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DESENHOS DE AERONAVES
São usadas para indicar as superfícies que de- Desenhada diretamente na vista exterior, mos-
vem ter um acabamento por máquina. tra a forma do corte transversal da parte, como o raio
da roda.
Tolerâncias
Secção removida
Quando uma dimensão dada em uma planta
tem uma variação permitida o sinal (+) indica o má- Secções removidas mostram particularidades
ximo, e o sinal (-) indica a mínima variação permitida; do objeto.
a soma dos sinais indica a tolerância.
Em dimensões precisas são usados números O SIGNIFICADO DAS LINHAS
decimais, polegadas são usadas quando não há neces-
sidade de dimensões precisas. Linhas de centro:
1 A B C D
2 A B C D
3 A B C D
4 A B C D
5 A B C D
2-4
CAPÍTULO 3
3-2
Em aeronaves leves e médias as rodas são co- Trem de nariz = 152,00 libras
locadas sobre a balança, em grandes aeronaves as ba- Trem princ. Esq. = 617, 00 libras
lanças são colocadas nos macacos. Trem princ. Dir. = 614, 00 libras
𝟏𝟓𝟐 + 𝟔𝟏𝟕 + 𝟔𝟏𝟒 = 𝟏𝟑𝟖𝟑
Peso de combustível zero Total = 1.383,00 libras
É o peso máximo da aeronave sem combustí-
vel. Cg. do Peso Vazio
É o peso máximo permitido para a aeronave
sem o combustível para a rota. É calculado através da divisão dos momentos
O peso que excede o peso de combustível zero totais pelo peso total da aeronave.
deve ser de combustível utilizável.
Momento: é o resultado da multi-
Combustível mínimo plicação de peso de um objeto (equi-
pamento) pelo seu braço (distância
Não é a quantidade mínima de combustível
do ponto de referência).
para voar uma aeronave.
Combustível mínimo é a quantidade de com-
bustível que deve ser apresentada no relatório de peso MO-
PESO BRAÇO
e balanceamento quando a aeronave é carregada para MENTO
uma verificação de condição extrema.
Trem de na- 31.500
É obtido através da razão combustível x po- 50 g 630 mm
riz g/mm
tência do motor.
Trem princ. 80.000
Combustível mínimo = ½ lib. Por ca- 500 g 160 mm
Esq. g/mm
valo de potência.
HP = 1200 cavalos Trem princ. 80.000
500 g 160 mm
1200 x ½ = 600 (600 libras de com- Dir. g/mm
bustível mínimo) 1050
Peso total
g
Nas grandes aeronaves o combustível mínimo
é determinado pelo fabricante (aeronaves com motor a Momento 191.500
reação). total g/mm
Óleo total
É a quantidade de óleo apresentada como a ca- C.G. = momento total ÷ peso total =
pacidade de óleo nas especificações da aeronave. 191.500 ÷ 1050 = 189,39.
Ao fazer a pesagem de uma aeronave o tanque O resultado mostra a posição do cg.
de óleo pode conter a quantidade de galões de óleo es- da aeronave em relação ao plano de
pecificada ou pode ser drenado. referência.
Ao se fazer a pesagem com o tanque de óleo
cheio, o peso do óleo deve ser subtraído da leitura ob-
tida para chegar ao peso vazio ideal. EQUIPAMENTO ELETRONICO DE PESAGEM
Tara
O equipamento eletrônico de pesagem simpli-
Inclui o peso de todos os itens extras como ficou muito o procedimento de pesagem de aeronaves
macacos e calços, sobre a plataforma da balança de pe- grandes e pesadas.
sagem, exceto o peso do item que estiver sendo pe- O “kit” completo de pesagem contém:
sado.
O peso desses itens deve ser subtraído para se Uma trena
obter o peso real da aeronave. Prumos
Níveis de bolha
Computo do peso vazio Escalas
Hidrômetros (para especificação da
O peso vazio de uma aeronave é determinado gravidade especifica do combustí-
somando-se o peso liquido de cada ponto de pesagem: vel)
3-3
Células de carga (são indicadores a) teoria da relatividade
de tensão que refletem a carga im- b) teoria da alavanca
posta sobre elas pela aeronave em c) teoria da balança
termos de variação de voltagem, a d) teoria da gravidade
variação é indicada em uma escala
calibrada para apresentar a leitura 5) O controle do peso e balanceamento consiste em
em libras; são colocadas entre o ma- comprovar___o peso e___e___corretos dos limites
caco e seu ponto de apoio (ponto de especificados
pesagem), cada célula dever ser “ze-
rada” (balanceada) antes de rece- a) matematicamente, balanceamento e carregamento.
ber peso). b) geometricamente, balanceamento e centrasse.
c) aritmeticamente, carregamento e balanceamento.
PESO E BALANCEAMENTO DE HELICOPTE- d) engrossamento
ROS
6) A instalação ou remoção de equipamento modi-
Um helicóptero pesado suporta menos os cho- fica o___e o___da aeronave, afetando consequente-
ques e cargas causados pelo ar turbulento, a maioria mente a___na mesma proporção.
dos helicópteros tem o passeio do cg. mais restrito que
o dos aviões, em alguns casos o passeio é de 3”. a) peso operacional, alcance, capacidade.
A localização do cg e o passeio do cg. se es- b) peso vazio, C.G, carga excedente.
tendem por uma distância curta para frente ou para trás c) pessoa vazio, C.G, carga útil
do rotor principal ou do centroide de um sistema de d) peso normal, agilidade, confiabilidade.
rotor duplo.
7) Os dados de peso e balanceamento não podem
ser obtidos em que fonte:
TESTE PESO E BALANCEAMENTO DE AERO-
NAVES a) especificações da aeronave
b) limitações operacionais da aeronave
c) registro de voo da tripulação da aeronave
1) A finalidade principal e secundaria do controle d) manual da aeronave
de peso e balanceamento respectivamente é:
8) O plano vertical imaginário a partir do qual to-
a) economia e segurança das as medidas são tomadas horizontalmente para
b) eficiência e economia fins de balanceamento com a aeronave em atitude
c) segurança e eficiência de voo nivelado denomina-se:
d) segurança e estabilidade
a) plano de transferência
2) Uma redução da eficiência da aeronave com res- b) plano de divergência
peito ao teto, manobrabilidade, razão de subida, c) plano de referencia
velocidade e consumo de combustível pode ser cau- d) plano de aderência
sada por:
9) O braço é a distância entre o equipamento:
a) pesagem inadequada
b) nivelamento inadequado a) e o nariz do avião
c) abastecimento inadequado b) e a cauda do avião
d) carregamento inadequado c) e o solo
d) e o plano de referencia
3) Em que situações se fazem necessário refazer a
pesagem de uma aeronave: 10) O braço é precedido do sinal (+) ou (-) respecti-
vamente quando:
a) toda vez que for carregada e quando for para revisão
b) quando for para revisão e quando atingir 1000 horas a) sua posição for para trás do plano de referência e
de voo adiante do plano de referencia
c) quando acumular muita sujeira, graxa e etc. Em lu- b) sua posição for adiante do plano de referência e para
gares pouco acessíveis e depois de grandes reparos. trás do plano de referencia
d) depois de grandes reparos e depois de inspeções c) sua posição for exatamente encima do plano de re-
ferencia
4) Qual a teoria do peso e balanceamento: d) sua posição for à esquerda do plano de referencia
3-4
11) O resultado da multiplicação de um peso pelo d) centro de gravidade descarregado
seu braço denomina-se:
18) Como é denominada a variação permissível en-
a) instante tre os limites máximo e mínimo do C.G:
b) momento
c) força a) deslocamento do C.G
d) trabalho b) passeio do C.G
c) trabalho do C.G
12) Um peso de 35 libras localizado para trás do d) distorção do C.G
plano de referência tem um braço de 40 polegadas,
isto significa que: 19) Devemos carregar o C.G de modo que o C.G
fique fora dos limites especificados pelo fabricante,
a) a força é de -1400 lib./pol. está afirmativa é:
b) o momento é de +1400 lib./pol.
c) o instante é de -1400 lib./pol. a) correta
d) o trabalho é de +1400 lib./pol. b) duvidosa
c) errada
13) O peso que está indicado nas especificações da d) correto dependendo do tipo de aeronave
aeronave e que consiste do peso da aeronave mais
o seu conteúdo (carga), denomina-se: 20) A seção transversal da asa, do bordo de ataque
ao bordo de fuga, denomina-se.
a) peso total
b) peso calculado a) plano de referencia
c) peso de trabalho b) corda aerodinâmica media
d) peso máximo c) eixo longitudinal
d) braço da asa
14) O peso da aeronave que é constituído pelo peso
da célula, grupo motopropulsor, equipamentos ne- 21) Ao pesar uma aeronave os pontos sobre a ba-
cessários, lastro fixo, fluido hidráulico e óleos resi- lança nos quais o peso está concentrado denomi-
duais denomina-se: nam-se:
15) Subtraindo do peso___o peso___obtemos 22) O peso de combustível zero é o peso de uma ae-
a___da aeronave. ronave carregada:
16) O máximo de óleo e combustível, bagagem, pi- 23) A quantidade de combustível que deve ser apre-
loto, copiloto, membros da tripulação e passageiros sentada no relatório de peso e balanceamento
constitui: quando a aeronave é carregada para uma verifica-
ção extrema é denominado:
a) lotação total
b) capacidade útil a) combustível útil
c) pés permitido b) combustível máximo
d) carga útil c) combustível residual
d) combustível mínimo
17) O centro de gravidade de uma aeronave em sua
condição de peso vazio denomina-se: 24) A capacidade de óleo apresentada nas especifi-
cações da aeronave como capacidade de óleo é de-
a) centro de gravidade do peso liquido nominada:
b) centro de gravidade do peso leve
c) centro de gravidade do peso vazio a) óleo total
3-5
b) óleo residual
c) óleo nominal 1 A B C D
d) óleo funcional 2 A B C D
3 A B C D
25) Ao fazer a pesagem de uma aeronave com o tan- 4 A B C D
que de óleo cheio o peso do óleo deve ser subtraído 5 A B C D
da leitura obtida para se chegar ao peso vazio real: 6 A B C D
7 A B C D
a) isto depende da densidade do óleo
8 A B C D
b) isto é correto
9 A B C D
c) isto depende da temperatura ambiente
10 A B C D
d) isto é errado
11 A B C D
26) Na pesagem da aeronave o peso de todos os 12 A B C D
itens extras tais como macacos e calços sobre a pla- 13 A B C D
taforma da balança de pesagem denomina-se: 14 A B C D
15 A B C D
a) excesso de peso 16 A B C D
b) tora 17 A B C D
c) excesso de peso 18 A B C D
d) tara 19 A B C D
20 A B C D
27) o peso máximo de uma aeronave: 21 A B C D
22 A B C D
a) é único 23 A B C D
b) depende da carga 24 A B C D
c) pode variar de acordo com a categoria que a aero- 25 A B C D
nave vai operar 26 A B C D
d) depende do C.G 27 A B C D
28 A B C D
28) Um equipamento na mesma posição do ponto
de referência tem o braço igual:
3-6
CAPÍTULO 4
Voláteis: Antidetonantes
4-3
Dois combustíveis de jato estão em uso atual- qualquer material que o combustível entre em contato
mente: sendo os tipos mais comuns:
É umas das características mais importantes a) Ferrugem vermelha que não é mag-
dos combustíveis de jato. Um combustível altamente nética
volátil facilita a partida em tempo frio e torna mais fá- b) Ferrugem preta que é magnética
ceis e seguras as partidas em voo, um combustível com
baixa volatilidade reduz a possibilidade de calço vapor Areia e poeira:
e reduz as perdas de combustível por evaporação.
O JET A é de uma volatilidade muito baixa em Aparecem na forma cristalina, gra-
temperaturas normais produz tão pouco vapor que não nular ou semelhante a vidro.
forma uma mistura combustível/ar inflamável ou ex-
plosiva. Compostos de alumínio e magnésio:
Identificação Aparecem na forma de pó ou pasta
branca ou pasta cinza.
Os combustíveis de jato não são coloridos,
logo não há identificação visual para os mesmos; va- Latão:
riam de um liquido incolor ao âmbar dependendo da
idade e origem do petróleo.
É encontrado na forma de partícu-
las ou pó de cor dourado brilhante.
CONTAMINAÇÃO DO SISTEMA DE COMBUS-
TIVEL
Borracha:
Existem diversas formas de contaminação;
quanto mais alta a viscosidade maior a capacidade de Aparece em pedaços razoavelmente
manter contaminantes em suspensão. grandes e irregulares.
Os combustíveis de jato sendo mais viscosos
que a gasolina são mais suscetíveis à contaminação. Todas as formas de contaminação poderão
Os principais contaminantes que reduzem as causar o engripamento ou mau funcionamento dos dis-
qualidades do combustível de aviação são: positivos de medição de combustível, divisores de
fluxo, bombas e injetores.
Água
Contaminação com outros tipos e graus de
Oxidação
combustível
Ferrugem
Sujeira A mistura não intencional de produtos de pe-
tróleo poderá resultar em combustível que dão perfor-
Água mance inaceitável a aeronave.
A água pode estar presente em duas formas: Desenvolvimento microbial
Dissolvida no combustível É produzido por várias formas de micro-orga-
Entranhada ou em suspensão no nismos que vivem e se multiplicam nas interfaces de
combustível agua dos combustíveis para jato.
Esses organismos poderão formar um fungo
Partículas estranhas parecido com os encontrados em agua parada.
A cor desse fungo pode ser:
Muitas partículas estranhas são encontradas
como sedimentos no combustível, são formadas por Vermelha
4-4
Marrom Partículas de 10 mícron ou maiores são consi-
Cinza deradas sedimento grosseiro.
Preta Partículas grossas bloqueiam orifícios e obs-
truem as folgas e ressaltos de válvulas deslizantes cau-
Se não for controlado através da remoção de sando problemas de desgaste dos controles de com-
agua livre, o desenvolvimento desses organismos pode bustível e do equipamento de medição.
tornar-se extensivo.
O desenvolvimento de micro-organismos Sedimento fino
pode interferir na indicação de fluxo e quantidade de
combustível e mais importante, eles podem iniciar São partículas menores que 10 mícron.
uma ação eletrônica corrosiva. As partículas finas não são visíveis a olho nu
como partículas separadas ou distintas; no entanto dis-
Sedimentos persas na claridade podem aparecer como pontos lu-
minosos ou como uma leve nebulosidade no combus-
Apresentam-se como: tível; 98% podem ser removidos por assentamento, fil-
tragem ou centrifugação.
Poeira,
Material fibroso Detecção de contaminação
Grãos
A contaminação grosseira pode ser detectada
Flocos
visualmente.
Ferrugem O melhor critério a usar é o de que o combus-
tível esteja limpo, brilhante e não contenha agua per-
Partículas ou grãos de sedimentos devem ter ceptível.
aproximadamente quatro mícron de tamanho para se- Existem vários métodos de detecção de agua
rem visíveis. no combustível em pista:
A presença em grandes quantidades de partí-
culas indica mal funcionamento do filtro/separador, ou
Adicionar elemento corante solúvel
uma fonte de contaminação ao longo da linha do filtro
na agua, porém não solúvel em
separador ou um reservatório inadequadamente limpo.
combustível, assim, amostras de
Os sedimentos frequentemente são encontra-
combustível incolor adquirem colo-
dos como:
ração definida se a agua estiver pre-
sente.
Pó fino
Pó químico cinza que vai ao rosa
Lama passando pelo purpura no caso de
30 p.p.m. ou mais de agua na amos-
Os principais componentes desse sedimento tra de combustível.
fino são normalmente:
Agulha hipodérmica tira combustí-
vel passando através de um filtro, se
Areia o combustível mudar a cor do filtro
Ferrugem de amarelo para azul, o combustível
terá ao menos 30 p.p.m. de agua; é
Os sedimentos podem ser tanto: o método mais usado atualmente,
pois evita o desperdício de combus-
Orgânicos tível.
Inorgânicos
SISTEMAS DE COMBUSTIVEL
Sedimentos ou contaminação sólida são de
duas categorias: Um sistema de combustível de avião arma-
zena e distribui uma quantidade apropriada de com-
Sedimento grosseiro bustível limpo a uma pressão correta para satisfazer a
Sedimento fino demanda do motor.
Um sistema bem projetado assegura um fluxo
positivo e eficiente durante todas as fases do voo que
Sedimento grosseiro inclui mudanças de altitude, manobras violentas, ace-
lerações e desacelerações súbitas.
É o sedimento que pode ser visto e separado Indicadores como o manômetro de pressão de
ou filtrado do combustível. combustível, sinais de advertência e indicadores de
4-5
quantidade são instalados para dar continua indicação Depende inteiramente da estrutura da cavi-
de como o sistema está funcionando. dade na qual é assentada para suportar o peso do com-
A fonte básica para pressão é uma bomba de bustível nela contido.
combustível acionada pelo motor; porém bombas au-
xiliares (ou bombas de reforço) são necessárias em Célula integral de combustível
cada sistema de alimentação por pressão por vários
motivos: São construídas dentro da estrutura da asa do
avião e não são removíveis.
Suprir a pressão de combustível Uma célula integral é parte da estrutura da ae-
para a partida do motor ronave, que é montada de tal forma, que, quando as
Suprir combustível para o sistema costuras, fixadores estruturais e portas de acesso são
injetor devidamente vedados e a célula suporta o combustível
Servir como uma bomba de emer- sem vazamentos.
gência
Linhas de combustível e acoplamentos
COMPONENTES DO SISTEMA DE COMBUS-
TIVEL No sistema de combustível, válvulas e outros
componentes são normalmente unidos por tubos me-
Componentes básicos incluem: tálicos e mangueiras flexíveis.
Os tubos metálicos são normalmente feitos de
Tanques (reservatórios) alumínio.
Linhas As mangueiras normalmente são feitas de bor-
racha sintética ou teflon.
Válvulas
O diâmetro é definido pela demanda de fluxo.
Bombas
Unidades de filtragem Filtros de combustível
Indicadores
Sinais de advertência Normalmente são instalados nas saídas dos
tanques e nos bocais de abastecimento, possuem ma-
Tanques de combustível lha grossa e filtram apenas partículas maiores.
Filtros de malha fina são instalados na entrada
Localização, tamanho, forma e construção dos do carburador e nas linhas de combustível.
tanques de combustível variam conforme o tipo e a uti- Além de filtrar, o filtro também é usado para
lização. drenar agua do combustível devido a sua localização
Em alguns aviões os tanques são integrais com ser a mais baixa do sistema.
a asa ou outras partes estruturais da aeronave. É necessário que se tenha um filtro para cada
Os tanques são feitos de material que não re- motor.
age quimicamente com nenhum combustível de avia-
ção; a liga de alumínio é amplamente usada, e a borra- Bombas auxiliares de combustível
cha sintética é para o tipo de células de combustível
que são usadas em alguns tipos de aviões. Bombas de recalque centrifugas de aciona-
A parte superior dos tanques é ventilada para mento elétrico alimentam o combustível sob pressão
o ar externo para manter a pressão atmosférica dentro para a admissão da bomba acionada pelo motor, bom-
do tanque; os “vents” (suspiros) são projetados para bas auxiliares são parte essencial do sistema de com-
diminuir a possibilidade de seu bloqueio por sujeira ou bustível, particularmente em grandes altitudes para
formação de gelo. manter a pressão no lado de sucção da bomba acionada
pelo motor, evitando que a pressão se torne baixa a
Células de combustível ponto de permitir a ebulição do combustível.
A bomba de recalque é também usada para:
Aviões atuais podem estar equipados com um
ou mais dos seguintes tipos de célula de combustível: Transmitir o combustível de um
tanque para o outro.
Célula de borracha Para alimentar sob pressão com-
Célula integral de combustível. bustível para a partida do motor.
Como uma unidade de emergência
Célula do tipo câmara de borracha alimentar combustível ao carbura-
dor no caso de falha da bomba aci-
É uma célula não auto vedante, que é usada
onada pelo motor.
para reduzir o peso.
4-6
Bomba auxiliar, bomba elétrica e bomba de
recalque são a mesma coisa. São instaladas para prevenir perda
de combustível quando um compo-
Bomba manual nente está sendo removido ou
quando uma parte do sistema está
Frequentemente usada em aviões leves, geral- danificada
mente localizada próxima a outro componente do sis-
tema de combustível é operada da cabine por meio de
controles adequados. INDICADORES DO SISTEMA DE COMBUSTI-
VEL
Bomba de combustível acionada pelo motor
(bomba mecânica) Quatro tipos de indicadores gerais são:
4-8
A medida da área que um vazamento de com- d) hidro carbonos
bustível umedece em 30 minutos é usada como classi-
ficação padrão. 7) O que é a volatilidade?
Após 30 minutos cada vazamento pode ser
classificado em quatro classes: a) é a medida da tendência de uma substancia viscosa
em evaporar-se sob dada condição
Infiltração lenta (3/4”) b) é a medida da tendência de uma substancia liquida
Infiltração (3/4” a 1 ½”) em evaporar-se sob dada condição
Infiltração pesada (1 ½ “a 3”) c) é a medida da tendência de uma substancia em va-
Vazamento corrido porizar-se no cilindro
d) é a medida da tendência de uma substancia liquida
TESTE COMBUSTIVEIS E SISTEMAS DE em não vaporizar-se sob dada condição
COMBUSTIVEL
8) Uma medida da tendência da gasolina para o
1) Os combustíveis são classificados de acordo com calço vapor é obtida através de qual teste?
seu estado físico em:
a) teste de pressão vapor DIREI
a) sólidos e líquidos b) teste de pressão vapor REDI
b) sólidos, líquidos e gasosos c) teste de pressão vapor REID
c) voláteis e não voláteis d) teste de pressão vapor REIDY
d) voláteis, não voláteis, sólidos e líquidos.
9) A formação de gelo no carburador está relacio-
2) São exemplos de combustíveis sólidos: nada com qual fenômeno?
