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Especialista em Epistemologia e prática pedagógica nas séries iniciais; Especialista em Metodologia do Ensino
Superior
Nossa hipótese é que a Universidade forma professor - profissional técnico que tem
conhecimento a transmitir. E o educador nasce da visão que o professor tem do seu contexto
social e da necessidade de atuar sobre ele de forma significativa. O professor se transforma
em educador à medida que ele vê a possibilidade de ressignificar o papel que foi treinado a
desempenhar pela Universidade em função da necessidade de se construir conhecimento a
cada instante e não simplesmente reproduzi-lo com hora marcada, conteúdo específico, lugar
padrão...
Na busca do “estar sendo para ser” é imprescindível que o professor se perceba como
alguém que pode transformar um papel meramente técnico em uma atuação realmente
significativa para a sociedade. Passar de profissão professor para atuação educador.
1. PROFESSOR OU EDUCADOR: VOCAÇÃO OU DESAFIO?
integrá-lo ao mercado. Sua atuação é comparável a uma peça da engrenagem social que o
O professor não ganha o suficiente por sua capacidade intelectual e ávido pela busca
de dinheiro, devido à situação de exploração a que está exposto, coloca de lado, muitos de
seus ideais, por mais nobres que sejam. Não se conforma mais com os baixos salários por
amor à profissão - como no passado fizeram acreditar, mas submete-se a eles: é melhor do que
necessário que ele possua a qualificação para o desempenho de sua função técnica. Com uma
diferença básica: a maioria dos profissionais passa por um treinamento na função por alguns
meses, até que se sintam capazes de desenvolver sozinhos suas atribuições satisfatoriamente
tornar um professor? Tenderíamos a responder esta indagação com duas respostas, ou outras
“Vocação” certamente responderia esta pergunta e não nos restaria outra resposta,
porque esta palavra em toda a sua simbologia encerra algo indescritível ou sem definição
satisfatória. Então seria fácil lidar com um conceito que por mais que se defina, há o que se
definir ainda...
Se vocação ainda “é uma palavra esperando tradução”2, seria apropriado responder a
questão com a palavra desafio. Ela parte de uma visão menos ingênua e coloca-nos em
própria condição existencial: ele será aquilo que ele se fizer, ao fazer as coisas, ao instaurar
seu mundo. Nesse projeto histórico, mais amplo, o projeto educacional ocupa lugar
importante e crucial.‟ (1995:07) Diante disto preferimos responder à questão com as palavras
da própria Sanny: “Diria, com segurança, que optar por trabalhar com educação foi
transformação” (1995:09).
Isto responde parcialmente a nossa questão e nos leva a pensar neste “importante papel
da educação nos processos de transformação” - que só trarão mudanças efetivas, se ela atuar
diferente postura social do licenciado: reconhecer a sociedade além de sua cortina ideológica,
nos diz Fiorin: “Assim como uma formação ideológica impõe o que pensar, uma formação
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Expressão usada pelo grupo Engenheiros do Havaí para definir a palavra “nada”.
O professor não pensa, não fala e não faz o que quer, mas o que lhe cabe falar e fazer.
Seguindo o mesmo modelo dos demais empregados. Se a ideologia dominante impõe o seu
discurso, não há o que fazer, a não ser reproduzi-lo. Sendo assim, o conteúdo ministrado pela
Universidade, pode facilmente ser dividido assim: fragmentos de uma dada ciência, de acordo
Isto ocorre quando nos cursos são oferecidos conteúdos para “aprender” e conteúdos
para ensinar a “ensinar” – desconectados de como ensinar a ciência que se propõe aprender
para ensinar. Assim, justifica-se a falta de significados, para o aluno, de qualquer discussão
diferença entre professor e educador. Esta sem dúvida seria uma resposta satisfatória. Quem é
uma ciência, uma arte, uma técnica, uma disciplina...” (1988:531) e Educador consta como
um sinônimo de professor. Optamos por definir nosso conceito desses dois elementos
transformação.
