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posição
de
Portugal
na
Europa e no
mundo
Rosa dos ventos
• Pontos cardeais
• Pontos colaterais
NE Nordeste
SE Sudeste
SO Sudoeste
NO Noroeste
• Pontos intermédios
NNE Nor-nordeste
ENE És-nordeste
ESE És-sudeste
SSE Sussudeste
SSO Sussudoeste
OSO Oés-sudoeste
ONO Oés-noroeste
Notas:
20Km
1:50000
Noções
• Portugal continental
18 Distritos e 2 Regiões autónomas (região autónoma da Madeira e dos Açores) que por sua vez
são subdivididos em conselhos e freguesias.
NUT (Nomenclatura das Unidades Territoriais) - trata-se de uma divisão regional do país feita
após a entrada na EU.
A divisão do território português em NUT é feita tendo em conta as características físicas, históricas e
funcionais do território, constituindo a base de recolha, tratamento e análise de dados estatísticos.
Distritos
NUT I
Minho Lima
Alto trás-os-montes
Algarve
Baixo Alentejo
Alentejo
litoral
Alentejo central
Alto Alentejo
Lezíria
do Tejo
Baixo Mondego
Baixo Vouga
Dão-Lafões
Ave
Cávado
Grande porto
Tâmega
Douro
Serra da estrela
Cova da beira
Pinhal litoral
Médio tejo
Oeste
Grande Lisboa
Península de Setúbal
Regiões autónomas
• Açores
Grupo Ocidental
Grupo central
Angra do heroísmo
Pico
Ponta delgada
Horta
Grupo Oriental
• Madeira
Porto Santo
Funchal
• Regiões agrárias
• Regiões turísticas
• Distritos judiciais
• Etc.
66º 3’
Trópico de Câncer**
23ºº
Trópico de Capricórnio***
66º 3’
23ºº
0º
Portugal
• Atlântica
• Mediterrânea
• Africana
• Continental
• Parte de Portugal encontra-se na região sul da Europa (outra região europeia pouco
desenvolvida)
Com a adesão a adesão de Portugal à UE vem redefinir a sua posição geográfica. A esta escala, Portugal
é uma região periférica, ou até mesmo ultraperiférica. Portugal continental está incluído no designado
Arco Atlântico, região menos desenvolvida, do que o centro da UE (região designado como Dorsal). A
parte mais meridional designa-se como Sul, a menos desenvolvida da UE.
Espaço Lusófono
A CPLP pretende:
Comunidades portuguesas Emigrantes instalados por todo o mundo. Difusão da cultura portuguesa
através da gastronomia, música, língua, etc…
PALOP (países de língua oficial portuguesa) CPLP (Comunidade de países de língua portuguesa)
Moçambique Brasil
Angola Portugal
Guiné-Bissau Timor-Leste
Cabo Verde
• Trocas comerciais;
• Países vizinhos;
• Portugal recebe dinheiro para igualar o seu desenvolvimento as resto dos países.
Nota: A OECE veio dar lugar a OCDE em 1961 passando a integrar também países fora da Europa como
o Canadá; a Nova Zelândia, a Austrália e o Japão, para além dos 30 europeus. A OCDE é
conhecida pelo grupo dos Países Desenvolvidos e o seu principal objetivo é a cooperação
entre os países membros e a ajuda aos países mais pobres do mundo.
Para vencer as rivalidades entre a França e a Alemanha e ultrapassar problemas económicos, foi
criada a CECA (Comunidades Económica do Carvão e doo Aço). Para além destes países aderiram
também a Itália, a Bélgica, a Holanda e o Luxemburgo.
Com este tratado é criada a CEE (Comunidade Económica Europeia) e a EURATOM (Comunidade
Europeia de Energia Atómica) pelos 6 países fundadores a CECA.
Nota: Em 1960 o Reino Unido que não integrou a CEE não quis “ficar sozinho” e em conjunto com a
Suécia, a Noruega, a Dinamarca, a Áustria, a Suíça e Portugal formam a EFTA (Associação
europeia de Comércio Livre.
Este tratado introduz grandes alterações aos tratados iniciais. Pretende reforçar a cooperação
entre os estados membros e criar um mercado.
• As novas competências para a atuação da EU, tendo em vista a coesão económica e social e a
criação de um fundo de coesão – doação de dinheiro aos PED para se autodesenvolverem.
• Início do processo para uma união política, com a criação de uma política externa de segurança
comum e o esforço da cooperação nos domínios da justiça e dos assuntos internos.
UE após Maastricht
Criação de um espaço
Criação de…
UE – Japão – EUA
Acordo de Shengen
O espaço shengen consistia na eliminação dos controlos nas fronteiras internas e na criação de controlos
eficazes nas fronteiras externas da EU.
Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Letónia, estónia e lituânia,
Finlândia, França, Grécia, Hungria, Itália, Luxemburgo, Malta, Holanda, Polónia, Portugal, República
Checa e Suécia.
Evolução da UE
• 1950 – Apresentava um número reduzido de habitantes, mas com uma população jovem.
Crescimento natural
Natalidade
Mortalidade
Saldo migratório
Emigração
Imigração
Fatores explicativos
• Guerra colonial
• Consequências da ditadura,
• Apesar do crescimento natural ser positivo o saldo migratório foi muito negativo,
• A TN teve uma redução devido à divulgação dos métodos e devido à entrada da mulher
no mercado de trabalho.
• Natalidade
• Emancipação da mulher
• Mudança de mentalidades
Diferenças regionais
Portugal apresenta contrastes a nível nacional. Por isso existem diferenças entre o litoral e o
interior entre o norte e o sul e as regiões autónomas e o continente.
• Mortalidade
A taxa de mortalidade entre 1960 e 2004 não evidenciou alterações significativas tendo atingido os
10,5‰ em 1991.
A descida da TM deveu-se a:
• Sinistralidade rodoviária
Isso deve-se:
Contrastes
• Crescimento natural
Numa primeira fase deveu-se à descida da taxa de natalidade. Como a taxa de mortalidade já se
encontrava baixa não influenciou muito esta descida.
Numa segunda fase, para além da taxa de natalidade observou-se uma ligeira subida na taxa de
mortalidade o que agravou a redução no crescimento natural.
A média do crescimento natural em Portugal é idêntica à média da UE, existindo países em situações
mais graves uma vez que apresentam um crescimento natural negativo, como a Bulgária e a Hungria.
• Movimentos Migratórios
Durante muitos anos Portugal foi um país de Emigração, atingindo valores bastante altos na década de
60. Os portugueses dirigiam-se sobretudo para a França e Alemanha, devido ao facto de estes países
necessitarem de mão de obra após a destruição provocada pela II Guerra Mundial.
Na década de 70, registou-se uma inversão dos valores até ai registados. E Portugal deixa de ser um país
de emigração para ser um país de imigração. Esta tendência ficou a devera à queda da ditadura em
1974.
• Jovens ( ≤ 15 anos)
• Idosos (≥ 65 anos)
A análise da estrutura etária é importante para caracterizar a população, uma vez que reflete variáveis
demográficas como:
• Natalidade
• Fecundidade
• Mortalidade
• Mortalidade infantil
• Movimentos migratórios
Tipos de pirâmide
• Jovem/Crescente
• Adulta/Transição
• Idosa/Crescente
• Rejuvenescente
Evolução da estrutura etária da população portuguesa
1960
1981
1981-2001
2050
• Aumento gradual da população ativa no setor III, à medida que o outros setores se vão
modernizando e incorporando mais serviços
Apesar das diminuições verificadas. Este problema ainda afeta 9% da população portuguesa.
Outra diferença importante ao nível de escolaridade da população portuguesa reside no género,
onde os valores de analfabetismo são superiores nas mulheres. No entanto com a escolaridade
obrigatória, a taxa de analfabetismo tende a diminuir ou mesmo a desaparecer.
• Envelhecimento
• Declínio da fecundidade
• Desemprego
ENVELHECIMENTO
• O Aumento do índice de dependência dos idosos faz com que a população ativa tenha cada vez
mais encargos com a população idosa.
• Aumento dos encargos sociais com a as reformas e com a assistência medica aos idosos
• Redução da natalidade, uma vez que estão a reduzir os escalões etários conde a fecundidade é
mais elevada.
DECLÍNIO DA FECUNDIADE
Outro problema com que Portugal se depara é o declínio da fecundidade, que está associado à redução
da natalidade.
O problema é que Portugal não consegue assegurar a renovação das gerações, uma vez que está abaixo
do limite mínimo de 2,1 filhos por mulher, apresentando cerca de 1,5 filhos.
O declínio da fecundidade está sobretudo relacionado com a emancipação da mulher, que passou a ter
uma carreira profissional mais ativa, adiando ou até mesmo excluindo a maternidade nos seus planos de
vida.
BAIXO NÍVEL EDUCACIONAL
Portugal apresenta um baixo nível educacional que se encontra abaixo da média da U.E.
Este indicador reflete-se na taxa de alfabetismo que afetava cerca de 9% da população em 2001.
DESMEMPREGO
Portugal apresenta uma taxa de desemprego superior à média comunitária e tem vindo a
aumentar.
As baixas taxas de desempego escondem por vezes situações de precariedade, com reflexos na
qualidade de vida da população. São os casos do subemprego e do emprego temporário, frequentes na
economia portuguesa, que, quando não são uma opção dos trabalhadores, geram situações de grande
instabilidade.
• Baixa qualificação
Solucionar os problemas
Políticas demográficas
Antinatalistas Natalistas
Predomina nos países menos desenvolvidos Predomina nos países desenvolvidos
Tenta reduzir a natalidade de um país Tenta aumentar a natalidade de um país
Utiliza medidas de sensibilização ou de Utiliza medidas de sensibilização e incentivos
coação económicos e fiscais
Portugal como país envelhecido que é, deveria adotar medidas que incentivassem a natalidade.
Para rejuvenescer a população portuguesa, o governo deveria dotar medidas concretas, tais como:
• O criação de uma legislação de trabalho que proteja mais a mulher durante e pós a gravidez
• Mais novos
• Prosseguir os estudos
• Mais velhos
Noções
População absoluta – Número de habitantes de um determinado país ou região,.
Densidade populacional – Número médio de habitantes de um determinado país ou região por Km₂
DP=Pop. AbsolutaÁrea…Hab/km₂
Taxa de natalidade – Número de nascimento por cada 1000 habitantes, num determinado tempo
Taxa de mortalidade - Número de óbitos por cada 1000 habitantes, num determinado tempo.
CN ≥ 0 - crescimento positivo
CN ≤ 0 - crescimentos negativo
CN = 0 – crescimento nulo
Emigração – Saída de +pessoas de um país estrangeiro por motivos naturais, sociais, económicos,
político…
Imigração - Entrada de pessoas para um país estrangeiro de forma legal ou clandestina, mas com fixação
de residência.
Taxa de mortalidade infantil – Número de crianças que morrem antes de atingirem o 1º ano de vida por
cada a1000 nascimentos.
Taxa de fecundidade
TF=Nascimentos2aTotal de mulheres dos1549anos x 1000
Índice sintético de fecundidade – número médio de filhos que cada mulher tem na idade fértil.
Índice de renovação de gerações – Número médio de filhos que cada mulher devia ter (2,1 filhos)
Esperança média de vida – Número médio de anos que o Homem vive num determinado país ou região.
A
distribuição
população
da
Distribuição da população
3. Himalaias
4. Amazónia
Fatores atrativos:
Fatores repulsivos
Naturais – Clima frio, solos cobertos de neve em grande parte do ano a existência de áreas de
relevo mais acidentado.
PORTUGAL
• Saliência entre dois pólos de atracão: Lisboa e Porto constituindo assim a bipolarização* da
concentração da população.
• Concentrações importantes em torno dos pólos do Porto (Cávado, Ave, Tâmega, entre Douro e
Vouga e Baixo Vouga) e de Lisboa (Península de Setúbal).
Em relação a Portugal Insular, verifica-se uma maior concentração na faixa litoral de ambos os
arquipélagos, salientando-se a Madeira com maior densidade populacional do que os Açores.
• Grande densidade dos conselhos na parte sul/sueste da ilha em oposição à parte norte e
extremidade oeste.
Em redor dos conselhos de Lisboa e Porto existem regiões que acabam também (por relação de
proximidade) por se tornar atrativas. A este processo chamamos de urbanização, que se estende para lá
do limite daquelas cidades e abrange os seus subúrbios. Assim a concentração da população em redor
dos polos atrativos originou as áreas metropolitanas.
Assim a grande concentração de população em torno das duas metrópoles levou à constituição das
Áreas Metropolitanas*.
Noções
Bipolarização Designação dada à enorme força atrativa que as Áreas metropolitanas exercem
sobre a população e as atividades do país
Áreas metropolitanas Unidade espacial que define um aglomerado, constituído por uma metrópole e
pelos seus subúrbios.
Fatores que influenciam a distribuição da população
• Clima
• Relevo – As planícies são mais atrativas à fixação da população ao invés das áreas
montanhosa.
• Movimentos migratórios
Contudo esta irregularidade na evolução da população não é comum em todo o território nacional.
Podemos dizer que os concelhos com taxa de variação positiva, ou seja, com o saldo migratório e
fisiológico positivos, localizam-se em redor de Lisboa e Porto, Noroeste, Algarve e em algumas regiões
autónomas
Já desde o século XIX que se verificava uma maior preferência por Lisboa e Porto, seguidos de
Aveiro, Viena do Castelo, Braga, Coimbra, Leiria e Setúbal. Por sua vez, as regiões próximas da fronteira
com Espanha, e de um modo geral todo o Alentejo, forma-se esvaziando, acentuando-se assim as
grandes Assimetrias Regionais*
Situação de desequilíbrio espacial num território, a nível de qualidade de vida; de riqueza económica;
ect.
Êxodo Rural
Expressão que evoca a partida em massa das populações rurais para as cidades
Noções
• Envelhecimento da população
• Perda de importância da atividade agrícola, hoje praticada sobretudo por idosos, acentuado o
seu caráter de sbsistência
• A degradação ambiental por abandono de muitas terras agrícolas e expansão das áreas de
matos e baldios, mais suscepiveos à ocorrência de incêndios
• 1º Surto migratório – ocorreu na segunda metade da década de 70 do século XX, com o regresso
dos ex-colonos africanos, na sequência da descolonização e também do regresso de muitos
emigrantes europeus.
Densidade populacional
Intensidade do povoamento expressa pela relação entre o nº de habitantes e de uma área territorial e a
superfície desse território.
Litoralização
Litoralização
Fatores Naturais
• Clima
O facto de o clima ser Ameno e mais húmido → Solo Fértil → Atividades Agropecuárias
• Relevo
A proximidade com o mar e o relevo pouco acidentado provocam boas e mais acessibilidades
Fatores Humanos
O litoral apresenta características para um melhor e mais elevado nível de vida, pois:
Leva a
A população do litoral tem maiores rendimentos e mais acessos aos bens do que a população do interior
Provoca
• Despovoamento de interior
Fatores Naturais
Fatores repulsivos à fixação de população e das atividades económicas nas regiões interiores
• Invernos rigorosos
Processo de litoralização
1º Surto
• 2º Surto
• Imigração
O número limite de pessoas que se podem fixar numa região sem por em causa a sua
sustentabilidade
• A degradação de muitos bairros nas periferias e nos centros históricos das cidades
• O aparecimento de estratos da população sem meios para obter uma habitação condigna,
levando à construção de bairros de barracas.
• Instalação de pólos universitários em cidades do interior para travar a saída de jovens para
estudar nas grandes cidades
• Instalação de centros de formação profissional procurando aumentar o nível de qualificação
O ordenamento do território diz respeito às ações que o Estado leva a cabo com os objetivos de
melhorar a distribuição da população e as atividades económica. Possibilitando assim:
• Melhor organização
• Proteção ambiental
Recursos
do
subsolo
RECURSOS
Recursos Naturais – Riquezas disponíveis na Terra que podem ser utilizadas em diversas atividades
humanas
Tendo em conta as características dos recursos naturais, este podem ser divididos em:
• Climáticos
• Hídricos
• Biológicos
Recursos Renováveis
Recursos que se repõem continuamente na Natureza, por isso, não se esgotam: água; sol; vento;
calor interior da Terra…
Recursos não-renováveis
Recursos que não se repõem na Natureza à mesma velocidade com que são consumidos e por
isso podem-se esgotar: carvão; petróleo; gás natural…
Minerais Energéticos – Minerais que se destinam à produção de energia (petróleo; carvão; gás natural;
urânio)
Minerais Metálicos – Minerais formados por substâncias metálicas (ferro; zinco; ouro; prata; estanho;
cobre e tungsténio/volfrâmio)
Minerais não metálicos – Minerais cuja constituição é formada por substância não metálicas (sal gema;
quartzo; talco; caulino e feldspato)
Rochas industriais – rochas utilizadas na construção civil (calcário; granito; areias e argilas)
Rochas ornamentais – rochas utilizadas para fins decorativos ( mármore; granito e calcário)
Água
PORTUGAL
Em Portugal há muitas jazidas (locais onde se verifica uma concentração de minérios suscetíveis de
serem explorados)
↓
A extração de recursos minerais é de grande tradição em Portugal
↓
Conheceu um crescimento acentuado na última década do século XX
↓
Mas continuou a ter uma reduzida importância na economia nacional (destaca-se apenas a extração de
rochas)
↓
A indústria extrativa contribui apenas com 1% do PIB
História da Terra
• Pré-Câmbrico
• Eclosão da vida
• Desenvolvimento da vida
• Desenvolvimento do homem
Maciço Antigo – Formado na era paleozoica /era primária, constituindo cerca de 2/3 do
território nacional, correspondendo à parte Norte e a grande parte do Centro e do Alentejo.
