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TUTORIAL DE DESENHO

 Introdução ao desenho
Como Desenhar
É TUDO UMA QUESTÃO DE PRACTICA E DEDICAÇÃO...

Como desenhar...poucas pessoas sabem fazê-lo maravilhosamente a primeira vez que pegam num lápis
ou um pincel. Para a restante maioria das pessoas, é uma questão de aprendizagem e não um dom.
Pintar e desenhar são actividades que têm que ser estudadas e praticadas, assim como se aprende um
novo desporto, uma nova língua, montar bicicleta ou escrever novelas.
É tudo uma questão de practica e dedicação. E é precisamente a practica, o que faz a diferença entre um
artista médio e um grande artista.

DEDICAÇÃO
Se quiser ter sucesso, eu recomendo não só conhecer como desenhar, mas o mais importante, dedicar
tempo á practica do desenho e pintura pelo menos duas vezes por semana.
Se quiser avançar mais rápido, logicamente deverá se dedicar mais tempo. Um sítio calmo é o ideal para
começar, no entanto uma vez que adquira a capacidade de se concentrar, notará que qualquer sitio é
bom.

Algumas pessoas gostam de desenhar e pintar sobre uma superfície plana, como uma mesa ou
secretaria outros preferem o cavalete e a facilidade de manipulação do mesmo para colocar a folha ou
tela em qualquer posição… Isto é mesmo uma questão de preferência e hábito.
No entanto por experiência própria posso dizer que se o seu intuito é começar a desenhar para depois
passar á pintura a óleo ou pastel, o mais conveniente é se habituar desde o início ao cavalete.

BLOCO DE ESQUIÇOS.

Um fabuloso habito, para quem quer levar o desenho a sério é adquirir um bloco de esquiços que possa
levar a qualquer sítio.

Observe tudo a sua volta, tentando descobrir as formas básicas por detrás de cada figura, veja como a luz
se projecta sobre os objectos, observe as sombras, as proporções, os pontos de fuga das imagens em
perspectiva e reproduza o que vê, no seu bloco.
Em quanto espera no médico, no autocarro, no transito, nas ferias, em fim, qualquer momento é bom.
Desenhe os objectos da sua casa, copie imagens de fotografias, desenhe as suas próprias mãos, os seus
pés, a sua imagem do espelho…As oportunidades de practicar ficam só limitadas pela sua imaginação.

Faça exercícios...Da mesma forma que qualquer desportista, apresentador de televisão ou cantor, faz
exercícios de aquecimento e descontracção antes de iniciar a sua actividade …
Antes de iniciar as suas aulas semanais, faça exercícios de aquecimento com as mãos a fim de
descontrair os músculos do “desenho” e criar um fluxo de energia criativa entre o seu cérebro, os seus
olhos, a sua ferramenta de desenho e a superfície de trabalho... Vejamos aqui alguns exemplos dos
exercícios que pode fazer:

MINIATURAS RÁPIDAS.
Seja qual for o objecto do seu desenho, antes de começar, faça pequenos e rápidas esboços em
miniaturas, num papel aparte á sua superfície de trabalho.
Faça pequenos quadrados de dois a quatro centímetros de lado usando rápidos traços de tons e meios-
tons. Não se preocupe demais pela precisão. Faça isto durante três ou quatro minutos até sentir que
domina a intensidade das sombras e dos traços.

DESENHE COM SOMBRAS.


Com este método, a ideia e ir criando definição da forma dos objectos mediante a realização de pequenos
e rápidos traços. E definindo as formas mediante as sombras.
Os espaços cheios e vazios se representam mediante as sombras variando a pressão do lápis. Trabalhe
rapidamente sem se preocupar pela precisão mas sim pela representação tonal. Mova todo seu braço
num movimento fluido e quando sinta que este descontraído e confiante, pegue na sua superfície de
trabalho e comece a desenhar!!!

TRAÇADO DE LINHAS.

 Use um lápis afiado grafite ou de carvão para desenhar apenas o esboço da forma, ou contorno,
do seu modelo.
 Mantenha seu olho sobre o assunto, tanto quanto possível.
 Faça linhas longas e contínuas sem levantar o lápis do papel, só quando for absolutamente
necessário.
 Não adicionar sombras. Incluir alguns detalhes para tornar o objecto reconhecível.
 Repita o exercício até se sentir confortável com os seus resultados

 Técnica de Desenho
 desenhar por "Encaixe" é a forma mais facil de

começar a desenhar!!
 A tecnica de desenho por "encaixe" é o procedimento de desenho, mais fácil,
rápido e simples de utilizar, que consiste em encerrar numa figura geométrica ou
combinação de varias formas simples, a figura de qualquer objecto seja ele plano
ou corpóreo.
Quase todas as formas podem ser representadas desta maneira.: reduzindo-o a
sua estrutura geométrica.
 Esta forma geométrica que envolve ou contem o objecto, podemos dizer que
actua como uma caixa, dali a denominação encaixe ou encaixar
Nos exemplos a seguir podemos observar como as figuras ou objectos
correspondem a estruturas geométricas tais como, um triângulo, um círculo, um
cone e um cubo...ou a combinação de varias figuras geométricas.
 Se observarmos ao nosso redor podemos comprovar atraves de inúmeros
exemplos como as formas reais encaixam em figuras geométricas e combinações
de formas básicas como: triângulos, quadrados, rectângulos, elipses, esperas,
cilindros, cubos e cones.