3) São exemplos de combustíveis gasosos: 10) O que a formação de gelo no carburador pode
ocasionar?
a) GLP e gasolina
b) gás natural e álcool a) perda de potência e ruído
c) gás natural e gás liquefeito de petróleo b) parada do motor e ruído
d) nitrogênio e CO² c) não afeta o sistema
d) perda de potência e a eventual parada do motor
4) Os combustíveis líquidos são classificados como:
11) As condições de formação de gelo no carbura-
a) líquidos comuns e compostos dor são mais comuns em que faixa de temperatura?
b) voláteis e sem voláteis
c) inflamáveis e não inflamáveis a) -1°F e 4°F
d) voláteis e não voláteis b) 1°C e 4°C
c) -1°K e 4°K
5) O combustível de aviação é um ___contendo d) 1°C e 4°C
energia___, que através da____, é desprendida
como energia térmica e, então, convertida em ener- 12) Quais as desvantagens dos combustíveis aromá-
gia____. ticos?
a) liquido, química, combustão, mecânica a) ter um solvente forte e uma ação deformadora em
b) hidro carbono, térmica, combustão, química. mangueiras e borrachas apropriadas
c) liquido química, queima, química b) não há desvantagens
d) liquido, térmica, fusão, motora c) ter um solvente forte e uma ação deformadora em
mangueiras e borrachas não apropriadas
6) A gasolina de aviação consiste quase que inteira- d) nenhuma das anteriores
mente em:
13) Dar-se-á uma explosão violenta quando a gaso-
a) nitro carbonos lina, não sendo apropriada, origina temperaturas
b) tetra carbonos
c) chumbo tetraetil
4-9
elevadas, que fazem detonar partes da mistura an- 20) O desenvolvimento microbial é produzido por
tes de essa ser atingida pela chama. Este trecho re- várias formas de micro-organismos que vivem e
fere-se a: multiplicam-se nas interfaces de____ dos combus-
tíveis para____.
a) detonação
b) explosão a) água, motores convencionais.
c) calço vapor b) água, motores alternativos.
d) nenhuma das anteriores c) hidrocarbonetos, jato
d) água, jato
14) A ignição da mistura ar/combustível, causada
por pontos quentes ou superfícies, na câmara de 21) Os combustíveis de jato variam de um li-
combustão é chamada: quido____, a uma cor____.
15) A pré-ignição é geralmente atribuída ao supe- 22) As partículas de 10 mícron de tamanho ou mai-
raquecimento de partes como: ores são consideradas como:
16) O combustível 100/130 tem o grau 100 para 23) As partículas menores que 10 mícron de tama-
mistura___ e o grau 130 para mistura___. nho são consideradas como:
17) O combustível JET A-1 foi desenvolvido para a 24) O sistema de combustível de aero-
operação de aeronaves equipadas com ___ e que nave___e___numa quantidade apropriada,
operam em temperaturas extremamente___. o___limpo a uma____ correta para suprir a de-
manda do motor.
a) turbina a gás, altas.
b) turbina a gás, baixas. a) armazena, distribui, combustível, pressão
c) turbina a gás, elevadas. b) armazena, divide, gasolina, força
d) nenhuma das anteriores c) comporta, divide, querosene, altura
d) armazena, divide, JETA1, altura
18) A ferrugem de cor vermelha encontrada nos
sistemas de combustíveis são do tipo: 25) Quais são os componentes básicos de um sis-
tema de combustível?
a) magnéticas
b) não magnéticas a) tanques, linhas, seletoras.
c) não metálicas b) tanques, linhas, seletoras e indicadores.
d) nenhuma das anteriores c) tanques, linhas, válvulas, bombas, filtros, indicado-
res e sinais de advertência.
19) A ferrugem de cor preta encontrada nos siste- d) tanques, linhas, seletoras, bombas, indicadores e si-
mas de combustíveis são do tipo: nais de advertência.
a) Fornecer combustível sob pressão para a admissão 39) Qual instrumento que tem a finalidade de indi-
da bomba acionada pelo motor car a razão de consumo de combustível
b) Fornecer combustível sob pressão para a admissão
da bomba acionada eletricamente a) medidor de fluxo de combustível
c) Fornecer combustível com baixa pressão para a ad- b) medidores de pressão de combustível
missão da bomba acionada pelo motor c) medidor de alijamento
d) Fornecer combustível sem pressão para a admissão d) nenhuma das anteriores
da bomba acionada pelo motor
40) O sistema de ___de combustível é necessário
33) A bomba de combustível___é frequentemente para aeronaves ao qual o peso___de decolagem
usada em aeronaves___e é aperada da___. for____que o peso____de pouso.
4-11
a) alijamento, máximo, menor, mínimo.
b) alijamento, mínimo, maior, máximo.
c) alijamento, máximo, maior, mínimo.
d) alijamento, máximo, maior, máximo. 1 A B C D
2 A B C D
3 A B C D
4 A B C D
5 A B C D
6 A B C D
7 A B C D
8 A B C D
9 A B C D
10 A B C D
11 A B C D
12 A B C D
13 A B C D
14 A B C D
15 A B C D
16 A B C D
17 A B C D
18 A B C D
19 A B C D
20 A B C D
21 A B C D
22 A B C D
23 A B C D
24 A B C D
25 A B C D
26 A B C D
27 A B C D
28 A B C D
29 A B C D
30 A B C D
31 A B C D
32 A B C D
33 A B C D
34 A B C D
35 A B C D
36 A B C D
37 A B C D
38 A B C D
39 A B C D
40 A B C D
4-12
CAPÍTULO 5
TUBULAÇÕES E CONEXÕES
Frisamento
5-4
FABRICAÇÃO E SUBSTITUIÇÃO DE TUBOS INSTALAÇÃO DE TUBULAÇÕES RIGIDAS
FLEXIVEIS
Antes da instalação das linhas as tubulações
Mangueiras ou conjuntos de tubos flexíveis devem ser inspecionadas cuidadosamente.
devem ser checados a cada período de inspeção, vaza-
mento, separação da camada externa ou da malha da Conexão e torque
camada interna do tubo, rachaduras, endurecimento,
perda de flexibilidade, excessivas e profundas marcas Selantes e outros compostos não devem ser
deixadas pela braçadeira ou pelos suportes são sinais aplicados nas faces de conexões ou flanges eles des-
de deterioração e razões para a substituição. troem o contato metal com metal entre a conexão e o
Quando ocorrem falhas em tubulações flexí- flange, esse contato é necessário para produzir a veda-
veis (mangueiras) equipadas com terminais estampa- ção.
dos, o conjunto todo deverá ser substituído. A instalação de uma tubulação não deve ser
forçada para o seu lugar com o torque na porca.
Montagem de terminais tipo luva Quando a conexão está corretamente fixada
existe uma folga de apenas 0,025” entre o flange e o
Terminais tipo luva são removíveis, sendo re- batente antes do aperto.
aproveitados se estiverem em boas condições de ser-
viço, o diâmetro interno do terminal é igual o diâmetro Precauções na montagem de tubulações
interno da mangueira na qual será instalado.
Conexões de latão banhadas em cadmio po-
Teste após a montagem dem ser usadas com tubulações de liga de alumínio.
Como prevenção na corrosão as linhas e cone-
Tubulações flexíveis devem ser testadas após xões usualmente são anodizadas
a montagem, isso é feito bloqueando uma das extremi- As linhas e conexões de aço e de latão são usu-
dades da mangueira e aplicando pressão no seu inte- almente banhadas em cadmio, também podem ser en-
rior, o teste pode ser feito com um liquido ou com um contradas as com banho de níquel, cromo ou estanha-
gás. das.
Linhas de sistema hidráulico, combustível e
óleo são testadas usando fluido hidráulico ou agua e as SUPORTES DE FIXAÇÃO
linhas de ar ou de instrumentos são testadas a seco, li-
vres de óleo ou nitrogênio. Braçadeiras de fixação são usadas para supor-
Teste usando gás são feitos embaixo da agua tar linhas dos sistemas da célula e do conjunto do mo-
aonde é observado se há vazamento, o teste deve ser tor, as braçadeiras mais usadas são:
realizado por 30 segundos no mínimo.
Protegida com borracha (usada
Instalação de conjuntos de tubos flexíveis para fixar linhas em áreas sujeitas
à vibração, evitando o desgaste do
Tubos flexíveis não devem estar torcidos na tubo pelo atrito).
instalação porque isso reduz o seu comprimento e Plana (usada para fixar linhas em
pode também causar o afrouxamento das conexões, a áreas não sujeitas à vibração)
torção do tubo flexível é reconhecida pela posição da
linha de identificação existente ao longo do seu com- Uma braçadeira protegida com teflon é usada
primento, essa linha não pode formar um espiral ao em áreas sujeitas à deterioração causada pelo Skydrol
longo da mangueira. 500, fluido hidráulico (MIL – 0 – 5606), ou combustí-
Quando uma mangueira encontra-se sob pres- vel, devido a sua pouca flexibilidade teflon não evita
são ela se contrai no comprimento e se dilata no diâ- o efeito da vibração como outros materiais.
metro. Para a fixação de tubulações metálicas e linhas
Curvas que são muito agudas reduzirão a pres- do sistema hidráulico, de combustível e de óleo, usa-
são de ruptura das tubulações flexíveis abaixo do valor mos braçadeiras sem isolamento para o efeito de con-
previsto; tubulações flexíveis devem ser instaladas de tinuidade da “massa”. Braçadeiras isoladas só são usa-
forma que sofram um mínimo de flexão durante a ope- das para a fixação de fio.
ração. Braçadeiras e suportes menores do que o diâ-
Uma mangueira nunca deve esticada entre metro externo dos tubos flexíveis podem restringir o
duas conexões, quando sob pressão, de 5% a 8% do fluxo do fluido através dele
total do seu comprimento deve ter liberdade de movi-
mento.
5-5
c) Alumínio
d) Aço resistente à corrosão
TESTE TUBULAÇÕES E CONEXÕES
8) Um tubo de metal com diâmetro de 3/8”
nós estamos nos referindo ao seu:
1) Linhas e conexões de aeronaves são fei-
tas de tubos: a) Diâmetro interno
b) Diâmetro externo
a) Nylon c) Comprimento
b) Plástico d) Espessura da parede
c) Fibra de vidro
d) Metálico e mangueira 9) Assinale dentro das alternativas abaixo
o material sintético usado para a fabri-
2) As tubulações podem ser encontradas cação de tubo flexível (mangueira) para
com as seguintes formas: aeronaves:
a) Tubos a) Teflon
b) Mangueiras b) Fibra de vidro
c) Tubos, mangueiras e conexões. c) Plástico comum
d) NDA d) Fibra de carbono
a) Aço a) Butyl
b) Cobre b) Bunan-N
c) Alumínio c) Teflon
d) Todas alternativas d) Neoprene
4) Em uma parte móvel de uma aeronave 11) Uma mangueira com o diâmetro 9/16”
usamos a tubulação: nos estamos nos referindo ao seu:
5) Qual a cor que caracteriza uma cone- 12) Os conectores de tubulações ou cone-
xão do tipo NA? xões que unem um pedaço de tubo ao
outro em uma unidade do sistema, eles
a) Azul podem ser:
b) Preta
c) Amarela a) Friso e braçadeira
d) Violeta b) Conexão flangeada
c) Conexão sem flange
6) Em um sistema hidráulico de alta pres- d) Todas anteriores
são (3000 p.s.i.) usamos uma tubulação
de: 13) A conexão que possui uma gola entre o
final da rosca e o cone do flange é a co-
a) Aço nexão:
b) Cobre
c) Plástico a) AN
d) Alumínio b) DA
c) AC
7) Para tubulações externas de freio são d) MS
usadas tubulações de:
14) As conexões flexíveis podem ser equipa-
a) Cobre das com os seguintes tipos de terminais:
b) Bronze
5-6
a) Isolado
b) Estampado
c) Destacável
d) Estampado e destacável
a) AN
b) NDA
c) AC
d) MS
a) 10%
b) 15%
c) 20%
d) 30%
6-1
porcas, tipos comerciais onde um pe- Hexagonal
queno jogo tem uma relativa margem Com encaixe para ferramentas
de tolerância.
Classe 3. “Medium Fit” – ajuste médio – desti-
nado a partes onde é desejado um va-
lor mínimo de folga ou de jogo entre
as partes rosqueadas, este ajuste é ge-
ralmente empregado na construção
aeronáutica.
Classe 4. “Close Fit” – forte ajuste ou ajuste sob
pressão – destinado a requisitos espe-
ciais. Os parafusos de ajuste sob pres-
são são instalados com ferramentas ou
maquinas.
PARAFUSOS DE AVIAÇÃO
6-2
São fabricados com mais cuidado do que os de As marcas do tipo de material dos NAS são as
uso geral, podem ter cabeça: mesmas para os AN exceto quando elas são riscadas
ou rebaixadas.
Hexagonal (AN-173 até AN-186) Os parafusos que receberam inspeção Magna
Cabeça chanfrada a 100º (NAS-80 flux ou Zyglo são identificados por uma tinta colorida,
até NAS-86) ou uma marca tipo distintivo na cabeça.
São usados em aplicações aonde uma ajusta- Parafusos para fins especiais
gem forte é requerida (o parafuso somente será mo-
vido de sua posição quando for aplicada uma pancada São fabricados para uma particular aplicação,
com um martelo de 12 ou 14 onças). por exemplo:
Não existe um método direto de classificação, É usado onde cargas de tensão são aplicadas.
parafusos podem ser identificados: O olhal tem por finalidade permitir a fixação
de peças como o garfo de um esticador, um pino clévis
Pelo formato da cabeça ou o terminal de cabo.
Pelo método de fixação A parte com rosca pode ou não ter o orifício
Pelo material usado na fabricação para contra pino.
Pelo emprego determinado
Jobolts
Os parafusos tipo AN podem ser identificados
pelo código marcado nas cabeças que geralmente in- É um rebite com rosca interna composto de
dica o fabricante, o material e se é um tipo AN padrão três partes:
ou um parafuso para fim especial.
Um parafuso AN padrão é marcado na cabeça Um parafuso de liga de aço
com riscos em relevo ou um asterisco, o de aço resis- Uma porca de aço com rosca
tente à corrosão é indicado por um simples risco e o de Uma luva expansível de aço inoxi-
liga de alumínio AN é marcado com dois riscos opos- dável
tos, informações adicionais são obtidas no número de
parte (part number). A alta resistência ao cisalhamento e a tensão
No parafuso cujo part number seja tornam o jobolt adequado ao uso em casos de grandes
AN3DD5A, as letras AN indicam ser um parafuso pa- esforços onde outros tipos de prendedores são impra-
drão Air Force – Navy, o número três indica o diâme- ticáveis; são muitas vezes utilizados em partes perma-
tro em dezesseis avos de polegada (3/16”), o DD in- nentes da estrutura de aeronaves mais antigas, são usa-
dica o material liga de alumínio, C indicaria aço resis- dos em áreas que não são sujeitas a constantes substi-
tente à corrosão e ausência de letras indicaria banho de tuições e serviços.
cadmio, o número cinco indica o comprimento em oi- Outra vantagem é sua excelente resistência à
tavos de polegada (5/8”) e A indica a presença ou não vibração, pouco peso e rápida instalação por apenas
de contra pino. uma pessoa.
Os parafusos NAS de tolerância mínima são Jobolts são encontrados em três tipos de ca-
marcados com um triangulo riscado ou rebaixado. beça:
6-3
Uma rebitadeira pneumática padrão e uma
F (flush) barra encontradora são as ferramentas para a instala-
P (hexagonal) ção de um lockbolt tipo curto.
FA (millable)
Tipo cego (blind)
Convencional (pull)
Cego (blind)
Curto (stump)
Não possui a haste tão comprida como o con- Liga de aço com tratamento tér-
vencional, mas é de semelhante utilização; são usados mico
principalmente quando o espaço não permite a instala- Liga de alumínio de alta resistência
ção do tipo convencional.
Os colares dos conjuntos são feitos de:
6-4
Liga de alumínio Porcas podem ser identificadas por:
Aço macio
Características metálicas
O tipo cego (blind) consiste de: Brilho ou cor de alumínio ou bronze
Pelo encaixe quando a porca for do
Pino de liga de aço com tratamento tipo auto freno
térmico Pela sua construção
Luva cega (blind sleeve)
Luva cônica (filler sleeve) Porcas podem ser divididas em dois grupos
Colar de aço macio gerais:
Arruela de aço carbono
Comuns (são as que devem ser fre-
Substituição nadas por um dispositivo externo
como contra pino, arame freno ou
Os parafusos de retenção de liga de aço podem contra porcas).
ser usados como: Auto freno (contem características
de frenagem como parte integral)
Substitutos dos rebites de aço HI –
SHEAR Porcas comuns
Rebites sólidos de aço
Parafusos AN de mesmo diâmetro e São os tipos mais comuns de porca, inclui:
mesmo tipo de cabeça
Lisa
Parafusos de retenção de aço e de liga de alu- Castelo
mínio podem ser usados para substituir: Castelada de cisalhamento
Sextavada lisa
Parafusos de aço de mesmo diâme- Hexagonal leve
tro Lisa leve
Parafusos de liga de alumínio
2024T de mesmo diâmetro A porca castelo AN310 é razoavelmente ro-
busta e resiste a grandes cargas tensionais; ranhuras na
ESPESSURA DO MATERIAL porca (chamadas castelo) servem para acomodar um
contra pino ou arame de freno, ela é usada com os pa-
O tamanho do parafuso requerido deve estar rafusos:
de acordo com a espessura do material, medida com
uma régua em gancho através do orifício aonde ele AN de cabeça hexagonal, com furo
será colocado. para contra pino.
Quando instalado o parafuso de retenção de- Clévis de olhal, de cabeça com furo
verá ser estampado em toda a extensão do colar. para freno.
Quando um parafuso de retenção tiver que ser Prisioneiros
removido o colar deve ser cortado com uma pequena
talhadeira evitando danificar ou deformar o orifício, A castelada de cisalhamento AN320 também
pode ser usada uma barra de encontro o lado oposto ao é castelada para frenagem, porém ela não é tão forte
que está sendo cortado, então o pino poderá ser reti- ou profunda quando a castelo, é usada com dispositi-
rado com um punção. vos como:
6-6
O colar de fibra não tem fios de rosca e seu Lisa: AN315 e AN335
diâmetro interno é menor que o maior diâmetro da Castelo: AN310
parte roscada ou diâmetro externo do parafuso corres- Castelada fina: AN320
pondente à porca. Hexagonal fina: AN430
As porcas elastic stop de liga de alumínio pos-
suem acabamento anodizado e as de aço, banho de Os tipos patenteados de porcas auto freno tem
cadmio, se uma porca desse tipo puder ser girada até o part number de MS 20363 até MS20367, às porcas bo-
final com os dedos ela deve ser substituída. ots e flexloc, a auto freno de fibra e a elastic stop per-
Depois que a porca tiver sido apertada a ponta tencem a esse grupo.
do parafuso ou do prisioneiro deve ter ultrapassado A porca tipo borboleta possui o part number
completamente a margem superior da porca no mí- AN350.
nimo 1/32”. Letras e números após o número de parte indi-
Parafusos com diâmetro de 1/16” ou mais, cam itens como:
com orifício para contra pino podem ser usados se es-
tiverem livres de limalhas ou arestas nas margens dos Material
furos, parafusos com fios de rosca danificados ou pon- Tamanho
tas ásperas não são aceitáveis. A ação de frenagem da
Fios de rosca por polegada
elastic stop é resultado do próprio parafuso ter aberto
Rosca esquerda ou rosca direita
a rosca no colar de fibra.
Essas porcas não devem ser instaladas em lo-
A letra B após o número de parte indica que o
cais com temperatura maior do que 110º C (250ºF),
material da porca é o latão, a letra D indica liga de alu-
pois a ação de frenagem da fibra perde eficiência a par-
mínio 2024T, um C indica aço inoxidável e um traço
tir desse ponto, o uso em motores e acessórios deve ser
no lugar da letra indica aço carbono banhado em cad-
especificado pelo fabricante do motor.
mio.
Algarismos após o traço ou após o código de
Porcas de chapa
números e letras da porca indica o tamanho do corpo e
Assim como as porcas rápidas são usadas em o número de fios de rosca por polegada do parafuso
parafusos de rosca soberba em locais não estruturais. para aquela porca.
Possuem várias utilizações: O número de código para as porcas auto freno
é formado por três ou quatro dígitos, os últimos dois
dígitos referem-se ao número de fios de rosca por po-
Suportam braçadeiras de tubula-
legada e os dígitos anteriores indicam o tamanho da
ções e conduites
porca em 16 avos de polegada.
Equipamento elétrico
Um exemplo:
Portas de acesso
Código AN310D5R:
São encontradas em vários tipos e são fabrica-
das em aço de mola e arqueadas antes do endureci-
AN310 = porca castelo para aerona-
mento; esse arqueamento funciona como trava impe-
ves
dindo a perda do aperto do parafuso, essas porcas so-
D = liga de alumínio 2024T
mente devem ser usadas quando tiverem sido instala-
das durante a fabricação da aeronave. 5 – diâmetros de 5/16”
R = rosca direita (usualmente 24
Porcas com encaixe interno e externo fios por polegada)
6-7
AN970 (proporciona uma área uma porca ou da cabeça de um parafuso sextavado,
maior de apoio e é usada em estru- travando na posição.
turas de madeira tanto sob a cabeça As arruelas freno com aba podem suportar
do parafuso como sob a porca para maiores temperaturas do que outros métodos de segu-
evitar o esmagamento da superfí- rança, e podem ser usadas sob condições de severa vi-
cie) bração sem perder a segurança.
Não devem ser reutilizadas.