Concluindo
Unidades morfoestruturais
Maciço Antigo Orlas mesocenozoicas Bacia do Tejo e do Sado
Era em que foi Paleozoico Mesozoico e Cenozoico
formado Cenozoico
Área do país Norte Litoral algarvio e Bacias do Tejo e do Sado
abrangida Interior Centro litoral centro (Aveiro a
Alentejo Lisboa)
Rochas constituintes Granito; xisto; Calcário; argilas; Areais; argilas; arenitos
quartzito; arenítos
Formas de relevo Norte/centro – Planíceis
serras, vales e Serras de cume
planaltos arredondado e
Alentejo - pene planícies
planícies
Minérios Feldspato;
predominantes quartzito; Caulino e sal-gema
tungsténio;
talco; cobre;
estanho
Distribuição das principais explorações de rochas
O subsetor das pedreiras explora uma grande variedade de matérias-primas, Tendo em conta o
destino que é dado às rochas, este subsetor divide-se em dois grupos: extração de rochas ornamentais e
a extração de rochas industrias.
A distribuição de pedreiras pelo território é irregular e a sua localização faz-se de acordo com os
afloramentos rochosos de cada região. Os distritos de Leiria; Évora; Porto; Santarém são os distritos que
detêm maior número de pedreiras.
Tipos de Rochas
Rochas Industriais
• Águas de nascente
• Águas minerais
Pela sua composição química, as águas minerais também são exploradas para o termalismo, o
que constitui um importante fator de desenvolvimento para as regiões, uma vez que as estâncias
termais funcionam como polos de dinamismo económico local.
O termalismo é visto, tradicionalmente, como uma atividade que tem como principal função o
tratamento de doenças.
Atualmente, esta atividade é também vista como potencializadora dos recursos termais das
regiões onde ocorre, visto que esta atividade foi alargada para o setor turístico
• Proporcionar um tipo de oferta turística diferente daquelas que podem ser oferecidas por ouros
tipos de turismo concorrentes, de forma a atrair determinados segmentos do mercado às
estâncias termais
• Oferecer produtos e serviços de acordo com as estruturas existentes nas estâncias termais e
adequadas às características diferenciadoras de cada publico alvo
• Implementar programas de divulgação e promoção das unidades termais nos mercados nacional
e internacional
Recursos Endógenos
Recursos Endógenos
A nível energético, Portugal apresenta uma grande dependência do exterior, por isso é necessário
aumentar a produção através de formas já existentes e desenvolver projetos de modo a aproveitar os
recursos abundantes no nosso território.
Noções
Energia primária Recursos energético que se encontra na Natureza (sol, vento, petróleo, gás
natural, etc.)
Energia Secundária Energia disponibilizada aos utilizadores (eletricidade, gás natural, gás butano,
etc.)
Nos anos de precipitação mais abundante, produz-se 40% da energia elétrica e nos anos mais
secos, cerca de 20%
Portugal é o país cm maior percentagem de energia elétrica produzida por via hídrica
• Biomassa – O único exemplo de produção de energia elétrica a a partir de biomassa (provém de
matérias biodegradáveis, produtos e resíduos agrícolas, substâncias florestais e industriais,
resíduos industriais e urbanos), situa-se em Mortágua.
Visto que maior parte do território é coberto por floresta (38%) este tipo de captação de energia
torna-se fácil.
• Biogás – Gás combustível composto por 60% de metano e 40% de dióxido de carbono.
Este gás é obtido pela degradação biológica dos resíduos orgânicos, produzidos a partir de
várias origens:
1ª – Aterros sanitários
2ª – Atividade agropecuária
3ª – ETARs
Vantagem
Desvantagens
• Energia solar – Energia proveniente do sol, sendo aproveitada através das componentes
fotovoltaícas (conversão em energia elétrica) e térmica (conversão em energia térmica).
Este tipo de energia detém a maior potencial no sul do país: Central de Serpa e Central da
Amareleja, sendo esta a maior dom Mundo.
Vantagens
• Baixa manutenção
• Provoca um impacto social positivo, uma vez que contribui para a criação de emprego
• Energia eólica
Maior exploração nas áreas do litoral Norte e de maior altitude, devido às condições favoráveis – vento
• As áreas de maior potencial eólico situam-se em áreas de difícil acesso devido às fracas redes de
acessibilidades
Provoca o aumento do custo dos projetos pondo em causa a viabilidade dos projetos
O seu aproveitamento depende de um conjunto de fatores existentes nas áreas costeiras que permitem
resolver facilmente os problemas de transporte e de energia para terra e de acesso para a sua
manutenção. Em Portugal, a costa ocidental e as ilhas dos açores têm condições favoráveis para a
localização de unidades de conversão.
Como entrave à instalação destas mesmas unidades, está a agressividade do meio, o que explica o
atraso tecnológico para o aproveitamento da energia das ondas
Visto que a produção de energia é inferior à necessária para satisfazer a população é necessário
recorrer ao exterior, importando na maioria petróleo.
Eficiência Energética
Atividade que procura otimizar o uso de fontes de energia; fazer uma utilização racional da
energia; usar menos energia para fornecer a mesma quantidade de valor energético.
A eficiência energética engloba a implementação de estratégias e medidas para combater o desperdício
de energia ao longo do processo de produção, distribuição e utilização da energia
Radiação
Solar
Noções
Radiação solar Quantidade de energia de intensidade e natureza variáveis, emitida pelo sol, que
se propaga sob a forma de ondas eletromagnéticas, e da qual só uma pequena
parte é recebida pela superfície terrestre.
Constante Solar Total de energia que atinge o limite superior da atmosfera, numa superfície de
1cm₂, perpendicularmente aos raios solares e durante um minuto. Exprime-se
em caloria e tem um valor médio de 2cal/cm₂/min.
Radiação global Total de radiação do sol que atinge a superfície do globo (radiação direta +
radiação difusa)
Azoto 78%
Oxigénio 21%
Argón 0,9%
CO₂ 0,03%
Estrutura da atmosfera
• Troposfera
• Espessura – 11 a 12km
• A espessura é maior no equador (16-18km) e menor nos pólos (6-8km), isto porque nos
pólos, o frio comprime as partículas de ar e no equador as altas temperaturas dilatam as
mesmas, outro motivo é o movimento da Terra
• A temperatura diminui com a latitude: Cerca de 6,5ºC a cada 1km – Gradiente térmico
negativo)
• Estratosfera
• Localização – 11 a 50km
• É nesta camada que se encontra o Ozono, absorvendo grande parte dos raios Ultra
Violeta, por isso a temperatura aumenta, logo o gradiente térmico e positivo
• O limite superior desta camada é a estratopausa
• Mesosfera
• Localização – 50 a 80km
• Termosfera
• Localização – 60 a 600km
• A densidade do ar é baixa
• Exosfera
Noções
Funções da Atmosfera
• Protege de meteoritos, isto porque, devido a atrito criado pelo ar, estes encandeiam-se
e reduzem-se a “pó”.
• Controla a temperatura
• Não permite que uma parte significativa das radiações atinjam a superfície terrestre
• Provoca o efeito de estufa
• É fonte de vida
O globo perde uma grande quantidade de energia equivalente à que recebe, mantendo assim o
equilíbrio térmico
Noções
• Raio solar
Radiação solar direta Radiação solar que atinge diretamente a superfície do globo. Desde que
o sol nasce até quando o sol se põe
Radiação solar difusa Radiação solar dispersa e difundida pela atmosfera pelas nuvens, etc
(radiação indireta recebida)
O albedo é maior
nas superfícies cobertas de neve e menor nas florestas
Efeito de Estufa
Aquecimento das baixas camadas da atmosfera,
devido à interseção feita pelos gases que compõem a atmosfera, das radiações imitidas pela Terra
Fenómeno natural que regula a temperatura da Terra. É o das baixas camadas da atmosfera
b Alguma da radiação solar é refletida pela Terra e pela a atmosfera de volta para ao espaço
c Parte da radiação infravermelha (calor) é refletida pela superfície terrestre mas não regressa ao
espaço pois é refletida de novo e absorvida pela camada de gases de estufa que envolve o planeta. O
efeito é o aquecimento da superfície terrestre e da atmosfera.
Ondas de calor
Períodos de seca
Chuvas intensas
Efeito de estufa
Radiação terrestre
Radiação terrestre
Radiação solar
Radiação solar
Calor (contrarradiação)
Calor (contrarradiação)
A forma arredondada da Terra vai fazer com que a inclinação dos raios solares e o ângulo de incidência
variem com a altitude. Assim os lugares de menor latitude recebem maior radiação solar. Nos pólos
aumentam as perdas por reflexão, difusão e a quantidade de radiação solar é menor devido amassa
atmosférica atravessada.
Equa.
a
b
PS
PN
• O lugar que recebe os raios solares com menor ângulo de incidência é o lugar C e com maior é o
lugar A.
• O lugar que recebe os raios solares com menor inclinação é o lugar A e com maior é o lugar C.
• Os raios que chegam ao lugar C atravessam maior massa atmosférica sofrendo maiores perdas
por absorção e reflexão
Noções
Ângulo de Incidência Ângulo que os raios solares fazem com o plano tangente à superfície da
Terra no lugar do observador
O menor ângulo de incidência corresponde à
maior inclinação dos raios solares e à maior massa atmosférica atravessada
Ângulo de incidência
Ângulo de incidência
Limite da atmosfera
Superfície terrestre
O lugar mais aquecido é o lugar A. Apesar da área atingida ser maior em B do que em A, a superfície A é
mais aquecida
• A superfície aquecida
PN
PN
Solstício de junho
Solstício de dezembro
Equa. Dia = noite
PS
PS
Portugal, localizado entre os 32º e os 42 do hemisfério norte recebe maior quantidade de energia solar
no solstício de junho, quando se inicia o verão. Nesta época, os raios solares atingem Portugal com
menor inclinação e os dias têm maior duração, por isso a temperatura é mais elevada.
No solstício de dezembro, quando se inicia o inverno o sol está a incidir no trópico de Capricórnio pelo
que, no território português, a inclinação dos raios solares é maior, a duração do dia é menor e em
consequência disso as temperaturas são mais baixas.
Nos Equinócios os dias têm a mesma duração das noites em todo o globo. Nesta altura, a radiação solar
incide na vertical sobre o equador. Em Portugal têm inicio as estações intermédias (primavera e outono)
Noções
Isotérmicas Linhas que unem pontos de igual temperatura.
Amplitude Térmica Diurna Diferença entre a temperatura máxima e a temperatura mínima do dia
Amplitude Térmica Anual Diferença entre a temperatura mais quente e a temperatura mais baixa
de um mês
• Latitude
• Altitude
• Nebulosidade
• Disposição do relevo
• Disposição do relevo
Os valores mais altos de radiação solar, não se registam no equador mas sim nos trópicos devido à
maior nebulosidade das regiões equatoriais que fazem diminui os valores de radiação solar,
comparativamente à regiões tropicais.
Distribuição da temperatura em Portugal
Barlavento algarvio
Sotavento algarvio
Verão
Inverno
Em Portugal continental, durante o inverno desenhe-se um contraste NE/SW dm que o norte interior é a
região claramente mais fria. Por outro lado o Algarve em particular o barlavento, regista as
temperaturas mínimas mais elevadas.
No verão há um claro contraste Litoral/Interior, com o litoral claramente mais fresco e o interior muito
quente, em particular o interior trasmontano e o alentejano
Nas ilhas matem-se sempre um contraste interior/litoral, pois o vigor do relevo é o principal fator para
baixar as temperaturas mínimas no inverno e máximas no verão
Em Portugal continental, o contraste entre o litoral e o interior é notório. A proximidade do mar parece
ser preponderante, e a latitude não se afirma como o fator fundamental. Mesmo o relevo tem pouco
impacto na amplitude térmica anual.
Inverno
No inverno é bem visível o contraste nordeste/sudoeste, com as
temperaturas a aumentar para sudoeste. O Nordeste transmontano é a região mais fria.
- Latitude
Verão
Pois existem serras concordantes à costa que impedem a passagem desses ventos
Que fatores influenciam a distribuição da temperatura
• Latitude (norte-sul)
As temperaturas mais baixas a Norte, ficam a dever-se à inclinação aos raios solares, à precipitação e à
maior nebulosidade
• Altitude
Encontram-se diferenças de temperatura entre as vertentes expostas a sul (vertentes soalheiras) que
recebem grande quantidade de radiação solar e vertentes viradas a norte (vertentes umbrias) que
podem estar longos períodos de tempo sem radiação solar direta.
As depressões são também normalmente mais quentes do que as áreas topograficamente mais
elevadas.
• As correntes marítimas
No hemisfério norte as correntes provenientes do norte são frias e do sul são quentes.
Nova York está à mesma latitude que Lisboa e o que explica as baixas temperaturas em NY e mais altas
em Lisboa são as correntes marítimas quentes.
• A continentalidade
A energia solar
É renovável
É utilizada para:
OS sistemas fotovoltaicos para além da radiação solar direta também aproveitam a radiação solar difusa
Portugal tem boas condições a nível de aproveitamento da radiação solar, sendo muito
elevada no interior sul. Contudo esse facto não tem sido aproveitado da melhor forma, o que agrava a
dependência energética pelo exterior.
A nível europeu Portugal apresenta uma insolação mais elevada do que muitos países
nórdicos, contudo apresenta um nível de produção elétrica muito inferior aos outros países apesar de
possuir recursos mais favoráveis.
Concluindo podemos dizer que a energia solar existe em Portugal em grande quantidade, além
disso é geradora de emprego Portugal possui equipamento tecnológico suficiente para obter um grande
aproveitamento desta fonte de energia. Por isso não há razões para que Portugal não aposte na
implementação d estações para a obtenção de energia solar.
O turismo em Portugal representa uma “fatia” grande no que diz respeito ao PIB e ao
emprego. Para esta realidade contribui a situação ambiental portuguesa, em particular o clima e a
insolação. Prova disso são os destinos dos turistas.
O ambiente mais escolhido pelos turistas situa-se no litoral (praias), sendo que os restantes se
podem considerar insignificantes à exceção das férias no campo. De qualquer forma os ambientes
escolhidos pelos turistas estão relacionados com a insolação.
Há um contraste a nível da insolação entre o sul (maiores níveos) e norte (com menores
níveis), para além de ter menores níveis de insolação, o norte possui um clima mais fresco e ventosa,
tornando-se num destino menos procurado pelos turistas.
Utilização da Energia Solar
• De forma ativa
• De forma passiva
Aproveitamento da energia para aquecimento de edifícios e habitações, onde a construção deve ser
baseada na eficiência energética (permitam ganhos de energia solar e diminuição de ganhos
excessivos de calor no verão)
Isto é possível através da orientação dos edifícios (para sul) e do isolamento térmico dos mesmos
Recursos hídricos
A água é um bem precioso. É ela que possibilita a existência humana.
A água é essencial porque precisamos dela para beber, produzir eletricidade e regar os campos
agrícolas. Mas coloca-se uma questão: Será que teremos água suficiente (qualidade e quantidade) para
satisfazer as necessidades da população? Esta questão coloca-se pois apesar do Planeta Terra ser,
maioritariamente constituído por água, grande parte dela não é dirigida para o nosso consumo.
Curiosidade
• Os recursos hídricos veem a escassear devido à poluição da água
• Existe uma grande disparidade a nível de acesso a água potável
Tendo em conta que a maior parte da água existente (≈98%) se encontra nos oceanos, iniciamos
o ciclo no mesmo. Podemos então por começar por dizer que o responsável pelos início deste ciclo é o
sol, como estudámos este irradia calor aquecendo assim a água dos oceanos o que leva à sua posterior
evaporação para a atmosfera. É também de suma importância saber que o vapor de água pode também
chegar à atmosfera através do fenómeno de sublimação dos gelos e das neves e/ou da
evapotranspiração.
Grande parte da precipitação cai diretamente nos oceanos, reiniciando-se o ciclo hídrico.
Outra parte cai sobre os continentes, onde, por ação da gravidade vai escoar à superfície (água
de escorrência)
• Parte dessa água é drenada pelos rios e levado até ao oceano;
Noções
Sublimação Passagem da água do estado sólido para o estão gasoso, sem passar pelo estado
líquido, ou vice-versa
Evapotranspiração Transpiração das plantas e de todos os seres vivos, que vai para a atmosfera sob
a forma gasosa
Precipitação Queda de gotículas de água provenientes das nuvens que colidem. Esta pode
sob a forma de chuva (estado líquido), neve ou granizo (estado sólido).
Infiltração A água das chuvas é intercetada pelo solo e, por ação da gravidade, desloca-se
para o interior do solo as várias profundidades
Humidade Atmosférica
Humidade absoluta Quantidade de vapor de água existente numa unidade de volume de ar.