Nadir Mendonça em seu livro “O uso dos conceitos” mostra que ao se deparar com
um conceito, torna-se necessário um estudo sobre o momento histórico em que foi concebido,
pois a linguagem é dinâmica. Então, uma palavra pode sofrer modificação de significado
através dos anos, sendo assim, os conceitos, que são compostos por palavras também se
Dessa forma, palavras que encerram conceitos semelhantes podem conter uma
Piaget mostra que “a verdade é que a profissão de educador, nas nossas sociedades,
não atingiu ainda o status normal a que tem direito na escala dos valores intelectuais”
educação com as lentes de seu envolvimento com o aprendiz, da sua busca em aprender
também, com o prazer que sente em estar desenvolvendo a capacidade, tanto do outro, quanto
sua, de construir conhecimentos, que veja na partilha, de dúvidas e certezas, uma fonte para
agregar conhecimento.
“Falar de amor é amortecer uma dor que a gente sente quando ama”. (Grafite:
sonhadoras palavras a dor de tentar fugir dos paradigmas enraizados e protegidos pelo medo
„desobediente‟ porque ele busca o novo a qualquer custo. Tece o amor, construindo junto com
compromisso. O professor já o perdeu e pensa que todos os seus esforços são em vão e não se
preocupa com os resultados de sua ação (ou falta dela). Tem uma formação técnica, limitada
ao conteúdo que absorveu na Universidade, pensa que já aprendeu tudo que precisava saber.
Ou que não vale a pena se atualizar já que para ele, de acordo com afirmações registradas em
entrevistas, o aluno “não tem mais jeito”, “não tem interesse”, “a indisciplina tomou conta”,
“não tem base...”. O professor comporta-se de forma alienada, inerte, alheio aos
consciente de seu contexto social, não quer limitá-lo a “decorebas”. Vai além do currículo.
investigador insaciável, que não se preocupa única e exclusivamente com os resultados e sim
estrutura formal destes lugares entrar em harmonia com o desejo de saber e conhecer...
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Lugar ameno; lugar de prazer.
motivar sua capacidade de inovar, tornando-o consciente de que não basta aprender o
em sala de aula, somando os valores “de quem ensina” aos valores de quem “aprende”, sem
estabelecer a tradicional linha divisória: o professor ensina, o aluno aprende. Neste caso,
quem aprende pode ser tanto o professor, quanto o aprendiz e vice e versa.
professor reprodutor de conhecimento que trabalha com dificuldade por estar à frente de uma
classe e fazer com que o aluno “aprenda”. É necessário valorizar o papel social do educador e
O saber não fica parado, está se construindo o tempo todo. O cidadão deve buscar
inovações, procurar respostas, questionar... cobrar atitudes dos que detém o poder, uma vez
“máquina”de repressão que permite às classes dominantes (...) assegurar a sua dominação
sobre a classe operária, para submetê-la ao processo de extorsão da mais-valia (quer dizer, à
exploração capitalista)” (Althusser: 1985, 62). E de acordo com esta visão se estabelecerá as
políticas educacionais e sociais, cabendo ao educador estimular uma discussão maior deste
contexto, mostrar que o poder dominante, como gestor da política educacional, determina as
ações que lhes são favoráveis e que não coloquem em risco as determinações específicas para
Nunca se falou tanto em qualidade na educação como nos dias atuais. Existe uma
crença generalizada de que a educação básica irá preparar o aluno para o mercado globalizado
e que o governo irá promover maiores condições para que os professores atuem na educação
“Conheça o Novo Ensino Médio – porque educação agora é para a vida...” são comuns e
reportam-nos a uma realidade que está longe desta qualidade propagada, porque as frases
acima, não foram proferidas pelo professor. Saíram de algum gabinete do Ministério da
Educação e Cultura.
seu lugar no mercado, ou é excluído por ele. Assim, cada vez mais, os programas de educação
Sabendo que é esta a „vida‟ que espera por seus filhos, os pais das classes mais
favorecidas, assumem a postura regulatória reinante e exercem seu poder de polícia impondo
o louvor aos treinos, à cópia à nota dez, à entrada precoce na escola, tornando seus filhos cada
vez mais competitivos, autênticas estrelas, com um invejável histórico escolar. Cabe aos pais
das classes menos favorecidas difundirem a idéia de que tirando o segundo grau o filho já faz
muito mais do que eles fizeram e se conseguirem ir além será por força de muito sacrifício.
