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12/10/2015 Revestimento crítico | Téchne

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Revestimento crítico Edição Atual
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Pesquisador alerta para a necessidade de cura do revestimento e maior controle dos Gmail
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Por Luciana Tamaki Facebook
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Edição 157 ­ Abril/2010
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Sim, sua função é essa. Acontece que, por ser muito fino e não ter aditivos retentores
de água perde rapidamente a água. Há várias categorias de cimento, o CPII­E pode ter
até 35% de escória, e o CPIII, com até 65% de escória. A escória anidra atua como
aglomerante somente se houver água suficiente para transformá­la predominantemente
em silicatos hidratados. Quando se aplica o chapisco na parede, o cimento que tem
muita escória não adquire resistência, fica esfarelento pelo fato de perder a água. Isso é
um grande erro que ainda acontece em muitas construtoras: elas se preocupam muito
com o emboço e ignoram o chapisco. Já medimos a resistência de aderência de
chapisco, que estava em torno de 0,1 MPa. Com a cura, molhando uma a duas vezes ao
dia, durante dois ou três dias, a resistência de aderência foi para 0,7 a 0,8 MPa. E,
quanto à logística de obra, o chapisco pode ser facilmente curado, porque normalmente
é aplicado de baixo para cima. O resultado vai ser fabuloso, e nunca haverá falhas no
revestimento por problema de chapisco.
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Quais são as falhas mais correntes no planejamento dos revestimentos de argamassa?
Carreira
Confira a média salarial dos engenheiros civis
Para qualquer obra há opção de adquirir uma argamassa industrializada de algum dos contratados em 2015 no Brasil
inúmeros fornecedores ou preparar a argamassa em obra. A decisão deve ser feita
considerando­se o desempenho e o custo, sendo esse facilmente composto. A melhor Tecnologia
maneira de verificar o desempenho é fazer, e muitos já fazem, um pano piloto na obra, Com base em norma técnica, software de
por exemplo, de 2 m², do que vai ser o revestimento final nas mesmas condições que universidade calcula estruturas de madeira
se pretende executá­lo. O ideal é que esse pano piloto se situe numa fachada de
orientação mais desfavorável, como a face Norte. Se essa validação da argamassa não Projetos
for realizada com antecedência e planejamento, no momento de fazer o pedido de Casas instantâneas
compra o responsável acaba escolhendo a mais barata sem dados suficientes sobre o
desempenho para as condições de obra. Tecnologia
Recuperação de estruturas de concreto
E na execução, que cuidados devem ser tomados? armado exige planejamento e documentação
dos serviços
A questão de o pedreiro executar o revestimento no regime de tarefa é uma questão
difícil de ser mudada. A construtora, então, tem que ter no mínimo alguns
procedimentos de execução para treinar sua mão de obra. Uma coisa que pode ser feita DESTAQUES DA LOJA PINI
quando um prédio tem uma espessura de revestimento muito grosso, 6 cm a 7 cm, é o
Temas de Direito da
mapeamento da fachada. São instalados os arames de fachada alinhados e a uma
Construção
determinada distância da alvenaria em cada pano da fachada. Para cada arame, em Impresso
cada andar, na região das vigas, no meio do andar, mede­se a distância desse plano
imaginário ao substrato. A partir desses dados define­se a "cota" do plano final do
revestimento e, dessa forma, a espessura em cada ponto de medição. Isso é uma boa
prática. Nos locais onde a espessura do revestimento será elevada, o planejamento já

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deve prever a execução em duas camadas, evitando que o pedreiro queira fazer num
dia só, ainda mais se for num dia frio e com garoa. NEWSLETTER TÉCHNE
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Por quê? gratuitos

O pedreiro chapa a argamassa, ela não puxa, não seca, e ele não consegue colocar mais
argamassa em cima, porque despenca. Então ele às vezes pulveriza gesso na
Acesse e configure seus recebimentos
argamassa. O gesso chupa toda a água e promove o endurecimento do material, e
então ele coloca a outra camada de argamassa. Só que o gesso com cimento, mesmo
depois de endurecido, na presença de água ou qualquer umidade forma o composto
expansivo a etringita. Como consequência dessa expansão surgem fissuras no
revestimento e desagregação da argamassa. Posteriormente ocorre a queda do APLICATIVOS
revestimento.

Essa prática de usar gesso é comum?

