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0
Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
MURMIAP
MANUAL DE USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS E INSUMOS NA
ATENÇÃO PRIMÁRIA DE FORTALEZA
1ª EDIÇÃO
FORTALEZA
FEVEREIRO/2016
1
Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
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Dalai Lama
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Prefeitura de Fortaleza
Secretaria Municipal de Saúde
Coordenadoria de Políticas e Organização das Redes de Atenção à
Saúde
Célula de Atenção Primária á Saúde
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E quipe de E laboração
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S UMÁRIO
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A PRESENTAÇÃO
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P REFÁCIO
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ASSISTÊNCIA
FARMACÊUTICA NO
MUNICÍPIO DE FORTALEZA
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A Atenção Primária tem características diferentes dos outros níveis de atenção, como
priorização dos problemas mais frequentes, simples ou complexos, que surgem em fases iniciais,
portanto menos definidos; maior proporção de pacientes em tratamento continuado; maior variedade
de diagnósticos e maior dedicação à prevenção de doenças e promoção à saúde (TAKEDA, 2004).
As quatro principais características da Atenção primária são: porta de entrada para o
sistema de saúde, primeiro contato; continuidade do cuidado, longitudinalidade; integralidade da
atenção e coordenação do cuidado às necessidades dos indivíduos, famílias e comunidade. Outras
características são a centralização na família, orientação na comunidade e a valorização da cultura.
Alguns elementos não são únicos da Atenção Primária, porem são essenciais, como registro
adequado, continuidade de pessoal, a qualidade clínica e a comunicação dentro da equipe e com os
pacientes. As suas três funções essenciais são: a resolubilidade, a comunicação e a
responsabilização (STARFIELD, 2004).
No Brasil a Estratégia de Saúde da Família foi adotada como politica de estado para
expansão da APS, com um papel importante na organização do Sistema Único de Saúde (SUS). A
ESF apresenta características únicas em relação à APS de outros países, como a presença de
equipes multiprofissionais. O crescimento do número de equipes de saúde da família trouxe a
medicina de família e comunidade para o centro da discussão da saúde no Brasil, principalmente no
campo da formação médica (SAMPAIO, 2012).
Diante da grande cobertura populacional da estratégia de saúde da família e da necessidade
de reformulação, fortalecimento e adequação de formação de recursos humanos para atuar
na atenção primária, o governo brasileiro aprovou em outubro de 2013 a Lei 12.871, que tem
como um dos eixos principais a formação médica brasileira.
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Embora tenha uma definição bastante simples, o uso racional de medicamentos, engloba
um objetivo com muitos obstáculos a ser alcançado atualmente. A prescrição e dispensação dos
medicamentos são, sem dúvida, as etapas que mais impactam diretamente sobre o uso racional,
devendo ser permanentemente qualificadas, a fim de melhorar a previsão orçamentária do município
e os indicadores de saúde da população atendida.
É no momento da prescrição que é possível ao prescritor escolher a opção mais efetiva
para o tratamento do seu paciente, sem riscos e no menor custo possível. É no momento da
dispensação que deve ocorrer uma boa interação entre o profissional farmacêutico e o usuário. Esse
é o momento em que o paciente deve receber todas as informações e orientações sobre o uso
correto do medicamento, de modo a contribuir com a adesão ao tratamento.
Algumas estratégias para o uso racional de medicamentos são acessíveis e passíveis de
implementação, tais como a seleção adequada, a elaboração de formulário terapêutico, a
farmacovigilância e a educação dos usuários quanto aos riscos da automedicação.
As medidas regulatórias adotadas nos países também contribuem para o uso racional de
medicamentos. Podem-se destacar, entre elas, os critérios adotados para a concessão de registro
que devem considerar a sua segurança, eficácia e as condições de fabricação. Outra medida é a
revisão da classificação de medicamentos sob prescrição, restringindo a venda livre de
medicamentos que possam apresentar qualquer risco ao usuário.
Uma das estratégias mais adequadas para a promoção do uso racional de medicamentos
está relacionada à produção de conhecimento, elaboração de informações com base em evidências
e divulgação de fontes confiáveis e acessíveis de consulta.
É importante que as condutas terapêuticas sejam uniformizadas de maneira a tornar
impessoais as decisões de escolha de medicamentos utilizados e para facilitar o desenvolvimento de
trabalhos de educação continuada com os prescritores, dispensadores e usuários.
A Assistência Farmacêutica representa hoje uma das áreas com maior impacto financeiro
no âmbito do SUS de uma forma geral, o que também é uma realidade nas secretarias estaduais de
saúde (SES) e sua gestão neste âmbito se reveste de fundamental importância.
O acesso aos medicamentos depende de um financiamento sustentado. Ao se definir a
política de assistência farmacêutica e os medicamentos a serem disponibilizados nos diferentes
programas de saúde, em qualquer instância gestora do SUS, deverão ser assegurados os recursos
financeiros que viabilizem as ações de saúde e a sua continuidade.
O financiamento da Assistência Farmacêutica é de responsabilidade das três esferas de
gestão do SUS e pactuado na Comissão Intergestores Tripartite (CIT). Conforme estabelecido na
portaria GM/MS número 204/2007, os recursos federais são repassados na forma de blocos de
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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
1. BRASIL. Assistência Farmacêutica Municipal – Diretrizes para estruturação e processos de
organização. Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo. Farmácia. – São Paulo, 2013.
72pg.
2. BRASIL. CONASS. Assistência Farmacêutica no SUS. Coleção pra entender a gestão do SUS.
Brasília: CONASS, volume 7, 2011. 186pg.
3. FORTALEZA. Comissão Intergestores Bipartite. Resolução nº 17, de 01 de outubro de 2015. Dispõe
sobre a atualização da Relação de Medicamentos Essenciais de Fortaleza. Diário Oficial do Município,
Poder Executivo, 22 dez. 2015.
4. FORTALEZA. Secretaria Municipal de Saúde. Relatório de Gestão, 2010. Fortaleza, 2010b. Disponível
em: <http://www.saudefortaleza.ce.gov.br>. Acesso em: 05 outubro 2015.
5. Universidade Aberta do SUS. Uso racional de medicamentos [Recurso eletrônico] / Universidade Aberta
do SUS; Alexandra Crispim Boing, Ana Paula Veber, Fabíola Stolf. – Florianópolis: UFSC, 2010. 52 pg.
6. WALTER SJJ. Reflexões sobre o uso racional de medicamentos. Revista Pharmacia Brasileira nº 78 -
Setembro/Outubro 2010.
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INFORMAÇÕES ÚTEIS
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A Organização Mundial da Saúde considera que a prescrição por nome genérico é um dos
indicadores para avaliar a qualidade da prescrição de medicamentos, pois promove o uso racional, a
redução dos custos dos medicamentos, com consequente melhoria do acesso, da adesão, do
respeito ao tratamento, da diminuição dos erros de medicação.
Para que os resultados da prescrição sejam efetivos, é preciso facilitar e promover a
cooperação ativa entre os profissionais envolvidos. Para garantir o uso racional de medicamentos e
evitar erros de prescrição e medicação, faz-se necessário seguir algumas recomendações:
1. Conheça bem as indicações da terapia instituída para seu paciente.
2. Utilize sempre letra legível usando letra de forma clara, por extenso e sem rasuras ou opte
pela prescrição impressa.
3. Escrever o nome do medicamento, segundo a Denominação Comum Brasileira (DCB),
lembrando que a prescrição pelo nome genérico é obrigatória no sistema público de
saúde.
4. Especificar forma farmacêutica e concentração do medicamento, via de administração,
intervalo entre as doses e a duração do tratamento.
5. As doses devem adotar os sistemas de registros de pesos e medidas oficiais brasileiros.
6. A prescrição de medicamentos com a indicação “usar se necessário”, “se necessário” ou
“quando necessário”, necessita que no mínimo sejam especificados a dose máxima e o
intervalo mínimo entre as doses. Essa forma de prescrição denota que o médico abdicou
do seu dever, transferindo o julgamento da necessidade do medicamento para outro.
7. Evitar o uso de abreviações e evite utilizar fórmulas químicas para denominar os
medicamentos nas prescrições (ex: HCTZ, Fe2SO4, AAS, SMT+TMP).
8. Usar receituário específico para prescrição de fármacos sujeitos ao controle especial e
para os antimicrobianos quando a aquisição dos mesmos for de responsabilidade do
usuário.
9. Estar atento para grafias de números com zeros ou vírgulas evitando erros de dosagem.
10. Assinar e colocar o carimbo legível permitindo identificar o profissional prescritor.
11. Nome por extenso, endereço e telefone do prescritor são desejáveis, de forma a
possibilitar contato em caso de dúvidas ou ocorrência de problemas relacionados ao uso
dos medicamentos prescritos.
12. A data da prescrição também é outro item importante, pois além de registrar as
atualizações realizadas durante o tratamento do seu paciente, valida a utilização correta
das receitas de medicamentos controlados pelo órgão sanitário regulador, por meio de
receituário específico.
13. Nos retornos identifique alergias e outros problemas de medicação que possam
eventualmente estar interferindo na eficácia terapêutica e na adesão à terapia, tais como
interações medicamentosas, reações adversas ou intoxicações.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
1. LUIZA VL, GONÇALVES CBC. A Prescrição Medicamentosa. In: FUCHS, F.D.; WANNMACHER,
L. Farmacologia clínica: fundamentos da terapêutica racional. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan; 2010.
2. MADRUGA CMD. Manual de orientações básicas para prescrição médica. Brasília, 2ª edição,
CRM-PB/CFM, 2011. 62pg.
3. NERI EDR, VIANA PR, CAMPOS TA. Universidade Federal do Ceará. Hospital Universitário
Walter Cantídio. Dicas para uma boa prescrição hospitalar. Fortaleza, 2008. 38pg
4. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Guia para a boa prescrição médica. Porto Alegre:
Artmed, 1998.
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No entanto, na prática clínica, essas distinções por categorias tornaram-se menos válidas
pelas seguintes razões: vários medicamentos de uma classe serão utilizados para tratar problemas
anteriormente atribuídos a outra classe.
Por exemplo; alguns antidepressivos (Fluoxetina, Clomipramina) são também utilizados
para tratar uma ampla faixa de Transtornos de Ansiedade. Neurolépticos Atípicos (Olanzapina,
Risperidona), são também utilizados para estabilizar a fase maníaca do THB e parecem ter também
alguma atividade como Antidepressivos.
Então se torna necessário ter uma visão mais ampla sobre as diversas aplicabilidades
dos medicamentos que agem sobre o SNC, conhecidos como psicofármacos.
Assim a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, através da Portaria 344/98 e
da RDC 58/07, regulamenta a venda comercialização, dispensação de Medicamentos Sujeitos ao
Controle Especial. Elas legislam sobre controle da prescrição e dispensação dos seguintes grupos de
medicamentos: entorpecentes, psicofármacos, antiretrovirais, retinóides de uso sistêmico,
imunossupressores, anabolizantes e psicotrópicas – que exigem formulários de receita específicos e
se diferenciam quanto às exigências para a prescrição convencional dos medicamentos.
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TIPOS DE RECEITUÁRIO
LISTA B1: Substâncias Psicotrópicas (notificação de receita de cor azul)
Formulários de Notificação de Receita B, de cor azul, são fornecidos por profissional, hospital
ou ambulatório. A quantidade máxima a ser prescrita corresponde ao quantitativo necessário
Para 60 dias de tratamento, não podendo conter mais que cinco ampolas no caso de
medicamento para uso injetável.
LISTA C1: Substâncias Sujeitas ao Controle Especial (receita cor branca em 2 vias)
Formulários de Notificação de Receita C, de cor branca, são fornecidos por profissional,
hospital ou ambulatório. A quantidade máxima a ser prescrita corresponde ao quantitativo
necessário para 60 dias de tratamento, não podendo conter mais que cinco ampolas no caso
de medicamento para uso injetável.
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anticonvulsivantes e antiparkinsonianos, pois podem ser prescritos para até seis meses de
tratamento.
São padronizadas para atendimento da saúde mental as seguintes apresentações
farmacêuticas de medicamentos:
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A primeira linha de informação para qualquer produto comercializado que venha a ser
utilizado por gestantes e nutrizes consiste em relatos de eventos adversos às agências regulatórias.
A notificação e o relato de uma possível ligação entre o medicamento e um evento adverso particular,
é frequentemente a primeira indicação de problemas, às vezes muito raros para serem identificados
nos ensaios clínicos pré-comercialização.
As referências mais comuns do uso de medicamentos nessas situações provêm de
relatos de casos observados e relatados por médicos cuja paciente ou mais de uma, tenham feito
uso de um medicamento em particular coincidentemente com o período da gestação ou durante a
amamentação. Tal informação é, na realidade, um dado observacional não podendo ser considerado
de caráter definitivo ou conclusivo no que diz respeito ao risco associado ao medicamento nessas
circunstâncias. É possível encontrar na literatura relatos com conclusões divergentes, muitas vezes
por que outros fatores possam ter sido levados em consideração, ou pelo contrário, ignorados
durante as análises feitas sobre o assunto.
Também é importante considerar que os dados obtidos a partir de estudos com animais
não podem ser, integralmente, extrapolados para humanos. Esses dados provêm da interpretação
dos dados observados pelos autores ou compilação das análises de outrem, existindo dessa forma
sempre a possibilidade de uma avaliação incorreta ou inconsistente com as intenções do autor.
Nenhum medicamento está isento de riscos, independentemente da via de administração.
O efeito potencial dos medicamentos sobre o feto e neonato varia de acordo com a idade
gestacional. Portanto, antes de se administrar qualquer medicamento em uma mulher grávida, deve-
se valorizar a relação risco-benefício, considerando que o fato de não tratar determinadas patologias
poder ser tanto ou mais perigoso para o feto que o medicamento em questão.
O Food and Drug Administration (FDA) estabeleceu 5 categorias para indicar o potencial
de teratogenicidade do medicamento durante o período gestacional:
CATEGORIA DEFINIÇÃO
Refere-se a medicamentos e substâncias para as quais os estudos controlados em
mulheres não têm mostrado risco para o feto durante o primeiro trimestre, não
A havendo nenhuma evidência de risco em trimestres posteriores, sendo bastante
remota a possibilidade de dano fetal.
Os estudos realizados em animais não demonstraram risco fetal, mas não há
B estudos controlados em mulheres ou animais grávidos que mostrem efeitos
adversos (que não seja uma diminuição na fertilidade), não sendo confirmado em
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Além disso, para muitas drogas novas ainda não há dados suficientes sobre transferência
para o leite materno e segurança para uso no período da lactação. Mas, em geral, há uma tendência
em reduzir o número de drogas consideradas incompatíveis com a amamentação.
As categorias de risco dos medicamentos abordadas neste Manual e seus respectivos
marcadores são os seguintes:
1. USO COMPATÍVEL COM A AMAMENTAÇÃO
Desta categoria fazem parte os fármacos cujo uso é potencialmente seguro durante a
lactação, haja vista não haver relatos de efeitos farmacológicos significativos para o lactente.