fábrica: o professor não é o único trabalhador que precisa mostrar obediência ao “Padrão
Operacional”, mas, sem dúvida, é o único que não participa de sua elaboração. Na fábrica, o
operário discute com o encarregado da Área a sequência das ações, o tempo gasto na
execução de cada etapa da produção. Formula o padrão que passa a ser obedecido por ele, ou
por qualquer outro substituto, para desempenhar a operação – inclusive pelo gerente.
Qualidade Total: “Fazer o mínimo com o “máximo” – já que o Estado propicia esta
de teorias.
“ferramentas” disponíveis; sendo assim, não está preparado para formar o aluno para
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Máxima da Qualidade Total
também, que quem se utiliza das ferramentas disponíveis, será premiado satisfatoriamente. Já
que:
na escola;
Universidade.
Isto só é possível, porque o professor que saí da Universidade (mal preparado) terá que
lidar com instrumentos novos, idéias distintas, se desfazer das certezas “imutáveis” que
Assim, ele passa por dois momentos: primeiro encara com naturalidade a dicotomia:
de um lado o que ele “aprendeu”, de outro o que ele terá que ensinar. E o fará com muita
tranquilidade, pois já ouviu mais de uma vez a célebre frase: “O ideal é diferente do real”. E
condicionado a fazer de um jeito e ser cobrado de outro... Irá tentar se atualizar, reconhecer
que o ensino universitário é insuficiente para quem se propõe educar. Terá que se despir de
profissional que a Universidade espera formar. Sua experiência como aluno, determinará seu
Se enquanto aluno, o professor não foi preparado para lidar com a inesgotável força
criadora do aprendiz, como irá trabalhar esta mesma força enquanto educador? Como
desenvolver, ou estimular, no outro aquilo que não está bem desenvolvido em si? Cabe à
educação básica da forma como está previsto na LDB, nas Diretrizes, nos Parâmetros e
pesquisar, co - operar... estão claramente colocados como premissas básicas do “Novo Ensino
Médio”, mas a Universidade continua elegendo modelos e sustentando paradigmas que não
formam professores para lidar com este universo, pois, os modelos são eleitos com a intenção
de atender a ideologia que a patrocina, se não atender aos seus preceitos, não há
política educacional e seus meios de materialização mais uma vez definem em nome
Ela não está formando os profissionais para atuarem na Educação Básica? Torna-se,
científica de seus alunos se ele não pesquisa? Não sabe utilizar procedimentos comuns aos
atualizado. E isto lhe possibilita fazer escolhas fundamentadas com relação ao que ensina e ao
de modo sistemático. Livre de ritos, mitos, modelos, cópias, treinos... É incrível como o
preparado), para povoar o lugar onde, supostamente, o saber está: a escola. Esta diferença fica
professores diferentes destes repetidores de fórmulas que conhecemos muito bem, quando dos
na formação de licenciados, está em prepará-los para desenvolver habilidades que vão além
de fórmulas ou métodos, que passam pela formação de um ser consciente de seu papel
transformador e crítico dentro de uma sociedade que ainda acredita que somente pela
educação será possível promover mudanças significativas. Para que isto aconteça é
necessário:
Universidade deve preparar, para que possa, além de dominar o conteúdo, ultrapassar o
limitado papel de repetidor de aulas; para que o professor constitua efetiva liderança na
Nos inquieta a idéia que esta dicotomia nos apresenta: de um lado o saber que a
conteúdos ministrados em um lugar específico, com hora marcada muitas regras e atropelos.
