Protecao de Sitemas Elétricos

Transformador de Corrente
Transformador de Potencial
Graduação em Engenharia Elétrica

Proteção de Sistemas Elétricos de Potência
Prof. MsC. Kleiber Tenório de Sousa
UNAMA - Universidade da Amazônia

CCET - Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas
2019.1
Prof. MsC. Kleiber Tenório de Sousa Graduação em Engenharia Elétrica

Transformador de Corrente(TC)
1. Transformador de Corrente(TC)
1.1 - Introdução
* A proteção dos SEP’s é realizada por relés.

* Os relés atuam sempre quando perceberem uma perturbação que ultrapasse o
limiar ajustado em sua parametrização.
* Os relés não operam conectados diretamente aos potencias e às correntes que
estiverem monitorando. Os transformadores são responsáveis pela redução dos
nı́veis elevados de tensão e de corrente para os nı́veis padronizados de operação
dos relés.
* Os Transformadores de Corrente (TC) e de Potencial (TP) também são
responsáveis pela isolação (galvânica) entre os circuitos primário e secundário.
* Proteção dos profissionais contra choques elétricos de alta tensão.

Vı́deo - Teste de TC

* Definição:
TC é um transformador cujo enrolamento primário é ligado em série com o

circuito elétrico e o enrolamento secundário se destina a alimentar bobinas ou
entradas analógicas (ou digitais) de corrente de instrumentos elétricos de
medição, controle ou proteção.
* Finalidade:
Reproduzir no circuito secundário uma corrente padronizada com valor

reduzido e proporcional a corrente do circuito primário, com sua posição
fasorial mantida, de forma adequada para o uso em instrumentos de proteção,
medição e controle.

* Caracterı́sticas construtivas básicas:
- Enrolamento primário construı́do com poucas espiras e com grande secção.

- Enrolamento secundário construı́do com muitas espiras de fio com secção
’fina’. O secundário não pode ficar em aberto quando em operação. Isto
significa que quando for retirado algum dispositivo de seu secundário, este
enrolamento deve antes ser curto-circuitado para proteção do próprio TC e das
pessoas.

1.2 - Ligação do TC
Figura 1 - Ligação do TC.

1.3 - Sı́mbolo e Marca de Polaridade
Figura 2 - Sı́mbolo e Polaridade do TC.

REGRA: A corrente primária iP entra pela marca de polaridade e a corrente
secundária iS sai pela marca de polaridade, assim, iP e iP estão em FASE.

1.4 - Relação de Transformação do TC
* Vamos considerar que o TC, operando dentro da precisão requerida, exibe

caracterı́sticas ideias. Isso valida a aplicação da Lei de Ohm aplicada a circuitos
magnéticos.
FP − FS = R.Φ
* Na qual:
FP = Força magnetomotriz da bobina primária do TC.
FS = Força magnetomotriz da bobina secundária do TC.
R = Relutância magnética do núcleo do TC.
Φ = Fluxo magnético no núcleo do TC.

NP IP − NS IS = R.Φ
* Supondo que o TC é ideal, sua relutância vale zero.
NP IP − NS IS = 0
NP I P = NS I S
NP
IS = IP
NS
1
IS = N IP
S
NP
* Define-se a relação do TC de acordo com a relação a seguir:

NS
RTC =
NP
IP
IS =
RTC

* No Brasil, os equipamentos de proteção são padronizados para 5A (seguindo

norma ANSI) e as relações de transformação são denotadas por X5
Figura 2 - Sı́mbolo e Polaridade do TC.

* Pela NBR 6856, as correntes primárias do TC são de: 5, 10, 15, 20, 25, 30,
40, 50, 50, 75, 100, 150, 200, 250, 300, 250, 300, 400, 500, 600, 800, 1000,
1200, 1500, 2000, 2500, 3000, 4000, 5000, 6000, 8000.

* Considerando o TC da figura abaixo, calcule sua RTC e a corrente IS .
NS 600 5 150
RTC = = = 30 = 30. =
NP 20 5 5
IP 120
IS = = = 4A
RTC 150
5
Vı́deo - Teste de TC

1.5 - Circuito Equivalente do TC
* O modelo eletromagnético do TC e proteção é idêntico ao do transformador

comum. Acompanhe na figura a seguir:
* Onde:
- RP0 e XP0 são a resistência e a reatância do primário do TC referidas ao
secundário.
- Ie é a corrente de excitação do núcleo do TC.
- Rf é a resistência equivalente às perdas no ferro do núcleo do TC.
- Xm é a reatância equivalente à magnetização do núcleo do TC.
- RS e XS são a resistência e reatância do secundário.

1.6 - Erro do TC
* Assumindo como verdadeiras as correntes mostradas na figura do slide

anterior e aplicando-se a Lei de Kirchhoff no nó do circuito, obtem-se:
IP
RTC
= IS + Ie
IP
IS = RTC
− Ie
* Deste modo, Ie é a corrente responsável pelo erro causado no TC, ou seja,
erro de relação e de ângulo de fase.
* A filosofia da proteção é: Na ocorrência de defeito no sistema elétrico, a
proteção deve mandar abrir o disjuntor o mais rápido possı́vel de modo a
eliminar o curto-circuito e deixar o menor número de consumidores sem energia
e, além disso, proteger os equipamentos do próprio sistema elétrico.

1.6 - Erro do TC
Figura 3 - Curva de Magnetização do Núcleo do TC.

