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Slide 8: consenso entre pesquisadores e clínicos que a fase de dentição mista,

caracterizada pela transição entre a dentição decídua e a permanente, coincide


geralmente com um intenso crescimento da criança, frequentemente caracterizada pela
manifestação de alterações ortodônticas e ortopédicas (Zanetti, 2003).

A mordida cruzada na dentição mista raramente é auto-corrigivel. O tratamento


precoce, durante a fase inicial da dentição mista, permite o melhor uso do potencial de
crescimento do paciente, com necessidade reduzida de realização de extracções e
cirurgia ortognática, menor risco de efeitos adversos iatrogénicos, melhor colaboração
do paciente e resultados melhores e mais estáveis. Do mesmo modo, as alterações
esqueléticas são mais significativas e efectivas quando a expansão maxilar é realizada
na criança antes do pico de crescimento esquelético, uma vez que a sutura palatina
mediana se encontra pouco sinuosa e o grau de interdigitação é menos acentuado.

A resposta clínica a longo prazo demonstrou a eficácia e a estabilidade da


expansão maxilar, sendo desejada a sobreexpansão da arcada e um período de retenção
após a fase activa.

Slide 9 e 10: Tradicionalmente, os expansores rápidos da maxila são ancorados no 1º molar


permanente. Durante a expansão, estes dentes vão se inclinando para bucal. Na fase ativa, forças
pesadas são exercidas contra os dentes que servem de ancoragem de forma a abrir a sutura média
palatina. Mas com os anos, a resistência originada a partir das várias estruturas do complexo craniofacial
vão aumentando. As forças exercidas durante a fase ativa vão diminuindo lentamente durante a fase de
retenção que dura 5-7 semanas. Os ossos basais continuam a recidivar 10 meses após a expansão. Os
dentes de ancoragem podem então sofrer exostoses, cálculos pulpares e reabsorção radicular. Também
foi reportado problemas periodontais nos dentes de ancoragem.
Mutinelli et al. Anchorage onto deciduous teeth: effectiveness of early rapid maxillary expansion in
increasing dental arch dimension and improving anterior crowding. Progress in Orthodontics (2015)
16:22

Durante a expansão maxilar podem ocorrer alguns tipos de iatrogenia, como problemas
periodontais e pulpares, descalcificação do esmalte, inclinação dos dentes de ancoragem, perda
óssea, reacções dolorosas, como edemas e lesões palatais, dificuldade de higienização,
reabsorção radicular nos terços cervicais e médio dos dentes de ancoragem e danos no
periodonto.

De forma a evitar estes efeitos indesejáveis nos dentes permanentes, pode ser prudente utilizar os
dentes decíduos para a ancoragem destes aparelhos de ERM (Expansao Rapida Maxilar) durante a fase
de dentição mista.

Slide 11: substituir os 1º molares permanentes com os 2º molares decíduos parece ser uma opção para
reduzir alguns dos efeitos negativos durante o tratamento ortodôntico.
A ancoragem em dentes decíduos pode ser uma vantagem para prevenir a reabsorção da raiz, perda
óssea, recessão gengival e lesões brancas na dentição permanente.

Slide 12: Alguns autores, demostraram a efetividade ancoragem nos dentes decíduos (canino e 2º molar
decíduo), em produzir a expansão transversal em diâmetro do arco superior. Para além disso, parece
haver menos recidiva da área anterior da expansão no 1º período de transição, ou seja, antes do incisivo
lateral permanente erupcionar totalmente e na presença de uma mordida cruzada. . A dimensão inter-
molar manteu-se estável. pode ser um procedimento satisfatório na resolução de moridas cruzadas e
para melhorar o apinhamento anterior, devido a uma simplicidade no design do aparelho, fácil de
manusear e um numero de efeitos adversos muito baixo.

Uma vez que, a expansão da sutura média palatina é mais efetiva na região anterior dos incisivos do que
na posterior, esta modalidade terapêutica também pode ser indicada para casos em que não existe
mordida cruzada. Quando a maxila é estreita, muitas vezes o espaço para a erupção do incisivo lateral
permanente é inexistente.

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