Você está na página 1de 37

LACTAÇÃO E SAÚDE DA MATRIZ

Bruno Zinato Carraro

Patos de Minas – MG
AS GLÂNDULAS MAMÁRIAS NA FÊMEA SUÍNA
O CRESCIMENTO DA GLÂNDULA MAMÁRIA
ACONTECE EM DOIS MOMENTOS:

• No final da gestação;

• Durante a lactação;

Crescimento mamário no final da gestação:


• Nutrição;
• Genética;
• Hormônios;
O TERÇO FINAL DA GESTAÇÃO

Ji et al. (2006)
O CRESCIMENTO DA GLÂNDULA MAMÁRIA ACONTECE
EM DOIS MOMENTOS:
• No final da gestação;

• Durante a lactação;

Crescimento mamário durante a lactação


• Alimentação na primeira semana de lactação;
• Estímulo e retirada de leite;
• Hormônios;
POUCO LEITE

PORCA LEITÕES
• Baixo consumo de água • Falta de tetos
• Baixo consumo de ração • Disputas freqüentes
• Manejo inadequado de • Dor (artrite, lesões)
restrição pré e pós parto • Dificuldade locomoção
• MMA/febre • Fraqueza
• Falta de estímulo (mamada) • Falta de acompanhamento
MATEMÁTICA DA LACTAÇÃO
1 DIA = 5% DA VIDA DO LEITÃO NA LACTAÇÃO

Ganho de peso = 250 g / dia (1,5 a 6,0 kg)

4 dias = 1 kg (4,07 lts mamados)

Cada + 1 kg ao desmame = + 2,0 kg na saída da creche

24 mamadas / dia = 375 ml / 11 = 34 ml


MATEMÁTICA DA LACTAÇÃO
Níveis energéticos:
• Lactação: 9 lts./dia x 19% MS = 1,7 Kg MS/dia
• 1,7 Kg MS / 11 leitões = 0,16 Kg MS/dia
• 0,16 Kg x 7025 Kcal EM/Kg = 1092 Kcal EM/dia

• Consumo diário EM/leitão pré-desm. = 1092 Kcal

• 1092 : 3600 = 300 g/dia (consumo mínimo que o leitão deveria ter, já
no primeiro dia pós-desmame, para evitar déficit energético)
ALIMENTAÇÃO LACTAÇÃO
Estímulo ao consumo:
• Palatabilidade
• Forma física da ração
• N° de tratos
• Fornecimento de água
• Conforto térmico
• Densidade energética ração
• Redução da PB e adição de AA
MANEJOS DURANTE A LACTAÇÃO QUE PODEM
INTERFERIR SOBRE A PRODUÇÃO DE LEITE:

• Número de leitões mamando;

• Viabilidade e tamanho desses leitões;

• Excesso de transferências (brigas)


PRODUÇÃO LÁCTEA X NÚMERO DE LEITÕES MAMANDO

(Klopfestein, Farmer e Martineau, 1999)


QUALIDADE DO LEITÃO QUE ESTÁ MAMANDO

• Massagem pré e pós-mamada;

– Ocitocina

– Prolactina

• Retirada de todo o leite disponível;


REMOÇÃO DO LEITE X PRODUÇÃO
Acúmulo de leite
Acúmulo de Acúmulo de FIL
aumenta a pressão
componentes do leite (feedback inhibitor of
intra-mamária e diminui
no lúmen do alvéolo lactation)
o fluxo sanguíneo

Se a retirada de leite não ocorrer em 2 dias, inicia a involução


do tecido mamário
Brigas pela definição das tetas;
Excesso de movimentação de leitões;
Leitões muito fracos;
HIPOGALACTIA E DISGALACTIA PÓS-PARTO

Formas de apresentação:

Mastite-metrite-agalactia

Hipogalactia - 24-96 h pós-parto

Agalactia – falha completa na produção


ALGUNS PARÂMETROS CLÍNICOS E COMPORTAMENTAIS
Observação Disgalactia Sadias
ToC 40,2 38,9
Mastite 49% 0%
Secreção vulvar 97% 88%
Levantaram ao exame 61% 100%
Temperamento
apática 20% 0%
deprimida 68% 1%
Anorexia 50% 0%
Sem consumo água 31% 0%
Constipação 22% 5%
O QUE ACONTECE COM AS TETAS QUE SECAM?

