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Novo Testamento
Unidade 4
1
Aula 1 - O livro de Hebreus
Objetivos
Introdução da aula
Indicação de áudio
Pano de fundo
Judaísmo, tanto por tradição como por convicção, só podia conduzir a uma
separação brusca e definitiva. Os membros da igreja judaica continuavam
apegados às observâncias da Lei apesar de confiarem em Jesus, o Messias,
para sua salvação.
2
o mundo daquela época rivalizavam com as sinagogas em número de
membros e em crescimento.
Essa ruptura foi acentuada ainda mais por dois outros fatores. Logo de início,
quando, em Jerusalém, Pedro dissera a um público constituído por judeus:
"Pois a promessa é para vocês, para os seus filhos e para todos os que estão
longe, para todos quantos o Senhor, nosso Deus, chamar" (Atos 2.39), ficará
proclamada a universalidade do evangelho.
O segundo fator que tornou completa essa ruptura foi a queda de Jerusalém
em 70 d.C.
Para os cristãos judeus, essa tensão criava alguns problemas invulgares. Todos
os cristãos criam na autoridade divina do Antigo Testamento e serviam-se dele
como base de sua fé e pratica. Agora, como interpretar o Antigo Testamento?
3
voltassem para o legalismo, estariam abandonando Cristo e perderiam tudo
quanto ele pusera ao alcance deles.
Não era uma decisão fácil, e muitos judeus cristãos tanto na Palestina como na
dispersão tropeçavam em uma ambiguidade de pensamento. A decisão era
importante por afetar os destinos da igreja. Os judeus cristãos tinham, de uma
maneira geral, uma preparação mais sólida que os cristãos gentios e, por
conseguinte, uma fé mais inteligente por conhecerem as Escrituras. Sua
fidelidade ou sua deserção exerceriam uma influência poderosa sobre os frutos
do esforço missionário. Por amor deles e por amor da igreja crescente, era
necessário mostrar-lhes que Deus faria algo de novo e que eles deviam
caminhar passo a passo com o Senhor na fé, em vez de recuar.
O livro de Hebreus foi escrito para resolver esse dilema. Seu destinatário exato
é desconhecido, pois não contém qualquer saudação formal, e nos
manuscritos mais antigos, o título é simplesmente: “Aos Hebreus”. As pessoas a
quem essa epístola foi enviada estavam plenamente familiarizadas com o
Antigo Testamento e com seu sistema sacrificial. Foram postas em contato
com o evangelho e ouviram pregar homens que haviam sido testemunhas da
vida de Jesus e que possuíam os dons do Espírito Santo (Hb2.3,4). Eles mesmos
crentes inabaláveis, que suportavam a perseguição psicológica e física por
amor à sua nova fé (10.32-34). Não eram novatos na fé.
Autor
4
Várias hipóteses são sugeridas no que diz respeito à sua identidade, embora
nenhuma tenha em si a mesma unanimidade de tradição que apoie a autoria
do terceiro evangelho e de Atos, atribuído a Lucas.
Data
A epístola parece coadunar-se melhor com a situação do final dos anos 60,
quando a igreja em Roma receava a perseguição, e quando a queda da
comunidade judaica era iminente.
5
Esboço
A qualidade de revelação e a validade da lei para sua época específica não são
de forma alguma negadas; por outro lado, grande parte da argumentação de
Hebreus fundamenta-se no Antigo Testamento. A nova revelação em Cristo
substituiu a velha; a vinda da substância tornara obsoleta a sombra.
Conteúdo
O escritor demonstra que o mesmo Deus que entregara a Lei a Moisés pela
mão dos anjos falou mais tarde historicamente por intermédio de seu Filho,
feito temporariamente um pouco menor que os anjos para poder entrar
perfeitamente na esfera da vida humana e participar dela (Hb 2: 9,10,14-18). Por
6
ser simultaneamente divino e humano, está apto a atuar como sumo
sacerdote, no que é superior ao sacerdócio arônico.
A morte não pode por fim à sua missão (Hb 7: 24), e sua esfera de serviço
situa-se no santuário celeste, na própria presença de Deus (Hb 9: 11,12). Além
disso, o sacrifício que ele oferece não deve ser repetido: de próprio é a
oferenda, bem como o sacerdote, completamente aceitável a Deus, poderoso
para abolir a culpa de transgressões cometidas sob o regime da lei e sob o
regime da graça (Hb 9:15 e 10:10,19).
7
uma recaída ou erros súbitos que o culpado
lamentaria ele mesmo.
5. Sem atenuar o perigo da falta de cuidado, podemos
dizer que essas advertências dizem respeito à
apostasia voluntária mais que a um declínio
inconsciente.
6. O último perigo constitui o ponto culminante da série
e implica uma recusa aberta de dar ouvidos à
revelação de Deus por intermédio de seu Filho.