Elas:
Arruelas especiais
Proporcionam uma superfície
plana de apoio As arruelas:
Atuam como calço para obter uma
correta distância para um con- AC950 – Ball socket
junto porca e parafuso AC955 – Ball seat
São usadas para ajustar a posição
do entalhe das porcas casteladas São arruelas especiais usadas quando:
com o orifício do parafuso para o
contra pino. Um parafuso precisa ser instalado
em um ângulo com a superfície ou
Arruelas planas devem ser usadas sob as arru- quando for necessário um perfeito
elas freno para evitar danos à superfície do material. alinhamento entre o parafuso e a
superfície
Arruelas freno
Essas arruelas tanto podem ser planas para se-
As arruelas freno usadas com parafusos de rem usadas sob a porca com escareadas para parafusos
máquina ou parafusos de aviação onde as porcas auto com cabeça em ângulo.
freno ou a castelada não devem ser instaladas, são:
INSTALAÇÃO DE PARAFUSOS E PORCAS
AN935 (também conhecida como
arruela de pressão, possui ação de Parafusos e medidas dos parafusos
mola que proporciona fricção sufi-
ciente para evitar o afrouxamento Pequenas folgas nos furos para parafusos são
da porca devido à vibração). aceitáveis, onde quer que sejam usadas sobtensão e
AN936 não estejam sujeitas a inversão de carga, algumas apli-
cações nas quais a folga nos furos é permitida:
As arruelas freno nunca devem ser usadas nas
seguintes condições: Suportes de polias
Caixas de conduites
A. Com prendedores em estruturas pri- Revestimento
marias e secundarias Diversos suportes
B. Com prendedores em qualquer parte
da aeronave onde falha pode resultar Os furos para parafusos devem ser adequados
em dano à superfície envolvida para proporcionar total apoio a
C. Quando a falha provocar uma aber- cabeça do parafuso e a porca, não devendo ser maior
tura deum junção para o fluxo de ar do que o necessário nem ovalizado, em peças de me-
D. Quando o parafuso estiver sujeito a nor importância furos ovalizados são alargados para a
constantes remoções maior medida mais próxima, em peças críticas deve se
E. Quando a arruela estiver exposta ao consultar o manual do fabricante antes de alargar os
fluxo de ar furos.
F. Quando a arruela estiver sujeita a cor- Furos ajustados para parafusos com folga má-
rosão xima de 0,0015” entre o parafuso e o furo são requeri-
G. Quando a arruela estiver de encontro dos em locais onde os parafusos são usados em reparos
a materiais macios, sem uma arruela ou aonde são colocados na estrutura original.
plana por baixo. A fixação de um parafuso não é definida em
termos de diâmetro ente o parafuso e o furo, ela é de-
Arruelas freno a prova de vibração finida em termos de fricção entre o parafuso e o furo
quando o parafuso é introduzido no lugar.
São arruelas circulares com uma pequena aba
que é dobrada de encontro a umas das faces laterais de Práticas de instalação
6-8
Deve-se examinar as marcações das cabeças corrosão ou quando houver instrução
dos parafusos para determinar o material correto de especifica
cada parafuso, esteja certo que as arruelas estão colo- C. Sempre aperte girando a porca em pri-
cadas sob a cabeça de parafusos e porcas. meiro lugar se possível, caso contrário
Uma arruela de liga de alumínio deverá ser aperte pela cabeça do parafuso até
usada sob a cabeça e a porca de um parafuso de aço uma medida próxima do torque indi-
fixando peças de liga de alumínio ou liga de magnésio, cado, nunca exceda o valor máximo.
ocorrendo corrosão a arruela será atacada antes das pe- D. O valor máximo de torque deve ser
ças. usado somente quando os materiais e
O pescoço do parafuso (parte do corpo sem superfícies a serem unidos forem su-
fios de rosca) tem o comprimento correto, ele deve ser ficientes em espessura, área e capaci-
igual à espessura do material que está sendo aparafu- dade que resistam à torção, quebra e
sado; parafusos com pescoço ligeiramente maior de- outros danos.
vem receber arruelas. E. Para porcas de aço resistentes a corro-
são, devem ser usados os valores de
Frenagem de parafusos e porcas torque para as porcas de cisalha-
mento.
Todos os parafusos e porcas devem ser frena- F. O uso de algum tipo de extensão mo-
dos caso não sejam auto freno. difica a leitura do mostrados e a equa-
ção deve ser usada
TORQUES E TORQUÍMETROS
Alinhamento do furo para contra pino
É importante que cada parte da aeronave su-
porte nem mais nem menos carga para a qual foi de- Quando apertando porcas casteladas em para-
signada, para distribuir a carga com segurança através fusos, o furo para contra pino pode estar desalinhado
da estrutura cada parafuso, porca e prisioneiro deve re- com a ranhura da porca ao atingir o valor de torque
ceber o torque adequado. O torque apropriado permite recomendado, exceto em partes do motor altamente fa-
que a estrutura desenvolva a resistência designada e tigadas, a porca pode ser super apertada para permitir
reduz a possibilidade de falha por fadiga. o alinhamento da próxima ranhura com o furo do con-
tra pino.
Torquimetros
OUTROS TIPOS DE PARAFUSOS DE AVIA-
Os mais utilizados são: ÇÃO (SCREWS)
A. Libras/pé dívida libras/pol. Por 12. Um quarto grupo, parafusos de encaixe não
B. Não lubrifique as porcas ou parafusos são realmente parafusos, são pinos; eles são colocados
exceto as partes de aço resistente a
6-9
nas peças metálicas com um martelo ou macete e suas Liga de alumínio
cabeças não possuem fendas ou encaixes.
Os parafusos de cabeça redonda AN 515 e 520
Parafusos para estrutura tem a cabeça com fenda ou cruz, o 515 possui rosca
grossa e o 520 rosca fina.
São feitos de: Os parafusos de máquina escareados são rela-
cionados como:
Liga de aço, termicamente tratados
e podem ser usados como um para- AN 505 e 510 com o ângulo de ca-
fuso padrão. beça a 82º
AN 507 de 100º
Pertencem as series:
Os AN 505 e 510 são semelhantes em material
NAS 204 até NAS 235; NA 509 e AN e uso ao de cabeça redonda AN 515 e 520.
525. Os parafusos de cabeça cilíndrica AN 500 até
503:
Possuem um aperto definido e uma resistência
ao cisalhamento semelhante à dos parafusos comuns São de uso geral e utilizado em
da mesma medida. tampas de mecanismos leves como
Os parafusos para estrutura tem cabeça: coberturas de alumínio de caixas
de engrenagens.
Redonda
Chata Os parafusos AN 500 e 501:
Escareada
Fornecidos em aço de baixo car-
Os parafusos com encaixe na cabeça são gira- bono, aço resistente à corrosão e la-
dos por chaves: tão; o AN 500 possui rosca grossa
enquanto o AN 501 possui rosca
Phillips fina. Eles não têm definida a parte
Reed and Prince do corpo sem rosca (pescoço), os
parafusos acima do nº 6 possuem
O parafuso AN 509 (100º) de cabeça plana é furo na cabeça para frenagem.
usado:
Os parafusos AN 502 e 503 de cabeça cilín-
Em orifícios escareados, quando for drica:
necessária uma cabeça plana.
São de liga de aço com tratamento
O parafuso AN 525 de arruela fixa é usado: térmico, tem o pescoço curto e são
fornecidos com rosca fina e rosca
Onde as cabeças protuberantes não grossa; estes parafusos são usados
causam problemas, este é um para- onde é requerida grande resistên-
fuso que oferece uma grande área cia. Os de rosca grossa são usados
de contato. como parafusos de fixação de tam-
pas de liga de alumínio e magnésio
Parafusos de maquina fundidos, em virtude da fragilidade
do metal.
São fornecidos com cabeça:
Parafusos de rosca soberba
Redonda
Escareada Parafusos de máquina de rosca soberba são re-
De arruela fixa lacionados como:
Esses parafusos são para uso geral e são fabri- AN 504 (de cabeça redonda)
cados de: AN 506 (cabeça escareada a 82º)
Aço de baixo carbono Estes parafusos são usados para fixar peças re-
Latão movíveis, como chapas de inscrição, peças fundidas e
Aço resistente à corrosão
6-10
partes nas quais o próprio parafuso corta os fios de NAS = National Aircraft Standard
rosca. 144 = Tipo de cabeça, diâmetro e
Os parafusos AN 530 e 531 de rosca soberba rosca.
para chapas metálicas, tais como os parafusos Parker- DH = cabeça com furo para frenagem.
Kalon tipo Z para chapas metálicas: 22 = comprimento em 16 avos de po-
22 3
legada ( “ = 1 ” ).
Não possuem ponta fina e são usa- 16 8
dos em fixações temporárias de
chapas metálicas a serem rebita- O número básico NAS identifica parte, as le-
das, e em fixações permanentes de tras em sufixo e os números separados por traços iden-
conjuntos não estruturais. tificam os diferentes tamanhos, camada protetora do
material, especificações da furação e etc. os números
Parafusos de rosca soberba não devem ser usa- após os traços e as letras em sufixo não obedecem a
dos como substitutos de parafusos padrão, porcas ou um padrão; algumas vezes é necessário consultar os
rebites. manuais específicos com as legendas.
São parafusos AN 535 correspondente ao Par- Cabeças de parafusos e porcas são instaladas
ker-Kalon tipo U: externamente, enquanto que prisioneiros são instala-
dos em roscas internas.
Possuem cabeça lisa, rosca soberba Roscas danificadas em parafusos ou porcas
e são usados para fixação de cha- são facilmente identificadas e só requerem a substitui-
pas de inscrição em peças; na veda- ção da parte danificada. Quando roscas internas se da-
ção de furos de dreno e em estrutu- nificam existem duas alternativas:
ras tubulares a prova de corrosão.
Substituição da peça e reparo
Não é prevista a remoção destes parafusos Substituição da rosca
após a instalação.
O reparo da rosca danificada é mais barato e
Identificação e códigos conveniente, existem dois métodos de reparo:
6-11
É um arame de aço inoxidável de seção rôm- 5. Instalação do conjunto heli – coil –
bica, enrolado com rigorosa precisão em forma de deve ser instalado até uma profundi-
mola helicoidal. dade que permita que o final superior
da espiral fique de ¼ a ½ espira
abaixo da superfície do furo
6. Remoção do pino de arrasto – os pi-
nos devem ser removidos em todos os
furos passantes; nos furos cegos os pi-
nos podem ser removidos quando ne-
cessário se o furo tiver profundidade
bastante por baixo do pino do con-
junto instalado.
6-12
vas podem ser instaladas em áreas de corrosão galvâ- Remoção da luva
nica, desde que a corrosão possa esteja em uma parte
em que possa ser removida. Luvas acre podem ser removidas usando um
pino com a medida externa da luva, ou deformando a
Identificação luva e removendo-a com uma ferramenta pontiaguda.
Prendedores camloc
Figura 6-0-6 - Instalação de luvas acres
O prendedor camloc é usado para:
6-13
Prender coberturas e carenagens
da aeronave
Conjunto prisioneiro
Ilhós
Receptáculo (dois tipos são forneci-
dos: rígido e flutuante)
CABOS DE COMANDO
6-14
aonde a ação sobre roldanas é fre- Após a introdução dos terminais na parte cen-
quente. tral, devem ficar expostos no máximo três fios de
rosca.
Cabos de comando variam em um diâmetro de Após a regulagem o esticador deve ser fre-
1/16 a 3/8 de polegada. nado.
Os cabos são conectados através de terminais, São tubos utilizados como ligação em vários
sendo os mais comuns: sistemas operados mecanicamente.
Este tipo de ligação elimina o problema da
A. Prensado tensão e permite a transferência de compressão e tra-
B. Sapatilha “bushing e schakle” – ção por meio de um simples tubo.
usados para substituir outros termi- Um conjunto de conexão rígida consiste de:
nais quando em falta.
C. Terminal em esfera – usado para co- Tubo de liga de alumínio ou aço
nectar cabos em quadrantes e liga- com um terminal ajustável e uma
ções especiais aonde o espaço é limi- contra porca em cada extremidade.
tado
D. Garfo – usado para conectar o cabo a PINOS
um esticador, articulação ou outra li-
gação do sistema. Os três pinos mais usados em estruturas são:
E. Rosqueado – usado para conectar o
cabo a um esticador, articulação ou Pino cônico
outra ligação do sistema. Pino de cabeça chata
F. Olhal – usado para conectar o cabo a Contra pino
um esticador, articulação ou outra li-
gação do sistema. Pinos são usados em aplicações cisalháveis e
por segurança
Pino cônico
Contra pino
Rollpins
Figura 6-0-11 Conjunto típico de esticador Pino colocado sob pressão e com as pontas
chanfradas, a pressão exercida pelo pino nas paredes
Um dos terminais possui rosca esquerda e o do orifício o mantem fixo.
outro possui rosca direita, sendo ambas internas.
6-15
METODOS DE SEGURANÇA
Arame de freno
Contra pinos
Arruelas freno
Contra porca
Figura 6-0-13 Frenagem com arame de bujões, drenos e vál-
Frenagem com arame vulas.
Esticadores
Figura 6-0-12 Método de frenagem com arame Clip de travamento (mais recente)
Arame de freno (mais antigo)
Bujões de óleo, torneira dreno e válvulas.
Regras gerais para frenagem com arame
Estas unidades são frenadas como mostrado
na figura 14. As seguintes regras devem ser seguidas du-
rante a frenagem:
6-16
Porcas castelo são usadas com parafusos que Tipo especial – usado em locais que
devem ter orifício para contra pino. não permitem o uso da barra encontra-
As regras para a frenagem com contra pino são dora.
as seguintes:
Rebites sólidos
1. A ponta que circunda a parte final do
parafuso deve ser cortada se ultra- Geralmente usados em reparos, identificados
passá-la pela espécie de material da fabricação, tipo de cabeça,
2. A ponta dobrada para baixo não deve tamanho da espiga e condições de tempera.
atingir a arruela As cabeças são designadas como:
3. As pernas do contra pino devem ser
dobradas em ângulo razoável Universal
Redonda
Anel de pressão Chata
Escareada
Anel de metal de seção circular ou chata, e Lentilha (brazier)
temperado para ter ação de mola que o mantem firme-
mente assentado a ranhura. O material usado na maioria dos rebites sóli-
Os do tipo externo contornam a parte externa dos é feita de liga de alumínio.
de eixos e cilindros assentados em ranhuras, os do tipo O rebite de campo (Field rivet, 2117T) é usado
interno são fixados em ranhuras na parte interna de ci- na rebitagem de estruturas de alumínio.
lindros. Rebites 2017T e 2024T são usados quando é
Os internos nunca são frenados e os externos requerida maior resistência.
podem ser frenados. O rebite 5056 é usado para rebitar estruturas
de liga de magnésio.
REBITES Rebites de aço macio são usados para rebitar
peças de aço.
Vários métodos são usados para manter partes
Rebites de aço resistente à corrosão são usa-
de metal unidas:
dos para rebitar paredes de fogo, braçadeiras de esca-
pamento e estruturas semelhantes.
Rebites Rebites de Monel são usados para rebitar aço-
Parafusos níquel.
Solda
Solda forte Identificação
A rebitagem é mais satisfatória no ponto de Marcações são feitas na cabeça do rebite para
vista de acabamento e firmeza, além de ser mais facil- classificar suas características. Essas marcações po-
mente feita que a solda; a rebitagem é o método mais dem ser:
usado na junção e união das ligas de alumínio, na cons-
trução e no reparo de aeronaves. Um ponto em relevo
O rebite é: Dois pontos em relevo
Um ponto em depressão
Um pino metálico usado para man- Par de traços em relevo
tes duas ou mais peças de metal uni- Cruz em relevo
das.
Triangulo ou traço em relevo
Sua cabeça é formada em uma das pontas du- Rebites de cabeça redonda são usados no inte-
rante a fabricação, a segunda cabeça pode ser formada
rior da aeronave; rebites de cabeça chata são usados no
manualmente ou por meio de equipamento pneumá-
interior da aeronave quando o máximo de resistência é
tico e é conhecida como “cabeça de oficina” ou "con-
necessária. O rebite de cabeça de lentilha é frequente-
tra cabeça” cuja função é a mesma de uma porca ou
mente usado na rebitagem de revestimento externo; o
um parafuso. rebite de cabeça universal é uma combinação do de ca-
Rebites também são usados para unir seções
beça redonda, chata e lentilha e é usado na construção
de nervuras, manter cantoneiras no lugar, prender ti-
e reparo tanto no exterior quanto no interior da aero-
rantes, conexões e inúmeras partes unidas.
nave.
Os dois tipos principais de rebites, são:
O rebite de cabeça escareada quando introdu-
zido em um orifício chanfrado ou escareado sua ca-
Rebite sólido – é rebatido usando
uma barra encontradora.
6-17
beça fica nivelada com a superfície, o ângulo de ca- Rebites cegos Pull-Thru são fabricados em
beça mais usado é o de 100°, rebites de cabeça chan- duas partes:
frada são usados nas superfícies externas da aeronave
por oferecerem pouca resistência ao deslocamento do Rebite com cabeça, corpo oco (ou
ar, diminuindo também a turbulência. luva)
Os números mais comuns e os tipos de cabeça Haste
que representam, são:
São fabricados em dois tipos de cabeça:
São fabricados em dois tipos de cabeça: Rebites de auto cravação travados mecanica-
mente são fabricados com luvas de liga de alumínio
Cabeça redonda 2017 e 5056, monel ou aço inoxidável.
Cabeça escareada a 100° A instalação desse rebite é recomendada em
áreas sujeitas a considerável vibração.
Os fatores a serem considerados na seleção
correta dos rebites para instalação, são: Diâmetros
Rebites de aço são usados para rebitar conjun- A espessura do material a ser rebitado é me-
tos de aço, rebites de liga de alumínio 5056 são usados dida em 1/16 de polegada, identificada pelo segundo
quando o material for magnésio, rebites de liga de alu- número após o traço.
mínio 2117 são usados na maior parte das ligas de alu-
mínio. Porca – rebite (Rivnut)
O corpo do rebite deve se estender 3/64 a 1/8
de polegada além da espessura do material. Usada principalmente como porca fixa, na fi-
xação do revestimento de borracha do sistema de de-
Rebites Pull-Thru gelo do bordo de ataque, pode ser usada como rebite
em estruturas secundarias, fixação de acessórios e
como braçadeiras.
6-18
As porcas rebites com chaveta são usadas Buna – N – boa resistência em altas
como porca fixa, e as sem chaveta são usadas em re- temperaturas, usada para tubulações
paros como sequência de rebites cegos. de óleo e gasolina, forro de tanques,
gaxetas e selos.
Rebites Dill
AMORTECEDORES DE ELASTICO
São usados na fixação cega de acessórios
(como carenagens, coberturas de porta de acesso, mol- São amortecedores feitos de borracha natural
duras de janelas e portas, etc.) encaixados em uma capa de algodão tratado para re-
sistir a oxidação e desgaste.
Rebites Deutsch
VEDADORES (SEALS)
Rebite cego de alta resistência usado em aero-
naves antigas. São usados para evitar a passagem de líquidos
em determinados pontos, também são usados para
Rebite Hi-Shear manter o ar e a poeira fora do sistema.
Os vedadores então divididos em três classes:
Possui a mesma resistência ao cisalhamento
de um parafuso de igual diâmetro e possui apenas 40% 1. Gaxetas
do peso. São três vezes mais resistentes que os rebites 2. Juntas de vedação
solido. São usados somente em aplicações de cisalha- 3. Limpadores
mento.
Gaxetas (packings)
PLASTICOS
Feitas de borracha sintética ou natural e usa-
São classificados de acordo com sua reação ao das como vedadores dinâmicos (unidades que conte-
calor: nham partes móveis como cilindros e etc.).
Gaxetas são feitas em formato de anel com a
Termoplásticos (thermoplastic) seção em O (O-rings), em V (V-rings), em U (U-
Termo endurecidos (termo-setting) rings).
Plástico reforçado
BORRACHA
Borracha natural
Usados para limpar e lubrificar a porção ex- É um ataque em torno dos grãos de uma liga e
posta dos eixos de cilindros; evitam a entrada de poeira resulta na perda da uniformidade na estrutura da liga.
no sistema e auxiliam na proteção do eixo do cilindro
de atuação. Podem ser feitos no tipo metálico ou de Corrosão sob tensão fraturante (stress)
feltro.
Ocorre como resultado do efeito combinado
CONTROLE DA CORROSÃO de cargas de tensão residual e meio ambiente corro-
sivo.
A corrosão do metal é:
Corrosão por atrito (FRETTING)
A deterioração pelo ataque químico
ou eletroquímico e pode ter lugar Ocorre quando duas superfícies estão em con-
tanto internamente quanto na su- tato havendo pressão entre as duas que as tornem su-
perfície. jeitas a algum movimento relativo, é caracterizada
pela rugosidade das superfícies e pelo acumulo de li-
Tipos de corrosão malha fria.
6-21
CAPÍTULO 8
ELETRICIDADE BÁSICA
8-1
um condutor, por exemplo, se um ponto possui poten-
cial de 48 volts e o outro ponto conectado ao condutor
possui potencial de 24 volts, a diferença de potencial
entre os dois pontos é de 24 volts.
Fluxo de corrente
Um Coulomb
Uma fonte de pressão elétrica 8-5 Símbolos para baterias de uma e três células
(F.E.M.)
Resistencia na forma de um dispo- Quanto aos símbolos para baterias pode-se di-
sitivo de consumo elétrico zer:
Condutores, normalmente fios de
cobre ou alumínio (representam o 1. A linha vertical mais curta representa
caminho para o fluxo de elétrons do o terminal negativo
lado negativo da fonte de força 2. A linha vertical mais longa é o termi-
nal positivo
8-3
3. As linhas horizontais representam
condutores conectados aos terminais
4. Cada célula de uma bateria possui um
terminal negativo e um positivo
Condutor
8-4
Resistores
Outro componente encontrado em circuitos
práticos é o fusível, ele é uma segurança ou dispositivo A resistência em um circuito aparece sob a
de proteção usado para prevenir danos aos condutores forma de qualquer dispositivo elétrico como um motor
e componentes do circuito, sob fluxo excessivo de cor- ou uma lâmpada que utiliza energia elétrica e tenha al-
rente. guma função utilitária, por outro lado a resistência de
um circuito pode surgir na forma de resistores cuja fi-
nalidade é limitar o fluxo de corrente.
Existe uma grande variedade de resistores, al-
guns de valor fixo em OHMS e outros têm valor vari-
ável, são fabricados com:
8-12 Símbolo esquemático do fusível
Fios especiais
Outro símbolo representa uma chave (inter- Grafite
ruptor), em “A” a chave está aberta, em “B” a chave Carvão
está fechada. Membrana metálica
Resistores de carbono:
8-14 Ponto de referência de massa, terra ou comum. São fabricados de uma haste de gra-
fite comprido, material aglutinante
e com um terminal de fio chamado
Medidores de fluxo de corrente ou de volta- “pig tail.” fixado em cada extremi-
gem podem ser temporariamente ou permanentemente dade do resistor.
conectados ao circuito, e é importante que eles sejam
corretamente conectados. Resistores variáveis são usados para variar a
O amperímetro que mede o fluxo de corrente resistência enquanto o equipamento está em operação,
em relação à fonte de força e as resistências é sempre resistores variáveis revestidos de fio ou de fio enrolado
ligado em: controlam altas correntes enquanto resistores variáveis
de carbono controlam pequenas correntes.
