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Universidade Eduardo Mondlane

Faculdade de Engenharia – DEEL


Licenciatura em Engenharia Eletrónica

Telecomunicações por Microondas

Radio-Enlace na Comunicação
via Satélite
Docente:
Eng.º Adélio Francisco Tembe, MSc.
Comunicação via satélite
O Que é Satélite?
Satélite é é um corpo que acompanha ou gira em torno de outro,
observado principalmente no campo da astronomia, seja ele
artificial ou natural.

Satélite é o elemento comum de interligação das estações terrenas,


atuando como estação repetidora. Devido a sua altitude, permite a
transmissão de sinais diretamente entre duas estações, sem que
existam necessariamente pontos intermediários.
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Comunicação via satélite

Fatores Motivadores
Sem dúvida, o maior fator motivador para a utilização de satélite
como meio de transmissão, foi a inexistência de meios físicos entre
localidades alvo da comunicação.
Como os satélites podem cobrir praticamente quaisquer áreas do
globo terrestre, são a melhor opção para atingir pontos de difícil
acesso.

Outro facto determinante para a utilização de satélites como meio de


transmissão foi a indisponibilidade de meios de transmissão digital a
baixo custo. As atuais redes digitais não existiam outrora.

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Características da
Comunicação Via Satélite
Disponibilidade e Qualidade
– Altas disponibilidade e qualidade são as principais
características da transmissão via satélite. A disponibilidade,
tipicamente, ultrapassa 99,5 %.

Flexibilidade Na Implantação
– Outra característica marcante é a flexibilidade no que tange a
instalação e mudança de pontos, que podem ser efetuadas sem
necessidade da existência de rede telefônica.

Atraso
– Uma característica não tão desejável, na transmissão via
satélite, é o atraso de propagação, como será visto adiante.
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Características da Comunicação
Via Satélite
Custo

✓ O custo de um canal independe da distância entre os pontos


que integram a rede.

✓ A multiplexação dos dados permite a recuperação dos mesmos


independentemente de sua localização geográfica.

✓ O custo da comunicação via satélite é compatível com o custo


da comunicação analógica terrestre.

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Comunicação via satélite

Um sistema satélite é composto de um Segmento Espacial e


um Segmento Terrestre.
O Segmento Espacial é composto por um ou mais satélites e pelos
equipamentos necessários às funções de suporte e operação dos
satélites, tais como telemetria, rastreio, comando, controle e
monitoração.
O subsistema satélite é uma estação repetidora de microondas,
repetindo sinais sobre grandes distâncias.

O segmento terrestre é composto pelo estação de terra com todos


os seus equipamentos como as antenas, amplificadores de RF,
moduladores e demoduladores,etc.

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Comunicação via satélite
Subsistemas de Um Satélite
ᵟ Comunicações;
ᵟ Telemetria, comando e rastreio;
ᵟ Controle de atitude;
ᵟ Propulsão;
ᵟ Energia;
ᵟ Controle térmico.

Propulsão é o processo de alterar o estado de movimento ou de repouso de um corpo em


relação a um dado sistema de referência.
A Telemetria é uma tecnologia (ou processo) que nos permite receber, medir, repassar e
avaliar dados e informações remotamente.
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Comunicação via satélite
Subsistemas de Um Satélite
O subsistema que mais nos interessa é o de comunicações.

È um repetidor ativo que recebe, converte a frequência,


amplifica e retransmite para a Terra os sinais recebidos.

Os circuitos são denominados Transponders (transpositores). Cada


Transponder é responsável pela recepção e retransmissão de uma
determinada banda de frequência.

Um satélite tem, tipicamente, de 20 a 40 Transponders!!!


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Telemetria, Segmento e
Comando
A Telemetria tem a ver com a informação de estado:
 Combustível;
 Tensão e corrente na fonte;
 Tensão e corrente em cada parte crítica do subsistema de comunicações;
 Temperatura.

