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Termometria e calorimetria

Nomes: Bruno Oliveira


Felipe Baptista Ferreira
Marcos Vinícius Antunes dos Santos
Vitor de Oliveira Ramos

Turma: 3123
1 INTRODUÇÃO:

1.1 Termometria e Calorimetria


A termometria e a calorimetria faz parte da termologia é responsável por
estudar os fenômenos relativos ao aquecimento e resfriamento de corpos, por meio da
definição de grandeza, como é o caso de temperatura, pressão, energia interno ou mesmo
calor, e das relações físico-matematicas que estão no entorno dessas situações. Os corpos,
para que tal estudo seja realmente conclusivo, são analisados de modo micro e
macroscópico.
A termometria sabemos que a temperatura, em linhas gerais, se trata de um tipo
de grandeza física, que é normalmente associada ao grau de agitação das partículas de um
corpo. Em outras palavras, quando um corpo qualquer recebe energia térmica de alguma
fonte dada, a agitação molecular do corpo aumenta, fazendo com que a temperatura suba.
Caso esse mesmo corpo perca energia térmica, as moléculas se agitarão menos e a
temperatura cairá. Ou, em qualquer uma das situações, mudará o estado físico,
dependendo do corpo em questão.

A Calorimetria vem ao encontro das necessidades de justificativa teórica a


respeito de aquecimento ou resfriamento de certo corpo, além de ser um conhecimento
que se relaciona a mudanças de estado físico, a qual admitimos que exista troca de energia
entre os corpos, que recebe o nome de calor.

Dilatação térmica – Na termodinâmica, dilatação térmica é o nome que se dá ao aumento


do volume de um corpo ocasionado pelo aumento de sua temperatura, o que causa o
aumento no grau de agitação de suas moléculas e conseqüentemente aumento na distância
média entre as mesmas.
Propagação de calor –A propagação do calor entre dois sistemas pode ocorrer
através de três processos diferentes: a condução, a convecção e a irradiação.
Troca de calor – A troca de calor acontece quando dois ou mais corpos com
temperaturas diferentes são colocados em contato em um mesmo ambiente (sistema
isolado) e, depois de certo tempo, alcançam o equilíbrio térmico.
2 TEORIA:
Uma substância pode se apresentar em três estados físicos definidos (sólido,
líquido, gás). Na realidade existem autores que consideram a existência de mais 3 ou 4
estados físicos que são pouco estudados no meio acadêmico. São eles; Plasma,
Condensado de Bose-Einstein e o Gás Fermiônico. Sabendo disso iremos definir os 3
principais estados físicos de uma substância apontando suas principais “características”.
Estado sólido: Uma substância que se encontra no estado sólido possui forma
definida, independendo do recipiente em que ela é colocada; Ex: Um gelo estando em um
copo ou em uma jarra manterá sua forma, ao mesmo tempo também possui volume
invariável. Entre suas moléculas agem intensas forças coesivas justificando sua estrutura
molecular, onde as mesmas se encontram mais próximas uma das outras.
Estado líquido: Nesse estado a substância assume uma forma de acordo com o
recipiente em que é colocada. Assim como o sólido o estado líquido possui volume
invariável. Suas moléculas estão mais “livres” em relação ao estado sólido.
Estado Gasoso: No estado gasoso suas moléculas se encontram totalmente
separadas uma das outras. Sua forma e volume são definidos unicamente em relação ao
recipiente que a contém.

Agora passemos a falar especialmente da termometria. O primeiro conceito


importante que devemos destacar é o conceito de temperatura.
A temperatura é uma grandeza física escalar que está associada ao grau de
agitação molecular de um sistema. O grau de agitação térmica molecular não pode ser
medida diretamente, por isso a medida da temperatura é feita indiretamente medindo-se
grandezas físicas que variam com ela, por exemplo, pressão, volume, etc. Vale ressaltar
que a sensação térmica é uma forma de medição imprecisa da temperatura.
Quando falamos em estado físico acima percebemos que a temperatura do estado
sólido, líquido e gasoso estão relacionados da seguinte forma.
T sólido < T líquido< T gasoso
Uma vez que as moléculas dos gases estão mais “agitadas” em relação aos outros
estados físicos.
Voltemos às medições da temperatura. Os termômetros são instrumentos capazes
de medir a temperatura de um corpo. Existem vários deles com os mais variados processos
de medição. Um termômetro é composto por uma haste metálica e um bulbo (que contém
a substância termométrica). Os termômetros mais comuns são os clínicos, na qual o
mercúrio é a substância termométrica.

