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Bielschowsky, Pablo et al.


B476m Manual de apoio às práticas profissionais na
escola Superior de gestão e tecnologia – ESGT /
Pablo Bielschowsky. – Rio de Janeiro : Univer-
sidade Castelo Branco, mar. 2009. p.70 (e-book)
Bibliografia.

1. Medologia científica; 2. Administração; 3.


Gestão I. Título II. Bomfim, Marcio III. Wittmann,
João Irineu ; IV. Tupinambá, Vilma

CDD 001.42

Projeto de Implantação das Práticas Profissionais na Escola Superior de Gestão e Tecnologia


Atividade: Elaboração do Manual de Práticas Profissionais
Organização e Revisão Geral: Profª. Vilma Tupinambá
Professor Responsável pela Implantação das Práticas Profissionais: Profº Pablo Bielschowsky
Professores Conteudistas:
Prof° João Irineu Wittmann
Profº Marcio Bomfim
Prof° Pablo Bielschowsky
Profª. Vilma Tupinambá
Capa: Profº Renan Barroso

MATERIAL INSTRUCIONAL
CARTELA: diagrama e resumo do Processo de Utilização das Práticas Profissionais na Escola Superior de
Gestão e Tecnologia
CD: versão e-MANUAL e pw das aulas de Metodologia do Trabalho Científico e Profissional
Transparências: aulas de Metodologia do Trabalho Científico e Profissional

Edição: março2009
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Prefácio

Os desafios contemporâneos têm requerido esforços cada vez mais


articulados entre conhecimento formal acadêmico e práticas produtivas
efetivas. As orientações governamentais têm exigido esforços dos diferentes
atores para e dentro da égide de sustentabilidade, garantir a
empregabilidade, ampliando a força de trabalho. Inclusão é, pois
determinante de uma sociedade próspera e feliz.

Tendo em vista a realidade em que se insere, a Universidade Castelo Branco


adota como base de sua concepção pedagógica o aprender a ser,
aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a aprender. E também,
aprender a desaprender.

A partir desta concepção pedagógica, a UCB iniciou em 2007, a revisão e


atualização dos conteúdos curriculares, realinhando seus programas,
adequando-os as novas demandas legais e propondo uma melhoria na
qualidade do processo de ensino – aprendizagem.

Dentre as diretrizes norteadoras desta revisão curricular, se destacam a


interdisciplinaridade, e a adoção de métodos de ensino-aprendizado
centrados no aluno. No contexto desta atualização curricular, se inclui a
implantação do projeto “mão na massa” com a utilização dos métodos de
Problematização e Estudo de Caso.

Ao deslocar o foco do processo de ensino-aprendizagem do professor para


o aluno objetiva-se a formação para o mundo do trabalho e para a
cidadania, viabilizando:
• A empregabilidade do aluno no presente: construindo as habilidades
e competências necessárias em sua área de trabalho,
• A empregabilidade do aluno no futuro: desenvolvendo a cultura do
auto-estudo e da educação continuada necessária para
acompanhar o progresso técnico.

Nosso propósito é desenvolver ações de transformação da realidade e


desenvolver o pensamento crítico por meio destas ações transformadoras. O
Manual de Apoio às Práticas Profissionais na ESGT é o instrumento que
disponibilizamos para a efetivação desse propósito.

Eis nosso desafio.

Prof° Marcelo Pacheco


Vice-Reitor de Ensino de Graduação e Corpo Discente
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Apresentação

O Manual de Apoio às Práticas Profissionais na Escola Superior de Gestão e


Tecnologia é o instrumento norteador das ações de condução do processo-ensino
aprendizagem, na ESGT. A partir dele, organizar-se-ão as práticas pedagógicas propostas pela
Reforma Curricular da UCB. Especificamente, trata do NPP - Núcleo de Práticas
Profissionais.
As práticas profissionais têm como propósito maior aproximar os alunos da realidade
do mundo do trabalho, implementando a filosofia mãos-na-massa, desde os primeiros
períodos até a conclusão do curso. Para tanto sustenta uma abordagem calcada em estudos de
casos, alicerçada no Método do Arco.
O NPP , contempla:

- A disciplina Metodologia do Trabalho Científico e Profissional, que fundamenta todo o


processo de tratamento das práticas profissionais, ao longo dos períodos, dos cursos.

- Os campos/ laboratórios/ vivências de Prática Profissionais (PP) com temáticas de


aplicação para a ESGT, como um todo.

- Os campos/ laboratórios/ vivências de Prática Profissionais Específica (PPE) com


temáticas direcionadas aos cursos.
As práticas profissionais constituem-se na abordagem que acreditamos, imprimirá
qualidade contínua ao nosso processo ensino-aprendizagem.
O presente Manual está organizado em três grandes blocos. O primeiro, trata das
questões da Ciência e do Conhecimento. O segundo bloco, trata do Método Científico
ressaltando as bases que apóiam uma investigação consistente. O terceiro e último bloco,
tratam das práticas profissionais, propriamente tidas.
Desenvolveu-se ainda, um conjunto de Guias, Exercícios e Material Instrucional que
compõem o esforço de inserção das práticas na ESGT. Todo o conjunto está disponível em
forma impressa e digitalizada.
Parabenizo a equipe de professores pela dedicação e excelência técnica, em especial ao
profº Pablo Bielschowsky pela condução competente.

Por profª. Vilma Tupinambá, MSc


Gestora da Escola Superior de Gestão e Tecnologia
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Agradecimentos

Agradecemos a Inteligência Suprema que nos concedeu a capacidade de aprender e de fazer


escolhas. Que possamos utilizar essas capacidades no desenvolvimento harmonioso da vida.

Agradecemos a equipe de professores da ESGT que apresentaram sugestões, ajudaram nas


revisões e nos instigaram a melhorar cada palavra.

Agradecemos aqueles que entenderam que precisávamos focar mais uma atividade que outra
para alcance de um propósito maior.