Exprime-se em gr/m₃
Ponto de saturação Quantidade máxima de vapor de +agua que o ar pode conter a uma
determinada temperatura. Exprime-se em gr/m₃
Humidade relativa Relação entre a quantidade de vapor de existente num dado volume de ar e a
quantidade máxima de vapor de água que esse ar pode conter. Exprime-se em %
H.R=H.AP.S x 100
Exercício
H.R=50% →
Caso haja:
Noções
Condições
Dd atmosféricas Ponto de Humidade
Variação da saturação relativa
temperatura
Subida da Aumenta Diminui
temperatura
Descida da Diminui Aumenta
temperatura
A atmosfera da Terra exerce uma pressão à superfície (pressão atmosférica) que ´+e fruto da força
exercida pelo ar. Essa pressão não é sempre constante e varia com:
Pressão
Divergente
Convergente
Convergente
Divergente
• Nas regiões afetadas por anticiclones o céu estará limpo e com fraca nebulosidade
1015hPA
1020hPA
1010hPA
1015hPA
1025hPA
1005hPA
O valor mais baixo tem que estar no meio e aumentar para fora
O valor mais alto tem que estar no meio e diminuir para fora
Nota
Portanto, os ventos deslocam-se das altas para as baixas pressões, sendo que no hemisfério
norte, o desvio dos ventos é para a direito e no hemisfério sul para a esquerda (relacionado com o
movimento da Terra).
Trop. Capricórnio
Trop. Cancer
Equador
As baixas pressões equatoriais têm origem térmica (altas temperaturas) e origem dinâmica
(ascensão do ar no encontro dos ventos alísios)
As altas pressões subtropicais são de origem dinâmica (o ar que foi obrigado a subir nas
regiões do equador, desce sobre os trópicos).
As altas pressões polares são de origem térmica (resultam das baixas temperaturas)
2 1
Circulação geral da atmosfera: à superfície - ventos (1) e em altitude - células (2)
Frente polar
CIT
A intensa radiação solar nas regiões equatoriais aquece o ar, o que provoca a sua ascendência,
pois o ar aquecido é mais leve. O ar ao ascender arrefece e condensa, o que confere às regiões
equatoriais um cariz extremamente chuvoso. Esta zona designa-se por CIT (Convergência Intertropical).
O ar termina a sua ascendência na estratosfera e dirige-se para os pólos sofrendo um desvio para a
direito devido ao Efeitos de Coriolis.
Aos, aproximadamente, 30ºN o ar inicia a sua subsidência, criando uma zona de altas pressões,
designada por zona de altas pressões subtropicais. Esta subsidência inibe a existência de nuvens e por
consequência de precipitação, é por esta razão a razão pela qual os grandes desertos quentes se
localizam nesta baixa (Deserto do Saara e do Calaári).
• Em direção ao equador (virando para oeste). Neste caso temos os ventos alísios (grande
regularidade em termos de velocidade e direção)
• Em direção aos pólos (virando para este). O ar tropical vindo os anticiclones encontra o ar frio
polar vindo das depressões subpolares. O ar quente e o ar frio não se misturam, por isso o ar
frio desloca-se sob o ar quente, formando-se a frente polar (entre 40º→inverno e 60º→verão).
O ar muito frio e muito denso das regiões polares dá origem a altas pressões polares.
O desigual aquecimento ao longo do ano dos dois hemisférios faz com que a circulação da atmosfera se
altere significativamente, conforme a época do ano.
No verão do hemisfério norte, os raios solares atingem o norte do equador com menor
obliquidade. Isto faz com que a CIT se situe mais a norte. A subida de CIT faz com que, por sua vez, os
anticiclones subtropicais se desloquem também mais para norte, assim como a frente polar. Desta
forma Portugal fica sob a influência do anticiclone dos Açores, responsável por Verãos quentes e secos.
No inverno, o hemisfério norte recebe menos radiação solar, Em virtude disso, o ar arrefece, e
os anticiclones polares ganham intensidade e exercem a sua força sob as regiões meridionais
“empurrando” as perturbações da frente polar mais para sul. Ao mesmo tempo, a CIT desloca-se para
sul do equador. Nesta época, a frente polar exerce a sua influência sob o território português,
responsável por Invernos frescos e chuvosos.
As massas de ar geram combinações diferentes de tipos de tempo que, em Portugal podem ser
muito contrastados entre o verão e o inverno e, mesmo entre Verãos e Invernos diferentes.
Pelo contrário, as massas de ar tropical continental, oriundas do norte de África, geram grandes
ondas de calor no território nacional. As temperaturas sobem normalmente acima do 35ºC.
As massas de ar polar marítimo, são mais típicas no inverno e estão na origem de um tempo
fresco e chuvoso, associado à passagem sucessiva de perturbações frontais. Igualmente comuns são as
massas de ar polar continental, que estão associadas a tipos de tempo muito frio e seco. São a típicas
situações anticiclónicas de inverno, com acentuado arrefecimento noturno.
Quando duas massas de ar se encontram, criam-se áreas de contacto que se designam por
superfícies frontais. O ponto de contacto entre a superfície frontal e o solo designa-se por frente. As
frentes podem ser:
• Frias – O ar frio avança em cunha sob o ar quente, obrigando este a subir, por vezes, de forma
intensa.
Noções
Estado de tempo Situação meteorológica verificada num dado momento num determinado lugar.
• Ar frio polar
• Formação
Ar quente tropical
• Desenvolvimento
• Oclusão
• Oclusão
Distribuição da precipitação em Portugal
A noroeste do país é também visível uma vasta densidade de serras, que formam a barreira de
condensação. Nestes sistemas montanhosos, as vertentes ocidentais estão expostas às massas de ar
vindas do oceano, tornando-se estas nas vertentes mais chuvosas, enquanto que as vertentes orientais
estão mais abrigadas.
O norte é mais afetados pelas perturbações frontais, quanto que o sul é mais afetado por
anticiclones (fator latitude)
Outras razão de maior pluviosidade a norte está relacionado com o relevo mais acidentado,
comparativo com o sul (fator relevo)
Outro fator a ter em atenção está relacionado com a proximidade ou o afastamento do mar.
Nas ilhas, o principal fator na distribuição da precipitação está relacionado com o relevo, pois é
nas altitudes mais elevados do interior das ilhas e nas vertentes expostas aos fluxos pluviométricos que
registam elevados níveis de precipitação.
• Precipitação frontal
• Precipitação orográfica
As precipitações orográficas formam-se quando uma massa de ar húmida encontra uma barreira
montanhosa e é obrigado a subir.
• Precipitação convectiva
O aquecimento, a que por vezes, o solo está sujeito faz aquecer o ar pela base. Este aquecimento torna
o ar instável e pode levar à sua ascendência.
O ar ao subir, arrefece e o vapor de água condensa. Algumas precipitações convectivas podem ser
bastantes fortes e , por necessitarem do calor para se formarem são mais frequentes no verão e no
outono. Estes tipos de chuvas são mais frequentes no interior, longe da ação moderadora do oceano.
• Temporal
• Variação anual
• Variação interanual
• Espacial
Nota: No nosso país, regiões que necessitam de precipitação (água), quer para a agricultura quer para
outros fins, não a têm. Para agilizar tal situação têm sido tomadas medidas, tais como:
Noções
Clima Sucessão habitual, num dado lugar , dos estados de tempo observados durante
um longo período de tempo (30 anos).
Temperatura média:
• Diurna
• Mensal
• Anual
Amplitude térmica
• Diurna
• Mensal
• Anual
Classificação do clima
QENTES
TEMPERADOS
Subpolares Polares
FRIOS
Portugal tem um clima temperado mediterrâneo que vai perdendo as suas características de um
para norte e do litoral para o interior. Os contrastes climáticos que se verificam no nosso país resultam
da combinação de vários fatores, principalmente o relevo, a latitude e a proximidade ou afastamento do
mar.
O clima Açoriano e, em menor grau, o clima da Madeira têm características dos climas
temperados marítimos. A vertente sul da ilha da Madeira, por estar obrigada das massas de ar húmidas
vindas do Norte, é bastante mais seca, tendo a região do Funchal um clima tipicamente mediterrâneo.
• 2
• 3
• 1
• Temperatura: Verãos quentes e Invernos amenos (Amplitude Térmica Anual Moderada) – deve-se
ao facto de receber os raios solares com maior ou menor obliquidade e ao facto de se encontrar
próximo ao Norte de África
Clima de montanha
• Fatores: Altitude – Existem serras que apesar de terem a mesma altitude, os níveis de
precipitação são diferentes (relacionado com a proximidade ou afastamento do mar)
Os recursos hídricos
Os rios
Montante Nascente
Jusante Foz
Talvegue Pontos mais baixos de uma rio desde montante até jusante
Perfil de equilíbrio Perfil em que o declive diminuiu regularmente da nascente até à foz
J F M A M J J A S O N D
• Água cedida ao solo – Água que se infiltrou no solo e foi restituída durante março –
agosto.
• Água restituída ao solo – Meses em que o solo esteve seco e agora recebe a água das chuvas,
recompondo-se.
Os rios modelam o seu perfil longitudinal através da erosão vertical exercida no fundo do leito.
Quanto maior for o declive maior será a velocidade do escoamento e por consequência maior
erosão. Por sua vez a quantidade de água relaciona-se com a precipitação
Uma maior capacidade erosiva vai desgastando o leito dos rios, arrancando materiais que serão
transportando até à foz.
O perfil longitudinal de um rio depende do nível da base (local onde se encontra a foz) que pode
ser o mar ou outro rio.
Se o nível da base aumentar, o rio tem tendência a assorear o seu leito. Este processo
desenvolve-se de jusante para montante levando ao perfil de equilíbrio.
Vale em V aberto/normal
Vale em V
fechado
(garganta)
Aluviões – sedimentos que acabam por ser depositados no curso inferior do rio
→ Desagua por vários canais
DESGASTE*
Meandros abandonados
Curiosidade
Estuário – Desagua por um só canal. Contrariamente ao delta
TRANSPORTE*
ACUMULAÇÃO*
*Ação erosiva da água
• Clima
Caso se registem elevados níveis de precipitação, a quantidade de água que vai circular na rede
hidrográfica será maior me vice-versa
• Relevo
Caso a rede hidrográfica se encontre numa região montanhosa, o declive vai ser maior, contribuindo
assim para maior escorrência, logo o caudal será maior.
Caso a rede hidrográfica se encontra numa zona plana, isso irá contribuir para a infiltração, reduzindo a
quantidade de água que circulará na rede hidrográfica.
• Cobertura vegetal
Caso a rede hidrográfica se encontre numa região de floresta densa, isso contribuirá para a a infiltração
e por sua vez o causal será menor
Caso a floresta seja menos densa, ocorrerá maior escorrência e, o caudal do rio será maior
A rede hidrográfica pode estar, ou não, situada sob rochas/solo premiáveis ou impermeáveis;
• Ação do Homem
- Desflorestação
• Perenes (permanetes) – Mantém o caudal constante ao longo do ano, ou seja, escoa água
durante todo o ano - Caudal constante
Construção de Barragens
VANTAGENS
• Produzir eletricidade
DESVANTAGENS
• Possibilidade de agravamento de cheias - O objetivo das barragens é reter a água mas, caso o
total de enchimento da barragem coincidir com dias de precipitação elevada, a água em excesso
vai ter de ser descarregada, o que pode agravar o risco de inundação nas áreas mais a jusante da
barragem, sendo que isto está também relacionado com a capacidade de armazenamento de
água de cada barragem.
Noções
Convénios Acordos entre Portugal e Espanha em relação aos rios que cruzam ambos os
países
Nota: Apesar de existirem convénios (Convenção Luso-espanhola 1998) entre Portugal e Espanha,
continuam a existir vários problemas de ordens diferentes:
• A poluição das águas, o que vem refletir-se em Portugal
• Contrição de novas barragens e a realização de transvases
• Agravamento de cheias por descargas das barragens espanholas
• Redução dos caudais em tempo de seca
ou leito menor
Leito de estiagem Zona ocupada por uma quantidade menor de água que acontece no verão. No
inverno ocorre o leito de inundação.
• Maioria NE - SW
• Douro E-W
• Sado S-N
• Guadiana N-S
• Mondego
• Sado
• Vouga
• Tejo
• Douro
• Guadiana
Lagoas e albufeiras
As albufeiras (lagos que se formam pelo enchimento de uma barragem) constituem os mais
importantes reservatórios de água superficial em Portugal, isso associado a todas as vantagens de uma
barragem.
Águas subterrâneas
É na bacia do Tejo e do Sado e nalgumas eras das orlas mesocenozóicas onde se registam maiores níveis
de água no subsolo. Isto devido ao facto de o tipo de rocha nestes locais ser permeável (areias; argilas e
calcário). Por sua vez, é no maciço antigo, constituído por xisto e granito onde se verificam menores
níveis e água existente.
Granito e xisto
Areias e argilas
Calcário
Calcário
Noções
Depende:
• Características geológicas
• Quantidade de precipitação
Lençóis freáticos Reservatórios de água, mas que se encontram a uma menor profundidade
(rochas permeáveis)
Depende:
• Precipitação ocorrida
• Extração da água
• Efeitos da maré nos aquíferos costeiros (maré alta – aquífero sobre e vice-versa)
• Evapotranspiração, etc.
Aquífero cársico
↓
Bacia do Tejo e do Sado
↓
Maciço antigo
↓
Orlas
O maciço antigo, é constituído por rochas poucos permeáveis: xistos e granitos. A água só
consegue infiltrar-se onde as rochas estão fissuradas.
É uma região especialmente rica em reservas de água subterrânea, porque nela convergem água
das regiões envolventes, mais elevadas, e porque possui vários aquíferos muito porosos.
As regiões das orlas, são também ricas e bastante exploradas. Na orla Meridional existem
situações de sobre-exploração dos aquíferos, em virtude das fracas precipitações e da pressão turística
que se exerce nesta região, particularmente no verão.
Noções
AGRICULTURA
TRIA
• AGRICULTURA
• INDÚSTRIA
• DOMÉSTICO
Consequências
Um dos problemas está relacionado com o desfasamento que existe entre as fossas céticas e o
saneamento, isto é, ainda há muitas águas residuais que não são levadas para as ETARs. O outro
problema está relacionado com as próprias ETARs, pois, teoricamente estas funcionam bem mas, na
prática denotam deficiência em alguns aspetos.
Ao nível da distribuição, existem desigualdades regionais, havendo regiões com falta de água (sul e
interior), isto porque as nascentes encontram-se principalmente a norte e nas orlas de Portugal.
Existe também uma disparidade a nível do consumo, pois é o setor agrícola que regista maiores níveis
de consumo de água, seguido da indústria e depois do consumo doméstico
Outros planos
• Ao nível do consumo, será necessário implementar medidas para que a água seja racionalizada,
por forma a evitar desperdícios.
• Aplicação dos princípios do poluidor pagador e do utilizador pagador (pagamento das taxas
progressivas, segundo a poluição causada)
BARRAGEM DO ALQUEVA
Para elém de todas as vantagens associadas a uma barragem. A barragem do alqueva tem uma
associação com a estação fotovoltáca da amareleja. Esta associação tem por objetivo unir, ou seja, usar
os mesmo meios, na distribuição da energia
Para além da associação, primeiramente referida, existe atmbém um parque éolico que está
também associado à barragem. A água passa n as turbinas para fazer girar e produzir electrecidade mas
depois, essa mesma água é bombeada para trás e, assim obter mais ganhos de energia
• Temporal
• Espacial
• Contrastes
• Norte - Sul
• Litoral – Interior
Recursos
marítimos
Recursos piscícolas
O peixe é o recurso marítimo mais explorado. Dando assim origem a variadas atividades, tais como:
Aquicultura A aquicultura era já praticada pelos romanos e pelos gregos contudo, só a partir da
década de 60, a sua atividade foi generalizada, sobretudo nos países mais desenvolvidos.
Esta atividade realiza-se, normalmente, em tanques de terra, reaproveitamento muitas
vezes dos tanques das antigas salinas (forma arcaica de praticar a aquicultora). Esta
pode ser praticada em regime intensivo*, semi-intensivo* e extensivo*.
A nível nacional a aquicultura é maioritariamente praticada em água salgada, à exceção
da cultura da truta que é praticada em água doce.
Regime intensivo Tipo de regime que se constitui com a existência de um tanque, onde há
um controle rigorosa da ração dada.
Tipo de regime mais barato.
Regime semi-intensivo Tipo de regime, cuja alimentação pode ser tanto de origem marítima
como fornecida pelos aquicultores.
Tipo de regime mais dispendioso.
Regime extensivo Tipo de regime, onde os peixes estão cercados, e cuja sua alimentação
se baseia nos recursos fornecidos pelo mar.
• Sal
A extração do sal, que em tempos se encontrava presente em tida a costa portuguesa, apresenta-se
hoje praticamente restrita ao Algarve, cuja produção no ano de 2002 representou 94% do total, sendo a
restante repartida pela ria de Aveiro (3%), o estuário do Mondego (1,6%) e o estuário do Sado (1,4%).
• Algas
A exploração das algas, que tradicionalmente serviam de fertilizantes agrícolas, pode constituir
atualmente uma potencialidade enquanto matéria-prima para a indústria cosmética, farmacêutica,
bioquímica, gastronómica, etc.
• Atividade turística
O turismo em Portugal encontra no litoral um dos seus locais privilegiados. As características
climáticas associadas à extensão e beleza da costa portuguesa são fatores atrativos para grande parte
dos turistas que escolhem Portugal como destino de férias.
• Recursos energéticos
• Energia eólica
O vento é uma ótima fonte de energia primária para a produção de eletricidade, apresentando
baixos custos. Prevê-se que entre 2005 e 2010, esta fonte de energia se possa comparar à energia
produzida a partir de combustíveis fósseis.
As ventoinhas eólicas são colocadas juntas à linha da costa, não exclusivamente, devido a esta ser uma
zona ventosa.