2.1 Graduação de um Termômetro

A graduação de um termômetro consiste basicamente na determinação dos


chamados pontos fixos. Os pontos fixos servem como referência para medida de todos
os outros valores de temperatura. Essa graduação é feita a partir de uma substância pura,
no caso a água a uma pressão de 1atm(atmosfera). O primeiro ponto fixo é obtido
mergulhando-se o termômetro em um recipiente que contenha gelo em fusão. Já o
segundo ponto fixo é determinado mergulhando-se o termômetro em um recipiente que
contenha água em ebulição.
1º Ponto fixo =Ponto de Fusão do Gelo (corresponde a 0ºC a um 1 atm.)
2º Ponto Fixo = Ponto de Ebulição da água (corresponde a 100 ºC a um 1atm)
Lembrarmos que a pressão varia proporcionalmente a temperatura, somente,
podemos dizer que a água pura satura (vaporiza) a 100ºC a uma dada pressão
correspondente a 1 atm.
Definidos os pontos fixos da água na escala Celsius, destacamos 2 escalas
importantes de temperatura; Fahrenheit e Kelvin.
Escala Fahrenheit (Utilizada em países de língua inglesa)
1º ponto Fixo: 32
2º ponto Fixo: 212
Escala Kelvin (é a escala de temperatura do SI)
1º ponto Fixo: 273
2º ponto Fixo: 373
A partir dos respectivos valores dos pontos fixos de cada escala podemos
relacionar essas escalas de modo a obter uma equação que converta uma temperatura em
uma dada escala para outra escala. Vejamos:

Escalas termométricas: Kelvin, Fahrenheit e Celsius. Ilustração: Designa /


Shutterstock.com

Por Interpolação obtemos a equação


C/5 = F-32/9 = K-273/5
Vale destacar que o zero absoluto é um valor teórico obtido experimentalmente
que indica a “paralisação /morte da matéria” cujo valor é 0K.
A calorimetria é uma ramificação da termologia que analisa os problemas
enfrentados na troca de calor em sistemas de temperaturas diversas no interior de
recipientes isolados do meio externo ou não. Podemos exemplificar a situação, se dois
corpos X e Y possuem temperaturas TA e TB, sendo TA > TB, forem colocados dentro
de um recipiente termicamente isolado do meio externo, pode-se observar que após certo
tempo, os corpos vão aprestar temperaturas iguais, TA=TB. Em um sistema termicamente
isolado, a temperatura de equilíbrio entre os corpos em contato será sempre maior que a
menor temperatura e sempre menor que a maior temperatura.
Calor - Energia térmica que flui de um corpo para outro em virtude da diferença
de temperatura entre eles. Pode ser adicionado ou removido de uma substância. É medido
em calorias ou joules S.I.
Calor sensível- É o calor absorvido ou cedido por um corpo que tem como
conseqüência a variação da energia cinética de vibração, que, atua diretamente na
temperatura do corpo em questão. O corpo que absorve ou distribui calor, mantém seu
estado de agregação, variando sua temperatura.
Calor latente - É o calor cedido ou absorvido por um corpo que tem como
conseqüência a variação da energia potencial. O corpo que absorve ou distribui, mantém
sua temperatura constante, porém passa por mudança de estado físico.
Capacidade térmica (C)- É a razão entre a quantidade de calor e a variação de
temperatura. A capacidade térmica de um sistema entre dois ou mais corpos, corresponde
a soma dos calores individuais da capacidade térmica de cada corpo.