2. USO CRITERIOSO DURANTE A AMAMENTAÇÃO
Nesta categoria estão os medicamentos cujo uso no período da lactação depende da
avaliação do risco/benefício. Quando utilizados, exigem monitorização clínica e/ou laboratorial do
lactente, devendo ser utilizados durante o menor tempo e na menor dose possível. Novos
medicamentos cuja segurança durante a amamentação ainda não foi devidamente documentada
encontram-se nesta categoria.
3. USO CONTRAINDICADO DURANTE A AMAMENTAÇÃO
Esta categoria compreende os fármacos que exigem a interrupção da amamentação,
pelas evidências ou risco significativo de efeitos colaterais importantes no lactente.
X. INCOMPATÍVEL COM A AMAMENTAÇÃO
Esta categoria compreende os fármacos que são incompatíveis com a amamentação.
?. SEM DADOS DISPONÍVEIS
Esta categoria compreende os fármacos que ainda não dispõe de literatura que possa
evidenciar a segurança na utilização do mesmo durante a amamentação.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
1. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria da Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e
Estratégicas. Amamentação e uso de medicamentos e outras substâncias / Ministério da Saúde,
Secretaria da Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. 2ª edição Brasília:
Editora do Ministério da Saúde, 2010. 92 p.
2. SCHVARTSMAN C, LEWI DS, MORGULIS RNF, ALMEIDA SM. Manual Farmacêutico 2011/2012.
Hospital Albert Einstein. São Paulo, 2010. 480p.
3. UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARA. Faculdade de Farmácia Odontologia e Enfermagem. Grupo de
Prevenção ao Uso Indevido de Medicamentos. Informações para o uso de medicamentos na gravidez e
lactação. Coordenacao Mirian Parente Monteiro. Fortaleza - Ceará, 2008.112p.
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COMPONENTE
DESCENTRALIZADO
DA ASSISTÊNCIA
FARMACÊUTICA
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ÁCIDO ACETILSALICÍLICO
Nome da Substância
ÁCIDO ACETILSALICÍLICO
63o item no ranking de gasto com
Apresentações disponíveis no medicamentos em Fortaleza.
o
elenco de medicamentos de Fortaleza: 5 item no ranking de medicamentos
dispensados em Fortaleza
100mg Comprimido
ALERTA
Problemática
1. Prescrições desnecessárias para prevenção primária de eventos cardiovasculares
em pacientes com baixo e médio risco cardiovascular;
Adultos
Analgésico e antipirético
Dose usual: 40 a 60mg/kg/dia, VO, 4 a 6 vezes ao dia.
Antiagregante em pacientes arteriopatas (coronarianas,etc.)
Dose usual: 81 a 500mg/dia.
Artrite reumatoide
Dose usual: 3,2 a 6g/dia, VO.
Crianças:
Analgésico e antipirético
Dose usual: 10 a 15mg/kg, VO, 4 a 6 vezes ao dia.
Anti-inflamatório
Dose usual: 60 a 100mg/kg/dia, VO, fracionados em 3 a 4 administrações.
Antiagregante plaquetário
Dose usual: 3 a 5mg/kg/dia, VO, 2 vezes por semana.
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Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
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ORIENTAÇÕES:
Administrar com bastante água ou com alimento a fim de evitar desconforto. A presença do
alimento retarda a velocidade, mas não a extensão da absorção.
Orientar que o paciente evite deitar-se dentro de 15 a 30 minutos após a administração.
Reforçar a importância de evitar o uso de bebidas alcoólicas.
• Náuseas e vômito.
• Dor abdominal.
• Úlcera gastrointestinal.
• Sangramento.
• Broncoespasmo.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de
Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Formulário Terapêutico Nacional 2010/Rename 2010.
2ª edição, Brasília, 2010, 1135pg.
®
2. Micromedex Healthcare Series [Internet database]. Greenwood Village, Colorado: Thomson Healthcare,
2015.
3. Rands G, Orrell M, Spector AE. Aspirin for vascular dementia (Cochrane Review). In: The Cochrane
Library, issue 2, 2009. Oxford: Update Software.
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Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
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Apresentações disponíveis no
elenco de medicamentos de Fortaleza:
500mg Comprimido
15o item no ranking de gasto com
50mg/ml Suspensão medicamentos em Fortaleza.
39o item no ranking de
500mg + 125mg Comprimido medicamentos dispensados em
500mg + 125mg/ml Suspensão Fortaleza
ALERTA
Problemática
1. Prescrições com esquemas prolongados de tratamento sem indicação.
2. Tratamento de amigdalites agudas recorrentes não complicadas.
Cuidados no uso Perigos do uso prolongado
Adultos
Infecções causadas por microrganismos sensíveis**
250 a 500 mg por via oral, a cada 8 ou 12 horas.
Profilaxia de endocardite bacteriana
2 g, por via oral, em dose única, de 30 minutos a 1 hora antes de procedimento em que haja
sangramento.
Erradicação de Helicobacter pylori
1 g, por via oral, a cada 12 horas, combinada a claritromicina 500 mg e omeprazol 20 mg, ambos
por via oral, a cada 12 horas, durante 7 a 14 dias.
Associado com Clavulanato: 250 + 62,5 a 500 + 125 mg, por via oral, a cada 8 ou 12 horas
Crianças
Infecções causadas por microrganismos sensíveis** (10 opção)
20 a 90 mg/kg, dividido a cada 8 ou 12 horas.
Profilaxia de endocardite bacteriana
50 mg/kg, por via oral, em dose única, 30 minutos a 1 hora antes de procedimento em que haja
sangramento.
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Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
Associado com Clavulanato: 20 a 90 mg/kg de amoxicilina, por via oral, a cada 8 ou 12 horas.
* A dose e a duração do tratamento dependem do local e gravidade da infecção, mas geralmente são eficazes
entre 7 e 14 dias. ** A amoxicilina Associado ao clavulanato (Bactérias produtoras de betalactamase infeccoes
não-graves por Haemophilus influenzae, Moraxella catarrhalis, E. coli, algumas espécies de klebsiella,
Enterobacter, Helicobacter pylori).
ORIENTAÇÕES:
A alimentação não interfere na ação de amoxicilina, que pode ser ingerida com alimentos.
Recomendar a reconstituição da suspensão com água filtrada ou fervida, até a marca
indicada no frasco e agitação do mesmo sempre que for retirar a dose correspondente.
A suspensão oral, após reconstituição, ficará estável por 14 dias se for conservada em
geladeira (entre 2ºC e 8ºC).
A suspensão contém açúcar. Utilizar com cautela e informar aos portadores de diabetes.
Informar que as cápsulas não devem ser mastigadas ou partidas.
Reforçar a importância de padronizar os horários para tomada do medicamento até o fim do
tratamento e caso esqueça, tomar a dose assim que lembrar e reaprazar os horários.
Os pacientes devem ser alertados para não interromper o uso antes do final do tratamento,
mesmo quando houver melhora dos sintomas após a primeira dose.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
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Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
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BECLOMETASONA DIPROPIONATO
Nome da Substancia
o
18 item no ranking de gasto com
BECLOMETASONA medicamentos em Fortaleza.
DIPROPIONATO o
132 item no ranking de medicamentos
dispensados em Fortaleza
Apresentações disponíveis no
elenco de medicamentos de Fortaleza:
ALERTA
Problemática
1. Prescrições para exacerbação aguda de asma e bronquite não asmática.
Cuidados no uso Perigos do uso prolongado
- Os efeitos terapêuticos não são - Efeitos sistêmicos (retardo do crescimento
percebidos imediatamente, portanto não em crianças e adolescentes, redução da
deve ser usado como medicamento de densidade mineral óssea, catarata e glaucoma,
alívio durante crises de falta de ar. principalmente se uso em altas doses).
- A formulação contém aproximadamente - Pode causar fenômenos de sensibilização e,
9mg de álcool/dose. excepcionalmente, efeitos colaterais sistêmicos
- O uso concomitante com corticosteróides típicos da classe terapêutica.
sistêmicos deverá ser realizado sob doses
ajustadas.
CRIANÇAS
Asma – Tratamento após a crise
Dose baixa (menores de 12 anos): 100 a 200 microgramas, por via inalatória, a cada 12 horas.
Dose media/alta (de 5 a 12 anos): 200 a 400 microgramas, por via inalatória, a cada 12 horas.
ADULTOS
Asma – Tratamento após a crise
Dose baixa: 100 a 400 microgramas, por via inalatória, a cada 12 horas.
Dose media/alta: 400 a 1000 microgramas, por via inalatória, a cada 12 horas.
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Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
ORIENTAÇÕES
Orientar que o frasco seja agitado sempre antes de usar.
Orientar o paciente quanto ao modo de utilizar corretamente o aerossol e os espaçadores,
bem como a realização periódica de manutenção e limpeza dos artefatos, a fim de evitar
obstrução.
Alertar que o uso de espaçador nas formas aerossol favorece a ação do medicamento e reduz
a ocorrência de efeitos adversos.
Alertar que o enxágue bucal após administração e o uso de espaçador reduzem o risco de
candidíase oral, rouquidão e disfonia. Não engolir a água do enxágüe.
Orientar para não interromper o uso abruptamente, devido aos riscos de efeitos adversos
importantes.
Orientar para notificar a falta de resposta ao tratamento, para possível ajuste de dose.
BIBLIOGRAFIA
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Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
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BUDESONIDA
Nome da Substancia
BUDESONIDA o
1 item no ranking de gasto com
medicamentos em Fortaleza.
o
97 item no ranking de
medicamentos dispensados em
Apresentações disponíveis no
Fortaleza.
elenco de medicamentos de Fortaleza:
ALERTA
Problemática
1. Terapia inicial combinada de corticóide inalatório e agonista β-2 de longa
duração no tratamento de asma leve e moderada, sem tentativa prévia de
monoterapia com corticóide inalatório.
Cuidados no uso Perigos do uso prolongado
- Os efeitos terapêuticos não são - Aparecimento de sinais ou sintomas
percebidos IMEDIATAMENTE, de hipercorticismo, supressão da
portanto não deve ser usado como função hipotálamo-hipófise-adrenal ou
medicamento de alívio durante crises inibição do crescimento em crianças.
de falta de ar.
Após alívio dos sintomas reduzir a dose para 100 microgramas (2 jatos), em cada narina, a cada 24
horas. A duração total do tratamento é de 3 meses.
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Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
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ORIENTAÇÕES
Orientar que o frasco seja agitado suavemente antes de usar em cada aplicação.
Caso permaneça 2 dias consecutivos sem usar, agitar até aparecer uma fina nevoa. Caso
permaneça 14 dias consecutivos sem usar, lavar o aplicador e agitar ate aparecer uma fina
nevoa.
O efeito do medicamento pode levar alguns dias. Orientar o uso regular e para não
interromper o uso abruptamente, devido aos riscos de efeitos adversos importantes.
Orientar sobre a importância de limpar as narinas previamente a aplicação.
BIBLIOGRAFIA
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Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
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CARBONATO DE CÁLCIO
+ COLECALCIFEROL
o
Apresentações disponíveis no 2 item no ranking de gasto com
medicamentos em Fortaleza.
elenco de medicamentos de Fortaleza:
600 mg + 400 UI Comprimido o
8 item no ranking de medicamentos
dispensados em Fortaleza.
ALERTA
Problemática
1. Prescrições desnecessárias para prevenção de osteoporose em mulheres sem
fatores de risco.
2. Utilização por tempo prolongado e sem avaliações periódicas.
3. Prescrição de Cálcio sem a associação com a Vitamina D.
Cuidados no uso Perigos do uso prolongado
- Não evidências que justifiquem o uso de - Constipação.
suplemento de cálcio em idades pediátricas - Uso excessivo da Vitamina D pode
em crianças normais para aumentar o pico da causar hipercalciúria e cálculos renais.
massa óssea. Ajustar a dose quando houver
- Não está indicada a suplementação de comprometimento renal.
cálcio de forma rotineira, em pessoas que - Formação de cálculos renais e interação
fazem ingestão regular e adequada de cálcio, negativa do cálcio com outros nutrientes,
através da alimentação. principalmente ferro, zinco, magnésio e
- Há evidências de que o uso isolado de fósforo.
cálcio, sem a associação de Vitamina D, é - Concentrações séricas elevadas de
menos eficaz. cálcio podem aumentar o risco de infarto
- Pode haver redução da absorção de cálcio agudo do miocárdio, pela associação
se ingerido com espinafre, farelos e cereais. positiva entre a espessura da carótida e a
Algumas preparações cotem aspartame calcificação da aorta. Cabe destacar que o
(contraindicado para fenilcetonúricos). mesmo risco não é observado com
consumo de dietas ricas em cálcio.
Indicações mais frequentes e posologias na APS:
Tratamento da osteoporose
1 a 2 comprimidos ao dia (a depender da avaliação da ingesta de cálcio pela alimentação).
42
Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
ORIENTAÇÕES:
Deve ser administrado com a presença de alimentos. Maior eficácia quando administrado com
sucos cítricos. Orientar para evitar uso concomitante de alimentos ricos em fibras, álcool, fumo
ou cafeína.
Quando a dose for superior a 600mg de cálcio ao dia, prefere-se o fracionamento da dose em
dois horários durante o dia.
Orientar ao paciente que a dose diária recomendada de vitamina D em adultos pode ser obtida
pela exposição direta à luz solar (antes de 10:00 da manhã e após as 16:00) e pelos
componentes da dieta.
Estimular a prática de exercícios físicos, pela importância na construção e manutenção da
massa óssea e prevenção da osteoporose.
BIBLIOGRAFIA
1. Bolland MJ, Grey A, Avenell A, Gamble GD, Reid IR. Calcium supplements with or without vitamin D and
risk of cardiovascular events: reanalysis of the Women’s Health Initiative limited access dataset and meta-
analysis. BMJ. 2011; 342:1-9.
2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de
Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Formulário Terapêutico Nacional 2010/Rename 2010. 2ª
edição, Brasília, 2010, 1135pg.
®
3. Bula do medicamento de referência - CALTRATE (Pfizer).
®
4. Micromedex Healthcare Series [Internet database]. Greenwood Village, Colorado: Thomson Healthcare,
2015.
o
5. Pinto Neto A.M et al. Consenso Brasileiro de Osteoporose, revista brasileira de Reumatologia, vol. 42, n
06, 2002.
43
Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
CAPTOPRIL
Nome da Substancia
CAPTOPRIL o
21 item no ranking de gasto com
medicamentos em Fortaleza.
o
Apresentações disponíveis no 1 item no ranking de
elenco de medicamentos de Fortaleza: medicamentos dispensados em
Fortaleza.
25mg Comprimido
ALERTA
Problemática
1. Prescrição inadequada de uso pela via sublingual.
2. Prescrição sem estratificação de risco cardiovascular global.
3. Prescrições que associam captopril a um bloqueador de angiotensina II em
hipertensos.
Cuidados no uso Perigos do uso prolongado
- A dose deve ser ajustada se houver - Anormalidades hematológicas
comprometimento renal. (efeitos antiplaquetários de redução
- Pacientes que realizaram procedimento do tromboxano pela angiotensina).
cirúrgico têm mais risco de desenvolver
angioedema.