 Nos exemplos anteriores observamos como os objectos "encaixam"
perfeitamente em certas figuras geométricas.
 O gelado, por exemplo, insere-se num cone e num circulo. Por tanto se
iniciarmos o nosso desenho fazendo estas figuras geométricas basicas, será
muito mais fácil a seguir, "embelezar" a forma básica e desenvolve-la até ficar
como um gelado.
 A folha, insere-se prefeitamente num triangulo, pelo que se torna muito fácil
apos desenhar a forma básica geométrica, reproduzir as curvas da folha e
representa-la com as proporções correctas.
 Um exercício importante que aconselhamos, a fim de desenvolver o seu sentido
de observação e educar a sua visão, é desenhar tudo o que lhe apetecer,
aplicando este método. Verá como com tempo e practica será extremamente
fácil representar sem dificuldades.

 Proporção. Forma e Tamanho


A relação das proporções dos objectos.
A forma e tamanho dos objectos nos permitem reconhece-los e diferencia-los
uns dos outros.
Observando a Figura A-1, podemos concluir que o único factor em comum entre
eles, é que todos são cogumelos. No entanto, cada um possui caracteristicas
diferentes nas suas proporções que nos permite diferencia-los entre si.
A relação entre as alturas, as grossuras dos "troncos" e as “cabeças” determinam
a forma de cada um de eles respeito aos outros.


 Quando desenhamos, devemos observar minuciosamente o modelo e estabelecer
adequadamente a relação de proporções entre os distintos elementos que o
conformam a fim de representa-los correctamente.


 Se assim não o fizermos, estaremos a representar uns objectos parecidos aos
modelos, mas não os objectos com as formas reais e correctas. No entanto, se
calcularmos e mantivermos a relação de proporção com o modelo, estaremos
definindo a sua forma e tamanho e representando-a correctamente mediante o
desenho.
 Vejamos por exemplo, a Figura A-2. As proporções das dimensões A e B dos
cogumelos não são iguais aos representados na Figura A-1. Estes desenhos por
tanto, não possuem as mesmas proporções

 Volume. Luz e Sombra

SÃO OS ELEMENTOS BASICOS PARA PRODUZIR O EFEITO DE VOLUME NOS


OBJECTOS..

Num desenho em duas dimensões, a luz e a sombra são elementos que definem e caracterizam o volume
do objecto.

O volume é em conjunto com a forma outro dos aspectos que distingue os objectos que nos rodeiam.
Este depende da luz que recebe, e por consequência das sombras que este produz.

A definição correcta do volume dum objecto se consegue atraves da valorização exacta das intensidades
das suas sombras.

Podemos definir dois tipos de sombras, as próprias e as projectadas.


As sombras próprias são as que origina o objecto em si próprio e as projectadas são aquelas que ele
produz nas superfícies vizinhas.
Também se deve ter em consideração os reflexos produzidos pela luz, que projectam as superfícies ou
objectos vizinhos já que estas aclaram a sombra própria.
Entre a luz e a sombra há uma zona de transição ou de “meia sombra” que pode variar em extensão
dependendo da intensidade da luz.

No exemplo da Figura A-1, distinguimos dois objectos com a mesma forma, tamanho e proporção, no
entanto um representa um circulo e outro uma esfera.
O circulo passou a ser um elemento bidimensional, a parecer um elemento tridimensional, com volume.
A diferença entre os dois objectos é conseguida neste caso pelo efeito da luz e da sombra.

 Perspectiva Básica
NOÇÕES BÁSICAS DE UMA TÉCNICA DE DESENHO QUE PERMITE
REPRESENTAR
EM DUAS DIMENSÕES OS OBJECTOS TRIDIMENSIONAIS

A perspectiva é um sistema matemático que permite criar a ilusão de espaço e distancia numa
superfície plana. Neste pequeno gráfico podemos ver o funcionamento de uma projecção que
resulta numa perspectiva e onde se mostram os elementos que a definem


 PERSPECTIVA SIMPLES OU COM UM PONTO DE FUGA


 Numa perspective simples ou de um ponto de fuga, todas as linhas de um objecto ou desenho
apontam a um ponto colocado na linha do horizonte. Neste caso o observador esta situado por
cima da linha do horizonte.

