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NAS 5 FONTES
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ
EXTRA 3 – Interpretação Constitucional:
Interpretação Constitucional:
1
GUERRA FILHO, Willis Santiago. O Princípio da proporcionalidade em direito
constitucional e em direito privado no Brasil. Mundo Jurídico, mai. 2003.
Disponível em: <http://www.mundojuridico.adv.br/cgi-bin/upload/texto347.rtf>.
Acesso em: 02 Março de 2010.
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É importante frisar que tais princípios não foram positivados
expressamente na Constituição, mas costuma-se elencá-los como
implícitos no art. 5º LIV que dispõe sobre o “devido processo legal”.
São métodos de interpretação da Constituição:
a) Método Jurídico (ou método hermenêutico clássico):
Proposto por Ernest Forsthoff. Por este método temos a premissa de
que "a Constituição é uma lei". Se a Constituição é uma lei, usam-se
os métodos clássicos de interpretação de leis propostos por Savigny
para interpretar as normas constitucionais. Destacamos:
Interpretação autêntica – Ocorre quando o próprio órgão
que editou a norma edita uma outra norma, com o fim de
esclarecer pontos duvidosos e que, sendo meramente
interpretativa, poderá ter eficácia retroativa já que não cria
nem extingue direitos;
Interpretação teleológica – Interpreta-se a norma
tentando buscar a finalidade para qual foi criada;
Interpretação gramatical ou literal – Usa-se o a
literalidade da lei;
Interpretação histórica – Busca-se os precedentes
históricos para tentar alcançar a interpretação a ser dada à
norma;
Interpretação sistemática – Tenta-se harmonizar as
normas dando uma unidade ao ordenamento jurídico;
A maior crítica a este método é que Savigny ao estabelecer a sua
teoria, estava pensando no Direito Privado. A Constituição é dotada
de uma complexidade de normas que torna o tal método insuficiente.
b) Método tópico-problemático: Tendo um problema concreto nas
mãos, os intérpretes debatem abertamente tentando adequar a
norma a este problema, daí diz-se que há uma “primazia do problema
sobre a norma”.
c) Método hermenêutico-concretizador: É o contrario do anterior.
Aqui parte-se da pré-compreensão da norma abstrata e tenta-se
imaginar a situação concreta. Agora temos a “primazia da norma
sobre o problema”.
d) Método científico-espiritual: Analisa-se os valores sociais,
integrando o texto constitucional com a realidade a qual a sociedade
está vivendo.
e) Método normativo-estruturante: Analisa-se a norma tentado
analisar a sua função como estruturadora do Estado. Assim, o
intérprete deve observar em suas mãos dois elementos:
1- A norma constitucional, em si.
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2- Os elementos de concretização desta norma na sociedade, em
todos os níveis. Ou seja, como a norma está sendo aplicada na
sociedade, como está ocorrendo a atividade jurisdicional e
administrativa em cima do texto, e etc.
b) Não-interpretativismo:
Diferentemente dos interpretativistas, os não-interpretativistas
defendem uma maior autonomia do juiz ao se interpretar a norma,
prevendo uma possibilidade e até mesmo a necessidade de que os
juízes apliquem “valores e princípios substantivos”. Assim, importa
mais os valores, como a igualdade, a justiça e a liberdade
demandados pela sociedade, do que a estrita vontade do legislador.
• Questões da FCC:
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d) a força normativa da constituição -adoção de interpretação que
garanta maior eficácia e permanência das normas constitucionais.
e) a adoção da contradição dos princípios -os preceitos exigem uma
interpretação explícita, excluindo-se a implícita.
Comentários:
Letra A - Correto. Vimos que por este princípio a constituição se
manifesta em um corpo único. Sendo um corpo único, não existe
possibilidade de contradição de normas. Assim, segundo este
princípio, a Constituição deve ser interpretada buscando a dissipação
das aparentes antinomias e contradições. Importante é dizer que
pelo princípio da unidade da Constituição, não há qualquer hierarquia
entre normas presentes no corpo da Lei Maior, já que ela se
manifesta como única.
Letra B - Correto. Segundo a doutrina, o efeito integrador pressupõe
a busca pelo sentido que fortaleça a unidade política e a integração
social do país.