"Cuidado! Não rejeitem aquele que fala" (Hb 12: 25). A
referência é ao sangue de Jesus, "que fala melhor do
que o sangue de Abel" (Hb 12: 24), porque convida à
salvação, em vez de invocar a vingança. Caso se rejeite
essa voz, a condenação é definitiva.
1. Temamos - Hb 4: 1
2. Esforcemo-nos para entrar nesse descanso - Hb 4: 11
3. Apeguemo-nos com toda firmeza à fé que
professamos – 4: 14
4. Aproximemo-nos do trono da graça com toda
confiança – 4: 16
5. Avancemos para a maturidade – 6: 1
6. Aproximemo-nos de Deus com um coração sincero –
10: 22
7. Apeguemo-nos com firmeza à esperança que
professamos – 10: 23
8. Consideremos uns aos outros – 10: 24
9. Livremo-nos de tudo o que nos atrapalha – 12: 1
10. Corramos com perseverança a corrida que nos é
proposta – 12: 1 11. Sejamos agradecidos – 12: 28
11. Saiamos até ele – 13: 13.
12. Ofereçamos continuamente a Deus um sacrifício de
louvor – 13:15
8
Com exceção da primeira, que se refere ao temor, um sentimento negativo,
cada uma dessas exortações admoesta o crente a que entre em uma fase mais
elevada de perfeição espiritual, culminando em: "Portanto, saiamos até ele, fora
do acampamento, suportando a desonra que ele suportou"; (Hb 13: 13).
Oito dessas treze advertências ocorrem nos últimos quatro capítulos, pois com
a conclusão do argumento, fortalece-se a aplicação.
As outras cinco estão relacionadas com avisos mais severos, oferecendo uma
palavra de encorajamento ao que, de outro modo, seria apenas uma dissuasão
negativa.
Apreciação
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Testamento que encerram a verdade latente e se desenvolvem de uma forma
retórica e ordenada até atingirem um ponto culminante.
O emprego das citações dá uma boa ideia dos trechos e dos métodos de
interpretação usados pelos mestres cristãos do século I.
Considerações finais
Esse livro explica o sentido da Nova Aliança mais plenamente que Jeremias, a
quem cita (Hb 8: 8-12; Jr 31: 31-34).
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Gálatas revela o que realmente é a vida sob o regime da graça - um exercício
da liberdade espiritual, expondo assim a ideia de "viver".
De acordo com Merrill Tenney, esses três livros, Romanos, Gálatas e Hebreus,
constituem uma trilogia que explica o âmago e a essência da vida cristã de fé.
Indicação de Leitura
PANO DE FUNDO
A evidência que nos resta dos últimos quatro decênios do século 1 revela que
as igrejas eram afligidas pelas heresias e divididas pelas cismas.
Cinco breves epístolas, 2Pedro, Judas 1, 2 e 3João, foram escritas para resolver
o problema criado por essas tendências para as falsas doutrinas dentro da
igreja.
2PEDRO
A segunda carta de Pedro é uma das epístolas gerais. Foi endereçada às igrejas
e seus indivíduos. Essa epístola, semelhantemente a hebreus, Tiago, 1Pedro e 1,
2, 3João, circulava entre as igrejas.
Primeiro, porque essa carta foi uma das mais criticadas e uma das mais
tardias em ser reconhecida, no cânon sagrado, como livro inspirado.
Segundo, porque há abundantes questionamentos acerca da autoria
petrina, até mesmo entre comentaristas conservadores.
Terceiro, porque em questão de estilo, difere da Primeira Carta de
Pedro. Na opinião de Jerônimo, Pedro deve ter contado com copistas
diferentes.
Quarto, porque essa epístola não recebeu atenção dos estudiosos ao
longo dos séculos.
11
Michael Green chega a dizer que 2Pedro e Judas são um canto muito obscuro
do Novo Testamento e que quase nunca se prega sobre esses escritos;
comentários e artigos em revistas eruditas raramente tratam deles.
William Barclay ressalta que essa carta é um dos livros mais esquecidos do
Novo Testamento.
R. C. Sproul afirma que há menos comentários escritos sobre essa carta do que
qualquer outro livro do Novo Testamento, com a possível exceção de Judas.
AUTORIA
Essa epístola leva o nome de Simão Pedro, porta voz dos doze apóstolos,
homem que ocupou o centro das atenções de Lucas nos dez primeiros
capítulos de Atos.
nome, ser o autor dessa carta. Na verdade, essa epístola tem sofrido
negligência acadêmica tanto por parte dos que negam a autoria petrina como
daqueles que a sustentam.
William MacDonald diz que há mais problemas em aceitar esse livro como
autêntico do que qualquer outro do Novo Testamento. Porém, todos esses
problemas não são suficientemente fortes para refutar a autoria petrina.
A Segunda Carta de Pedro é uma epístola que tem como origem a autoridade
que Jesus concedeu aos seus apóstolos. Pedro recebeu autoridade de Cristo,
que o enviou como seu representante. Essa carta foi escrita com a autoridade
divina.