- Evitar o uso em mulheres em idade fértil.
Crianças
(<6 meses)
Tratamento da Hipertensão Arterial
0,01 a 0,05 mg/kg/dose, por via oral, 3 vezes ao dia.
(>6 meses)
0,15 a 0,5 mg/kg/dose, por via oral, 3 vezes ao dia.
44
Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
ORIENTAÇÕES
Existe descrita formulação extemporânea (pronto uso) para uso pediátrico.
Os comprimidos podem apresentar leve odor sulfuroso.
Informar que os alimentos diminuem a absorção do captopril. Recomendar que a administração
seja realizada 1 hora antes ou 2 horas após a refeição.
A prática da administração sublingual do comprimido de captopril não é recomendada, pois suas
características farmacocinéticas não permitem a absorção de doses ideais por essa via, devendo,
portanto, ser deglutido.
Recomendar aos pacientes que em caso de esquecimento de uma dose, usar assim que lembrar.
Se estiver perto do horário da próxima dose, desconsiderar a dose anterior, esperar e usar no
horário. Nunca usar duas doses juntas.
Alertar para recorrer a atendimento médico caso surjam edema de face, transtornos para respirar
ou deglutir e rouquidão.
* AAS – Ácido Acetilsalicílico; ** AINES - Antinflamatório Não-Esteróide; *** ICC - Insuficiência Cardíaca Congestiva.
BIBLIOGRAFIA
1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento
de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Formulário Terapêutico Nacional 2010/Rename
2010. 2ª edição, Brasília, 2010, 1135pg.
®
2. Bula do medicamento de referência - CAPTOSEN (Pharlab).
3. Camargo EG, Weinert LS, Lavinsky J, Silveiro SP. Prática clínica: nefropatia diabética e bloqueio do
sistema renina-angiotensina-aldosterona. Revista da Sociedade de Cardiologia do Rio Grande do Sul.
Ano XV nº 08 Mai/Jun/Jul/Ago 2006.
4. K ME, S B, B HR. The effect of captopril on progression of retinopathy in type 2 diabetes. Diabetes
Technol Ther. 2009 Nov; 11(11):711-5.
®
5. Micromedex Healthcare Series [Internet database]. Greenwood Village, Colorado: Thomson
Healthcare, 2015.
6. Sociedade Brasileira de Cardiologia / Sociedade Brasileira de Hipertensão / Sociedade Brasileira de
Nefrologia. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão VI. Arq Bras Cardiol 2010; 95(1 supl.1): 1-51.
45
Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
CEFALEXINA
Nome da Substancia
CEFALEXINA o
34 item no ranking de gasto com
medicamentos em Fortaleza.
o
59 item no ranking de
medicamentos dispensados em
Fortaleza.
Apresentações disponíveis no
elenco de medicamentos de Fortaleza:
500mg Comprimido
50mg/ml Suspensão Oral
ALERTA
Problemática
1. Prescrições para infecções de garganta de repetição;
2. Prescrições por prazos além do mínimo eficaz.
Cuidados no uso Perigos do uso prolongado
- Pode induzir colite pseudomembranosa - Risco de superinfecção fúngica ou
por Clostridium difficile. bacteriana por microorganismos
- Pode causar diminuição da atividade de resistentes.
protrombina.
- Usar com cautela nos casos de
insuficiência renal e hepática.
Adultos
Tratamento de infecções por microrganismos sensíveis*
• 250 a 500 mg, por via oral, a cada 6 horas. Em infecções graves, 1 g, por via
oral, a cada 6 horas, durante 7 a 14 dias.
Crianças
Tratamento de infecções por microrganismos sensíveis*
• 25 a 50 mg/kg, por via oral, dividido a cada 6 horas. Em infecções graves, 50
a 100 mg/kg, por via oral, dividido a cada 6 horas, durante 7 a 14 dias.
*cocos gram-positivos aeróbios, exceto enterococos; Staphylococcus aureus produtor de penicilinase, mas não
contra os oxacilina-resistentes; Escherichia coli; Proteus mirabilis e Klebsiella pneumoniae
46
Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
ORIENTAÇÕES
Orientar para o uso durante todo o tempo prescrito, mesmo que haja melhora dos sintomas,
sob o risco de desenvolvimento de resistência bacteriana e piora do quadro.
Reforçar a importância de padronizar os horários para tomada do medicamento até o fim do
tratamento e caso esqueça, tomar a dose assim que lembrar e reaprazar os horários.
Administrar com bastante água ou com alimento a fim de evitar desconforto, pois a presença
do alimento retarda a velocidade, mas não a extensão da absorção.
Orientar sobre o modo de reconstituição do medicamento. Informar que a suspensão deve ser
agitada antes de administrar. Alertar para a observação cuidadosa da validade do
medicamento após a reconstituição (7 a 14 dias, caso tenha sido refrigerada entre 2ºC e 8ºC).
Orientar a busca por assistência médica caso haja o aparecimento de reações adversas
dermatológicas.
BIBLIOGRAFIA
47
Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
CLORETO DE SÓDIO
Nome da Substancia
CLORETO DE SÓDIO o
14 item no ranking de gasto com
medicamentos em Fortaleza.
o
72 item no ranking de
medicamentos dispensados em
Fortaleza.
Apresentações disponíveis no
elenco de medicamentos de Fortaleza:
0,9% Solução Nasal
0,9% Solução Injetável
ALERTA
Problemática
1. Uso indiscriminado nas infecções de vias aéreas superiores.
2. Prescrições de “aplicação nasal conforme a necessidade”.
3. Uso da solução injetável para limpeza de escoriações e ferimentos superficiais.
Cuidados no uso Perigos do uso prolongado
USO INJETÁVEL USO NASAL
- Avaliar o uso nos casos de insuficiência - Nesta via de administração, o cloreto de
renal, cardíaca, hipertensão, condições sódio não apresenta risco conhecido à
clínicas e uso de medicamentos que saúde.
causem retenção de sódio. - A presença do cloreto de benzalcônio em
- Evitar administração excessiva. O algumas apresentações pode provocar
aumento da concentração plasmática de prejuízo da função mucociliar em pacientes
sódio não deve exceder 10 mmol/L em 24 portadores de rinossinusite alérgica,
horas. aumentando os casos de rinite
- Observar pressão venosa jugular, medicamentosa, além de afetar a função
crepitações em bases pulmonares e, em imunológica (reduz a atividade fagocitária
idosos, pressão venosa central. dos neutrófilos).
Solução Nasal:
* Cloreto de sódio 0,9% administrado como gotas nasais alivia a congestão nasal por ajudar a liquefazer a
secreção mucosa.
48
Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
Neonato
1 a 2 gotas em cada narina antes da amamentação.
Crianças e adultos
2 a 6 gotas em cada narina, a cada duas horas.
Solução Injetável
A concentração e a dose das soluções de cloreto de sódio para uso intravenoso são determinadas
por diversos fatores, incluindo idade, peso, condição clínica e, em particular, o estado de hidratação
do paciente. As concentrações séricas de eletrólitos devem ser cuidadosamente verificadas.
ORIENTAÇÕES
Apesar de algumas apresentações da solução nasal de cloreto de sódio 0,9% conter
conservante antimicrobiano (geralmente cloreto de benzalcônio), orientar o doente para evitar
contato do conta-gotas com a mucosa nasal para não contaminá-lo e aconselhar a não dividi-
lo com outras pessoas.
Escoriações e ferimentos superficiais devem ser limpos com água corrente e sabão neutro.
A solução de cloreto de sódio deve ser armazenada a 25ºC. Entretanto uma breve exposição
até o limite de 40ºC não afeta adversamente a preparação.
Aconselhar que a sobra da solução estéril seja descartada, se a utilização seguinte envolver a
administração injetável.
BIBLIOGRAFIA
1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento
de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Formulário Terapêutico Nacional 2010/Rename
2010. 2ª edição, Brasília, 2010, 1135pg.
2. Machado AS, Valverde JG, Santana Junior JS, Barreto LG, Nonato GS, Hagenbeck KF, Xavier DV,
Brasil JM. Efeitos tóxicos atribuídos ao cloreto de benzalcônio sobre a mucosa nasal e atividade
mucociliar. Rev. bras. alerg. imunopatol. 2008;31(1):2-9.
3. Rodrigues C, Silva C. Limpeza de feridas: técnicas e soluções. J. of tissue regeneration e healing.
2012; 1 (1):25 – 31.
49
Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
ENALAPRIL MALEATO
Nome da Substancia
ENALAPRIL MALEATO o
27 item no ranking de gasto com
medicamentos em Fortaleza.
o
Apresentações disponíveis no 11 item no ranking de
medicamentos dispensados em
elenco de medicamentos de Fortaleza:
Fortaleza.
5mg e 20 mg Comprimido
ALERTA
Problemática
1. Prescrições sem risco cardiovascular global definido.
2. Prescrições para paciente com baixo risco para doença aterosclerótica.
3. Prescrições que associam enalapril a um bloqueador de angiotensina II em
hipertensos.
Cuidados no uso Perigos do uso prolongado
- Iniciar tratamento com dose baixa (ajustar a - O uso em pacientes com função renal
cada 2 ou 4 semanas), e monitorar pressão reduzida pode causar aumento de até
arterial apos a primeira dose. 30% da creatinemia, mas a longo prazo
- Monitorar potássio sérico, especialmente se prepondera seu efeito nefroprotetor.
houver insuficiência renal.
- Evitar o uso em mulheres em idade fértil.
ORIENTAÇÕES
50
Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
BIBLIOGRAFIA
1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento
de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Formulário Terapêutico Nacional 2010/Rename
2010. 2ª edição, Brasília, 2010, 1135pg.
®
2. Bula do medicamento de referência - RENITEC (Merck Sharp & Dohme).
®
3. Micromedex Healthcare Series [Internet database]. Greenwood Village, Colorado: Thomson
Healthcare, 2015.
4. Shah NH, LePendu P, Bauer-Mehren A, Ghebremariam YT, Iyer SV, Marcus J, et al. Proton Pump
Inhibitor Usage and the Risk of Myocardial Infarction in the General Population. PLoS One 10(6):
e0124653. 2015
5. Sociedade Brasileira de Cardiologia / Sociedade Brasileira de Hipertensão / Sociedade Brasileira de
Nefrologia. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão VI. Arq Bras Cardiol 2010; 95(1 supl.1): 1-51.
51
Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
GLICLAZIDA
Nome da Substancia
o
4 item no ranking de gasto com
GLICLAZIDA medicamentos em Fortaleza.
o
17 item no ranking de
medicamentos dispensados em
Apresentações disponíveis no Fortaleza.
elenco de medicamentos de Fortaleza:
30 mg Comprimido Liberação Prolongada
ALERTA
Problemática
1. Prescrições para diabéticos tipo 1.
2. Prescrições para pacientes com sobrepeso e manifestações leves de
glicemia (< 200mg/dL), sem outras comorbidades.
3. Prescrições para pacientes com glicemia de jejum normal ou próxima do
normal, mas com hemoglobina glicada acima do normal.
Cuidados no uso Perigos do uso prolongado
Adultos e Idosos
*Tratamento de pacientes quando há perda de peso e teores glicêmicos mais elevados, indicando
secreção deficiente de insulina. Recomendado aos diabéticos com evidencias de falência parcial da
produção de insulina, geralmente magros, oligossintomáticos e com hiperglicemia leve a moderada
(jejum < 300 mg/dl).
Aos pacientes tratados com metformina na dose máxima e que ainda não atingiram o controle
glicêmico recomenda-se acrescentar gliclazida à terapêutica.
52
Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
ORIENTAÇÕES
• Hipoglicemia (5%).
• Aumento de peso
• Náuseas, vômito e diarréia (5%)*.
* Esses distúrbios podem ser evitados ou reduzidos se a administração for realizada no desjejum.
BIBLIOGRAFIA
53
Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
IBUPROFENO
Nome da Substancia
IBUPROFENO o
13 item no ranking de gasto com
medicamentos em Fortaleza.
o
9 item no ranking de medicamentos
Apresentações disponíveis no dispensados em Fortaleza.
elenco de medicamentos de Fortaleza:
600 mg Comprimido
50 mg/ml Solução Oral
ALERTA
Problemática
1. Interações medicamentosas graves e moderadas;
2. Uso indiscriminado em pacientes em terapia anti-hipertensiva, hipoglicemiante e
psicotrópica concomitante, sem monitoramento adequado ou avaliação dos riscos e
benefícios.
Cuidados no uso Perigos do uso prolongado
- Usar com precaução em doentes com - Por ser seletivamente utilizado
retenção de líquidos, hipertensão ou história para o alívio da dor em tratamentos
de insuficiência cardíaca. A pressão arterial curto.
e o estado cardiovascular devem ser - Pode agravar a hipertensão,
monitorizados durante o curso da terapia. insuficiência cardíaca congestiva e
- Em pacientes que fazem uso de drogas edema. Diminui a eficácia dos anti-
psicotrópicas, checar interações hipertensivos e podem causar
medicamentosas antes de prescrever. alteração da função renal quando
- Deve ser evitado nas últimas seis a oito associados.
semanas de gravidez para prevenir a - A partir de 07 dias de tratamento
gestação prolongada a partir da inibição da aumenta o risco de um novo infarto.
síntese de prostaglandinas, o fechamento - Doses elevadas (≥1200mg/dia)
prematuro do canal arterial, complicações foram associadas a um risco
maternas e fetais de atividade aumentado de eventos vasculares.
antiplaquetária.
Adultos
Analgésico (dor leve a moderada) e antiinflamatório:
400mg, via oral, a cada 4 ou 6 horas. Dose máxima 2400mg/dia
Osteoartrite/Artrite reumatóide:
400-800mg, via oral, a cada 6 ou 8 horas. Dose máxima 3200mg/dia.
Crianças
Analgésico:
7,5 mg/kg dose a cada 6 a 8 horas; Dose diária máxima: 30 mg / kg
Antipirético:
54
Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
ORIENTAÇÕES
Dentre os antiinflamatórios não-esteroidais é o representante de primeira escolha, pois
apresenta eficácia e maior segurança, com menor risco de eventos gastrintestinais.
Orientar a administração com bastante água (>250mL) ou na presença de alimentos.
Reforçar a importância de evitar o uso de bebidas alcoólicas, pelo risco aumentado de
ulcerações e sangramento gastrintestinal.
BIBLIOGRAFIA
1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento
de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Formulário Terapêutico Nacional 2010/Rename
2010. 2ª edição, Brasília, 2010, 1135pg.
®
2. Bula do medicamento de referência - MOTRIN (Pfizer).
3. Drugs.com. Ibuprofen Drug Interactions - Drugs.com [Internet]. 2015 [cited 4 September 2015].
Available from: http://www.drugs.com/drug-interactions/ibuprofen.html
4. Kearney PM, Baigent C, Godwin J, Halls H, Emberson JR, Patrono C. Do selective cyclo-oxygenase-2
inhibitors and traditional non-steroidal anti-inflammatory drugs increase the risk of atherothrombosis?
