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Consumo Crescente de

água para consumo


humano

O crescimento acentuado da população


mundial, as alterações climáticas, a má
gestão generalizada e a procura
crescente de energia estão a exercer
pressões intensas nas reservas cada
vez menores de água do mundo,
adverte um novo relatório das Nações
Unidas.

O facto de a população mundial ter aumentado para mais de 6 mil


milhões de pessoas significa que alguns países já atingiram os
limites dos seus recursos hídricos, afirma o relatório em cuja
preparação participaram 24 organismos das Nações Unidas.

"As alterações climáticas vão agravar a situação", disse William


Cosgrove, Coordenador de Conteúdos do UN World Water
Development Report, falando numa conferência de imprensa em
Nova Iorque. E acrescentou: "As alterações climáticas não só vão
aumentar a variabilidade do clima, como também vão aumentar, de
um modo geral, as pressões [sobre os recursos hídricos] em locais
onde elas já existem".

O relatório calcula que, devido às alterações climáticas,


em 2030, quase metade da população mundial esteja a
viver em zonas de elevado stress hídrico, incluindo
entre 75 milhões e 250 milhões de pessoas em África.
Além disso, a escassez de água em algumas zonas
áridas e semi-áridas levará entre 24 milhões e 700
milhões de pessoas a deslocarem-se para outros locais.
Existe uma forte ligação entre pobreza e recursos hídricos,
observa o relatório, e o número de pessoas que vive com
menos de 1,25 dólares por dia coincide, aproximadamente,
com o número de pessoas que vive sem acesso a água
potável.
O relatório realça o impacto considerável desta situação na
saúde, uma vez que quase 80% das doenças nos países
em desenvolvimento estão associadas à água, causando
aproximadamente 3 milhões de mortes prematuras. Por
exemplo, todos os anos, morrem 5000 crianças por dia
devido à diarreia e seria possível evitar cerca de 10% das
doenças no mundo inteiro, melhorando o abastecimento de
água, o saneamento, a higiene e a gestão dos recursos
hídricos.

Causas para o crescente consumo de água

·0 Crescente população mundial

·1 Má gestão deste recurso

·2 AS altrerações climáticas

·3 procura crescente
As alterações á qualidade da água ao longo dos
tempos

Todos sabemos que a água para ser própria ao consumo humano, tem que
ser potável, e assim terá que ter as seguintes caracteristicas:

·4 incolor
·5 inodora

·6 insípida

Muitas pessoas pensam que a água cristalina é potável e que,


portanto, não necessita de tratamento. Entretanto, apenas cor e odor
não são suficientes para garantir que a água seja própria para o
consumo, haja vista que organismos patogênicos microscópicos
podem estar presentes e causar sérios danos à saúde. Sendo assim,
a água potável não pode ser avaliada apenas visualmente, sendo
fundamentais os testes de potabilidade.

Normalmente águas de rios e lagos não são próprias para consumo


humano, sendo fundamental que passem por processos específicos
em estações de tratamento de água. Após o tratamento, é importante
que sejam realizados testes para confirmar se a água tratada
corresponde ao padrão de potabilidade exigido pelo Ministério da
Saúde. Caso esteja de acordo, a água poderá ser enviada para a
população.

Hoje em dia, os esforços feitos no tratamento garantem


bons níveis de qualidade da água em Portugal, mas ainda
2% da água distribuida para o consumo humano não
respeita os níveis de qualidade exigidos. A poluição dos rios
e das albufeiras é cada vez visível e pode tornar Portugal
mais vulnerável à escassez, como acontece em países mais
pobres.
Portugal tem uma percentagem elevada (40%) de perdas
nas redes de distribuição de água para consumo humano.
“Para uma melhor gestão dos recursos hídricos, é essencial
que se desenvolvam métodos, mecanismos e
comportamentos de uso mais eficiente”, afirma o presidente
da Quercus.