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Os destinatários da carta
O ESTILO
Uma das explicações é que a primeira epístola foi compilada por Silas, profeta
da Igreja de Jerusalém (1Pe 5: 12). Embora o conteúdo fosse de Pedro, o estilo
era de Silas. Mas na segunda carta é possível que Pedro não tenha recebido
ajuda ou tenha usado outro copista. Outra explicação plausível está no fato do
mesmo autor poder variar de estilo em cartas distintas, dependo da natureza
do assunto que está tratando.
Mais importante que dar voz aos críticos é abrir nossos olhos para as verdades
solenes dessa epístola e abrir os ouvidos da alma para escutar Deus que nos
fala por meio da voz apostólica.
DATA
Desde que concluímos que a igreja estava certa ao reconhecer 2-Pedro como
canônica, tanto da perspectiva histórica como espiritual, devemos situar uma
data bem próxima à morte de Pedro.
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Chegamos a essa conclusão quando examinamos o que o apóstolo escreveu:
Também considero justo, enquanto estou neste tabernáculo, despertar-vos
com essas lembranças, certo de que estou prestes a deixar o meu tabernáculo,
como efetivamente nosso Senhor Jesus Cristo me revelou (2Pe1:13,14; cf. Jo
21:18,19).
A data exata em que essa epístola foi escrita ainda está em aberto, porém,
Eusébio, historiador da igreja, coloca a morte de Pedro na época da
perseguição de Nero (64-68 d.C.). Como Nero morreu em 68 d.C., é muito
provável que 2Pedro tenha sido escrita por volta do ano 67 d.C.
A CARTA NO CÂNON
Jerônimo, no fim do século IV, reconheceu que Simão Pedro escreveu duas
cartas gerais. A igreja universal, apesar de reservas e dúvidas, reconheceu a
canonicidade de 2Pedro.
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No entanto, é sabido que a autoria petrina desta epístola foi fortemente
afirmada por homens como Atanásio, Ambrósio e Agostinho. O testemunho
interno do livro e o testemunho externo da história da igreja são eloquentes.
QUAL O PROPÓSITO?
O TEMA E AS ÊNFASES
Robert Gundry diz que os mestres heréticos, que mascateavam com doutrinas
falsas e praticavam uma moralidade frouxa, começavam a lançar sérias
investidas contra a igreja, penetrando no seu interior.
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decididos a desviar os cristãos do caminho da verdade e da santidade,
prometendo-lhes uma falsa liberdade que nada mais é que libertinagem (2Pe
2: 17-22, 25).
William Barclay sugere que esses falsos mestres eram antinomianos, ou seja,
usavam a graça de Deus como justificativa para pecar. Muito provavelmente,
como já afirmamos, esse grupo era uma semente daquela devastadora heresia
chamada “gnosticismo”.
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Em segundo lugar, a segunda vinda de Cristo. O
Nenhum outro livro do Novo Testamento possui detalhes tão claros acerca do
fim do universo. Pedro anuncia a promessa de um novo céu e uma nova terra
(2Pe 3:13; Is 65:17 e 66:22; Ap 21:1). Descreve o novo céu e a nova terra como
lugares nos quais habita justiça (2Pe 3: 13). Os cristãos, que já são
coparticipantes da natureza divina (1: 4) e aguardam a entrada no reino eterno
de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (1: 11), desfrutarão para sempre deste
lar na nova criação de Deus.
Em sua primeira epístola, Pedro enfatizou a graça de Deus (1Pe 5: 12); porém,
na segunda, destacou o conhecimento de Deus. O termo “conhecer” ou
“conhecimento” é usado pelo menos treze vezes nessa breve epístola.
Enquanto os gnósticos estribavam seu ensino num conhecimento místico,
Pedro deixou claro que o verdadeiro conhecimento de Deus não vem por meio
do êxtase, mas por meio de Cristo.
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Em quinto lugar, Jesus como Salvador.
JUDAS
Pano de fundo
18
O AUTOR
Ele, como Tiago, também deve ter crido em Jesus como Messias depois da
ressurreição, e passou a ser contado entre o grupo expectante no dia de
Pentecoste. Parece não ter tido parte destacada nos negócios da igreja
apostólica.
LOCAL E DATA
Pode-se aventar que aquilo que Pedro predissera para o setor da igreja ao
qual escrevia já começara a se realizar na igreja pela qual Judas era
responsável. Se a epístola de Pedro tinha acabado de circular, a de Judas pode
muito bem ser datada de aproximadamente 67 ou 68 d.C. Por outro lado, o
apelo de Judas à memória do povo (verso 17) significa que o texto de2Pedro
circulava já havia muito tempo.
CONTEÚDO
Judas anunciou que seu propósito era incitar os leitores para ''que batalhas
sem pela fé de uma vez por todas confiada aos santos'' (verso 3). A causa
dessa premência era a infiltração nas fileiras cristãs de homens que
''transformam a graça de nosso Deus em libertinagem e negam Jesus Cristo,
nosso único Soberano e Senhor'' (v. 4).