Meta-analysis of randomised trials. BMJ. 2006; 332(7553):1302–8.
5. McGettigan P, Henry D. Cardiovascular risk with non-steroidal anti-inflammatory drugs: Systematic
review of population-based controlled observational studies. PLoS Med. 2011;8(9).
®
6. Micromedex Healthcare Series [Internet database]. Greenwood Village, Colorado: Thomson
Healthcare, 2015.
7. Risser A, Donovan D, Heintzman J, Page T. NSAID prescribing precautions. Am Fam Physician. 2009;
80(12):1371–8.
55
Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
Nome da Substancia
o
19 item no ranking de gasto com
LEVODOPA+ BENSERAZIDA medicamentos em Fortaleza.
o
52 item no ranking de
Apresentações disponíveis no medicamentos dispensados em
Fortaleza.
elenco de medicamentos de Fortaleza:
100 mg + 25mg Cápsula HBS/Comprimido
200 mg + 50mg Cápsula/Comprimido
LEVODOPA + BENSERAZIDA
ALERTA
Problemática
1. Os doentes não respondem a terapia de modo eficaz.
2. Prescrição ineficaz para parkinsonismo induzido por medicamento.
Cuidados no uso Perigos do uso prolongado
- O tratamento deve ser iniciado - Aparecimento de flutuações motoras,
gradualmente; a dose deve ser estabelecida movimentos involuntários (discinesia) e
individualmente e aumentada redução da mobilidade (acinesia).
gradativamente até a otimização do efeito. - Indivíduos com deficit renal podem ter
- Indução da dopa-descarboxilase ocorre desorientação, confusão mental,
gradualmente entre o 3º e 4º mês de ilusão, discinesia e convulsões.
tratamento com levodopa+benserazida, - Pode ocorrer perda de resposta
podendo ser necessária readequação de clínica após vários anos de tratamento,
dose. relacionada à progressão da doença.
- Pacientes com dificuldade na deglutição
devem utilizar as formas dispersíveis.
IDOSO
Doença de Parkinson
Dose inicial de 50 mg de levodopa e 12,5 mg de benserazida, por via oral, uma ou duas vezes ao dia.
Aumentar a dose diária em 50 mg de levodopa e 12,5 mg de benserazida a cada 3 a 4 dias, de
acordo com a resposta clínica.
ORIENTAÇÕES
Os comprimidos convencionais devem ser engolidos sem mastigar. Podem ser partidos para
facilitar a deglutição e o ajuste posológico.
56
Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
Já o comprimido dispersível não deve ser administrado partido ou mastigado. Deve ser
dissolvido em água (copo de aproximadamente 25 - 50 mL) até que se desintegre
completamente e produza uma suspensão leitosa. Recomenda-se agitar a suspensão e tomá-
la imediatamente.
A cápsula não deve ser administrada aberta, partida ou mastigada.
A substituição do comprimido convencional pelo comprimido dispersível deve
preferencialmente ser feita de um dia para outro, iniciando-se com a dose matinal.
A presença do alimento reduz em 15% a velocidade e a extensão da absorção. Assim
recomenda-se administrar 30 minutos antes ou 1 hora após as refeições.
Recomendar dieta rica em vitamina B6 (bananas, ovos galados, ervilha, carnes, amendoim e
cereais integrais).
O pico de resposta clínica ocorre até o final do 1º mês de tratamento. Orientar para não
interromper abruptamente o uso.
Orientar se houver esquecimento da dose: a mesma deverá ser desconsiderada se faltarem 2
horas ou menos até a próxima dose, nunca duplicar a dose.
Orientar que pode ocorrer alteração da cor da urina, passando, em geral, a avermelhada, e
tornando-se mais escura, após um tempo em repouso. Outros fluidos ou tecidos corporais
também podem se descolorir ou se pigmentar, incluindo a saliva, a língua, os dentes ou a
mucosa oral.
Em pacientes com glaucoma de ângulo aberto, recomenda-se medir regularmente a pressão
intraocular, pois a levodopa pode aumentá-la.
BIBLIOGRAFIA
57
Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
LEVODOPA + CARBIDOPA
Nome da Substancia
LEVODOPA + CARBIDOPA
Apresentações disponíveis no
elenco de medicamentos de Fortaleza:
o
250 mg + 25mg Comprimido 74 item no ranking de gasto com
medicamentos em Fortaleza.
o
77 item no ranking de
medicamentos dispensados em
Fortaleza.
ALERTA
Problemática
1. Os doentes não respondem a terapia de modo eficaz.
2. Dificuldade de adequação da forma farmacêutica as necessidades do paciente.
3. Prescrição ineficaz para parkinsonismo induzido por medicamento.
Cuidados no uso Perigos do uso prolongado
- A dose deve ser estabelecida - Pode haver flutuação dos sintomas
individualmente e aumentada da doença, desorientação, confusão
gradativamente até otimização do efeito. mental e ilusão.
- Estudos epidemiológicos demonstraram - Pode ocorrer perda de resposta
que pacientes com doença de Parkinson clínica apos vários anos de
apresentam risco 2–6 vezes maior de tratamento, relacionada à
desenvolver melanoma do que a população progressão da doença.
em geral.
ORIENTAÇÕES
Os comprimidos podem ser partidos para facilitar a deglutição e o ajuste posológico.
A presença do alimento reduz em 30% a velocidade e a extensão da absorção. Recomendar
tomada do medicamento longe das refeições e, particularmente de alimentos ricos em
proteínas.
O pico de resposta clínica ocorre até o final da 3ª semana de tratamento. Orientar para não
interromper abruptamente o uso.
Orientar para o caso de esquecimento da dose: a mesma deverá ser desconsiderada se
faltarem duas horas ou menos até a próxima dose, nunca duplicar a dose.
Orientar que o uso do medicamento poderá dar tonalidade escura a saliva, urina e suor; sabor
amargo e sensação de queimação na língua poderão estar presentes.
Orientar que o uso do medicamento poderá dar tonalidade escura a saliva, urina e suor; sabor
amargo e sensação de queimação na língua poderão estar presentes.
58
Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
BIBLIOGRAFIA
59
Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
Nome da Substancia
LOSARTANA POTÁSSICA
LOSARTANA POTÁSSICA
o
12 item no ranking de gasto com
Apresentações disponíveis no medicamentos em Fortaleza.
o
4 item no ranking de
elenco de medicamentos de Fortaleza: medicamentos dispensados em
50 mg Comprimido Fortaleza.
ALERTA
Problemática
1. Primeira opção de escolha para tratamento de hipertensão arterial e
insuficiência cardíaca congestiva.
Adultos
Insuficiência cardíaca congestiva
• Dose inicial: 12,5 mg, por via oral, uma vez ao dia. Dobrar a dose a cada 7 dias, se
necessário, até 50 mg/dia.
Hipertensão arterial sistêmica
• Dose inicial 50 mg, por via oral, uma vez ao dia. Dose de manutenção: 25 a 100 mg, por via
oral, uma vez ao dia ou dividido a cada 12 horas.
Profilaxia de acidente cerebrovascular em paciente com hipertrofia ventricular esquerda
• Dose inicial: 50 mg, por via oral, uma vez ao dia. Dose de manutenção: 100mg, por via oral,
uma vez ao dia. Associado a hidroclorotiazida 12,5 a 25 mg, por via oral, uma vez ao dia.
Nefropatia diabética em pacientes com diabetes tipo 2 e história de hipertensão
• Dose inicial: 50 mg, por via oral, uma vez ao dia. Dose de manutenção: 100mg, por via oral,
uma vez ao dia de acordo com controle da pressão arterial.
ORIENTAÇÕES
60
Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
* Preparação da Formulação Extemporânea para crianças – suspensão oral 2,5 mg/mL: colocar 10
comprimidos de losartana potássica 50mg num recipiente com 10 mL de água purificada, agitar por 2 minutos,
deixar em repouso durante 1 hora e agitar por mais 1 minuto; adicionar esta mistura a 190 mL de Ora-plus e
Ora-sweet 50/50 e agitar por mais 1 minuto. Armazenar sob refrigeração entre 2 e 8ºC. Estável por até 4
semanas. Agitar bem antes de usar.
• Diarréia (2%)
• Infecção de vias aéreas superiores (8%)
• Anemia (2%)
• Dor nas pernas (2%)
• Tosse (8%)
• Hipotensão Ortostática dose dependente (0,5 - 2%)
• Hipercalemia (7%)
BIBLIOGRAFIA
61
Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
METFORMINA CLORIDRATO
Nome da Substancia
METFORMINA CLORIDRATO
o
Apresentações disponíveis no 5 item no ranking de gasto com
elenco de medicamentos de Fortaleza: medicamentos em Fortaleza.
o
2 item no ranking de medicamentos
500mg Comprimido dispensados em Fortaleza.
ALERTA
Problemática
1. Prescrições para paciente diabético sem sobrepeso onde a resistência
insulínica não seja fator preponderante.
2. Prescrições onde a mudança no estilo de vida (dieta e exercícios) não
estejam associadas ao uso da metformina.
3. Prescrições para pacientes obesos e não diabéticos.
Cuidados no uso Perigos do uso prolongado
- Possui beneficio definido no - Pode haver redução na absorção
tratamento de diabetes tipo 2 em de vitamina B12.
pacientes obesos. - Não é contraindicada em idosos,
- Durante períodos de infecções, mas, quando recomendada, deve-se
cirurgias ou traumas, substituir o uso dar maior atenção às funções renal,
por insulina. hepática, cardiopulmonar e a
- Contraindicada na insuficiência renal. quaisquer situações que
predisponham à acidose láctica.
* Tratamento de diabete tipo 2, em paciente obeso (índice de massa corpórea acima de 30).
** A posologia da metformina deve ser individualizada, tomando como bases a eficácia e a tolerância
ao produto. No início do tratamento devem-se medir os níveis plasmáticos de glicose, em jejum, para
avaliar a resposta terapêutica à metformina e determinar a dose mínima eficaz para o paciente. Se
necessário, elevar a dose semanalmente, com inclusão de 1 comprimido, até que se obtenha
controle dos níveis de glicose sanguínea ou ate que se atinja a dose máxima recomendada de 2.550
mg/dia, fracionada em três administrações (desjejum, almoço e jantar). Posteriormente, deve-se
medir a hemoglobina glicosilada a cada três meses.
2016
ORIENTAÇÕES:
Orientar para administrar com alimentos para reduzir os sintomas gastrintestinais.
A absorção é retardada pela presença de alimentos.
Reforçar a necessidade de aumentar a ingestão de água e evitar uso de bebidas
alcoólicas.
Ensinar a reconhecer sintomas de acidose lática (diarréia, hiperventilação, dores ou
cãibras musculares, sonolência e cansaço).
BIBLIOGRAFIA
63
Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
MICONAZOL NITRATO
Nome da Substancia
MICONAZOL NITRATO
o
70 item no ranking de gasto com
Apresentações disponíveis no medicamentos em Fortaleza.
elenco de medicamentos de Fortaleza:
o
92 item no ranking de
2% Creme Vaginal medicamentos dispensados em
Fortaleza.
2% Creme Dermatológico
ALERTA
Problemática
1. Tratamento sem evidências em mulheres assintomáticas.
2. Tratamento recorrente para vulvovaginite por candida.
Cuidados no uso Perigos do uso prolongado
- Medicamentos à base de óleo que pode - As mulheres com mais de
enfraquecer os preservativos de látex e 4 episódios de tratamento
diafragmas, oferecer outras medidas de por ano, devem ser
anticoncepção durante o tratamento. investigadas para a
- Tratamento de rotina do parceiro sexual é ocorrência de diabetes uso
desnecessário, a menos que o parceiro esteja recorrente de antibióticos,
com sintomas de prurido local ou irritação no ou imunossupressão.
órgão genital.
Crianças
Infecções cutâneas
• Aplicar nas lesões, 2 vezes ao dia, continuando por pelo menos 10 dias após o local da infecção
estar livre de lesões. Tinha: aplicar, topicamente, nas áreas afetadas, uma vez ao dia.
ORIENTAÇÕES
Orientar que a dose deve ser aplicada preferencialmente na hora de dormir e que pela manhã
deve ser utilizado um protetor diário para proteger a roupa íntima (reter os resquícios de
creme não absorvidos).
64
Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
Enfatizar que o aplicador deverá ser reutilizado para aplicações posteriores, após lavá-lo com
água morna e sabão.
Informar que todo o curso da terapia deverá ser seguido, mesmo que inicie o período
menstrual ou as queixas melhorem após o início do tratamento.
Indicar a melhoria dos hábitos de higiene (asseio pessoal e uso de roupas íntimas
adequadas) para auxiliar na curar da infecção e evitar a reinfecção.
Orientar para evitar o contato do creme com os olhos, nariz ou boca. Não utilizar em áreas da
pele que tem cortes ou arranhões. Em caso de contato acidental, lavar abundantemente o
local com água.
BIBLIOGRAFIA
1. Bestpractice.bmj.com. BMJ Best Practice [Internet]. 2015 [cited 9 September 2015]. Available from:
http://bestpractice.bmj.com/best-practice/monograph/75/treatment/details.html#expsec-5.
2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento
de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Formulário Terapêutico Nacional 2010/Rename
2010. 2ª edição, Brasília, 2010, 1135pg.
3. Bula do medicamento de referência – NITRATO DE MICONAZOL® (Teuto).
4. Drugs.com. Jantoven and miconazole topical Drug Interactions - Drugs.com [Internet]. 2015 [cited 9
September 2015]. Available from: http://www.drugs.com/drug-interactions/jantoven-with-miconazole-
topical-2311-2631-1626-0.html?professional=1.
5. Duncan B, Schmidt M, Giugliani E, Duncan M, Giugliani C. Medicina Ambulatorial: Condutas de
Atenção Primária Baseadas em Evidências. 4th ed. Porto Alegre: Artmed; 2013.
6. Feuerschuette OHM, Silveira SK, Feuerschuette I, Corrêa T, Grando L, Trepani A. Candidíase vaginal
recorrente: manejo clínico. FEMINA, 2010, 38(2):31 – 36.
7. Gusso G, Lopes J. Tratado de Medicina de Família e Comunidade – Princípios, Formação e Prática.
Porto Alegre: Artmed; 2012.
8. Micromedex® Healthcare Series [Internet database]. Greenwood Village, Colorado: Thomson
Healthcare, 2015.
65
Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
OMEPRAZOL
Nome da Substancia
20 mg Cápsula
ALERTA
Problemática
1. Prescrições desnecessárias para proteção gástrica.
2. Utilização por mais de 08 semanas.
Cuidados no uso Perigos do uso prolongado
- Para pessoas em uso de > 1 - 44% no aumento da incidência de
medicamento, não prescrever omeprazol fratura de quadril em pacientes com
para proteção gástrica. mais um ano de uso.
- Para dispepsia não investigada, revisar - Demência - Deficiência de
as medicações em uso antes de iniciar cianocobalamina.
omeprazol. - Hipomagnesemia tem sido relatada
- Quando a pessoa necessitar de uso em tratamentos maiores do que 3
continuado de AINE, o omeprazol deverá meses.
ser prescrito somente se houver - A gastrite atrófica tem sido bem
antecedentes de úlcera péptica. relatada.