Os desperdícios do uso da água são muito elevados, quer


no sector doméstico, quer no sector agrícola. 50% das
águas residuais produzidas em Portugal não têm um
tratamento conveniente. Hélder Spínola defende a
importância de investir num sector de tratamento que
garanta a qualidade da água para ser reutilizada em, por
exemplo, regas de jardim ou limpezas de pavimentos.
O que fazer para reduzir o consumo
de água?
"Os recursos de águas doces não
são inesgotáveis. É indispensável
preservá-los, administrá-los e, se
possível, aumentá-los."in Carta Europeia da água

Autoclismos

- Ajuste do autoclismo para o volume de descarga mínimo (quando


aplicável);
- uso de descarga de menor volume, ou interrupção da descarga,
para usos que não necessitem da descarga total (e.g. urina);
- colocação de lixo em balde apropriado a esse fim, evitando deitar
lixo na bacia de retrete e a descarga associada;
- redução do volume de armazenamento (colocando garrafas,
pequenas barragens plásticas, etc.), evitando no entanto usar
objectos que se deteriorem ou que impeçam o bom funcionamento
dos mecanismos;
- não efectuar descargas desnecessárias do autoclismo;
- reutilização de água de outros usos para lavagem da bacia de
retrete (em situações de escassez);
- aquisição ou substituição de autoclismos, eventualmente
associados a retretes específicas, mais eficientes
Chuveiros

- Utilização preferencial do duche em alternativa ao banho


de imersão;
- utilização de duches curtos, com um período de água
corrente não superior a 5 minutos;
- fecho da água do duche durante o período de
ensaboamento;
- em caso de opção pelo banho de imersão, utilização de
apenas 1/3 do nível máximo da banheira;
- recolha da água fria corrente até chegar a água quente à
torneira, para posterior rega de plantas ou lavagens na
habitação (em situação de escassez);- utilização de
recipiente para certos usos (lavagem de vegetais, de mãos,
etc.) e reutilização no autoclismo ou na rega consoante
apropriado (em situação de escassez);
- adopção de um modelo com menor caudal sempre que for
necessária a substituição de um chuveiro;
- utilização de torneiras misturadoras, monocomando ou
termoestáticas, que permitem também diminuir o consumo
por utilização, já que permitem a redução do desperdício até
a água ter a temperatura desejada (por eliminação do tempo
de regulação da temperatura e facilidde de abertura e
fecho);
- adaptação de dispositivos convencionais através da
instalação de arejador, de redutor de pressão (anilha ou
válvula) ou de válvula de seccionamento.

Torneiras (lavatório, bidé, banheira e


lava-loiça)

- Minimização da utilização de água corrente para lavar ou


descongelar alimentos (com utilização alternativa de
alguidar), para lavagem de louça ou roupa (com alguidar),
para escovar os dentes (com uso de copo ou fechando a
torneira durante a escovagem), para fazer a barba (com
água no lavatório ou com utilização alternativa de máquina
eléctrica) ou lavar as mãos;
- verificação do fecho correcto das torneiras após o uso, não
as deixando a pingar;
- utilização da menor quantidade de água possível para
cozinhar os alimentos, usando alternativamente vapor,
microondas ou panela de pressão (poupando água,
vitaminas e melhorando o sabor);
- utilização de alguma água de lavagens, enxaguamento de
roupa ou louça ou de duches (com pouco detergente) para
outros usos, como sejam lavagens na casa e, por períodos
limitados, em rega de plantas (também para encher
autoclismos, desligando previamente as torneiras);
- utilização da água de cozer vegetais para confeccionar
sopas ou para cozer outros vegetais (no frigorífico dura
vários dias);
- sempre que necessária a substituição de uma torneira,
optar por um modelo com menor caudal;
- a utilização de dispositivos mais eficientes permite diminuir
o consumo; entre os diferentes mecanismos existentes
destacam-se as torneiras com maior ângulo de abertura do
manípulo, com redutor de caudal, com dispositivo arejador,
com dispositivo pulverizador, com fecho automático ou
torneiras com comando electrónico;
- recurso a torneiras misturadoras, monocomando ou
termoestáticas;
- adaptação de dispositivos convencionais através da
instalação de arejador ou de redutor de pressão (anilha ou
válvula).
Máquinas de lavar roupa

- Consulta das instruções do equipamento, particularmente


no que se refere às recomendações relativas aos consumos
de água, energia e detergente;
- utilização da máquina apenas com carga completa;
- não utilização de programas com ciclos desnecessários
(exemplo, pré-lavagem);
- selecção dos programas conducentes a menor consumo
de água;
- regulação da máquina para a carga a utilizar e para o nível
de água mínimo, se possuir regulador para esse fim;
- substituição de máquinas de lavar roupa no fim de vida por
outras mais eficientes em termos de uso de água e energia
e com maior flexibilidade para adaptação dos programas à
necessidades de lavagem.