Agradecemos a todos que contribuíram para que este trabalho pudesse ser disponibilizado e
assim sustentar as ações necessárias a que as Práticas Profissionais se tornassem parte
integrante dos esforços didáticos pedagógicos que permearão os cursos da Escola Superior
de Gestão e Tecnologia, a partir do semestre 2009.1
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Sumário
1 CIÊNCIA E CONHECIMENTO .....................................................................................................6
1.1 CONHECIMENTO POPULAR...................................................................................................6
1.2 CONHECIMENTO CIENTÍFICO...............................................................................................7
1.3 CONHECIMENTO FILOSÓFICO..............................................................................................8
1.4 CONHECIMENTO TEOLÓGICO ..............................................................................................9
2 O MÉTODO CIENTÍFICO............................................................................................................11
2.1 FILOSOFIA DA CIÊNCIA .......................................................................................................11
2.1.1 Raciocínio indutivo e raciocínio dedutivo......................................................................11
2.1.2 O Positivismo lógico e a critica de Popper.....................................................................12
2.2 OBJETO DE PESQUISA....................................................................................................15
2.2.1 O tema ............................................................................................................................15
2.2.2 O problema.....................................................................................................................16
2.2.3 A hipótese.......................................................................................................................16
2.3 METODOLOGIA .................................................................................................................16
2.3.1 Método de estudo ...........................................................................................................17
2.3.2 Coleta de dados .............. ...............................................................................................18
3 O MÉTODO DO ARCO ................................................................................................................21
3.1 FUNDAMENTOS E OBJETIVOS DO MÉTODO DO ARCO ............................................21
3.2 ETAPAS DO MÉTODO DO ARCO .....................................................................................22
REFERÊNCIAS .....................................................................................................................................26
ANEXOS
ANEXO A PROGRAMA DA DISCIPLINA METODOLOGIA DO TRABALHO .........................28
CIENTÍFICO E PROFISSIONAL NA ESCOLA SUPERIOR DE
GESTÃO E TECNOLOGIA
APÊNDICES..........................................................................................................................................29
APÊNDICE A GUIA DE SELEÇÃO DA LEITURA....................................................................30
APÊNDICE B GUIA DE ELABORAÇÃO DE RESUMOS .........................................................33
APÊNDICE C GUIA DE REGISTRO DE REFERÊNCIAS .........................................................35
APÊNDICE D GUIA DE APOIO A OBSERVAÇÃO ..................................................................39
APENDICE E GUIA DE ELABORAÇÃO DE QUESTIONÁRIOS ............................................41
APÊNDICE F GUIA DE APRESENTAÇÃO ESCRITA DE TRABALHOS CIENTÍFICOS .....44
APÊNDICE G GUIA DE REGISTRO DE CITAÇÕES, NOTAS DE RODAPÉ..........................52
FORMATAÇÃO.
APÊNDICE H GUIA DE REDAÇÃO CIENTÍFICA ....................................................................58
APÊNDICE I GUIA DE REDAÇÃO DE UM ESTUDO DE CASO................................58
APÊNDICE J GUIA DE APRESENTAÇÂO DE ARTIGOS/ TRABALHOS Á..........................61
BANCA EXAMINADORA
APÊNDICE L EXERCÍCIOS..........................................................................................................63
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Exercício 1 Comparativo dos tipos de conhecimento................................................................63


Exercício 2 Elaboração de resumos...........................................................................................65
Exercício 3 Elaboração de referências ......................................................................................66
Exercício 4 Coleta de dados ......................................................................................................67
Exercício 5 Elaboração de citações. .........................................................................................70
Exercício 6 Redação científica...................................................................................................69
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1 CIÊNCIA E CONHECIMENTO

Unidade 1 do Programa da Disciplina Metodologia do Trabalho Cientifico e Profissional na ESGT: Ciência e


Conhecimento - A importância do conhecer, O objeto da ciência, o desenvolvimento histórico do conhecimento
cientifico, a ciência e a atividade profissional.
Por prof°. João Irineu Wittmann

O conhecimento é o resultado cumulativo do esforço humano, na busca da


compreensão da realidade. Ele é uno, mas quando se quer falar do conhecimento científico, é
possível diferenciá-lo de outros tipos de conhecimento.
Trujillo (apud LAKATOS E MARCONI, 2005) sistematiza as características dos
quatro tipos de conhecimento que serão resumidos neste texto.

1.1 CONHECIMENTO POPULAR

O conhecimento popular ou vulgar, também chamado de senso comum ou bom


senso, é transmitido de geração em geração por meio de educação informal; conhece os fatos
ou fenômenos sem explicar a causa (como e porque acontecem). Seu método é baseado em
imitação e na experiência pessoal e seu critério de verdade se fundamenta na tradição popular,
no gosto pessoal ou “ouvi dizer”.
O conhecimento popular não se diferencia do conhecimento cientifico nem pela
veracidade e nem pela natureza do objeto conhecido: o que os distingue é a forma, o modo ou
o método e os instrumentos de conhecer.
A ciência procura, além das aparências, conhecer a causa imediata que originou tal
fenômeno. Dessa forma, observa-se que:
a) A ciência não é o único acesso ao conhecimento e a verdade;
b) Um mesmo objeto ou fenômeno (uma planta, um animal, uma comunidade, a
relação entre chefes e subordinados) pode ser matéria de observação tanto para
cientistas como para o homem comum. O que leva ao conhecimento científico e
o outro ao conhecimento popular é a forma de observação. Os ditos populares são
bons exemplos do conhecimento popular.
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Para Ander-Egg (apud LAKATOS E MARCONI, 2005) o conhecimento popular


caracteriza-se por ser predominantemente:
• Superficial → conforma-se com a experiência, com aquilo que se quer
comprovar, estando simplesmente com as coisas; se expressa por frases como
“porque o vi”, “porque o senti”, ou “porque todo mundo diz”.
• Sensitivo → referente à vivência, estudo de ânimos e emoções da vida diária;
(ou verificável).
• Subjetivo → é o próprio sujeito que organiza suas experiências e
conhecimentos, tanto os que adquire por vivência própria quanto os “por ouvi
dizer” (falível e inexato).
• Assistemático → esta organização não visa a uma sistematização das idéias,
nem a forma de adquiri-las e nem na tentativa de validá-las.
• Acrítico → verdadeiros ou não, a pretensão é de que esses conhecimentos não
se manifestam sempre de uma forma crítica.