- O uso de omeprazol reduz a eficácia dos - 16% no aumento de incidência
anticoncepcionais hormonais orais. infarto de agudo de miocárdio.
ORIENTAÇÕES
A cápsula deve ser tomada antes das refeições. Maior eficácia quando administrado
em jejum.
Quando estritamente necessário, as cápsulas podem ser administradas por via oral
misturando os grânulos intactos a suco de frutas e ingeridas imediatamente.
66
Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
BIBLIOGRAFIA
®
1. Bula do medicamento de referência - LOSEC - Astrazeneca.
2. Duncan BB, Schmidt MI, Giugliani ERJ, Duncan MS, Giugliani C, organizadores. Medicina Ambulatorial:
Condutas de Atenção Primária Baseadas em Evidências. 4a edição. Porto Alegre: Artmed, 2013,
páginas 811 a 820
3. Gusso GDF, Lopes JMC. Tratado de Medicina de Família e Comunidade – Princípios, Formação e
Prática. Porto Alegre: ARTMED, 2012, página 1332
®
4. Micromedex Healthcare Series [Internet database]. Greenwood Village, Colorado: Thomson
Healthcare, 2015.
5. O'Donoghue ML, Braunwald E, Antman EM, Murphy SA, Bates ER, Rozenman Y, et al.
Pharmacodynamic effect and clinical efficacy of clopidogrel and prasugrel with or without a proton-pump
inhibitor: an analysis of two randomised trials. Lancet. 2009 Sep 19; 374(9694): 989-97.
6. Shah NH, LePendu P, Bauer-Mehren A, Ghebremariam YT, Iyer SV, Marcus J, et al. (2015) Proton
Pump Inhibitor Usage and the Risk of Myocardial Infarction in the General Population. PLoS ONE 10(6):
e0124653. doi:10.1371/journal.pone.0124653
7. Yang YX, Lewis JD, Epstein S, Metz DC. Long-term proton pump inhibitor therapy and risk of hip
fracture. JAMA 2006; 296:2947–2953’
67
Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
PERMETRINA
Nome da Substancia
PERMETRINA o
28 item no ranking de gasto com
medicamentos em Fortaleza.
o
84 item no ranking de
Apresentações disponíveis no medicamentos dispensados em
elenco de medicamentos de Fortaleza: Fortaleza.
1% Creme Dermatológico
5% Loção Cremosa
ALERTA
Problemática
1. Heterogeneidade de modos de prescrição.
2. Modo de aplicação não baseado na melhor evidência científica.
Cuidados no uso
- A prevalência de pediculose em comunidades vulneráveis no Ceará pode variar de 43% a
28%. Além da falta de eficácia para o tratamento dos ovos dos parasitas, a resistência a
permetrina para pediculose tem aumentado nos últimos anos.
- Para escabiose, os fabricantes indicam que o creme de permetrina tópica não deve ser
aplicado na cabeça. Entretanto uma pequena porcentagem de pacientes tem ácaros na
cabeça, principalmente crianças, desse modo, resultando em tratamento incompleto. Assim,
aconselha-se realizar a aplicação no couro cabeludo também.
- Não deve ser utilizada em crianças menores de 2 meses. Para elas, pode ser prescrito para
escabiose pasta d´agua com enxofre da seguinte forma:
Enxofre precipitado 5% -10% (ideal 7%) + Pasta D'água q.s.p. 20g: Após o banho, aplicar no
corpo todo, do pescoço para baixo. Dar banho após 24 horas e reaplicar o medicamento.
Realizar um total de 3 aplicações (3 dias seguidos). Repetir em 7 dias. Tem odor
desagradável, mancha a roupa e é pouco prático.
- Não é indicado para o tratamento em massa de pediculose. Para tratamentos em massa usar
ivermectina.
- Casos graves de escabiose com uma grande quantidade de prurido ou crostas pode ser
indicativo de outras doenças, tais como a AIDS.
2016
ORIENTAÇÕES
É necessário investigar infestação em membros da família ou que tiveram contato prolongado
direto de pele-a-pele com a pessoa infestada.
A permetrina é o tratamento tópico mais eficaz para escabiose. Somente para uso externo em
pele íntegra. E caso de contato com os olhos e mucosas lavar abundantemente com água
corrente.
Orientar a utilização de sabonetes neutros; sabonetes escabicidas aumentam o risco de
irritação.
A loção deve ser agitada antes do uso. Aplicar com cuidado nos espaços interdigitais e não
lavar as mãos após a aplicação.
O tratamento de pediculose do couro cabeludo deve ser acompanhado de uso de pente fino e
troca diária de vestuário e de roupas de cama. As roupas devem ser fervidas e passadas a
ferro bem quente para não haver reinfestação.
Para a remoção de cascas de ovos vazias (lêndeas) e ovos mortos, pode-se aplicar
solução aquosa de ácido acético (vinagre branco com água em diluição 1:1) no couro
cabeludo. Deixar descansar por 20 minutos e utilizar pente fino para a remoção mecânica. As
lêndeas podem permanecer nos cabelos por até seis meses e às vezes mais de um ano
mesmo sem doença ativa
Após o tratamento da escabiose, a prurido pode permanecer por algumas semanas,aramente
significa falha no tratamento (geralmente ocorre por absorção de proteínas do parasita morto)
e não é indicativo para repetição do tratamento.
BIBLIOGRAFIA
1. Albakri L, Goldman RD. Child Health Update Permethrin for scabies in children. Can Fam Phsysician.
2010;56:1005–6.
2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento
de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Formulário Terapêutico Nacional 2010/Rename
2010. 2ª edição, Brasília, 2010, 1135pg.
3. Bula do medicamento de referência - NEDAX® (Stiefel).
4. Clark JM. Permethrin Resistance Due to Knockdown Gene Mutations is Prevalent in Human Head
Louse Populations. Open Dermatol J. 2010;4(3):63–8.
5. Goldust M, Rezaee E, Raghifar R, Hemayat S. Treatment of scabies: the topical ivermectin vs.
permethrin 2.5% cream. Ann Parasitol [Internet]. 2013;59(2):79–84.
6. Heukelbach J, Sonnberg S, Becher H, Melo I, Speare R, Oliveira FA. Ovicidal efficacy of high
concentration dimeticone: A new era of head lice treatment. J Am Acad Dermatol.2011;64(4):2010–2.
7. Heukelbach J, Wilcke T, Winter B, Feldmeier H. Epidemiology and morbidity of scabies and pediculosis
capitis in resource-poor communities in Brazil. Br J Dermatol. 2005;153(1):150–6.
8. Pilger D, Heukelbach J, Khakban A, Oliveira FA, Fengler G, Feldmeier H. Household-wide ivermectin
treatment for head lice in an impoverished community: Randomized observer-blinded controlled trial.
Bull World Health Organ. 2010;88(2):90–6.
9. Ranjkesh MR, Naghili B, Goldust M, Rezaee E. The efficacy of permethrin 5 % vs . oral ivermectin for
the treatment of scabies 1. Ann Parasitol. 2013;59(4):189–94.
10. Speare R, Canyon D V, Heukelbalch J, Shaalan ES. Permethrin. In: Grayson M, editor. The Use of
Antibiotics. 6th ed. 2010. p. 2299–305.
11. Speare R, Canyon D. Natural products and their application to the control of head lice: An evidence-
based review. In: Brahmachari G, editor. Chemistry of Natural Products: Recent Trends &
Developments. Kerala; 2006. p. 277–302.
69
Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
ALERTA
Problemática
1. Prescrições desnecessárias para gripe e outras afecções;
2. Prescrição de altas doses/uso prolongado, podendo gerar eventos adversos.
Cuidados no uso Perigos do uso prolongado
- Não suspender abruptamente os - Alteração no metabolismo da glicose,
tratamentos prolongados (>14 dias), pelo retenção de líquidos, osteoporose, ganho
risco de insuficiência adrenal aguda. de peso, face arredondada.
- Em doses únicas matinais ou em dias - As crianças que utilizem corticosteróides
alternados propicia menor supressão do em longo prazo devem ser monitoradas
eixo hipotálamo-hipófise-suprarrenal, com para obesidade, retardo no crescimento,
menor ocorrência de efeitos adversos. osteoporose e supressão adrenal.
- O risco de ulceração gastrintestinal ou - Pode produzir catarata (cegueira)
hemorragia é aumentado quando o álcool subcapsular posterior, glaucoma com risco
é utilizado concomitantemente ao de lesão do nervo ótico e aumento do
tratamento. risco de infecções oculares secundárias
- Considerar tratamentos profiláticos da por fungos ou vírus.
estrongiloidíase e da osteoporose.
- Não indicar vacinação contra vírus vivos
se tratamento prolongado.
DPOC
Exacerbação leve a moderada (associar a antibioticoterapia, broncodilatadores, B2-agonistas e
anticolinérgicos): 40mg/dia, por via oral, durante10dias.
Condições Alérgicas
Pode ser administrada em período curto, com o seguinte esquema: 30 mg no primeiro dia, 25 mg no
segundo, 20 mg no terceiro, 15 mg no quarto, 10 mg no quinto e 5 mg no sexto dia.
70
Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
.* A prednisona e a prednisolona são utilizados em doses equivalentes miligrama por miligrama. Prednisona
tem ação semelhante à prednisolona com duração de ação média e é preferentemente usada em tratamentos
prolongados, pela menor potência de supressão do eixo hipotálamo-hipófise-suprarrenal. ** Controle e
manutenção – Paciente deve ser referenciado para o serviço especializado ***Doenças cujo uso de corticoides
pode-se dar para efeito de controles de crises ou como doses de manutenção, sendo prudente a
individualização do tratamento e avaliação do risco-benefício relacionado a cada patologia e a cada paciente.
ORIENTAÇÕES
Administrar com alimento para minimizar a irritação gástrica.
Recomendar um aumento na ingestão de proteínas durante o tratamento prolongado.
Não suspender abruptamente este medicamento após uso prolongado (acima de 14
dias) pelo risco de insuficiência adrenal aguda.
BIBLIOGRAFIA
1. Brasil. Ministério da Saúde. Fundação Oswaldo Cruz. Memento terapêutico / Ministério da Saúde. Série
B. Textos Básicos de Saúde – Brasília, 2006. 302 pg.
2. Brasil. Ministério da Saúde. Portaria n. 3.125, de 7 de outubro de 2010. Aprova as diretrizes para
vigilância, atenção e controle da hanseníase. Diário Oficial da União. 2010; Seção: 39.
3. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento
de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Formulário Terapêutico Nacional/RENAME 2010.
2. edição – Brasília: Ministério da Saúde, 2011.
®
4. Bula dos medicamentos de referência – METICORTEN (Merck Sharp & Dohme) e PRELONE (Achê).
5. Cardozo Pereira AL, Bortolini Bolzani FC, Stefani M, Charlín R. Uso sistêmico de corticosteróides:
revisão da literatura. Med Cutan Iber Lat Am 2007;35(1):35-50.
®
6. Micromedex Healthcare Series [Internet database]. Greenwood Village, Colorado: Thomson
Healthcare, 2015.
71
Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
PROMETAZINA CLORIDRATO
Nome da Substancia
PROMETAZINA o
24 item no ranking de gasto com
CLORIDRATO medicamentos em Fortaleza.
o
33 item no ranking de
medicamentos dispensados em
Fortaleza.
Apresentações disponíveis no
elenco de medicamentos de Fortaleza:
25 mg Comprimido
25 mg/mL Solução Injetável
ALERTA
Problemática
1. Embora seja de prática clínica comum, diretrizes internacionais para o manejo da
agitação psicomotora não inclui a prometazina como uma das opções farmacológicas.
2. Prescrições realizadas no intuito de obter sedação excessiva no manejo da
agressividade.
3. Preferência pela via intramuscular em detrimento da apresentação oral.
Perigos do uso
Cuidados no uso
prolongado
- Observar a possibilidade de intoxicação (maior sintoma é - Pode levar à
delírio) no uso da solução injetável, como hipnossedativa em hiperpigmentação da pele
pacientes propensos a dependência física com ou escurecimento que está
benzodiazepínicos e no controle da agitação psicomotora de restrito às áreas do corpo
quadros psicóticos. expostas à luz solar.
- Crianças com idade menor do que 2 anos apresentam maior - Pode retardar ou impedir
risco potencial de depressão respiratória fatal. o processo fisiológico de
- Pode mascara os efeitos ototóxicos de grandes doses de compensação vestibular.
salicilatos.
72
Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
ORIENTAÇÕES
A administração da solução injetável não deve ser realizada em concentrações acima
de 25 mg/mL e em velocidade superior a 25 mg/minuto. Deve ser feita em veia
calibrosa, nunca em região da mão ou pulso.
Orientar que a tomada do comprimido deve ser realizada com alimentos para
minimizar os incômodos gástricos.
Alertar para notificar imediatamente caso haja sintomas: batimento cardíaco irregular,
respiração lenta, incomodo ao respirar, erupção cutânea, prurido, urticária, pele ou
olhos amarelados, dor, ardor ou inchaço no lugar da injeção, visão turva, zumbido nos
ouvidos, sonolência ou tontura, dificuldade para dormir, nervosismo e depressão.
Orientar para a interrupção do uso 2 dias antes de realizar testes cutâneos de alergia,
devido a possibilidade de obtenção de resultados falso-negativos.
Pode afetar a capacidade de realizar atividades que exigem atenção e coordenação
motora, como operar máquinas e dirigir.
Recomendar o uso de protetor solar em tratamentos prolongados, devido ao risco de
fotossensibilização.
Reforçar a importância de evitar bebidas alcoólicas e outros depressores do sistema
nervoso central durante o uso do medicamento.
BIBLIOGRAFIA
1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento
de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Formulário Terapêutico Nacional 2010/Rename
2010. 2ª edição, Brasília, 2010, 1135pg.
2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de atenção básica.
Cadernos de Atenção Básica - Saúde mental. Nº34. Brasília: Ministério da Saúde, 2013.176pg.
®
3. Bula do medicamento de referência - FENERGAN (Sanofi Aventis).
4. Carvalho C.M., Maia Marcia. Tontura e Vertigem. In: Gusso G., Lopes J.M.C. Tratado de Medicina de
Família e Comunidade. Princípios, Formação e Prática. Porto Alegre: Artmed, 2012. P 1787-1798.
5. Huf G, Coutinho ESF, Adams CE. Haloperidol mais prometazina para pacientes agitados – uma revisão
sistemática. Rev. Bras. Psiquiatr. 2009, 31(3):265-70.
6. Mantovani C, Migon MN, Alheira FV, Del-ben CM. Manejo de paciente agitado ou agressivo. Rev. Bras.
Psiquiatr. 2010, 32, suppl 2:S96-103.
®
7. Micromedex Healthcare Series [Internet database]. Greenwood Village, Colorado: Thomson
Healthcare, 2015.