Máquinas de lavar louça

- Cumprimento das instruções do equipamento,


particularmente no que refere às recomendações relativas
aos consumos de água, energia e aditivos (detergente, sal e
abrilhantador);
- utilização da capacidade total de carga sempre que
possível;
- minimização do enxaguamento da louça antes de a colocar
na máquina;
- não utilização de programas com ciclos desnecessários
(por exemplo, enxaguamento);
- selecção de programas conducentes a menor consumo de
água;
- regulação da máquina para a carga a utilizar e para o
mínimo nível de água, se possuir regulador para esse fim;
- lavagem de louça na máquina em vez de a lavar à mão;
- limpeza regular dos filtros e remoção de depósitos;
- substituição de máquinas de lavar louça no fim de vida por
outras mais eficientes em termos de uso de água e energia
e com maior flexibilidade para adaptação dos programas à
necessidades de lavagem.

Carta Europeia da água

O que diz a Carta, e o que significa


·7 Não há vida sem água. A água é um bem precioso indispensável a todas as atividades
humanas.

·8 Sem a água não podemos viver. As plantas, os animais e as pessoas não sobrevivem sem
ela. Por isso a carta europeia da água descreve a água como um bem precioso
indispensável.

·9 Os recursos de águas doces não são inesgotáveis. É indispensável preservá-los,


administrá-los e, se possível, aumentá-los. Ao contrário do que se possa pensar a
água pode acabar, por isso devemos poupá-la e cuidar da água existente.

·10 Alterar a qualidade da água é prejudicar a vida do Homem e dos outros seres vivos que
dela dependem.

·11 Não devemos poluir a água pois podemos provocar doenças em pessoas, animais e
plantas.

·12 A qualidade da água deve ser mantida a níveis adaptados à utilização a que está prevista
e deve, designadamente, satisfazer as exigências da saúde pública.

·13 A água deve ter os tratamentos necessários para que possa ter qualidade necessária
para aquilo que é utilizada.

·14 Quando a água, após ser utilizada, volta ao meio natural, não deve comprometer as
utilizações que dela serão feitas posteriormente.

·15 A água por nós utilizada quando volta ao meio ambiente não deve ir poluida nem
contaminada.

·16 A manutenção de uma cobertura vegetal apropriada, de preferência florestal, é essencial


para a conservação dos recursos hídricos.

·17 Para que a água tenha qualidade é fundamental a existência de floresta e matas para a
conservar

·18 Os recursos hídricos devem ser objeto de um inventário.

·19 Temos de saber onde existe água (rios, nascentes, etc) e qual a sua qualidade.

·20 A eficiente gestão da água deve ser objeto de planos definidos pelas autoridades
competentes.

·21 Os governantes devem ter bons planos para cuidar da água. salvaguarda da água
implica um esforço muito grande de investigação científica, de formação técnica de
especialistas e de informação pública.

·22 Devem existir técnicos personalizados para que analisem a água e para informar as
pessoas do que devem fazer com ela.

·23 A água é um património comum cujo valor deve ser reconhecido por todos. Cada um
tem o dever de a economizar e de a utilizar com cuidado.

·24 A água pertence a todos, logo todos temos o dever de cuidar e de poupar água.

·25 A gestão dos recursos hídricos deve inserir-se no âmbito da bacia hidrográfica natural e
não no das fronteiras administrativas e políticas.

·26 As questões da água tem a ver com a Natureza e não com as fronteiras e políticas dos
paises.

·27 A água não tem fronteiras. É um bem comum que impõe uma cooperação internacional.

·28 A água é de todos e todas as pessoas devem cuidar dela em conjunto.

Fontes

http://www.sm-castelobranco.pt/o-gotinhas/o-que-e/carta-europeia-da-agua.aspx

https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/agua-potavel.htm
https://www.unric.org/pt/actualidade/22742

http://naturlink.pt/article.aspx?menuid=59&cid=90974&bl=1&viewall=true

http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2015-03/mundo-precisara-mudar-padrao-
de-consumo-para-garantir-abastecimento-de

https://jpn.up.pt/2007/03/22/escassez-da-agua-e-um-problema-para-a-humanidade/

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