1.2 CONHECIMENTO CIENTÍFICO

O conhecimento científico é real (factual) porque lida com ocorrências ou fatos, isto
é, com toda “forma de existência que se manifesta de algum modo”. Constitui um
conhecimento contingente, pois suas proposições ou hipóteses têm sua falsidade ou
veracidade conhecida através da experimentação e não apenas da razão, como acontece com o
conhecimento filosófico. É sistemático, já que se trata de um saber ordenado logicamente,
formado de um sistema de idéias e teorias, e não de conhecimentos dispersos e desconexos.
Possui a característica da verificabilidade, a tal ponto que as afirmações (hipóteses) que não
podem ser comprovadas não pertencem ao âmbito da ciência. Constitui-se de um
conhecimento falível, em virtude de não ser definitivo, absoluto ou final e, por este motivo, é
aproximadamente exato: novas proposições e o desenvolvimento de técnicas podem
reformular o acervo da teoria existente.
Assim, o conhecimento científico ao utilizar o método experimental interfere
diretamente na realidade para explicar as causas imediatas dos fatos ou fenômenos. Seu
critério da verdade é a comprovação experimental e/ou racional.
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1.3 CONHECIMENTO FILOSÓFICO

O conhecimento filosófico é valorativo, pois seu ponto de partida consiste em


hipóteses que não poderão ser submetidas à observação. Por esse motivo ele se caracteriza
também como não verificável, já que os enunciados das hipóteses filosóficas, ao contrário do
que ocorre no campo da ciência, não podem ser confirmados nem refutados. É racional
porque consiste em um conjunto de enunciados logicamente relacionados. Tem a
característica de sistemático, uma vez que suas hipóteses e enunciados visam a uma
representação coerente da realidade estudada, numa tentativa de aprendê-la em sua totalidade.
É também infalível e exato, pois, na busca da realidade é capaz de abranger todas as outras,
quer na definição do instrumento capaz de aprender a realidade, seus postulados, assim como
suas hipóteses; não são submetidas ao teste da observação experimental.
Dessa forma, o conhecimento filosófico se distingue do cientifico pelo objeto de
investigação e pelo método. O objeto da ciência são os dados próximos, imediatos,
perceptíveis pelos sentidos ou por instrumentos, sendo de ordem material ou física, são
suscetíveis de experimentação. O objeto da filosofia é constituído de realidades imediatas, não
perceptíveis pelos sentidos, por serem de ordem supra sensível; ultrapassa a experiência. Seu
método, portanto é racional/dedutivo e seu critério de verdade é a coerência lógica do sistema
proposto ou da reflexão feita.
Cervo e Bervian (2007, p.8) fazem uma distinção entre a filosofia clássica e a
moderna.
Na acepção clássica, a filosofia era considerada a ciência das coisas por suas
causas supremas. Modernamente, prefere-se falar em filosofar. O filosofar é
um interrogar, é um contínuo a si e à realidade. A filosofia não é algo feito,
acabado. A filosofia é uma busca constante de sentido, de justificação, de
possibilidades, de interpretação a respeito de tudo aquilo que envolve o
homem e sobre o próprio homem em sua experiência concreta.

A tarefa fundamental da filosofia resume-se na reflexão, procurando refletir sobre a


ciência e a técnica, ou seja, sobre os conhecimentos em geral, problematizando-os.
Filosofar é interrogar principalmente pelos fatos e problemas que cercam o Homem1
concreto, inserido em seu contexto histórico. Este contexto muda através dos tempos, o que
explica o deslocamento dos temas da reflexão histórica.
É claro que alguns temas perpassam a historia como o próprio Homem: qual o
sentido do Homem e da vida? Existe ou não existe o absoluto? Há liberdade?

1
Ser em uma visão ontológica.
9

Entretanto, o campo da reflexão se ampliou muito em nossos dias. Hoje, os


filósofos, além das interrogações metafísicas tradicionais, formulam novas questões, como: O
Homem será dominado pela técnica? A máquina substituirá o Homem? O progresso técnico é
benéfico para a humanidade? Quando chegará a vez do combate à fome e à miséria? O que é
valor, nos dias de hoje?
A filosofia busca compreender a realidade em seu contexto mais universal; não há
soluções definitivas para grande número de questões. Entretanto, habilita o Homem a fazer
uso de suas faculdades para ver melhor o sentido da vida concreta.

1.4 CONHECIMENTO TEOLÓGICO

O conhecimento teológico apóia-se em doutrinas que contém proposições sagradas


(valorativas), por terem sido reveladas (inspiracional), por esse motivo, tais verdades são
consideradas infalíveis e indiscutíveis (exatas); é um conhecimento sistemático do mundo
(origem, significado, finalidade, destino) como obra de um criador divino; suas evidências
não são verificadas; está sempre implícita uma atitude de fé perante a um conhecimento
revelado. É o conhecimento pela causa Última, a partir da revelação.
Para Cervo e Bervian (2007, p.9)

O conhecimento revelado relativo a Deus, aceito pela fé teológica, constitui


o conhecimento teológico. É aquele conjunto de verdades a que os homens
chegaram, não com auxílio de sua inteligência, mas mediante argumentos de
autoridade. São os conhecimentos adquiridos nos livros sagrados e aceitos
racionalmente pelos homens, depôs de terem passado pela crítica história
mais exigente. O conteúdo da revelação feita a criticados fatos aí narrados e
comprovados pelos sinais que a acompanham, reveste-se de autenticidade e
de verdade. Passam tais verdades a ser consideradas como fidedignas, e por
isso são aceitas. Isto é feito com base na lei suprema da inteligência: aceitar
a verdade, venha donde vier contanto que seja legitimamente adquirida.

Assim, o conhecimento teológico utiliza como método, a análise crítica histórica das
fontes e como critério de verdade a autenticidade dessas mesmas fontes.
Apesar da separação metodológica entre os tipos de conhecimento popular, filosófico
e científico no processo de apreensão da realidade do objeto, o sujeito cognoscente pode
penetrar nas diversas áreas. Ao estudar o Homem, por exemplo, pode-se tirar uma série de
conclusões sobre a sua atuação na sociedade, baseada no senso comum ou na experiência
cotidiana; podendo analisá-lo como ser biológico, verificando a relação entre órgãos e
funções; pode-se questioná-lo quanto a sua origem e destino, assim como quanto a sua
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liberdade; finalmente, pode-se observá-lo como ser criado pela divindade, à sua origem e
semelhança.
Por sua vez, estas formas de conhecimento podem coexistir na mesma pessoa: Um
cientista, voltado, por exemplo, ao estudo da biologia pode ser crente praticante de uma
religião, estar filiado a um sistema filosófico e, em muitos aspectos de sua vida cotidiana agir
segundo conhecimentos provenientes do senso comum.
Assim, os quatro tipos de conhecimento, cada um no seu contexto, usando métodos
próprios, são igualmente importantes para aproximar o Homem da verdade.
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2 O MÉTODO CIENTÍFICO