Informação de Seguimento:
✓ Medidas no satélite de sensores de aceleração, de velocidade e de
pontaria para a Terra;
✓ Observação terrestre do efeito Doppler na portadora de TT&C (ver
adiante);
✓ Medidas angulares precisas efectuadas em estações terrestres;
✓ Radar (o satélite é o alvo que opera como repetidor activo).

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Telemetria, Segmento e
Comando
Ações de comando:
✓ Alterações da atitude e órbita;
✓ Controlo do subsistema de comunicações (antenas e transpositores);
✓ Controlo das manobras de entrada na órbita nominal;

Protocolo de comando:
o Garantia de segurança
Operação típica:
✓ O comando é convertido numa palavra de código que é enviada para
o satélite;
✓ O satélite verifica a validade da palavra e repete-a para Terra;
✓ A estação terrestre confirma a palavra e envia um comando de
execução.

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Exemplo do subsistema de
satélite

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Aspetos críticos de engenharia

Lançamento dos satélites:


✓ Necessidade de veículos de transporte para as órbitas
altas;
✓ Posicionamento inicial do satélite na órbita correta.

Problemas da órbita do satélite:


❖ Controlo permanente de trajetória e atitude do satélite;
❖ Seguimento do satélite pelas antenas das estações
terrestres.
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Aspetos críticos de engenharia

Condicionantes do subsistema do satélite


✓ Dimensão física;
✓ Peso total em órbita;
✓ Alimentação primária apenas por painéis solares;
✓ Operação num meio ambiente agressivo;
✓ Ciclo térmico severo durante eclipses;
✓ Radiação solar elevada;
✓ Exposição a micropartículas e meteoritos;
✓ Elevada fiabilidade (sem manutenção).
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Aspetos críticos de engenharia

Condicionantes do trajeto:
❖ Perdas elevadas em espaço livre;
❖ Efeitos de propagação acentuados (sobretudo acima de 10 GHz
ou com baixas elevações)

Necessidade de otimização da relação portadora-ruído:


 Ligação terra-satélite: EIRP (Effective Isotropic Radiated Power)
elevados das estações terrestres;
 Ligação satélite-terra: EIRP do satélite configurado para a
cobertura pretendida recetores terrestres de muito baixo ruído.

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Aspetos críticos de engenharia

Requisitos especiais de processamento de sinal:


➢ Modulações complexas;
➢ Esquemas de detecção e correcção de erros.

Requisitos especiais de operação do sistema:


 Suporte de acesso múltiplo ao satélite por parte de diversas
estações terrestres;
 Reconfiguração dos recursos radioeléctricos do satélite.

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Tipos de órbitas

GEO (Geosynchronous Earth Orbit): órbita circular equatorial


geossíncrona
➢ Período de revolução: 23 h 56 m 4,091 s
➢ Altitude média: 35 786 km

LEO (Low Earth Orbit): órbita circular de baixa altitude


❖ Altitude típica: 500 - 1 500 km
❖ Período de revolução 1h 30m - 2h
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Tipos de órbitas

MEO (Medium Earth Orbit): órbita circular de altitude média


✓ Altitude típica: 10 400 km
✓ Período de revolução 6 horas

HEO (Highly Elliptical Orbit): órbita fortemente elíptica


 Órbita elíptica inclinada
 Perigeu de baixa altitude
Caso notável: órbita Molniya
perigeu: 1 000 km alt. apogeu: 39 000 km alt. período: 12 horas
inclinação: 63,4 º
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Tipos de órbitas
Estas órbitas têm como principais
vantagens:
❖ GEO: o satélite mantém-se fixo em
relação à Terra;
❖ LEO: o satélite está a uma distância
relativamente curta;
❖ MEO: o satélite está a uma distância
intermédia entre GEO e LEO,
permanecendo em visibilidade durante
mais tempo do que em LEO;
❖ HEO: em baixas latitudes, o satélite
apresenta-se próximo do zénite durante
um período de tempo apreciável.