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1. A destruição do grupo descrente que saiu do Egito,
mas que não queria entrar na terra de Canaã;
2. Os “anjos que não conservaram suas posições de
autoridade;
3. E as cidades de Sodoma e Gomorra.
A natureza de seu erro é descrita pela sua semelhança com os três grandes
rebeldes do Pentateuco:a oferta sem o cordeiro morto como fez Caim; o erro
de pensar que Deus é ministro da conveniência do homem, em vez de Senhor
de seus destinos – Balaão, e a arrogância de uma fé inventada pelo homem –
como foi Coré – que agiu contra Moisés.
APRECIAÇÃO
Uma das curiosidades dessa pequena epístola é sua atração pelas tríades de
pensamento.
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Esses dois escritos foram produzidos no começo do século1 por escritores
judeus que
As citações dão origem a um dilema: se Judas era inspirado, suas citações das
referidas obras dariam a esta igual autoridade?
O livro termina com umas das mais grandiosas bênçãos do Novo Testamento.
A ênfase dada à soberania de Cristo e seu poder para impedir que seus servos
caíssem no erro é particularmente apropriada ao tema de Judas.
1, 2 e 3 JOÃO
PANO DE FUNDO
Estas três breves cartas devem ser atribuídas a um só autor, que escreveu
também o quarto evangelho. Todos esses quatro escritos foram provavelmente
produzidos mais ou menos na mesma época e local.
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notas particulares de conselho e saudação, enquanto que o corpo principal de
ensinamento vinha contido no evangelho e na primeira epístola.
Quem era ele? Se era Deus, como poderia ter morrido? Se morreu, como ele
poderia ser Deus?
O erro específico que 1João visava a combater parece ter sido uma forma
precoce de gnosticismo, uma heresia que foi o inimigo mais perigoso da igreja
até finais do século II.
João afirma que, o que Cristo pregava era audível, visível e tangível (1Jo1): 1).
Ele afirma que, quem nega o Pai e o Filho é o anticristo(1Jo 2: 22) e declara que
"todo espírito que não confessa Jesus, não procede de Deus" (1Jo 4: 2,3).
22
“De fato, muitos enganadores têm saído pelo mundo, os quais não confessam
que Jesus Cristo veio em corpo. Tal é o enganador e o anticristo” (2Jo7).
A igreja é avisada para que não acolha nenhum desses mestres: "Não o
recebam em casa nem o saúdem. Pois quem o saúda torna-se participante das
suas obras malignas" (2Jo10,11).
CONTEÚDO
APRECIAÇÃO
Todas essas epístolas traçam uma linha nítida entre a verdade e a falsidade,
entre a justiça e a injustiça, entre a luz e as trevas e entre o amor e o ódio,
exigindo que o crente se coloque em um ou em outro lado da linha. ''Quem
tem o Filho, tem a vida; quem não tem o Filho de Deus, não tem a vida'' (1Jo 5:
12). Pressupõe uma revelação clara e mais perfeita da vida eterna em Cristo, o
padrão da verdade a ser aceito ou rejeitado pelos homens.
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Na linguagem de Tenney, essas últimas epístolas apresentam uma frente sólida
contra a maré
Foram escritas não apenas para alcançar a vitória em um debate, mas para
ajudar e desenvolver o crente, para que este se defenda e para que o maligno
não se aposse dele (1Jo 5: 18).
Indicação de Leitura
Boa leitura!!
Referência:
24
Aula 2 - Apocalipse e o Cânon
Objetivo
Introdução da aula
Bem-vindos! Bem-vindas!
Estamos chegando ao final do nosso estudo cujo foco tem sido o novo
testamento. Esta é a última aula da disciplina, Pessoal!
Apocalipse - autoria
25
O autor desse livro declara explicitamente que o mensageiro que lhe trouxe a
última visão viera do Senhor. "O Senhor, o Deus dos espíritos dos profetas,
[que] enviou seu anjo para mostrar aos seus servos as coisas que em breve hão
de acontecer" (Ap. 22: 6), e no versículo seguinte menciona a profecia deste
livro “Eis que venho em breve! Feliz é aquele que guarda as palavras da
profecia deste livro” ; (Ap.22: 7).
Eu, João sou aquele que ouviu e viu estas coisas... (Ap.22: 8).
Pano de fundo
26
A igreja de Esmirna sofreria "perseguição durante dez dias" (Ap. 2: 10) ;
A besta que tinha "autoridade sobre toda tribo, povo, língua e nação" (Ap.13:7),
tinha seu antítipo no domínio universal de Roma sob os césares.