Unidade 2 do Programa da Disciplina Metodologia do Trabalho Cientifico e Profissional na ESGT: O Método


Científico – filosofia da ciência, objeto de pesquisa, Metodologia.
Por Prof°. Pablo Bielschowsky

2.1 FILOSOFIA DA CIÊNCIA

2.1.1 Raciocínio indutivo e raciocínio dedutivo

O debate sobre o método cientifico no século XX concentrou-se na diferença entre


duas formas de raciocínio utilizadas na ciência, o método indutivo e o método dedutivo.
O método indutivo é realizado em duas etapas, indo do particular para o geral.
(i) Definição das premissas: a partir da observação da realidade, busca-se
compreender como os fenômenos se relacionam mutuamente.
(ii) Conclusão: a relação entre os fenômenos observada é generalizada para
todos os fenômenos semelhantes que não foram observados.
Exemplo:
O metal A se dilata com o calor
Premissas → O metal B se dilata com o calor
O metal C se dilata com o calor
Conclusão→ Logo, todos os metais se dilatam no calor.

A indução amplia o conhecimento, ao generalizar para diversos fenômenos um


conhecimento, antes limitado a um número restrito de fenômenos observados. Esta
generalização supõe que a natureza é regida por leis estáveis, fazendo, que em condições
semelhantes, as mesmas causas produzam os mesmos efeitos.
Em uma indução, mesmo que as premissas sejam verdadeiras, a conclusão pode estar
errada. Uma observação no futuro pode ser diferente das observações passada, invalidando a
conclusão. No exemplo acima, pode aparecer um metal que não se dilata com o calor.
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Por outro lado, o método dedutivo é realizado em duas etapas, indo do geral
para o particular.
(i) Definição das premissas: afirma-se uma verdade válida para um caso geral e
um caso particular contido neste caso geral.
(ii) Conclusão: afirma-se que a verdade é valida também para este caso particular.
Exemplo:
Premissas → Todos os metais se dilatam no calor.
O ferro é um metal
Conclusão → Logo, o ferro se dilata no calor

Em uma dedução, quando a construção lógica é correta e as premissas são


verdadeiras, a conclusão é verdadeira. Portanto, se a conclusão for falsa a premissa é falsa. No
entanto, se a conclusão for verdadeira, a premissa pode ser verdadeira ou falsa.
Premissas → Todos os vegetais são racionais.
João é vegetal
Conclusão → Logo, João é racional

Deste modo, a validade do raciocínio dedutivo depende da correção das premissas e


da correção formal da construção lógica, por meio da qual se chega às conclusões.

2.1.2 O Positivismo lógico e a critica de Popper.

Há várias propostas de divisão das ciências. A mais tradicional divide a ciência


em Ciências Formais e Ciências Factuais e estas últimas ainda em, Naturais e Sociais;
segundo os princípios de Causalidade e Liberdade, respectivamente. Um esquema
representativo da divisão é apresentado a seguir.
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FORMAIS: Lógica Matemática (Filosofia, etc)

C
I “Princípio da Causalidade”
Ê TECNOLOGIA
N Naturais: Física • soluções imediatas
C Química • uma 2ª natureza produzida
I Biologia • domínio e aplicação de uma lei (causa e
A Etc... efeito)
S --------------------------------------------------------------------------------------
FACTUAIS Sociais: Antropologia cultural
---------------
Direito “Princípio da Liberdade”
Economia ECOLOGIA
Política • resultados lentos (ex. formação de um
Psicologia Social Engenheiro)
Sociologia • elo entre homem e técnica
Etc... • não controla causa e efeito

O debate contemporâneo sobre a metodologia cientifica se inicia com a corrente


conhecida como Positivismo Lógico, formada a partir de um grupo de intelectuais com idéias
semelhantes que se reunia regularmente em Viena, entre a segunda metade da década de 1920
e a primeira metade da década de 1930.
Para estes intelectuais, as ciências formais não se fundamentam na experiência, por
isso, se realizam através do método dedutivo. Por outro lado, as ciências factuais adotam o
método indutivo formulado e testado na experiência.
Nas ciências factuais:
• As teorias são formuladas a partir da observação da realidade:
o Premissa: expressa relações observadas entre os fenômenos na realidade.
o Conclusão: generaliza esta relação para fenômenos semelhantes não
observados.
o Leis científicas: enunciam a conclusão da indução na forma.
 Sempre que o fenômeno A ocorre, o fenômeno B ocorrerá.
o Teorias científicas: utilizam conceitos abstratos para explicar diversas leis.
• As teorias são verificadas através da observação da realidade:
o Cada lei cientifica é testada por novas observações, que podem indicar que a
generalização não foi correta. Por exemplo, pode-se observar um metal que
não se dilata com o calor.
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o Teorias científicas, embora não possam ser diretamente verificadas, são


testadas por meio do teste das leis que explicam.
Para o positivismo lógico, só fazem sentido as teorias que podem ser verificadas,
através de testes empíricos. Portanto:
• As teorias científicas fazem sentido porque podem ser testadas cientificamente.
• As teorias da teologia e da filosofia não fazem sentido porque não podem ser
testadas.
Para estes autores, a indução não garante a certeza absoluta ao conhecimento. No
entanto, na medida em que a ciência avança, acumulando testes científicos, pode refutar uma
quantidade maior de premissas, se aproximando cada vez mais da verdade.
Para o Positivismo Lógico, as ciências factuais utilizam o método indutivo,
formulado e testado a partir da experiência. Popper (1972) critica o positivismo lógico,
afirmando que o conhecimento se inicia com a teoria e não com a observação, logo o autor
sinaliza que:
• Uma teoria prevê como os fenômenos (as variáveis) vão se comportar na realidade.
• Uma teoria afirma: sempre que a variável A ocorrer, a variável B ocorrerá.
De acordo com Popper (op.cit), as teorias existentes devem ser testadas em confronto
com a realidade. Quando os resultados previstos pela teoria não são confirmados pela
realidade, a teoria é refutada. O teste de uma teoria ocorre por meio da definição de um
problema e de uma hipótese, e do teste desta hipótese:
• Definição da situação-problema: questiona qual a relação entre a variável A e a
variável B na realidade.
• Formulação da hipótese:
o A hipótese explica a situação-problema, mostrando que a ocorrência da
variável A resultou na ocorrência da variável B.
o A hipótese é um caso particular deduzido de uma teoria existente.
Popper critica o positivismo lógico, afirmando que o método característico das
ciências factuais é o método hipotético-dedutivo verificável através da experiência, em que a
hipótese é deduzida de uma teoria existente.
Para Popper, a ciência avança por meio da refutação das teorias existentes: quando
uma teoria é refutada, devem ser formuladas novas teorias capazes de explicar a realidade. No
entanto, Popper destaca que não se pode afirmar que a ciência se aproxima da verdade.
15

