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Mercado é o local real ou virtual onde compradores e vendedores realizam suas transações
comerciais. Portanto, pode-se dizer que existe o mercado de automóveis, de produtos
alimentícios, etc. (mercados reais), mas também o mercado eletrônico (virtual) de produtos
como livros, CDs, ações, etc.
A concorrência é a rivalidade (disputa) entre dois ou mais entes para conseguir seus objetivos
que acaba por organizar os mercados, determinando os preços e as quantidades de equilíbrio.
Portanto, quanto mais concorrência existir em um mercado, mais organizado e eficiente eles é.
Os mercados em concorrência imperfeita são aqueles nos quais o produtor ou produtores são
suficientemente grandes para influenciar o preço e as quantidades oferecidas em determinado
mercado. Ou seja, o preço nesse mercado é determinado pela intervenção ativa dos ofertantes.
Em geral, quanto mais elevado o número de participantes de um mercado, mais competitivo ele
será.
As interações entre oferta e demanda de determinado produto, portanto, serão ditadas pela
estrutura de mercado de cada bem em particular. Além disso, as características do mercado de
um produto específico variam de uma região para a outra. Em países desenvolvidos, por
exemplo, a probabilidade de haver muitas empresas ofertando o mesmo produto é grande. Nesse
caso, a maior concorrência entre os vendedores (fornecedores) daquele produto tende a reduzir
o preço de equilíbrio de mercado, beneficiando os consumidores. Essa concorrência é ainda
maior se a economia for aberta às importações. Em economias mais fechadas, com pouca oferta
de produtos estrangeiros, e poucas empresas no mercado (caso dos países em desenvolvimento),
os preços de mercado se estabelecem em patamares mais elevados, pois há menos concorrência
entre os ofertantes.
Para que um mercado seja considerado de concorrência perfeita, as seguintes condições devem
prevalecer:
• Ser composto por um número grande de empresas (mercado atomizado);
• Não existir diferenciação entre os produtos ofertados (produtos homogêneos);
• Não existir barreiras para o ingresso de novas empresas ou a sua saída;
• Todas as informações sobre lucros, preços, etc. devem ser conhecidas por todos os
participantes do mercado (transparência);
Nos mercados de concorrência perfeita, no longo prazo, não existem lucros extraordinários, mas
apenas os lucros normais que remuneram o empresário ou acionista. Ou seja, remunera seu
custo de oportunidade.
Se temporariamente houver lucro extraordinário no mercado em concorrência perfeita, isso
atrairá novas empresas para o mercado, pois não há barreiras de acesso aos novos entrantes.
Com o aumento da oferta, representado pela produção dos novos entrantes, os preços caem,
reduzindo os lucros extras até que só existirão novamente os lucros normais. O exemplo prático
mais próximo dessa estrutura de mercado teórica é o de produtos hortifrutigranjeiros.
Quanto mais dividido o poder de influenciar as condições de mercado, menos eficazes serão as
ações que objetivam manipular a quantidade disponível de produtos e os preços de mercado. Ou
seja, mais próximo de um mercado de concorrência perfeita se estará.
3.2. Monopólio
O mercado monopolista apresenta caraterísticas opostas às de livre concorrência. Isto é, nesse
tipo de mercado existe uma única empresa que domina inteiramente a oferta de determinado
produto, enquanto há muitos consumidores do mesmo.
Nessa estrutura de mercado não há concorrência, nem produtos substitutos ou concorrentes. Aos
consumidores restam as alternativas de se submeter às condições impostas pelo vendedor, ou
deixar de consumir o produto.
Os monopólios podem ainda existir por controle estatal de setores estratégicos ou de segurança
nacional como o petróleo, a energia e as comunicações.
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O desenvolvimento de uma economia é dependente de sua acumulação de capital, que é conseguida quando se aumentam os
investimentos em tecnologia, infra-estrutura e capital humano.
3.3. Monopólio Natural
As razões dos monopólios naturais ocorrem quando os custos médios diminuem à medida que
aumenta a quantidade produzida de bens (economia de escala) ou quando são necessários
investimentos iniciais vultosos. Assim, torna-se inviável do ponto de vista econômico a
existência de duas ou mais companhias telefônica (telefone fixo) ou de distribuição de
eletricidade na mesma localidade.
Quando uma empresa monopoliza um mercado, o preço de venda tende a ser superior àquele do
mercado em concorrência perfeita, ao passo que a quantidade ofertada tende a ser inferior. Esse
fato gera maiores lucros para as empresas monopolísticas e maiores prejuízos aos consumidores
já que pagam preços superiores. Assim, os governos normalmente estabelecem políticas
reguladoras de monopólios, com o objetivo de proteger os consumidores e as empresas
concorrentes.
3.4. Oligopólio
É um tipo de estrutura de mercado que se caracteriza por apresentar um pequeno número de
empresas que dominam a oferta de mercado e um grande número de compradores
(demandantes) nesse mercado.
O setor produtivo brasileiro de uma forma geral é altamente oligopolizado, sendo exemplos o
mercado de automóveis, de cosméticos, de papel e celulose, de bebida, de produtos químicos,
farmacêuticos e outros.
p = (1 + m)c
Onde, m é a taxa de mark-up (percentual sobre os custos diretos), c é o custo direto unitário
(custo variável médio).
A taxa de mark-up é fixada para cobrir os custos diretos, os custos fixos e atingir certa
rentabilidade desejada pelos acionistas.
Essas características resultam em um certo poder monopolista sobre o preço do produto, embora
o mercado seja competitivo.
A tabela 3.1 a seguir resume as principais características das estruturas de mercado existentes:
Monopsônio
É a estrutura de mercado na qual há somente um comprador para muitos vendedores dos
serviços dos insumos. É o caso de uma grande empresa que se instala em uma pequena cidade e,
por ser única, torna-se demandante exclusiva da mão-de-obra local, estabelecendo os salários.
Oligopsônio
É a estrutura de mercado em que há poucos compradores negociando com muitos vendedores.
Por exemplo, duas ou três indústrias de laticínios em uma região que adquire leite de inúmeros
produtores locais. A indústria automobilística é oligopsonista na compra de autopeças.
Monopólio Bilateral
É uma estrutura de mercado que ocorre quando um monopsonista, na compra de um fator de
produção, defronta com um monopolista na venda desse fator. Por exemplo, uma empresa
compra um tipo de aço que uma única outra empresa siderúrgica produz.
Fundamentos de Economia:
Saraiva
Marco Antonio Sandoval Vasconcelo Garcia.
2008