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Objetivos:
Apresentar os principais conceitos utilizados na descrição da árvore genealógica dos seres
vivos.
Visão teísta: Deus apresenta-se o tempo todo intervindo no processo de aprimoramento desde a
criação de tudo.
Visão deísta: Deus apenas criou as coisas. Deixou a natureza seguir seu caminho
independentemente.
A primeira referência à seleção natural pode ser atribuída a Empédocles (490-430 a.C.), pois este
filósofo postulou que através de uma combinação seletiva de partes dos animais surgiria a forma
perfeita; caso contrário, surgiriam criaturas aberrantes, incapazes de sobreviver e procriar. É muito
provável que sua idéia tenha sido baseada na observação de anomalias congênitas em animais
sinantrópicos e ossadas fósseis.
O significado dos fósseis também foi mal compreendido pelos filósofos gregos. A crença mais aceita
era de que seriam restos de organismos depositados em lugares distantes pela ação do mar durante
o dilúvio universal. Mas Leonardo da Vinci (já no tempo do Renascimento) chamou atenção para o
fato de que ao serem observadas rochas sedimentares, o conteúdo fossilífero destas apresentava
estratificação variada, e não exclusivamente de um ambiente marinho. Tempos depois, Nicolaus
Steno lançou as bases da estratigrafia ao propor a sua lei da sobreposição de camadas. O assunto
foi retomado posteriormente por William Smith, já no século XIX, ao desenvolver o princípio da
correspondência de camadas sedimentares com base no conteúdo fossilífero, lançando as bases da
estratigrafia moderna.
Uma idéia corrente entre filósofos naturalistas alemães precederam a revolução darwiniana foi a de
uma morfologia baseada em arquétipos (padrões básicos a partir dos quais os grandes grupos
taxonômicos teriam sido construídos. Com Darwin, os arquétipos passaram a ser substituídos por
ancestrais.
A Biografia darwiniana foi conservadora e tinha como pressuposto básico de que as de que as
espécies surgiam em um centro de origem e depois se dispersavam para outros lugares. O espaço
era considerado estático e os organismos, elementos dinâmicos da paisagem. Somente após a idéia
de espaço relativo na Biogeografia, por Croizat, em conjunto com a aceitação da teoria da deriva
continental por tectônica de placas é que a evolução pode ser bem estudada. Assim, as histórias da
geologia e da biologia passaram a ser uma única história: os organismos mudam ao longo do tempo,
e o espaço (área geográfica) onde eles vivem também.
Ernst Haeckel foi um darwinista que estudou as genealogias entre seres vivos através de
observações do desenvolvimento embrionário e anatomia comparada de formas recentes. Foi o
primeiro a estudar a estrutura da árvore genealógica da vida. Sua proposta era: a ontogenia (história
do indivíduo) recapitula a filogenia (história das espécies).
A única evidência direta de que a evolução de seres vivos ocorreu é dada pelos fósseis. Cada fóssil
passa a ser um ancestral em potencial, e as relações evolutivas passam a ser apontadas diretamente
entre ancestral e descendente. Darwin, para rebater as críticas em relação à ausência de fósseis
intermediários que demonstrassem essa transformação gradual, apontou que o processo de
fossilização é seletivo e raro, ou seja, muitos organismos morreram sem ter condições favoráveis
para este processo. A mudança adaptativa gradual ao longo do tempo geológico (gradualismo) era o
padrão detectado por Darwin no registro fossilífero e aceito por quase todos os evolucionistas desde
então.
Porém, na década de 70 do século XX, pontualistas apresentaram uma interpretação alternativa para
o registro fossilífero, propondo que a evolução se dá em ritmo NÃO uniforme com grandes intervalos
de tempo, de centenas de milhões de anos, sem grandes mudanças, intercalados por períodos curtos
("pontuais"), de alguns milhões de anos, de mudanças mais rápidas. Assim, o tempo de divergência e
diferenciação na especiação seria muito curto em termos geológicos. A especiação peripátrica seria
mais comum que a especiação alopátrica e o fluxo gênico teria participação menos efetiva do que se
pensava na coesão da espécie.. Outros fatores, como a homeostase epigenética, teriam papel mais
importante.
A discussão entre pontualistas e gradualistas permanece até hoje. O processo histórico continua e a
“evolução da evolução” também.
EXERCÍCIOS
É a teoria que propõe que a evolução se dá em ritmo NÃO uniforme com grandes intervalos de
tempo, de centenas de milhões de anos, sem grandes mudanças, intercalados por períodos curtos
("pontuais"), de alguns milhões de anos, de mudanças mais rápidas.
A de que as espécies surgiam em um centro de origem e depois se dispersavam para outros lugares.