A análise dos problemas de liquidez nos bancos de investimentos pode ser usada
como exemplo do método hipotético-dedutivo de Popper.
• Situação-problema: Os bancos com alto grau de alavancagem (alta relação
passivo/ativo) sofreram problemas de liquides dos bancos em 2008.
• Teoria Pós-Keynesiana: durante as crises econômicas, o ativo dos bancos se
desvaloriza, mas seu passivo não se altera, gerando problemas de liquidez nos bancos
com alto grau de alavancagem.
• Hipótese: os bancos que operavam com alto grau de alavancagem sofreram uma
desvalorização de seu ativo, por isso enfrentaram problemas de liquidez durante a
crise financeira.

2.2 OBJETO DE PESQUISA


Por Prof°. Pablo Bielschowsky

As pesquisas acadêmicas na área de gestão, em geral, utilizam o método hipotético-


dedutivo proposto por Popper.

2.2.1 O tema

Quando tiver de escolher um tema para sua pesquisa, o estudante deve cuidar para
que o tema seja científico, viável e delimitado:
• O tema deve ser científico: abordar um assunto em que há uma lacuna no
conhecimento humano, evitando problemas práticos ou morais.
• O tema deve ser viável: dar preferência a temas em uma área em que possua
conhecimento teórico prévio, e em que haja bibliografia, tempo disponível...
• Delimitado: limitar adequadamente o tema do artigo/ Trabalho Final, pois, se o
tema for muito amplo, o estudante terá dificuldade de entregar o trabalho no
prazo.
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2.2.2 O problema

Após escolher o tema, o estudante deve definir o problema de sua pesquisa. O


problema questiona qual a relação, na realidade, entre duas ou mais variáveis A, B... O
problema deve ser formulado como uma pergunta sobre a relação entre estas variáveis.
• O problema deve ser científico: as variáveis escolhidas precisam ser testadas,
através da observação.
o As variáveis escolhidas carecem ter um significado técnico preciso, não
dando margens a distintas interpretações.
o Deve ser possível obter dados sobre o comportamento destas variáveis.
• O problema precisa ser delimitado: tomar cuidado para restringir o problema.

2.2.3 A hipótese

A hipótese é uma resposta ao problema, ou seja, explica a situação-problema,


mostrando que a ocorrência da variável A resultou da ocorrência da variável B. Uma hipótese
é um caso particular, deduzido de uma teoria existente que afirma: sempre que a variável A
ocorre, a variável B ocorrerá.
• A hipótese deve ser científica:
o Um caso particular deduzido de uma teoria existente.
o Ser refutada através de testes na realidade.
• A hipótese deve ser viável: a coleta de dados para testar a hipótese precisa ser viável
dentro do prazo de entrega dos trabalhos.

2.3 METODOLOGIA
Por prof°. João Irineu Wittmann
prof°. Pablo Bielschowsky

Na metodologia, o autor deve mostrar quais métodos de pesquisa pretende empregar


para desenvolver sua pesquisa.
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2.3.1 Método de estudo

O método de estudo indica o tipo de pesquisa que o autor pretende realizar. Segundo
Gil (2002), as pesquisas podem ser classificadas conforme seus objetivos e procedimentos.
A classificação das pesquisas, conforme o objetivo ou finalidade, indica os objetivos
gerais que o autor pretende obter com uma pesquisa.
• Pesquisa exploratória: busca aprofundar o conhecimento sobre determinado tema. É
realizada quando o pesquisador esta começando a estudar um tema.
• Pesquisa descritiva: descreve as características de determinada população ou a relação
entre determinadas variáveis. Pressupõem os conhecimentos teóricos obtidos na
pesquisa exploratória para a definição das características e variáveis.
• Pesquisa explicativa: explica as causas de determinadas características de uma
população ou da ocorrência da relação entre variáveis, relatadas na pesquisa descritiva.

A classificação da pesquisa quanto aos procedimentos técnicos ou meios busca


evidenciar os procedimentos de coleta e análise de dados que serão utilizados na pesquisa.
• Pesquisa Bibliográfica: obtém os dados a partir de trabalhos publicados por outros
autores → livros, obras de referência, periódicos, teses e dissertações.
• Pesquisa Documental: obtém dados em documentos - documentos em arquivos, cartas,
diários, estatísticas, relatórios de empresas...
• Pesquisa Experimental: evidencia a relação entre variáveis por meio da manipulação
destas variáveis em experiências controladas.
• Pesquisa ex-post-facto: analisa a relação entre variáveis a partir de ocorrências
passadas sem o controle do pesquisador.
• Estudo de Coorte: seleciona um grupo de pessoas com uma característica comum
como amostra, a ser acompanhada ao longo do tempo.
• Pesquisa de levantamento: analisa comportamento dos membros de uma população
por meio da interrogação direta a uma amostra de pessoas desta população.
• Estudo de campo: estuda, em profundidade, a estrutura social de uma comunidade por
meio da observação direta, entrevistas...
• Estudo de caso: estudo exaustivo de um objeto utilizando o maior número possível de
instrumentos de coleta de dados.
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• Pesquisa ação: busca a solução de um problema da coletividade com o


envolvimento ativo do pesquisador.
• Pesquisa participante: Busca romper a separação e a hierarquia entre o pesquisador e
seu objeto, tendo em vista uma ação social transformadora.

