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2. ou devemos construir uma equação diferencial que relacione y(t) com x(t), e que
pode ser resolvida para qualquer sinal x(t) que se queira, obtendo-se y(t).
Equações diferenciais não são usadas apenas em análises de sinais, mas em qualquer
área da fı́sica e matemática. Primeiramente abordaremos a forma geral de uma equação
diferencial linear a coeficientes constantes que relacione duas funções quaisquer.
Se uma função g(t) é conhecida, podemos relacioná-la a outra função desconhecida f (t),
e escrevê-las na forma de equação diferencial, em termos delas próprias e suas derivadas
como:
∑N
dk f
ak k = g(t) , (1)
dt
k=0
dk f
com ak ∈ R. Para k > 0, se refere à k-ésima derivada, enquanto para k = 0, refere-se
dtk
à função f (t) propriamente. N é chamado de ordem da equação diferencial.
A equação 1 é chamada de equação diferencial linear a coeficientes constantes, e permite
encontrar a função f (t) desconhecida:
• A equação é linear porque é formada por uma combinação linear de cada uma das
( )2
dk f
derivadas. Por exemplo, não há termos do tipo , o que a deixaria de ser
dtk
linear.
1
Ordem das equações diferenciais
a0 f (t) = g(t)
df
a0 f (t) + a1 = g(t)
dt
df d2 f
a0 f (t) + a1 + a2 2 = g(t)
dt dt
Agora aplicaremos a equação 1 no caso em que temos dois sinais: a entrada x(t) e
sua saı́da y(t) após ser processada por um sistema LIT. Nesse caso podemos descrever
a relação entrada-saı́da através de uma equação diferencial substituindo f (t) ≡ y(t) e
∑M
dk x
g(t) ≡ bk k na equação 1, que é a forma mais geral para relacionar a entrada e a
dt
k=0
saı́da de um sistema LIT. Assim, a equação diferencial fica:
∑
N
dk y ∑ dk x
M
ak = bk k . (2)
dtk dt
k=0 k=0
Q(t)
VC (t) = ,e (3b)
C
dQ
IC (t) = , (3c)
dt
2
Sabemos também que em um circuito ligado em série:
dQ Q(t)
R + = V (t) . (5)
dt C
Nesse caso, comparando com a forma geral da equação diferencial mostrada na equação
2, identificamos:
1
x(t) ≡ V (t) a0 ≡ b0 ≡ 1
C
y(t) ≡ Q(t) a1 ≡R bk = 0, ∀k > 0
ak =0, ∀k > 1
3
1. É chamada de resposta natural do sistema a saı́da yh (t) à entrada nula (x(t) = 0).
Ela é dada simplesmente pela solução da equação homogênea:
∑
N
dk yh
ak =0. (7)
dtk
k=0
Para encontrar uma única saı́da y(t) (equação 11) à entrada x(t) em um sistema LIT
descrito por uma equação diferencial precisamos utilizar condições adicionais sobre o sis-
tema. Diversas condições podem ser usadas como condição inicial, mas em especial consi-
deraremos a condição de repouso inicial. Ela basicamente garante que se o sistema estava
sem sinal de entrada até um instante t0 , então sua saı́da até o instante t0 também será
nula. Matematicamante essa condição é expressa por:
se x(t) = 0 ∀t ≤ t0 ,
(8)
=⇒ y(t) = 0 ∀t ≤ t0 .
dQ Q(t)
R + = V0 , (10)
dt C
com solução dada pela soma da resposta natural do sistema e resposta forçada:
4
ii. Determinação da resposta natural do sistema Qh (t)
dQh Qh (t)
Vamos resolver a equação homogênea R + = 0:
dt C
dQh Qh (t)
R =−
dt C
1 dQh 1
=−
Qh dt RC
1 1
dQh = − dt
Qh RC
∫ ∫
1 1
dQh = − dt
Qh RC
t
ln Qh (t) = − +k
RC
Qh (t) = e− RC +k
t
Qh (t) = Q0 e− RC
t
(12)
onde Q0 ≡ ek .
Nesse caso chutamos que a dependência de Qp (t) com o tempo é a mesma que a
de V (t), ou seja, chutamos um Qp (t) = A, com A ∈ R e encontramos o valor de A
substituindo na equação 10,
dQp Qp (t)
R + = V0 , ou
dt C
d(A) A
R + = V0 .
dt C
d(A)
Como = 0, a equação fica:
dt
A
= V0 =⇒ A = CV0 .
C
Assim, Qp (t) = CV0 .
5
iv. Determinação da saı́da completa do sistema
Q(t) = Q0 e− RC + CV0 .
t
(13)
( )
Q(t) = CV0 1 − e− RC
t
(14)