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LEAL MAA; GUERRA JGM; PEIXOTO RTG; ALMEIDA DL. 2007.

Utilização de compostos orgânicos como substratos na produção de mudas de horta-


liças. Horticultura Brasileira 25: 392-395.

Utilização de compostos orgânicos como substratos na produção de mu-


das de hortaliças
Marco Antonio de A Leal; José Guilherme M Guerra; Ricardo TG Peixoto; Dejair L de Almeida
Embrapa Agrobiologia, BR 465, km 7, 23851-970 Seropédica-RJ; mleal@cnpab.embrapa.br

RESUMO ABSTRACT
Visando determinar a viabilidade da utilização de compostos Utilization of organic compost as substrate for vegetable
orgânicos obtidos com palhada de Crotalaria juncea L. e capim seedling production
Napier (Pennisetum purpureum Schum.) como substratos na produ- The viability of the organic compost utilization as a substrate
ção de mudas de hortaliças, realizaram-se experimentos com alface for vegetable seedlings production, obtained from Crotalaria juncea
(folhosa), beterraba (raiz) e tomate (hortaliça de fruto). Estudou-se L. and Napier grass (Pennisetum purpureum Schum.), was
a eficiência de compostos produzidos a partir dos materiais: 100% determined. The research was developed with lettuce (leaf vegetable),
de Crotalária Júncea; 66% de Crotalária Júncea + 33% de Napier; beetroot (root vegetable) and tomato (fruit vegetable). The organic
33% de Crotalária Júncea + 66% de Napier; 100% de Napier; 33% composts were produced from: 100% Crotalaria Juncea; 66%
de Crotalária Júncea + 66% de Napier, inoculado com 5% da massa Crotalaria Juncea + 33% Napier; 33% Crotalaria Juncea + 66%
com esterco bovino; 33% de Crotalária Júncea + 66% de Napier, Napier; 100% Napier; 33% Crotalaria Juncea + 66% Napier,
inoculado com 100 L de Agrobio diluído a 5%; 100% de Napier, inoculated with 5% of the mass with cattle manure; 33% Crotalaria
inoculado com 100 litros de Agrobio diluído a 5%. Como controle Juncea + 66% Napier, inoculated with 100 L of 5% diluted Agrobio;
utilizou-se o substrato comercial Plantmax HT®. Avaliou-se altura 100% Napier, inoculated with 100 L of 5% diluted Agrobio. We
da parte aérea, número de folhas, produção de massa fresca na parte evaluated the height, leaf number, aerial green weight and aerial dry
aérea e produção de massa seca na parte aérea. O composto produzi- weight. A commercial substrate Plantmax HT® was used as control.
do com a mistura de 66% de Crotalária Júncea e 33% de Napier The compost produced from the mixture of 66% Crotalaria Juncea
mostrou-se superior aos demais tratamentos para produção de mu- and 33% Napier presented the best results, being adequate for the
das de alface, beterraba e tomate. production of lettuce, beetroot and tomato seedlings.

Palavras-chave: Crotalaria juncea L., Pennisetum purpureum Keywords: Crotalaria juncea L., Pennisetum purpureum Schum.,
Schum., compostagem, mudas, produção orgânica. composting, seedlings, organic production.

(Recebido para publicação em 17 de maio de 2006; aceito em 11 de setembro de 2007)