Potencialidades do Litoral
• O mar é uma importante via de comunicação, facilitando as torças comerciais;
• O mar dá um caráter mais suave ao clima;
• O mar atrai a população. A litoralização em Portugal testemunha a forte atração que o mar
exerce.
Tipos de costa
Portugal tem uma extensa linha de costa sujeita a uma importante ação marinha, que modela os
seus atuais contornos através de processos de erosão, transporte e acumulação. A ação do mar sobre a
linha de costa desencadeia uma modificação constante, originando paisagens litorais variadas. Existem 2
tipos de costa:
Costa de Arriba Costa Alta; habitualmente escarpada – resulta da abrasão marinha sobre as
rochas de grande dureza e resistência (granitos, xistos, calcários, etc).
Costa de Praia Costa baixa – resultante da acumulação de areias pelo mar, transportadas ao
longo da costa pela corrente de deriva litoral.
Nos arquipélagos da Madeira e dos Açores, dada a natureza vulcânica do seu relevo, a dureza
das respetivas rochas e o défice de elementos finos transportados pela ribeira, cerca de 98% é de arriba.
A natureza das rochas é considerada o fator principal que determina o tipo de costa, mas
existem outros fatores que também influenciam as suas características, designadamente os movimentos
das águas do mar (as correntes marítimas; as marés; as ondas; etc), a diversidade dos fundos oceânicos
e a ação das águas fluviais junto à foz.
Costa Portuguesa
Como resultado de um longo processo de assoreamento das lagunas costeiras da foz do rios e do
transporte de areias ao longo do litoral pelas correntes de deriva, a linha da costa portuguesas
apresenta um traçado bastante retilíneo, com poucas saliências/reentrâncias, o que torna os locais
abrigados para a implementação de atividades portuárias
• Norte de espinho
• Não há condições para a construção de portos marítimos
• Espinho – Nazaré
• Alternância de costa alta e baixa, contudo com predominância de costa baixa e arenosa
• Nazaré - Rio Tejo
• Costa alta e rochosa
• Lisboa - Sagres
• Costa alta e rochosa, intercalada por praias;
• Abriga importantes portos marítimos
• Costa Algarvia
• Até à Quarteira, acosta é alta e rochosa com algumas reentrâncias. Da Quarteira a Vila
Real de Stº. António a costa é baixa e arenosa, com praias extensas. O acidente mais
importante é o Lido/Ria de Faro.
Ação do mar na linha da costa → Abrasão Marinha
Fatores condicionantes
• Natureza das rochas
Rochas mais duras → menos erosão OU Rochas menos duras → mais erosão
• Movimentos orogénicos
Movimento de levantamento → mais erosão OU Movimento de abatimento → menos erosão
Noções
Erosão Ataque na linha da costa
A água do mar transporta uma grande quantidade de fragmentos de diversos tamanhos que, projetados durante
o movimento das ondas contra as arribas, provocam a sua erosão
O movimento das ondas gera energia (energia cinética – sendo esta tanto maior quanto maior foi a agitação das
águas). A água das ondas ao embaterem em obstáculos rochosos, vão entrar nas pequenas fendas existentes,
comprimindo assim o ar que estava no seu interior. Ao recuar, o ar expande-se, provocando a desagregação de
mais fragmentos aumentos o tamanho dessas cavidades e facilitando a desagregação mecânicas
Acidentes do Litoral
• HAFF-DELTA DE AVEIRO
• RIA/LIDO DE FARO
Nota: Ria – água que entra pela terra adentro, ocupando as zonas mais baixas formando assim
ilhotas arenosas.
Noções
Sapal Zona que pode ficar coberta ou não de água, consoante as marés.
Os estuários do Tejo e do Sado constituem outra forma de ação conjugada dos rios e do mar. O rio
contacta com o mar num só canal e há então a acumulação de sedimentos junto às margens. Estas
zonas ficam cobertas na maré alta e descobertas na maré baixa.
• TÔMBOLO DE PENICHE
Tem um cariz extremamente importante pois constitui um acidente do litoral natural e significativo
para a construção de portos marítimos.
As potencialidades destas zonas
Ordem ambiental
• Constituem um paraíso para aves aquáticas (são locais de nidificação, repouso ou hibernagem
de variadíssimas espécies de aves).
• São áreas de grande diversidade de ecossistemas
• São áreas de atração turística
Ordem Económica
• Permitem o desenvolvimento de atividades portuárias
• Permitem o desenvolvimento de atividades ligadas à pesca; à piscicultura (cultura que
desenvolve apenas a criação de peixe); à aquicultura (cultura que para além da criação de peixe,
pratica a criação de outras culturas, como o marisco, as algas, etc.) e à extração de sal.
As características da costa portuguesa são pouco propícias à instalação de portos marítimos com
condições favoráveis à navegabilidade.
Falo então da profundidade e da agitação do mar e da deficiência em reentrâncias
Em relação à agitação do mar, isto faz com que os portos portugueses se localizem,
frequentemente, a sul dos acidentes do litoral, procurando contornar a adversidade desta
inconveniência. Isto acontece porque o vento sopra de Norte, e como a formação das ondas é gerada
pelo vento, o lado Norte dos acidentes torna-se então mais agitado, preferindo o sul para a construção
de portos abrigados.
Nos estuários a localização dos portos encontra-se no próprio acidente.
Deste modo, como a costa portuguesa é praticamente retilínea é necessária a construção de portos
artificiais (paradões), dos quais a Povoa do Varzim constitui um exemplo.
Plataforma Continental
A dimensão dos oceanos não se faz acompanhar da abundância de recursos. Existe uma grande
concentração quer em quantidade quer em diversidade da fauna e da flora marinha em áreas restritas,
que se classificam biologicamente ricas e portanto atrativas para as atividades marinhas. Insere-se aqui
a plataforma continental.
A nível mundial, estas zonas representam apenas 10% da superfície dos oceanos, contudo 80%
das espécies piscícolas capturadas encontram-se nestes locais. Além disso, é também mais rica em
recursos do subsolo, como o petróleo. A riqueza piscícola da plataforma continental resulta das suas
características, que favorecem o desenvolvimento de várias espécies animais e vegetais:
As correntes marítimas, que podem ser frias ou quentes, são um fator condicionante e
importante no desenvolvimento de espécies marinhas. A formação do plâncton dá-se nas águas frias,
tornando-as então mais ricas em peixe.
As zonas de contacto de correntes frias com correntes quentes, são aquelas onde a
concentração e diversidade de peixe são maiores, pois aqui, as águas tornam-se mais agitadas, logo mais
oxigenadas e o plâncton é abundante, bem como as oscilações de temperatura e salinidade.
A costa portuguesa é influenciada pela corrente quente do Golfo, que vem do México e
encaminha-se para a Europa (sentido SW-NE), no entanto a norte de Portugal sofre um inflecção devido
aos ventos, afetando assim a nossa costa. Apesar de ser chamada de quente, em Portugal é fria pois
vem do Norte.
Efeito de Upwelling
Nos meses de verão a nortada – ventos fortes de norte – sopra junto ao litoral e afasta as águas
superficiais para o largo. Desenvolve-se então uma corrente de compensação, o uwelling, que se desloca
na vertical, trazendo à superfície as águas profundas, mais frias e mais ricas em nutrientes, que
desencadeiam, em pouco tempo, a abundância de espécies como a sardinha e o carapau, favorecendo a
atividade piscatória nesta época.
Com o aumento da atividade piscatória, a nível mundial, assim como o excesso de capturas,
muitos países começaram a querer delimitar as suas águas, para impedir a entrada livre de barcos de
outra nacionalidades.
Esta questão gerou conflitos, pois os países queriam apropriar-se de zonas marítimas cada vez
mais extensas. Então a partir de 1982, legitimou-se o afastamento até 200milhas da costa, para plena
exploração em profundidade e do subsolo. Surge assim a Zona Económica (ZEE), para cada país, tendo
em Portugal definido a sua em 1977.
Área Portugal detém umas das maiores ZEE’s do mundo devido aos arquipélagos.
Peixe Não é de grande riqueza piscatória. Logo a frita portuguesa vêsse obrigada a operar fora
da ZEE para satisfazer as necessidades da população
Noções
Águas Territoriais Faixa do litoral que vai até às 12 milhas (22Km).
Existem várias atividades económicas ligadas aos recursos marítimos, mas é a atividade
piscatória a mais importante, até porque os portugueses são dos maiores consumidores de peixe a nível
mundial.
No entanto a atividade piscatória tem um contributo reduzido para o PIB.
• Comércio
• Indústria (conserva; farinhas/rações; salga e congela)
• Turismo
antes depois
Atividades relacionadas com a pesca
Como o espaço marítimo português não é muito favorável à atividade piscatória, os pescadores
têm de recorrer às águas internacionais e mesmo a ZEE de outros países. No entanto têm sido
estabelecidas normas cada vez mais rigorosas que dificultam o acesso as estas áreas.
Noroeste Atlântico (NAFO) É umas das áreas de pesca mais ricas do mundo quer me
quantidade como em diversidade. É a áreas mais atrativa para os
portugueses, sobretudo a Terra Nova e a Gronelândia.
Recentemente, passou a haver mais restrições no intuito de
preservar as espécies (diminuição das quotas de pesca ou
mesmo a proibição da atividade), levando a que Portugal
importe Bacalhau, que tradicionalmente pescaria.
Centro-Leste Atlântico Tem sido uma alternativa para a frota portuguesa uma vez que
os países do Norte Atlântico têm imposto cada vez mais
restrições.
Atlântico Sul e Índico Ocidental Áreas menos procuradas pelos portugueses, mas pode vir a ser
uma alternativa a médio prazo.
Tipos de pesca
Em Portugal praticam-se vários tipos de pesca consoante o tipo de embarcações e técnicas utilizadas. As
embarcações podem agrupar-se da seguinte forma:
• Aquelas que se deslocam apenas nas águas nacionais e em redor – praticando a pesca local e a
pesca costeira
• Aquelas que trabalham em águas internacionais e afastadas – que praticam a pesca de largo e a
pesca longínqua.
Tipos de embarcações
Embarcações Características
Barcos de madeira; pequenos (-9m); trabalham junto à
Embarcação de pesca local costa (máx. 10milhas); utilização de técnicas artesanais
Dimensão superior a 9m; Podem atuar fora da ZEE, tendo
já técnicas de conservação do pescado possuem
Embarcações de pesca costeira autonomia para permanecer no mar alguns dias;
utilização de técnicas mais modernas
Barcos de grande dimensão; tonelagem superior a
100TAB; trabalham para além das 12milhas, em águas
Embarcações de pesca de largo internacionais; podem permanecer no mar 2-3 semanas;
prática da pesca industrial
Navios grandes e bem equipados; grande autonomia;
trabalham muito longe dos portos de origem; Utilização
Embarcação de pesca longínqua de técnicas modernas (sondas, radares, etc.); possuem
meios eficazes de conservação de peixe; podem
permanecer vários meses no mar.
Tipos de Pesca
• Arrasto
• Cerco
• Rede de deriva
Dimensão da frota
Em Portugal domina a pesca local, com recursos a técnicas tradicionais; com embarcações
pequenas e feitas de madeira, tendo uma TAB muito reduzida. No entanto, esta atividade tem sido
muito importante para as comunidades de pescadores que têm na pesca tradicional o único modo se
sobrevivência.
Até à entrada de Portugal para a UE, os incentivos a este tipo de pesca eram muito reduzidos ou
até mesmo nulos, o que contribuiu para a degradação da frota portuguesa, não havendo qualquer
renovação ou introdução de técnicas modernas.
Após 1986, houveram então incentivos à modernização da frota pesqueira, através do apoio dos
fundos estruturais, como a FEOGA, com a atribuição de subsídios que têm permitido a aquisição de
barcos mais modernos e de equipamentos de navegação, de deteção e de captura. O governo
português, através da IFADAP, tem financiado o setor. Como resultado, a frota portuguesa, sofreu uma
reconversão qualitativa e quantitativa na última década. Este desenvolvimentos tecnológico – uma frota
mais moderna e equipada com sistemas de deteção de cardumes, com modernos aparelhos de captura
e com sistemas de conservação e transformação do pescado em alto mar – tem sido um fator
fundamental para o aumento da produtividade e da competitividade da pesca portuguesa.
Contudo a vizinha Espanha, coloca no mercado português peixe a preços mais baixos.
Apesar de todo o esforço, a frota portuguesa tem vindo a decrescer, devido à Política Comum
das Pescas que visa o redimensionamento da frota com vista a rentabilizar os recursos disponíveis.
Se não conseguirmos os acordos com os outros países, isso obriga-nos a uma intensificação da
pesca na costa portuguesa, o que empobrece ainda mais a quantidade de peixe existente.
80% do peixe pescado em Portugal, provém das águas nacionais. Contudo é necessário importar
pois somos um pais grande consumir de peixe.
Infraestruturas portuárias
Apesar de as infraestruturas estarem mal apetrechadas e com muitas carências, tem sido feito
um investimento em termos de equipamento de apoio, com a modernização de lotas, instalações de
redes de conservação e refrigeração, gruas de descargas, etc.
• Leixões (Matosinhos)
• Peniche
• Olhão
• Portimão
• Sesimbra
5
Qualificação da mão de obra
Em Portugal, em 2004 havia ainda mais de 20 mil pescadores matriculados. Trata-se de uma
profissão que passa de geração para geração, mas que nos últimos anos com a crise de setor e com as
alterações da sociedade, a profissão deixou de ser atrativa para os jovens. No entanto comparados os
valores com os restantes estados-membros da UE Portugal detém valores bastante elevados. O que se
relaciona com o facto de a pesca em Portugal ter ainda um caráter muito tradicional e pouco
modernizado.
As baixas qualificações dos pescadores constitui também um entrava à modernização deste
setor.
Para tentar ultrapassar estas dificuldades, a UE, através da Política Comum de Pescas em
Portugal, tem apostado na formação profissional dos pescadores (pescador, marinheiro, contramestre,
etc.). a partir da 1986, foram criados, por todo o país, centros de formação do “Forpescas”, apoiados
pelo FSE.
Apesar do número de cursos ter aumentado, o número de formandos está a diminuir, por isso,
não está relacionado com a falta de cursos, mas sim com outros motivos, como a falta de interesse da
população jovem por esta atividade, as condições do trabalho nada aliciantes, a instabilidade do setor,
entre outros.
Problemas ambientais
A POLUIÇÃO DO MAR
A poluição dos mares tem origens muito diversas, mas os problemas originados pela exploração,
transporte, acidentes e limpeza de petroleiros
Todos os anos milhões de toneladas de crude passam pelos oceanos e, como Portugal,
nomeadamente a ZEE, está na rota da maioria dos petroleiros, a costa portuguesa é muito vulnerável a
esses acidentes, em particular às marés negras.
Além dos petroleiros, a costa portuguesa está sujeita aos «despejos» de indústrias, que enviam
os seus esgotos, não tratados, diretamente para o mar, com produtos muito poluentes (químicos,
plásticos …)
A poluição dos mares pode ser:
• Química Com substâncias químicas nocivas às espécies
• Física Com a alteração da temperatura da água (as centrais nucleares usam a água para
arrefecer os reatores, causando uma alteração da temperatura da água quando direcionada para os rios.)
Destruição dos fundos marinhos etc. (Devido às redes de arrasto que destroem os
corais, etc.)
Outro problema ambiental grave reside no excesso de exploração dos recursos marinhos,
porque durante anos a atividade piscatória foi feita sem qualquer controlo.
A exploração desenfreada de espécies, põe em risco o equilíbrio do ecossistema. Com efeito, os
desequilíbrios atuais foram desencadeados por dois processos:
• Rutura das cadeias alimentares;
• Exploração excessiva dos recursos.
A ZEE portuguesa é a maior da Europa, o que constitui uma vantagem, embora traga igualmente
desvantagens, das quais se destaca, desde logo, a sua fiscalização.
Para a preservação e gestão dos recursos marinhos, é fundamental que Portugal disponha de
um sistema eficaz de vigia e controlo das atividades, não só da frota estrangeira, mas também da
portuguesa. No entanto, não é isso que acontece: a ZEE é insuficientemente patrulhada por falta de
meios técnicos e humanos, nomeadamente, a falta de embarcações rápidas, de meios aéreos e
informáticos e de técnicos especializados.
Estas carências levam a que, na maioria dos casos, não se consiga prevenir ou punir as infrações
efetuadas por navios portugueses e estrangeiros. De entre estas, destacam-se:
• A captura de espécies não permitidas, devido ao seu peso e/ou dimensão e que pode acelerar a
sua extinção;
• O tipo de pesca praticado e o uso inadequado da malhagem da redes;
• O desrespeito pelas quotas* de pesca e TAB;
• Desperdícios de espécies que são capturadas indevidamente e não comercializáveis;
• A descarga de produtos poluentes, que vão desde a lavagem dos petroleiros até produtos
altamente tóxicos, como mercúrio e o chumbo;
• A utilização do espaço da ZEE para transporte de substâncias proibidas ou para o contrabando.
Se o controlo não for eficaz, as consequências serão graves para Portugal, designadamente:
• O esgotamento dos recursos marinhos existentes nas águas portuguesas;
• O aumento do tráfego clandestino não só de produtos proibidos (droga) como também de
outros que podem pôr em risco a segurança nacional (armas);
• O aumento da poluição marítima e de catástrofes ambientais, como aquelas que foram
provocadas pelo prestige e pelo new world.