Série Em resistores variáveis um contato sobre um
braço móvel varia a resistência conforme o eixo do
O voltímetro que mede a voltagem através de braço é girado.
um componente do circuito é sempre ligado em:
Paralelo
8-5
O código de cores é constituído de:
Um grupo de cores
Um grupo de números
Um grupo de valores de tolerância
8-15 Símbolos para resistores variáveis
Quando é utilizado o sistema end.-to-center-
Na figura B abaixo é mostrado um resistor band o resistor será marcado através de três ou quatro
que tem valor fixo, mas é provido de tomadas através faixas, a primeira faixa (mais próxima da extremidade
das quais valores selecionados de resistência podem do resistor) de cor indica:
ser obtidos.
O primeiro dígito no valor numé-
rico da resistência, esta faixa ja-
mais será da cor dourada ou prate-
ada.
8-6
Se houver uma quarta faixa colorida ela é uti-
lizada como um multiplicador do percentual de tole-
rância, se houver a quarta faixa a tolerância fica sendo
entendida como sendo de 20%.
Quando a terceira faixa é dourada ela indica
que os dois primeiros dígitos tem que ser multiplica-
dos por 10%, quando a terceira faixa é prateada os dois
primeiros dígitos devem ser multiplicados por 1%.
8-7
𝑬𝟐
Essa equação, 𝑷 = ·, ilustra que a potência
𝑹
elétrica em watts, distribuída por um circuito varia di-
retamente com o quadrado da voltagem aplicada, e in-
versamente com a resistência do circuito.
Sabendo-se que um cavalo-vapor é necessário
para mover 33.000 libras, num espaço de um pé em
um minuto, conclui-se então que potência é a razão do
trabalho realizado, e é equivalente ao trabalho dividido
pelo tempo, daí a formula:
𝒍𝒊𝒃
𝟑𝟑. 𝟎𝟎𝟎
𝒑é𝒔
𝑷=
𝟔𝟎𝒔
𝒍𝒊𝒃
𝒍𝒐𝒈𝒐, 𝑷 = 𝟓𝟓𝟎 𝒑𝒐𝒓 𝒔𝒆𝒈𝒖𝒏𝒅𝒐
𝒑é𝒔
Figura 8-22 Resumo das equações básicas usando volts, am-
A potência elétrica que é perdida na forma de pères, ohms e watts.
calor quando a corrente flui através de algum disposi-
tivo elétrico é chamada de potência dissipada (per- CIRCUITOS DE CORRENTE CONTÍNUA EM
dida). SÉRIE
Todos os condutores possuem alguma resis-
tência e por isso os circuitos elétricos são projetados Este é o mais elementar dos circuitos elétricos,
para reduzir essas perdas. todos os demais tipos de circuito são elaborações ou
A equação: combinações de circuito em série.
𝑷 = 𝑰𝟐 . 𝑹
𝑷 𝟓𝟎𝟎
𝑰=√ = = 𝟐, 𝟐𝟒 𝒂𝒎𝒑è𝒓𝒆𝒔
𝑹 𝟏𝟎𝟎
𝑹𝒕 = 𝑹𝟏 + 𝑹𝟐
𝑬 = 𝑰. 𝑹
𝑬𝟏 = 𝑰. 𝑹𝟏
𝑬𝟏 = 𝟐. 𝟏𝟎
Figura 8-27 - Queda de voltagem em um circuito 𝑬𝟏 = 𝟐𝟎𝑽
𝑬
𝑰=
𝑹
Se as quedas de voltagem através dos dois re-
𝟔𝟎𝑽 sistores são somadas (𝟏𝟎𝑽 + 𝟐𝟎𝑽) um valor igual à
𝑰= = 𝟒 𝒂𝒎𝒑.
𝟏𝟓Ω voltagem aplicada 𝟑𝟎𝑽 é obtido. Isto confirma a fór-
mula básica para circuitos em série:
No entanto se a voltagem for reduzida para a
metade do valor e a resistência permanecer constante 𝑬𝒕 = 𝑬𝟏 + 𝑬𝟐
a corrente diminuirá para metade do seu valor:
Em qualquer circuito em série uma incógnita
𝑬 (resistência, corrente ou voltagem) pode ser calculada
𝑰=
𝑹 através da lei de ohm se as outras duas incógnitas fo-
rem conhecidas.
𝟏𝟓𝑽
𝑰= = 𝟏 𝒂𝒎𝒑.
𝟏𝟓Ω
Assim:
8-10
Lei da corrente – a soma algébrica das cor-
Na figura 28 m circuito em série contém três rentes em qualquer conexão de condutores em um cir-
valores de resistência conhecidos e uma voltagem cuito é zero, isto significa que a quantidade de corrente
aplicada de 150 volts, usando estes valores as quanti- fluindo de um ponto num circuito é igual à quantidade
dades desconhecidas podem ser determinadas apli- fluindo para o mesmo ponto.
cando a lei de Ohm, da seguinte forma: Lei da voltagem – a soma algébrica da volta-
gem aplicada e a queda de voltagem ao longo de qual-
Resistencia total: quer circuito fechado são iguais à voltagem aplicada.
Quedas de voltagem:
𝑬 = 𝑰. 𝑹
𝑬𝑹𝟏 = 𝑰𝒕 . 𝑹𝟏
𝑬𝑹𝟏 = 𝟏, 𝟓. 𝟑𝟎
𝑬𝑹𝟏 = 𝟒, 𝟓𝑽
𝑬𝑹𝟐 = 𝑰𝒕 . 𝑹𝟐
𝑬𝑹𝟐 = 𝟏, 𝟓. 𝟔𝟎
𝑬𝑹𝟐 = 𝟗𝟎𝑽
𝑬𝑹𝟑 = 𝑰𝒕 . 𝑹𝟑
𝑬𝑹𝟑 = 𝟏, 𝟓. 𝟏𝟎
𝑬𝑹𝟑 = 𝟏𝟓𝑽
8-11
ampère; então, as quedas de voltagem através de Na figura 30 é mostrado um circuito em para-
𝑹𝟏 , 𝑹𝟐 𝒆 𝑹𝟑 são cinco volts, 10 volts e 15 volts res- lelo contendo três caminhos para o fluxo de corrente;
pectivamente, logo, a soma das quedas de voltagem é os pontos A, B, C e D são conectados ao mesmo con-
igual à voltagem aplicada de trinta volts. dutor e ao mesmo potencial elétrico, similarmente os
O circuito também pode ser resolvido usando pontos E, F, G e H estão ligados à mesma fonte, desde
as polaridades das voltagens e mostrando que a soma que a voltagem aplicada apareça entre os pontos "A" e
algébrica das voltagens é igual à zero. "E" a mesma voltagem estaria aplicada entre os pontos
Quando trocando o fluxo da corrente se o sinal B e F, C e G, D e H; então quando os resistores são
(+) for encontrado primeiro, considerar as voltagens conectados em paralelo através da mesma fonte de
positivas, se o sinal (-) for encontrado primeiro devem- voltagem cada resistor tem a mesma voltagem apli-
se considerar as voltagens negativas; partindo da bate- cada, entretanto as correntes através dos resistores po-
ria e seguindo o sentido das setas (fluxo da corrente) dem variar entre si, dependendo dos valores dos resis-
pode-se formular a seguinte equação: tores.
A voltagem em um circuito em paralelo pode
𝒗𝒐𝒍𝒕𝒂𝒈𝒆𝒎 𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 (𝑬𝒕 ): ser expressão da seguinte forma:
(𝑬𝒕 ) = +𝟑𝟎 − 𝟓 − 𝟏𝟎 − 𝟏𝟓 𝑬𝒕 = 𝑬𝟏 = 𝑬𝟐 = 𝑬𝟑
(𝑬𝒕 ) = 𝟎
Onde 𝑬𝒕 é a voltagem aplicada 𝑬𝟏 é a volta-
gem através de 𝑹𝟏 , 𝑬𝟐 é a voltagem através de 𝑹𝟐 e
𝑬𝟑 é a voltagem através de 𝑹𝟑 .
O ponto de início e a polaridade no circuito A corrente em um circuito paralelo divide-se
são arbitrários, e podem ser escolhidos para cada cir- entre as várias derivações de modo que dependa da re-
cuito. sistência encontrada em cada uma delas.
A ramificação contendo um menor valor de
CIRCUITO DE CORRENTE CONTÍNUA EM resistência terá maior fluxo de corrente do que outra
PARALELO ramificação onde se encontre uma resistência maior. A
lei da corrente de Kirchoff estabelece que a corrente
Um circuito em que duas ou mais resistências fluindo em direção a um ponto é igual a corrente flu-
elétricas (ou cargas) são conectadas através da mesma indo deste mesmo ponto em diante, então, o fluxo de
fonte de voltagem é um circuito em paralelo, desde corrente num circuito pode ser expresso matematica-
que exista mais de um caminho para o fluxo da cor- mente assim:
rente (quanto maior a quantidade de caminhos parale-
los, menor será a oposição ao fluxo de elétrons da 𝑰𝒕 = 𝑰𝟏 + 𝑰𝟐 + 𝑰𝟑
fonte; em um circuito em série a adição de resistências
aumenta a oposição ao fluxo da corrente). Onde 𝑰𝒕 é a corrente total e 𝑰𝟏 , 𝑰𝟐 , 𝑰𝟑 são as
Os requisitos mínimos para um circuito em correntes através de 𝑹𝟏 , 𝑹𝟐 , 𝑹𝟑 respectivamente.
paralelo são os seguintes: As leis de Kirchoff e de Ohm podem ser apli-
cadas para achar o fluxo total de corrente no circuito
Fonte de força mostrado na figura 31.
Condutores
Uma resistência (ou carga) para
cada caminho da corrente
Dois ou mais caminhos para o fluxo
de corrente
𝑬 𝟔
𝑰𝟏 = = = 𝟎, 𝟒 𝒂𝒎𝒑.
Figura 8-30 - Circuito em paralelo 𝑹𝟏 𝟏𝟓
8-12
𝟏 𝟏 𝟏
= +
A corrente através de 𝑹𝟐 é: 𝑹𝒕 𝑹𝟏 𝑹𝟐
𝑬 𝟔 Simplificando, temos:
𝑰𝟐 = = = 𝟎, 𝟐𝟒 𝒂𝒎𝒑.
𝑹𝟐 𝟐𝟓
𝑹𝟏 . 𝑹𝟐
𝑹𝒕 =
A corrente através de 𝑹𝟑 é: 𝑹𝟏+ 𝑹𝟐
𝑰𝒕 = 𝑰𝟏 + 𝑰𝟐 + 𝑰𝟑 𝑹
𝑹𝒕 =
𝑰𝒕 = 𝟎, 𝟒 + 𝒐, 𝟐𝟒 + 𝟎, 𝟓 𝑵
𝑬𝒕 𝑬𝟏 𝑬𝟐 𝑬𝟑
= + +
𝑹𝒕 𝑹𝟏 𝑹𝟐 𝑹𝟑
8-13
Figura 8-33 - Circuito série-paralelo simples
𝑹𝟏 . 𝑹𝟐 𝟏𝟐𝟎. 𝟒𝟎 𝟒𝟖𝟎𝟎
𝑹𝒂 = = = = 𝟑𝟎Ω
𝑹𝟏+ 𝑹𝟐 𝟏𝟐𝟎 + 𝟒𝟎 𝟏𝟔𝟎
𝑹 𝟔𝟎
𝑹𝒃 = = = 𝟐𝟎Ω
𝑵 𝟑
A combinação em paralelo de 𝑹𝟒 , 𝑹𝟓 e 𝑹𝟔
pode então ser redesenhada como um simples resistor
de 20Ω conforme a figura abaixo:
8-14
𝑹𝒕 = 𝟐𝟖Ω
𝑬𝒕 𝟐𝟖𝑽
𝑰𝒕 = = = 𝟏 𝒂𝒎𝒑è𝒓𝒆
𝑹𝒕 𝟐𝟖Ω
DIVISORES DE VOLTAGEM
𝑹 𝟏𝟒
𝑹𝒆𝒒𝒖𝒊𝒗 = = = 𝟕Ω
𝑵 𝟐
A resistência total é:
𝑹𝒕 = 𝑹𝟏 + 𝑹𝒆𝒒𝒖𝒊𝒗
𝑹𝒕 = 𝟐𝟏 + 𝟕
8-15
a queda de voltagem é negativa em re-
lação ao ponto de referencia
2. Se a corrente flui de uma resistência
em direção ao ponto de referência à
queda de voltagem através da resis-
tência é negativa em relação ao ponto
de referencia
REOSTATOS E POTENCIÔMENTROS
O tipo logarítmico:
Níquel
Cobalto
Gadolínio
Se um imã for suspenso para pender livre- Figura 8-46 Escudo magnético
mente ele irá se alinhar com os polos magnéticos da
terra. Uma extremidade é chamada N significando a A figura 8-46 mostra um instrumento prote-
ponta orientada para o polo norte magnético, ou seja, gido por um revestimento de ferro doce, que oferece
o polo norte do imã; de forma similar a outra extremi- pouca resistência ao fluxo magnético, às linhas de
dade é chamada S. força seguem o caminho de maior permeabilidade e
Os polos magnéticos não tem a mesma locali- são guiadas externamente em relação ao instrumento.
zação dos polos geográficos. Permeabilidade:
A força de um imã depende do campo magné-
tico que o envolve, este campo sempre existe entre os É o grau de facilidade com que o
polos do imã e sua forma será de acordo com a forma fluxo magnético consegue penetrar
do imã. em um metal (a escala de permeabi-
lidade é baseada no vácuo perfeito
considerando-se a razão de um)
Paramagnéticos
Ferromagnéticos
Figura 8-45 Campo magnético em torno de imãs
Qualquer substancia (ex.: bismuto) que pos-
Saturação: suem permeabilidade maior que um chama-se:
8-18
A Medida da oposição para as linhas de força
atravessar um material e que pode ser comparada a re-
sistência em um circuito elétrico é chamada de:
Relutância
Tipo de imãs
BATERIAS DE CHUMBO-ÁCIDO
Peroxido de chumbo
8-20
2,2 volts
8-21
muito tempo pode ficar permanen- Na aeronave a bateria de acumuladores é car-
temente danificada regada:
Entretanto, a condição de carga de uma bateria Este tipo de bateria requer pequeno tempo de
é: recarga, é de excelente confiabilidade e de boa capaci-
dade de partida.
Indicada pela densidade do eletró-
lito, que é verificada pelo uso do Constituição da célula de níquel -cádmio
densímetro.
A célula consiste em:
Em uma bateria nova, totalmente carregada, o
eletrólito é aproximadamente: Placas positivas (feitas de uma
chapa porosa sobra a qual é deposi-
30% de ácido e 70% de água e é tado hidróxido de níquel)
1300 vezes mais pesado que a agua Placas negativas (feitas de chapas
pura. semelhantes às chapas das placas
positivas, no entanto, nas placas ne-
Durante o processo de descarga a solução (ele- gativas é depositado o hidróxido de
trólito) torna-se menos densa e seu peso especifico en- cadmio).
tre: Separadores
1200 e 1240 indica baixa condição Eletrólito (solução de 30% de hi-
de carga dróxido de potássio (KOH) em água
1240 e 1275 indica condição média destilada)
de carga Suspiros
1275 e 1300 indica boa condição de Reservatório (“container”)
carga
Nos casos das placas negativas e positivas a
chapa porosa é obtida pela fusão de pequenos grãos de
Uma bateria de aeronave com 50% da carga é níquel formando uma fina malha (tela).
considerada com necessidade imediata de carga, de-
vido à alta demanda de energia. Funcionamento da célula de níquel -cadmio
Chaves “push-button”
Figura 8-51 A figura mostra chaves de um polo para circuitos São chaves que:
simples, do tipo faca e do tipo "toggle". Essas chaves podem
ainda ser de um polo para dois circuitos, bipolares, para cir-
cuitos simples e bipolares e de duas posições. Tem um contato estacionário e um
contato móvel que é fixado no botão
As chaves faca raramente são usadas em aero- de apertar
naves, porém, são referência para o funcionamento das
chaves “toggle” que são mais utilizadas em aeronaves O “push-button” é em si mesmo um isolador
e possuem suas partes móveis embutidas. ou é isolado do contato. Esta chave funciona a pressão
Chaves “toggle” são designadas pelo número de mola e é destinada a contatos momentâneos.
de polos, cursos e posições que tenham. Um desses po-
los está no braço móvel ou contactor, o número de po- Micro interruptor (“micro switches”)
los é igual ao número de circuitos ou caminhos para a
corrente através dos contatos da chave, o número de Um micro interruptor fechará ou abrirá um
posições é o número de lugares ou contatos de des- circuito com um movimento muito pequeno do dispo-
1
canso que fecham ou abrem um ou mais circuitos. sitivo de acionamento (16 de polegada ou menos).
Uma chave bipolar que pode completar dois
circuitos, um por vez em cada polo é uma chave bipo-
lar de duas posições.
8-24
Quando o botão de uma dessas chaves é gi-
rado, ela abre um circuito e fecha outro, chaves de ig-
nição e de seleção de voltímetros são exemplos desse
tipo de chave.
Corrente contínua
INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO DE CC
Efeitos da corrente
Químico
Figura 8-55 Relé de bobina fixa Fisiológico
Fotoelétrico
Piezelétrico
Térmico
Eletromagnético
8-25
Químico move em uma escala calibrada e que
está fixado no elemento móvel.
Quando uma corrente elétrica atravessa certas Mancal - feitos de pedras preciosas
soluções ocorre uma reação que forma um deposito so- polidas, como safiras ou pedras sinté-
bre um eletrodo, a quantidade de deposito é proporci- ticas ou vidro rígido.
onal à intensidade da corrente. Estojo - protege os movimentos do
Esse processo é útil em eletrodeposição e ele- instrumento, possui um visor para a
trolise. observação do ponteiro sobre a escala.
Mostrador - possui impressas infor-
Fisiológico mações de escala.
Parafusos
Trata-se da reação do corpo humano a uma
Terminais - feitos de material com
corrente elétrica (choque elétrico)
pouca resistência elétrica, conduzem
a corrente necessária através do medi-
Fotoelétrico
dor ou daquilo que será medido.
Quando elétrons golpeiam certos materiais
Amortecimento
uma incandescência aparece no ponto de contato.
O termo “damping” é aplicado a métodos usa-
Piezelétrico
dos para estabilizar o ponteiro de um medidor elétrico
quando ele se movimenta durante a medição, o “dam-
Certos cristais tais como quartzo e sal de Ro-
chelle ficam deformados quando é aplicada uma vol- ping” (amortecimento) pode ser obtido por meios elé-
tricos, mecânicos ou uma combinação dos dois.
tagem através de uma de suas faces.
MULTIMETROS
Térmico
A maioria incorpora em uma só unidade as
Quando uma corrente flui através de um resis-
tor calor é produzido, a quantidade de calor produzido funções de:
é igual a 𝑰𝟐 · 𝑹, essa relação estabelece que o calor
varie com o quadrado da corrente. Amperímetro
Voltímetro
Eletromagnético Ohmímetro
Indicar a diferença de potencial en- 1. Escolher uma escala que inclua o va-
tre dois pontos em um circuito lor da resistência a ser medida.
2. Juntar as pontas de teste e ajustar o
Sensibilidade do voltímetro zero do medidor.
3. Conectar a resistência desconhecida
A sensibilidade do voltímetro é dada pela entre as pontas de teste e ler o valor da
equação: escala, nunca tentar medir a resistên-
cia conectada em um circuito com
𝑹𝒎 + 𝑹𝒔 fonte de voltagem. Desconectar pelo
𝑬 menos um lado do elemento a ser me-
dido para evitar leitura de resistência
A sensibilidade de um voltímetro pode ser au- em paralelo
mentada, aumentando-se a intensidade do imã perma-
nente. Megômetro
OHMÍMETROS O megômetro é:
Dois instrumentos podem ser usados para tes- Um ohmímetro de alta taxa de indi-
tar continuidade ou para medir a resistência de um cir- cação, contendo um gerador ma-
cuito ou elemento no circuito, estes instrumentos são: nual.
8-27
Dois elementos primários ambos CA E CC COMPARADAS
com campos magnéticos individuais
de um imã permanente comum. A corrente contínua:
Um gerador de CC manual, que
fornece a corrente necessária para Flui constantemente em uma única
fazer as medições. direção e com uma polaridade cons-
Painel indicador tante, modifica sua intensidade so-
mente quando o circuito é aberto ou
Existem dois tipos de megômetro normais: fechado.
8-28
Os geradores usados para produzir corrente al- Em um gerador a corrente e a voltagem pas-
ternada são chamados de: sam por um ciclo completo cada vez que um enrola-
mento ou condutor passa sob o polo norte e o polo sul
Geradores de CA do imã.
Alternadores O número de ciclos para cada revolução do en-
rolamento ou condutor é igual ao número de pares de
polos.
A frequência então:
𝒏º 𝒅𝒆 𝒑𝒐𝒍𝒐𝒔 𝒓. 𝒑. 𝒎.
𝑭= .
𝟐 𝟔𝟎
𝑷 𝒓. 𝒑. 𝒎.
𝑭= .
𝟐 𝟔𝟎
𝟒 𝟏𝟖𝟎𝟎
𝑭= . = 𝟐. 𝟑𝟎
𝟐 𝟔𝟎
𝑭 = 𝟔𝟎 𝒄. 𝒑. 𝒔.
Alteração positiva
Alteração negativa
Frequência
Figura 8-61 Condição em fase da corrente e da voltagem
A frequência de uma corrente elétrica ou de
uma voltagem indica o número de vezes em que um Quando as ondas senoidais passam por 0° e
ciclo se repete em um segundo. 180° em tempos diferentes, existe uma condição fora-
de-fase.