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Tipos de órbitas

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Tipos de órbitas

A tabela caracteriza os principais parâmetros que permitem comparar


as diversas órbitas de satélite, justificando as suas principais
aplicações:
❖ GEO: comunicações fixas, difusão, meteorologia;
❖ LEO: comunicações móveis, radioamadorismo, observação da Terra
e atmosfera;
❖ MEO: comunicações móveis, navegação;
❖ HEO: comunicações fixas.
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Tipos de Satélites

Há três categorias nas quais se encaixam em todos os sistemas de comunicação


móvel via satélite:

A primeira se refere aos satélites de órbita geossíncrona


(Geostationary Earth Orbit).
Esses satélites parecem estar parados para um observador na terra.

A segunda e a terceira referem-se aos satélites de órbita média (MEO -


Medium Earth Orbit) e os de órbita baixa (LEO - Low Earth Orbit) estão
mais próximos da superfície da terra e para que se mantenham nessa
órbita necessitam viajar a uma velocidade superior à de rotação da
terra, não possuindo, portanto, cobertura fixa.

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Tipos de Satélites
Satélites geoestacionários
Os satélites são ditos geoestacionários quando estes são colocados
em uma órbita circular em torno da terra tal que a sua velocidade
de rotação seja a mesma da terra, ou seja, para um observador na
terra o satélite comporta-se como se estivesse estacionário em um
determinado local no céu.
De acordo com a lei de Kepler, o período orbital de um satélite varia
conforme o raio da órbita elevado à potência 3/2, desta forma
satélites colocados a uma altitude de aproximadamente 36000Km
apresentam um período de 24 horas, girando assim a mesma
velocidade da terra.
Para a comunicação com este tipo de satélite as estações de terra
podem utilizar antenas fixas, antenas estas que apresentam um
pequeno custo de operação e manutenção em relação às móveis.

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Tipos de Satélites

Tipos de satélites quanto a estrutura


✓ Biosatélites
✓ Satélites miniaturizados
✓ Satélites de energia solar
✓ Estações espaciais

Tipos de satélites quanto a função


❖ Armas anti-satélites
❖ Satélites de observação da Terra
❖ Satélites astronômicos
❖ Satélites meteorológicos
❖ Satélites do sistema GPS
❖ Satélites de reconhecimento
❖ Satélites de comunicação
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GPS Observação da Terra

Satélite Armas anti-satélites


meteorológico Eng.º Adélio Francisco Tembe, MSc. 24
Topologias de Satélites

❖ Sistemas SCPC / MCPC (Single chanel per


carrier/Multiple chanel per carrier);
❖ Ligações ponto a ponto;
❖ Redes em malha;
❖ Rede em Estrela;
✓ Redes VSAT

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Topologias de Satélites

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Topologias de Satélites

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Bandas de Funcionamento

Band L 12GHz
Band S 24GHz
Band C 48GHz
Band X 812GHz
Band Ku 1218GHz
Band K 1827GHz
Band Ka 2740GHz
Band W 40 100GHz

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Potência Transmitida Numa dada Direção

• Effective Isotropic Radiated Power(EIRP)


• Intensidade de Radiação
PT
Uo  [W / steradiant]
4
Dependendo do ganho na direção dada temos:
U  ,    G  ,  
PT
4

PT G ,  
O produto

chama-se potência efectiva radiada isotropica (EIRP), dai que:


U  ,   
EIRP
4
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Potência Transmitida Numa dada Direção
A potência na recepção sera:
EIRP A PT G  ,   A PT Go A
PR  U inc  ,       2   2   2
4 R 4 R 4 R
Antena
isotropica
PR  U inc  ,     
PT Go
 A  A
4R 2

Onde:
PT Go

4R 2

Chama-se densidade de fluxo de potência em W/m2.