É crescente a demanda por substratos,


utilizados principalmente na produ-
ção de plantas ornamentais, hortaliças
mento para várias culturas. Embora os
compostos orgânicos possam conter
quantidades significativas de N, a maior
também deve promover de forma ade-
quada o fornecimento de oxigênio e a
eliminação do CO2 (WRAP, 2004). Ou-
em recipientes e mudas (Abreu et al., parte se encontra na forma orgânica e tra característica física importante para a
2002). Grande parte dos substratos são não está plenamente disponível para as utilização de compostos orgânicos como
produzidos utilizando-se turfa como plantas (WRAP, 2004). Quando a de- substrato, é estes possuírem reduzido
componente principal, mas são crescen- manda total de N pela planta é baixa e grau de contração ou expansão.
tes os esforços visando a substituição distribuída por um longo período de Os compostos orgânicos possuem
deste material, devido a questões de pro- tempo, a utilização de compostos orgâ- propriedades biológicas adequadas para
teção ambiental (Baumgarten, 2002). Os nicos como substratos pode fornecer seu uso como substratos. Existe na lite-
compostos orgânicos podem atender todo o N necessário. Caso contrário, ratura a evidência de que os compostos
plenamente esta demanda, principal- também devem ser utilizados fertilizan- podem estimular a proliferação de an-
mente em sistemas orgânicos de produ- tes com rápida disponibilização de N. tagonistas a organismos fitopatogênicos,
ção, que impedem o uso de fertilizantes O mesmo vale para os outros nutrientes ajudando a controlar algumas doenças
sintéticos de elevada solubilidade. (Hadas & Portnoy, 1997). Os compos- do sistema radicular (De Brito & Gagne,
Devido ao limitado volume para o cres- tos orgânicos geralmente possuem CTC 1995; Mandelbaum & Hadar, 1997;
cimento das raízes, os substratos devem ser mais elevada do que a turfa e possuem Lievens, 2001).
capazes de proporcionar fornecimento efeito corretivo do pH (WRAP, 2004). Este trabalho visou avaliar a viabili-
constante de água, oxigênio e nutrientes Os compostos orgânicos devem pos- dade do uso de compostos orgânicos
para as plantas (Fermino, 2002), garantido suir boas propriedades físicas para serem obtidos com palhada de Crotalaria
assim ambientes estáveis para o desenvol- utilizados como substrato. Uma impor- juncea L. e capim Napier (Pennisetum
vimento das plantas (Carlile, 1997). tante característica é a alta capacidade de purpureum Schum.) como substratos
Compostos orgânicos podem forne- reter a umidade e drenar o excesso de inteiramente orgânicos para a produção
cer os nutrientes necessários ao cresci- água (Corti & Crippa, 1998). O substrato de mudas de hortaliças.

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Utilização de compostos orgânicos como substratos na produção de mudas de hortaliças

Tabela 1. Valores de pH, CE e teores de N, Ca, Mg, P e K obtidos dos materiais utilizados
MATERIAL E MÉTODOS como substratos (Ph, CE and content of N, Ca, Mg, P and K, obtained from the utilized
substrata). Seropédica, Embrapa Agrobiologia, 2004.