8-29
Um indutor tem uma indutância de um
"Henry" se uma fem. de um volt é induzida quando a
corrente através do indutor está mudando a razão de
um ampère por minuto.
Os indutores podem ser conectados em um
circuito da mesma maneira que os resistores, quando
conectados em série a indutância total é a soma de to-
das as indutâncias; quando os indutores são conecta-
dos em paralelo a indutância total como nas resistên-
cias em paralelo é menos do que a do menor indutor.
Reatância indutiva
Figura 8-62 Condição de fora de fase da corrente e da voltagem
A oposição ao fluxo de corrente que as indu-
Valores de corrente alternada tâncias proporcionam em um circuito é chamada de:
8-30
CAPACITÂNCIA
Em um circuito em que exista somente capa-
Quaisquer dois condutores separados por um citância, a corrente precede a voltagem; em um cir-
não condutor (chamado de dielétrico) constituem um cuito aonde exista somente indutância, a corrente re-
capacitor. Em um circuito elétrico, um capacitor serve tarda-se frente à voltagem.
como reservatório de eletricidade. A unidade de capacitância é farad.
A quantidade de eletricidade que um capacitor
pode acumular depende de fatores como: Tipos de capacitores
Papel
Óleo
Mica
Capacitores eletrolíticos
Cerâmica (é usada em alguns cir-
Figura 8-64 Circuito de um capacitor (condensador) básico
cuitos)
Na figura 64 dois condutores chamados ele-
trodos ou placas, separados por um não condutor (die-
létrico) formam um capacitor simples, a energia é es-
Capacitores de papel
tocada no campo elétrico (ou dielétrico) entre as pla-
cas. As placas desses capacitores são tiras de folha
Um bom capacitor bloqueará a corrente conti- de metal separadas por papel encerado.
nua (não a CC pulsativa) e permitirá a passagem dos Os capacitores do tipo banheira “bathtub” são:
efeitos da corrente alternada.
A carga de eletricidade que pode ser colocada
Capacitores de papel em cartuchos
em um capacitor é:
hermeticamente fechados em capas
metálicas
Proporcional à voltagem aplicada e
a capacitância do capacitor.
A capacitância depende:
Cobre
Estanho
Alumínio
Ar
Vidro
Mica
Eletrólito feito de película de óxido
Figura 8-66 Capacitor de papel tipo banheira
8-31
Capacitores de óleo
Capacitores de mica
Capacitores eletrolíticos
Resistência
Reatância indutiva
Reatância capacitiva
𝒁 = √𝑹𝟐 + 𝑿𝟐 𝑳
𝒁 = √𝟔𝟐 + 𝟖𝟐
Figura 8-68 Triângulo da impedância 𝒁 = √𝟑𝟔 + 𝟔𝟒
𝒁 = √𝟏𝟎𝟎
Se um circuito de CA possuir reatância e in- 𝒁 = 𝟏𝟎 𝒐𝒉𝒎𝒔
dutância a relação entre os lados pode ser determinada
assim: Agora o fluxo da corrente pode ser calculado:
𝒁𝟐 = 𝑹𝟐 + 𝑿𝟐𝑳 𝑬 𝟏𝟏𝟎
𝑰= = = 𝟏𝟏
𝒁 𝟏𝟎
A raiz de ambos os lados da equação:
A queda de voltagem através da resistência
(𝐸𝑋𝐿 ) é:
𝒁 = √𝑹𝟐 + 𝑿𝟐 𝑳
𝑬 = √(𝑬𝑹 )𝟐 + (𝑬𝑿𝑳 )𝟐
𝑬 = √𝟔𝟔𝟐 + 𝟖𝟖𝟐
8-34
𝑬 = √𝟒𝟑𝟓𝟔 + 𝟕𝟕𝟒𝟒 𝑬𝑿𝑪 = 𝑰. 𝑿𝑪
𝑬 = √𝟏𝟐, 𝟏𝟎𝟎 𝑬𝑿𝑪 = 𝟔, 𝟕. 𝟏𝟑
𝑬 = 𝟏𝟏𝟎 𝒗𝒐𝒍𝒕𝒔 𝑬𝑿𝑪 = 𝟖𝟔, 𝟏 𝒗𝒐𝒍𝒕𝒔
𝑬𝑻 = √(𝑬𝑹 )𝟐 + (𝑬𝑿𝑪 )𝟐
𝑬𝑻 = √𝟔𝟕𝟐 + 𝟖𝟔, 𝟏𝟐
Figura 8-70 Circuito contendo resistência e capacitância 𝑬𝑻 + √𝟒𝟒𝟖𝟗 + 𝟕𝟒𝟏𝟑
𝑬𝑻 = √𝟏𝟏𝟗𝟎𝟐
No circuito da figura 70 vamos calcular o va- 𝑬𝑻 = 𝟏𝟏𝟎 𝒗𝒐𝒍𝒕𝒔
lor da impedância, do fluxo da corrente e da queda de
voltagem através da lâmpada: Quando o circuito contém resistência, indu-
Primeiro a capacitância deve ser convertida de tância e capacitância, a seguinte equação é usada para
𝝁𝒇 para farads: achar a impedância:
𝟐𝟎𝟎
𝟐𝟎𝟎 𝝁𝒇 = = 𝟎, 𝟎𝟎𝟎𝟐𝟎𝟎 𝒇𝒂𝒓𝒂𝒅𝒔 𝒁 = √𝑹𝟐 + (𝑿𝑳 − 𝑿𝑪 )𝟐
𝟏𝟎𝟎𝟎𝟎𝟎𝟎
𝟏
𝑿𝑪 =
𝟐. 𝝅. 𝒇. 𝑪
𝟏
𝑿𝑪 =
𝟔, 𝟐𝟖. 𝟔𝟎. 𝟎, 𝟎𝟎𝟎𝟐𝟎𝟎 Figura 8-71 Circuito contendo resistência, indutância e capa-
citância.
𝟏
𝑿𝑪 =
𝟎, 𝟎𝟕𝟓𝟑𝟔 No circuito da figura 71 vamos encontrar a im-
pedância total no circuito:
𝑿𝑪 = 𝟏𝟑𝛀 𝐝𝐞 𝐫𝐞𝐚𝐭𝐚𝐧𝐜𝐢𝐚 𝐜𝐚𝐩𝐚𝐜𝐢𝐭𝐢𝐯𝐚
𝒁 = √𝑹𝟐 + (𝑿𝑳 − 𝑿𝑪 )𝟐
Agora encontramos a impedância:
𝒁 = √𝟒𝟐 + (𝟏𝟎 − 𝟕)𝟐
𝒁 = √𝑹𝟐 + 𝑿𝟐 𝑪 𝒁 = √𝟒𝟐 + 𝟑𝟐
𝒁 = √𝟐𝟓
𝒁 = √𝟏𝟎𝟐 + 𝟏𝟑𝟐
𝒁 = 𝟓 𝒐𝒉𝒎𝒔
𝒁 = √𝟏𝟎𝟎 + 𝟏𝟔𝟗
𝒁 = √𝟐𝟔𝟗 Considerando que a reatância do capacitor é
𝒁 = 𝟏𝟔, 𝟒 𝒐𝒉𝒎𝒔 𝒅𝒆 𝒓𝒆𝒂𝒕𝒂𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒄𝒂𝒑𝒂𝒄𝒊𝒕𝒊𝒗𝒂 10Ω e a reatância do indutor é 7Ω então 𝑿𝑪 é maior do
que 𝑿𝑳 , logo:
Para encontrar a corrente:
𝒁 = √𝑹𝟐 + (𝑿𝑳 − 𝑿𝑪 )𝟐
𝑬 𝟏𝟏𝟎
𝑰= = = 𝟔, 𝟕 𝒂𝒎𝒑è𝒓𝒆𝒔 𝒁 = √𝟒𝟐 + (𝟕 − 𝟏𝟎)𝟐
𝒁 𝟏𝟔, 𝟒
𝒁 = √𝟒𝟐 + (−𝟑)𝟐
Para encontrar a queda de voltagem na lâm- 𝒁 = √𝟏𝟔 + 𝟗
pada: 𝒁 = √𝟐𝟓
𝒁 = 𝟓 𝒐𝒉𝒎𝒔
𝑬𝑹 = 𝟔, 𝟕. 𝟏𝟎
𝑬𝑹 = 𝟔𝟕 𝒗𝒐𝒍𝒕𝒔 Circuitos de CA em paralelo
Para encontrar a queda de voltagem no capa- Voltagens ou correntes fora de fase podem ser
citor (𝐸𝑋𝐶 ): somadas usando o teorema de Pitágoras.
8-35
𝑹𝑿𝑪 𝟏𝟎𝟎𝟎𝟎. 𝟏𝟑𝟐𝟕
𝒁= =
√𝑹𝟐 + 𝑿𝟐 𝑪 √(𝟏𝟎𝟎𝟎𝟎)𝟐 + (𝟏𝟑𝟐𝟕)𝟐
= ±𝟎, 𝟏𝟑𝟏𝟓𝛀
𝑬 𝟏𝟏𝟎
Figura 8-72 Circuito em CA em paralelo contendo indutância 𝑰𝑪 = = = 𝟎, 𝟎𝟖𝟐𝟗 𝒂𝒎𝒑.
e resistência 𝑿𝑪 𝟏𝟑𝟐𝟕
No circuito CA da figura 72 podemos calcular Para encontrar a corrente fluindo pela resistên-
a resistência total no circuito: cia:
𝑬 𝟏𝟏𝟎
𝑰𝑻 = √𝑰𝟐 𝑳 + 𝑰𝟐 𝑹 𝑰𝑹 = = = 𝟎, 𝟎𝟏𝟏 𝒂𝒎𝒑.
𝑹 𝟏𝟎𝟎𝟎𝟎
𝑰𝑻 = √(𝟎, 𝟎𝟓𝟖𝟒)𝟐 + (𝟎, 𝟏𝟏)𝟐
𝑰𝑻 = √𝟎, 𝟎𝟏𝟓𝟓 Para encontrar a corrente total no circuito;
𝑰𝑻 = 𝟎, 𝟏𝟐𝟒𝟓 𝒂𝒎𝒑.
𝑰𝑻 = √𝑰𝟐 𝑹 + 𝑰𝟐 𝑪
A reatância indutiva ocasiona o adiantamento
da voltagem em relação a corrente, a corrente total que 𝑰𝑻 = √(𝟎, 𝟎𝟏𝟏)𝟐 + (𝟎, 𝟎𝟖𝟐𝟗)𝟐
contém um componente de corrente indutiva, retarda- 𝑰𝑻 = ±𝟎, 𝟎𝟖𝟑𝟔 𝒂𝒎𝒑.
se em relação à voltagem aplicada, o ângulo de fase
indica o quanto a corrente se atrasa em relação à vol- Ressonância
tagem.
A reatância indutiva (𝑋𝐿 = 2. 𝜋. 𝑓. 𝐿) E a ca-
1
pacitiva (𝑋𝐶 = 2.𝜋.𝑓.𝐶 ) Possuem funções de uma fre-
quência de corrente alternada.
Uma diminuição na frequência:
8-36
𝟏 A proporção entre a potência verdadeira e a
𝑭𝟐 𝒏 =
(𝟐. 𝝅)𝟐 . 𝑳. 𝑪 aparente é chamada de fator de potência e é expressa
em unidades percentuais, a relação matemática é ex-
Extraindo-se a raiz de ambos os termos: pressa:
𝟏 𝑭𝑷 = 𝒇𝒂𝒕𝒐𝒓 𝒅𝒆 𝒑𝒐𝒕ê𝒏𝒄𝒊𝒂
𝑭𝒏 =
𝟐. 𝝅√𝑳. 𝑪
𝟏𝟎𝟎. 𝒘𝒂𝒕𝒕𝒔 (𝒑𝒐𝒕ê𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒗𝒆𝒓𝒅𝒂𝒅𝒆𝒊𝒓𝒂)
𝑭𝑷 =
Onde, 𝐹𝑛 é frequência ressonante, C é a capa- 𝒗𝒐𝒍𝒕𝒔. 𝒂𝒎𝒑è𝒓𝒆𝒔 (𝒑𝒐𝒕ê𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒂𝒑𝒂𝒓𝒆𝒏𝒕𝒆)
citância em farads e L é a indutância em henrys.
Para encontrar a reatância indutiva em um cir- Exemplo:
cuito ressonante, usa-se:
Um motor CA de 220 volts toma 50 ampères
𝑿𝑳 = 𝟐. 𝝅. 𝒇. 𝑳 de uma linha, mas um wattímetro mostra que somente
9350 watts são tomados pelo motor, vamos determinar
Para encontrar a impedância: qual é a potência aparente e o fator de potência:
9350.100
𝐹𝑃 = = 85%
11000
TRANSFORMADORES
Figura 8-74 Circuito ressonante em paralelo
Um transformador:
Para resolver cadeias paralelas de indutância e
reatores capacitivos, usa-se: Modifica o nível de voltagem, au-
mentando-o ou diminuindo-o como
𝑿 𝑳 . 𝑿𝑪 necessário.
𝑿=
√𝑿𝑳 + 𝑿𝑪
Ele consiste de:
Para resolver cadeias paralelas com resistên-
cia capacitiva e indutância, usa-se: Duas bobinas eletricamente inde-
pendentes, dispostas de tal forma
𝑹𝑿𝑳 . 𝑿𝑪 que o campo magnético em torno de
𝒁= uma bobina atravessa também a
√𝑿𝟐 𝑳 . 𝑿𝟐 𝑪 + (𝑹𝑿𝑳 − 𝑹𝑿𝑪 )𝟐
outra bobina.
Potencia em circuitos CA
Um transformador pode ser usado com cor-
Em um circuito CC a potência é obtida pela rente CC pulsativa, mas não poderá ser usado com cor-
rente CC pura.
equação 𝑃 = 𝐸. 𝐼
Um transformador possui três partes básicas:
8-37
Além da perda de energia provocada por aco-
plamento imperfeito, transformadores estão sujeitos a:
Perdas do ferro - existem dois tipos:
perda por histerese e por eddy current
Perdas do cobre - causadas pela re-
sistência do condutor envolvendo as
espiras da bobina
8-38
TRANSISTORES Retificadores a disco operam pelo princípio do
fluxo de corrente elétrica através da junção de dois ma-
O transistor é: teriais condutores não semelhantes.
Três tipos de retificadores a disco podem ser
Um componente eletrônico que tem encontrados:
a mesma performance de uma vál-
vula a vácuo, ele é um semicondutor Retificador de oxido de cobre
que pode ser de dois tipos de mate- Retificador a selênio
rial cada qual com propriedades Retificador de sulfito de cobre de
elétricas. magnésio
8-39
3. Colocar um código de cores, frequen-
temente o código usado é o mesmo
que o dos resistores.
INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO CA
MEDIDORES DE FREQUENCIA
8-41
CAPÍTULO 9
9-2
As escovas, feitas de carvão de boa qualidade A voltagem de saída de um gerador em serie
são mantidas no lugar por ação de suportes, isolados pode ser controlada por um reostato em paralelo com
da carcaça podendo deslizar livremente para cima e os enrolamentos de campo.
para baixo para acompanhar qualquer anormalidade na Visto que esse gerador tem má regulagem ele
superfície do coletor; as escovas são geralmente ajus- nunca é usado em aeronaves, aeronaves usam os do
táveis de modo que sua pressão sobre os coletores tipo paralelo ou misto.
possa variar e a posição das escovas em relação a cada
coletor possa ser ajustada. O carvão de boa qualidade Geradores CC de excitação em paralelo
deve ser suficientemente macio para evitar o desgaste
do coletor e resistente o bastante para fornecer a es- Esses geradores possuem um enrolamento de
cova uma duração maior. A resistência de contato do campo ligado em paralelo com o circuito externo.
carvão é alta e por isso a escova deve ser grande o su- As bobinas de campo de um gerador de um
ficiente para proporcionar uma área de contato maior, gerador em paralelo contém muitas voltas de fio fino,
a superfície do coletor é altamente polida para reduzir a intensidade magnética é proveniente mais do grande
o atrito. número de voltas do que da intensidade da corrente
Óleo ou graxa nunca devem ser usados no co- através das bobinas.
letor. A voltagem de saída de um gerador em para-
lelo pode ser controlada por um reostato instalado em
serie com os enrolamentos de campo.
Reação do induzido
Muito usado em aeronaves de pequeno porte. O controle de sobre voltagem protege o sis-
Consiste de: tema caso exista voltagem excessiva.
O relé de sobre voltagem é fechado quando a
Um limitador (regulador de cor- saída do gerador atinge 32 volts, além de completar
rente para limitar a corrente de sa- um circuito para desarmar a bobina do relé de controle
ída de um gerador) de campo.
Um interruptor de corrente reversa O fechamento do circuito de desarme do relé
(desliga a bateria do gerador) de controle abre o circuito do campo em paralelo e o
Um regulador de voltagem. completa através de um resistor, provocando uma
queda de voltagem no gerador, além disso, o circuito
Motorização do gerador: do interruptor do gerador e o circuito de equalização
(avião multímotor) são abertos.
9-5
Um circuito de luz indicadora é completado Rabichos flexíveis de baixa resistência são en-
avisando que existe uma condição de sobre voltagem. contrados na maioria das escovas condutoras de cor-
rente elevada, sua finalidade é conduzir corrente dei-
GERADORES EM PARALELO xando de submeter à mola da escova a correntes que
alterariam a ação da mola por superaquecimento; tam-
Quando dois ou mais geradores operam ao bém eliminam qualquer faísca possível para a guia da
mesmo tempo com a finalidade de fornecer energia escova causada pelo movimento das escovas no estojo,
para uma carga, diz-se que eles estão em série, isto é, minimizando o desgaste lateral.
cada gerador fornece uma parte proporcional da am- A operação por tempo prolongado resulta fre-
peragem total da carga. quentemente no isolamento de mica entre as barras do
A potência fornecida por um gerador geral- coletor, essa condição é chamada de mica alta.
mente é chamada de ampères-carga.
Operação do gerador
Paralelismo com ligação negativa
Se o gerador não estiver produzindo voltagem,
Para distribuir a carga igualmente entre os ge- retira-se o regulador de voltagem e com o motor ope-
radores operando em paralelo, uma bobina é enrolada rando a aproximadamente 1800 R.P.M deve haver um
no mesmo núcleo da bobina de voltagem do regulador. curto-circuito nos terminais A e B na base de monta-
Se todos os geradores estiverem fornecendo a gem do regulador; caso seja mostrada uma voltagem
mesma corrente, a queda de voltagem em todas as li- excessiva a pane não é no gerador é no regulador de
gações massa será a mesma. voltagem; se o teste deixar de produzir voltagem o
campo do gerador poderá ter perdido magnetismo re-
Paralelismo com ligação positiva sidual. Para recuperar o magnetismo residual ener-
giza-se o campo do gerador removendo o regulador,
A finalidade do circuito de equalização é au- ligando momentaneamente o terminal A da base do re-
xiliar os reguladores de voltagem automaticamente, gulador de voltagem a uma barra da bateria enquanto
reduzindo a voltagem do gerador com voltagem ele- o motor opera em R.P.M de cruzeiro.
vada e aumentando a voltagem do gerador com baixa
voltagem de maneira que a carga total seja dividida Pesquisa de pane
igualmente pelos geradores.
Se o sistema de um gerador estiver defeituoso
MANUTENÇÃO DO GERADOR CC as causas prováveis são:
9-6
Qualquer máquina que transforme Tipo induzido rotativo (semelhante
energia mecânica em energia elé- ao gerador CC, onde o induzido
trica através de indução eletromag- gira através de um campo magné-
nética. tico estacionário, essa forma é en-
contrada em alternadores de baixa
Um gerador que produz corrente alternada é potência e não é usado normal-
chamado de: mente).
Tipo campo rotativo (possui um en-
Gerador CA. rolamento de induzido estacionário
“estator” e um enrolamento de
A principal diferença entre um alternador e campo rotativo “rotor”, nesse sis-
um gerador CC é: tema o induzido é ligado direta-
mente à carga, alternadores de alta
O método usado na ligação com os voltagem são geralmente deste
circuitos externos, isto é, o alterna- tipo).
dor é ligado ao circuito externo por
anéis coletores, já o gerador CC é li- Alternador monofásico
gado por segmentos coletores.
Como a FEM induzida em um gerador é alter-
Tipos de alternadores nada, o mesmo tipo de enrolamento pode ser usado
tanto em um alternador com em um gerador CC.
Alternadores são classificados de diversas ma- Um alternador monofásico possui um estator
neiras, uma forma de classificação é pelo tipo de sis- constituído de vários enrolamentos em série, for-
tema de excitação utilizado. mando um circuito único no qual é gerada uma volta-
Nos alternadores de aeronaves um destes mé- gem de saída. O estator possui quatro peças polares
todos de excitação pode ser usado: espaçadas igualmente ao redor da carcaça do estator, o
rotor possui quatro polos adjacentes de polaridade
1. Um gerador CC de acoplamento di- oposta; à medida que o rotor gira as voltagens CA são
reto – este sistema consiste em um ge- induzidas nos enrolamentos do estator. As voltagens
rador CC fixado no mesmo eixo do induzidas em todos os enrolamentos possuem a
gerador CA. mesma amplitude ou valor a qualquer momento.
2. Pela transformação e retificação do
sistema CA – este método depende Alternador bifásico
do magnetismo residual para a forma-
ção de voltagem CA inicial. Possuem dois ou mais enrolamentos monofá-
3. Tipo integrado sem escova – esta sicos, espaçados ao redor do estator.
combinação consiste de um gerador Os enrolamentos são separados eletricamente
CC no mesmo eixo com um gerador um do outro, quando um enrolamento está sendo cor-
CA, o circuito de excitação é comple- tado por um fluxo máximo o outro não está sendo cor-
tado por retificadores de silício mon- tado por nenhum fluxo, assim fica estabelecida uma
tados sobre o eixo do gerador e sua sa- relação de 90º entre as duas fases.
ída é alimentada diretamente ao
campo rotativo do principal gerador Alterador trifásico
CA.
O circuito trifásico é empregado na maioria
Outro método de classificação é pelo número dos alternadores de aeronaves.
de fases da voltagem de saída, os geradores podem ser: Um dos fios de cada fase é ligado para formar
uma junção comum, o estator é chamado de ligação
Monofásicos em Y ou estrela, o fio comum pode ou não ser proce-
Bifásico dente ser procedente do alternador, se ele vier do al-
ternador é chamado de fio neutro.
