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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E LETRAS


CURSO: LICENCIATURA PLENA EM LETRAS/PORTUGUÊS
DISCIPLINA: ANÁLISE DO DISCURSO
PROF. FRANKLIN OLIVEIRA SILVA

ALUNO: FÁBIO XIMENDES ALVES

3ª AVALIAÇÃO

QUESTÃO 1- Analise os textos a seguir com base nos conceitos estudados durante toda
a disciplina (discurso, sujeito, aparelhos ideológicos, ideologia, interdiscurso,
intradiscurso, heterogeneidades discursivas). Para cada análise, utilize pelo menos duas
categorias para explicar o texto sob o olhar da Análise do Discurso:

Texto 1

O texto pode ser analisado com base nas categorias sujeito x discurso,
podemos verificar o discurso de dois sujeitos diferentes: o sujeito homem (que
aparece com um discurso machista , tenta culpar à mulher pelo altos índices de
acidentes de carro) e o sujeito mulher (que aparece com um discurso feminista
e tentar atribuir a responsabilidade dos acidentes ao homem).Existe um
entrave entre quem é o melhor ao dirigir um veículo: o homem ou a mulher

Verificamos também a forte presença da ideologia da


superioridade/supervalorização do homem diante da mulher, enfocada pelo
discurso do personagem masculino de um modo sutil deixa implícito o fato de a
mulher ser taxada de “barbeira” justificando que a grande maioria das
mulheres não sabem dirigir tão bem quanto ao homem.

Sendo assim nesse texto há um cruzamento muito forte das categorias sujeito
e discurso que ajudam a constituir a categoria da ideologia da
superioridade/supervalorização do homem diante da mulher- um machismo
disfarçado.

Texto 2

O texto 2 pode ser analisado com base na categoria da heterogeneidade


discursiva não marcada, a fala do personagem Cebolinha “Advinha” soa como
ironia diante das tarefas domésticas que estavam deixando- o esgotado.

Podemos analisa-la também através da categoria de sujeito: o sujeito mulher


representado pela Mônica, assume o papel de progenitor (assume as despesas
do lar) e o sujeito homem representado pelo Cebolinha, assume o papel de
“dona de casa” se torna responsável pelas tarefas domésticas perfazendo com
isso uma troca de papeis.

Assim nesse contexto há um cruzamento muito forte das categorias sujeito e


heterogeneidade discursiva que ajudam a constituir a inversão de papéis que
está acontecendo em no referido contexto e que neste caso, irritando o
personagem cebolinha.
Texto 3

Cegonha é coisa do passado

O filho pergunta para o pai:


— Pai, como é que eu nasci?
— Muito bem, tínhamos que ter esta conversa um dia, né! Bom, o que aconteceu foi o
seguinte: Eu e a mamãe nos conhecemos e nos encontramos num chat, aí papo vai, papo
vem... Er...
— Vai logo, pai!
— O papai marcou um encontro com a mamãe num cybercafé e acabamos juntos no
banheiro. Depois, a mamãe fez uns downloads no memory stick do papai e, quando
estava tudo pronto para o upload, descobrimos que a gente não tinha nenhum tipo de
firewall.
— Nossa, e aí?
— Como era tarde demais para dar o cancel, papai acabou fazendo o upload de qualquer
jeito com a mamãe... E, nove meses depois, o Vírus apareceu. Entendeu?
— Ahhh, saquei!

Podemos analisar o texto 3 através da categoria do intradiscurso - a linguagem


utilizada pelo pai para explicar ao filho o processo de nascimento pode ter
sentido apenas naquele momento do contexto, na atualidade onde reina
inúmeras ferramentas e redes sócias que utilizam essa linguagem, talvez daqui
há alguns anos esse texto já não tenha o mesmo sentido pois a essa
linguagem possa já não estar mais em uso, comprometendo assim a análise e
compreensão desse texto.
Também é possível verificarmos um interdiscurso nesse texto, a relação sexual
e a gestação, fatos estes que antecedem o nascimento, aparecem
categorizados como partes de um processo tecnológico em uso na atualidade
para facilitar a compreensão do garoto.

A professora pergunta aos alunos:


- Quem aqui reza antes das refeições?
Todos levantam a mão menos Joãozinho. A professora o
questiona:
- Joãozinho, por que você não reza antes das refeições?
- Lá em casa não precisa. A minha mãe cozinha bem!

Podemos aqui verificar a presença da ideologia da tradição religiosa de


agradecer a deus pelas refeições, apesar de não estar em desuso por uma
grande parte das pessoas (principalmente os cristãos), enfatizar a importância
da religião diante de tudo que nos é oferecido.
Podemos verificar também a presença da polifonia, já que podemos distinguir
claramente duas vozes diferentes: a voz da professora que tenta demonstrar a
importância de se agradecer a Deus e, a voz do Joãozinho que através da
ironia tenta deixar esse preceito de lado.

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