A produção dos compostos utiliza-


dos nos tratamentos iniciou-se em mar-
ço de 2004 e terminou após três meses
de compostagem. As pilhas foram mon-
tadas com dimensões de 2,0 x 2,0 x 1,2
m (4,8 m3), a céu aberto, sob lona plás-
tica, em quatro camadas contendo to-
dos os materiais.
As matérias-prima utilizadas foram
1) parte aérea de Crotalaria juncea L.
com três meses de idade, cortada e frag-
mentada em picadeira uma semana an-
tes da montagem das pilhas; 2) capim Tabela 2. Valores de altura, número de folhas, produção de massa fresca e seca da parte
Napier (Pennisetum purpureum aérea, obtidos para as mudas de alface aos 33 dias após a semeadura (plant height, number
Schum.) cortado e fragmentado em of leaves, production of fresh and dry mass of the aerial part obtained from lettuce plantlets,
picadeira duas semanas antes da mon- 33 days after sowing date). Seropédica, Embrapa Agrobiologia, 2004.
tagem das pilhas; 3) esterco bovino cur-
tido; e 4) biofertilizante líquido Agrobio,
produzido à base de esterco, melaço,
torta de mamona e micronutrientes. A
proporção de cada matéria prima foi
calculada com base no seu teor de ma-
téria seca.
A irrigação das pilhas foi realizada
sempre que amostragens semanais re-
velavam que a umidade se encontrava
abaixo de 50%. O revolvimento das pi-
lhas foi realizado semanalmente no pri-
meiro mês e quinzenalmente no segun- 1
Médias na mesma coluna seguidas de diferentes letras são diferentes (p£0,05) pelo teste Tukey;
do e terceiro mês. 2
100C: 100% de Crotalária Júncea; 66C33N: 66% de Crotalária Júncea + 33% de Napier;
Foram avaliados os compostos pro- 33C66N: 33% de Crotalária Júncea + 66% de Napier; 100N: 100% de Napier; 33C66N+E:
duzidos a partir dos materiais a) 100C: 33% de Crotalária Júncea + 66% de Napier, inoculado com mais 5% da massa com esterco
bovino; 33C66N+A: 33% de Crotalária Júncea + 66% de Napier, inoculado com 100 litros de
100% de Crotalária Júncea; b) 66C33N:
Agrobio diluído a 5%; 100N+A: 100% de Napier, inoculado com 100 litros de Agrobio diluí-
66% de Crotalária Júncea + 33% de
do a 5% (mean values in the column, followed by the same letter did not differ from each other
Napier; c) 33C66N: 33% de Crotalária in the Tukey test; 2100C: 100% Crotalária Júncea; 66C33N: 66% Crotalária Júncea + 33%
Júncea + 66% de Napier; d) 100N: Napier; 33C66N: 33% Crotalária Júncea + 66% Napier; 100N: 100% Napier; 33C66N+E:
100% de Napier; e) 33C66N+E: 33% 33% Crotalária Júncea + 66% Napier, innoculated with 5% of the mass of cattle manure;
de Crotalária Júncea + 66% de Napier, 33C66N+A: 33% Crotalária Júncea + 66% Napier, innoculated with 100L of 5% diluted
inoculado com mais 5% da massa com Agrobio; 100N+A: 100% Napier, inoculado com 100 L of 5% diluted Agrobio).
esterco bovino; f) 33C66N+A: 33% de
Crotalária Júncea + 66% de Napier, ino-
culado com 100 litros de Agrobio diluí- As análises dos teores de N, Ca, Mg, K e P situada em Seropédica-RJ, a 26 m de al-
do a 5%; g) 100N+A: 100% de Napier, foram realizadas utilizando o procedimen- titude e coordenadas 22o 45’ S (latitude)
inoculado com 100 litros de Agrobio to operacional descrito por Silva (1999). e 43o 40’ W (longitude). As mudas de
diluído a 5%. Além dos compostos, foi Utilizou-se as espécies: alface tomate e de beterraba foram produzidas
incluído como tratamento o substrato (folhosa) cultivar “Regina”, beterraba em bandejas de poliestireno expandido
comercial Plantmax HT® como contro- (raiz) cultivar “Top Early Wonder” e to- com 128 células e as mudas de alface em
le. A caracterização destes materiais está mate (hortaliça de fruto) cultivar “Santa bandejas com 200 células. Para cada tra-
apresentada na Tabela 1. A análise de Clara”. Foi realizado um experimento tamento foi utilizada a metade de uma
pH foi realizada segundo o método des- para cada espécie. Os experimentos fo- bandeja. Visando reduzir influências lo-
crito por Tedesco (1995), em solução de ram instalados em delineamento inteira- cais, as bandejas foram trocadas de lu-
água destilada. A condutividade elétri- mente casualizado, com três repetições. gar duas vezes por semana.
ca foi medida no mesmo extrato aquoso Os experimentos foram realizados em A semeadura ocorreu em 24/06/04 e
obtido para a medição do pH (5:1, v/v). casa de vegetação da PESAGRO RIO, as avaliações ocorreram 33 dias após a

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MAA Leal et al.

Tabela 3. Valores de altura, número de folhas, produção de massa fresca e seca da parte semeadura. Para as avaliações, foram
aérea, obtidos em mudas de beterraba aos 33 dias após a semeadura (plant height, number of utilizadas dez plantas por parcela. Fo-
leaves, fresh and dry mass of aerial part, obtained from beetroot plantlets, 33 days after ram avaliados a altura da parte aérea,
sowing date). Seropédica, Embrapa Agrobiologia, 2004. número de folhas, produção de massa
fresca na parte aérea e produção de mas-
sa seca na parte aérea.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Alface: Houve efeito significativo