“Eu tô aqui para quê? Será que é pra aprender? Ou será que é pra
aceitar, me acomodar e obedecer? Mas meus pais só querem que eu “vá pra
aula” e “estude”. Tô cansado de estudar, de madrugar, que sacrilégio (vai
pro colégio!!) Então eu fui relendo tudo até a prova começar. Voltei louco
pra contar: Manhê! Tirei um 10 na prova. Me dei bem, tirei um cem e eu
quero ver quem me reprova. Decorei toda a lição. Não errei nenhuma
questão. Não aprendi nada de bom, mas tirei dez”. Boa filhão!” (Gabriel O
Pensador).
Papert mostra que “a instituição escola, com seus planos diários de lições, currículo
e os fragmentos da música acima confirmam esta definição e mostram uma prática que
conhecemos muito bem: a avaliação quantitativa que valoriza a memorização de regras, lições
e fórmulas, a nota dez; o estímulo que a família e a sociedade dão a este procedimento; a
omissão do professor que aprendeu a repetir fórmulas... e não busca direcionar suas lições
para longe deste contexto e perto da descoberta do aluno enquanto aprendiz e produtor do
conhecimento.
Vivemos em um mundo que dispõe de uma incontável e sofisticada tecnologia, que
canal natural de produção e transmissão de conhecimentos e competências para lidar com este
universo.
Tais instrumentos não garantem a eficiência pretendida porque não estão relacionados
à formação do professor – agente dessa pretensa qualidade. Enquanto o governo propaga seus
feitos (paliativos) propondo uma escola de qualidade preparando o aluno da escola pública
para competir no mercado, a Universidade prepara professores para repetir fórmulas, decorar
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), vigente desde 1996, traça
educação básica que são ineficientes e insuficientes para transformá-la de forma significativa.
Transformar esta realidade é um o desafio constante para o educador – aquele que está
realmente comprometido com a educação brasileira, que não quer continuar sendo mero
repetidor de regras, fórmulas... que deseja, que deseja ser para continuar sendo, que busca a
redefinição de seu papel e que jamais desejará ler a “Carta Bomba”que João escreveu:
Estudo na 5ª. Série e sou um aluno médio; nem craque nem
lanterninha. Sempre gostei da escola porque conheço muitas pessoas, os
professores ajudam a gente tem merenda e às vezes livro ou caderno. Mas de
uns tempos para cá estou com vontade de largar da escola porque não vou
passar de ano outra vêis. Convercei com a professora de regilião e ela mim
disse pra fala o poblema Secretada. Não tenho quem me leve e também não
sei se é serto falar com a altoridade. Diretora eu vou pra escola di manha de
tarde vou vender cafesinho na Lapa. Entreqo o dinheiro a minha mãe e
sempre tá tudo serto. Di noite faco lição quando tem o livro ou dever no
caderno. Os problemas de, matematica, não sei entender e nem para que
serve aquelas expressões tão grandes. Na vida da rua nunca precisei dessa
coisa e também nunca vi ninguém fazendo aquilo nem seu Antonio lã do
armazém. Quando vendo café faco o resiosinio na cabeça e não erro não
mas na escola não sei nada so tiro O ou 1 ou 2. A professora da a aula dela
la no quadro ou na carteira dela mas eu não entendo é nada e só tiro nota
baxa. A turma toda ta do mesmo jeito todo mundo vai leva pau. A pro dis que
com ela so pasa quem sabe que os burro que estude mais até aprender que
com ela é assim. Ela grita passa o esercisio no quadro pra nos copiar senta
na cadeira dela fica corrigindo prova das outras salas e agente não entende
nada. Será que a Secretaria não pode manda umas aulas a mais pra vê si
agente aprende? Ou então sera que não podia agente passa e no outro ano
agente dava conta da matematica com a ajuda,da_Secretaria? Diretora num
tem jeito de passa com essa pro. Eu não sou inteligente pro ensino dela. E
porque eu aprendo a mim virá na rua? Não sei si a senhora vai ajudar não
quero mais saber de escola. Vou virá na rua que insina mais que a escola.
João. (Chamada à ação 1998: 8).
