de dois a cinco anos. § 2o.
Se o crime é cometido com emprego de violência, grave ameaça ou fraude:Pena – reclusão, de dois a
oito anos, além da pena correspondente à violência. § 3o. Se o crime é cometido com o fim de lucro,
aplica-se também multa.
exploração sexual).O sujeito ativo ou passivo pode ser qualquer pessoa (prostituta
não – RT 487/347). Consuma-se com o ato da vítima satisfazendo o destinatário.
Cabe tentativa. O crime pode ser qualificado conforme a idade da vítima ou
a condição do agente em relação a ela (§ 1o); quando empregada violência,
grave ameaça ou fraude (§ 2o); ou houver fim de lucro (§ 3o).
Anotações especiais: ♦ Lascívia se refere à satisfação do desejo sexual. O mesmo que luxúria. ♦ v. tb. as
anotações ao próximo artigo.
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Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual: Art. 228. Induzir ou atrair alguém
à prostituição ou outra forma de exploração sexual, facilitá-la, impedir ou dificultar que alguém a
abandone: Pena – reclusão, de 2 a 5 anos, e multa. § 1o. Se o agente é ascendente, padrasto, madrasta,
irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou se
assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância: Pena – reclusão, de 3 a 8
anos. § 2o. Se o crime, é cometido com emprego de violência, grave ameaça ou fraude: Pena – reclusão,
de quatro a dez anos, além da pena correspondente à violência. § 3o. Se o crime é cometido com o fim de
lucro, aplica-se também multa.
Anotações especiais: Sobre ♦ Prostituição ♦ Outra forma de exploração sexual ♦ Induzir ♦ Atrair ♦
Facilitar ♦ Impedir ♦ Dificultar – v. comentários ao art. 218-B. Sobre ♦ Ascendente ♦ Padrasto ♦
Madrasta ♦ Tutor ♦ Curador ♦ Preceptor ♦ Empregador – veja os comentários ao art. 226. ♦ Irmão é o
filho do mesmo pai ou da mesma mãe ou de ambos. ♦ Enteado é o filho do companheiro ou da
companheira. ♦ Se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância
refere-se aos guardiões em geral e dirigentes ou operadores dos estabelecimentos de ensino ou abrigo.
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Casa de prostituição: Art. 229. Manter, por conta própria ou de terceiro, estabelecimento em que ocorra
exploração sexual, haja, ou não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente: Pena –
reclusão, de dois a cinco anos, e multa.
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3. Casa de prostituição
Anotações especiais: ♦ Prostituta free lancer e Cooperativa de prostitutas. Manter casa para seu uso
profissional exclusivo (prostíbulo individual) ou em regime de cooperativa não configura este crime, pois
a prostituição em si é atípica. ♦ Não configuram o delito. Hotel (RT 507/332), motel (RT 587/390),
drive-in (RT 610/335), sauna, banhos, duchas e bar (RT 589/322, 619/290), casa de massagem (RT
761/567), prostíbulo individual (RT 469/403).
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Rufianismo: Art. 230. Tirar proveito da prostituição alheia, participando diretamente de seus lucros ou
fazendo-se sustentar, no todo ou em parte, por quem a exerça: Pena – reclusão, de um a quatro anos, e
multa. § 1o. Se a vítima é menor de 18 e maior de 14 anos ou se o crime é cometido por ascendente,
padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador
da vítima, ou por quem assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou
vigilância: Pena – reclusão, de 3 a 6 anos, e multa. § 2o. Se o crime é cometido mediante violência, grave
ameaça, fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação da vontade da vítima: Pena –
reclusão, de 2 a 8 anos, sem prejuízo da pena correspondente à violência.
4. Rufianismo
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Tráfico internacional de pessoa para fim de exploração sexual: Art. 231. Promover ou facilitar a
entrada, no território nacional, de alguém que nele venha a exercer a prostituição ou outra forma de
exploração sexual, ou a saída de alguém que vá exercê-la no estrangeiro. Pena – reclusão, de 3 a 8
anos. § 1o. Incorre na mesma pena aquele que agenciar, aliciar ou comprar a pessoa traficada, assim
como, tendo conhecimento dessa condição, transportá-la, transferi-la ou alojá-la. § 2o. A pena é
aumentada da metade se: I – a vítima é menor de 18 anos; II – a vítima, por enfermidade ou deficiência
mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato; III – se o agente é ascendente,
padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador
da vítima, ou se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; ou IV –
há emprego de violência, grave ameaça ou fraude.§ 3o. Se o crime é cometido com o fim de obter
vantagem econômica, aplica-se também multa.
Anotações especiais:♦ Território nacional é o local onde o Estado exerce a sua soberania. Compreende
os espaços terrestre, aéreo e aquático (o mar territorial brasileiro é de 12 milhas). Respeitado o princípio da
tipicidade estrita, no conceito de território não se incluem as extensões referidas no art. 5 o, § 1o, do Código
Penal, ou seja, as embarcações e aeronaves nacionais que se encontram fora do território nacional. ♦
Prostituição ♦ Outra forma de exploração sexual – v. comentários ao art. 228. ♦ Induzir é incitar,
convencer, inspirar, dar a idéia. ♦ A ameaça e as vias de fato são absorvidas pelo crime, mas as lesões
corporais e o homicídio são resolvidos em foros de concurso de crimes.♦ Entrada consiste no ingresso
completo do corpo no território nacional. Pode ser regular (com conhecimento da autoridade competente)
ou irregular (sorrateira ou fraudulentamente, sem conhecimento da autoridade). ♦ Saída consiste na
retirada completa do corpo do território nacional. Também pode ser regular ou irregular.