Trifásico
Seis ou mais fases
Unidade alternadora retificadora
Nas aeronaves o alternador trifásico é o mais Este tipo de fonte é às vezes chamado de ge-
usado. rador CC, visto que é usado nos sistemas CC, embora
Outro processo de classificação é pelo tipo de sua saída seja CC ela é uma unidade alternadora reti-
estator e rotor, nesta forma existem dois tipos: ficadora.
9-7
Esta unidade é uma unidade auto excitada, Por esta razão, geradores de corrente alternada
mas não contem um imã permanente à excitação para são classificados de acordo com:
a partida é obtida da bateria e imediatamente após a
partida a unidade é auto excitada. KVA
O alternador está acoplado diretamente ao mo- Fator de potencia
tor do avião por meio de um acoplamento de aciona- Fases
mento flexível. A voltagem de saída CC pode ser re- Voltagem
gulada por um regulador de voltagem do tipo pilha de Frequência
carvão.
Um gerador pode ser classificado em 40 KVA,
ALTERNADORES SEM ESCOVA 208 volts, 400 ciclos, trifásico, e com um fator de po-
tência de 75%. O KVA indica a potência aparente ou
Introdução a relação entre a corrente e a voltagem na qual o gera-
dor deve operar.
Este alternador é o mais usado em aeronaves
O fator de potência é a expressão entre a po-
modernas.
tência aparente (volt-ampère) e a potência real ou efe-
tiva (WATTS). O número de fases é o número de vol-
ALTERNADORES DE AVIÕES BOEING 737,
tagens independentes geradas; os geradores trifásicos
727 E 707.
geram três voltagens espaçadas em 120º.
Cada alternador fornece 30 ou 40 KVA, vol-
Frequência do alternador
tagem de 120 a 208 volts, corrente alternada de 380 a
420 Hz. Não há anéis coletores, comutadores nem es-
Depende da velocidade do rotor e do número
covas no alternador ou no excitador. Um campo ele-
de polos; quanto maior for à velocidade mais alta será
tromagnético rotativo produz a voltagem de saída a ser
a frequência, quanto menor a velocidade mais baixa
induzida no induzido estacionário do alternador.
será a frequência.
Os alternadores acionados pelos motores são
Quanto mais polos tiver o rotor, mais alta é a
acoplados a unidade de transmissão de velocidade
frequência a certa velocidade.
constante (CSD = CONSTANT SPEED DRIVER) na
Um alternador com dois polos gira o dobro da
parte inferior dos motores.
velocidade de um alternador de quatro polos para a
O alternador completo é constituído de:
mesma frequência de voltagem gerada.
A frequência do alternador em c.p.s está rela-
Circuito excitador de CA cionada com o número de polos e a velocidade, essa
Retificador rotativo relação é expressa através da equação:
O alternador propriamente dito
𝑷 𝑵 𝑷.𝑵
𝑭 = 𝟐 . 𝟔𝟎 =
O excitador de CA consiste de: 𝟏𝟐𝟎
𝟐.𝟑𝟔𝟎𝟎
Combinação dos sistemas elétricos CA e CC 𝑭= = 𝟔𝟎 𝒄. 𝒑. 𝒔.
𝟏𝟐𝟎
Consiste em:
Um circuito de voltagem de refe-
rencia
Um eixo portador
Amplificador magnético de dois es-
tágios Duas engrenagens planetárias
Transformador de força e retifica- Duas coroas (de entrada e de saída).
dor associados
O diferencial é um dispositivo somatório, con-
A grande vantagem desse regulador é traba- trolado através da coroa de entrada, para somar ou sub-
lhar com uma variação de voltagem muito pequena trair a velocidade da caixa de transmissão do motor a
sendo da ordem de 1%. fim de se obter a velocidade desejada de saída.
O regulador de voltagem divide-se em três
Unidade hidráulica de cilindrada variável
partes principais:
Consiste de:
Detector de erro de voltagem
Pré-amplificador Um tambor
Amplificador de potencia Pistões alternativos
Placa de controle de inclinação va-
Transmissão de velocidade constante (CSD)
riável
do alternador
Cilindro
Alternadores nem sempre são ligados direta- Pistão de controle
mente ao motor como os geradores CC; diversos apa-
relhos que operam com corrente alternada devem ope- A unidade está acoplada diretamente ao motor
rar a certa voltagem e numa certa frequência, por isso, do avião, consequentemente a velocidade de rotação
a velocidade dos alternadores deve ser constante do bloco de pistões é sempre proporcional à veloci-
mesmo que a velocidade do motor da aeronave varie dade de entrada e o sentido de rotação é sempre o
Por isso alguns alternadores são acionados pelo motor mesmo.
através de uma transmissão de velocidade constante Quando nenhum óleo é bombeado ou recebido
(CSD), instalada entre o motor e o alternador. pela unidade de cilindrada variável a transmissão es-
Cada transmissão (CSD) consiste de: tará operando em acionamento direto.
9-9
Regula a pressão de operação do
O sentido e a velocidade de rotação são deter- sistema de carga, ela executa essa
minados pelo volume de óleo bombeado ou recebido função dosando a descarga do óleo
pela unidade de cilindrada variável. do sistema de carga para mantes a
Quando a unidade variável para de bombear pressão no valor pré-ajustado.
óleo para a unidade fixa e está para de girar a trans-
missão está operando na condição transmissão direta. O óleo sobre pressão de carga alimenta o go-
vernador e a válvula de controle e repõe o óleo na ope-
Sistema de controle de rotação ração das unidades hidráulicas.
A bomba de carga:
A bomba de recuperação:
9-10
O calor produzido pela transmissão (CSD) é Testes de bancada são usados para testar os al-
absorvido pelo fluido hidráulico contido na própria ternadores e os transmissores de velocidade constante
transmissão e dissipado num radiador localizado na nas oficinas de reparo.
parte inferior dianteira do motor. O óleo quente passa Para uma manutenção adequada em um alter-
primeiro através de um filtro e depois segue para o ra- nador é necessário unidade seja mantida limpa e todas
diador. as ligações elétricas devem estar firmes e em bom es-
A elevação normal da temperatura do óleo ao tado.
passar pela transmissão é de cerca de 10ºC com carga
total de regime continuo e com temperatura de entrada Pesquisa de panes
de aproximadamente 120ºC nas velocidades normais
de rotação. Na CSD o óleo serve como: A tabela abaixo serve de auxilio:
Lubrificante
Refrigerante
Fluido hidráulico
Alta eficiência
Pouca manutenção e maior duração
Nenhum período de aquecimento é
necessário Figura 9-4 Desenvolvimento do torque
Capaz de começar a operar sob
Na bobina da figura 4 a corrente flui para den-
carga
tro no lado A e para fora no lado B, o campo magnético
Operação extremamente silenciosa ao redor de B está no sentido horário e o campo ao
Reação rápida a mudança de carga redor de A está no sentido anti-horário. A força desen-
volvida forçara o lado B para baixo, ao mesmo tempo,
Esses inversores são comumente usados para: o campo dos imãs e o campo ao redor de A cuja cor-
rente está para dentro aumenta na base e diminui na
Fornecer energia para os instru- extremidade superior, assim, A se movimentará para
mentos sensíveis à frequência, como cima.
os giroscópios de atitude e direcio- A tendência que uma força possui de produzir
nal. Também fornecem energia um movimento de rotação é denominada de torque,
para os indicadores e os transmisso- quando o volante de um carro é acionado uma força de
res AUTOSYN e MAGNESYN, gi- torque é aplicada ao eixo.
roscópio de razão, radar e outras O motor de um avião proporciona torque a
aplicações. uma hélice.
9-12
O torque é desenvolvido também pela reação O rotor de um motor CC prático não é insta-
dos campos magnéticos ao redor da bobina condutora lado entre os polos de um imã permanente, mas entre
de corrente. os polos de um eletroímã, pois assim um campo mag-
A regra da mão direita do motor pode ser nético mais forte pode ser obtido; o núcleo é geral-
usada para determinar o sentido no qual um fio condu- mente feito de ferro doce ou recozido que pode ser
tor de corrente movimentar-se-á num campo magné- magnetizado por indução. A corrente magnetizadora
tico. do eletroímã é a mesma fonte que fornece corrente
para o rotor.
Motor CC básico
9-13
Conjunto da escova
Extremidade da carcaça A carcaça do campo está localizada na parte
interna da parede do alojamento do motor, ela contém
peças polares de aço doce laminado onde as bobinas
de campo estão enroladas.
Uma bobina que consiste em diversas espiras
de fio isolado encaixa-se em cada peça polar e junto
com o polo, constitui um polo de campo.
Alguns motores têm dois polos e alguns mo-
tores chegam a ter oito polos.
Conjunto de escovas
Eles diferem no método pelo qual o campo e Quando o rotor de um motor gira em um
as bobinas do rotor estão ligados. campo eletromagnético uma voltagem é induzida em
seus enrolamentos, essa voltagem é chamada de força
Motor CC em série contra eletromotriz e é de sentido contrário a voltagem
aplicada no motor pela fonte externa, ela se opõe a cor-
Neste tipo de motor os enrolamentos do rente que faz com que o rotor gire.
campo são ligados em serie com o enrolamento do ro-
tor. Tipos de trabalho
A mesma corrente que flui pelo campo tam-
bém flui pelo enrolamento do rotor, assim, qualquer Existem motores que são construídos para tra-
aumento na corrente fortalece o magnetismo do campo balhar de forma intermitente outros para trabalhar con-
e do rotor. tinuamente.
Devido à baixa resistência nos enrolamentos o Motores para trabalho intermitente podem
motor em série é capaz de consumir uma grande cor- operar somente por curtos períodos antes de operar no-
rente na partida, passando através dos enrolamentos do vamente.
campo e do rotor, essa corrente produz um toque ini- Motores para trabalho contínuos podem ser
cial elevado que é a principal vantagem do motor em operados em uma determinada potência durante lon-
série. gos períodos.
A velocidade de um motor em série depende
da carga, uma carga leve faz com que o motor funcione Inversão do sentido de rotação do motor
em alta velocidade e uma carga pesada faz com que
ele funcione mais lentamente. Invertendo-se o sentido do fluxo de corrente
no rotor ou nos enrolamentos do campo o sentido de
Motor CC em paralelo (SHUNT) rotação do motor pode ser invertido, isto inverterá o
magnetismo do rotor ou do campo magnético no qual
Neste motor o enrolamento de campo é ligado o rotor gira.
em paralelo (derivação) com o enrolamento do rotor. Intercambiar os fios que ligam o motor a fonte
A corrente do campo não varia com a veloci- externa não inverterá o sentido de rotação.
dade do rotor, portanto, o torque do motor em paralelo Um método de inverter o sentido da rotação
varia de acordo com a corrente através do rotor; a ve- emprega dois enrolamentos de campo enrolados em
locidade do motor em paralelo varia muito pouco com sentido oposto no mesmo polo (este tipo de motor é
as variações de carga. chamado de motor reversível); e um interruptor do tipo
Este motor é adequado para ser usado quando SPDT (unipolar de duas seções) torna possível condu-
a velocidade constante é desejada, e quando um torque zir corrente através dos dois enrolamentos.
inicial alto não for necessário. Outro método de inversão é chamado de mé-
todo interruptor e emprega um interruptor do DPDT
Motor CC misto (COMPOUND) (bipolar de duas posições) que inverte o sentido do
fluxo de corrente no rotor ou no campo.
Este motor é uma combinação dos motores sé-
rie e paralelo. Velocidade de rotação do motor
Há dois enrolamentos no campo:
A velocidade do motor pode ser controlada:
Um enrolamento em série
Um enrolamento em paralelo Pela variação da corrente nos enro-
lamentos de campo
O enrolamento em paralelo é composto de
muitas espiras de fio fino, o enrolamento em séries Quando a intensidade da corrente fluindo nos
consiste de poucas espiras de fio grosso, os dois enro- enrolamentos aumenta a força do campo também au-
lamentos estão ligados em série com o enrolamento do menta e o motor diminui a velocidade, pois uma maior
rotor. força contra eletromotriz é gerada nos enrolamentos
Torque, variação de velocidade, são menores do rotor; quando a corrente diminui menor força con-
que em um motor em série e maiores que em um motor tra eletromotriz é produzida e o motor acelera.
em paralelo.
9-15
Um motor em série ou paralelo que pode ter pano umedecido em solvente ade-
sua velocidade controlada é chamado de: quado, lixar a parte áspera ou corroída
com uma lixa 000 ou mais fina (nunca
Motor de velocidade variável usar esmeril) e soprar com ar compri-
mido. Substituir o motor se o coletor
A velocidade dos motores série e dos paralelos estiver queimado, picotado profunda-
é controlada através de um reostato mente, com fendas ou desgaste, a tal
ponto que o isolamento da mica esteja
Perdas de energia nos motores CC nivelado com a superfície do coletor.
6. Inspecionar as fiações expostas
Elas ocorrem durante as transformações de quanto a evidencia de aquecimento.
energia em elétrica e mecânica e vice-versa. Substituir o motor se o isolamento dos
Uma máquina para ser eficiente deve manter fios ou enrolamento estiver quei-
essas perdas a um mínimo, existem perdas elétricas e mado, rachado ou esfiapado.
perdas mecânicas, as elétricas são classificadas como: 7. Se estiver nas instruções deve ser feita
a lubrificação. A maioria não precisa
Perdas de cobre: Ocorrem quando de lubrificação durante as revisões
os elétrons são foçados através dos 8. Ajustar e lubrificar a caixa de engre-
enrolamentos de cobre do rotor e nagens ou a unidade que é acionada
do campo, são decorrentes da ener- pelo motor.
gia dissipada em forma de calor na
resistência do campo e nos enrola- O motor só é substituído quando a pane for de-
mentos do motor. vido a um defeito nele mesmo, na maioria dos casos a
Perdas de ferro: são subdivididas falha de operação de um motor é provocada por um
em: defeito no circuito elétrico externo ou por falha no me-
canismo que é acionado pelo motor.
1. Perda por correntes histe-
reses: provocadas pelo mo- MOTORES CA
vimento do rotor em um
campo magnético alternado Em geral os motores CA são mais econômicos
2. Perda por correntes para- que os motores CC.
sitas (EDDY): ocorrem por- Em muitos casos os motores CA não usam co-
que o núcleo de ferro do ro- letores e escovas, dessa forma, centelhamento nas es-
tor é um condutor rotativo covas são evitados.
em um campo magnético. Os motores CA são projetados:
Tipos de motores CA
Motores de indução
Motores síncronos
Travas de superfície
Portas de radiadores
Válvulas de corte de óleo
Motores de partida
Flaps
Trens de pouso
Bombas hidráulicas Figura 9-9 Campo magnético rotativo produzido pela aplica-
ção de voltagens trifásicas
Os motores síncronos trifásicos operam com A carcaça do campo mostrada na figura 9-A
velocidades síncronas constantes e são usados para possui polos cujos enrolamentos são energizados pelas
operar sistemas sincronizadores de bussolas e de héli- voltagens trifásicas a, b e c. Estas voltagens possuem
ces intensidade igual, porém diferem em fase, como mos-
Motores síncronos monofásicos são: trado na figura 9-B.
Se as voltagens de excitação tiverem uma fre-
Fontes comuns de energia para ope- quência de 60 cps, o campo magnético fará 60 rotações
rar relógios elétricos e outros ins- por segundo ou 3600 RPM; esta velocidade é conhe-
trumentos pequenos de precisão cida como:
Motor de indução trifásico Velocidade síncrona de campo mó-
vel
É também conhecido como motor gaiola.
Tanto os motores monofásicos quando os tri- Construção do motor de indução
fásicos operam sob o princípio de um campo magné-
tico rotativo. A parte estática de um motor de indução e cha-
Um campo magnético rotativo pode ser pro- mada de:
duzido por um fluxo de corrente bifásico ou trifásico,
fluindo através de dois ou mais grupos de bobinas en- Estator
roladas entre os dois polos do imã; as bobinas em cada
grupo de polos são enroladas alternadamente em sen- O elemento rotativo é chamado de:
tido oposto para produzir polaridade oposta e cada
grupo é ligado a uma fase separada da voltagem.
Rotor
9-17
Para determinar o número de polos por fase no a velocidade for de 1800 RPM a diferença na veloci-
motor, divide-se 120 vezes a frequência pela veloci- dade será de 50 RPM, o deslizamento então é igual a
dade, na forma da equação: 𝟓𝟎
𝒐𝒖 𝟐, 𝟕𝟖%.
𝟏𝟖𝟎𝟎
𝟏𝟐𝟎.𝒇
𝑷= Motor de indução monofásico
𝑵
Onde P é o número de polos por fase. Temos Um motor monofásico possui somente um en-
𝑓 que é a frequência em cps (Hz), N é a rotação espe- rolamento no estator, este enrolamento gera um campo
cificada em RPM e 120 é uma constante. O resultado que simplesmente pulsa ao invés de girar.
será igual ao número de polos por fase. Quando o rotor estiver parado a expansão e o
Por exemplo, um motor trifásico com 60 ci- colapso do campo magnético do estator induz corren-
clos e uma rotação de 1750 RPM, então: tes no rotor.
É um dos tipos principais de motores CA, ele 1. Perdas por correntes parasitas são re-
utiliza um campo magnético rotativo, porém o torque duzidas pela laminação dos polos do
desenvolvido não depende da indução de correntes no campo, da carcaça e do rotor.
rotor. 2. As perdas por histereses são reduzidas
O princípio de operação de um motor síncrono usando laminações de ferro silício de
é a seguinte: alta permeabilidade do tipo transfor-
mador
Uma fonte polifásica de corrente al- 3. A reatância dos enrolamentos de
ternada é aplicada aos enrolamen- campo é mantida baixa pelo uso de
tos do estator e é produzido um peças polares delgadas, com poucas
campo magnético rotativo, uma espiras, baixa frequência, densidade
corrente continua é aplicada ao en- de fluxo e relutância.
rolamento do rotor e outro campo 4. A reatância do motor é reduzida
magnético é produzido; os dois usando-se um enrolamento de com-
campos interagem entre si provo- pensação embutido nas peças polares
cando o arraste do motor, fazendo- 5. O centelhamento do coletor é redu-
o girar com a mesma velocidade do zido pelo uso dos fios P1, P2, P3 e as-
campo magnético produzido pelos sim por diante.
enrolamentos do estator.
Os motores em série CA com potência fracio-
O motor síncrono não é um motor de partida naria são denominados de motores universais, eles não
automática, todos possuem algum dispositivo de par- tem enrolamentos de compensação ou fios preventivos
tida. Um tipo de motor de partida simples é outro mo- e são usados amplamente em ventiladores e ferramen-
tor CA ou CC que leva o rotor até aproximadamente tas como furadeiras, rebolos e serras.
99% de sua velocidade síncrona, então o motor de par-
tida é desligado e o rotor acompanha o campo rotativo,
outro método de partida mais usado é um enrolamento
secundário do tipo "gaiola" no rotor, o enrolamento MANUTENÇÃO DE MOTORES CA
leva até uma velocidade quase síncrona e quando a
corrente continua é ligada aos enrolamentos do rotor Certificamo-nos de que as bobinas estão se-
ele entra em sincronismo com o campo. cas, sem vestígios de óleo ou de qualquer anomalia.
A temperatura de um motor é um fator de li-
Motor em serie CA mite operacional, uma temperatura muito quente para
a mão é muito alta para a segurança do motor.
É semelhante ao motor CC, pois possuem es- O ruído de um motor ou gerador é um indica-
covas e coletor, ele opera em circuitos CA ou CC. dor de pane, quando operando corretamente ele deve
soar uniformemente, se ele estiver sobrecarregado ele
(O sentido da rotação de um motor em série roncará.
CC é independente da polaridade da voltagem apli- Um motor trifásico com um fio desligado não
cada, considerando que as ligações do campo e do partirá e ficará rosnando.
rotor permanecem invariáveis). Ruído de batida indica afrouxamento na bo-
bina do motor, um eixo fora de alinhamento ou arraste
Se um motor em série CC for ligado a uma do induzido devido ao desgaste dos rolamentos.
fonte CA, um torque será desenvolvido, porém o mo-
tor não funcionará satisfatoriamente pelas seguintes Pesquisa de panes
razões:
Seguem exemplos de procedimentos gerais de
pesquisa de panes:
9-19
9-1
CAPÍTULO 10
PRINCÍPIOS DA INSPEÇÃO
10-1
Manual de Manutenção A função básica do órgão federal (DAC, FAA)
é exigir a correção de condições que complementam a
É fornecido pelo fabricante, contém instruções segurança do voo encontradas em aviões, motores ou
completas para manutenção de todos os sistemas e outros dispositivos, condições comprometedoras po-
componentes instalados a bordo; contém informações dem existir decorrentes de erro no projeto, erro de ma-
para o mecânico que trabalha nos sistemas conjuntos e nutenção ou outras causas.
unidades instaladas (não se aplica, portanto ao mecâ- As condições são divididas em duas catego-
nico de oficinas de revisão). rias:
Um manual típico inclui:
Caráter de emergência, exigindo
Descrição dos sistemas (hidráulico, imediato comprimento.
elétrico, combustível, superfícies e Caráter menos urgente, estipu-
etc.). lando um prazo para o compri-
Instruções de lubrificação mento das medidas.
Pressões e cargas elétricas nos devi-
dos sistemas
Tolerâncias e ajustes necessários ao Certificado de aprovação da aeronave
funcionamento
Métodos de suspensão, nivelamento Constituído por folhas de dados que descre-
e reboque. vem o projeto do tipo da aeronave e estabelecem as
Métodos de balanceamento das su- limitações estipuladas nos regulamentos federais para
perfícies de controle a aviação, inclui outras limitações e informações ne-
Identificação das estruturas das su- cessárias à emissão de um certificado para o avião.
perfícies primaria e secundaria As folhas são numeradas com o mesmo nú-
mero do certificado de aprovação; o nome do dono, e
Frequência e extensão das inspe-
a data da emissão do certificado aparecem em desta-
ções
que por linhas limitadoras.