2.3.2 Coleta de dados

2.3.2.1 Plano e Etapas de Coleta de Dados

Um bom planejamento da coleta de dados é fundamental para o sucesso de uma


pesquisa. Para Cervo & Bervian (2007, p. 50): “A coleta de dados ocorre após a escolha e
delimitação do assunto, a revisão bibliográfica, a definição dos objetivos, a formulação do
problema e das hipóteses e a identificação das variáveis”. Dessa forma, é necessário coletar os
dados realmente necessários à pesquisa, evitando-se a falta, excesso ou inadequação de
informações.
Para os autores, citados acima, a coleta de dados é antecedida também pela
determinação da população, da elaboração de instrumentos de coleta e da programação da
coleta e dos dados.
Nesse sentido, Rudio (1986, p.48-49), também destaca a importância do uso da
Biblioteca, antes da coleta de dados, com a finalidade de:
a) buscar subsídios que orientem a escolha e definição do tema de pesquisa;
b) saber se o trabalho proposto é original ou repetição;
c) conhecer os procedimentos metodológicos utilizados pelos autores consultados;
d) buscar a fundamentação teórica que servirá de base à pesquisa;
e) possibilitar que a pesquisa realize a sua função de verificar, validar ou ampliar
uma teoria.
Ao elaborarem as perguntas, além dos cuidados com a qualidade dos instrumentos
(validade, fidedignidade, não tendenciosidade) deve-se observar a “finalidade e relação das
questões com o objetivo da pesquisa” (CERVO & BERVIAN, 2007, p.51).
Entre os instrumentos mais usados, entrevista, o formulário e o questionário. A
entrevista e o formulário são respondidos na presença do pesquisador. A entrevista é usada
para amostra pequena e coleta de informações específicas/seletivas. O formulário destina-se a
coleta de dados complexos em documentos e arquivos. O questionário é preenchido pelo
informante, mediante orientações escritas, podendo ser enviado pelo correio eletrônico ou
19

postal. Tanto formulários, quanto questionários, podem conter questões fechadas


(número limitado de opções de respostas) ou abertas (sem limites de opções). Questões
abertas implicam maior dificuldade na análise dos dados.
Cervo & Bervian (op.cit) apresentam também uma síntese dos diversos passos a
serem observados na elaboração dos instrumentos de coleta de dados:
a) identificar os dados ou as variáveis sobre as quais serão feitas as questões;
b) selecionar o tipo de pergunta a ser utilizada, face às vantagens e desvantagens de
cada tipo, com vistas ao tempo a ser consumido, para obter os dados, tabulá-los e
analisá-los;
c) elaborar uma ou mais perguntas referentes a cada dado a ser levantado;
d) analisar as questões elaboradas quanto à clareza da redação, classificação e a real
necessidade;
e) codificar as questões para a posterior tabulação e análise com a inclusão dos
códigos no próprio instrumento;
f) elaborar instruções claras e precisas para o preenchimento do instrumento;
g) submeter às questões a outros técnicos para sanar possíveis deficiências;
h) revisar o instrumento para dar ordem e seqüência às questões;
i) submeter o instrumento a um pré-teste para detectar possíveis reformulações ou
correções, antes de sua aplicação.

2.3.2.2 Tipos de Instrumentos Usuais

• Entrevista
• Questionários – Formulário
• Observação direta

2.3.2.3 Qualidade dos Instrumentos:

• Validade - Instrumento adequado que coleta os dados necessários à pesquisa.


Responde questões como: a quem perguntar? O que perguntar?

• Fidedignidade: - Independente de quem o aplique, o instrumento deve apresentar


sempre resultados confiáveis e coerentes. Respostas contraditórias serão
desconsideradas/descartadas
20

1. Objetividade / não Tendenciosidade: Possuir o mesmo nº de opções de respostas


positivas e negativas.
Ex: de questões técnicas
( ) muito bom ( ) muito importante ( ) concordo totalmente
( ) bom ( ) importante ( ) tendo mais a concordar
( ) ruim ( ) pouco importante ( ) tendo mais a discordar
( ) muito ruim ( ) nada importante ( ) discordo totalmente
( ) não sei

Ex. de questões tendenciosas:


( ) bom ( ) muito bom ( ) ótimo
( ) razoável ( ) bom ( ) muito bom
( ) ruim ( ) regular ( ) bom
( ) muito ruim ( ) ruim ( ) razoável
( ) péssimo ( ) muito ruim ( ) ruim

2.3.2.4 O gerenciamento da coleta

O sucesso na obtenção de respostas de questionários, bem como agilização da


pesquisa, depende de alguns cuidados importantes:
2. enviar envelope endereçado e selado para resposta; ou e-mail;
3. apresentar instruções para preenchimento;
4. enviar carta /e-mail de agradecimento e explicação dos objetivos da pesquisa;
5. organizar os instrumentos de modo a permitir fácil processamento (= codificação)

2.3.2.5 Escolha dos Instrumentos

• Os três instrumentos são adequados para coleta de dados, entretanto, ambos tem
vantagens e desvantagens.
• Recomenda-se o uso de mais de uma instrumentos, se possível as três, para compensar
as desvantagens de cada instrumento.
21

3 O MÉTODO DO ARCO

Unidade 3 do Programa da Disciplina Metodologia do Trabalho Cientifico e Profissional na ESGT: Introdução


às práticas profissionais, Método do Arco - Observação da Realidade, Pontos-Chave, Teorização, Hipóteses de
Solução, Aplicação à Realidade

Por prof°. Pablo Bielschowsky

3.1 FUNDAMENTOS E OBJETIVOS DO MÉTODO DO ARCO

As disciplinas de Práticas Profissionais irão utilizar estudos de caso, por meio de


uma adaptação do Método da Problematização, que se fundamenta no materialismo dialético.
Para esta corrente filosófica, o ponto de partida do processo de aprendizado é a
realidade, o concreto tal como se apresenta imediatamente à consciência.
A partir da realidade, por meio da análise, se realizam abstrações cada vez mais
tênues, que volatilizam esta representação do todo em determinações (categorias) cada vez
mais simples e gerais, que são o pressuposto lógico para as determinações (categorias) mais
complexas.
Uma vez atingidas as determinações gerais da realidade, através da síntese das
categorias mais simples em direção as categorias mais complexas, o concreto é reproduzido
como síntese de múltiplas determinações, concreto pensado, totalidade de determinações e
relações diversas. Deste modo, o processo de analise-síntese permite a apropriação do
concreto como concreto pensado.
No Método da Problematização, o processo de ensino-aprendizagem se inicia com a
ação na realidade que fornece o concreto à consciência, por meio da reflexão (análise-síntese)
a realidade é reconstruída como concreto pensado, por fim este conhecimento crítico da
realidade orienta as ações transformadoras sobre a realidade mesma.

AÇÃO

Teoria

REFLEXÃO

Prática

AÇÃO
22

As disciplinas de Práticas Profissionais buscam formar o aluno para o mundo do


trabalho, ao deslocarem o foco do processo de ensino-aprendizagem do professor para o
aluno, tendo em vista a construção ativa do conhecimento pelo discente.
A formação do mundo do trabalho exige também a integração dos saberes das
disciplinas do curso. Para tanto, os estudos de caso irão integrar horizontalmente os saberes
construídos pelas disciplinas de cada período, e irão evoluir de atividades mais simples até
atividades mais complexas integrando verticalmente os saberes das disciplinas ao longo do
curso.