73
Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
RANITIDINA CLORIDRATO
Nome da Substancia
RANITIDINA CLORIDRATO
o
Apresentações disponíveis no 29 item no ranking de gasto com
elenco de medicamentos de Fortaleza: medicamentos em Fortaleza.
o
23 item no ranking de
150 mg Comprimido medicamentos dispensados em
Fortaleza.
15 mg/mL Solução Oral
ALERTA
Problemática
Prescrições para prevenção de eventos gástricos sem indicação.
Cuidados no uso Perigos do uso prolongado
- Em pacientes idosos, com doença pulmonar - Demência por deficiência de absorção
crônica, diabetes ou imunocomprometidos, de cianocobalamina (B12).
há maior risco de desenvolver pneumonia da - Pode produzir hipergastrinemia aguda
comunidade. e mascarar sintomas de câncer
- Recém-nascidos em uso de ranitidina gástrico.
possuem risco de infecção e morte, pois - Pode aumentar os níveis de
favorece a proliferação de patógenos e transaminases hepáticas.
suprime as defesas imunológicas.
ADULTOS
Úlcera Gástrica e Duodenal Ativa
300 mg, por via oral, antes de dormir, durante 4 a 8 semanas.
Condições Hipersecretórias Gastrintestinais
150 mg, por via oral, a cada 12 horas.
Dose máxima diária: 6 g.
Doença do Refluxo Gastresofágico
150 mg, por via oral, a cada 12 horas, ou 300 mg antes de dormir, por 6 semanas.
Dose de manutenção: 150 mg, por via oral, a cada 12 horas.
Esofagite Erosiva
150 mg, por via oral, 4 vezes ao dia, durante até 12 semanas.
Dose de manutenção: 150 mg, 2 vezes ao dia, por via oral.
74
Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
Dispepsia Funcional
150 mg, por via oral, a cada 12 ou 24 horas.
Dose máxima diária: 300 mg.
ORIENTAÇÕES:
Alertar para a possibilidade de demora de alguns dias para o alívio da dor ulcerosa.
Embora os alimentos não interfiram na absorção do fármaco, o comprimido ou
solução demonstraram ser mais eficazes quando administrados antes das refeições.
A solução oral não deve ser diluída e nem misturada à outra preparação líquida.
Observar na embalagem se a solução utilizada é preparada com álcool. A preparação
de referência contém aproximadamente 7,5% de etanol (álcool) p/p, ou seja, até 405
mg por colher de 5ml (aproximadamente uma colher de chá) o que equivale a cerca
de 11 ml de cerveja ou 5 ml de vinho.
Informar aos usuários tabagistas para suspender o uso do cigarro ou, pelo menos,
não fumar apos a última dose do dia.
BIBLIOGRAFIA
75
Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
Nome da Substancia
ALERTA
Problemática
1. Prescrição para pacientes com diarréia sem sinais de desidratação.
Adultos
Dose de 200 a 400 mL (de acordo com a perda de fluido), por via oral após cada
episódio de diarréia.
*Notas: Define-se como diarréia aguda a diminuição de consistência das fezes (líquidas ou semi-
líquidas) e/ou aumento na frequência das evacuações para mais de 3, nas próximas 24 horas, com ou
sem febre ou vômitos. A diarréia habitualmente dura menos de 7 dias e se prolongar por mais de 14
dias designa-se por diarréia persistente.
76
Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
A terapia de reidratação oral é prevista para fornecer 75 mL/kg em 4 horas, após o que deve ser
avaliado o estado do paciente. A oferta da solução deve continuar até que cesse a diarréia. Maiores
volumes são dados quando esta é muito frequente. Estes sais também se mostraram eficazes em
pacientes de cólera.
ORIENTAÇÕES:
Orientar o doente para diluir o conteúdo da embalagem em 1 litro de água potável
(filtrada ou fervida).
Composição por litro após preparo: cloreto de sódio 2,6 g (65 mmol), glicose anidra
13,5 g (75 mmol), cloreto de potássio 1,5 g (20 mmol), citrato de sódio diidratado 2,9 g
(10 mmol).
Administrar para adultos 200 a 400 mL, por via oral, em pequenos volumes, no
período de 4 horas, na medida da tolerabilidade do paciente, ou após cada evacuação
líquida.
Administrar para crianças 75 mL/kg, por via oral, em pequenos volumes no período de
4 horas, ou 200 mL após cada evacuação líquida.
Guardar em geladeira por um período máximo de 24 horas após a preparação. Após
este período, desprezar toda a solução ainda existente e preparar nova solução.
A alimentação usual deve ser mantida após 4 horas de reidratação. Aconselhar a
ingestão de alimentos leves como cereais, banana, legumes cozidos, batata, ervilha,
feijão e outros alimentos ricos em carboidratos e sem lactose.
BIBLIOGRAFIA
1. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento
de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Formulário Terapêutico Nacional 2010/Rename
2010. 2ª edição, Brasília, 2010, 1135pg.
2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância
Epidemiológica. Capacitação em monitorização das doenças diarréicas agudas – MDDA: manual do
monitor. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2010. 94pg.
3. Bula do medicamento de referência – BABYDRAX (União Química).
4. Lima RM, Dias JA. Gastroenterite aguda. Revista Nascer e Crescer. Revista do hospital de crianças
Maria Pia. 2010, vol XIX, n.º 2.
77
Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
SINVASTATINA
Nome da Substancia
SINVASTATINA
Apresentações disponíveis no o
22 item no ranking de gasto com
elenco de medicamentos de Fortaleza: medicamentos em Fortaleza.
o
20 e 40 mg Comprimido 13 item no ranking
medicamentos dispensados em
de
Fortaleza.
ALERTA
Problemática
1. Prescrições desnecessárias para prevenção primária de eventos
cardiovasculares em pacientes com risco cardiovascular baixo e
intermediário.
2. Prescrições sem tentativa anterior de mudança alimentar no estilo de vida.
Cuidados no uso Perigos do uso prolongado
- A prescrição criteriosa de sinvastatina - Aumento de enzimas hepáticas e
passa necessariamente pela estratificação miopatia, incluindo miosite
do risco cardiovascular do paciente; clinicamente importante e
- A hipertensão arterial como fator isolado rabdomiólise (risco de exacerbação
não indica o uso da sinvastatina; por fatores clínicos ou de uso de
- Na presença de mialgia investigar os interação medicamentosa com
níveis de creatinofosfoquinase e enzimas fibratos).
hepáticas e suspender o uso do - Pode provocar resistência a
medicamento, caso os valores excedam insulina.
até 5 e 3 vezes os limites superior da
normalidade, respectivamente.
*Na insuficiência renal grave (DCE inferior a 10 mg/mL) ou uso concomitante de fibratos: dose inicial de 5
mg/dia, ate o máximo de 10 mg/dia.
Hipercolesterolemia
78
Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
ORIENTAÇÕES:
Deve ser administrado preferencialmente à noite.
A administração em dias alternados pode melhorar a tolerabilidade das estatinas em
doentes com mialgias.
BIBLIOGRAFIA
1. Agouridis AP, Kostapanos MS, Elisaf MS. Statins and their increased risk of inducing diabetes. Expert
Opin Drug Saf. 2015 Dec;14(12):1835-44.Epub 2015 Oct 5.
2. Armitage, J. The safety of statins in clinical practice. The Lancet 2007 Nov; 370 (9601): 1781-1790.
Healthcare, 2015.
3. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento
de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Formulário Terapêutico Nacional 2010/Rename
2010. 2ª edição, Brasília, 2010, 1135pg.
4. Bula do medicamento de referência - ZOCOR® (Merck Sharp & Dohme).
5. Micromedex® Healthcare Series [Internet database]. Greenwood Village, Colorado: Thomson.
6. Kain V, Kapadia B, Misra P, Saxena U. Simvastatin may induce insulin resistance through a novel fatty
acid mediated cholesterol independent mechanism. Sci Rep. 2015 Sep 8;5:13823.
79
Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
SULFAMETOXAZOL+ TRIMETOPRIMA
Nome da Substancia
SULFAMETOXAZOL+ TRIMETOPRIMA
Apresentações disponíveis no
elenco de medicamentos de Fortaleza:
400 mg + 80mg Comprimido o
8 item no ranking de gasto com
40mg + 8mg/ml Suspensão medicamentos em Fortaleza.
o
61 item no ranking de
medicamentos dispensados em
Fortaleza.
ALERTA
Problemática
1. Prescrições por prazos além do mínimo eficaz.
2. Prescrições desnecessárias para tratamento de gastroenterites, tratamento de
infecção baixa e alta do trato urinário e infecções do trato respiratório.
3. Desabastecimento de medicamento para tratamento e profilaxia (primária e
secundária) da pneumonia por Pneumocystis jirovecii em adultos e crianças
HIV positivo.
Cuidados no uso Perigos do uso prolongado
- Não há indicação de uso em quadros - Alterações hematológicas (leucopenia,
de sinusite e pneumonia aguda neutropenia e trombocitopenia), no uso for
comunitária. concomitante com o Metrotrexato.
- Tem um importante papel no Recomenda-se tratar com ácido fólico.
tratamento e na profilaxia de infecções - Foram observados casos onde houve
por Pneumocystis jirovecii e Toxoplasma comprometimento da função renal, nefrite
gondii em pacientes HIV positivos. intersticial, elevação de compostos
- Para diminuir o risco de reações nitrogenados sanguíneos, elevação da
indesejáveis, a duração do tratamento creatinina sérica e cristalúria.
com este medicamento deve ser a menor - Desordens hepáticas, tais como necrose
possível, especialmente em pacientes hepática, raros casos de hepatites,
idosos. colestase, elevação de bilirrubinas e
- Necessário ajuste renal em nefropatas. transaminases.
- Risco de Hipoglicemia.
80
Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
Em infecção do trato urinário inferior aguda não complicada o tratamento deve ser
realizado por via oral durante 3 dias.
Tratamento de Pneumocistose
75 a 100 mg/kg (sulfametoxazol) + 15 a 20 mg/kg, por via oral ou intravenosa, dividido
a cada 6 a 12 horas, durante 14 a 21 dias.
Profilaxia de Pneumocistose
25 mg/kg (sulfametoxazol) + 5 mg/kg (trimetoprima), por via oral, dividido a cada 12
horas, 3 vezes por semana em dias alternados ou consecutivos.
Adultos
Tratamento de Infecções por Microrganismos Sensíveis* (Disenteria, Cistite Não
Complicada)
800 a 1200 mg (sulfametoxazol) + 160 a 240 mg (trimetoprima), por via oral ou intravenosa,
a cada 12 horas, durante 5 a 14 dias.
Tratamento de Pneumocistose
75 a 100 mg/kg (sulfametoxazol) + 15 a 20 mg/kg, por via oral ou intravenosa, dividido a
cada 6 a 12 horas, durante 14 a 21 dias.
Profilaxia de Pneumocistose em Pessoas com Aids
800 mg (sulfametoxazol) + 160 mg (trimetoprima), por via oral, a cada 24 horas ou 3 vezes
por semana.
ORIENTAÇÕES:
Orientar para que o tratamento prescrito seja realizado completamente, mesmo que
haja melhora dos sintomas com as primeiras doses.
Reforçar a importância de padronizar os horários para tomada do medicamento até o
fim do tratamento e caso esqueça, tomar a dose assim que lembrar, reaprazando os
horários.
Orientar que a agitação do frasco deve ser realizada sempre antes de administrar a
dose. Após aberto, conservar em temperatura ambiente (15º à 30º C).
Já os comprimidos devem ser administrados de preferência após uma refeição e com
bastante líquido, para evitar cristalúria (fator predisponente para infecção urinária).
Orientar para não ingerir bebida alcoólica durante o tratamento, pelo risco de reação
tipo “dissulfiram” (caracteriza-se por desconforto abdominal, rubor, vômitos e cefaléia).
Orientar sobre o risco de fotossensibilidade, evitando a exposição à luz solar direta,
durante o tratamento medicamentoso.
Orientar a busca por assistência médica caso haja o aparecimento de reações
adversas dermatológicas, nas primeiras semanas de tratamento.
81
Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
Portadores de HIV têm o espectro de possíveis eventos adversos com frequência maior e com quadros clínicos
diferenciados. São comuns leucopenias, hipercalemia, diarréia, anorexia, aumento de transaminases, rash
maculopapular, prurido e febre.
BIBLIOGRAFIA
1. American Academy of Pediatrics Subcomittee on Manegement of Acute Otitis Media. Diagnosis and
management of acute otitis media. Pediatrics. 2004;113 (5):1451-65.
2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento
de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Formulário Terapêutico Nacional 2010/Rename
2010. 2ª edição, Brasília, 2010, 1135pg.
®
3. Bula do medicamento de referência - BACTRIM (Roche).
4. Diretrizes Brasileiras de Rinossinusites. Rev Bras Otorrinolaringol. 2008;74(2):6-59.
5. Diretrizes para pneumonia adquirida na comunidade (PAC) em adultos imunocompetentes. J Br
Pneumol. 2004; 30 supl 4:S1-S24.
6. Duncan BB, Schmidt MI, Giugliani ERJ, Duncan MS, Giugliani C, organizadores. Medicina Ambulatorial:
Condutas de Atenção Primária Baseadas em Evidências. 3a edição. Porto Alegre: Artmed, 2004,
páginas 1380, 1399.
7. Fauci AS. Manual de medicina de Harrison. 17ª edição. Porto Alegre: AMGH, 2011, páginas 763,764,
634, 635, 647.
8. Gusso GDF, Lopes JMC. Tratado de Medicina de Família e Comunidade – Princípios, Formação e
Prática. Porto Alegre: ARTMED, 2012, páginas 1369, 1114, 1121, 1493.
®
9. Micromedex Healthcare Series [Internet database]. Greenwood Village, Colorado: Thomson
Healthcare, 2015.
10. Pedroso EPR, Oliveira RG. Blackbook Clínica Médica. Belo Horizonte: Blackbook Editora, 2007, página
239.
11. Pedroso EPR, Oliveira RG. Blackbook Pediatria. Belo Horizonte: Blackbook Editora, 2005, página 269.
12. World Health Organization. The treatment of diarrhea: a manual for physicians and other senior health
workers. 4th ed. Geneva; 2005.
82
Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
COMPONENTE
ESTRATÉGICO DE
ASSISTÊNCIA
FARMACÊUTICA
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Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
COMPONENTE ESTRATÉGICO
Destina-se ao financiamento de ações de AF dos seguintes programas de saúde
estratégicos: Tuberculose, Hanseníase, Malária, Leishmaniose, Doença de Chagas, Doenças
Sexualmente Transmissíveis (DST)/Aids, Lúpus, Mieloma Múltiplo, Doença Enxerto X Hospedeiro,
Hemoderivados, Imunológicos, outras doenças endêmicas de abrangência nacional ou regional e,
ainda, Controle do Tabagismo, Alimentação e Nutrição.
Medicamentos Estratégicos são aqueles utilizados para o tratamento de agravos que
configuram problemas de saúde pública, que tenham impacto sócio-econômico, ponham em risco as
coletividades e cuja estratégia de controle concentra-se no tratamento de seus portadores.