Perda de tecido
mamário e
comprometimento
futuro da produção
FATORES PREDISPONENTES
Fêmea
• Ordem de parto:
- mais velhas;
• Condição corporal;
- muito magras;
- muito gordas;
• Intervenção no parto;
- falta de higiene e não medicação;
FATORES PREDISPONENTES

Nutrição e alimentação
• Excesso de energia na gestação:
- reduz consumo na lactação;
- aumenta catabolismo;
- reduz produção de leite;
• Fêmeas com condição corporal ruim ao parto:
- não respondem a alimentação adicional;
- apresentam leite com menor teor de gordura;
• Déficit energético e protéico na lactação
FATORES PREDISPONENTES

Manejo de alojamento e maternidade


• Stress de alojamento- respeitar normas para transferência para a
maternidade;

• Baixo consumo de água - infecções urinárias;

• Manejo alimentar pré e pós-parto – constipação e partos distócicos;

• Contaminação ambiental;
O QUE PODE SER FEITO?

Uso de antimicrobianos e anti-inflamatórios/anti-térmico

• Eliminar a fonte primária de infecção;


• Diminuir a dor e o edema mamários;
• Melhorar a condição clínica da fêmea;
• Usar Drogas amplo espectro
O QUE PODE SER FEITO?

Utilizar a capacidade máxima da fêmea no início da lactação

• Respeitar o número de tetas x número de leitões;


• Observar desgaste corporal da fêmea;
• Observar desenvolvimento dos leitões;
O QUE PODE SER FEITO?

Uso de ocitocina

• Tem papel na ejeção de leite;


• Quando aplicada, deve promover uma amamentação normal,
se não ocorrer, o problema é outro!!!
O QUE PODE SER FEITO?
Controle de possíveis infecções
Cistites/metrites/mastites
• Limpeza e desinfecção;
• Banho nas matrizes na transferência;
• Intervenções no parto - Medicações;
• Aferir temperatura corporal das matrizes;
• Qualidade e quantidade de água – estímulo para consumo.
INFECÇÕES GENITURINÁRIAS
Impacto das infecções geniturinárias
(+) Geniturinários (-) Geniturinários
N. Fêmeas
(n 437) (n 900)
Retorno ao cio 21,6% 16%

Morte mtz 4,1% 1,1%


( Estudo de 9 anos num único rebanho – Hoy, 2004 )
MOSCAS
PROGRAMA SANITÁRIO NA MATERNIDADE
1) Medicar a ração lactação na primeira semana de maternidade
2) Medicar 100% dos leitões no dia do parto (preventivo de artrites e enterotoxemia
por clostrídeos)
PROGRAMA SANITÁRIO NA MATERNIDADE
3) Aplicar coccidicida na
primeira semana de vida
dos leitões.
4) Medicar 100% das matrizes
submetidas a toque com
antibioticoterapia
5) Realizar a vacinação reprodutiva em 100% das matrizes
do 7-10 dia após o parto.
FALHA NA APLICAÇÃO
DETALHES DA INSTALAÇÃO
QUANDO A REFORMA É IMPRESCINDÍVEL…
LARGURA GAIOLA: ESMAGAMENTO

75 cm !
LARGURA GAIOLA: ESMAGAMENTO

90 cm !
SISTEMA “AMORTECEDOR”

46 – 48 cm
Agradecemos
sua atenção!

bruno@integrall.org
integrall.org

Você também pode gostar