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INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DA GRANDE FLORIANÓPOLIS

CURSO DE FISIOTERAPIA

BÁRBARA ZILLI SCHMIT,


CAMILE DA SILVA SOUZA,
LETÍCIA VIEIRA CARPES.

CORPOS DEFICIENTES QUE SÃO EFICIENTES E BASTANTE


DIFERENTES:
Cadeirantes

São José
2019
INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DA GRANDE FLORIANÓPOLIS

CURSO DE FISIOTERAPIA

BÁRBARA ZILLI SCHMIT,


CAMILE DA SILVA SOUZA,
LETÍCIA VIEIRA CARPES.

CORPOS DEFICIENTES QUE SÃO EFICIENTES E BASTANTE


DIFERENTES:
Cadeirantes

Trabalho apresentado a disciplina de


Corporeidade e Motricidade Humana.
Professora: Amanda Soares.

São José
2019
Corpos Deficientes

A temática deficiência está na agenda política de organismos multilaterais, como


a ONU (Organização das Nações Unidas) e a OIT (Organização Internacional do
trabalho). A ONU é responsável pela proposição da Declaração dos direitos das
Pessoas Portadoras de Deficiência, segundo resolução aprovada em 1975, o
que pode ser visto como um marco com a preocupação em proporcionar para
pessoa com deficiência participação da vida comunitária com igualdade em
condições como os demais indivíduos. A OIT, vale destacar a promulgação de
1983 da Convenção Internacional nº 159, a necessidade de existência de
medidas capazes de inserir os portadores de deficiência a atividades
remuneradas produtivas em sintonia com os direitos estabelecidos pela ONU.
(RIBEIRO E CARNEIRO, 2009; BAHIA E SCHOMMER, 2010 ).

O Brasil ratificou a convenção da OIT através da Lei nº 7.853, que foi editada em
outubro de 1989, e foi implicada a política de cotas empregatícias para
portadores de deficiências por meio da Lei nº 8.213, de julho de 1991. A Lei
impõe que empresas com mais de 100 funcionários, devem reservar vagas para
pessoas com deficiência habilitadas ou reabilitadas para o desenvolvimento da
função. A norma varia de 2% a 5% da quantidade de funcionários formalmente
empregados, a não observância desse preceito é considerada discriminatória e
proibida pela Constituição Federal de 1988. (RIBEIRO E CARNEIRO, 2009;
BAHIA E SCHOMMER, 2010).

Todas as pessoas portadoras de algum tipo de deficiência devem ter direito ao


alcance nas áreas da saúde, do trabalho, da educação e ao lazer. Tendo toda a
acessibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para a
utilização com segurança de edificações, mobiliários, os equipamentos urbanos,
os transportes e meios de comunicação. (SOUZA, 2014; MENDES E PAULA,
2008).

O preconceito da sociedade dês de antigamente é abundante até os dias atuais, um


impasse maior do que as arquiteturas de acessibilidade no meio físico para os
portadores de deficiência. Em decorrência disso, a existência da discriminação é
reflexo da valorização dos padrões criados pela consciência coletiva. (RECHINELI,
2008; SOUZA, 2014).

Para um portador de necessidades especiais, como os cadeirantes é marcada


pela restrição dês da sua infância, decorrendo da negação da família,
principalmente na forma da educação até na vida adulta como a procura de um
emprego e que muitas vezes não tem o apoio familiar. Levando a desencadear
um sentimento de cárcere, pelo fato de ser privado das suas próprias
necessidades básicas. (NASCIMENTO, 2012)
Corpos Eficientes

O cenário de aceleradas mudanças empresariais e sociais na atualidade impõe


novos desafios e grandes demandas. Dentre as novas demandas empresariais
está o engajamento no combate ao preconceito, criando oportunidades de renda
e trabalho a pessoas discriminadas. (BAHIA E SCHOMMER, 2010).

Como uma modalidade esportiva, a dança na cadeira de rodas é algo que vem
colaborando com o crescimento social de pessoas portadoras de necessidades
físicas, ou seja, auxiliando na inclusão social, no desenvolvimento físico e mental
dos pacientes. Tem como finalidade apontar a relevância da prática terapêutica
da dança para cadeirantes, assim como, a melhora da autoestima, encoraja a
independência, a experiência intensiva com suas possibilidades de limitações, ,
a interação com outras pessoas, a vivência de situações de sucesso,
proporcionando a melhoria da auto valorização e auto confiança. (MARCIEL,
2009).