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Potência Transmitida Numa dada Direção

• Potência Recebida
• Uma antena isotropica (RX), montada a uma distância R da
antena de transmissão (TX) e caracterizada por uma area
efectiva Areff, recebe uma potência igual a:
GR
ARe ff 
PT GT  4 
PR  AR ,eff  AR ,eff  2
4R 2  

PT GT GR 1 PT GT GR
PR  AR ,eff   PT GT GR  
4R 4
2
 4R 
2
LFS
2  
  
Equação de FRIIS!!
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Potência Transmitida Numa dada Direção

A atenuação no espaço livre sera:


 4R 
2

LFS  
  
Quando se estabelece para os ganhos:
GT = GR = 1
Teremos

PT ,isotropic
LFS 
PR ,isotropic
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Exemplo1

Uplink
Estação da terra:
➢ Antena parabolica com diametro D = 4m
➢ PT = 100W (20dBW)
➢ fU = 14GHz
➢ Eficiencia da antena:  = 0.6

Satelite(geoestacionario):
➢ R = 40000Km
➢ Abertura da antena: θ3dB = 2°
➢ Eficiencia  = 0.55

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Exemplo1

EIRP PT GT
 
4R 2
4R 2

2
 
 D 
2  
4 4   4   206340
GT  AT ,eff  AT , p      0.6
2
2
 U   3 108 
 
U U
 14 109 
GT  53.1dB

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Exemplo1

EIRP dB  PT dB
 GT  20  53.1  73.1dB
dB

 dBW / m2  EIRP  10 log 4R 2   R  40000km


 73.1  163  89.9dbW / m 2

PR  PT  GT  GR  LFS
2 2
4 4  D    70 
GR  AT ,eff  AT , p          6650  38.2dB
2
U 2
U  U    3dB 


 3dB  70 Abertura maxima de uma Parabolica
D
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Exemplo1
2
 4R 
LFS     207.4dB
 U 

PR  PT  GT  GR  LFS  20  53.1  38.2  207.4


PR  96.1dBW  250 pW

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Exemplo2

Downlink
Satelite (geostacionario):
➢ PT = 10W (10dBW)
➢ fD = 12GHz
➢ θ3dB = 2°
➢  = 0.55
➢ R = 40000Km

Estação na terra:
➢ Parabolica: D = 4m
➢  = 0.6
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Potência Recebida

EIRP PT GT
 
4R 2
4R 2

2 2
4 4  D    70 
GT  AT ,eff  AT , p          6650  38.2dB
2
D 2
D  D    3dB 


 3dB  70
D

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Potência Recebida

EIRP dB  PT dB
 GT  10  38.2  48.2dB
dB

 dBW / m 2  EIRP  10 log 4R 2   R  40000km


 48.2  163  114.8dbW / m 2

PR  PT  GT  GR  LFS
2
4 4  D 
GR  AR ,eff  AR , p      151597  51.8dB
2
D 2
D  D 

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Potência Recebida
2
 4R 
LFS     206.1dB
 D 

PR  PT  GT  GR  LFS  106.1dBW  25 pW

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Potência Recebida

PR  PT  GT  GR  LFS  LA 

LA perdas na atmosfera que dependem de:


 Número de partículas (N) na atmosfera
 Diâmetro das partículas (D)
 Secção de extinção das partículas (Cext)

Def. Secção de Extinção: é a área da eficácia de uma antena hipotética que, na


presença da mesma densidade de energia com que colide com a partícula,
"receber" uma potência igual à que é subtraída da partícula para a propagação
de ondas electromagnéticas.

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Perturbações do Satélite

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Efeito Doppler

Requer seguimento da frequência no recetor de satélites não


geoestacionários!!