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Tráfico interno de pessoa para fim de exploração sexual: Art. 231-A. Promover ou facilitar o
deslocamento de alguém dentro do território nacional para o exercício da prostituição ou outra forma de
exploração sexual:Pena – reclusão, de 2 a 6 anos. § 1o. Incorre na mesma pena aquele que agenciar,
aliciar, vender ou comprar a pessoa traficada, assim como, tendo conhecimento dessa condição,
transportá-la, transferi-la ou alojá-la. § 2o. A pena é aumentada da metade se: I – a vítima é menor de 18
anos; II – a vítima, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a
prática do ato; III – se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge,
companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou se assumiu, por lei ou outra
forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; ou IV – há emprego de violência, grave ameaça ou
fraude. § 3o. Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa.
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Tanto o sujeito ativo como sujeito passivo são comuns (qualquer pessoa,
homem ou mulher).
Sobre as elementares território nacional, prostituição, outra forma
de exploração sexual, as formas equiparadas do § 1o e as causas de
aumento do § 2o remetemos o leitor ao que foi dito nos comentários ao
artigo anterior.
O tipo exige dolo específico de agir com o fim de possibilitar que a
pessoa exerça a prostituição ou outra forma de exploração sexual, nas
condições descritas no tipo. É indiferente que a pessoa exerça efetivamente
a prostituição ou a outra forma de exploração sexual. Basta o fim de
exercê-la.
Promover é dar impulso, executar, provocar, fomentar, estimular,
patrocinar. Facilitar é retirar as barreiras ou deixar de criá-las.
Crime formal, consuma-se com as condutas descritas no tipo
(promoção, facilitação, agenciamento, aliciamento, venda, compra,
transporte, transferência ou alojamento). A tentativa será possível, sempre
que a conduta puder ser fracionada.
Anotações especiais: ♦ Espetáculos pornográficos. Face à garantia constitucional que veda censura,
entendemos fora da incidência os espetáculos e qualquer outra forma de manifestação intelectual. ♦
Pedofilia. As condutas de produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio,
cena de sexo explícito ou pornografia, envolvendo criança ou adolescente, constituem outro crime,
tipificado no art. 240, caput, da L 8.069/90 (ECA). O agenciamento, a venda, o oferecimento, a troca, a
aquisição ou posse de tal material configuram os crimes dos arts. 241 a 241-E do mesmo diploma legal.
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1. Ato obsceno
Anotações especiais: Lugar público. De acordo com classificação atribuída a Chassan, lugares
públicos por natureza são os francamente acessíveis ao público, como ruas e praças. Lugares públicos por
destinação são os abertos ao público, de acesso ocasional, controlado ou remunerado, como igrejas,
teatros, cinemas. Lugares públicos por acidente são os lugares privados eventualmente expostos ao
público, como a casa particular em que se realiza um leilão, ou recinto da mesma que seja, ou se torne,
visível ao público.
Jurisprudência classificada: É ato obsceno. Exibição de órgão sexual (RT 735/608). Micção em
via pública (RT 691/333, 763/598, 801/551), mesmo à noite, em local não iluminado (RT 517/357),
mesmo que em campanha publicitária (RT 622/288). Correr nu, “chispada” (RT 515/363). Relações
sexuais em automóvel estacionado em via pública (RT 597/328). Embriaguez. Não exime, salvo
fortuita ou de força maior (RT 587/347). Não é ato obsceno. Ato em local privado, sem visão para
número indeterminado de pessoas (RT 786/649). No quintal de casa, não exposto ao público (RT
728/609). Micção em praça pública à noite e em local discreto (RT 683/326). Exibição de revista
pornográfica (RT 658/299).
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Escrito ou objeto obsceno: Art. 234. Fazer, importar, exportar, adquirir ou ter sob sua guarda, para fim
de comércio, de distribuição ou de exposição pública, escrito, desenho, pintura, estampa ou qualquer
objeto obsceno: Pena – detenção, de 6 meses a 2 anos, ou multa.Parágrafo único. Incorre na mesma
pena quem: I – vende, distribui ou expõe à venda ou ao público qualquer dos objetos referidos neste
artigo; II – realiza, em lugar público ou acessível ao público, representação teatral, ou exibição
cinematográfica de caráter obsceno, ou qualquer outro espetáculo, que tenha o mesmo caráter; III –
realiza, em lugar público ou acessível ao público, ou pelo rádio, audição ou recitação de caráter
obsceno.
5) DISPOSIÇÕES GERAIS
Aumento de pena: Art. 234-A. Nos crimes previstos neste Título a pena é aumentada: I – (Vetado);II –
(Vetado); III – de metade, se do crime resultar gravidez; e IV – de um sexto até a metade, se o agente
transmite à vitima doença sexualmente transmissível de que sabe ou deveria saber ser portador.
Art. 234-B. Os processos em que se apuram crimes definidos neste Título correrão em segredo de
justiça.
2. Segredo de justiça
No Segredo de Justiça o direito de consultar autos e de pedir
certidões de seus atos é restrito às partes e a seus procuradores. O terceiro,
que demonstrar interesse jurídico, pode requerer ao juiz certidão do
dispositivo da sentença (art. 155 do Código de Processo Civil). O objetivo
é evitar o tanto quanto possível a dupla vitimização do sujeito passivo, com
a inconveniente e vexatória publicidade do crime sexual que sofreu.
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p. 242 da 9a edição
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B) CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA
(Modificações introduzidas pela Lei 12.012, de 6 de agosto de 2009)
Favorecimento prisional: Art. 349-A. Ingressar, promover, intermediar, auxiliar ou facilitar a entrada
de aparelho telefônico de comunicação móvel, de rádio ou similar, sem autorização legal, em
estabelecimento prisional.Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
1. Favorecimento prisional