para todas as características estudadas
(Tabela 2).
Os compostos produzidos apenas
com Napier foram os que apresentaram
os piores resultados, com desempenho
muito inferior aos demais tratamentos.
1
Médias na mesma coluna seguidas de diferentes letras são diferentes (p£0,05) pelo teste Tukey; É provável que foi devido aos reduzi-
2
100C: 100% de Crotalária Júncea; 66C33N: 66% de Crotalária Júncea + 33% de Napier; dos teores de nutrientes (Tabela 1) e tam-
33C66N: 33% de Crotalária Júncea + 66% de Napier; 100N: 100% de Napier; 33C66N+E: bém devido à baixa estabilidade e ma-
33% de Crotalária Júncea + 66% de Napier, inoculado com mais 5% da massa com esterco
turidade destes compostos, que geral-
bovino; 33C66N+A: 33% de Crotalária Júncea + 66% de Napier, inoculado com 100 litros de
Agrobio diluído a 5%; 100N+A: 100% de Napier, inoculado com 100 litros de Agrobio diluí- mente está associada à baixa capacida-
do a 5% (mean values in the column, followed by the same letter did not differ from each other de de retenção de água, baixa CTC, pH
in the Tukey test (p£0,05); 2100C: 100% Crotalária Júncea; 66C33N: 66% Crotalária Júncea + muito elevado e presença de substâncias
33% Napier; 33C66N: 33% Crotalária Júncea + 66% Napier; 100N: 100% Napier; 33C66N+E: tóxicas.
33% Crotalária Júncea + 66% Napier, innoculated with 5% of the mass of cattle manure; O composto produzido apenas com
33C66N+A: 33% Crotalária Júncea + 66% Napier, innoculated with 100L of 5% diluted Crotalária Júncea (100C) apresentou
Agrobio; 100N+A: 100% Napier, inoculado com 100 L of 5% diluted Agrobio).
resultado inferior aos compostos produ-
zidos com a mistura de Crotalária Júncea
e Napier. A elevada salinidade apresen-
tada por este composto, revelada por seu
Tabela 4. Valores de altura, número de folhas, produção de massa fresca e seca da parte
elevado valor de CE (2,80 dS m-1) pode
aérea, obtidos para as mudas de tomate aos 33 dias após a semeadura (plant height, number
of leaves, yield of fresh and dry mass of the aerial part, obtained 33 days after sowing date).
ter ocasionado este resultado.
Seropédica, Embrapa Agrobiologia, 2004. Os compostos produzidos com a
mistura de Crotalária Júncea e Napier
proporcionaram os melhores resultados,
provavelmente devido apresentarem
teores de nutrientes e outros sais em ní-
veis ótimos para o desenvolvimento das
mudas de alface.
Os tratamentos 66C33N, 33C66N+E
e 33C66N+A resultaram em valores de
produção de massa seca de parte aérea
muito próximos aos valores obtidos por
Martins et al. (2001) para mudas de al-
face produzidas em substrato de
1 vermicomposto. Frazin et al. (2005),
Médias na mesma coluna seguidas de diferentes letras são diferentes (p£0,05) pelo teste Tukey;
2
100C: 100% de Crotalária Júncea; 66C33N: 66% de Crotalária Júncea + 33% de Napier; obtiveram valores de 122 e 59 mg plan-
33C66N: 33% de Crotalária Júncea + 66% de Napier; 100N: 100% de Napier; 33C66N+E: ta-1 para produção de massa fresca e de
33% de Crotalária Júncea + 66% de Napier, inoculado com mais 5% da massa com esterco massa seca, respectivamente, de mudas
bovino; 33C66N+A: 33% de Crotalária Júncea + 66% de Napier, inoculado com 100 litros de de alface Regina aos 20 dias após a se-
Agrobio diluído a 5%; 100N+A: 100% de Napier, inoculado com 100 litros de Agrobio diluí- meadura e crescidas em substrato
do a 5% (mean values in the column, followed by the same letter did not differ from each other Plantmax sob condições controladas.
in the Tukey test (p£0,05); 2100C: 100% Crotalária Júncea; 66C33N: 66% Crotalária Júncea +
33% Napier; 33C66N: 33% Crotalária Júncea + 66% Napier; 100N: 100% Napier; 33C66N+E: Os materiais com inoculação da mis-
33% Crotalária Júncea + 66% Napier, innoculated with 5% of the mass of cattle manure; tura de 33% de Crotalária Júncea e 66%
33C66N+A: 33% Crotalária Júncea + 66% Napier, innoculated with 100L of 5% diluted de Napier apresentaram desempenho
Agrobio; 100N+A: 100% Napier, inoculado com 100 L of 5% diluted Agrobio). semelhante ao tratamento 66C33N, in-

