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Um só é o nosso Mestre: Jesus Cristo (??

)
Na Igreja dos primeiros séculos, os batizados eram chamados os iluminados,
porque a luz de Cristo tinha-lhes aberto os olhos. Os cristãos deveriam ser aqueles que
vêem bem, que sabem escolher os justos valores da vida, que estão em condições de
indicar o recto caminho a quem cambaleia na escuridão. Mas isto nem sempre acontece,
e Jesus avisa os seus discípulos do perigo de perderem a luz do Evangelho. Podem cair
de novo nas trevas e deixarem-se guiar, como os outros, pelos falsos raciocínios ditados
pelo “bom senso” humano. Quando isso acontece, diante deles abre-se um abismo
mortal no qual caem juntamente com quem neles confiou.
Jesus chama hipócritas a estes “juízes” e “mestres” cristãos seguros de si e das
suas próprias ideias. Hipócritas significa “atores”, “gente que faz teatro”. Aqueles que
julgam os outros, são para Jesus actores. Também eles são pecadores, mas “recitam”,
quando se sentam no tribunal como juízes e pronunciam sentenças terríveis. O
Evangelista Lucas está claramente preocupado com o que acontece nas suas
comunidades, divididas pelas críticas, pelas coscuvilhices, pelos juízos maldosos. Por isso
lembra as palavras duras do Senhor a este respeito.
Como Ben Sirá – ouvimo-lo na primeira leitura – também Jesus convida a avaliar
os mestres com base nas suas palavras: “Pois a boca fala do que transborda do coração”.
Aquilo que eles anunciam deve ser sempre confrontado com o Evangelho. Então será
possível avaliar se o que é proposto é um alimento que nutre ou um fruto venenoso.

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