Vimos que para o este aluno a escola é um lugar aonde ele vai para encontrar pessoas,
receber ajuda, se alimentar... não é para aprender o que o professor tem para ensinar, e muito
menos para absorver o que o livro guarda, pois o que ele ensina com dificuldade e
Desta forma, a escola deixa de cumprir até mesmo a sua função de transmitir os
valores da ideologia dominante, deixando que outros aparelhos se encarreguem desta tarefa.
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comunicação pessoal via e-mail
meio de transmissão desta ideologia, pois também existe os meios de
comunicação de massas, a família, a cultura comunitária e regional, por
exemplo, e isto significa que o saber cotidiano também deve ser visto de
forma crítica. Em síntese, considero que não se trata de opor saber escolar e
saber cotidiano/popular e sim entre conteúdos de saber, críticos ou
conservadores – e ambos estão presentes tanto no saber escolar quanto no
saber cotidiano.”
Esta análise nos permite observar: desenvolver uma reflexão sobre aspectos da prática
educacional a que está envolvido o “João” é oportuna, porque mostra que a escola - como
analisa a postura do professor, questiona o seu modo de ensinar, mostra a crença de que se a
escola melhorar, a sociedade melhora... e mais: que ele pode ajudar a mudar todas duas com
se propor ensinar. Comparando-as com a postura que o educador assume ao semear a vontade
É por este motivo que a formação de educadores é tão importante. E dessa forma que
se estabelece a diferença entre professor e educador. Pois, “um professor sem formação
como é urgente rever as políticas educacionais neoliberais que consideram o ensino um ponto
de partida para criar estrelas para concorrerem neste mercado. (globalizado apenas pelas
diferenças...).
desenvolvimento contínuo do indivíduo que precisa se esforçar em ser astro... Ele é orientado
para a competitividade, para ocupar seu lugar de destaque no sistema solar, para que ele seja o
centro desse sistema, ou pelo menos atinja algum brilho, aumentando ainda mais as
vitória de um ser. Porém, há cartas que precisam ser descartadas, mas que insistem em
indivíduo, mas a sua preparação para o mercado; os métodos que não valorizam o que o aluno
pensa, ou o que ele traz de bagagem para a escola; o comodismo do professor e sua resistência
a mudanças - que não acredita que o ensino possa ser diferente, ou melhor direcionado... a
Mudar as regras desse „jogo‟ não é tarefa das mais fáceis... mas, cabe à Universidade
Retirar aquela velha „carta‟ que o coloca como mero expositor de teorias, fórmulas, regras...
Torná-lo consciente de seu papel transformador e crítico a fim de que o indivíduo possa
Coisa que a universidade ainda não está preparada para orientar, pois os cursos de
mudança, estão ligados a técnicas, ritos, ditos, mitos, instrução, lição, fixação, provão...
aliados do discurso oficial da competitividade... que continua formando professores... que
Aprender a ser “João” - que luta não por um mercado competitivo, mas para a
ineficientes desta ação; que compreende o indivíduo como um todo participativo e nunca,
limitado às paredes do conhecimento sistematizado que a escola impõe; que acima de tudo, é
É urgente que se faça a renovação do pensar pedagógico que ainda conserva algumas
porque ela não oferece a ele um espaço para esclarecer suas dúvidas e vencer suas
expectativas. Como João ilustra perfeitamente em sua carta: para ele, a escola “detém” o
saber mas, priva-o de seu encontro com o indivíduo que anseia por ele...
coletivo;
A melhoria na qualidade do ensino público não virá por projetos idealizados em
O contexto social do jovem deve ser objeto de interesse da escola: seus anseios,
suas atividades esportivas, seu trabalho, suas iniciativas, suas questões familiares e
O que se espera do educador é que ele não se limite a esperar pela mudança: que
Destas conclusões é possível afirmar: refletir sobre o que é o educador, e como ele
deve ser. Em oposição ao que é, e como é, o professor; serve de instrumento para suscitar uma
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FIORIN, José Luiz. Linguagem e ideologia. São Paulo: Ática. 3ª. edição . 1997.
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MENEZES, Luís Carlos. Formar professores: tarefa da Universidade. In: Catani, Bárbara
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