Q
C=
∆∅
C: capacidade térmica do corpo.
Q: quantidade de calor trocada pelo corpo.
∆∅: variação de temperatura do corpo.
A unidade de capacidade térmica no S.I. é o J/K (joule por kelvin).
Calor específico (c): É a capacidade específica de uma substância de mudar sua
temperatura ao receber ou liberar calor para cada massa unitária que esta vier a se incluir.
Isto quer dizer que a Capacidade Térmica de um corpo é dada pelo Calor Específico da
substância que o compõe e sua massa. Quanto menor o calor específico de uma
substância, menor será a quantidade de calor necessária para elevar a sua
temperatura. O calor específico depende do estado de agregação do sistema, sendo
maior no estado líquido do que no estado sólido.
A unidade usual para determinar o calor específico é cal/g°Ce no S.I. é o J/K.kg

c= MC
c: calor específico de um dado material.
C: capacidade térmica da amostra deste material.
M: massa da amostra deste material.
Uma caloria (1 cal): é a quantidade de calor necessária para aquecer, sob pressão
normal, 1,0 g de água de 14,5°C a 15,5°C.

2.2 Função Fundamental da Calorimetria


(Quantidade de Calor Sensível)
Ocorre mudança de temperatura nas substâncias.

𝐐 = 𝐦. 𝐜. ∆∅
Q>0 (o corpo recebe calor)∆∅ > 0(o corpo se aquece).
Q<0 (o corpo cede calor)∆∅ < 0(o corpo se esfria).
2.3 Quantidade de Calor Latente

Ocorre mudança de estado físico nas substâncias.

𝑸 = 𝒎. 𝑳
2.4 Propriedades envolvidas nas trocas de Calor (Princípios da
Calorimetria)

Imagem para calorimetria, explicação de transferência de calor até que o sistema


fique em equilíbrio.
Princípios de transformações inversas: a quantidade de calor que um corpo recebe
é igual, em módulo, à quantidade de calor que um corpo cede ao voltar, pelo mesmo
processo, à situação inicial.
Princípio do Equilíbrio Térmico: quando vários corpos inicialmente a
temperaturas diferentes trocam calor entre si, e só entre si, observamos que alguns perdem
enquanto outros recebem calor, de tal maneira que decorrido um certo tempo, todos
estacionam numa mesma temperatura, chamada temperatura de equilíbrio térmico.
Princípio da Igualdade das Trocas de Calor: quando vários corpos trocam calor
apenas entre si, a soma das quantidades de calor que alguns cedem é igual, em módulo, à
soma das quantidades de calor que os restantes recebem.
Q1+q2+...+Qn =0

2.5 Unidades usuais no SI


C= capacidade térmica (cal/°C ou J/K)
Q= quantidade de calor (cal ou J)
∆T ou ∆Θ= variação de temperatura (ºC ou K)
c= calor específico (cal/g°C ou J/kg K)
M= massa (g ou Kg)
T= temperatura (°C ou K)

2.6 Dilatação térmica

Todos os corpos existentes na natureza, sólidos, líquidos ou gasosos, quando em


processo de aquecimento ou resfriamento, ficam sujeitos à dilatação ou contração
térmica.
O processo de contração e dilatação dos corpos ocorre em virtude do aumento ou
diminuição do grau de agitação das moléculas que constituem os corpos. Ao aquecer um
corpo, por exemplo, ocorrerá um aumento da distância entre suas moléculas em
consequência da elevação do grau de agitação delas. Esse espaçamento maior entre elas
manifesta-se por meio da escansão das dimensões do corpo, as quais podem ocorrer de
três formas: linear, superficial e volumétrica. O contrário ocorre quando os corpos são
resfriados. Ao acontecer isso, as distâncias entre as moléculas são diminuídas e, em
consequência, há diminuição das dimensões do corpo.
Dilatação linear:é a dilatação que se caracteriza pela variação do comprimento do
corpo. Essa variação pode ser calculada a partir da seguinte equação matemática:
ΔL = α.L0.ΔT
α: é o coeficiente de dilatação térmica linear, cuja unidade é o °C-1, que depende
da natureza do material que constitui o corpo;
Lo: é o comprimento inicial do corpo;
ΔL e ΔT:são, respectivamente, a variação do comprimento e de temperatura do
corpo.
Dilatação superficial: é a dilatação que se caracteriza pela variação da área
superficial do corpo. Essa variação na superfície do corpo pode ser calculada por meio da
seguinte expressão:
ΔS = β.S0.ΔT
β: é o coeficiente de dilatação térmica superficial, cuja unidade é a mesma do
coeficiente de dilatação térmica linear e também depende da natureza do material que
constitui o corpo;
β: 2α;
So: é a área da superfície inicial do corpo;
ΔS e ΔT: são, respectivamente, a variação da área da superfície e a variação da
temperatura do corpo.
Dilatação volumétrica: é a dilatação que se caracteriza pela variação da volume
do corpo. Essa variação pode ser calculada com a expressão:
ΔV = γ.V0.ΔT
γ: é o coeficiente de dilatação térmica volumétrica, cuja unidade é a mesma do
coeficiente de dilatação linear e superficial e também depende da natureza do material
que constitui o corpo;
γ: 3α;
Vo: é o volume inicial do corpo;
ΔV e ΔT: são, respectivamente, a variação do volume e a variação da temperatura
do corpo.
2.7 Propagação de calor
A condução térmica, como detalharemos adiante, é um processo lento de
transmissão de energia, de molécula para molécula, sempre no sentido das temperaturas
mais altas para as mais baixas.
Na convecção térmica, as partes diferentemente aquecidas de um fluido
movimentam-se no seu interior devido às diferenças de densidades das porções quente e
fria do fluido. Tanto a convecção como a condução não podem ocorrer no vácuo, pois
necessitam de um meio material para que possam ocorrer.
A irradiação é a propagação de energia através de ondas eletromagnéticas.
Quando a energia dessas ondas é absorvida por um corpo, intensifica-se a agitação de
suas moléculas, acarretando aumento de temperatura. Esse tipo de propagação energética
pode ocorrer no vácuo.
Seja Q a quantidade de calor que passa por uma superfície S num intervalo de
tempo Δt. Definimos fluxo de calor (ɸ) como sendo o quociente entre Q e Δt:

ϕ=QΔtϕ=QΔt
A unidade de fluxo de calor no SI é o watt (W), isto é, joule por segundo. No
entanto, são muito usadas as unidades caloria por segundo (cal/s) e caloria por minuto
(cal/min). A definição de fluxo de calor é válida qualquer que seja o processo de
propagação de calor através da superfície.

2.8 Trocas de calor


Já vimos que dois ou mais corpos a temperaturas diferentes, formando um sistema
isolado, tendem a atingir a mesma temperatura.
Quando isso ocorre, costuma-se dizer que esses corpos trocam calor. Como calor
é energia, o principio de conversão da energia garante que a energia total envolvida nesse
processo é constante. Além disso, se um corpo cede calor e não muda de fase, a sua
temperatura final (t) torna-se menor que a inicial (t0). Portanto, a variação de temperatura
(Δt = t – t0) e a quantidade de calor cedida (Qc) são negativas. Por raciocínio análogo,
quando o corpo recebe calor, a variação da temperatura e a quantidade de calor recebida
(Qr) são positivas. Veja o esquema:

Assim, se o sistema for isolado e houver apenas trocas de calor entre os seus
constituintes, a soma algébrica das quantidades de calor cedidas (ΣQc) e recebidas (ΣQr)
deve ser nula:
ΣQc + ΣQr = 0
Essa é uma consequência imediata do Princípio da conservação da Energia.
Qualquer resultado diferente de zero indicaria a perda ou o ganho de energia, o que
contraria esse princípio.
Mudança de fase e calor latente
Vejamos, agora, o caso em que cedemos calor a um corpo e não há variação de
temperatura.

Neste caso todo o calor é utilizado no trabalho de separação das moléculas


vencendo a força de coesão e produzindo uma mudança de estado, a temperatura
constante. Esta quantidade de calor que produz mudança de estado da temperatura
constante é chamada calor latente.
Quando a substância está mudando de fase, verifica-se que a razão entre a
quantidade de calor transferida (Q) e a massa (m) que mudou de fase dessa substância é
constante. Essa constante, denominada calor latente (L), é definida pela razão.

L = Q/m
Logo:
Q = mL
O valor da constante L, cuja unidade no SI é J/kg, depende da substância e da
correspondente mudança de fase: o calor latente de fusão ou solidificação da água é 3,33
.105 J/kg, enquanto o calor latente de condensação ou vaporização é 2,26. 106 J/kg.
3 DILATAÇÃO TÉRMICA
3.1 Objetivo
Nosso experimento consistiu em analisar a expansão térmica de uma barra,
através do aquecimento da mesma, analisarmos o coeficiente de dilatação e determinamos
de qual material é feita a barra.

