Salvador – BA
21, 22 e 23 de maio de 2019
NOTA CONCEITUAL
Introdução
O I Fórum Brasileiro de Ciência, Tecnologia e Inovação para os Oceanos pretende reunir
interessados de vários setores, como governo, academia e iniciativa privada, para
compartilharem experiências e conhecimento na área de ciências do mar com o objetivo de
subsidiar uma posição consensuada da ciência oceânica nacional em temas que requerem
a atuação do Brasil.
Organizado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), o
I Fórum Brasileiro de Ciência, Tecnologia e Inovação para os Oceanos será realizado em
Salvador, BA, de 21 a 23 de maio de 2019.
O objetivo do I Fórum Brasileiro de CT&I para os Oceanos é nivelar o conhecimento,
debater e propor sugestões às atividades e iniciativas brasileiras em temas nos quais o
País deve se posicionar e negociar rumos mais benéficos à ciência marinha nacional.
Pretende-se conduzir os debates de forma orientada ao resultado em câmaras técnicas ao
longo de dois dias de evento, obtendo um panorama da ciência que subsidiará a posição
brasileira em quadros internacionais relevantes para o desenvolvimento sustentável dos
oceanos.
Inicialmente estima-se a organização de quatro câmaras técnicas que versarão sobre os
seguintes temas: 1. Conservação e uso sustentável da biodiversidade marinha além da
jurisdição nacional – BBNJ; 2. Objetivo de Desenvolvimento Sustentável – ODS 14 – Vida
na Água; 3. Cooperação Técnico-Científica em todo o Atlântico; e 4. Infraestrutura de
pesquisa marinha. Maior detalhe sobre os temas é dado abaixo.
Resultados esperados
O I Fórum Brasileiro de CT&I para os oceanos tem como resultado esperado aumentar a
capacidade das autoridades competentes para responder aos desafios de sustentabilidade
do meio marinho, abordando os aspectos científicos de forma adequada, por meio de
subsídios gerados no evento.
Por meio do debate dirigido em Câmaras Técnicas, Governo, membros da comunidade
científica e da iniciativa privada terão a oportunidade de nivelar conhecimento e debater
ações e estratégias necessárias para subsidiar a participação brasileira em diferentes
frentes.
A participação é livre e cada inscrito terá acesso prévio a documentos balizadores da
discussão, descrevendo o histórico do tema, posições já adotadas nas negociações e
demais informações necessárias ao preparo do debate. Cada Câmara se iniciará com uma
breve apresentação niveladora do tema e será designado um coordenador da mesa e um
relator. A plenária final do evento apresentará os resultados e recomendações acordadas.
O Anexo traz uma proposta de minuta de agenda para o evento.
As quatro Câmaras serão:
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I FÓRUM BRASILEIRO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO PARA OS OCEANOS
A Declaração de Belém sobre pesquisa no Atlântico foi assinada em julho de 2017 pelo
Brasil, União Europeia e África do Sul, com o objetivo de avançar nas iniciativas de
colaboração científica no Oceano Atlântico e cooperar continuadamente em ciência,
pesquisa e inovação marinha, com vistas a implementar o benefício mútuo advindo da
integração das atividades de pesquisa no Atlântico Sul e no Oceano Austral com aquelas
realizadas no Atlântico Norte. Ademais, a Declaração de Belém atuará na cooperação em
inovação com vistas a explorar sinergias entre os atores participantes; aumentar a
eficiência operacional por meio da otimização do uso apropriado e compartilhamento de
infraestruturas de pesquisa, acesso e gerenciamento de dados e plataformas; e continuar
aprofundando o desenvolvimento do conhecimento científico dos ecossistemas marinhos e
interação entre os oceanos e mudanças climáticas.
O Acordo de Consórcio AANChor – All Atlantic Cooperation for Ocean Research and
Innovation é fruto da implementação da Declaração de Belém. Pelo lado brasileiro, além do
MCTIC, integram a proposta o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico) e a CONFAP (Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à
Pesquisa). No total, são 17 instituições da Europa, Argentina, Cabo Verde e África do Sul.
Seu objetivo principal é instrumentar plataformas de experts por todo o Atlântico para
subsidiar ações que implementem a Declaração de Belém.
O Centro Internacional de Pesquisa Atlântica (Atlantic International Research Center - AIR
Center) surgiu a partir de uma iniciativa do Ministério de Ciência, Tecnologia e Ensino
Superior de Portugal que, após uma série de reuniões entre governantes de sete países
(que além de países europeus já incluíam o Brasil e a África do Sul) apresentou a proposta
de um Centro de Pesquisas Internacional com foco nas ciências espaciais, oceânicas e de
dados. No Brasil, a proposta de estabelecimento do AIR Center foi suscitada pelo lado
português durante a I reunião da Subcomissão de Assuntos de Ciência, Tecnologia e
Inovação entre Brasil e Portugal, realizada em 30 de junho de 2016, bem como na Cimeira
Luso-Brasileira na mesma data, ocasião na qual ambos os chefes de Estado apoiaram a
ação. O AIR CENTER tem por objetivo constituir uma organização científica internacional,
sediada nos Açores, abarcando uma rede de organizações de ciência, tecnologia e
inovação (CT&I) de países atlânticos e não atlânticos, dedicada à promoção de uma
abordagem holística e integradora em relação ao conhecimento sobre mudanças climáticas,
sistemas de energia, ciências oceânicas, espaço e ciência de dados no Atlântico.
As Nações Unidas declararam a Década Internacional da Ciência Oceânica para o
Desenvolvimento Sustentável, período que será observado a partir de 2021 e até 2030.
Esta iniciativa visa ampliar a cooperação internacional em pesquisa para promover a
preservação dos oceanos e a gestão dos recursos naturais de zonas costeiras. As
atividades do decênio serão lideradas pela UNESCO.
Nesta Câmara se faz necessário discutir os rumos que a comunidade científica deseja ver
refletidos nesta construção, bem como elencar possibilidade de avanços nas áreas
priorizadas na Declaração de Belem, quais sejam: 1. Variabilidade climática e abordagens
ecossistêmicas; 2. Observação oceanográfica (incluindo mapeamento do leito marinho),
previsão climática e monitoramento de processos e sistemas; 3. Segurança alimentar,
gerenciamento pesqueiro, aquicultura e biodiversidade; 4. Tecnologias oceânicas (inclusive
para observação e energia marinha renovável); 5.Os efeitos de poluentes emergentes; e 6.
Pesquisa polar (especialmente interconexões entre o Atlântico, o Oceano Austral e a
Antártica).
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I FÓRUM BRASILEIRO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO PARA OS OCEANOS
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I FÓRUM BRASILEIRO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO PARA OS OCEANOS
Anexo
I Fórum Brasileiro de Ciência, Tecnologia e Inovação para os Oceanos
Salvador – BA
21, 22 e 23 de maio de 2019
AGENDA TENTATIVA
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I FÓRUM BRASILEIRO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO PARA OS OCEANOS