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ae EES Minimizando o acidente Método HRN permite boa adequagao de prensa mecanica conforme prevé a NR 12 > wit José Gerard Moya Neto e A preocupacao didria com a satide e a seguranca do funciondrio nas empresas tem sido um dos principals assuntos nas indiistrias, A cada dia, as empresas inves- tem mais em capacitagdes ¢ treinamen- tos, tentando melhorar o resultado nas adequagtes de antigos ou novos projetos de equipamentos. principal problema quando se fala em seguranga de maquinas é a necessi dade de boa interpretagao e o enten: mento correlo das exigencias das Nor- mas Regulamentadoras, para assim po- der diminuir 0 riseo de acidentes e nao inluenciar no proceso produtivo. Infe~ izmente hé constantemente uma rela- co entre seguranga e producao. O ide- al é manter todo o sistema de seguranga do equipamento ¢ nao causar perdas no processo produtivo, porém sabe-se que isso nem sempre € possivel Assim, 0 Ministério do Trabalho criow as Normas Regulamentadoras, classifica das em 36 textos que fazem referencia 8 Seguranga e a Salide Ocupacional do operador. Dente elas, a norma que tem trazido mais diividas é a NR 12, eriterio. samente voliada para a adequagao de ‘maquinas ¢ equipamentos e que estabe- lece as prinelpais medidas para a preven- ‘cao da seguranca e satide do operador. Este artigo tem como objetivo 0 en- tendimento e a aplicagio da NR 12 em. prensas mecdnicas, também podendo ser usado como base em outros tipos de méquinas ou equipamentos. Mostra- mos como é feita a avaliagao de risco & as agbes a serem tomadas conforme ext: sgencias da NR 12. HISTORICO ‘A Seguranga do Trabalho envolve es- tudo e pesquisa em diversas dreas com a intengao de amenizar riscos © perigos Seer coe eran Flo AmrioBarboes ate Ener Filner segue sa pega ‘Saeerara Herts Gmnko = Uawrast nate Se Geena (6 Rest ProTEGiO fo Antonio Barbosa ‘que podem afetar o trabalhador duran te 0 seu dia, tentando evitar ao maximo, acidentes de trabalho e doengas ocupa- cionais. 0 Brasil 6 um pafs ainda novo em termos de pesquisas relacionadas a Se- guranga do Trabalho. Em 1930 existiam apenas quatro leis favoravets a0 seguro social dos trabalhadores, sendo elas: # Lein? 3.724, de 15/01/1919, sobre aci- dentes do trabalho, tornando compuls6- rio 0 seguro contra o risco profissional; *# Deereto n* 16.027, de 30/04/1923, que erion 0 Conselho Nacional do Tra- balho; ein? 4.682, de 24/01/1923, que insti- tua Caixa de Aposentadoria e Pensbes * Lei n® 5.109, de 20/12/1926, que es- tendeu o regime das Caixas de Aposen- tadoria as empresas portusrias. ‘Somente em 1944 foi criada e inclufda aCIPA (Comissdo Interna de Prevenaio de Acidentes) na legislacao brasileira, por meio do Decreto n’ 7.036/1944. Em. 1972, a Portaria 3.237 decrota a obriga- toriedade do Servico Bspecializado de Seguranga e Medicina do Trabalho, e em. 1977, coma Lei 6.514 ¢ Portaria 3.214 de 8 de junho de 1978, foram aprovadas as normas regulamentadoras. As NRs, por sua vez, 880 criadlas por meio de comissa0 tripartite, composta por representantes do governo, empregadores e emprega- dos. Sao usadlas como instrumentos Ie gais para a pritica da'safide e seguranga dos trabalhadores da empresa. As NRs tem forga de lel, sio compostas por vé- trios capftulos para faciltar 0 seu enten- dimento, Atualmente existem 36 NRs, dentre as quais, normas voltadas a ativi- dades ¢ operagdes insalubres, movimen- tapdo de carga, ergonomia, EPI (Equipa- ‘mento de Protecso individual), trabalho em construgao civil, entre outras. FUNCIONAMENTO ‘Atualmente, a NR 12 6 a norma que causa mais diividas entre as 36 NRs. Criada com o intuito do operador poder utilizar 0 equipamento de trabalho com seguranga, nessa norma sao definidas as referéncias técnicas necessérias, me didas de protecio, equipamentos para protecao individual/coletiva, todas as forramentas para garantit a sate ea in- tegridade fisica do operador do equipa- mento. ANR 12 foicriada em 8 de junho de 1978 pelo MTb e pode-se dizer que ela a norma que mais passou por atualiza- ‘ges durante os anos, Sua alteracdo mais, recente ocorreu por meio da Portaria n° 326, de 14 de maio de 2018. As normas publicadas pelo MTb nem sempre tratam. apenas de aspectos téenicos. Pode-se perceber que sao um pouco genéricas, nao tendo tantas atualizagées, sendo, portanto, apoiadas por outras normas ligadas & ABNT. ‘A Norma Regulamentadora 12 vem. sendo ulilizada diariamente nas empre- Probebidade de oor oss ‘isso ingosset 1 Atareiingeit ‘8 Inga! 2 Psa 5 ‘guna tance a Pra! 1 sto prove 6 (cones Foe ate 