As disciplinas de Práticas Profissionais buscam também formar o aluno para a


cidadania, por meio de uma educação libertadora. Através da aplicação à realidade, o
processo de ensino-aprendizagem se torna adequado à teleologia que caracteriza o ser da
consciência, ao colocar como finalidade do processo de aprendizado a transformação da
realidade na qual os estudantes se inserem. Ademais, ao desenvolverem o pensamento crítico
por meio da práxis transformadora, estas disciplinam buscam evidenciar o caráter
eminentemente social dos processos de transformação da realidade, contribuindo assim para o
desenvolvimento do aluno enquanto ser social que age na construção de uma sociedade mais
humana.

3.2 ETAPAS DO MÉTODO DO ARCO

Cada turma será dividida em grupos, que devem ser modificados ao fim de cada
módulo. Cada grupo será formado por 6-12 alunos. Cada turma será orientada por um
professor-tutor, que deve cumprir o papel de facilitador do processo de aprendizagem.
23

As disciplinas de Práticas Profissionais irão utilizar uma adaptação do Método do


Arco, de Charles Maguerez.

Arco de Maguerez

O processo de construção do conhecimento, fundamentado no Arco de Maguerez,


será realizado em cinco etapas:
1. Observação da realidade: a partir do tema abordado, os alunos partem da observação
da realidade, discutida pelo grupo junto com o professor, buscando identificar
dificuldades que serão problematizadas.
• Material de Apoio
o Estudo de Caso fornecido pelo professor
o Guia de Seleção de Leitura (apêndice A)
o Guia de Redação de um Estudos de Caso (apêndice I)
o Guia de Apoio as Observações (apêndice D).
o Capítulo 2.2.
• Atividades
o Análise do Estudo de Caso orientada pelo professor;
24

o Atividades de campo, simulação, e/ou vivência orientado pelo


professor;
o Registro das observações;
o Definição do problema;
• Produto para avaliação
o Relatório de registro das observações.
2. Pontos Chave: Por meio da analise crítica, os alunos buscam formular e hierarquizar
as diversas causas para a existência do problema. A partir desta hierarquia, os alunos
definem os pontos chave que deverão ser estudados sobre o problema.
• Material de Apoio
o Capítulo 2.2.
o Guia de Apresentação Escrita de Trabalhos Científicos (apêndice F).
• Atividades
o Definição das Hipóteses Provisórias
o Definição dos pontos chave: definição dos objetivos de aprendizagem que
irão orientar a seleção de leitura.
• Produto
o Redação preliminar dos seguintes itens da introdução (cap.1) do artigo/
Trabalho do Curso do grupo: Definição do problema (1.1), Hipóteses
(1.2), Objetivos (1.3), e Justificativa (1.4).
3. Teorização: os alunos se organizam tecnicamente para buscar, através de pesquisa,
uma solução para o problema, dentro de cada ponto chave previamente definido. Os
alunos se fundamentam teoricamente, por meio de pesquisa em bibliotecas, revistas
científicas, etc.
• Material de Apoio
o Guia de Seleção da leitura (apêndice A);
o Guia de Elaboração de Resumos (apêndice B);
o Guia de registro de Referências (apêndice C).
o Guia de Apresentação Escrita de Trabalhos Científicos (apêndice F).
• Atividades
o Seleção de livros e artigos de periódicos.
o Elaboração de resumos individuais dos artigos selecionados.
o Redação do referencial teórico do artigo/ Trabalho do Curso do grupo.
25

• Produtos
o Resumos individuais dos livros/artigos selecionados.
o Referencial Teórico (cap.2) do artigo/ Trabalho do Curso.
4. Hipóteses de Solução: a partir do conhecimento adquirido, os alunos formulam
hipóteses para solucionar o problema.
• Material de Apoio
o Capítulo 2.3.
o Guia de Elaboração de Questionários (apêndice E);
o Guia de Apresentação Escrita de Trabalhos Científicos (apêndice F);
o Guia de Registro de Citações, Notas de Rodapé e Formatação (apêndice
G);
o Guia de Redação Científica (apêndice H);
o Guia de Apresentação de Artigos/ Trabalhos À Banca Examinadora
(apêndice J)
• Atividades
o Definição dos métodos de estudo e do método de coleta de dados.
o Coleta de dados
o Redação Final do artigo/ Trabalho do Curso do grupo contendo:
Elementos Pré-textuais, Elementos textuais (Introdução, Referencial
Teórico, Resultados, Conclusão), e Elementos Pós-Textuais.
o Submissão do artigo/ Trabalho do Curso á Banca Examinadora.
• Produtos
o Artigo/ Trabalho do Curso completo do grupo
o Apresentação do artigo/ Trabalho do Curso.
5. Aplicação à Realidade: os alunos buscam aplicar a solução proposta à realidade.
• Entrega dos artigos/ Trabalho do Curso à empresa que foi objeto do estudo de
caso;
• Construção de um banco de casos;
• Publicação dos melhores artigos no Portal da Escola Superior de Gestão e
Tecnologia.
26

REFERÊNCIAS
APPOLINÁRIO, Fabio. Dicionário de metodologia científica: um guia para a produção do
conhecimento científico. Atlas, 2007.

BARROS, A.J.P. et al. Fundamentos de Metodologia, um guia para a iniciação científica.


São Paulo: Mc Graw-Hill, 1986.

BERBEL, N.A.N.. Metodologia da problematização: fundamentos e aplicações. Londrina:


Eduel, 2006.

______________. A problematização e a aprendizagem baseada em problemas: diferentes


termos ou diferentes caminhos? Interface – comunicação, saúde e educação, Londrina: v2,
n2, p. 139-154, fev. 1998.

CERVO, A.L.; SILVA, R; BERVIAN, P.A. Metodologia científica. 6 ed. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2007.

ECO, U. Como se faz uma tese. 17 ed. São Paulo: Perspectiva, 2000.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2002.

LAKATOS, E.M.; MARCONI, M.A. Fundamentos de metodologia científica. 6 ed. São


Paulo: Atlas, 2005.

LAKATOS, E. M. & MARCONI, M.A. Metodologia científica. 2. ed. São Paulo: Atlas,
1991.