A pressão urbanística sobre litoral faz-se de múltiplas formas com graves problemas
ambientais, como:
• A construção sobre arribas e dunas;
• A destruição das dunas;
• A sobre exploração dos aquíferos;
• A produção excessiva de recursos e de efluentes urbanos;
• A redução da biodiversidade, com a destruição da fauna e da flora locais.
Medidas de recuperação do litoral:
• Consolidação das arribas;
• Recuperação das dunas;
• Demolição de certas construções;
• Construção de exporões.
• Aquicultura
Trata-se de uma atividade, com benefícios para o ambiente, uma vez que pode colaborar na
preservação de espécies piscícolas evitando a sobre exploração de recursos.
Esta atividade, em Portugal, tem uma importância ainda reduzida, encontrando-se em expansão,
uma vez que exige investimentos inicias bastante elevados.
Existem 3 tipos de aquicultura:
• Em regime intensivo
• Em regime Semiextensivo
• Em regime extensivo (menos poluente)
Importância da aquicultura:
• Evita a sobre exploração de espécies marinhas
• Revitaliza os stocks
• Gera emprego
• Permite o abastecimento do mercado
A indústria de conservas foi uma das atividades mais rendíveis em Portugal. Contudo nas últimas
décadas, esta atividade entrou em recessão por falta de modernização neste setor. O Estado tem feito
um esforço para renovar e dinamizar as antigas fábricas de conservas, mas os efeitos têm sido
diminutos.
• Extração de algas
A apanha de algas, outrora largamente utilizadas como adubo natural na agricultura, tem vindo
a perder a importância e as estatísticas referentes à apanha de algas para a utilização industrial revelam
valores pouco significativos e decrescentes.
• A produção de sal
A direção-geral das pescas tem procurado incentivar a reativação desta atividade como uma das
formas de potencializar o espaço marítimo. Algumas das antigas salinas têm sido recuperadas, até
porque se tem assistido a uma valorização comercial de certos tipos de sal, designadamente a flor de
sal.
• A exploração petrolífera
Foram feitas algumas sondagens e destas foram encontrados bons indícios de petróleo .
• A atividade turística
A costa portuguesa tem inúmeras potencialidades para o turismo, que é um dos principais
recursos económicos de Portugal.
Atendendo às condições climáticas e à extensão da linha de costa, o turismo balnear é o mais
importante de Portugal, daí a excessiva pressão urbana e de construção que a atividade tem exercido no
litoral, É uma atividade que tem potencializado o espaço marítimo e que pode ainda melhorar; no
entanto, tem causado igualmente graves problemas ambientais.
É importante que esta atividade venha a desenvolver-se, mas de forma sustentada e criando
novos focos de interesse, como a exploração aquática, a observação de golfinhos e baleias, que pode
reduzir a forte sazonalidade turística, geradora de muitos problemas.
• A energia das ondas – Num futuro próximo, a energia das ondas poderá representar a
maior fonte de energia renovável da terra. Este é o mais recente desafio no que respeita
a produção de eletricidade com energias renováveis. Portugal vai ser o primeiro país a
nível mundial a implementar uma plataforma comercial de aproveitamento das ondas
do mar para gerar energia.
•
• A energia eólica – O aproveitamento da energia eólica, tão abundante na costa
portuguesa, é reduzido, no entanto em franco desenvolvimento. Estão em
desenvolvimento projetos para um parque eólico em Vila nova de Cerveira, prevendo-se
numa fase posterior, a construção de aerogeradores completos.
A elevada pressão a que a costa portuguesa está sujeita tem dado origem a desequilíbrios
ambientais graves:
• A destruição e degradação dos sistemas naturais, como as dunas;
• A artificialização da linha de costa através da construção de pontões;
• A deterioração e degradação da paisagem com o excesso de construção desordenada.
É necessária uma intervenção urgente, não só para parar com os “atentados ambientais”, mas
também para reordenar as áreas degradadas. Para isso existem os POOC (planos de ordenamento da
orla costeira), definidos em 1992, e que, em articulação com outros planos, nomeadamente os PDM,
procuram promover o ordenamento do território, tentando revalorizar e requalificar as praias,
consideradas estratégicas a nível ambiental e turístico.
A área de cada POOC engloba: as águas marítimas, costeiras e interiores, e os respetivos leitos e
margens.
*Importância
• Revitalização do stock
• Gera emprego
• Imposição de quotas
• Redução da frota
• Sistemas sofisticados
As
e
áreas
urbanas
Agricultura em Portugal
Em Portugal, a agricultura é uma atividade
cuja contribuição para a criação de riqueza, por exemplo, no Produto Interno Bruto e no Valor
Acrescentado Bruto, tem vindo a decrescer. Tendência esta que se mantém para os restantes estados
membros, devendo-se essencialmente aos desenvolvimento das atividade dos setores II e III, cuja
participação aumentou muito e tende a crescer, sobretudo o setor III.
• Na criação de emprego;
CLIMA
Coincidência do tempo quente com a estação seca e do tempo frio com a estação húmida.
Portanto falta humidade em períodos de temperaturas elevadas e vice-versa, dificultando o
desenvolvimento agrícola. Por esta razão os agricultores veem-se obrigados a recorrer à rega no verão,
o que se torna dispendioso. Outro fator é a irregularidade dos estados de tempo (Intra-anual → entre os
meses; Interanual → entre anos).
RECURSOS HÍDRICOS
A existência de recursos hídricos é fundamental ara a produção agrícola, pelo que se torna mais
fácil e abundante em áreas onde a precipitação é mais regular. Em áreas de menor precipitação, é
necessário recorrer a sistemas de rega artificial.
A fertilidade do solo:
RELEVO
Em relevos planos, a fertilidade dos solos é geralmente maior, assim como a possibilidade de
modernização das explorações. Se o relevo for mais acidentado, a fertilidade dos solos torna-se menor e
há maior limitação no uso de tecnologia agrícola e no aproveitamento e organização do espaço.
• SOLOS POBRES
• Recursos ao pousio
• Correção dos solos
• TERRENOS ACIDENTADOS
• Construção de socalcos
• CLIMA
• Construção de estufas
O passado histórico é um dos fatores que permite compreender a atual ocupação dos solos. Aspetos
como a maior ou menor densidade populacional e acontecimentos ou processos históricos refletem-se,
ainda hoje, nas estruturas fundiárias – dimensão e forma das propriedades rurais.
• Feição mais organizada da reconquista e da doação de vastos domínios ais nobres e às ordens
religiosas e militares.
OBJETIVO DA PRODUÇÃO
Quando a produção se destina ao auto consumo, as explorações são geralmente de pequena dimensão
e, muitas vezes, continuam a utilizar técnicas mais artesanais.
Se a produção se destinar ao mercado, as explorações tendem a ser de maior dimensão e mais
especializadas em determinados produtos, utilizando tecnologia moderna (máquinas, sistemas de rega,
estufas, etc.), o que contribui para uma maior produtividade do trabalho e do solo.
POLÍTICAS AGRÍCOLAS
As políticas agrícolas – orientações e medidas legislativas – quer nacionais quer comunitárias (UE), são
atualmente fatores de grande importâncias, uma vez que:
• Influenciam as opções dos agricultores relativamente aos produtos cultivados (Não se pode
cultivar todo o tipo de produtos. Existem quotas para a quantidade e produtos cultivados)
• Criam incentivos financeiros, apoiam a modernização das explorações, (São dados subsídios que
incentivam a cultivação de determinadas culturas7espécies. Exemplo: o Milho está muito
barato, portanto de não houvessem subsídios, os produtores deixavam de produzir), etc.
Paisagens agrárias
Espaço agrário O que está no espaço rural mas relacionado com a agricultura, portanto, áreas
ocupadas com a produção agrícola (animal e/ou vegetal) – pastagens e florestas;
habitações dos agricultores; infraestruturas e equipamentos associados à
atividade agrícola – caminhos; canais de rega; estábulos; etc.
+ amigo do ambiente
Estes sistemas predominam, sobretudo, nas regiões agrárias do Litoral Norte, na Madeira e
em algumas ilhas dos Açores.
Nos sistemas extensivos, tradicionalmente dominantes em Trás-os-Montes e no Alentejo,
não há uma ocupação permanente e contínua do solo. Pratica-se habitualmente uma rotação de
culturas (a superfície agrícola é dividida em folhas – setores – que, rotativamente, são em cada ano,
ocupadas por culturas diferentes, alternando os cultivos principais com espécie que permitem melhorar
a qualidade dos solos.
Este sistema é praticado em áreas de solos mais pobres e secos no verão, associando-se à
monocultura (cultivo de um só produto no mesmo campo) e às culturas de sequeiro (pouca necessidade
de água)
As paisagens agrárias são também caracterizadas pela morfologia dos campos – aspeto dos campos no
que respeita à forma e dimensão das parcelas e à rede de caminhos.
• Constituídas por várias parcelas de forma irregular e quase sempre vedadas – campos fechados
– com muros, árvores e/ou arbustos, que protegem as culturas do vento e da invasão de
animais.
• Beira Litoral
• Algarve
• Madeira
Constituídas por várias parcelas de forma regular que atualmente se encontram, na sua maioria,
delimitadas por sebes metálicas (eram tradicionalmente campos abertos).
• Alentejo
• Ribatejo e Oeste
A diversidade das paisagens agrárias resulta também das diferentes formas de povoamento, que variam
desde a aglomeração total è pura dispersão
Nota:
O regime intensivo é praticado em solos, à partida pouco ricos.
O solo ao esgotar-se, deixa-se em pousio, mas deixar por si só, não faz com que este se regenere,
apenas não faz com a situação piore. Por isso são plantados trevos, tremoços bravos e beterrabas para
renovar o solo.
A monocultura esgota ais o solo, pois o produto plantado retira sempre a mesma coisa do solo, por é
necessário alternar as culturas.
As novas tecnologias provocam também a infertilidade do solo, pois estes são remexidos havendo assim
erosão, para além de poluir o ambiente.
• Estar submetido a uma gestão única (um agricultor pode ter vários terrenos juntos ou várias
parcelas e a esse conjunto chama-se exploração agrícola);
A distribuição regional das explorações, segundo o seu número, evidencia um contraste Norte-
Sul (com mais no norte e menos no sul) e reflete as desigualdades no que respeita à sua dimensão.
A tendência atual é de redução do numero de explorações (que podem ser absorvidas pelas de
maior dimensão; ou pela saída de explorações de menor dimensão) e, consequentemente, do aumento
da sua dimensão média.
• Beira Litoral
• Alentejo
Conclusão
A modernização da agricultura é então travada pela pequena dimensão das explorações e pela
fragmentação das mesmas.
Notas:
• Muito pequena ≤ 1 ha
• Pequena 1 ha – 5 ha
• Média 5 ha – 20 ha
• Grande 20 ha – 100 ha
• Muito Grande ≥ 100 há
Distribuição e Estrutura da SAU…
A dimensão da SAU está associada à extensão das explorações pelo que apresenta uma distribuição
regional marcada pela desigualdade, salientando-se o Alentejo com cerca de metade da SAU nacional.
• Às características do relevo
• Ocupação do solo
Pastagens permanentes Áreas onde são semeadas espécies destinadas ao pasto do gado.
Algarve e Madeira As culturas permanentes têm uma grande importância nesta região
Alentejo As pastagens permanentes ocupam também cerca de 2/3 da SAU desta região,
onde o aumento desta reflete o investimento na criação de prados artificiais,
com recurso a modernos sistemas de rega, sobretudo para o gado bovino.
O agricultor pode nem sempre ser o proprietário das terras que explora, sendo que se podem
consideram 2 principais formas de exploração da SAU:
As explorações por conta próprias predominam em todo o país, com destaque para TM e
Madeira. No Açores o arrendamento é mais comum.
As explorações por conta próprias são habitualmente consideradas vantajosas, visto que o
proprietário ao querer obter o melhor resultado das suas terras vai-se preocupar com a preservação das
mesmas, para isso, pode por exemplo: investir em melhoramentos fundiários; instalação de sistemas de
rega mais sofisticados; etc.
Apesar das condições naturais; da pequena dimensão das explorações agrícolas (Madeira e
Norte do país) que condicionam os produtos cultivados, tem-se verificado uma tendência de aumento
do valor de produção vegetal e animal.
População Agrícola
• Esta oferta dá origem do êxodo rural (transferência de mão de obra para outros setores de
atividade, ainda que mantendo a residência nas áreas rurais). Tal evolução influenciou a estrutura
etária da população contribuindo para o seu envelhecimento.
•
• ↓
Pluriatividade e Plurirrendimento
Em Portugal, apenas uma pequena parte da população agrícola se dedica a tempo completo à
agricultura. Na maioria dos casos, esta surge como atividade secundária relativamente ao trabalho
noutros setores.
Atividade pecuária
• Faz parte da agricultura
• Importante pelos produtos que fornece (carne, leite, ovos, etc.) e também pelas matérias-
primas (lã e peles – indústria de lanifícios e curtumes – leite, carne, ovos, etc.)
• Portugal é muito deficitário em termos de carne.
Regime semi extensivo Pouco utilizado, pois visto que no regime extensivo, os agricultores
fornecem sempre algumas rações.
• Criado em regime extensivo (nos restolhos – o que resta das culturas - e nas pastagens naturais)
• A sua criação tem registado grandes progressos técnicos (inseminação artificial, controlo
sanitário, alimentação racional, seleção de espécies, etc.)
• Regiões de maior criação: Açores; Entre Douro e Minho; Beira Litoral (zonas chuvosas)
• Regiões de maior criação: Ribatejo e Oeste (± 50 % de produção), Beira Litoral (poderá ser
praticado no Alentejo em regime extensivo)
Noções
• Falta de capitais
No entanto, existem muitas potencialidades que poderão contribuir para melhorar a sustentabilidade da
agricultura portuguesa.
Pontos fracos:
• Predomínio de explorações de pequena dimensão
• Baixo nível de adesão às tecnologias de informação e comunicação nas zonas rurais e fraca
capacidade de inovação e modernização
• Imagem dos produtos agrícolas portugueses pouco desenvolvida nos mercados externos
Pontos fortes:
• Condições climáticas propícias para certos produtos, em especial mediterrânicos
• Pluriatividade da população Agrícola nas áreas com maior diversificação do emprego, o que
ajuda a evitar o abandono
Dependência Externa
A produção agrícola nacional não permite satisfazer as necessidades de consumo interno, pelo
que a balança alimentar portuguesa, continua a ser deficitária em grande parte dos produtos,
mantendo-se, assim, uma forte dependência externa.
Para além da produção agrícola ser insuficiente há outros fatores que contribuem para a
importação:
Rendimento e
Produtividade +
2ha
1ton de trigo
1ton de trigo
Utilização do solo
A falta de competitividade dos produtos portugueses face aos produtos comunitários, resulta
dos baixos níveis de rendimento e de produtividade.
Um fator importantíssimo é a deficiente gestão e utilização do solo arável, uma vez que se verifica:
• Desajustamento entre a área cultivada e a sua aptidão para agricultura (muitas atividades
agrícolas se desenvolvem em solos pouco aptos para a agricultura)
• Destruição de cobertura vegetal e mobilização dos solos (lavrar os solos torna-os menos férteis,
ou seja, há mais erosão)
A má utilização do solo tem conduzido a um problema ainda maior – uma parte significativa do
território continental, sobretudo no Interior e no Sul, apresenta uma tendência para a desertificação. As
várias áreas de floresta ardida durante os meses de verão agravem esta tendência.
Perante problemas como a redução da qualidade dos solos e a sua incorreta utilização, o
ordenamento territorial assume um papel de grande importância, uma vez que permitirá adequar
diferentes utilizações do solo às suas aptidões naturais, impedindo que, por exemplo, se continue a
ocupar solos de grande qualidade e próprios para a agricultura com construção urbana e industrial.
• Unicidade de mercado
Criação da OCM (Organização Comum de Mercado) - Para cada um dos produtos, conseguida
através da definição de preços institucionais e de regras de concorrência, ou seja, para cada produto é
determinado um preço os proteger da concorrência estrangeira.
• Preferência comunitária
• Solidariedade financeira
Nota: Em 2006 deixa de existir a FEOGA e foram criados o FEAGA – Fundo Europeu Agrícola
de Garantia – e o FEADER – Fundo Europeu Agrícola para o Desenvolvimento Rural.
Todas as despesas e gastos com a aplicação da PAC são suportados pelo FEOGA, que mais tarde
foi substituído pelo FEAGA e pelo FEADER
Para a concretização dos objetivos foram implementadas medidas para a modernização do setor
ao nível das técnicas e das tecnologias para apoiar a investigação científica, para garantir o escoamento
dos produtos e os respetivos preços de mercado
Com resultado, a PAC teve de passar por diversas reformas, uma mais bem sucedidas que outras:
Medidas para reduzir as terras cultivadas – o agricultor passa a ser pago para não
produzir.
1992 Foi levada a cabo a mais significativa reforma da PAC, tendo como principais objetivos o
reequilíbrio entre a oferta e a procura e a promoção de um maior respeito pelo
ambiente.