Métodos especiais de reparos apli-
As folhas são classificadas por seções, cada
cáveis
seção é identificada por números romanos seguidos
Técnicas especiais de inspeção (com pelo modelo da aeronave.
raios-X, ultrassom ou partículas
magnéticas). Especificação A.T. A – 100
Lista de ferramentas especiais
Datada de 1º de junho de 1956, criou um pa-
drão de apresentação dos dados técnicos.
Manual de Revisão (Overhaul) A especificação A.T.A. – 100 dividiu o avião
em sistemas, a numeração de cada sistema principal
Contem breve informação descritiva e instru- permite subdivisões em vários subsistemas.
ções detalhadas, passo – a – passo, sobre o trabalho
executado numa unidade removida do avião.
SISTEMA SUBSISTEMA TITULO
Componentes simples e baratos nos quais a re-
21 Ar - condicionado
visão é antieconômica não são mencionados no ma-
21 00 Geral
nual.
21 10 Compressão
Manual de Reparos Estruturais
10-2
As partículas ferromagnéticas (agente detec- Pequenas aberturas e furos para lubrificação
tor) podem estar em suspenção em um liquido apli- devem ser fechados com parafina ou outra substancia
cado na peça ou a peça pode ser mergulhada no liquido abrasiva adequada.
ou as partículas podem estar na forma de um pó seco Banhos de cromo ou níquel impedem a indi-
que deve ser espalhado na superfície da peça. O pro- cação de descontinuidades delgadas como a inclusão.
cesso mais utilizado na aviação é o liquido.
A imagem formada pelas partículas no campo Efeito da direção do fluxo
magnético é chamada de indicação, a indicação apre-
senta a forma aproximada da descontinuidade que As linhas de força magnética devem passar
pode ser definida como uma interrupção na estrutura perpendicularmente a falha, por isso, é necessário in-
ou configuração física normal de irregularidades. duzir fluxo magnético em mais de uma direção; isso
exige duas operações diferentes de magnetização co-
Desenvolvimento das indicações nhecidas como:
10-3
Quando uma peça é magnetizada a intensidade Identificações de pequenas falhas podem ser
do campo nela resultante aumenta até certo limite, as- percebidas rapidamente, é um excelente método para:
sim permanecendo enquanto a força magnetizadora
for mantida. Engrenagens
Peças rosqueadas
Identificação das indicações Componentes do motor do avião
As características principais das indicações O liquido marrom avermelhado usado no ba-
são: nho ou na pulverização da peça consiste de pasta mag-
naglo misturada com óleo fino na proporção de 0,10 a
Forma 0,25 onças de pasta por galão de óleo.
Tamanho Após a inspeção a peça deve ser desmagneti-
Largura zada e lavada com solvente.
Nitidez do contorno
EQUIPAMENTO PARA MAGNETIZAÇÃO
As indicações mais facilmente distinguidas
são as produzidas por fendas abertas na superfície. Unidade fixa (não portátil)
Essas descontinuidades incluem:
Fornece corrente continua para processos de
Rachaduras por fadiga: magnetização continua ou residual por suspensão;
pode ser aplicada magnetização circular ou longitudi-
Tem contornos nítidos, definidos e nal utilizando corrente alternada retificada ou corrente
uniformes, sem interrupção em seu continua.
comprimento, aparência serri-
lhada, encontradas em áreas sub- Unidade portátil para uso geral
metidas a grandes esforços.
Usada aonde não é possível remover os com-
Rachaduras por tratamento térmico: ponentes (trem de pouso, suportes do motor).
Esses tipos de equipamento usam magnetiza-
Esboço suave, bem definidas em pe- ção por corrente alternada ou corrente continua.
ças com paredes finas (cilindros),
forma de traços curtos denteados e Materiais indicadores
agrupados.
Classificados em dois tipos:
Rachaduras por contração em soldas e
Utilizados no processo liquido
fundição:
Utilizados no processo seco
Contorno nítido e definido, traçado
comum e muito denteado e paredes O requisito básico do material indicador é for-
estreitas. necer indicações aceitáveis de descontinuidades nas
peças.
Rachaduras por esmerilhamento:
As cores mais usadas no processo liquido são:
Contornos nítidos e definidos rara-
mente de tamanho considerável e Preto
profundidade limitada Vermelho
Inclusões apresentam-se em diversos tama- As cores mais usadas no processo seco são:
nhos e formatos, são corpos não metálicos presos nos
lingotes em solidificação. Preto
Vermelho
Cinza
10-4
Mínimo de energia magnética é exi-
gido Esta inspeção detecta defeitos, como:
10-5
Completa limpeza da superfície me- A distância de exposição
tálica O ângulo de exposição
Aplicação do penetrante As características do filme
Remoção do penetrante com emul- Tipo de letras ampliadoras (quando
sificador - removedor ou limpador utilizadas).
Secagem da peça
Aplicação do revelador Revelação do filme
Inspeção e interpretação do resul-
tado Depois de exposta aos raios-X a imagem no
filme torna-se visível, processando-a suscetivelmente
Interpretação dos resultados em solução química reveladora, banho de ácido, banho
de fixação seguido por lavagem em agua pura.
O tamanho da indicação ou o acumulo do pe- O filme é feito de um sal de prata sensível à
netrante indica a extensão do defeito; o brilho da a mé- radiação.
dia da profundidade, indicações de rachaduras profun- Em forma de emulsão gelatinosa, a solução re-
das comportam mais penetrante e por isso são mais veladora converte os elementos afetados pela radiação
largas e brilhantes. em prata negra metálica, são essas partículas metálicas
Fendas delgadas aparecem como linhas finas. que formam a imagem.
O enxague em banho ácido (banho de parada)
Indicações falsas neutraliza a ação do revelador paralisando o progresso
da revelação.
Na inspeção de penetração de corante não O banho de fixação fixa a imagem no estado
ocorrem indicações falsas, porém, duas condições po- desejado de revelação.
dem causar acumulo de penetrante confundindo-o com
descontinuidades e rachaduras reais no material, são Interpretação radiográfica
elas:
É a fase mais importante deste tipo de inspe-
Lavagem imperfeita ção, um erro pode trazer graves consequências, preju-
Encaixe entre peças dicando até a estrutura do avião caso defeitos sejam
interpretados erroneamente.
Essas indicações são fáceis de achar, pois Um grave perigo é o falso senso de segurança
apresentam formato e contornos regulares. adquirido pela aceitação da peça ou estrutura baseada
em uma interpretação incorreta.
RADIOGRAFIA
Há três tipos básicos de defeitos:
Radiações X e gama têm características de pe-
netrar materiais e detectar descontinuidades e por isso Falhas
são aplicadas na inspeção radiográfica (raios-X) de Inclusões
componentes metálicos e não metálicos. Irregularidades dimensionais
A radiação é projetada na peça produzindo
uma imagem invisível ou latente no filme, depois de Falhas e inclusões se apresentam em várias
revelado o filme torna-se uma radiografia do objeto; formas desde um plano bidimensional a esferas tridi-
em uma unidade portátil esse é um método rápido e mensionais.
seguro de testar a integridade da estrutura do avião e Rachaduras, rasgos ou vincos terão o aspecto
dos motores, requerendo pouca ou nenhuma desmon- de plano bidimensional, uma cavidade se assemelha a
tagem, somente pessoal treinado e autorizado deve uma esfera tridimensional.
operar o equipamento de raios-X. Outros defeitos como:
10-6
formato e tamanho; pequenos defeitos com extremi- O sistema pulsante pode ser de eco ou de
dade pontiaguda são tão perigosos quanto grandes de- transmissão direta, o de eco é o mais versátil.
feitos de extremidade pontiaguda. O teste de feixe em angulo difere do teste de
A localização do defeito também é impor- feixe direto somente na forma pela qual as ondas ul-
tante, áreas que estão mais sujeitas a esforços devem trassônicas atravessam o material que está sendo tes-
ser inspecionadas com atenção, descontinuidades pró- tado.
ximas umas às outras podem se tornar pontos de con-
centração de esforço. Eco – pulso
Inclusões terão maior ou menor densidade que
a peça radiografada. Os efeitos são detectados medindo-se a ampli-
As considerações sobre formato, tamanho e tude dos sinais refletidos e o tempo necessário para os
localização, aplicam-se tanto a falhas quanto a inclu- sinais irem das superfícies para as descontinuidades.
sões.
Sistema de ressonância
Perigos da radiação
É utilizado principalmente para medida de es-
Uma fonte de rádio isótopos (raios-X) é capaz pessura, quando os dois lados da peça testada são lisos
de destruir o tecido humano. ou paralelos.
Pessoas devem ficar afastadas do feixe primá-
rio dos raios-X. TESTE DE EDDY CURRENT
Alta dose de radiação pode levar a morte, ela
é mais perigosa no centro do corpo onde estão os ór- Analise eletromagnética é o termo que des-
gãos principais. creve os métodos de testes eletrônicos envolvendo a
Pequenas doses podem causar problemas san- interseção de campos magnéticos e correntes circula-
guíneos e intestinais de pouca duração, exposição pro- tórias, a técnica mais usada é a de eddy current.
longada pode causar leucemia e câncer. Eddy current são compostos por elétrons li-
vres que passam através do metal sob influência de um
TESTE ULTRASSÔNICO campo eletromagnético, é usado para inspecionar:
Corretiva:
8 – Na ATA 71.40.02 os números 71, 30, 02 signifi- 15 – Sabemos que ensaios não são destrutivos
cam respectivamente: quando realizados sob peças não prejudicam e nem
interferem com o futuro das mesmas, assinale entre
a) subsistema, subsistema e sistema. as alternativas a que se refere ao ensaio não destru-
b) subsistema, sistema e subsistema. tivo:
c) sistema, subsistema e subsistema.
d) sistema, subsistema e sub subsistema. a) tração
b) fadiga
9 – Na ATA 100 a seguir 20-00-00 os dígitos 00 (zero c) impacto
zero) tem uma característica que significa: d) liquido penetrante
a) manual de voo
b) catalogo ilustrado de peças
c) lista de equipamento mínimo
d) lista condensada de verificações (CHECK LIST)
a) seco
b) úmido
c) revelador
d) úmido e seco
a) raios-X
b) magna flux
c) ultrassom
d) eddy Current
10-10
CAPÍTULO 11
11-2
Mover a manete para a marcha Se o arranque for incapaz de girar
lenta o motor, deve-se aguardar 30 se-
A partida do motor (ignição) é indi- gundos para o combustível ser dre-
cada pelo aumento da temperatura nado antes de tentar outra partida.
dos gases de escapamento
Depois de o motor estabilizado che- FORÇA ELETRICA
car se nenhum limite foi excedido
Desligar a chave do motor de par- Unidades de fonte de força podem ser classi-
tida ficadas, como:
Desligar a chave da ignição
Rebocadas
Partidas problemáticas em turbos jatos
Tração própria
Partida quente:
As unidades de força são normalmente feitas
para suprir corrente contínua, voltagem variável C.C.,
Ocorre quando o motor funciona, energia elétrica para partida em motores a reação e
mas a temperatura dos gases de possuem corrente contínua com voltagem constante
exaustão excedem os limites especi- para partida em motores convencionais.
ficados, é usualmente causada ou
uma mistura excessivamente rica FORÇA HUDRAULICA
entrando na câmara de combustão.
O motor deve ser cortado imediata- Uma unidade portátil de teste hidráulico de
mente. grande desempenho realiza as seguintes funções:
11-3
O GTC é basicamente um compressor centri- Na ponta da mangueira há um fio de aterra-
fugo de dois estágios, acoplado diretamente a uma tur- mento que deve ser ligado próximo ao tanque a ser re-
bina radial de fluxo interno, além de fornecer ar para a abastecido.
linha de sangria supre ar comprimido por combustão O caminhão possui dois fios – terra um é co-
para girar o disco da turbina. nectado a um ponto local de aterramento e o outro é
conectado é a aeronave, a aeronave também deve estar
EQUIPAMENTO DE PRÉ - LUBRIFICAÇÃO aterrada ao solo.
Durante o procedimento de abastecimento o
Em motores convencionais ela é normalmente bico metálico da mangueira não deve arrastar no chão.
necessária antes da partida de um motor novo, esto-
cado ou parado por longo tempo. Reabastecimento por pressão
Um pré – lubrificador fornece óleo pré – aque-
cido sob pressão para assegurar adequada lubrificação É muito usado em aeronaves modernas, tam-
antes da partida de um motor. bém chamado de “ponto único” ou “subalar”.
Se uma conexão da linha de lubrificação tiver Esse sistema:
sido desconectada em um motor a turbina o motor de-
verá ser pré – lubrificado antes de ser novamente gi-
rado. Reduz o tempo de abastecimento,
Um pré – lubrificador portátil fornece baixa Elimina riscos de danos ao mate-
pressão de óleo para o sistema de lubrificação de mo- rial e ao pessoal,
tores a turbina. Reduz as chances de contaminação
do combustível,
ABASTECIMENTO DE AERONAVES Reduz as chances de ignição dos
vapores pela eletricidade estática.
Instrumentos que produzam centelha e mate-
rial que provoque faísca não são permitidos em uma A maioria dos sistemas consiste de:
área de 30 metros (100 pés) da aeronave, para ilumi-
nação devem ser usadas lâmpadas a prova de explosão Uma mangueira de reabasteci-
dentro dos 30 metros. mento por pressão
Combustíveis líquidos derramados devem ser Um painel de controle
removidos com jato de agua ou cobertos com espuma Instrumento que permitam um só
para evitar a ignição. homem abastecer todos os tanques.
Os tanques devem ser enchidos antes de reco-
lher ao hangar e após cada voo, para evitar formação O sistema é geralmente desenhado de forma
de vapor e condensação dentro dos tanques. que uma tubulação seja acessível na ponta da asa ou
O combustível é filtrado e passado em um se- sob a asa próxima a raiz, as válvulas de conexão dos
parador de agua nos tanques de armazenamento e no tanques a linha principal de abastecimento são atuadas
caminhão de reabastecimento, os filtros são checados pela pressão do combustível.
pela manhã e após o veículo ser recarregado, quando
o veículo é carregado aguarda-se 15 minutos e então FOGO
checa-se quanto a presença de agua.
Combustível armazenado em latões deve ser Tipos de incêndio
passado em um funil-coador.
Se for usada camurça na filtragem ela deve ser Classe A:
aterrada por conta da eletricidade estática.
Fogo em materiais comuns, como
Deveres da tripulação durante o abasteci- madeira, tecido, papel, e materiais
mento de revestimento interno.
O caminhão deve estar estacionado tão longe Classe B:
da aeronave quanto à mangueira permita se possível
do lado da aeronave que está recebendo vento, deve Fogo em produtos inflamáveis de
estar paralelo à asa de forma a ser rapidamente remo- petróleo ou líquidos combustíveis
vido. como graxas, solventes, tintas e etc.
Deve-se verificar o tipo de combustível su-
prido pelo caminhão antes de começar o abasteci- Classe C:
mento.
Operações de reabastecimento
11-4
Fogo em equipamentos elétricos O equipamento de CO² deve ser provido de
energizados em que a não conduti- uma corneta não metálica, pelos seguintes motivos:
vidade do agente extintor é fator
importante. Em equipamentos elé- A descarga de CO² através de uma
tricos dezenergizados os extintores corneta metálica pode gerar eletri-
das classes A e B também são ade- cidade estática, podendo provocar
quados. ignição.
O difusor metálico em contato com
Classe D: a corrente elétrica daria um choque
no operador.
Fogo em metais inflamáveis. Não é Agua e espuma não são adequadas ao uso em
considerada um tipo básico por es- equipamentos elétricos.
tar geralmente associada a um in- Fogo classe D:
cêndio das outras classes.
Pó químico seco (evita a oxidação e
a chama resultante)
Extinção de incêndio
Sob nenhuma condição se usa agua em um in-
Três fatores são requeridos para um incêndio: cêndio classe D, a agua provocara uma queima ainda
mais violenta, podendo causar explosão.
Combustível
Verificação periódica dos extintores de in-
Calor cêndio
Oxigênio
1. O extintor adequado no local correto
Quando qualquer um desses fatores é remo- 2. Selos de segurança intactos
vido o fogo se apaga. 3. Remover toda sujeira e ferrugem ex-
terna
Tipos de incêndio versus agente extintor 4. Manômetro na faixa operacional
5. Checar quanto ao peso correto
Fogo classe A:
Agentes extintores
Agua (esfria o combustível abaixo A. Agua e agentes a base de agua.
da temperatura de combustão).
Extintores classes B e C também A agua pode ser combinada com
podem ser efetivos.
compostos anticongelantes ou ma-
teriais que acelerem a penetração
Fogo classe B:
da agua; ela extingue o fogo refrige-
rando o combustível abaixo da tem-
Dióxido de carbono (CO²) peratura de combustão.
Hidro carbonos halogenados (ha-
lons) B. Pó químico seco
Pó químico seco
Quatro tipos de produto são usados:
Todos eles deslocam o oxigênio do ar tor-
nando impossível a combustão. A agua não é efetiva Bicabornato de sódio (formula H),
na classe B. A espuma é efetiva em grandes quantida- para incêndios classe B e C.
des. Fosfato de amônia (multiuso). Para
Fogo classe C: incêndio classes B e C.
Bicabornato de potássio (purpura
Dióxido de carbono (CO²); (desloca K), para incêndios classes B e C d
o oxigênio da atmosfera). alto risco.
Hidrocarbonetos halogenados Pó químico multiuso (ABC), para
Pó químico (em equipamento elé- uso nas classes A, B e C. extingue o
trico energizado e molhado pode fogo retirando o oxigênio e a ca-
agravar a fuga de corrente) mada de pó evita o reacendimento
do fogo.
11-5
A proximidade dos aquecedores de ar devera
C. Gás ser considerada quando selecionando a localização de
um extintor manual.
Dióxido de carbono (CO²), uso nas
classes B e C, toxicidade 5ª. Extintores de solo – Tipo manual
Hidro carbonos halogenados
(freon) são numerados de acordo A seleção de extintores de solo não é restrita
com números do Halon. como os instalados a bordo das aeronaves.
Os mais usados na aviação são o
Halon 1211 e o Halon 1301. Métodos de operação de extintores
11-6
5. O mais importante é o recipiente
não ter a pressão encontrada nos
recipientes padronizados Sistema de ar comprimido
Reboque de aeronaves
11-8
CAPÍTULO 12
12-1
Punções são usados para marcar centros de de-
senhos de círculos, iniciar pontos de furação, abrir fu- A medida do punção é determinada pela lar-
ros em chapas de metal, transferir localizações de fu- gura da face que é usualmente de 1/8 a ¼”.
ros em gabaritos e remover rebites, pinos ou parafusos. Punção para pinos ou “toca pinos”:
Os dois tipos geralmente usados são:
Semelhante ao punção extrator e
Sólidos tem a mesma finalidade, a diferença
Ocos é que o punção extrator tem os la-
dos cônicos em direção à face en-
Os sólidos são classificados de acordo com o quanto o toca pinos tem a haste pa-
formato de suas pontas. ralela.
Tipos de punção: Toca pinos são medidos pelo diâme-
tro da face em 1/32” variando o di-
Centro âmetro de 1/16 a 3/8”.
Ponta (bico) A remoção de um pino ou parafuso
Extrator é iniciada com um punção extrator
Toca pinos até que os lados do pino ou parafuso
Alinhamento toquem a borda do orifício; a partir
Vazador disso o toca pinos é usado para com-
pletar a remoção do pino ou para-
Punção de bico: fuso do orifício.
Não se deve usar punções de bico ou
É usado para fazer marcas de refe- de centro para remover objetos de
rência no metal orifícios, pois a ponta do punção di-
Para transferir medidas de um de- latara o objeto dificultando a remo-
senho no papel diretamente para o ção.
metal.
Chaves
12-3
Usadas para cortar em linha reta, Existem dois tipos
quando a distância não for grande
o suficiente para usar a guilhotina. a) Duras
Para cortar a parte externa de uma b) Flexíveis (apenas os dentes são
curva endurecidos)
As tesouras nunca devem ser usadas para cor- Uma lamina dura é mais adequada
tar chapas de metal muito duro. para serrar latão, aço de ferramen-
tas, ferro fundido, e materiais de se-
Tesoura de aviação: ção sólida, uma lamina flexível é
mais adequada para serrar peças
Designadas especialmente para cor- ocas e metais de seção delgada.
tar ligas de alumínio tratadas a O passo de uma lamina de serra in-
quente e aço inoxidável dica o número de dentes por pole-
Punhos são componentes de uma gada. Passos de 14, 17, 24 e 32 den-
alavanca que fazem quando possí- tes por polegada são os mais utiliza-
vel o corte em materiais com espes- dos.
sura de 0,051”.
São encontradas em dois tipos:
Talhadeiras
a) Aquelas que cortam da direita
para a esquerda São ferramentas de corte feitas de aço duro
b) Aquelas que cortam da es- que podem ser usadas para cortar e desbastar qualquer
querda para a direita metal mais macio do que elas próprias.
A medida de uma talhadeira laminada a frio é
Cortes com tesouras deixam pequenas fraturas determinada pela largura da parte cortante, o compri-
ao longo do corte, por isso os cortes devem ser feitos mento pode variar, mas dificilmente são encontradas
afastados 1/32” da linha marcada e o acabamento deve menores que 12 centímetros (5”) ou maiores que 20
ser feito com uma lima até a linha marcada. centímetros (8”).
Normalmente são feitas de barras de aço com
Arcos de serra a forma hexagonal, endurecida e temperadas.
O ângulo de corte das talhadeiras deve ser de
Um arco de serra comum possui: 60° a 70° para uso geral (cortar arames, fios, tiras de
ferro, pequenas barras ou varas).
Uma lamina
Um arco Bedame chato:
Um punho
Talhadeira especial, laminada a
O punho é encontrado em dois estilos: frio.
Para cortar cantos em esquadro ou
Cabo tipo pistola ranhuras
Cabo reto
Talhadeira de ponta arredondada:
Ao instalar uma lamina em um arco deve-se
colocar a serra com os dentes para frente partindo do Ranhuras redondas, semicirculares
punho. e cantos arredondados.