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Utilização de compostos orgânicos como substratos na produção de mudas de hortaliças

dicando que se pode reduzir os níveis aos obtidos para alface e beterraba. O FERMINO MH. 2002. O uso da análise física na
de Crotalária Júncea na mistura, desde composto produzido com a mistura de avaliação da qualidade de componentes e
substratos. In: FURLANI AMC. Caracteriza-
que se efetue a inoculação (Tabela 2). 66% de Crotalária Júncea e 33% de
ção, manejo e qualidade de substratos para
Beterraba: Houve efeito significa- Napier foi o que se mostrou mais favo- produção de plantas. Campinas: Instituto
tivo para todas as características estu- rável ao desenvolvimento das mudas de Agronômico, p.29-37. (Documentos IAC, 70).
dadas (Tabela 3). tomate. Os demais compostos apresen- FRAZIN SM; MENEZES NL; GARCIA DC;
Os compostos produzidos apenas taram resultados inferiores ao substrato SANTOS OS. 2005. Efeito da qualidade das
comercial. sementes sobre a produção de mudas de alfa-
com Napier também apresentaram os ce. Horticultura Brasileira 23: 193-197.
menores valores para as características Os resultados observados nos três HADAS A; PORTNOY R. 1997. Rates of
estudadas. experimentos permitem concluir que decomposition in soil and release of available
O composto produzido com a mistu- compostos orgânicos produzidos com a nitrogen from cattle manure and municipal
ra de 66% de Crotalária Júncea e 33% de mistura de 66% de Crotalaria juncea L. solid waste. Compost Science and Utilization
e 33% de capim Napier (Pennisetum 5: 48-54.
Napier foi o que mais favoreceu o de-
purpureum Schum.) podem ser utiliza- LIEVENS B. 2001. Systemic resistance induced
senvolvimento das mudas de beterraba. in cucumber against Pythium root rot by source
O composto produzido com a mis- dos na produção de mudas de alface, separated household waste and yard trimmings
tura de 33% de Crotalária Júncea e 66% beterraba e tomate. composts. Compost Science and Utilization 9:
de Napier, sem inoculação, apresentou 221-229.
desempenho semelhante ao substrato REFERÊNCIAS LOPES JC; ZONIA JB; CAVATLE PC. 2004.
Efeito de diferentes tratamentos e substratos
comercial. Os materiais com a na germinação e desenvolvimento de plântulas
inoculação desta mistura apresentaram ABREU MF; ABREU CA; BATAGLIA OC.
de beterraba. Horticultura Brasileira 22, su-
2002. Uso da análise química na avaliação da
desempenho inferior. O composto pro- plemento CD-ROM.
qualidade de substratos e componentes. In:
duzido apenas com Crotalária Júncea FURLANI AMC. Caracterização, manejo e MANDELBAUM R; HADAR Y. 1997. Methods
(100C) também apresentou desempenho qualidade de substratos para produção de for determining Pythium suppression in
inferior. plantas. Campinas: Instituto Agronômico, container media. Compost Science and
p.17-28. (IAC. Documentos 70). Utilization 5: 15-22.
Os resultados obtidos para produção MARTINS ST; LUZ JQM; DINIZ KA. 2001. Pro-
BAUMGARTEN A. 2002. Methods of chemical
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em média, superiores aos obtidos por jo e qualidade de substratos para produção suplemento CD-ROM.
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substrato formado pela mistura de p.7-15. (IAC. Documentos 70). de solos, plantas e fertilizantes. Brasília, DF:
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Compost on Rhizosphere Microflora of the
tura das plantas, nº de folhas, produção Tomato and on the Incidence of Plant Growth- investigating the benefits and efficacy of
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vados para tomate, foram semelhantes Environmental Microbiology 61: 194-199. UK, 72p.

Hortic. bras., v. 25, n. 3, jul.-set. 2007 395

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