assistentes sociais:
precarização ética e técnica
do exercício profissional
Working conditions of social workers: ethical and technical
precariousness of professional practice
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* Professora Associada I do Departamento de Serviço Social da Universidade Federal de Santa Catarina. Corres-
pondência: DSS/CSE/UFSC: Campus Universitário João David Ferreira de Lima - Florianópolis-SC. CEP: 88040-900.
Email: <maria.teresa.santos@ufsc.br>
** Professora Associada IV do Departamento de Serviço Social da Universidade Federal de Santa Catarina. Corres-
pondência: DSS/CSE/UFSC: Campus Universitário João David Ferreira de Lima - Florianópolis-SC. CEP: 88040-900.
Email:<vania.maria.manfroi@ufsc.br>
Introdução
A partir do recorte de pesquisas desenvolvidas sobre o assistente
social no mercado de trabalho, este artigo aborda quais são os principais
desafios postos a esses profissionais face à precarização das condições éticas
e técnicas do exercício da profissão, replicando o cenário do trabalho preca-
rizado de uma forma geral, no Brasil e no mundo.
Acredita-se que o tema é pouco debatido na categoria e é, sem
dúvida, necessário para a continuidade do amadurecimento teórico e prático
da profissão. O ponto de partida teórico recolhe da tradição marxista os ele-
mentos para uma análise da problemática, em um esforço de partir do empírico
não para simplesmente referendá-lo, mas para buscar as tendências reais.
Marx (2013) acena com uma reflexão sobre a apropriação do
real no prefácio à primeira edição de O capital, no qual diferencia os ins-
trumentos de pesquisa, nas ciências naturais, do conhecimento sobre o
real histórico, mediado pela forma-mercadoria.
Maranhão (2008) ainda lembra que, para sair de uma visão abstrata
da questão social, é necessário utilizar a Lei Geral da Acumulação Capitalista
em “sua complexidade, seu caráter de corolário (necessário) ao desenvol-
vimento capitalista em todos os seus estágios” (NETTO apud MARANHÃO,
2008, p. 42). Portanto, desemprego e pauperização não são algo novo,
pois são inerentes ao sistema do capital cuja centralidade é a exploração
do trabalho e a apropriação privada da riqueza socialmente produzida.
O cenário de precarização, portanto, remete à necessidade de
que se pense sobre as condições de trabalho do assistente social e sobre as
repercussões nas suas condições de saúde e mesmo no próprio exercício
profissional.
Considerações finais
Referências
DOI: 10.12957/rep.2015.21057
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