Atividade oral
Trava-línguas são jogos com palavras que, como sugere o nome, apresentam
repetição
de consoantes e vogais de modo a tornar difícil a leitura.
Vamos ver quem consegue ler os trava-línguas sem “engasgar” nem mesmo
uma vez?
1. Iara amarra a arara rara, a rara arara de Araraquara.
2. Quem a paca cara compra, paca cara pagará.
3. Cinco bicas, cinco pipas, cinco bombas. Tira a boca da bomba e bota a boca
na bica.
4. Três pratos de trigo para três tigres tristes.
O poeta José Paulo Paes tem um texto que faz uma brincadeira com os
portugueses.
Leia-o:
– Manuel, quando é “agora”?
– Ora, pois, pois:
depois de antes ou antes de depois!
Paes, José Paulo. “Portuguesa”. In: É isso ali. 5 ed., Rio de Janeiro: Salamandra, 1984.
Reescreva a anedota, substituindo o advérbio agora por hoje. Faça outras
substituições
necessárias para que o texto tenha sentido.
O poema que você vai ler é anônimo, isto é, não se sabe quem é o autor. Foi
traduzido
do inglês por Tatiana Belinky.
História do bebum
Vagava eu, bêbado e contente,
Na rua, quando de repente
Vi a coisa preta,
Rolei na sarjeta
E um porco deitou-se ao meu lado,
Tranqüilo e acomodado.
Fiquei lá, caído,
Tonto e dolorido.
Eis quando, naquela hora,
Passou por ali uma senhora
De cara orgulhosa,
E falou, desdenhosa:
“Conhece-se um tipo imundo
Por sua companhia no mundo!”.
Ouvindo isso, o porco,
Que estava de borco,
Ergueu-se e zás! – Foi-se embora.
Belinky, Tatiana. Um caldeirão de poemas. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2003.
O fato é contado na 1ª pessoa: eu. Esse “eu” se refere a uma senhora que
passava. Como ficará o poema se as pessoas forem mudadas? Vamos ver o
resultado dessas mudanças?
a) Reescreva o poema fazendo as seguintes alterações:
– Inicie com: Vagava ela...;
– Substitua “uma senhora” por eu.