Em virtude dos resultados pouco satisfatórios assiste-se a uma profunda reforma da PAC
– Surge a “Nova PAC”. O principal objetivo deixa de estar centrado no produtor para
passar a centrar-se no produto. O agricultor para além de produtor passa a ser
fundamental no desenvolvimento e ordenamento do espaço rural e da proteção do
ambiente. São introduzidas as ajudas diretas (por animal e hectare). Promoção de uma
maior respeito pelo ambiente. Para atingir estes objetivos procedeu-se à:
• Criação de ajudas diretas aos produtores sem ligação com as quantidades produzidas
. Ao pousio temporário
. Às reformas antecipadas para os agricultores idosos
. A prática da agricultura biológica
. À silvicultura
. Ao desenvolvimento da pluriatividade
. À orientação para novas produções industriais ou energéticas.
A reforma de 1992 teve alguns resultados positivos. Contudo, mantiveram-se problemas de fundo como
a insuficiência na aplicação de apoios, a intensificação dos problemas ambientais e o acentuar das
diferenças de rendimento entre agricultores.
1999 Criação da “agenda 2000”, uma nova reforma com implementação para o período
2000/2006. A agricultura é encarada nas suas múltiplas vertentes, económica, ambiental
e rural. Surgem novos desafios a que a PAC terá de responder, entre eles, o maior
alargamento da U.E. em 2004, com 10 países. As medidas continuam a basear-se nos
cortes à produção e nas compensações por perda de rendimento. O consumidor passa a
ter prioridade sobre o produtor.
Portugal e a PAC
Nota: O Plano Estratégico Nacional para o Desenvolvimento Rural (para o período 2007-2013) assenta
em três eixos prioritários e nos projetos LEADER
Programa AGRO
Objetivos específicos:
Medida AGRIS
• Ações – 8 objetivos:
5. Gestão de recursos hídricos e emparcelamento
6. Caminhos e eletrificação rurais
7. Valorização do ambiente e do património rural
8. Dinamização do desenvolvimento agroflorestal rural
Benefícios da PAC
Recebeu no âmbito da PAC – PEDAP recursos financeiros cofinanciados pelo FEOGA Orientação que
permitiu:
• A dimensão média das explorações aumentou, permitindo uma maior potencialização do solo.
• Benefício para os consumidores (queda de preços dos produtos agrícolas devido há maior
concorrência)
• Incentivou a reflorestação
• Foi penalizado, por um excedente da produção, pelo qual não tinha sido responsável
• Portugal é penalizado pela produção de excedentes, mesmo quando não contribui para eles.
• Reforçando a competitividade
Pois a aplicação de químicos na agricultura, o uso de pesticidas em geral, entre outros, poderão
provocar ou agravar a contaminação de solos e de águas subterrâneas e superficiais. A diminuição do
pousio, a passagem do sequeiro para o regadio, a utilização de instrumentos mais potentes entre
outros, contribui para a erosão dos solos e a diminuição da qualidade do habitat de muitas espécies.
A agricultura portuguesa tem do seu lado o facto de não ter ido tão longe na intensificação da
produção e no uso de produtos químicos e maquinaria como os restantes países da UE–15. Assim, como
mantém ainda muitos métodos tradicionais, o desenvolvimento da agricultura biológica torna-se mais
fácil. Além disso, o período de transição, dentro das normas da PAC, também não terá de ser tão longo.
• Produtos regionais
• Artesanato
• A silvicultura
Pontos fracos
• Falta de emprego
Potencialidades
• Importante valor paisagístico das culturas, como a vinha, o olival, o pomar, e de espécies
florestais como o montado e os soutos
• O saber fazer tradicional, que, muitas vezes valoriza os recursos naturais da região
• Valorização das energias renováveis, que podem ser produzidas no espaço rural ou a partir de
produtos de origem agroflorestal
• Preocupação coma a preservação dos recursos naturais e do ambiente
O turismo e outras atividades recreativas e de lazer nas áreas rurais têm vindo a assumir uma
crescente importância a nível nacional. O TER tem como objetivo principal oferecer aos turistas
oportunidades de conviver com as práticas, as tradições, e os valores da sociedade rural, valorizando as
particularidades das regiões no que elas têm de mais genuíno, desde a paisagem à gastronomia e aos
costumes. Assim, pode constituir, uma importante fator de desenvolvimento das áreas rurais
• O maior interesse pelo património, pela natureza e sua relação com a saúde
• Turismo de habitação
• Turismo rural
• Agroturismo
Caracteriza-se por permitir que os hóspedes, que observem, aprendam e participem nas atividades
das explorações agrícolas, em tarefas como a vindima, a apanha da fruta, a desfolhadas, a ordenha, o
fabrico de mel/vinho, etc.
• Casas de campo
Casas rurais e abrigos de montanha onde se presta hospedagem, independentemente do
proprietário nelas residirem ou não
• Turismo de aldeia
Turismo ambiental
É cada vez mais procurado, pela aventura, pelo contato com a natureza e pela multiplicidade de
atividades ao ar livre. As áreas protegidas, localizadas, na sua maioria, em áreas rurais, são espaços
privilegiados para o turismo ambiental
Turismo fluvial
Valoriza a importância da água como fonte de lazer. Esta forma de turismo tem ganho cada vez
adeptos, que preferem a calmia dos espelhos de água do interior ao rebuliço das praias do litoral.
Turismo gustativo e ou etnoturismo, são das formas mais antigas de turismo em áreas rurais. O
primeiro cria emprego nas atividades de preservação do ambiente, nas zonas de caça turística e
associativa. As termas aproveitam as características específicas das águas subterrâneas e têm sido
elementos importantes na dimensão turística de muitas áreas rurais no do nosso país
A sustentabilidade do turismo
O turismo sustentável é aquele que respeita o ambiente e valoriza os recursos disponíveis sem
comprometer o futuro
A grande variedade de produções animais e vegetais tradicionais das regiões deve não só ser
preservada, como também potencializada.
Ao criar emprego, direta ou indiretamente, a indústria contribui para fixar e atrair população, gerando
importantes efeitos multiplicadores:
• Aumenta a riqueza produzida, pois o valor acrescentado às matérias-primas reverte, pelo menos
em parte, a favor das regiões onde se instala
A instalação de industrias nas áreas rurais ou em cidade de pequena e média dimensão localizadas em
áreas predominantemente rurais pode ser promovida pela oferta de:
Desenvolvimento da silvicultura
As áreas de floresta são uma parte essencial dos espaços rurais em Portugal, podendo constituir
um fator fundamental do seu desenvolvimento sustentado, pelo contributo para o emprego e para o
rendimento, mas também pela sua importância social e ecológica. Em Portugal, a floresta caracteriza-se
por uma grande diversidade o que permite uma grande variedade de produção.
Problemas:
Os diferentes planos e projetos de que foi alvo o setor florestal português, até agora, ainda não
atingiram os objetivos previstos na promoção do seu desenvolvimento sustentado, mantendo-se
problemas como:
• A fragmentação da propriedade florestal, agravada pelo desconhecimento frequente dos seus
limites por parte dos proprietários, dificultando a organização e impossibilitando a gestão da
floresta;
Soluções
Para que o desenvolvimento da silvicultura seja real e possa tornar-se, efetivamente, um contributo
para o aumento do rendimento das populações rurais, é necessário que se tomem medidas como:
• Prevenção de incêndios
A produção de energia a partir de fontes renováveis é uma das formas de valorizar os recursos
disponíveis nas áreas rurais e de criar novas oportunidades de produção, com o cultivo de espécies
destinadas à produção de energia. É um setor para o qual existem boas condições em Portugal e que
pode contribuir para a criação de emprego e riqueza nas áreas rurais, respondendo também às
preocupações e metas da política energética nacional e comunitária
O desenvolvimento rural tem vindo a ser alvo de crescente preocupação das políticas de
desenvolvimento regional. Desde a Agenda 2000, têm vindo a ser aprofundadas medidas de apoio ao
desenvolvimento rural, o qual foi consagrado como segundo pilar da PAC. Entre essas medidas
financiadas pelo FEOGA, no âmbito do QCA e do Programa Agro, contam-se:
Nos espaços de baixa densidade, geralmente existe menor qualidade de vida, devido à menor
acessibilidade e à reduzida oferta de bens e serviços. Assim, as políticas de desenvolvimento local
deveriam assentar num princípio de maior igualdade na distribuição dos bens e serviços.
Iniciativa LEADER
É uma iniciativa comunitária que visa incentivar a aplicação estratégias originais e integradas
de desenvolvimento sustentável, através da valorização do património natural e cultural, do reforço do
ambiente económico, no sentido de contribuir para a criação de postos de trabalho e da melhora da
capacidade organizacional das respetivas comunidades
Objetivos Estratégicos
• Promover a sustentabilidade dos espaços rurais e dos recursos naturais. Melhorar o ambiente
(ajuda às medidas agroambientais)
Objetivos Transversais
Um quarto eixo, denominado «eixo LEADER», baseado na experiência adquirida com as iniciativas
comunitárias LEADER, introduz a possibilidade de abordagens locais do desenvolvimento rural.
As
áreas
Urbanas:
Dinâmicas internas
Espaço Rural
Espaço onde o solo é predominantemente ocupado por áreas de cultivo, prevalecendo por isso
atividades do setor I
Espaço Urbano
Espaço onde o solo é predominantemente ocupado por áreas residenciais e por atividades dos setores II
e, sobretudo terciário, nas quais se ocupa a grande maioria da população ativa
Espaço Urbano
Menor concentração
Espaço Rural
Maior concentração
Atividades do setor I
A população tem diminuído à exceção daqueles que se localizam perto das cidades
Menores acessibilidades
OCUPAÇÃO DO SOLO
POPULAÇÃO
ATIVIDADES DOMINANTES
DINAMISMO
ACESSIBILIDADES
ESTILO DE VIDA
Noções
Centro urbano Engloba todas as sedes de distrito com mais de 5 mil habitantes
• Critério Demográfico
• Critério Funcional
O critério funcional tem em conta a influência exercida pela cidade sobre as áreas envolventes e o
tipo de atividades a que a população se dedica, que devem ser maioritariamente dos setores II e III.
Muitas das cidades apesar de terem um número de habitantes relativamente reduzido, desempenham
funções importantes e estabelecem relações de interdependência com a sua área envolvente.
• Critério Jurídico
Muitas áreas portuguesas foram noutros tempos elevadas à categoria de cidade pelo Rei como
recompensa ao senhor donatário local ou perante um feito histórico relevante. Noutros casos resultou
do agradecimento a povo pelos seus serviços na guerra. Outras surgiram com o objetivo de assegurar a
defesa de áreas do país próximas da fronteira, outras por reconhecimento da sua função de religiosa.
Estas elevações tinham um significado mais simbólico do que geográfico ou funcional. Nenhuma
destas desapareceu, embora nem todas se tenham mantido dinâmicas e dinamizadoras. Algumas
entraram mesmo em declínio.
Uma vila só é elevada à categoria de cidade se tiver mais de 8 mil habitantes e pelo menos metade
destes serviços:
• Instalações hospitalares
• Farmácias
• Bombeiros
• Bibliotecas/museus
Nota Importantes razões de natureza histórica, cultural e arquitetónica, poderão justificar uma
ponderação diferente nos requisitos enunciados.
Em Portugal, tem-se assistido à concentração da população e das atividades nas áreas urbanas.
A diferenciação funcional
Um dos fatores que condiciona a organização das áreas funcionais é a renda locativa. A renda
locativa é influenciada pelas acessibilidades e pela distância ao centro. De um modo geral, o custo do
solo diminui à medida que nos afastamos do centro da cidade, que é a área de maior acessibilidade, de
maior concentração de funções e, consequentemente, mais cara. Deste modo, situa-se no centro as
funções que conseguem retirar mais vantagem desta proximidade e, simultaneamente podem pagar
rendas mais elevadas.
A variação da renda locativa com a distância ao centro nem sempre é uniforme. Por vezes
surtem áreas da periferia que, pela sua aptidão para determinadas funções, apresentam um custo do
solo elevado. Nas áreas melhores servida de transportes e vias de comunicação, o custo do solo é
também mais elevado e a acessibilidade determina em boa parte a renda locativa. Essas áreas
favorecem a localização funcional, sendo por isso mais procuradas.
Funções da cidade
• Função residencial
• Função comercial
Nota O facto de uma cidade ser conhecida por determinada função, não significa que não existem
outras para além dessa.
CONCLUSÃO
• Distância do centro
• Acessibilidades
• Planos de urbanização - As atividades projetadas para uma determinada área condiciona o custo
do solo, sendo os terrenos mais caros ocupados por atividades do setor III e os mais baratos pela
industria.
Noções
Especulação fundiária O solo é vendido a um preço superior ao que efetivamente vale, por haver
muita procura e pouca oferta
Centro da cidade
Em todas as cidades é possível identificar uma área central. NO entanto nas de mais dimensão,
atribui-se geralmente, a designação de CBD à área mais central que geralmente é a área mais
importante da cidade, tratando-se uma de uma área bastante atrativa para os vistores e assim oferece
postos de trabalho.
Características do CBD
• Serviços
• De apoio às empresas
• Falta de espaço
• Tráfego intenso
Nota nestas áreas residem maioritariamente idosos e ainda os jovens bem-sucedidos (yuppies)
Apesar de no centro da cidade a renda locativa ser elevada, podem existir áreas afastadas do centro
com o preço do solo igualmente elevado, devido a:
Nota Estas instalações dirigem-se para estas áreas pois são mais espaçosas.
No CBD, apesar de uma grande variedade de atividades, existe uma tendência espacial, quer em altura
quer no que respeita às ruas. De um modo geral:
• Atividades menos nobres ou que não tenham um contacto direto com o público localizam-se
nos andares mais altos (mais baratos) e em ruas secundárias
• Atividades de maior prestígio, e que tenham um contacto direto com o público ocupam o piso
térreo (mais caro) e localizam-se em ruas secundárias
Zoneamento vertical
Zoneamento horizontal
Noções
Evolução do CBD
• 1ª Fase
• Industria
• Serviços/administração
• Habitação
• 2ª Fase
• 3ª Fase
Porquê?
Noções
Descentralização das atividades Saída das empresas do centro da cidade para outras áreas
espaçosas e bem servida de vias de comunicação e transportes
• À facilidade de estacionamento
• Acessibilidade
• Maior mobilidade
• Congestionamento do trânsito
Atualmente o centro da cidade tem vindo a perde população pelo que durante a noite a cidade
encontra-se deserta.
Estagnação/Revitalização do CBD
Perante as alterações provocadas pela dinâmica funcional do CBD e pelo aparecimento de novas
centralidades, os centros das cidades podem perder parte da sua influência e da sua capacidade de
atrair população.
Devido a esta tendência, as políticas urbanísticas têm procurado promover o centro das
cidades, implementando medidas como:
Áreas residenciais
A função residencial desempenha um papel importante nas cidades, distinguindo-se áreas com
características próprias, cuja localização está diretamente relacionada com o custo do solo e, por isso,
reflete as características sociais da população que nelas habita.
Noções
Segregação espacial Saída da população da cidade para a periferia em resultado do preço do solo
e/ou pela procura de um ambiente de tranquilidade
Solos expectantes Terrenos não ocupados pelos proprietários (particulares ou estado), que
geralmente se destinam à ocupação urbana
• Zonamento
• Construção
• Zona da cidade
• Zonamento
• Construção
• Habitantes
• Zonamento
• Acessibilidades deficitárias
• Má localização geográfica
• Mau ambiente
• Construção
• Bairros da lata na periferia, onde o preço do solo é baixo
• Habitantes
Construção clandestina
Zonas afastadas das estradas, geralmente iniciadas com a construção de uma casa, atraindo
sucessivamente outras. Aqui são construídas “pequenas estradas” de acesso a estes locais.
Características:
• Sem saneamento
Nota Nalguns casos estes locais acabam por seres legalizados e assim construído saneamento básico,
etc.
No nosso País, praticamente todas as autarquias têm apostado na erradicação deste tipo de
habitação, construindo bairros de habitação social para realojamento da população, com a preocupação
de garantir não só uma habitação digna aos seus habitantes, mas também a sua integração social.
Os bairros de habitação social são construídos pelo Estado ou pelas autarquias, para alojar
população de fracos recursos e sem condições de pagar rendas elevadas. Os edifícios são idênticos, com
apartamentos grandes, de modo a albergarem o maior número possível de famílias.
Para isso, incluem-se, nesses novos bairros, serviços de assistência social e de segurança,
normalmente com a presença de uma esquadra de polícia, além de infantários e ateliers de ocupação de
tempos livres para os mais jovens.
Vantagens da construção de bairros sociais
Áreas industriais
Fatores atrativos
• Mão de obra
• Capital (bancos)
• Marcador consumidor
As grandes matérias-primas nesta época eram o ferro e o carvão pelo que as indústrias instalavam-
se perto das minhas de carvão e ferro. Muitas cidades cresceram devido à industrialização
• Tanto a matéria-prima como o produto acabado eram transportados por camiões o que
dificultava ainda mais o trânsito
Nota Os espaço que outrora eram ocupados pelas indústrias são agora ocupados, essencialmente
pelo comércio.
• Oficinas
• Industria panificadora
• Costureiras/alfaiates
• Joalharia/ourivesaria
• Constroem/reabilitam as infraestruturas
(Des)Economias de Escala
Agregação das indústrias de forma a obter vantagens para todos os agregados facilitando os
consumos de matérias-primas (mais empresas conseguem obter melhores preços junto dos produtores),
transporte, etc. levando a produção a aumentar.
• Tecnologia utilizada
• Indústrias tradicionais
• Indústrias modernas
• Tipo de produto
• Bens de consumo
• Bens de equipamento
Suburbanização
A suburbanização é o processo de crescimento da cidade para a periferia.