3.2 Material utilizado


Reservatório de água
Gerador de vapor elétrico
Base metálica
Corpos de prova (haste de ferro)
Relógio comparador
Cronômetro

3.3 Procedimento prático


Medir o comprimento da barra (Lo) observar a temperatura inicial (To), coloco o
relógio comparador no zero, logo após ligar o gerador de vapor elétrico. Conforme a agua
do reservatório vai entrando em ebulição, seu vapor passa pelas conexões até chegar na
haste (corpo de prova), feito isso o cronometro foi ligado e armazenado o tempo que o
vapor atravessou de um lado ao outro. E por ultimo foi armazenado os valores do tempo,
relógio comparador e cronometro.
3.4 Dados

L0 T0 T ∆𝑳 T D
485 mm 27°C 95°C 0,43mm 41,66s 0,5 cm

Legenda:
L0 – comprimento inicial
T0 – temperatura inicial
T – temperatura
∆𝐋– variação de comprimento (dilatòmetro) ex .: 50x0,01= 0,50 mm
D – diâmetro da barra = 0,5 cm
3.5 Cálculos
Determinar o valor do coeficiente de dilatação linear (∝) do material:
∆𝐋
∝=
𝐋𝟎 𝐗 ∆𝐓
∆𝑻 = 𝟗𝟓°𝑪 − 𝟐𝟕°𝑪 = 68 °C

𝟎,𝟒𝟑𝐦𝐦 𝟎,𝟒𝟑 𝟎,𝟒𝟑


∝= = ∝= = ∝= = 1,3 x 𝟏𝟎−𝟓°𝐂−𝟏
𝟒𝟖𝟓𝐦𝐦 𝐗 𝟔𝟖°𝐂 𝟑𝟐𝟗𝟖𝟎 𝟑𝟐𝟗𝟖𝟎

Consulto uma tabela (∝) e descubro o material utilizado.

Substância ∝ (𝟏𝟎−𝟓 °𝐂−𝟏 )


Aço 1,2
Alumínio 2,4
Cobre 1,4
Latão 2,0
ouro 1,4
Prata 1,9
Vidro comum 0,9
Vidro pirex 0,3
Platina 0,9
Ferro 1,3
Tabela extraída do site (www.ucb.br)

3.6 Resultados
Através da equação, encontramos o valor do coeficiente e ao compararmos com a
tabela verificamos que o material utilizado foi o ferro.
4 PROPAGAÇÃO DE CALOR
4.1 Condução
É a forma de transferência de calor onde a energia é transferida de partícula para
partícula, através da agitação atômico-molecular. Logo, só é possível em meios materiais
e tende a ser mais acentuada em sólidos, onde a interação entre as partículas é maior.
Acredita-se que os elétrons livres tenham participação fundamental nesse processo, pois
os metais são os materiais que mais eficientemente transmitem a energia por condução,
sendo denominados bons condutores ou simplesmente condutores térmicos. Há materiais
em que a condução ocorre de modo pouco intenso, sendo denominados maus condutores
térmicos ou isolantes térmicos. Estão nesse caso, por exemplo, os líquidos e os gases em
geral, o isopor, a madeira, o feltro e a cortiça.
Esses materiais têm larga aplicação prática, sempre que se deseja isolamento
térmico. Assim, cabos de panela são de madeira ou plástico, geladeiras portáteis são de
isopor, calorímetros são isolados com placas de cortiça, etc. Tomemos como exemplo
uma barra sólida, cujo comprimento vale L e com seção transversal A, colocada entre
dois sistemas com temperaturas constantes, mas diferentes em seus extremos.
Considerando-se uma barra de comprimento L e seção reta A, observa-se que a
temperatura varia ao longo da barra de uma extremidade a outra de modo contínuo. É
fundamental que a barra seja isolada lateralmente. Neste caso, o fluxo de calor através da
barra será dado pela Lei de Fourier:
ϕ=QΔt=kA⋅(T2−T1)Lϕ=QΔt=kA⋅(T2−T1)L

Onde T2 e T1 são as temperaturas das extremidades da barra. A constante de


proporcionalidade k é característica de cada substância, sendo denominado coeficiente de
condutibilidade térmica do material. Seu valor é elevado para os condutores e baixo para
os isolantes.