Contemplados em programas do ministério da saúde, dispensados segundo protocolos e normas
estabelecidas, os medicamentos são repassados pelo Ministério aos Estados ou Municípios, de
acordo com previsão de consumo por demanda.
Na rede de atenção primária à saúde de Fortaleza são disponibilizados medicamentos
para o controle de doenças endêmicas transmissíveis, tais como as Doenças Sexualmente
Transmissíveis (incluindo a AIDS), Tuberculose e Hanseníase. Insumos para prevenção de agravos,
dentre os medicamentos e produtos dispensados para os programas de Alimentação, Nutrição e
Cuidado com a Mulher.
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Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas inferiores, que atinge pessoas
de ambos os sexos, e de todas as idades. Sua prevalência é elevada e ainda cresce em alguns
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Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
países, girando em torno de 10% da população, sendo mais acentuada em crianças. Além do mais, a
doença representa uma limitação importante para o paciente, seus familiares, a sociedade, e o
serviço público de saúde. Entretanto é passível de controle.
Clinicamente, é caracterizada por aumento da responsividade brônquica a vários
estímulos, com consequente estreitamento dessas vias, dificultando o fluxo aéreo, de modo
recorrente e reversível com ou sem terapia medicamentosa.
Embora sua causa exata seja desconhecida (pode surgir em qualquer fase da vida), a
ocorrência de asma aumenta quando há exposição frequente aos fatores de risco, tais como fatores
genéticos associado aos ambientais, locais com a presença de alérgenos, poeira domiciliar, fumaça
de cigarro, produtos químicos voláteis, animais, entre outros.
O tratamento é composto pelas atividades de: monitorização da função pulmonar,
controle dos alérgenos ambientais, terapia farmacológica com medicamentos para reversão da
inflamação, broncoconstrição e secreção de muco e educação em saúde para uso correto dos
medicamentos e dos dispositivos inalatórios.
Os medicamentos são fundamentais no controle da asma e devem ser iniciados tão logo
seja constatado o início da crise. A necessidade de instituir uma terapia diária, a fim de aliviar a crise
e manter-se sob controle, até tornar-se um paciente assintomático, leva em consideração a
classificação da gravidade da doença.
Pacientes que não conseguem o controle da asma com doses diárias altas de
medicamentos, mesmo utilizando-os corretamente devem ser referenciados para centros
especializados de atendimento.
São disponibilizados para tratamento da asma, os seguintes medicamentos:
1. Budesonida
- Aerossol Nasal de 50mcg
2. Beclometasona
- Aerossol Oral de 50mcg
- Aerossol Oral de 250mcg
3. Salbutamol (Cloridrato)
- Aerossol Oral de 100mcg
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Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
considerado condição sensível à Atenção Primária, ou seja, evidências demonstram que o bom
manejo deste problema ainda na Atenção Básica evita hospitalizações e mortes por complicações
cardiovasculares e cerebrovasculares.
O DM tipo 2 abrange cerca de 90% dos casos de diabetes na população, seguido em
frequência pelo DM tipo 1, que responde por aproximadamente 8%. Além desses tipos, o diabetes
gestacional também merece destaque, devido a seu impacto na saúde da gestante e do feto.
A programação do atendimento para tratamento e acompanhamento das pessoas com
DM na Atenção Básica deverá ser realizada de acordo com as necessidades gerais previstas no
cuidado integral e longitudinal do diabetes, incluindo o apoio para mudança de estilo de vida (MEV), o
controle metabólico e a prevenção das complicações crônicas.
O tratamento do diabetes mellitus (DM) tipo 2 consiste na adoção de hábitos de vida
saudáveis, como uma alimentação equilibrada, prática regular de atividade física, moderação no uso
de álcool e abandono do tabagismo, acrescido ou não do tratamento farmacológico. Estes hábitos de
vida saudáveis são a base do tratamento do diabetes, e possuem uma importância fundamental no
controle glicêmico, além de atuarem no controle de outros fatores de risco para doenças
cardiovasculares.
O manejo clínico da insulinização no DM tipo 2, com aporte de múltiplas doses diárias,
deve ser prioritariamente realizado na Unidade Básica de Saúde (UBS), mas pode ser realizado em
um ambulatório de especialidade em casos específicos, ou com apoio matricial, se for necessário. Já
aqueles que são portadores de diabetes tipo 1, apesar de geralmente ser acompanhada pela
Atenção Especializada, também deve ter seu cuidado garantido na Atenção Básica. É essencial que
a equipe conheça essa população e mantenha a comunicação constante com os demais níveis de
atenção.
Considerado como tratamento farmacológico de terceira linha, as insulinas disponíveis no
SUS são as de ação rápida (regular) e ação intermediária (Neutral Protamine Hagedorn – NPH).
É recomendada a monitorização da glicemia capilar três ou 4 vezes ao dia a todas as
pessoas com DM tipo 1 ou tipo 2 em uso de insulina em doses múltiplas [Grau de Recomendação B].
Em pessoas com bom controle pré-prandial, porém com HbA1c elevada, a monitorização da glicemia
capilar 2 horas após as refeições pode ser útil. Em pessoas com DM tipo 2 em uso de antidiabéticos
orais a monitorização da glicemia capilar não é recomendada rotineiramente. Antes das principais
refeições e no horário de dormir.
A Portaria nº 1.555/2013, garante que sejam disponibilizados para distribuição pela
assistência farmacêutica municipal, os seguintes insumos para diabetes:
1. Insulina NPH
- Frasco ampola 100 UI/ml contendo 10 mL
2. Insulina Regular
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Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
O Programa Nacional de Combate às doenças transmitidas por via sexual, entre elas a
AIDS, formula políticas, diretrizes e estratégias que orientam ações de promoção da saúde e de
prevenção e assistência frente a esses agravos.
Entre as linhas de atuação do Programa estão:
• Prevenção: estratégias que incentivam o uso do preservativo e de seringas
descartáveis, além da difusão de informações para que o vírus HIV não seja transmitido de mãe para
filho durante a gravidez;
• Diagnóstico: ações que visam à detecção precoce e retardar a manifestação da Aids;
• Tratamento: estratégias que objetivam melhorar a qualidade de vida do paciente por
meio da utilização dos medicamentos antirretrovirais fornecidos gratuitamente pelo SUS.
O elenco de medicamentos para o Programa é definido pela Coordenação Nacional de
DST/Aids, conforme recomendações do Comitê de Assessoramento Técnico em Terapia
Antirretroviral. Após a aprovação (seguindo as normas do Consenso Nacional ou Guia de Tratamento
Clínico do Ministério da Saúde) e aquisição, o MS repassa os medicamentos antirretrovirais às
Secretarias Estaduais de Saúde, que os distribuem às Unidades Dispensadoras de Medicamentos
referenciadas.
Além dos antirretrovirais, o município fornece os medicamentos destinados ao tratamento
das infecções oportunistas, que são de responsabilidade do Distrito Federal, dos Estados e
municípios, conforme pactuação ocorrida nas CIB.
São padronizados para distribuição no nível de atenção básica, no município de
Fortaleza, os seguintes insumos:
1. Preservativo Feminino
- Tubo de poliuretano
2. Preservativo Masculino
- Envoltório de látex número 49 mm
- Envoltório de látex número 52 mm
3. Sulfadiazina de Prata
- Comprimido de 500mg
4. Fórmula Infantil com Ferro para Lactentes
- Lata contendo 400mg
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Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
1. Etambutol
- Comprimido de 400 mg
2. Isoniazida
- Comprimido de 100 mg
3. Pirazinamida
- Suspensão a 3%
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Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
- Comprimido de 500 mg
4. Rifampicina
- Suspensão a 2%
5. Rifampicina associada à Isoniazida
- Comprimido de 150 mg + 75 mg
6. Rifampicina associada à Isoniazida, Pirazinamida e Etambutol
- Comprimido de 150 mg + 75 mg + 400 mg +275 mg
7. Blister Multibacilar Adulto* (Rifampicina associada à Clofazimina e Dapsona)
- 2 cápsulas de Rifampicina de 300mg + 3 cápsulas de clofazimina de 100mg + 28 comprimidos
de Dapsona de 100mg.
8. Blister Multibacilar Infantil* (Rifampicina associada à Clofazimina e Dapsona)
- 2 cápsulas de Rifampicina (150mg + 300mg) + 28 comprimidos de Dapsona de 50mg + 16
cápsulas de Clofazimina de 50mg.
9. Blister Paucibacilar Adulto* (Rifampicina associada à Dapsona)
- 2 cápsulas de Rifampicina de 300mg + 28 comprimidos de Dapsona de 100mg
10. Blister Paucibacilar Infantil* (Rifampicina associada à Dapsona)
- 2 cápsula de Rifampicina (150mg + 300mg) + 28 comprimidos de Dapsona de 50mg
11. Talidomida
- Comprimido de 100 mg
* Cada blister contém tratamento para 4 semanas. Tratamento completo de 6 blisteres para a forma
paucibacilar e 12 blísteres para a forma multibacilar.
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Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
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Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
1. Diafragma
- Anel flexível de látex nº 60
- Anel flexível de látex nº 65
- Anel flexível de látex nº 70
- Anel flexível de látex nº 75
- Anel flexível de látex nº 80
- Anel flexível de látex nº 85
2. Dispositivo Intra-uterino
- Dispositivo de cobre tamanho único
3. Enantato de Noretisterona + Valerato de Estradiol
- Solução injetável de (50 mg + 5 mg)/mL
4. Levonorgestrel
- Comprimido de 0,75 mg
5. Levonorgestrel associado à Etinilestradiol
- Comprimido de 0,75 mg
6. Medroxiprogesterona
- Solução injetável de 150 mg/mL
7. Noretisterona
- Comprimido de 0,35mg
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
1. INCA. Programa Nacional de Controle do Tabagismo. [on line] 2015. Disponível em:
http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/acoes_programas/site/home/nobrasil/programa-nacional-
controle-tabagismo/programa-nacional. Acesso em: 05/01/2015.
2. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA (SBPT). Tabagismo. Diretrizes
clínicas na saúde suplementar. Associação Médica Brasileira e Agência Nacional de Saúde
Suplementar. 2011.
3. FORTALEZA. Secretaria Municipal de Saúde. Célula de Atenção às Condições Crônicas. Guia de
bolso para o programa de atenção integral à criança e adulto com asma de Fortaleza. PROAICA –
1ª edição. Ceará, 2015. 16 p.
4. BRASIL. Portaria nº 371, DE 04 de março de 2002. Instituir o Programa Nacional de Assistência
Farmacêutica para Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus, parte integrante do Plano Nacional de
Reorganização da Atenção a Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus.
5. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.
Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: diabetes mellitus. Brasília: Ministério da
Saúde, 2013. 160pg.
6. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.
Política Nacional de Alimentação e Nutrição. 1ª edição – Brasília: Ministério da Saúde, 2013. 84pg.
7. BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Área Técnica de Saúde da Mulher.
Assistência em Planejamento Familiar: Manual Técnico. 4ª edição – Brasília: Ministério da Saúde,
2002.150pg.
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Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
MEDICAMENTOS
FITOTERÁPICOS
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Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
O uso de plantas medicinais é uma prática que atravessa milênios. Ao longo dos séculos,
produtos obtidos de origem vegetal constituíram as bases para o tratamento de diversas doenças,
devido ao conhecimento de suas propriedades terapêuticas (passadas de geração à geração), quer
de forma tradicional, em espécies vegetais ou mais elaboradas.
O Programa de fitoterápicos na rede SUS baseia-se na concepção metodológica do
Projeto “FARMÁCIAS VIVAS”, idealizado em 1983 pelo professor emérito da Universidade Federal
do Ceará, Francisco José de Abreu Matos, doutor em Farmacognosia, num trabalho que promove
desde então, a utilização correta, baseada em dados científicos, de plantas e seus extratos para o
alívio de diversas enfermidades.
O projeto serviu de modelo para a criação, pelo Ministério da Saúde, da Política Nacional
de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, adotada pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Antes, o Ceará,
pioneiro, regulamentou a utilização de plantas medicinais, fitoterápicos e serviços relacionados à
fitoterapia no SUS, a partir da idéia do “Farmácias Vivas”, abrindo espaço para o resgate das
tradições etnofarmacológicas da população nordestina. Assim, surgiram os programas municipais e
estaduais de fitoterapia, implantados junto às Secretarias de Saúde e às comunidades organizadas.
O decreto governamental regulamenta a Lei nº 12.951, de 7 de outubro de 1999, que
dispõe sobre a Política de Implantação da Fitoterapia em Saúde Pública no Estado do Ceará e é
anterior à Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF), de 22 de junho de 2006.
A PNPMF no SUS, objetiva garantir à população brasileira o acesso seguro, eficaz e o uso racional
de plantas medicinais e fitoterápicos, promovendo o uso sustentável da biodiversidade, o
desenvolvimento de qualidade da cadeia produtiva e da indústria nacional, na perspectiva da
integralidade da atenção à saúde.
A participação do município envolve o desenvolvimento de ações no nível de atenção
primária em saúde, através de trabalhos de educação em saúde em escolas, postos de saúde e
centros comunitários, do incentivo ao cultivo das espécies medicinais, manipulação de fitoterápicos e
dispensação conforme prescrição médica das unidades de saúde, do Programa Saúde da Família,
além do cultivo de espécies vegetais em horto para distribuição e apoio logístico às unidades
hospitalares secundárias, que possuam demanda, estimulando a manutenção e reprodução do
programa, através de financiamento com recursos provenientes do tesouro próprio. Entretanto ainda
existem obstáculos para consolidação de ações dos programa de fitoterapia nos serviços de saúde,
tais como falta de registros de uso clínico e formação de recursos humanos.
As ações que visam à promoção do uso racional das plantas medicinais e dos
fitoterápicos na atenção básica da saúde se revestem de grande importância, porque a população
tradicionalmente as utiliza, com uma diversidade de saberes e práticas, ainda que, muitas vezes de
forma incorreta, e sem a observação de cuidados necessários à garantia da eficácia e segurança.
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Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
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Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
Uso: Tópico.
Parte Utilizada: Entrecasca.
Ativos: Taninos adstringentes e chalconas.
Apresentação: Bisnaga contendo 50 gramas, acompanhado de aplicador com capacidade de 5g.
Indicações: Antiinflamatório e cicatrizante sobre lesões vaginais e de colo do útero.
Modo de Usar: Aplicar 5 gramas (conteúdo de um aplicador cheio) profundamente, à noite, todos
os dias, durante 10 dias.
Informações ao Paciente: Após o uso, lavar bem o aplicador e depois de seco, conservar em
local fechado, limpo e seco, até o término do tratamento.
Contra-indicação: Gestantes (indisponíveis estudos científicos que estabeleçam segurança).
Uso: Oral
Parte Utilizada: Casca
Ativos: Taninos adstringentes e chalconas (urundeuvinas A e B).
Apresentação: Frasco de vidro âmbar contendo 150 mL de solução.
Indicações: Antiinflamatório e Cicatrizante no tratamento de gastrite e úlcera.
Modo de Usar: 2 colheres de sopa (15mL) ao dia. Tomar antes das refeições.