Um grupo atribui esse livro aos dias de Nero, quando o incêndio de Roma
resultou na perseguição aos cristãos. Esta opinião apoia-se principalmente em
duas considerações: se João, filho de Zebedeu, escreveu Apocalipse, bem
como o evangelho e as epístolas que lhe são atribuídas, as diferenças radicais
de linguagem e estilo podem ser mais bem explicadas se considerar-se que
Apocalipse foi escrito talvez em data remota, quando seu domínio do grego
era ainda imperfeito, enquanto que o evangelho e as epístolas teriam sido
escritos em uma data posterior, quando ele era já mais proficiente nessa
língua. Além disso, sugeriu-se que o número místico "seiscentos e sessenta e
seis" (Ap. 13: 18) constitui o total dos valores numéricos das letras hebraicas
com que se escreve NeronKesare, portanto, o personagem descrito no capítulo
em questão, deve ser Nero.
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Esse tipo de raciocínio parece demasiado frágil para servir de apoio a qualquer
conclusão definitiva, sobretudo em vista da ausência de corroboração da parte
da tradição externa.
Apocalipse foi escrito no final do primeiro século, para encorajar as igrejas, que
sentiam essa hostilidade crescente, e para avisar os cristãos descuidados e
negligentes, sempre tentados a resvalar para uma conformidade fácil com o
mundo.
28
qual for o sistema de interpretação adotado, constitui um quadro da
consumação final do propósito de Deus. Entretanto, por mais estranho que
sejam esses simbolismos, esse é o único livro do Novo testamento que fornece
uma previsão organizada do futuro.
Interpretações
A escola preterista
A escola idealista
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Apocalipse todo o valor profético e dissocia-o de qualquer consumação
historicista definida. O dia do juízo, segundo essa teoria, vem sempre que se
decide um grande problema moral; não é um ponto culminante em que um
Cristo sobrenatural sobe a um trono visível.
A escola historicista
A teoria historicista é mais literal que a idealista, mas seus defensores nunca
tentaram ser unânimes quanto ao significado dos vários símbolos. Mesmo
entre os historicistas, há quase tantas interpretações quanto comentadores.
Nem todas elas podem estar certas, e, uma vez que divergem tanto, há pelo
menos a possibilidade de os métodos estarem errados.
A escola futurista
Começando com a frase em Ap. 4:1, "o que deve acontecer depois dessas
coisas", afirmam que o resto do livro discute acontecimentos que terão lugar
em um período chamado de a Grande Tribulação, mesmo antes do regresso
de Cristo, o qual se prolongará por um período que varia de três anos e meio a
sete anos, consoante às opiniões.
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As teorias milenaristas
A teoria amilenista mantém que o milênio não existe como um período que
deva ser considerado de forma literal, ou que, possivelmente, represente um
estado intermediário dos mortos. Cristo pode voltar a qualquer momento,
quando julgará o mundo e introduzirá o estado de eterna felicidade para os
justos: os novos céus e a nova terra.
Chave hermenêutica
para mostrar aos seus servos o que em breve há de acontecer"; (Ap.1: 1), indica
que o tema central, ao revelar o futuro, é a pessoa de Cristo.
31
Se a segunda interpretação for adotada, o tópico principal é o programa do
futuro conforme mediado por meio de Cristo.
É óbvio que o livro consiste de uma série de visões, cada uma das quais é uma
unidade em si. Se bem que haja muitas divisões pequenas introduzidas pela
frase "e vi" (Ap.5: 1-11 e 6: 1-9).
Há quatro divisões principais que são introduzidas pela frase "no Espírito" (Ap.1:
10; 4: 2; 17: 1-3; 21: 9,10).
Há sete igrejas (Ap.2: 1,8,12,18; Ap.3: 1,7,14); sete espíritos de Deus (Ap.4: 5), sete
selos (Ap.6: 1,3,5,7,9,12; Ap.8: 1); sete trombetas (Ap. 8: 6,7,8,10,12; Ap.9:1,13;
Ap.11:15), sete trovões (Ap.10:3), sete taças (Ap.16: 1,2,4,8,10,12,17), sete
personagens principais (Ap.12: 1,3,5,7; Ap.13: 1,11; 14.1), e sete beatitudes (Ap.1:
3; Ap. 14:13; Ap.16: 15; Ap.19: 9; Ap.20:6; Ap.22: 7,14).
Há outra frase que merece menção. Em Ap (4: 5) ; (8: 5); (11: 19) e (16: 18),
fala-se de: "relâmpagos, vozes e trovões". Essas três últimas ocorrem
respectivamente no final de uma série de julgamentos. Serão repetidas ou
constituirão indício de que os três julgamentos terminam ao mesmo tempo e,
32
por conseguinte, que cada julgamento é simplesmente uma intensificação de
seu precedente?
Apreciação
Não é possível esgotar o assunto em uma única aula, mas podemos fazer
algumas observações que serão de utilidade para você.
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O paralelismo de contrastes não fica menos claro. A primeira seção apresenta
uma prostituta, a segunda uma noiva.
Seja qual for a interpretação dada a seus símbolos no que diz respeito aos
pormenores, seu ponto de vista geral é o da santidade divina, que vê tanto as
virtudes como as deficiências das igrejas, tanto a condenação como a
esperança do mundo.
Na descrição dos novos céus e da nova terra, o trono ocupa ainda o lugar
central (Ap.22:1) como manancial do rio da vida.