Letra C - Correto. Por este princípio, mesmo que, num caso concreto,
se verifique a colisão entre princípios constitucionais, um princípio
não invalida o outro, já que podem e devem ser aplicados na medida
do possível e com diferentes graus de efetivação. Assim, interpreta-
se de forma a evitar o sacrifício total de uns em relação a outros, eles
são harmonizados.
Letra D - Correto. O princípio da força normativa da constituição foi
defendido por Konrad Hesse. Segundo este princípio, a constituição
tem a sua força impositiva e deve ser aplicada efetivamente e não ser
ignorada pelos aplicadores.
Letra E - Errado. A doutrina não faz qualquer menção a um princípio
chamada "contradição dos princípios" até por que, princípios não
podem entrar em contradição. Quando se fala de princípios, não se
fala em exclusão ou contradição, já que eles podem ser ponderados
no caso concreto e assim ser concretizados em graus diferentes. Isto
faz com que os chamem de "mandados de otimização". Quando
estamos diante de regras constitucionais, ou seja, normas que
estabelecem uma conduta específica sem margem para abstrações,
pode acontecer de uma excluir a outra, pois não existe cumprimento
parcial de regras, ou são cumpridas integralmente ou não são
cumpridas.
Gabarito: Letra E.
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este sacrifício nunca poderá ser total devido à proteção do núcleo
essencial.
Letra E - Errado. Nem precisa comentar essa, né?!
Gabarito: Letra B.
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Comentários:
A interpretação conforme a Constituição, ou simplesmente
"interpretação conforme" é uma maneira de salvar uma lei
aparentemente inconstitucional. Ou seja, fixa-se um interpretação à
norma para que o sentido esteja de acordo com o texto
constitucional, e impede-se também que a norma seja aplicada de
uma forma inconstitucional. Foi isso que aconteceu no caso em tela,
fixou-se a interpretação de que se devia esperar um ano para ser
aplicável, para que a lei se adequasse ao art. 16 da Constituição.
Gabarito: Correto.
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coisa: colocar em uma balança dois princípios colidentes no caso
concreto e decidir qual irá prevalecer!
Gabarito: Letra A.
• Questões do CESPE:
9. (CESPE/Assessor-TCE-RN/2009) O princípio da
razoabilidade-proporcionalidade permite ao Poder Judiciário invalidar
atos legislativos ou administrativos quando, entre outras situações, a
medida adotada não for exigível ou necessária, havendo meio
alternativo menos gravoso para se chegar ao mesmo resultado, o que
se convencionou denominar necessidade ou vedação do excesso.
Comentários:
A distinção entre "proporcionalidade" e "razoabilidade" ainda não é
pacífica. Neste concurso, o CESPE seguiu a linha doutrinária de tratá-
los como um princípio único - "princípio da razoabilidade-
proporcionalidade".
A assertiva está correta, já que, em que pese as diferenças
doutrinárias, tais princípios tem em comum o fato de prezar pela
justiça, bom senso, repúdio aos excessos.
Gabarito: Correto.
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"aparentes" contradições, que devem ser dissipadas pelo intérprete
ao analisar o texto em conjunto.
Gabarito: Correto.
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15. (CESPE/TRT-17ª/2009) O princípio do efeito integrador
estabelece que, havendo lacuna na CF, o juiz deve recorrer a outras
normas do ordenamento jurídico para integrar o vácuo normativo.
Comentários:
Isso que está descrito no enunciado é o uso da técnica da integração
e não interpretação. Integração constitucional (técnica usada para
preencher as lacunas deixadas pela norma constitucional,
notadamente através de leis) é diferente de interpretação
constitucional (técnica usada para extrair o verdadeiro significado da
norma). Usar o princípio de interpretação do efeito integrador é
interpretar a norma de modo que favoreça a integração política e
social e reforce a unidade política, logo não tem correlação alguma
com "integração constitucional" (uso de leis para preencher lacunas
da constituição).
Gabarito: Errado.
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b) Necessidade - analisa-se se realmente a medida é necessária, se
não existe outra solução menos gravosa.
c) Proporcionalidade em sentido estrito – seria a efetiva ponderação
entre os benefícios e malefícios que serão causados com o ato.
Gabarito: Letra D.
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