* Quando a corrente IS aumenta, a tensão VS0 aumenta e, consequentemente,
aumenta o fluxo magnético dentro do núcleo do TC e, pela figura acima,
aumenta a corrente Ie provocando a diminuição da corrente que vai para o relé.
* Nesse cenário o relé está sendo alimentado por uma corrente errada e
distorcida pelas harmônicas oriundas da não linearidade do joelho da curva de
magnetização.
* Para o caso da proteção, admite-se uma precisão de 2,5%, 5% ou 10% nas
correntes secundárias do TC nos eventos de curto-circuito.
Vı́deo - Método de Teste TC
1.7 - Fator de Sobrecorrente do TC
* O fator de sobrecorrente (FS) do TC é definido pela relação entre a máxima

corrente corrente simétrica de curto-circuito que pode passar pelo primário do
TC e a sua corrente primária nominal.
* Os valores de FS padronizados (Pela ANSI e pela ABNT)são:
FS = 20
* Por exemplo, se um TC com relação de transformação de 600
5
e FS = 20
pode ser instalado em um local onde se tenha uma corrente de curto-circuito
não ultrapasse:
IP máximo curto−circuito = 20 × 600 = 12kA
* Isso significa que, para uma corrente de curto-circuito menor que 12 kA, o
erro máximo em corrente no secundário é de 10%.
* Construtivamente, o FS impõe uma limitação no TC quanto ao seu erro
produzido pela não linearidade da curva de magnetização do núcleo. Observe a
expressão abaixo:
Icurto−circuito ≤= FS · IP nominal do TC

1.7 - Fator de Sobrecorrente do TC
Figura 4 - Gráfico da corrente IS × IP .

* A limitação ilustrada na figura acima é a garantia de que o erro do TC não
ultrapasse o limite de sua classe de exatidão.
* Como o primário tem poucas (ou nenhuma), as perdas no material
ferromagnético são pequenas de modo a permitir a simplificação no circuito
equivalente do TC como ilustrdo na figura abaixo:
Figura 5 - Circuito equivalente simplificado do TC.

Transformador de Potencial(TP)
2. Transformador de Potencial(TP)

Protecao de Sitemas Elétricos

Enviado por

Dados do documento

Título original

Direitos autorais

Formatos disponíveis

Compartilhar este documento

Compartilhar ou incorporar documento

Opções de compartilhamento

Você considera este documento útil?

Este conteúdo é inapropriado?

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Protecao de Sitemas Elétricos

Enviado por

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Transformador de Corrente

Graduação em Engenharia Elétrica

Prof. MsC. Kleiber Tenório de Sousa

UNAMA - Universidade da Amazônia

Prof. MsC. Kleiber Tenório de Sousa Graduação em Engenharia Elétrica

* A proteção dos SEP’s é realizada por relés.

Prof. MsC. Kleiber Tenório de Sousa Graduação em Engenharia Elétrica

Prof. MsC. Kleiber Tenório de Sousa Graduação em Engenharia Elétrica

TC é um transformador cujo enrolamento primário é ligado em série com o

Reproduzir no circuito secundário uma corrente padronizada com valor

Prof. MsC. Kleiber Tenório de Sousa Graduação em Engenharia Elétrica

* Caracterı́sticas construtivas básicas:

- Enrolamento primário construı́do com poucas espiras e com grande secção.

Prof. MsC. Kleiber Tenório de Sousa Graduação em Engenharia Elétrica

Figura 1 - Ligação do TC.

Prof. MsC. Kleiber Tenório de Sousa Graduação em Engenharia Elétrica

Figura 2 - Sı́mbolo e Polaridade do TC.

Prof. MsC. Kleiber Tenório de Sousa Graduação em Engenharia Elétrica

* Vamos considerar que o TC, operando dentro da precisão requerida, exibe

Prof. MsC. Kleiber Tenório de Sousa Graduação em Engenharia Elétrica

* Define-se a relação do TC de acordo com a relação a seguir:

Prof. MsC. Kleiber Tenório de Sousa Graduação em Engenharia Elétrica

* No Brasil, os equipamentos de proteção são padronizados para 5A (seguindo

Figura 2 - Sı́mbolo e Polaridade do TC.

Prof. MsC. Kleiber Tenório de Sousa Graduação em Engenharia Elétrica

* Considerando o TC da figura abaixo, calcule sua RTC e a corrente IS .

Prof. MsC. Kleiber Tenório de Sousa Graduação em Engenharia Elétrica

* O modelo eletromagnético do TC e proteção é idêntico ao do transformador

Prof. MsC. Kleiber Tenório de Sousa Graduação em Engenharia Elétrica

* Assumindo como verdadeiras as correntes mostradas na figura do slide

Prof. MsC. Kleiber Tenório de Sousa Graduação em Engenharia Elétrica

Figura 3 - Curva de Magnetização do Núcleo do TC.

* O fator de sobrecorrente (FS) do TC é definido pela relação entre a máxima

Prof. MsC. Kleiber Tenório de Sousa Graduação em Engenharia Elétrica

Figura 4 - Gráfico da corrente IS × IP .

Figura 5 - Circuito equivalente simplificado do TC.

Prof. MsC. Kleiber Tenório de Sousa Graduação em Engenharia Elétrica

Prof. MsC. Kleiber Tenório de Sousa Graduação em Engenharia Elétrica

Você também pode gostar