34
As referências misteriosas às imagens que falam (Ap.13: 15), ao fazer descer
fogo do céu (Ap.13:13), ao controle econômico de grandes massas de
população, à obediência obrigatória a uma religião sintética (Ap.13:14), à
devastação geral da terra por causa de transformações elementares e por
causa de transformações físicas no calor do Sol (Ap.16: 3,8), a convocação de
todos os reis da terra para combater (Ap.16:14), a direção das nações entregues
a uma ou duas pessoas (Ap.19: 19,20) e o colapso completo do centro de
civilização em uma hora (Ap.18: 18-20) não estão fora do âmbito das
possibilidades da era atual.
Deus nos falou através da Lei e dos Profetas; falou novamente por intermédio
de seu Filho, que "agora ele apareceu uma vez por todas no fim dos tempos,
para aniquilar o pecado mediante o sacrifício de si mesmo"; (Hb. 9: 26).
Deverá vir ainda uma revelação mais ampla quando ele aparecer "uma vez por
todas no fim dos tempos, para aniquilar o pecado mediante o sacrifício de si
mesmo"; (Hb 9: 28).
É para essa revelação e para essa vitória que aponta o livro de Apocalipse.
Indicação de Leitura
35
No final do século 1 os livros que constituíam o Novo Testamento haviam
chegado ao seu destino. Nem todos se
Critérios ou princípios
A palavra "cânon" deriva do grego kanon, que significa "cana”, portanto uma
vara ou barra que, por ser utilizada em medições, passou a significar
metaforicamente um padrão.
Assim, o cânon de Platão refere-se à lista de tratados que podem ser atribuídos
a Platão como genuinamente de sua autoria.
Os livros que ele contém foram escritos por nove autores diferentes, nem há
qualquer motivo especial por que só esses nove tivessem sido escolhidos. Não
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há nenhuma explicação definida para o fato de Filipe, por exemplo, não ter
sido inspirado a Escrever um evangelho, como Mateus o foi.
A questão da aceitação
O cânon não pode ser determinado unicamente pela aceitação dos vários
livros do Novo Testamento pela igreja. Alguns foram recebidos prontamente
em muitas igrejas; alguns poucos foram aceitos com hesitação por certas
igrejas e rejeitados por outras; e alguns outros ainda só foram mencionados
em data relativamente tardia, ou então seu direito de ser incluído no cânon foi
realmente debatido. Os preconceitos locais ou os gostos individuais podiam
influenciar o veredito que fora transmitido pelas igrejas e pelos escritores da
Antiguidade.
Apesar desse fato, o que uma pessoa ou setor da igreja rejeitava outra pessoa
ou outro setor o aceitava. Tampouco, era verdade que aqueles que tinham a
responsabilidade de julgar fossem tão destituídos de espírito crítico que
aceitassem qualquer coisa que impressionasse sua imaginação,
independentemente de seus méritos inerentes.
A crítica dos antigos não era menos falível que a dos especialistas modernos.
Por outro lado, os antigos tinham acesso a registros e a tradições que já
pereceram, e seu testemunho não pode ser posto de lado simplesmente por
não pertencer ao século XX. A aprovação eclesiástica da canonicidade fornece
prova corroborante, se bem que, em si, possa não ser decisiva.
Em outras palavras, aquilo que foi dado pela inspiração de Deus era
escriturístico, e o que não veio por inspiração de Deus não o era, se "Escrituras"
significarem o registro escrito da Palavra de Deus revestida de autoridade.
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não começam todos com a afirmação de que foram inspirados por Deus.
Alguns se relacionam com assuntos muito corriqueiros, outros contêm enigmas
históricos, literários e teológicos que, só com dificuldade, podem ser resolvidos.
Com respeito ao seu conteúdo intrínseco, todos eles têm como tema central a
pessoa e a obra de Jesus Cristo.
Aos olhos de seus contemporâneos, ele não era mais do que qualquer outro
aspirante ao título de Messias, suprimido pelo governo.
Se a literatura que lhe diz respeito resistiu e se tornou poderosa, deve ter
havido qualquer coisa para produzir semelhante efeito.
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Os apócrifos
Caráter dinâmico
Seu efeito moral é demonstrado pelo seu poder dentro da igreja cristã. Embora
não se possa dizer que todo membro da igreja primitiva tivesse um exemplar
de bolso do Novo Testamento para estudo assíduo, pode-se demonstrar que
os dirigentes o conheciam e o utilizavam; onde quer que sua mensagem fosse
proclamada e recebida, a igreja se expandia e operava uma limpeza moral na
sociedade.
As provas da mensagem divina e do poder moral desses livros não podem ser
aplicadas com sucesso por um único indivíduo em uma esfera limitada, para
que se não argumente que a dinâmica do cânon era apenas o efeito fortuito
produzido pela relação acidental tempo-temperamento. Quando o
testemunho interno das próprias obras e o testemunho externo daqueles que
as conheciam e a utilizavam são unânimes em mostrar que elas provêm de
Deus, os critérios de canonicidade tornam-se mais seguros.