Isso ocorre muito nas requadrações de janelas e vigas. Na quina da requadração, a
espessura de argamassa é maior, e por isso tende a cair. O melhor a fazer, que é o que
faziam antigamente, é encasquilhar o revestimento ­ colocar algum caco de tijolo
cerâmico na argamassa. Nesse caso não se aplica uma espessura muito grande de
argamassa, o tijolo ajuda a absorver a água da argamassa recém­aplicada e assim há
condições de se aplicar uma nova camada. A aplicação de gesso nesses locais é uma AGENDA VER MAIS

coisa que o pedreiro normalmente faz escondido e só se percebe depois, quando as
anomalias começam a surgir. de 08/09/2015 a 15/10/2015
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Mas isso se pratica? Parece um controle tão fino.

de 26/10/2015 a 27/10/2015
Obviamente o controle tem que ser feito na medida certa. O controle tem um preço II Congresso Pan­Americano de
absurdo. Mas cada empresa tem que saber qual é o sistema construtivo utilizado e Arbitragem
quais são os pontos mais vulneráveis desse sistema, e começar por aí. O afinamento do
controle, maior ou menor, tem que ser calibrado em função das patologias que venham de 27/10/2015 a 30/10/2015
a ocorrer no futuro. A construtora tem que ter alguém treinado, pode ser um técnico ou Aquanale ­ Feira Internacional de
encarregado mais esclarecido, que efetue um acompanhamento mais de perto da Produtos e Tendências para Piscinas e
Saunas
produção da argamassa e do revestimento.

de 27/10/2015 a 30/10/2015
As temperaturas extremas fatalmente contribuirão para a ocorrência de patologias?
Feira Internacional para Áreas de
Como evitar isso? Lazer, Esportes e Piscinas 2015

Pode acontecer, não só após o revestimento estar pronto, mas também na fase de
de 27/10/2015 a 30/10/2015
produção. Revestir com espessura elevada num dia frio e chuvoso tem grandes chances 57º Congresso Brasileiro do Concreto
de o pedreiro adicionar gesso ao emboço. Por outro lado, o outono é outra época crítica,
pois a umidade relativa cai muito, os dias são quentes e com vento seco, e o sol tem
trajetória mais baixa, incidindo mais diretamente na face Norte da fachada. Uma
espessura pequena de argamassa pode facilmente dessecar, e podem surgir fissuras.
Revista Téchne
20.154 curtidas
Praticamente todas as argamassas de revestimento existentes hoje possuem aditivos
para melhorar algumas características. Que propriedades, se exageradas, podem
comprometer o revestimento em vez de melhorá­lo?
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Falando primeiro do chapisco, quanto mais adesivo, normalmente emulsão acrílica,
3 amigos curtiram isso
melhor sua resistência de aderência. Mas quando se aditiva muito, está quase se
formando um cimento impermeabilizante. Então, ele tem maior potencial de aderência,
mas fica impermeável. A sua aderência ao substrato é muito boa, mas pelo fato desse
chapisco não ser capaz de sugar a água da argamassa de emboço, a aderência do
emboço ao chapisco fica prejudicada.

Rigidez demais não é bom?

Não. Às vezes, para uma argamassa feita em obra, uma pessoa pode pensar em pôr
bastante cimento para ficar bem forte. Melhora­se a aderência, mas o revestimento
produzido com essa argamassa terá maior rigidez, e qualquer movimentação que venha
a ocorrer, por temperatura ou própria do substrato, ele não vai ter capacidade de
absorver a deformação e pode vir a fissurar.

Quanto tempo deve durar um revestimento de argamassa até sua substituição
completa?

Quando se trata de revestimento cerâmico, a substituição pode ser somente das placas
cerâmicas, desde que a camada de emboço apresente boa resistência. Quando se trata
de edifício com revestimento de argamassa com pintura ou textura a questão é mais

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complicada, pois na retirada de todo o revestimento o edifício fica desnudo", com a
alvenaria exposta e durante as obras as fachadas deixam de ser estanques. Uma chuva
mais intensa pode vir a comprometer o revestimento interno. Quando a alvenaria é de
blocos cerâmicos é pior, pois na retirada do revestimento antigo pode haver rupturas
localizadas dos blocos cerâmicos. Devido a esse fator, quanto maior a vida útil, melhor.

Existe argamassa para sempre?

Não há. Eu até brinco que daqui a 200 ou 300 anos nada vai estar aqui. Mede­se a
resistência de aderência de um determinado revestimento com certa idade. Se ela for
satisfatória, é sinal que também o era quando o edifício foi entregue, mas não se pode
esperar que continue satisfatória para sempre. Tudo tem um decaimento. Cada
intervenção tem um custo. No revestimento de argamassa, creio que devemos pensar
num prazo de 30 a 50 anos de vida útil, não menos que isso. Eu sou fã do revestimento
em pastilhas de porcelana de 2 cm x 2 cm, muito empregado nas décadas de 60 e 70.
Em São Paulo temos muitos edifícios com esse revestimento em perfeito estado.