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Desvanecimentos de propagação

Absorção pelos gases atmosféricos


✓ Decresce com o aumento da elevação (α)
✓ Decresce com a altitude da estação (he)
✓ Atenuação no trajeto inclinado calcula-se a partir da atenuação no zénite

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Absorção pelos gases atmosféricos

A figura mostra os valores


da absorção para um
feixe apontado para o
zénite, sendo evidentes
os picos correspondentes
às frequências de
ressonância da água
(22GHz) e do oxigénio
(60GHz).

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Perturbações do Satélite
Ruído de sistema

Ruído térmico das ligações ascendente e descendente


– Ruído do céu é geralmente reduzido
o pequena contribuição do ruído cósmico de fundo: cerca de 3°K
o contribuição dominante resultante da absorção
o cresce significativamente se ocorrer precipitação
– Ruído do sistema de recepção terrestre pode ser muito baixo
– Ruído do sistema de recepção do satélite é elevado

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Ruído de sistema
Intermodulação entre canais

– Ocorre principalmente no satélite em configurações com


o Transpositores não regenerativos e
o Multi-portadoras com acesso simultâneo ao transpositor
– Exige amplificadores com boa linearidade
o Amplificação de potência particularmente difícil
o Opera-se alguns dB abaixo da saturação
o Problema menor com portadoras digitais (margem pode ser
menor)
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Características de Antenas
para Satélite

Elas devem ser capazes de:


❖ Resistir ao estresse térmico
❖ Resistir ao estresse mecânico
❖ Ter peso reduzido
❖ Ter dimensões reduzidas

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Tipos de Antenas para Satélite

❖ Antenas a refletores
❖ Antenas com refletor deformado
❖ Antenas a refletoras multi-feeder
❖ Antenas a Lentes
❖ Antenas helicoidais
❖ Phased Array

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Antenas a refletores

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Antenas com refletor deformado

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Antenas a refletoras multi-feeder

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Antenas a Lentes

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Antenas helicoidais

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Phased Array

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Arquitetura de Transponders

TWTA – Travelling Wave Tube Amplifier

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Exercícios

1. Um transmissor de radiofarol de onda contínua localiza-se na terra e se


comunica com um satélite em órbita geoestacionário posicionado a 40000Km a
uma frequência de 14 GHz e apenas com perdas devido a distância. A antena
recetora do satélite é uma parábola de 1 m de diâmetro, com uma eficiência de
abertura de 70% e a antena transmissora da estação terrestre é uma antena
parabólica com 10m de diâmetro, com uma eficiência de abertura de 55%.
Calcule a potência recebida numa outra estação terrestre gémea da emissora
localizada a mesma distância do satélite se a frequência de comunicação com o
satélite for de 12GHz e a soma das perdas devido aos gases e devido a falta de
alinhamento entre as antenas na descida for 25% das perdas devido a distância.
Considerar que a potência de saída do radiofarol é igual 100mW e que o ganho
total do transpositor seja igual a 136.23dB.

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Exercícios

2. Uma estacão transmissora de rádio localiza-se na terra e se comunica com um


satélite em órbita geoestacionário posicionado a 36000Km a uma frequência de
14 GHz com perdas devido a atmosfera iguais a 5% das perdas devido a
distancia. A antena do satélite é uma parábola de 1 m de diâmetro, com uma
eficiência de abertura de 65% e a antena transmissora da estação terrestre é um
agrupamento de dipolos de meia onda cujo ganho em decibéis é 28 vezes maior
que o ganho de um único dipolo quando a eficiência é de 100%. Calcule a
potência recebida numa outra estação terrestre, gémea da transmissora
localizada a mesma distância do satélite se a frequência de comunicação com o
satélite for de 12GHz e a soma das perdas devido aos gases atmosféricos e
devido a falta de alinhamento entre as antenas na descida for 35% das perdas
devido a distância. Considerar que a potência de saída do transmissor é igual
10W, o ganho total do transpositor seja igual a 160dB e lembre que a
diretividade de um dipolo de meia onda é D=1.64.

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