O Basquetebol com cadeira de rodas, que está crescendo e se tornando


bastante conhecido nos tempos atuais. Este esporte coletivo facilita a interação
das pessoas com as mesmas condições, melhora a saúde mental e física. Por
serem pessoas com deficiência, ainda nos dias de hoje, estas pessoas passam
por várias dificuldades, sendo assim, o basquete é um amenizador e um ato de
superação e conquista para os esportistas. ( LEONI E ZAMAI, 2006; QUINTANA
E NEIVA, 2008).
Corpos Diferentes

Aceitar a diversidade humana, assim como entender que cada pessoa pode
independente das suas condições físicas ter a inclusão e o respeito, seja na
escola ou na sociedade. Depende basicamente da mudança de pensamento dos
indivíduos e entender que cada um tem suas característica e diferenças.
(SLOBOJA, 2014)

Sendo diferente na perspectiva da diversidade humana, hoje as diferenças


devem ser encaradas como positivas e de peso muito importante para a
identidade social, pois é fator para aceitação, acolhimento, solidariedade e acima
de tudo reconhecimento. As diferenças devem ser observadas como troca de
longas experiências e grande aprendizado. Estando presente ente todos, o corpo
deficiente, se mostra aberto a oportunidades, e possibilidades que lhe propõem,
o ser humano deve ser apresentado a mesma, mesmo sendo um corpo
fragilizado. (RECHINELI, 2008)

Superar o antigo conceito do ser fragilizado, mutilado, reduzido, incapaz, é isso


que a corporeidade propõe, um conceito pluridimensional. Possibilitar a vivencia
individual e coletiva, respeitando as diferenças existentes, poderá acontecer na
medida em que o assunto for se dilacerando e ganhando força, na capacidade
de promover inclusão. (RECHINELI, 2008)

As relações vividas podem levar à compreensão e respeito, a vivência entre


corpos diferentes seja em qualquer ambiente e ocupação podem levar a
sentimentos coo solidariedade e igualdade. Não podemos levar em nossas
cabeças como deficientes corpos que estão fora do padrão social imposto, cada
ser humano, independentemente de sua condição física leva consigo seus
talentos e habilidades únicas e exclusiva. (RECHINELI, 2008).
Conclusão

Portanto com base nesses aspectos, nota-se que incluir uma pessoa portadora
de necessidades especiais na sociedade, não é algo tão simples como se
parece. A garantia de igualdade de direitos estabelecidas em lei, nem sempre é
cumprida em sua totalidade e as condições de acesso e permanência nas
escolas às vezes é ineficiente. Em decorrência disso cabe respeitar as
diferenças entre os indivíduos e devem ser compreendidas por todos.
Possibilitando a vivência individual e coletiva que conduz as pessoas na
perspectiva de promover a inclusão, ou seja, a conjunção de todos aceitando e
respeitando as diferenças.
Referência

BAHIA, Melissa Santos; SCHOMMER, Paula Chies. Inserção profissional de


pessoas com deficiências nas empresas: responsabilidades, práticas e
caminhos. Salvador, 2010.

LEONI, Camila Ferreira; ZAMAI, Carlos Aparecido. Análise das dificuldades


dos cadeirantes para a prática do basquetebol em cadeira de rodas. Movimento
e percepção, Espírito Santo do Pinhal-SP, 2006

MARCIEL, Lilian de Fátima; CAMARGO, Cesar Alex; JUNIOR, Guanis de


Barros Vilela. Reflexões sobre a dança em cadeira de rodas, seus benefícios e
contribuições na vida de deficientes físicos. Centro de pesquisas avançadas
sobre qualidade de vida, Ponta Grossa-PR, 2009.

MENDES, Bruna C.; PAULA, Nilma Morcerf. A Hospitalidade, o Turismo e a


Inclusão Social para Cadeirantes. Turismo em Análise, agosto de 2008.

NASCIMENTO, Vagner Ferreira. Acessibilidade de deficientes físicos em uma


unidade de saúde da família. Revista Eletrônica Gestão & Saúde, 2012.

QUINTANA, Rafael; NEIVA, Cassiano Merussi. Fatores de Risco para


Síndrome Metabólica em Cadeirantes - Jogadores de Basquetebol e Não
Praticantes. Rev Bras Med Esporte, 2008.

RECHINELI, Andréa; PORTO, Eliane Tereza Rozante; MOREIRA, Wagner


Wey. Corpos deficientes, eficientes e diferentes: uma visão a partir da
educação física. Rev. Bras. Ed. Esp., Marília, Mai.-Ago. 2008.

RIBEIRO, Marco Antônio; CARNEIRO, Ricardo. A inclusão indesejada: as


empresas brasileiras face à lei de cotas para pessoas com deficiência no
mercado de trabalho. Salvador, 2009.

SLOBOJA, Rosenilda. A acessibilidade e a inclusão social de deficientes físicos


(cadeirantes) nas escolas público-estaduais de Goioerê: superando as
barreiras da educação. Medianeira- PR, 2014.

SOUZA, Daianne Pereira; CABRAL, Rayany Martins; ALVARENGA, Gabriella


Assumpção. Atletas cadeirantes de basquete na experiencia de acessibilidade.
Fragmentos de cultura, Goiânia, 2014.

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