Numa fase inicial, os subúrbios cresceram de forma não planeada, essencialmente, ao longo das
principais vias de comunicação e em torno dos núcleos periféricos, onde era maior a acessibilidades à
cidade e onde as habitações eram mais baratas
O rápido crescimento destas áreas, sobretudo em torno das maiores cidades, foi ainda marcado
pelo predomínio de edifício plurifamiliares, prolongando a paisagem urbana
Antigamente, as áreas suburbanas eram ocupadas apenas com bairros sociais e apresentavam
uma completa dependência da cidade, devido às atividades económicas.
Atualmente, as áreas suburbanas não são só ocupadas pela população, mas também por
atividades económicas, nomeadamente o comércio e serviços, o que faz com que estas áreas não
fiquem a depender tanto da cidade. Assim as áreas suburbanas ganharam vida própria, oferecendo
funções cada vez mais diversificadas.
Agora há uma relação de complementaridade/Interdependência, que cresce à medida que a
dependência face à grande cidade diminui.
Inicialmente os subúrbios eram um aglomerado de população que apenas lá (nos subúrbios) ia
dormir, mas gradualmente foram chegando as atividades económicas e os aglomerados populacionais
aumentaram e por essa mesma razão as áreas suburbanas passavam á categoria de cidade, ou seja,
havia um maior dinamismo demográfico e económico que permitia a elevação a cidade.
Periurbanização e rurbanização
O processo de expansão urbana dá origem ao aparecimento de áreas periurbanas – áreas para
lá da coroa suburbana onde o espaço rural começa a ser ocupado, de forma descontínua, por funções
urbanas: indústria, comércio e alguns serviços, designadamente de armazenagem e distribuição, que
induzem o alargamento da função residencial. Origina também o movimento de pessoas e empregos
das grandes cidades para pequenas povoações e áreas localizadas fora dos limites da cidade e/ou para
pequenas cidades e vilas situadas a maior distância, num processo designado por rurbanização.
A melhoria da acessibilidade associada à expansão da rede viária facilita estes processos, que se
caracterizam também pela localização difusa da função residencial e das atividades económicas e
provocam o aumento dos movimentos pendulares.
As relações que se estabeleceu nestas extensas áreas urbanizadas exigem decisões conjuntas
dos centros dos concelhos que nelas se localizam, nomeadamente para a prevenção e resolução de
problemas que ultrapassam as fronteiras municipais. Deste modo, em 1991, foram instituídas as áreas
metropolitanas de Lisboa e Porto com espaços especializados, integrando os municípios
correspondentes.
As áreas metropolitanas tem vindo a ganhar população e por isso o peso económico destas
áreas no país é bastante significativo
A área metropolitana de Lisboa tem como fator para a perde de população:
• Degradação ambiental
• Falta de espaço
O que não acontece no Porto, sobretudo a parte ambiental.
Noções
Concelhos atrativosTem vindo a ganhar população
Concelhos repulsivos Tem vindo a perder população
No entanto tem verificado uma forte terciarização
Dinamismo demográfico
O dinamismo demográfico das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto evidencia-se pela
elevada concentração populacional e pelo aumento de população que se acentuou nas últimas décadas,
embora com algumas diferenças entre municípios.
Tem permitido o acréscimo populacional, refletindo a importância dos processos de suburbanização e
periurbanização.
A perda demográfica foi mais acentuada nos municípios centrais, enquanto o maior
crescimento se verifica em concelhos onde há:
• Melhoria das acessibilidades
• Disponibilidade de espaço para construção
As áreas metropolitanas caracterizam-se por uma população mais jovem e, de um modo geral,
mais instruída e qualificada, o que representa um ponto forte que as torna mais competitivas em
domínios como a inovação cultural e tecnológica e a economia.
Dinamismo económico
As duas áreas metropolitanas apresentam vantagens do ponto de vista físico (localização no
litoral, amenidade do clima, relevo pouco acidentado, sobretudo a AML, acessibilidade natural, etc.) e
demográfico, bem como no que respeita às estruturas produtivas, o que faz delas pólos dinamizadores
da economia.
O setor de atividade económico predominante nas áreas metropolitanas é o setor terciário.
No conjunto, estas duas áreas fornecem mais 40% do emprego, auferindo os trabalhadores
ganhos superiores à média nacional.
A bipolarização da concentração das atividades económicas demonstra a grande importância
das duas áreas metropolitanas no tecido económico do país.
A área metropolitana de Lisboa concentra uma parte significativa dos recursos da estrutura
económica do País, que se exprimem na proporção de emprego, na produtividade, na geração de valor
acrescentado, na capacidade de atrair investimento estrangeiro, etc.
No conjunto, estas áreas continuam a ter ganho, ou seja, o peso da população e das atividades
tornam estas áreas muito importantes a nível nacional
Noções
Índice de Dependência de Jovens Número de dependência de jovens por cada 100 ativos
Índice de envelhecimento Número de pessoas idosas (65 e mais anos) por cada 100 jovens
(0-14 anos)
Características da AMP
• Indústrias mais intensivas em trabalho;
• Grande vocação exportadora;
• Forte especialização regional nas indústrias têxtil e de calçado.
Estas diferenças entre as características das áreas metropolitanas são causadas pelo facto da
localização das matérias, pelas melhores acessibilidades e pelo facto de Lisboa ser a capital e a área
metropolitana mais importante.
A atividade industrial nas duas áreas metropolitanas tem vindo a perder alguma importância
devido ao processo de terciarização da economia que, naturalmente, é mais rápido nestas duas áreas do
nosso País, devido ao seu maior desenvolvimento e à tendência de reorganização espacial das funções
nas áreas urbanas. O processo de terciarização é mais evidente em Lisboa.
Principais pontos fracos e fortes da AMP e da AML
AML AML
Principais Pontos Fracos
- Forte exposição da estrutura económica à - Problemas ambientais resultantes da forte
concorrência internacional pelo predomínio pressão imobiliária/turística na ocupação do
de atividades de baixa intensidade solo em áreas de grande valia ambiental e
tecnológica e competitividade baseada na agrícola.
mão de obra abundante; - Problemas de mobilidade,
- Carência de serviços especializados de apoio congestionamento e poluição, resultantes da
às empresas face ao peso económico e forte utilização do automóvel privado.
industrial da região; - Presença de bairros problemáticos associada
- Problemas ambientais resultantes de à crescente segregação espacial resultante da
deficiências nos domínios do abastecimento diversidade social e étnica.
de água e tratamento de efluentes. - Abandono dos centros históricos, sobretudo
- Problemas de mobilidade no centro do no núcleo central.
Porto e nos principais acessos à cidade. - Alguma debilidade na afirmação
- Degradação física e exclusão social nos internacional.
centros históricos.
Problemas Urbanos
• Condições de vida
Embora ofereçam condições de vida vantajosas para a população, de um modo geral, a maioria
das cidades concentra também alguns problemas. Em muitos casos, resultam do seu crescimento
excessivo e, por vezes, mal planeado, que impede o ajustamento entre as infraestruturas urbanas e as
necessidades da população, colocando problemas de sustentabilidade e reduzindo a qualidade de vida.
Físicas
• Redes de distribuição de água e energia
• Distribuição insuficiente de água e energia em alguns pontos das cidades,
nomeadament nos bairros clandestinos
• Saneamento
• Falta de saneamento básico em nalguns pontos das cidades, principalmente nos bairros
clandestinos
• Dificuldade no escoamento das águas das chuvas
• Transportes
• Utilização crescente do transporte individual
• Congestionamento e problemas de trânsito e estacionamento
• Diminuição da facilidade de deslocações nas áreas urbanas – passeios obstruídos
• Transportes públicos mal adaptados às necessidades da população
• Horários
• Número de paragens
• Quantidade de transportes face às necessidades
Sociais
• Tribunais
• O cidadão comum, para saber como defender os seus direitos, tem de recorrer a um
advogado
• Demora na resolução dos processos devido ao desajustamento burocrático do sistema
judicial
• Finanças
• Longo tempo de espera para ser atendido
• Falta de capacidade de informar a população
• Hospitais
• Falta de médicos
• Grande período de espera por consulta nas urgências
• Falta de macas para internar os pacientes
• Longo período de espera para obter consulta num médico especialista.
• Habitação e Habitabilidade
Em Portugal, grande parte dos prédios do centro das cidades, nomeadamente os mais antigos
são arrendados, o que constitui um dos fatores para a degradação de muitos edifícios nas áreas mais
antigas das cidades.
Antigamente, o sistema de arrendamento mantinha as rendas fixas, o que não compensava os
arrendatários pelo seu investimento nem garantiam um rendimento suficiente para poderem recuperar
as habitações.
Quando os moradores são proprietários (muitas vezes idosos) possuem fracos rendimentos e
têm pouca motivação para proceder a obras de beneficiação das habitações.
A pressão do setor terciário pode também constituir um fator para a degradação dos edifícios,
uma vez que, causa uma rápida subida do preço do solo e das habitações.
Quando os edifícios ficam desabitados/desocupados e não são demolidos ou recuperados após
essa desocupação, a população com menos recursos ocupa esses prédios degradados. É, também, esta
população com menos recursos que habita nos bairros de lata onde há muita pobreza e marginalidade.
Os bairros de lata caracterizam-se pela ausência de infraestruturas básicas e falta de
arruamentos pavimentados, pela falta de espaços verdes, áreas apropriadas de comércio e serviços,
locais de estacionamento, etc., contribuindo, assim, para agravar as condições de habitabilidade.
Estes problemas devem-se, também, ao facto de não haver planeamento na sua construção, e
por isso, as condições de vida da população ficam bastante afetadas.
É nas áreas metropolitanas que a construção de bairros de lata e bairros clandestinos é mais
frequente, sendo necessário fazer a recuperação e legalização dos mesmos. Para que as pessoas tenham
as condições necessárias, básicas e essenciais iniciou-se o processo de reabilitação urbana, que tem
como objetivo melhorar a qualidade de vida urbana, ou seja, proporcionar às populações boas
condições de habitabilidade.
• Envelhecimento e solidão
O envelhecimento da população acompanha o dos edifícios e levanta problemas sociais de
abandono e solidão. Na cidade, sobretudo nas áreas centrais, vão ficando os mais velhos, enquanto as
novas gerações procuram, geralmente, habitação nas áreas suburbanas, onde o seu custo é menor. Esta
solidão e isolamento dos idosos leva muitas vezes à sua morte em casa, e à pobreza.
Nas cidades e, principalmente, nas áreas suburbanas, são as crianças e os adolescentes que
sofrem outro tipo de solidão – ausência dos pais. Estes jovens são chamados da «geração da chave»
pois desde muito novos têm a chave de casa, ficando entregues a si próprios durante todo o dia. Esta
forma de abandono reflete-se não só na indisciplina e no insucesso escolar, mas também na
dependência da droga e do álcool.
As deslocações pendulares, efetuadas a distâncias cada vez maiores, originam situações de
stress e doenças do sistema nervoso, pois além da fadiga da despesa, da irritação que causam as filas
de trânsito, acresce a preocupação com o cumprimento dos horários (escolas, infantários, emprego…)
Ainda que se caracterize pela concentração demográfica e de atividades, a cidade é um espaço
onde as pessoas se cruzam, mas raramente se encontram. Daí resulta o anonimato que acentuado pela
ausência de relações de vizinhança.
A pobreza é a carência que tipicamente envolve as necessidades da vida quotidiana. Pode ser
encarada também, como a carência de bens e serviços essenciais e a falta de recursos económicos.
Afeta principalmente os idosos com baixas pensões de reforma e os trabalhadores mal remunerados.
As consequências da pobreza:
- Fome; - Prostituição
- Baixa esperança de vida; - Criminalidade
- Doenças; - Existência de pessoas sem-abrigo;
- Falta de oportunidades de emprego; - Existência de discriminação social contra grupos
vulneráveis.
A carência social, entendida por exclusão social é a dependência e a incapacidade de participar
na sociedade, a nível de educação e informação. Em Portugal, com em tantos outros países a exclusão
social refere-se, sobretudo, a dificuldades ou problemas sociais que podem levar ao isolamento ou até à
discriminação de um determinado grupo de uma determinada sociedade.
Estes grupos excluídos ou, que sofrem de exclusão social, estão normalmente associados à
criminalidade que faz notar em várias regiões do país. Sendo a criminalidade umas das consequências
mais graves e evidentes da exclusão social.
A pobreza pode, por exemplo, levar a uma situação de exclusão social, no entanto, não é
obrigatório que estes dois conceitos estejam intimamente ligados. Fatores/estados como a pobreza, o
desemprego ou emprego precário, as minorias étnicas e/ou culturais, os deficientes físicos e mentais, os
sem-abrigo, trabalhadores informais e os idosos podem originar grupos excluídos socialmente mas, não
é obrigatório que o sejam.
O papel do planeamento
O planeamento é um processo essencial na preservação e resolução dos problemas urbanos.
Os PDM incluem:
• PU – Planos de Urbanização
Determinam as áreas destinadas à construção, assim como o tipo de construção a realizar.
• PP – Planos de Pormenor
Definem as áreas a construir e as áreas abrangidas pelas diversas infraestruturas.
O PDM é um instrumento de gestão territorial de nível local, que fixa as linhas gerais de
ocupação do
A revitalização urbana (dos centros das cidades) é hoje uma preocupação motivada quer por
interesses económicos quer sociais e políticos, uma vez que dela dependem a manutenção da
centralidade desse espaço e o seu repovoamento – O centro da cidade é o que mais necessita de
repovoamento.
A necessidade de revitalização estende-se também a outras áreas da cidade que não o centro
histórico, sobretudo no que respeita à criação de condições para a fixação de população jovem, o que
passa, também por incentivos de arrendamento.
• Requalificação urbana
Alteração funcional de edifícios ou espaços, devido à redistribuição da população e das
atividades económicas, ou seja, vai ser dado um uso diferente daquele para que havia sido concebido
• Renovação urbana
Demolição total ou parcial de edifícios e estruturas, de uma determinada área que é reocupada com
novas funções e por uma classe mais favorecida.
• Realojamento
A renovação urbana pode implicar o realojamento da população a viver em edifícios ou bairros
degradados.
Em 1993, foi criado o PER – Plano Especial de Realojamento, pois este problema assume maior
gravidade nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto. Este plano tem o objetivo de erradicar os bairros
de habitação precária, proporcionando apoios aos municípios para o realojamento das famílias em
habitações de custos controlados. Foi criado também o PER-FAMÍLIAS, que apoia as famílias na compra
de casa própria ou na realização de obras de reabilitação.
O realojamento dos moradores de bairros de habitação precária é também uma forma de
combater a marginalidade.
Em Portugal, algumas áreas urbanas degradadas beneficiaram da iniciativa comunitária URBAN.
Lançada em 1994, foi particularmente vocacionada para intervir nas áreas urbanas mais críticas do
ponto de vista socioeconómico, com problemas de desemprego, pobreza, exclusão social, criminalidade
e delinquência, entre outros. A articulação desta iniciativa com outros programas, nacionais e
comunitários, permitiu a qualificação social e urbanística dessas áreas.
Outras ações de incidência social poderão também contribuir para melhorar a qualidade de vida no
espaço urbano. São exemplos:
• A melhoria da gestão do tráfego:
Por exemplo: Proibir a circulação automóvel nalgumas áreas da cidade;
Limitação do estacionamento nas principais áreas da cidade;
Melhoria dos transportes públicos;
Criação de mais parques de estacionamento;
Construção de vias rápidas nas cinturas externas (periferias) das cidades.
• Alargamento dos serviços de acompanhamento de crianças e jovens;
• Desenvolvimento de serviços de apoio à população idosa;
• Aumento dos espaços verdes e otimização dos equipamentos coletivos.
A
Rede
Urbana
as novas
e
relações
Cidade/Campo
Rede Urbana
Conjunto das cidades e das relações/ligações que se estabelecem entre elas.
Consequências:
• Despovoamento do interior
• Congestionamento de outras cidades de maior concentração, ou seja, limitação
das relações de complementaridade entre os diferentes centros urbanos e,
como tal, do dinamismo económico e social
• Redução da capacidade de inserção das economias regionais na economia
nacional
• Limitação da competitividade nacional no contexto europeu e mundial, pela
perda de sinergias (efeitos superiores aos esperados) que uma rede urbana
equilibrada proporciona
Nota: A classificação das cidades médias não obedece apenas ao critério demográfico mas também à
sua importância, por isso não há um critério absoluto para o número de habitantes necessários
PORTUGAL
• Cidade média: De 25 mil a 150 mil hab ou 20 mil a 100 mil hab;
• Cidade pequena: Até 25 mil hab;
• Cidade grande: Mais de 150 mil hab.
A NÍVEL EUROPEU
• Cidade média: Entre os 100 mil e os 150/200/250 mil hab.
Noções
Lugar central: Qualquer aglomeração que fornece bens e serviços à área circundante (o lugar mais
central será o que fornece maior número e variedade de bens e serviços)
Bens Centrais: Produtos e serviços oferecidos por um lugar central
Funções centrais: Atividades que fornecem bens centrais.
Bens vulgares: Produtos ou serviços de utilização frequente que se encontram facilmente sem
necessidade de deslocações significativas (por exemplo: Pão, bicicleta, carne,
consulta médica)
Funções vulgares: Atividades que fornecem bens ou serviços de utilização frequente (bens
vulgares) (por exemplo: mercearia, café, sapataria, hipermercado etc)
Bens raros: Produtos ou serviços de utilização pouco frequente que apenas se encontram
em determinados lugares (por exemplo: ensino secundário, operação cirúrgica,
automóvel)
Funções raras: Atividades que fornecem bens ou serviços de utilização pouco frequente (por
exemplo: Companhia de seguros, hospital, universidade etc)
Bens dispersos: Produtos e serviços que são distribuídos à população, como água, eletricidade
etc.