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Autoria e Cânon
Além disso, é possível revelar o apelo da revelação divina aos apóstolos, como
também por meio deles.
Paulo declarou que fora enviado "não da parte de homens nem por meio de
pessoa alguma, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai" (Gal 1:1), e que não
recebeu sua mensagem, nem o que ele ensinou, de homens, mas "de Jesus
Cristo por revelação" (v. 12).
O Evangelho que ele pregava era aceito por seus ouvintes "não como palavra
de homens, mas conforme ela verdadeiramente é, como palavra de Deus, que
atua com eficácia em vocês, os que creem"; (1Ts 2: 13).
A coleção das epístolas de Paulo foi logo reconhecida pela igreja. Assim, houve
um movimento em direção à ideia de um "cânon" quando ficou claro que as
epístolas de Paulo eram consideradas em termos de igualdade às outras
Escrituras (2Pe 3:15,16).
RECONHECIMENTO DO CÂNON
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amplo, nenhum concílio eclesiástico poderia criar um cânon, se a inspiração é a
qualidade essencial da canonicidade, porque nenhum grupo ou concílio
poderia insuflar inspiração em obras já existentes. Tudo quanto os concílios
podiam fazer era dar sua opinião acerca dos livros que eram canônicos e dos
que não eram e, depois, deixar que a história justificasse ou invalidasse seu
veredicto ou o revertesse.
As citações, é claro, podem ser questionadas, visto serem tão indiretas que
suas origens eram incertas. Em muitos exemplos, porém, mesmo que a citação
seja inexata, seu vocabulário ou conteúdo identifica-a como pertencente a
algum livro que o autor da citação deve ter conhecido e usado, de forma que é
válida para todos os fins práticos.
Os testemunhos informais
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OUTROS ESCRITOS DÃO TESTEMUNHO
A Epístola de Barnabé (cerca de 130 d.c.) cita Mateus, recorrendo à frase formal.
"Está escrito", para introduzir a citação. Essa passagem "pode também ser
apresentada como evidência para o fato de que se começa a atribuir igual
valor ao Evangelho e às Escrituras do Antigo Testamento" (Kümmel).
Justino Mártir (cerca de 100 a 165 d.C.), um grego sírio que fora filósofo,
refere-se a
Mateus, Marcos, Lucas, João, Atos e muitas das epístolas paulinas. Ele afirma
que as "memórias dos apóstolos", chamadas evangelhos, eram lidas todos os
domingos na adoração da igreja junto com o Antigo Testamento. A partir das
afirmações de Justino, percebemos que, junto com o Antigo Testamento, uma
nova norma (i.e., cânon) começa a aparecer com referência à leitura das
Escrituras do culto da igreja primitiva.
Na era de Irineu, que floresceu por volta de 170 d.C., já não havia dúvidas
quanto a serem os livros do Novo Testamento revestidos de autoridade. O
crescimento do gnosticismo e de heresias semelhantes provocou um caudal de
literatura de apologética que prosseguiu até ao tempo de Orígenes (250 d.C.).
A necessidade de uma base de autoridade para discussão tornava-se evidente,
e os apologistas voltavam-se naturalmente para os escritos apostólicos. Irineu
utilizou e citou extensamente todos os quatro evangelhos, Atos, as epístolas de
Paulo, muitas das epístolas universais e Apocalipse. Disse ele que só poderia
haver quatro evangelhos, e que qualquer tentativa para aumentar ou diminuir
esse número seria uma heresia. Citou Paulo mais de duzentas vezes. Em uma
passagem, criticou Marcião por dizer que só Lucas e as epístolas de Paulo eram
autênticas, o que implicava que aceitava como revestidos de autoridade não só
os escritos reconhecidos por Marcião, mas também outros.
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Orígenes, o grande pai alexandrino, contemporâneo de Tertuliano (cerca de
185 a 250 d.C.), estava familiarizado não só com a igreja de sua própria cidade,
mas também viajara muito a Roma, a Antioquia, a Cesaréia e a Jerusalém.
A última classe era constituída por Hebreus, 2Pedro, 2 e 3João, Tiago e Judas.
Na mesma classe, incluía Barnabé, Pastor de Hermas, a Didaquê e o evangelho
dos Hebreus.
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O primeiro cânon conhecido a ser adotado conscientemente por um grupo
importante e unitário foi o Cânon de Marcião, que apareceu cerca de 140 d.C.
MARCIÃO
Marcião nasceu em Sinope, no Ponto, onde seu pai era bispo. Era tão hostil aos
judeus que repudiou todo o Antigo Testamento e procurou estabelecer um
cânon do Novo Testamento isento de influências
judaicas. Escolheu Lucas como seu evangelho, se bem que rejeitasse os dois
primeiros capítulos contendo o relato do nascimento virginal e servia-se de dez
epístolas de Paulo, excluindo as pastorais e Hebreus. Sua lista começava com
Gálatas, seguindo-se 1 e 2Coríntios, Romanos, 1 e 2Tessalonicenses, Efésios (a
que chamava Laodicenses), Colossenses, Filipenses e Filemom.