As argamassas viradas em obra podem ter a mesma qualidade de uma argamassa
industrializada?

Há empresas, hoje, que têm um sistema que eu acho fantástico, simples e funcional. A
argamassa preparada em obra normalmente é dosada em volume. A areia, quando está
úmida, tem um volume maior devido à tensão superficial da água que afasta os grãos.
O coeficiente de inchamento das areias é da ordem de 30%. Quando está seca, então,
os grãos se aproximam e há mais areia para o mesmo volume. Para que a quantidade
de areia não varie a cada mistura (betonada), tem que se trabalhar só com areia seca
ou só com areia úmida. O que algumas empresas estão fazendo é ensacar toda a areia
quando ela chega à obra, que é geralmente úmida, utilizando uma caixa com fundo
falso que dá volume constante. Com isso é garantida a constância do traço. Claro que os
produtores da argamassa industrializada combatem a argamassa rodada em obra, mas
isso é mercado.

Ao se executar o reparo de um revestimento de argamassa, o que se pode fazer para
não deixar emendas muito aparentes ou diferenças gritantes de cor e textura?

Depende do acabamento final. Se for com textura, não existe inconveniente se ficar
uma diferença de tonalidade ou de rugosidade. Se tratar­se de um revestimento da
parede interna que vai ser pintado sem o emprego de massa corrida, aí a textura é
importante. Deve­se tomar alguns cuidados, como usar uma areia com a mesma
granulometria, desempenar e deixar com a mesma textura. A tendência é o remendo
ficar mais saliente em ralação ao plano do revestimento. Para evitar a formação de
cicatrizes, deve­se cortar bem todo o contorno da região de reparo com uma régua
pequena para eliminar o ressalto. Se tiver mudança de cor, indica que pode ter mudado
o traço, ou o fornecedor de areia. É bom que as construtoras tenham só um fornecedor
de areia para garantir sua constância, e que seja feito algum controle periódico ­ pode­
se usar duas peneiras, uma de malha mais grossa e outra mais fina. Há controles muito
fáceis de serem realizados em obra que garantem uma uniformidade do revestimento.
Uma argamassa decorativa de camada única não tem como fazer emenda, tem que
trabalhar o pano inteiro, de friso a friso. Mesmo assim, são necessários testes para
chegar à cor atual da fachada, porque ela pode ter se alterado ao longo do tempo. É um
trabalho de artista.

Alguns construtores dizem notar, às vezes, grandes diferenças num mesmo produto,
devido talvez à variabilidade dos materiais componentes. Como evitar que essa variação
comprometa a qualidade do revestimento?

Deve­se ter um controle mínimo de uniformidade. Mas também não se focar
demasiadamente em ensaios em detrimento do controle da produção. Adotando­se a
prática de execução do pano piloto, o ensaio de resistência de aderência pode ser
realizado aos sete dias, ou aos 14 dias, e mais um aos 28 dias, para ser confrontado
com as especificações. Pode­se usar o resultado aos sete dias como parâmetro, para que
durante a execução do revestimento da fachada já seja possível sua avaliação sem
esperar 28 dias para fazer o ensaio. Recomendo ainda executar uma quantidade maior
de ensaios no início do processo. Esses ensaios podem ser distribuídos entre os vários
balancins, com diferentes equipes e nos vários andares. Assim avalia­se o fator mão de
obra, pois pode haver diferenças marcantes no desempenho do revestimento executado
por cada equipe, e a questão da orientação da fachada. Executa­se uma quantidade
maior de ensaios no início, e se estiver tudo certo o controle pode ser afrouxado e os
ensaios mais espaçados. Em relação ao produto, pode ser feita uma caracterização da

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argamassa completa em laboratório, e até desenvolver com o laboratório parceiro
ensaios expeditos de controle em obra. Um fator que influencia muito o desempenho da
argamassa industrializada é o tempo de mistura. Ela tem aditivos que incorporam ar, o
que dá trabalhabilidade, mas, se a mistura for realizada por muito tempo, pode haver
maior incorporação de ar, o que diminui a resistência mecânica da argamassa. Outro
fator é a quantidade de água. Se o operário tiver apenas um balde graduado, se passar
da quantidade ele provavelmente não terá paciência de ajustar para a quantidade
correta. A melhor coisa a fazer nesse caso é ter um balde com um corte lateral que
permite o extravasamento do excesso de água. São pequenas práticas como essa que
vão cercando as variáveis do processo.

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