Funções de nível superior: Oferta de funções especializadas e bens raros, como um hospital central.
Existem num menor número de centro urbanos e têm maior área de
influência
Funções de nível inferior: Funções frequentes, por exemplo um minimercado, existem em grande
número de lugares e, por isso, têm menor área de influência
CURIOSIDADE
• Lisboa é o lugar mais central de Portugal
• Águeda é um lugar central
O desequilíbrio da rede urbana portuguesa também se faz sentir ao nível das funções
Noções:
Raio de eficiência de um bem central: Distância percorrida para adquirir um bem ou serviço.
• Terá um maior raio de eficiência o bem ou serviço que causa uma maior
deslocação para poder ser adquirido;
• Terá um menor raio de eficiência o bem ou serviço que causa uma menor
deslocação para poder ser adquirido.
De que forma os transportes influenciam o raio de eficiência de um bem central?
Se existirem bons transportes o raio de influência é maior, uma vez que, mais facilmente a
população se desloca para adquirir um bem
Noções:
Limiar máximo (limiar de mercado): Limite para lá do qual é pouco provável que a população se
desloque para adquirir esse bem/serviço
Limiar mínimo: Área mínima (com um número de consumidores) necessária para manter a
rendibilidade de determinada função (bens ou serviços)
Noções
Economias de escala: Racionalizar os investimentos de forma a obter o menor custo unitário (só é
rendível fazer determinados investimentos em equipamentos e infraestruturas
se estes se destinarem a uma grande quantidade de utilizadores.
Economias de aglomeração: A população e as várias empresas utilizam as mesmas infraestruturas de
transporte, de comunicação, de distribuição de água, energia, etc., para
além de beneficiarem das relações de complementaridade que entre
elas se estabelecem.
• Deseconomias de aglomeração
As vantagens da aglomeração só se verificam até certos limites, a partir dos quais a
concentração passa a ser desvantajosa. O crescimento da população e do número de empresas conduz,
a partir de uma certa altura, à saturação do espaço e uma incapacidade de resposta das
infraestruturas, dos equipamentos e dos serviços.
Noções
Deseconomia de aglomeração: Os custos da concentração são superiores aos benefícios.
Os efeitos da deseconomia de aglomeração sentidos em muitos centros urbanos do Litoral
poderão ser minimizados com o desenvolvimento de outras aglomerações urbanas não
congestionadas, nomeadamente as cidades de média dimensão, contribuindo assim para um maior
equilíbrio da rede urbana nacional.
As cidades são cada vez mais os centros organizadores e dinamizadores do território, pelo que
se torna indispensável a reorganização e consolidação da rede urbana, na perspetiva de um
desenvolvimento equilibrado do território nacional. O contributo das cidades com uma dimensão
média é fundamental para criar dinamismo económico e social, proporcionando as vantagens das
economias de aglomeração, atraindo atividades económicas e criando condições para a fixação
populacional.
Notas:
Madrid: ± 3 milhões de hab Barcelona: ± 1 milhão e 500 mil hab
Antes:
• A cidade dependia da aldeia, nomeadamente de matérias-primas;
• A aldeia dependia da Cidade, devido ao Trabalho.
Tudo se concentrava na cidade
Agora:
• A dependência da cidade por parte da aldeia diminuiu, devido à deslocação de várias
atividades económicas;
• A cidade continua a depender da aldeia, nomeadamente de água, eletricidade, produtos
alimentares, etc.;
• Hoje, as aldeias oferecem muitas atividade de lazer.
Permitem as deslocações Cidade – Aldeia
As novas acessibilidades e o aumento da tx. de motorização tornam as relações cidade - campo mais
fácil.
• Os transportes
• Vias de comunicação
ESQUEMA
Os
Transportes
e a
Comunicação
Vantagens da intermodalidade
• Diminuição dos custos
• Redução do impacto ambieental
Relação do transporte intermodal com a PCT
• O desenvolvimento da intermodalidade permite atingir alguns objetivos da PCT
No tráfego de passageiros, sobretudo nas grandes áreas urbanas e suburbanas, como as áreas
metropolitanas de Lisboa e do Porto, a conjugação de diversos modos de transporte é cada vez mais
importante.
O investimento em interfaces - espaços de articulação entre diferentes modos de transporte de
horários compatíveis - aumentará o grau de satisfação dos utentes, promovendo a utilização dos
transportes públicos.
Noções
Cidades raianas Cidades perto da fronteira (fronteiriças)
A rede rodoviária nacional, tanto no Continente como nas regiões autónomas, tem sido objeto
de grandes investimentos, o que se reflete não só na sua extensão, mas também na qualidade, em
parte, devido à construção de novas infraestruturas (túneis, viadutos e pontes) que permitem
ultrapassar barreiras físicas, tornando os trajetos mais rápidos, seguros e cómodos.
Contrastes demográficos, económicos e sociais que marcam o nosso país
As desigualdades verificam-se também na oferta do serviço de transporte rodoviário de
mercadorias.
Portugal situa-se numa posição central em relação ao Atlântico (cruzamento das principais rotas
marítimas), beneficiando de portos de águas profundas (Sines) capazes de receber navios de grandes
dimensões usados no tráfego de mercadorias de longo curso.
Assim, pode oferecer serviços de transhipment - transbordo de mercadorias de um navio para
outro.
Por isso, aproveitar as potencialidades da costa nacional como fachada atlântica de entrada na
Europa é um objetivo da Política Geral de Transportes. Para tal, será necessário:
• Desenvolver os serviços de transporte marítimo de curta distância;
• Desenvolver as infraestruturas logísticas e intermodais nos portos e investir na logística e na
distribuição;
• Continuar a exploração do terminal de contentores do porto de Sines;
• Melhorar as infraestruturas e ligações ferroviárias de tráfego de mercadorias;
• Estimular a complementaridade e a cooperação entre portos, por forma a aumentar a eficiência
e atrair carga.
O tráfego marítimo de passageiros tem pouco significado no nosso País, embora nas regiões
autónomas seja alternativa ao transporte aéreo na ligação entre ilhas e como componente turística. No
Continente, assume algum relevo o tráfego fluvial de passageiros.
As intervenções no setor dos transportes devem integrar-se numa política global de ordenamento
territorial e sustentabilidade, o que está subjacente ao Programa Operacional Temático de Valorização
do Território (POTVT).
No entanto, persistem ainda muitos dos problemas que se pretendia resolver com a PCT:
• Assimetrias geográficas (entre regiões) ao nível das infraestruturas e das empresas de
transportes;
• Congestionamento de vários eixos europeus (sobretudo no transporte rodoviário);
• Disparidades no crescimento dos diferentes modos de transporte, com um largo predomínio do
rodoviário;
• Crescimento da dependência do setor dos transportes face ao petróleo;
• Aumento dos custos económicos e do impacte ambiental (sobretudo pelo uso de combustíveis
fósseis) → SOLUÇÃO = Apostar em energias alternativas.
Um dos grandes objetivos da PCT é a construção de uma rede transeuropeia de transportes (RTE-T)
que engloba:
• As infraestruturas (estradas, vias-férreas, portos, aeroportos, meios de navegação, plataformas
intermodais, condutas de transporte de combustíveis);
• Os serviços necessários ao seu funcionamento.
A rede transeuropeia de gás natural inclui ainda ligações a todo o Leste Europeu e a vários países da
Ásia.
A preocupação de garantir ligações a uma diversidade grande de países exportadores de gás natural
prende-se com a dependência externa face a esta fonte de energia e com a instabilidade política e social
de alguns desses países.
E
Objetivo geral – possibilitar o acesso às TIC (quer nas escolas, empresas, em casa das famílias, etc.)
• Iniciativa “eEuropa”
Objetivo Uma sociedade de informação para todos, desde as escolas, à Administração pública,
passando pelas empresas e pelas famílias
Na UE, esta iniciativa criou condições para a massificação do acesso à internet.
E
• Ligar Portugal
Integrado no plano tecnológico. Tem por objetivo a generalização do acesso à internet
A iniciativa Ligar Portugal é um dos vetores estratégicos do Plano Tecnológico e pretende
assegurar os seguintes objetivo:
• E
• Generalizar o acesso à internet
• Programa Star
Programa especial de apoio ao desenvolvimento regional.
E
Programa comunitário já concluído – Promover a introdução e o desenvolvimento de serviços e
redes avançadas nas regiões periféricas da UE.
• O Galileo
Programa europeu de racionalização e posicionamento por Satélite,
legenda
E
Europeu
N
Nacional
São cada vez mais as empresas que utilizam tecnologias de informação e comunicação.
Porém, há disparidades entre os diferentes ramos de atividade.
Numa comparação entre os estados, e relacionado com a utilização do comércio eletrónico,
Portugal não se encontra numa posição muito relevante estando abaixo da média comunitária.
Comércio Eletrónico
Vantagens Desvantagens
• Comodidade (comprar sem sair de • Perda do poder negocial;
casa); • Falta de segurança em alguns site;
• Oferta alargada; • Alguma facilidade na cópia de dados
• Redução no preço do produto; pessoais;
• Disposição 24H; • Etc.
• Facilidade de pagamento;
• Etc.
Plano tecnológico
Objetivo Promover o desenvolvimento
Reforçar a competitividade
Para tal assente em 3 Eixos
• Conhecimento
De um gross modo, este eixo vida a qualificação da sociedade.
Através:
• Criação de infraestruturas vocacionadas para tal
• Criação de um sistema de ensino abrangente e diversificado
• Tecnologia
Vida apostar no reforço das competências científicas e tecnológicas, tanto nas empresas privadas como
públicas, através, por exemplo do apoio a atividades de I&D. Isto com o intuito de colmatar o atraso
científico e tecnológico que se faz sentir no nosso país.
• Inovação
Consiste na inovação da produção do país. Tentando por isso adaptar a produção às características da
globalização, através de novos e mais eficazes métodos produtivos, formas de organização; serviços e
produtos de forma a tornar mais competitiva a nossa economia
Em Portugal, têm sido desenvolvidas ações que pretendem diminuir as desigualdades de acesso às
tecnologias da informação e comunicação:
• A criação de espaços de utilização gratuita da Internet;
• O esforço de ligação de todas as escolas públicas à Internet;
• A inclusão da aprendizagem de utilização das TIC nos novos currículos.
Os transportes e as comunicações…
…e a qualidade de vida da população
O desenvolvimento dos transportes e das telecomunicações reflete-se na qualidade de vida. A
mobilidade da população tornou-se muito maior, aumentando a frequência e a distância das
deslocações. Estas fazem-se, agora, com maior conforto e segurança e em menos tempo, o que permite
reduzir as distâncias físicas e aumentar a acessibilidade às diferentes regiões do País.
No entanto nem tudo são vantagens, e podem surgir associados a este desenvolvimento,
nomeadamente:
• Poluição
• Saúde
• Segurança
• Qualidade dos serviços
Torna-se pois necessário:
• Permitir igualde de oportunidade no acesso às tecnologias da informação e comunicação
(inclusão de todas as pessoas e regiões na sociedade de informação)
• Desenvolver uma melhor rede de transportes, nomeadamente de transportes públicos que no
nosso país revelam algum descontentamento.
A multiplicidade dos espaços de vivência
Atualmente, assiste-se a um alargamento constante dos espaços de vivência e de interação
entre pessoas e territórios.
O ambiente e a Saúde
O crescimento da utilização dos transportes e portanto o consumo de combustíveis fósseis como
fontes de energia tem alguns impactes sobre a qualidade de vida da população (decorrentes dos
problemas de poluição ambiental).
O setor dos transportes é um dos principais responsáveis pela emissão de gases que
contribuem para o agravamento do efeito de estufa e para a formação de ozono na troposfera.
Protocolo de Quito
Objetivo Reduzir as emições de gases que contribuem para o efeito de estufa.
Portugal não está a conseguir cumprir o protocolo cujos objetivos estão estipulados até 2012.
A diminuição dos problemas ambientais e de saúde associados aos transportes é também uma das
preocupações da política nacional e comunitária para este setor, o que está patente em medidas como:
• A decisão de reduzir o peso do transporte rodoviário face aos restantes modos de transporte,
por ser o mais poluente;
• A diretiva comunitária 2003/30/CE, pela qual cada Estado-membro deverá assegurar a
colocação no mercado de uma quota mínima de biocombustíveis ou de outros combustíveis
renováveis;
• O aumento dos investimentos em Investigação e Desenvolvimento, para viabilizar a utilização de
energias menos poluentes e diminuir o consumo de energia, sobretudo nos transportes
rodoviário e aéreo;
• A criação de iniciativas como o Dia Europeu sem Carros e de programas como o «Miniautocarros
Elétricos em Frotas de Transportes Urbanos».
O transporte marítimo causa também graves problemas ambientais que se associam
principalmente aos desastres com petroleiros, que originam marés negras, e às lavagens de porões
sem respeito pelas normas de segurança ambiental.
União Europeia
na
Portugal
A integração de Portugal na união europeia: novos desafios, novas oportunidades
• Alargamento em 2004
• Estónia, Letónia, Lituânia, Polónia, República Checa, Eslováquia, Hungria,
Eslovénia, Chipre e Malta
• Alargamento em 2007
• Roménia e Bulgária
• Países em negociação de adesão
• Croácia (2013) e Turquia (ainda não entrou devido à instabilidade política e pelo
facto de não conseguir cumprir os critérios de Copenhaga)
• Países candidatos
• Islândia e Macedónia
• Países potenciais candidatos
• Albânia, Bósnia Herzegovina, Montenegro e Sérvia
• “Eurolândia” - Zona Euro
• Portugal, Espanha, França, Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Eslováquia,
Eslovénia, Estónia, Finlândia, Grécia, República da Irlanda, Itália, Luxemburgo,
Malta e Países Baixos
Um alargamento constitui um grande desafio para a União Europeia e para cada um dos Estados-
membros, sobretudo para os mais periféricos, como Portugal.
Noções
Acervo Comunitário Conjunto de leis e normas da UE que cada país deve transpor para a sua
legislação nacional.
Os apoios comunitários, antes e nos primeiros anos após a adesão, são fundamentais para a
integração dos países candidatos e dos novos Estados-Membros. Isto significa que são necessários para
que os países que querem aderir à UE possam cumprir os critérios de Copenhaga. Servem também para
aproximar os vários setores.
Outro desafio, que se mantém, é a adaptação das principais políticas comunitárias e da composição e
funcionamento das instituições da União Europeia.
Tratado de Maastricht
Conferiu às ações no domínio do ambiente o estatuto de política comunitária, salientando a
necessidade da sua integração nas restantes políticas.
Tratado de Amesterdão
Colocou o princípio do desenvolvimento sustentável e a obtenção de um nível elevado de
proteção ambiental entre as principais prioridades da política comunitária.
Em defesa do ambiente na UE: Desde 1967, a maioria dos programas definidos para proteger o
ambiente são os Programas de Ação em Matéria de Ambiente.
Life +
LIFE + Natureza e Biodiversidade Orientado para a aplicação das Diretivas Aves e Habitats, e
apoiar a aplicação da Rede Natura 2000, bem como para
aprofundar o conhecimento necessário para desenvolver, avaliar
e monitorizar a legislação e a política da Natureza e da
biodiversidade da UE. Visa ainda contribuir genericamente para
a meta de parar a perda da biodiversidade, até 2010.
e governação
LIFE + Política Ambiental Destinado a cobrir as demais prioridades do 6.º Programa de
Ação
Comunitário de Ambiente (exceto a conservação da Natureza e
biodiversidade), bem como abordagens estratégicas ao
desenvolvimento e aplicação de políticas ambientais;
Nota À medida que o tempo passa, aumentam as verbas para estes programas
Natureza e biodiversidade
A diversidade dos ecossistemas e das paisagens é património ecológico, cultural e económico.
A nível comunitário, o sexto programa de ação em matéria de ambiente definiu como principais
objetivos:
• Proteger e, se necessário, restaurara a estrutura e o funcionamento dos sistemas
naturais;
• Deter a perda da biodiversidade, na UE e à escala mundial;
• Proteger os solos da erosão e da poluição.
A criação de uma rede ecológica coerente, denominada Rede Natura 2000, constitui um instrumento
fundamental da política da UE em matéria de conservação da Natureza e da biodiversidade.
Resíduos
Associada à exploração e utilização dos recursos naturais está a produção de resíduos que tem
vindo a aumentar, tanto em Portugal como na União Europeia, prevendo-se que cresça ainda mais.
A política comunitária dá prioridade à prevenção da produção de resíduos, à sua recuperação
(inclui a reutilização, reciclagem e a recuperação energética) e incineração (queimar os resíduos) e,
como último recurso, a deposição em aterros.
Responsabilidade ambiental
É cada vez maior a consciência de que, para o desenvolvimento sustentável, são fundamentais a
preservação do património natural e a diminuição do risco de degradação ambiental e de que tais
tarefas são responsabilidade de todos. Daí a importância da educação ambiental e da responsabilização
por danos ambientais.
As regiões incluídas no objetivo convergência, poderão sair deles, no futuro, se houver uma
progressão no seu desenvolvimento, tal como acontece com Lisboa e se prevê que venha a acontecer
com a Madeira.