12-4
Remover rebarbas e lascas de me- Escolher a lima adequada ao mate-
tais rial e ao trabalho a ser executado
Retificar bordas irregulares Manter as limas separadas umas
Limar orifícios e ranhuras. das outras para não se danificarem
Alisar superfícies ásperas Manter as limas em locais secos
porque a ferrugem corroera a
Possuem três classificações distintas: ponta dos dentes
Manter as limas limpas – bater a
a) Seus comprimentos que são me- ponta da lima a cada cinco golpes
didos excluindo a espiga para soltar e remover limalhas –
b) Suas espécies e nomes tem refe- usar escova para mantê-las limpas,
rência com a grossura dos den- lima suja é lima que não corta.
tes
c) Seus cortes Partículas de metal entre os dentes da lima po-
dem provocar profundos arranhões no material que
Usualmente feitas em dois tipos de cortes: está sendo limado.
a) Corte simples
b) Corte duplo MÁQUINAS DE FURAR
Limas e grosas são catalogadas de três manei- A haste da broca é a ponta que será fixada no
ras: mandril da máquina.
Os dois formatos de hastes mais usados em
Comprimento: medido da ponta maquinas manuais são:
para a base do cabo, a espiga nunca
é incluída no comprimento. Haste reta
Forma da seção reta: refere-se à Quadrada ou Pua
configuração física da lima (circu-
lar, retangular, triangular ou uma A haste reta é usada em maquinas manuais
variação destas). (pequenas e grandes) e nas portáteis elétricas; a haste
Corte: refere-se às características quadrada foi feita para ser usada em arcos de pua.
de corte e grossura. Hastes cônicas são usadas em maquinas de fu-
rar de coluna ou de bancada.
a) Grossa, muito grossa e bas- A coluna de metal que forma a parte central da
tarda: para uso na classe de tra- broca é o corpo, a área do corpo logo depois da mar-
balho pesado. gem (guia) tem o diâmetro menor do que a margem
b) Corte médio, morsa e morsa para reduzir o atrito entre a broca e as laterais do furo.
fina: para trabalhos de acaba- O ângulo no qual a ponta da broca é afiada é
mento. chamado de ângulo da ponta da broca, nas brocas pa-
drão para aço e ferro é fundido o ângulo deverá ser de
59° a partir do eixo da broca. Para furações rápidas em
Cuidados com as limas materiais macios deve-se usar ângulos afiados.
O diâmetro da broca é considerado de três ma-
Algumas precauções a serem tomadas com as neiras:
limas:
Por frações
12-5
Por letras FERRAMENTAS DE MEDIÇÃO
Por números.
Reto (manual)
Cônico (manual)
Reto (maquina)
Espiral cônico (maquina)
De expansão
Ajustável
Escareadores
12-6
TESTE FERRAMENTAS MANUAIS E DE ME-
DIÇÃO
a) em diagonal
A ferramenta usada para abrir roscas internas b) bico de pato
é chamada de “macho”, e a usada para abrir roscas ex-
c) bico redondo
ternas é chamada de “cossinete”. Ambas são feitas de d) de universal
aço temperado e afiadas para uma medida exata.
Existem quatro tipos de rosca que podem ser
2) Os dois tipos de parafusos com encaixe na cabeça
feitas com os machos e cossinetes:
de uso mais comum são___e___. As chaves de fenda
para trabalhar com os mesmos___.
National Coarse
National Fine a) fenda e encaixe/são intercambiáveis
National Extra Fine b) fenda e Philips/são intercambiáveis
National Pipe c) Philips e reed and prince/não são intercambiáveis
d) reed and prince e Philips/ são intercambiáveis
Os machos vem em conjuntos de três peças
para cada diâmetro e tipo de rosca, cada conjunto con- 3) Ele mede a quantidade de torção ou giro a ser
tém um macho com entrada cônico, um semi cônico e aplicado a uma porca ou parafuso
o paralelo.
O macho cônico é usado para iniciar o pro- a) tensiômetro
cesso porque ele é cônico no espaço de 6 a 7 fios de b) torquimetro
rosca. c) dinamômetro
O macho semi - cônico suplementa o cônico d) voltímetro
para abrir rosca em furos de uma chapa grossa.
O macho paralelo é usado para abrir roscas em 4) Assinalem com V ou F as afirmações:
furos cegos, isto é, furos que não atravessam o mate-
rial. I – Quando instalamos uma lamina de serra em um
Os cossinetes são classificados em: arco, colocamos a serra com os dentes apontados pra
frente.
Sólidos II – As laminas são feitas de aço e são de dois tipos:
Ajustáveis quebráveis e inquebráveis
III- O passo de uma lamina de serra indica o número
Pela ajustagem do cossinete o diâmetro e a de dentes por polegada
ajustagem da rosca podem ser controlados.
Os cossinetes sólidos ou comuns não são ajus- a) V, V, V
táveis e por isso só podem executar um tipo de fio de b) V, F, F
rosca. c) F, V, F
Existem vários tipos de ferramentas para girar d) V, F, V
machos e cossinetes:
5) As limas são usualmente feitas em dois cortes que
Punho em “T” são?
a) simples e duplo
Desandadores para machos e para b) dobrado e cônico
cossinetes c) horizontal e vertical
d) paralelo e oval
Ao conjunto cossinete e desandador, dá-se o
nome de “tarraxa”. 6) ___de boca é fixada na máquina de furar. ___
temos___. O ângulo da ponta é normalmente de
___.
a) alicate gasista
b) alicate bico de pato 1 A B C D
c) alicate bico redondo 2 A B C D
d) alicate bico de papagaio 3 A B C D
4 A B C D
11) Classifique como V ou F as afirmativas abaixo: 5 A B C D
6 A B C D
I – Punção de ponta é usado para fazer marcas de 7 A B C D
referência no metal
8 A B C D
II – A diferença entre os punções toca pinos e extra-
9 A B C D
tor é que o toca pinos tem os lados cônicos em direção
à face enquanto o extrator tem a haste paralela 10 A B C D
III – os toca pinos são medidos pelo diâmetro da face 11 A B C D
IV – devemos usar um punção de bico ou de centro 12 A B C D
para remover objetos de pequenos orifícios 13 A B C D
V – o punção de bico tem o corpo mais pesado que o
punção de centro e a ponta é afiada com ângulo de
aproximadamente 60°
a) V, V, V, F, F
b) F, F, V, F, F
c) V, F, V, F, F
d) V, F, V, F, V
12-8
CAPÍTULO 13
AERODINÂMICA
A aerodinâmica está relacionada com três par- O principio de Bernoulli estabelece que
tes distintas: quando um fluido passando por um tubo atinge uma
restrição ou estreitamento no tubo a velocidade do flu-
Aeronave ido que passa pela restrição aumenta e pressão reduz.
Vento relativo Quando o ar passa pela superfície superior de
Atmosfera um aerofólio sua velocidade aumenta e sua pressão di-
minui, criando uma área de baixa pressão; o ar que
A atmosfera passa na superfície inferior do aerofólio forma uma
área de maior pressão que tende a mover a asa para
O ar é uma mistura de gases composta basica- cima, essa diferença de pressão entre as superfícies da
mente de nitrogênio e hidrogênio. asa é chamada de sustentação.
O ar é considerado um fluido; um fluido é uma ¾ da sustentação total de um aerofólio é resul-
substancia que pode fluir ou trocar sua forma quando tado da redução de pressão sobre a superfície superior,
é aplicada pressão. o impacto do ar na superfície inferior produz ¼ da sus-
O ar tem peso, assim qualquer coisa mais leve tentação total.
do que o ar ira subir no ar. Uma aeronave em voo está soba a ação de qua-
tro forças:
Pressão
Gravidade ou peso (puxa a aero-
É geralmente medida em polegadas de mercú- nave para baixo)
rio, ao nível do mar a altura do mercúrio no tubo mede Sustentação (empurra a aeronave
29,92 polegadas. para cima)
A pressão atmosférica varia com a altitude; Empuxo (move a aeronave para
quanto mais alto um objeto estiver em relação ao nível frente)
do mar, menor será a pressão.
Arrasto (exerce a ação de um freio)
Densidade MOVIMENTO
Densidade é a medida do peso por unidade de É o ato ou processa de troca de lugar ou posi-
volume. ção.
A densidade varia em proporção direta com a O ar só tem força ou potencia quando está em
pressão. movimento, um objeto no ar inerte tem uma força
A densidade varia inversamente com a tempe- exercida sobre ele que é resultado do seu próprio mo-
ratura. vimento.
O ar é mais denso em grandes altitudes do que O fluxo de ar em volta do objeto causado pelo
em pequena e massa de ar frio é mais densa que a movimento do ar ou do objeto ou de ambos é chamado
massa de ar quente, assim, com uma mesma potencia de vento relativo.
uma aeronave pode voar mais rápido em grandes alti-
tudes aonde a densidade é menor e o ar oferece menos Velocidade a aceleração
resistência à aeronave, pois ele contém um menor nu-
mero de partículas por volume. SPEED:
Umidade Indica a razão do movimento
É a quantidade de vapor d’agua no ar.
VELOCITY:
Quanto mais elevada à temperatura do ar mais
vapor d’agua ele pode absorver; considerando-se que
Indica a razão do movimento em
a temperatura e pressão permaneçam iguais a densi-
dade varia inversamente com a umidade, nos dias úmi- uma direção de uma partícula em
dos a densidade do ar é menor que nos dias secos, por relação ao tempo.
isso em dias úmidos a aeronave requer uma pista mais
longa para decolagem.
13-1
Um aumento na velocidade da aeronave é uma Aumentando a área da asa
aceleração positiva, uma redução na velocidade é uma Aumentando a velocidade do fluxo
aceleração negativa. livre ou a densidade do ar
Trocando o formato do aerofólio
Lei do movimento de Newton
Ângulo de ataque:
Princípio da inércia (1ª lei):
Corda:
Um corpo em repouso tende a per-
manecer em repouso a menos que A corda de um aerofólio (ou seção
uma força seja aplicada a ele. Uma da asa) é uma linha imaginaria que
aeronave sai do seu estado de re- passa da seção do bordo de ataque
pouso através da força de empuxo para o bordo de fuga
criada pela hélice, expansão dos ga- A linha da corda constitui um lado
ses de escapamento, ou ambos. do ângulo de ataque o outro lado é
constituído pela direção relativa do
Princípio fundamental da dinâmica (2ª lei): fluxo de ar.
Sempre que uma aeronave muda a sua atitude É a habilidade de uma aeronave ao
voo, ela tem que girar sobre um ou mais de seus eixos. longo de sua trajetória de voo para
resistir aos esforços que lhe são im-
postos.
Controlabilidade:
Estabilidade estática
13-4
continuar na direção de desloca- superfícies, isso cria mudanças no balanceamento das
mento, porém permanece em equi- forças que agem para manter a aeronave em voo reto e
líbrio na direção do distúrbio. nivelado.
Estabilidade lateral
Grupo secundário
13-7
Compensadores ajustáveis são ou controlados
da cabine ou ajustados no solo antes da decolagem, e
são instalados nos profundores, ailerons e leme.
Servo compensadores
Servo comando
13-8
Plano: (é articulado com a asa for- FORÇAS QUE ATUAM SOBRE UM HELICOP-
mando uma parte da superfície TERO
quando recolhido)
Bipartido: (possui articulação na O helicóptero deriva sustentação de um aero-
parte inferior da asa, próximo ao fólio rotativo denominado rotor.
bordo de fuga permitindo que ele Durante qualquer tipo de voo horizontal ou
seja abaixado da superfície fixa su- vertical existem quatro forças atuando:
perior).
“Fowler”: (instalado na parte infe- Na sustentação,
rior da asa de forma a facear com a No empuxo,
superfície, quando é acionado des- No peso e
liza para trás sobre trilhos e pende No arrasto do helicóptero
para baixo ao mesmo tempo; eles
aumentam a área da asa e assim au- Sustentação é:
mentam a sustentação sem aumen-
tar o arrasto). A força requerida para vencer o
Estolado: (similar ao “Fowler" em peso do helicóptero.
operação, porém, similar ao plano
em aparência, durante a operação Empuxo é:
se desloca para baixo e para trás
abrindo um eslote que permite A força requerida para vencer o ar-
fluxo de ar sobre a superfície supe- rasto sobre a fuselagem e outros
rior da asa alinhando o fluxo de ar componentes do helicóptero.
e a eficiência do flap).
Durante voo pairado, numa condição sem
vento o plano desenvolvido é horizontal:
13-9
Dessa forma inclinando a força sustentação- A componente sustentação:
empuxo para frente, a força resultante sustentação-em-
puxo pode ser decomposta em duas componentes: É reto para cima
13-10
A área dentro do plano desenvolvido pelo ro- mado de feito solo e ajuda na sustentação do helicóp-
tor principal é conhecida como área de disco ou disco tero durante o voo pairado, geralmente é efetivo a uma
do rotor. altura de aproximadamente metade do diâmetro do
Quando pairando no ar a sustentação criada disco rotor, a aproximadamente 3 a 5 milhas por hora
pelas pás do rotor em todas as direções é igual. do solo o helicóptero deixa o colchão.
A assimetria de sustentação é criada pelo voo
horizontal ou vento durante o voo pairado e é a dife- Autorrotação
rença entre sustentação existente entre a metade da pá
avançada da área do disco e a metade da pá retraída. É o termo usado para a condição de voo du-
Devido a maior sustentação na pá que avança rante a qual não a fornecimento de potencia do motor,
o helicóptero tende a rolagem a menos que alguma seja o rotor principal é acionado apenas pela ação do vento
feita ara equalizar a sustentação durante o voo hori- relativo.
zontal ou quando pairando no vento. A transmissão (ou trem de potencia) é proje-
tada para que o motor quando para seja automatica-
Ângulo de batimento mente desengajado do sistema do rotor principal para
permitir que este gire livremente na sua direção origi-
No sistema de rotor tri pá as pás são ligadas ao nal.
cubo do rotor pela articulação horizontal a qual per- Quando o helicóptero está em auto rotação o
mite que as pás se movam no plano vertical (para cima fluxo de ar do rotor é para cima e esse fluxo faz com
e para baixo na medida em que elas giram). que o rotor continue girando após a falha do motor.
A combinação do ângulo de ataque reduzido A parte da pá do rotor que produz as forças
na pá que avança e o ângulo de ataque aumentado na que fazem com que o rotor gire sem potencia do motor
pá que recua pela ação do ângulo de batimento tende a é aquela entre aproximadamente 25 a 70% do raio a
equalizar a sustentação sobre as duas metades do disco partir do centro, essa parte é chamada de região de aci-
do rotor. onamento ou auto rotação.
Para amortecer as vibrações causadas pelos Os 25% da parte interna da pá (região de estol)
batimentos das pás amortecedores hidráulicos limitam opera acima do ângulo máximo de ataque (ângulo de
o movimento das pás sobre o braço de arrasto, esses estol) contribuindo com pouca sustentação e conside-
amortecedores também tendem a manter o relaciona- rável arrasto diminuindo a rotação da pá.
mento geométrico das pás. Os 30% para a extremidade da pá são conhe-
Rotor articulado: cidos como região de propulsão, pois as forças nessa
região produzem pouco arrasto.
Permite o movimento individual Durante o voo para frente em auto rotação es-
das pás em relação ao cubo tanto no sas regiões são deslocadas através do disco para a es-
plano vertical quanto no horizontal. querda. A R.P.M. do rotor estabiliza quando as forças
auto rotativas de empuxo e arrasto e a região de estol
Formação de cones são iguais.
A velocidade do som é muito importe no es- 13-7 Comparação dos fluxos através de um tubo fechado
tudo do fluxo de ar de alta velocidade além de variar
com a temperatura ambiente, ao nível do mar em um Exemplos típicos de fluxo supersônico
dia padrão a velocidade do som é de cerca de 661,7
nós (760 MP/h). Com fluxo supersônico todas as mudanças na
Na medida em que a asa se desloca através do velocidade, temperatura, densidade e direção do fluxo
ar ocorrem mudanças na velocidade local as quais acontecem repentinamente e em curta distancia, as aá-
criam perturbações no fluxo de ar ao redor da asa, es- reas de mudança são distintas e os fenômenos causa-
sas perturbações são transmitidas através do ar na ve- dores da mudança são chamados de formação de on-
locidade do som. das. As ondas de compressão são conhecidas como on-
O efeito da compressibilidade do ar, não de- das de choque.
pende de sua velocidade, mas do relacionamento entre Três tipos de ondas podem ocorrer em um
a velocidade do ar e a velocidade do som; esse relaci- fluxo supersônico:
onamento é chamado de numero de MACH, e é a razão
ente a velocidade verdadeira do ar e a velocidade do 1. Ondas de choque obliquas (com-
som a uma altitude particular. pressão em ângulo inclinado)
Uma vez que é possível ter fluxos tanto sub- 2. Ondas de choque normais (com-
sônicos quanto supersônicos na aeronave ao mesmo pressão em ângulo reto)
tempo os regimes de fluxo são definidos da seguinte 3. Ondas de expansão
forma:
13-12
A natureza da onda depende do numero de os vapores de combustível irão
Mach, da forma do objeto causador da mudança de queimar na presença de ar sem ne-
fluxo e da direção do fluxo. cessidade de centelha.
Afetar o desempenho dos motores
Onda de choque normal turbo jato por causa da alta tempe-
ratura do ar na entrada do com-
Sempre que uma onda de choque se forma per- pressor.
pendicular ao fluxo livre é chamada normal (ângulo
reto) e o fluxo imediatamente atrás da onda é subsô-
nico (não importa quão intenso o numero de Mach do TESTE AERODINÂMICA
fluxo livre possa ser).
Uma onda de choque normal se forma imedi-
atamente na frente de qualquer objeto relativamente
despontado num fluxo de ar supersônico, diminuindo
esse fluxo de ar para subsônico de modo que o fluxo 1. São componentes da empenagem?
possa fluir em volta do objeto.
a) ailerons, leme e profundor.
Onda de expansão b) leme, estabilizadores e flaps.
c) compensadores, ailerons e flaps.
Se um fluxo de ar for desviado do seu caminho d) estabilizadores, leme e profundor
normal uma onda de expansão será formada.
2. O componente da resultante aerodinâ-
Superfícies de controle mica paralela ao vento relativo deno-
mina-se?
Superfícies de controle de bordo de ataque po-
dem ser afetadas de maneira adversa pelas ondas de a) peso
choque formadas em voo acima do numero de Mach b) tração
critico da superfície de controle, se o fluxo de ar for c) arrasto
separado por ondas de choque a vibração de pré-estol d) sustentação
resultante da superfície de controle pode ser muito in-
conveniente. 3. Angulo de incidência é formado pela
A instalação de geradores de redemoinho pode corda do aerofólio e o?
reduzir a vibração de pré-estol causada pela separação
de fluxo de choque induzido. a) eixo vertical da aeronave
A alteração na distribuição de pressão devido b) direção do vento relativo
à localização da onda de choque pode criar alterações c) sentido do vento relativo
muito grandes nos momentos de articulação da super- d) eixo longitudinal da aeronave
fície de controle.
Um sistema de controle irreversível emprega 4. Os aviões que pousam tanto em super-
potencia hidráulica ou atuadores elétricos para mover fícies solidas quanto liquidas são classi-
as superfícies de controle, assim às cargas de ar desen- ficados como?
volvidas nas superfícies não podem ser sentidas pelo
piloto. a) anfíbios
b) planadores
AQUECIMENTO AERODINAMICO c) terrestres
d) hidroaviões
Quando o ar flui sobre qualquer superfície ae-
rodinâmica ocorrem reduções de velocidade que pro- 5. A porcentagem média de nitrogênio na
duzem correspondentes aumentos de temperatura, em- atmosfera é de:
bora irrelevantes em voos subsônicos os aumentos de
temperatura do ar afetam os voos supersônicos. a) 4%
Temperaturas elevadas podem: b) 21%
c) 78%
Produzir reduções específicas na d) 98%
resistência das ligas de alumínio e
requerem a utilização de titânio e
aços inoxidáveis 6. O trem de pouso que não se recolhe em
Aquecer o combustível até a tempe- hipótese alguma se denomina:
ratura de ignição espontânea, assim
13-13
a) fixo
b) retrátil 14. Parte que da formato aerodinâmico a
c) escamoteável asa:
d) triciclo
a) pestana
7. O acionamento dos compensadores b) nervura
proporciona: c) longarina
d) lemes
a) uma guinada
b) um rolamento 15. O descolamento do ar em torno da asa
c) comandos sincronizados produz uma força que empurra a asa
d) alivio nos comandos das superfícies para:
12. São superfícies de comando primarias 19. O movimento de subir e descer (cabrar
e picar) é realizado em torno do eixo:
a) aileron, compensadores, leme.
b) aileron, profundor e leme. a) transversal
c) asa, compensador b) longitudinal
d) manche, painel de controle c) vertical
d) diagonal
13. São freios aerodinâmicos:
20. O teorema de Bernoulli é aplicado na
a) reverso construção do:
b) aileron
c) speed brake a) tubo de Pitot
d) a e c estão corretas b) tubo de Venturi
13-14
c) velocímetro c) qualquer superfície projetada com ângulo
d) altímetro de ataque e fuga
d) qualquer superfície projetada para produzir
21. A força de sustentação deve-se a: sustentação
26 O que é um aerofólio?
13-15
a) ligas de alumínio reforçado A B C D
b) ligas de ferro fundido e aço 1 X
c) ligas de titânio e aços inoxidáveis 2 X
d) ligas de ferro molibdênio e silício 3 X
4 X
5 X
6 X
33 Qual componente é responsável por pro- 7 X
porcionar desacoplamento da transmissão princi- 8 X
pal com o motor em caso de falha do mesmo? 9 X
10 X
a) roda livre
11 X
b) eixo principal
12 X
c) rotor de cauda
13 X
d) caixa de transmissão
14 X
34 Assinale a alternativa errada: 15 X
16 X
a) os três eixos de voo são: lateral, vertical, 17 X
transversal. 18 X
b) cíclico, pedais e coletivo são comandos de 19 X
voo 20 X
c) tração, arrasto, sustentação e peso são for- 21 X
ças que atuam em voo 22 X
d) no helicóptero temos três caixas de trans- 23 X
missão 24 X
25 X
26 X
27 X
28 X
29 X
30 X
31 X
32 X
33 X
34 X
13-16