4.1.1 Objetivo
Através dos cálculos dos itens (3.4 e 3.5), calcular o fluxo de calor (∅).

4.1.2 Material utilizado


Verificar itens (3.2)
4.1.3 Dados
Verificar itens (3.4 e 3.5)

4.1.4 Cálculos
Primeiramente consulto uma tabela de coeficiente de condutibilidade térmica
(item4.1.4) a fim de encontrar o valor de (K) para o material utilizado (ferro).
Em seguida cálculo o fluxo de calor, através da seguinte equação:

−𝐊 𝐀 𝐝𝐓
∅=
𝐋𝟎
Legenda:
L0 – comprimento inicial
𝐝𝐋– variação de temperatura
𝜋𝐷 2 𝜋(0,5𝑋10−2 )2
D – área = =
4 4

K – coeficiente de condutibilidade térmica

Então:

𝐰
(−𝟖𝟎 )).(𝟎,𝟎𝟎𝟎𝟎𝟏𝟗𝟔𝟑𝟒 𝐦).𝟔𝟖°𝐂 −𝟎,𝟏𝟎𝟔𝟖𝟏𝟒𝟏𝟓
𝒎𝑲
∅= ∅= = -0,000220235J/s
𝟒𝟖𝟓 𝐦𝐦 𝟒𝟖𝟓𝐦𝐦

4.1.5 Conclusão
Material ∝ (°𝑪) K(W/Mk)
Latão 𝟏, 𝟗𝟑 𝒙 𝟏𝟎−𝟓 109
Ferro 𝟏, 𝟑 𝒙 𝟏𝟎−𝟓 80
Cobre 𝟏, 𝟕 𝒙 𝟏𝟎−𝟓 400

Podemos observar que a condutividade térmica é dependente dos aspectos de


comprimento, espessura, material, área e temperatura. Neste experimento o fluxo de calor
encontrado foi de -0,000220235J/s.
4.2 Convecção
É uma forma de transferência de calor que acontece somente em fluidos, isto é,
nos líquidos, gases e vapores, uma vez que há movimentação das partículas
diferentemente aquecidas no interior do meio, não podendo ocorrer nos sólidos. Sua causa
é a mudança de densidade dos fluidos com a temperatura.
Quando um fluido é aquecido por sua parte inferior, esta região se torna mais
quente, menos densa, e o fluido sobe; a região superior do fluido, relativamente mais fria
e mais densa, desce. Formam- se então as denominadas correntes de convecção (uma
ascendente quente e outra descendente fria), que podem ser visualizadas se colocarmos
um pó fino, como serragem, no interior do líquido.
A convecção apresenta uma série de aplicações e situações práticas:
- o congelador, que é colocado no alto dos refrigeradores, para que o ar resfriado
pelos mesmos desça e resfrie também a geladeira. Esse também é o motivo pelo qual
devemos se possível, instalar os aparelhos de ar condicionado na parte de cima dos
cômodos;
- a eliminação de gases pelas chaminés: gases, estando aquecidos, tendem a subir
devido à baixa densidade.
- a formação de brisas na praia. Durante o dia, o ar próximo à areia da praia se
aquece mais rapidamente do que o ar próximo à superfície do mar, pois o calor da areia é
menor que o calor específico da água. Desta forma, o ar aquecido do continente sobe e o
ar mais frio do mar desloca-se para o continente, formando a brisa marítima. À noite, o
ar sobre o oceano permanece aquecido mais tempo do que o ar sobre o continente, e o
processo se inverte. Ocorre então a brisa terrestre.

4.3 Irradiação
Corpos a qualquer temperatura possuem a propriedade de emitir ondas
eletromagnéticas ou radiação. Isso é chamado de irradiação térmica. As características
dessa radiação dependem da temperatura que o corpo se encontra, verificando-se que
quanto maior a temperatura maior a frequência e maior a intensidade de energia irradiada.
As ondas eletromagnéticas podem se apresentar sob diversas formas: luz visível,
raios X, raios ultravioleta, raios infravermelhos etc. Dessas, as que apresentam efeitos
térmicos mais acentuados para o corpo humano são os raios infravermelhos.
Essa forma de transferência de calor difere das demais, pois as ondas
eletromagnéticas conseguem se propagar no vácuo, não necessitando de um meio
material, o que não acontece na condução e na convecção. Logo, essa é a forma de
transmissão de calor do Sol até nós, por exemplo.