1) = Frequinca de exposiio os ‘rare 1 Mensaneia 15 ‘Somaainerio 25 iranirte 5 nurs de oe 5 Certo Foe: um 01) 70 pews PrOTEGAO Avalide sco ¢tandamental sag em diversos equipamentos. Porén, ‘que gera maiores diividas na aplicagao dda regulamentagao € a prensa. As pren- sas sio equipamentos usados para con- formacao e corte de matérias como ago, cobre, aluminio entre outras. Sua estru- tura basica € composta de: corpo (estr- ‘tura), martelo, eixo excéntrico, volante, mesa e seu sistema de acionamento pos- sulvalvula, embreayem e preumsticos. A prensa mecfnica basicamente transfor- ma 0 movimento rotative em uma forca linear. A prensa mecfnica, conforme a Pade score emceunstngs eames es pse carer Ext eel Mento usa Pec acre Sam sues ponte Sam vee De 1 2p a 3-7 pesos ‘ 8 poste . 18 specone 2 asd 0 pout Focus Foto 1, mostra que quando acionada por melo do bi-manual (3), omartelo (2) en- tra em movimento e a chave came de se- guranga (1) monitora 0 posielonamento do martelo, Todo o acionamento aconte- ce por freio/embreagem, interligados em um sistema pneumitico. Sendo assim, 0 riseo de acidente em uma prensa é mui- to alto, e anecessidade de uma avaliagao deriscos no equipamento é fundamental para sua seguranca, RISCO Para entender 0 que € a avaliagao de riseos deve-se entender 0 que é risco. O risco 6 probabilidade de um evento ‘ou algo perigoso ocorrer. A avaliagao de risco em um equipamento é 0 estudo ou ‘pesquisa para levantamento de todos os riseos aparentes e probabilidades que esse equipamento possa ter. Autores apontam que hi muitos tipos de avaliacao de isco, desde os moldes mais simples, com uma classificagio de risco menor aosmais complexos utilizando histéricos e estimativas e assim fornecendo resul- lads mais precisos. Comhecendo os ris ‘cos pode-se inieiar um planejamento de apbes para elimind-los ou minimizé-os (0 desfecho de uma avaliagao de risco, de acordo com especialistas, deve ser 0 inventario de aghes, com prioridades para elaborar, manter ou melhorar 0s controles. Um planejamento de agoes para implementacao de mudancas ne~ cessdrias é a consequéncia de uma ava- lingo de riscos, Para realizavio da avaliagao de riscos neste artigo utilizamos 0 método HRN (Hazard Rating Number) que ¢vaseado na ISO 12100:2018. 0 método € consi- derado muito eficaz para mensurar uma estimativa de riscos para os perigos en- contrados. Ble ficou conhecido em um artigo publicado pela revista Safety and Health Prectitionerno ano de 1990 pelo especialista na érea Chris Steel. Os para ‘metros usados para a avaliagao do méto- do HRN sao: Probabilidadle de ocorrén- cia (LO); Frequéncia de exposi¢do ao risco (FE); Grau de severidade do dano (DPH) e Nimero de pessoas expostas a0 risco (NP). Por melo de tabelas espectficas sa0 atribuldos nimeros a todos esses pa- rimptros, como pode ser conferido nas ‘Tabelas 1, Probabilidade de ocorréncia; 2, Frequéncia de exposi¢do; 3, Nimero de pessoas sob 0 riscoe 4, Grau da pos- Tabela $e Fraime soe sds ites cess Frum de sso-niabatipera Ped 2 es de les do hs Ant ce penance cn vido ‘der 2 peas cose pul eto vist am bos ans cu ohos tore pera emia Gai cues mes a pepo sn tees. Arrant com se conplonsies Fo Catan | Svolitsho Estas abelas serio utiizadas —valorque determina nivel de reco mini 0 cileulo para encontrar onfvel le ris- mo ouméximno de uma maquina se equi: SDP ne oma: HEN = LO x FE pamento avaliado pelo metodo HRN A {DEANE Com base nos valores enas _Tabela5 mostra ograudesiecren range Vartévels pré-estabelecidas chega-se 20 dle perigo que pode ser ealeuloca Area de 2c0800 ANALISE Portanto, por meio deste método men- clonado e de wna precisa ¢ profunda avaliacdo pode-se chegar a um range de isco de 0,00165 - que representa o nivel de tisco mais baixo possivel e que pode Ser classificade como raro - a uit range de 13.500 que representa o nivel de risco ais alto possivel classieado came tisco extremo, Podemos classificar o nivel de ‘Adeque a sua maquina nacional ou importada conforme normas nacionais (NR-12) ¢ inlemacioneis de seguranca em sua planta (0 om nossas instalagées, © Patio de servos abrange consuteria, implanacso técnica, ‘moniagem de pans eléticos veinamentos na rea de sequrana ‘de maquinas, além disso, oferocemos ceriicasso CE. Cleo de segurana 1. Apreciago de risco Gy iO) 2. conta de seguranga S Poptodesenrare 4. npomonon de stamae 5. Valeo sopuanga Saba on Salba mais em nosso site: Pliz- Especialista em saguranga de méquinas desde 1948. vvendas@pitz.com br | 455 11 4126-7290 THE SPIRIT OF SAFETY

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