Na Figura 2, a linha do horizonte esta a altura do olho do observador.
Na Figura 3, o observador esta situado abaixo da linha do horizonte.
Quando alteramos a altura da linha do horizonte, o ponto de observação e o ângulo de
observação, obtemos efeitos interessantes nos desenhos.

 PERSPECTIVA COM DOIS PONTOS DE FUGA.


 No caso duma perspectiva realizada com dois pontos de fuga, cada cara da figura (neste caso o
quadrado) se estendem com linhas imaginarias que se unem em dois pontos de fuga localizados
a ambos lados do objecto e sobre a linha do Horizonte. Bem seja que o observador esteja acima
da linha do horizonte ou abaixo da mesma.

 No desenho a segir temos um plano representado na cor magenta que representa a plano de
quadro.
Isto é, a folha onde iremos representar a perspective do modelo.
Neste caso os pontos de fuga ficam localizados fora do plano. Se colocarmos os pontos de fuga
dentro do plano de quadro ou dentro da nossa folha, a figura parecerá deformada.

 Os dois desenhos são ligeiramente diferentes. No primeiro o observador se encontra mais
afastado do modelo, no segundo se encontra mais perto. Estes efeitos podem ser estudados de
forma a proporcionar certos efeitos de impacto nas perspectivas. Tudo depende do dramatismo
que se pretende impor á composição.


 PERSPECTIVA COM TRES PONTOS DE FUGA
 Podem ser utilizados um infinito número de pontos de fuga em qualquer cena. O número de
pontos de fuga, dependerá do número de planos que possua o modelo. Este tipo especifico de
perspectiva com três pontos de fuga, surge quando o observador esta localizado muito acima ou
abaixo da linha do horizonte e por tanto os planos verticais também sofrem deformação.

 Composição Básica
 REGRAS E PADRÕES PARA CRIAR EQUILIBRIO E HARMONIA
 Composição refere-se a colocação ou distribuição dos elementos que conformam a superfície do
quadro de uma forma perfeita e equilibrada.
Seja qual for o estilo artístico a que pertence uma obra, a técnica de execução da mesma ou a
vertente artística do autor, todas elas têm em comum certos elementos como: linhas, tons, cor,
luz, sombras, etc.
É a correcta e equilibrada organização desses elementos sejam eles objectos ou espaços
vazios, seguindo certos padrões e princípios, o que denominamos composição.
 Poderíamos dividir a composição em dois tipos básicos: clássica e livre.
 COMPOSIÇÃO CLÁSSICA:
 Consiste em elementos estáticos procurando o seu equilíbrio a traves da simetria.
 COMPOSIÇÃO LIVRE:
 Supõe uma ruptura do equilíbrio estático das obras.
 O principal ponto a considerar ao compor um quadro é definir se os elementos que a conformam
serão realistas ou não e a seguir, procurar fazer um conjunto harmonioso de tons, texturas e
cores, colocando os objectos em diferentes planos de forma a obter o efeito de profundidade e
jogar com todos esses elementos seguindo certas regras e padrões a fim de obter um peso
visual harmonioso e equilibrado
 OS ELEMENTOS BÁSICOS DENTRO DE UMA COMPOSIÇÃO SÃO:
 O ponto, a linha, o contorno e a forma, a textura, o tom, a cor, a luz.
 O EQUILÍBRIO NA COMPOSIÇÃO
 Todos os elementos que conformam uma composição, devem ser colocados de maneira que se
relacionem entre eles, e dentro do conjunto criando ritmos, tensões, direcções… Para obter o
equilíbrio numa composição há vários atributos que devem ser conseguidos com sucesso
O ritmo, o peso, a tensão, a direcção, o tamanho e a Escala, o ponto de vista e a proporção.
 HARMONIA NA COMPOSIÇÃO.
 Harmonia pode ser consequência da correcta aplicação de certos padrões que aplicados ao
desenho de forma correcta farão de uma pintura, uma obra de arte.
- Equilíbrio simétrico ou assimétrico, aplicação da regra dos terços, movimento sugerido,
ênfases, unidade, repetição, escala e contraste.


 OS PRINCÍPIOS GERAIS DA COMPOSIÇÃO.
 De uma forma geral podemos dizer que há certos princípios que definem
- Cada obra é um conjunto de elementos que conformam uma unidade.
- Cada elemento tem um valor
- O valor de cada elemento depende da sua força de atracão.
- Um elemento perto do bordo é mais atraente.
- Cada secção do quadro tem um poder de atracção.
- Cada secção de um quadro tem um peso visual.
- Um elemento num espaço vazio tem mais força quando colocado junto a outros elementos.
- Um elemento preto num espaço branco tem muita mais força.
- O valor do branco ou do preto é proporcional ao tamanho do espaço que faz contraste com ele.
-Um elemento em primeiro plano tem menos peso que o mesmo elemento colocado á distancia.
-Dois ou mais elementos associados podem ser reconhecidos como um.

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