4.3.1 Material utilizado


Lâmpada
Termômetro
Cronômetro

4.3.2 Procedimento prático


Foi colocada uma lâmpada acesa, apontada para o bulbo do termômetro durante
60 segundos e foi aferida a variação de temperatura.

4.3.3 Cálculos
𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎
Potência da lâmpada = 60 w = = luz + calor
𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜

Energia = potência 60 w x tempo


60j/s x 60 segundos = 3600j
𝑄 = 𝑚𝑐∆𝑡
Desses 3600j 20% e dissipada na forma de calor.
Q=720 j

Onde, mc (C) = capacidade térmica.


To =28 °C
T =29 °C

Então;
720J = C X 1
C= 720 J

4.3.4 Conclusão
Através do experimento podemos comprovar que a lâmpada utilizada emite 720 j
de calor sensível. Ficou possível verificar também que onde não existe a passagem do ar
a temperatura se estabilizou criando uma ilha de calor. E a geometria do objeto também
utilizado interfere no processo do experimento.

5 TROCA DE CALOR
5.1 Objetivo
Verificar a troca de calor da massa de gelo e de água assim como se esta troca de
calor é eficiente.
5.2 Material utilizado
Recipiente maior
Recipiente menor
2 termômetros
554 g de agua
98 g de gelo
Cronômetro

5.3 Procedimento prático


Colocou-se 554 g de água no recipiente de tamanho maior, e 98g de gelo no
recipiente de menor, logo após colocou –se o recipiente menor, com gelo, dentro do
recipiente maior com água .logo após foram colocado dos termômetros nos recipientes,
aguardou-se alguns instantes(30 em 30s) e retiraram-se os termômetros para verificar a
temperatura. Foi feito esse processo 22 vezes.

5.4 Dados
To 1° 2° 3° 4° 5° 6° 7° 8° 9° 10° 11° 12°
Gelo(°C) 0 3 4 3 6 6 6 7 7 8 9 8 8
Agua(°C) 22 20 19 17 17 16 15 15 14 14 15 14 14
13° 14° 15° 16° 17° 18° 19° 20° 21° 22°
Gelo(°C) 9 8 9 10 9 10 10 11 11 12
Agua(°C) 14 13 13 13 13 13 12 12 12 12
Mágua= 554 g
Mgelo= 82 g
(To) água= 22°C
(To) gelo= 0° C
T fusão= 8°C
T equilíbrio térmico = 12 °C
C gelo =0,5 cal/g°C
C água = 1 cal/g°C
L fusão = 80 cal/g

5.5 Cálculo
Quantidade de calor, Q:
- Recebe: gelo
Q1 Q2 Q3
Mgelo∆𝑡 Mgelo Lfusão Mgelo Cágua∆𝑡
+ +
Teq - Tfusão
Tfusão – To gelo

-Cede: água + calorímetro


Q4
Mágua Cágua
∆𝑡
(Teq-Toágua)

Q1 = mg.Cg.dt
Q1 = 82.0,5.8
Q1 = 328 Cal/g° C
Q2 = mg.Lfusão
Q2 = 82.80 Q1 + Q2 + Q3 = 7216 Cal/g°C
Q2 = 6560 Cal/g°C

Q3 = mg.C(ág).dt
Q3 = 82.1.4
Q3 = 328 Cal/g°C

Q4 = m(ág).C(ág).dt
Q4 = 554.1.10
Q4 = 5540 Cal/g°C

5.6 Gráficos
Vide anexo 5.6
5.7 Conclusão
Através do experimento realizado, verificamos que ocorreu troca de calor entre os
dois corpos, ou seja, a água cedeu calor para o recipiente com os cubos de gelo até os dois
atingirem o equilíbrio térmico (temperaturas iguais = 12°C), Esse processo acontece
porque os corpos sentem a necessidade de ceder e receber calor. Podemos concluir que o
Q4 perdeu calor para o ambiente onde foi realizado o experimento.
Para encontrarmos os valores de Q1 + Q2 + Q3 = Q4 com maior precisão, seria
necessário realizar o experimento com um recipiente térmico, onde não há perda de calor
para o ambiente.

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