Informações ao paciente:
- Orientar a conservação da solução em temperatura ambiente e ao abrigo da luz.
- Informar que o uso a longo prazo pode causar constipação que cessa com a interrupção do uso.
- Reduz a absorção de medicamentos que contenham alcalóide (atropina, hioscina, opiáceos).
Contra-indicações: Gestantes (indisponíveis estudos científicos que estabeleçam segurança),
pacientes diabéticos (contém sacarose), pacientes em uso de metronidazol (risco de reação tipo
dissulfiram).
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Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
Uso: Oral
Parte Utilizada: Folhas
Ativos: Óleos essenciais, sesquiterpenos, monoterpenos.
Apresentação: Frasco de vidro âmbar contendo 150 mL de solução.
Indicações:
- Ansiolítico
- Sedativo leve
- Carminativo (contra gases)
- Colerético (estimula a função da vesícula biliar)
- Antiespasmódico
- Antidispéptico
Modo de Usar: 2 colheres de sopa, 1 vez ao dia.
Informações ao Paciente:
- Conservar a solução em temperatura ambiente, ao abrigo do sol.
- Recomendar que a administração seja feita uma hora antes de dormir, pois o efeito sedativo
pode ser antecedido por um curto período de excitação.
Contra-indicação: Gestantes, Lactantes, Hipotensos, Portadores de Hipotireoidismo (indisponíveis
estudos científicos que estabeleçam segurança).
Uso: Tópico.
Parte Utilizada: Folhas.
Ativos: Alcalóides pirrolizidínicos e alantoína.
Apresentação: Pomada lipofílica em pote contendo 30 gramas.
Indicações: Cicatrizante de Ferimentos, Queimaduras, Úlceras de Decúbito,
Úlceras Varicosas.
Modo de Usar: Limpar a área afetada e aplicar a pomada em suaves
massagens, 3 vezes ao dia.
Informações ao paciente:
- Utilizar uma espátula limpa para retirar o produto do frasco.
- Este produto não deve ser aplicado em grandes áreas lesionadas, nem por períodos
prolongados, devido ao risco de produzir venoclusão hepática.
Contra-indicação: Gestantes (indisponíveis estudos científicos que estabeleçam segurança).
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Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
Uso: Tópico
Parte Utilizada: Folhas
Ativos: Timol, carvacrol, quinonas e flavonóides.
Apresentação: Frasco de vidro contendo 100 mL de solução.
Indicações: Dermatomicoses
- Antisséptico ativo contra fungos, bactérias (usado em escabiose infectada, micoses
tais como pé-de-atleta, pano branco e impigem) e larvas do mosquito da dengue
(Aedes aegypti);
- Combate a formação de mau odor nos pés e axilas;
- Desodorante íntimo para lavagens vaginais.
Modo de Usar: Lavar a área afetada com sabão, 3 vezes ao dia.
Informações ao paciente: Guardar o frasco em local protegido da luz e do calor.
Contra-indicações: Bebês menores de 1 ano (indisponíveis estudos científicos que estabeleçam
segurança).
Uso: Tópico
Parte Utilizada: Folhas
Ativos: Timol, carvacrol, quinonas e flavonóides.
Apresentação: Frasco de vidro âmbar contendo 100 mL de solução.
Indicações:
- Antisséptico ativo contra fungo e bactérias (usado em ferimentos e afecções da
pele e das mucosas);
- Micoses (pé-de-atleta, pano branco e impigem);
- Mau odor nos pés e axilas;
- Amigdalite.
Modo de Usar: Limpar a área afetada com água e sabão. Aplicar o produto com o auxílio de
chumaço de algodão, 3 vezes ao dia.
Informações ao paciente:
- Guardar o frasco em local protegido da luz e do calor.
- Produto manipulado com veículo alcoólico. Sua aplicação em áreas lesadas com pele não
íntegra causa bastante desconforto.
Contra-indicações: Bebês menores de 1 ano e Gestantes (indisponíveis estudos científicos que
estabeleçam segurança).
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Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
Uso: Oral
Parte Utilizada: Folhas
Ativos: Timol, carvacrol, quinonas e flavonóides
Apresentação: Frasco de plástico leitoso contendo 30 mL de solução.
Indicações:
- Estimulante da digestão e do apetite (favorece a produção da bile).
- Hiposecretor gástrico (útil no controle da gastrite, dispepsia);
- Combate o mal-estar (ressaca pós-embriagez).
Modo de Usar: Crianças: 25 gotas, 3 vez ao dia.
Adultos: 50 gotas, 3 vez ao dia.
Informações ao paciente:
- Guardar o frasco em local protegido da luz e do calor.
- Produto manipulado com veículo alcoólico. Proibido para pacientes com restrição de uso.
Contra-indicações: Bebês menores de 1 ano e Gestantes (indisponíveis estudos científicos que
estabeleçam segurança).
Uso: Oral
Parte Utilizada: Folhas
Ativos: Cumarinas
Apresentação: Frasco de vidro âmbar contendo 100 mL de solução.
Indicações:
- Broncodilatador útil na asma.
- Expectorante
- Coadjuvante no tratamento da Bronquite.
Modo de Usar: Crianças (0 a 3 anos): 1 colher de chá, 3 vez ao dia.
Crianças (4 a 12 anos): 1 colher de sobremesa, 3 vez ao dia.
Adultos: 1 colher de sopa, 3 vez ao dia.
Informações ao paciente:
- Recomendar a ingestão de bastante líquido e não inibir a tosse (quando é produtiva).
- Aconselhar as administrações junto às refeições, para evitar a irritação do estômago.
- O produto não necessita ser refrigerado.
- Após aberto usar por no máximo 10 dias.
Contra-indicações: Gestantes, Diabéticos e Portadores de distúrbios de coagulação
(indisponíveis estudos científicos que estabeleçam segurança).
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2016
Uso: Oral
Parte Utilizada: Folhas
Ativos: Cumarinas
Apresentação: Frasco de vidro âmbar contendo 100 mL de solução.
Indicações:
- Broncodilatador útil na asma.
- Expectorante
- Coadjuvante no tratamento da Bronquite.
Modo de Usar: Crianças (0 a 3 anos): 1 colher de chá, 3 vez ao dia.
Crianças (4 a 12 anos): 1 colher de sobremesa, 3 vez ao dia.
Adultos: 1 colher de sopa, 3 vez ao dia.
Informações ao paciente:
- Recomendar a ingestão de bastante líquido e não inibir o mecanismo da tosse, quando esta é
produtiva.
- Aconselhar as administrações junto às refeições, para evitar a irritação do estômago.
- O produto não necessita ser refrigerado.
- Após aberto usar por no máximo 10 dias.
Contra-indicações: Gestantes e Diabéticos (indisponíveis estudos científicos que estabeleçam
segurança).
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
1. ANTONIO GD, TESSER CD, MORETTI-PIRES RO. Phytotherapy in primary health care. Revista de
Saúde Pública. 2014; 48(3): 541-553.
2. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento
de Assistência Farmacêutica. A fitoterapia no SUS e o Programa de Pesquisa de Plantas Medicinais
da Central de Medicamentos. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. 148 p.
3. CEARÁ. Secretaria de Saúde. Ceará é o primeiro Estado a regulamentar uso da fitoterapia no SUS. [on
line] disponível em: http://www.saude.ce.gov.br/index.php/noticias/43765-ceara-e-o-primeiro-estado-a-
regulamentar-uso-da-fitoterapia-no-sus. Consulta em: 05/01/2016.
4. FORTALEZA. Secretaria Municipal de Saúde. Guia Fitoterápico. Programa Farmácia Viva. 2004.75pg.
5. PIRIZ MA, LIMA CAB, JARDIM VMR, MESQUITA MK, SOUZA ADZ, HECK RM. Plantas medicinais no
processo de cicatrização de feridas: uma revisão de literatura. Rev. Bras. Pl. Med., Campinas, v.16,
n.3, p.628-636, 2014.
6. LIMA FA , BU EA, SOARES MP, ARAÚJO CRF. A fitoterapia e sua inserção no contexto da atenção
básica a fitoterapia e sua inserção no contexto da atenção básica. Ver. Saud e Cienc (on line). 2015;
4(2); 120 – 128.
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Manual de Uso Racional de Medicamentos na Atenção Primária de Fortaleza
2016
INSUMOS PARA
TRATAMENTO DE
FERIDAS
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Após total limpeza da lesão, que envolve a remoção do tecido necrótico, da matéria
estranha, do excesso de exsudato, dos resíduos de agentes tópicos e dos microrganismos existentes
nas feridas, deverá ser colocada a cobertura mais indicada em cada caso com a finalidade de
proteger contra agentes externos, proporcionando conforto e alivio ao paciente portador de ferida.
A técnica de limpeza ideal para a ferida é aquela que respeita o tecido de granulação,
preserva o potencial de recuperação, minimiza o risco de trauma e/ou infecção. O uso de antibióticos
de ação local pode apresentar interferência no processo cicatricial e risco de desenvolver resistência
bacteriana e hipersensibilidade. Por estes motivos as pomadas à base de antibiótico como:
neomicina e cloranfenicol, ou mesmo a aplicação de rifamicina, são contra-indicadas tanto em feridas
abertas, como na cicatrização de feridas cirúrgicas fechadas.
A classificação das feridas pode ser feita de acordo com sua causa, cirúrgicas e não
cirúrgicas. Quanto à presença ou ausência de ruptura no tecido superficial em:
ABERTAS
- Escoriações: atritos com superfície áspera que atingem somente a epiderme.
- Incisas: são lineares, produzidas por instrumento afiado, resultando em um corte limpo.
- Contusas: bordas irregulares e sem perda de substância, produzidas por uma força
irregular que não rompe a pele, mas causa um dano considerável aos tecidos moles.
- Perfuradas: são profundas em extensão, com bordas que variam em forma e tamanho.
- Penetrantes: constituídas por um orifício de entrada e outro de saída.
FECHADAS
- Esquimoses: são pequenas coleções de sangue nos tecidos, observadas a olho nu.
- Hematomas: grandes coleções de sangue nos tecidos, provocadas por traumatismo.
As escoriações representam um tipo de ferida superficial que atinge somente a pele e são
produzidas pelo atrito de uma superfície áspera ou pontiaguda sobre ela. São pequenos ferimentos
nos quais não ocorre perda de tecidos nem contaminação grosseira. Aqui está incluída a maioria das
feridas produzidas por acidentes domésticos. As escoriações deverão ser tratadas no domicílio com
o auxílio da lavagem com água corrente e sabão, e se não for suficiente, o atendimento em serviços
médicos é indicado, para que os cuidados com a limpeza sejam mais eficientes.
As mordidas de animais são feridas cortocontusas que possuem características próprias
que as diferenciam das humanas: são mais alongadas, muitas vezes em forma de “V”, nunca
possuem vestígios de sucção, apresentam maior profundidade das lesões provocadas pelos dentes e
exibem marcas próprias e naturais de cada espécie animal. Essas feridas ainda podem ser
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contaminadas por uma grande variedade de bactérias e outros patógenos, como vírus, protozoários,
parasitas, entre outros.
Quando o trauma envolver a presença de um corpo estranho nos tecidos moles, deve ser
avaliado a necessidade de proteção contra o tétano. Já quando o trauma envolver mordedura de
animal, deve ser avaliado a necessidade de esquema vacinal para proteção contra a raiva humana.
- QUEIMADURAS
As queimaduras são feridas traumáticas causadas, na maioria das vezes, por agentes
térmicos, químicos, elétricos ou radioativos. Atuam nos tecidos de revestimento do corpo humano,
determinando destruição parcial ou total da pele e seus anexos, podendo atingir camadas mais
profundas como tecido celular subcutâneo, músculos, tendões e ossos.
As queimaduras causam danos extensos e são notoriamente complicadas pela perda de
fluidos e infecção da área queimada. Poderão ser tratados nas Unidades Básicas de Saúde apenas
pequenos queimados, em áreas não críticas e não complicados (queimaduras de 1º grau e 2º grau)
com superfície de acometimento menor do que 10%.
CUIDADOS PREVENTIVOS
Limpeza frequente e sempre que necessária, porém sem força ou fricção. Não usar água
quente. Usar sabonete suave;
- Usar hidratantes na pele (óleo triglicerídeos são ideais);
- Não massagear as proeminências ósseas;
- Não deixar a pele em contato com umidade de urina, fezes ou secreções;
- Proteger áreas de fricção com coberturas protetoras;
- Providenciar equipamentos para auxiliar na manutenção da atividade;
- Manter boa hidratação oral e aumentar o consumo de proteínas, carboidratos e
vitaminas, principalmente A, C e E, conforme avaliação individual do paciente;
- Orientar o paciente e familiares sobre os riscos e cuidados;
- Reposicionar a cada 2 horas para pacientes acamados e a cada 1 hora quando
sentado. Descompressão isquiática nos paraplégicos a cada 15 minutos;
- Evitar posicionar sobre o trocânter do fêmur em ângulo de 90º;
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- PÉ DIABÉTICO
Denomina-se pé diabético um estado fisiopatológico multifacetado, caracterizado por
lesões que surgem nos pés da pessoa com diabetes e ocorrem como consequência de complicações
crônicas, neuropatia em 90% dos casos, de doença vascular periférica e de deformidades.
Após trauma, onde os dedos são os locais com maior risco de lesão, pode surgir uma
úlcera dolorosa essencialmente isquêmica ou neuroisquêmica, às vezes indolor, quando associada à
insensibilidade.
A técnica de limpeza da úlcera consiste em remover restos celulares, materiais estranhos,
tecido necrótico ou desvitalizado, resíduos de agentes tópicos presentes na superfície da úlcera,
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MATERIAIS COMPLEMENTARES
Algodão Hidrófilo – pacote com 500g
Atadura de crepom 10 x 4,5cm – unidade
Atadura de crepom 15 x 4,5cm – unidade
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SULFADIAZINA DE PRATA 1%
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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
1. BELO HORIZONTE. Secretaria de Saúde. Gerência de Assistência. Coordenação de Atenção à Saúde do
Adulto e do Idoso. Protocolo de Assistência aos Portadores de Feridas. 2006. 52pg.
2. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.
Procedimentos. Cadernos de Atenção Primária. Nº30 – Brasília: Ministério da Saúde, 2011. 64 pg.
3. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância
Epidemiológica. Manual de condutas para tratamento de úlceras em hanseníase e diabetes.2ª edição–
Brasília: Ministério da Saúde, 2008. 92 pg.
4. FRANCO D, GONCALVES LF. Feridas cutâneas: a escolha do curativo adequado. Ver. Col. Brasil. Cir.
2008; 35(3); 203 – 206.
5. IURK LK, OLIVEIRA AF, GRAGNANI A, FERREIRA LM. Evidências no tratamento de queimaduras. Rev.
Bras. Queimaduras. 2010;9(3):95-99.
6. ODA RM, SALOTTI SRA, GUIMARÃES HCQCP. Manual de normas, rotinas e técnicas de curativos.
1ª.edição. Bauru: Centro de Estudos Dr. Reynaldo Quagliato, 2004. 36pg.
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