Uma segunda lista de grande importância foi o Cânon Muratoriano, nome este
que deriva do historiador e bibliotecário italiano que primeiro o encontrouna
Biblioteca Ambrosiana, em Milão. O próprio manuscrito não é mais antigo do
que o século VII, mas seu conteúdo pertence provavelmente ao último terço
do século II,(170 d.C.). O manuscrito não está completo, pois constitui apenas
um fragmento de uma obra maior. Começa no meio de uma frase, e o primeiro
livro mencionado é Lucas, a que o fragmento chama de o terceiro evangelho.
É quase certo que Mateus e Marcos precederam Lucas nessa lista; segue-se
João, com uma referência inconfundível à primeira epístola. Atos, 1 e
2Coríntios, Efésios, Filipenses, Colossenses, Gálatas, 1 e 2Tessalonicenses,
Romanos, Filemom, Tito, 1 e 2Timóteo, Judas, 2 e 3João e Apocalipse são
também incluídos.
CÂNON MURATORIANO
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mesma classe "reconhecida" do Apocalipse de João, tinha dúvidas acerca do
primeiro, pois disse: ''Alguns de vocês não acham que deva ser lido
publicamente na igreja”. Não menciona Tiago nem Hebreus, nem as
epístolas de Pedro; talvez ignorasse sua existência, se bem que não pareça
possível que se esquecesse de Hebreus, pois Clemente de Roma citava essa
epístola tão livremente.
A LISTA DE ATANÁSIO
A "Carta Festal" de Atanásio (367 d.C.) estabelece uma distinção nítida entre "os
escritos inspirados por Deus [...] transmitidos aos nossos pais por aqueles que
foram testemunhas oculares e servos da palavra desde o início", e os
"chamados escritos secretos" dos hereges.
OS CONCÍLIOS
em 363 d.C. Ao que parece, não era uma assembleia plenária de todas as
igrejas, mas representava principalmente a região da Frígia. O 59° artigo desse
concílio decretava que nos cultos da igreja só se deveriam ler livros canônicos
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do Novo Testamento; mas 16° artigo, que continha uma lista definitiva,
provavelmente não é genuíno nem pode ser citado como averdadeira decisão
do concílio.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Dos dados aqui reunidos, é evidente que nem todos os atuais livros do Novo
Testamento eram conhecidos ou aceitos por todas as igrejas do Oriente e do
Ocidente durante os primeiros quatro séculos da era cristã.
A relutância aparente com que certos livros, como Tiago, 2 e 3João e Judas
foram incluídos no cânon não significa que fossem espúrios. Filemom, 2 e
3João e Judas são epístolas tão curtas que só raramente seriam citadas, e, além
disso, foram dirigidas a indivíduos cuja localização pode ter sido obscura. Ao
contrário das epístolas maiores, enviadas às igrejas importantes ou postas a
circular pelas províncias, as epístolas menores só atrairiam a atenção geral
quando houvesse procura delas ou quando as pessoas ou grupos a que
pertenciam chamassem para elas a atenção do público.
Dois fatores, pelo menos, foram relevantes a essas escolhas dos livros:
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1. Exigia-se a autoria apostólica, e
2. O escrito era direcionado para a igreja como um todo
- critério refletido, por exemplo, no cânon
muratoriano.
Finalmente, veio o veredicto dos concílios, que seguiu o critério dos dirigentes
passados e contemporâneos e estabeleceu uma distinção oficial entre as obras
canônicas e as apócrifas.
Códice Sinaítico
Um estudo dos vários livros citados, listas e cânones dos primeiros quatro
séculos mostrará que os livros geralmente mais debatidos, ou omitidos, eram
Tiago, Judas, 2Pedro, 2 e 3João e Filemom.
Tiago foi escrito para os membros da dispersão judaica e tinha pouco interesse
doutrinário que estimulasse a mentalidade especulativa dos cristãos gregos.
Judas, 2 e 3João e Filemom eram tão breves que tinham pouco conteúdo que
seria de interesse geral.
2Pedro foi objeto de dissensão até a era de Eusébio, sendo menos citada e
mais discutida pelos pais da igreja do que qualquer outro livro do Novo
Testamento. Jerônimo declarava que a hesitação dos pais da igreja em aceitar
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essa epístola era graças ao fato de seu estilo ser tão diferente da epístola de
1Pedro.
Indicação de Leitura
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Referência:
TENNEY Merril C. O Novo Testamento, sua origem e análise. São Paulo: Shedd,
2008.
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Esperamos que este guia o tenha ajudado compreender a organização e o
funcionamento de seu curso. Outras questões importantes relacionadas ao curso
serão disponibilizadas pela coordenação.
Grande abraço e sucesso!
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