LIMA, M.C. Monografia, a engenharia da produção acadêmica. São Paulo: Saraiva, 2004.

MARX, K. Para a crítica da economia política. São Paulo: Abril Cultural, 1982.

O`CONNOR, Joseph, SEYMOUR, John. Introdução à programação neurolinguística:


como entender e influenciar pessoas. São Paulo: Summus, 1995.

RUDIO, F.V. Introdução ao projeto de pesquisa científica. 24 ed. Petrópolis: Vozes, 1986.

PACHECO, Marcelo. Reforma Curricular. UCB: documento interno, 2008.

POPPER, Karl R. Conjunturas e refutações. Brasília: Universidade de Brasília, 1972.

SILVA, Antomar M. Gestão estratégia de negócios: pensamentos e reflexões. Rio de


Janeiro: Grifo Enterprises, 1997.

VERGARA, S.C. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 8 ed. São Paulo:


Atlas, 2007.

.
27

ANEXO A PROGRAMA DA DISCIPLINA METODOLOGIA DO TRABALHO


CIENTÍFICO E PROFISSIONAL NA ESCOLA SUPERIOR DE GESTÃO E
TECNOLOGIA

Ementa
A ciência e o conhecimento humano, suas bases históricas, cientificas e profissionais. O
método científico e sua aplicabilidade nas práticas Profissionais.

Objetivos
Capacitar o aluno para reconhecer e utilizar os mecanismos de investigação dentro do
pensamento científico e profissional.

Programa

Unidade 1 – Ciência e Conhecimento


1.1 - A importância do conhecer
1.2 - O objeto da ciência
1.3 - O desenvolvimento histórico do conhecimento cientifico
1.4 - A ciência e a atividade profissional
Unidade 2 - O Método Cientifico
2.1 - Métodos de estudo
2.2 - Objeto de pesquisa
2.3 - Metodologia: o modelo de estudo, universo e amostra, coleta de dados, análise
e discussão dos resultados.
2.4 - Filosofia da Ciência.
Unidade 3 – Introdução às práticas profissionais: Método do Arco
3.1 - Observação da Realidade
3.2 - Pontos-Chave
3.3 - Teorização
3.4 - Hipóteses de Solução
3.5 - Aplicação à Realidade

Bibliografia Básica
BERBEL, N.A.N.; Metodologia da problematização: fundamentos e aplicações. Londrina:
Eduel, 2006.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2002.
VERGARA, S.C. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 8 ed.
São Paulo: Atlas, 2007.

Bibliografia Complementar
CERVO, A. L.; SILVA, R.; BERVIAN, P.A. Metodologia científica. 6 ed. São
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
ECO, U. Como se faz uma tese. 17 ed. São Paulo: Perspectiva, 2000.
LAKATOS, E.M.; MARCONI, M.A. Fundamentos de metodologia
científica. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2005.
NETO, João Augusto Mattar. Metodologia científica na era da informática.
São Paulo: Saraiva, 2005.
MINAYO, M., Cecília de Souza. Pesquisa social: teoria, método e
criatividade. Rio de Janeiro: Vozes, 1992.
28
29

APÊNDICES
30

APÊNDICE A GUIA DE SELEÇÃO DA LEITURA


Por Prof°. Pablo Bielschowsky

Os principais formatos dos textos acadêmicos são:


• Livros de leitura corrente: livros técnicos expondo o resultado de uma pesquisa.
• Obras de referência: dicionários temáticos e manuais. Apresentam resumidamente o
conhecimento consolidado em uma área de pesquisa.
• Periódicos: revistas acadêmicas que publicam artigos expondo o resultado de
pesquisas.
• Teses de doutorado e dissertações de mestrado: apresentam o resultado de uma
pesquisa realizada na pós-graduação.

Para selecionar adequadamente os textos que irá ler, o estudante deve estar atento
para alguns requisitos:
• O texto deve ser adequado ao seu tema de estudo;
• O texto deve ser de um autor consagrado;
• O texto deve ser recente.
A seleção de um livro para leitura ocorre em uma livraria ou biblioteca. Para
selecionar um livro de leitura corrente ou obra de referencia que seja adequado ao seu tema,
relevante academicamente e recente, devem ser adotadas algumas medidas:
• Analisar a capa, a orelha, o prefácio e a contracapa do livro, porque estas partes
geralmente fornecem informações, tais como:
o A importância acadêmica do autor.
o O conteúdo do livro: permite identificar se o livro é adequado ao tema da
pesquisa.
o A data de publicação do livro: deve ser dada prioridade aos livros recentes.
o O número de edições: priorizar os livros com muitas edições, pois são mais
difundidos.
o A editora: de preferência a editoras importantes.
• Ler o índice, a introdução e a conclusão do texto, antes de ler o texto inteiro. O
índice indica o esquema estrutural do livro; a introdução e a conclusão fornecem uma
visão geral do conteúdo do livro. Deve-se avaliar se o conteúdo do livro é adequado ao
tema da pesquisa.
31

• Consultar seus professores e colegas sobre textos de autores consagrados


adequados a seu tema de estudo.

A seleção de artigos de periódicos, dissertações e teses foi muito simplificada com a


Internet. Apresenta-se abaixo uma lista de sites de periódicos e bancos de tese Brasileiros.
• Sites de bancos de artigos e teses:
o Scielo: www.scielo.br
o Ibict: http://bdtd.ibict.br/bdtd/
o Periódicos Capes: http://www.periodicos.capes.gov.br/portugues/index.jsp

• Sites técnicos:
o PMI: http://www.pmi.org e http://www.pmirio.org.br
32

Revistas Acadêmicas de Circulação Nacional na Área de Gestão - Classificação Qualis


Título Instituição Site
www.scielo.oces.mctes.pt/scielo.php/script_sci_serial/pid_0872-
Comportamento Organizacional e Gestão 9662/lng_pt/nrm_iso
Ciência da Informação revista.ibict.br/index.php/ciinf
Cadernos EBAPE FGV www.ebape.fgv.br/cadernosebape/asp/dsp_lst_artigos_edicao.asp
organizações rurais e agroindustriais UFLA www.dae.ufla.br/revista/

www.unisinos.br/publicacoes_cientificas/base/index.php?option=com_content&
Base Unisinos task=view&id=60&Itemid=131&menu_ativo=active_menu_sub&marcador=131

Gestão e Produção UFSCAR www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=0104-530X&lng=en&nrm=iso/


Informação & Sociedade. Estudos UFPB www.ies.ufpb.br/ojs2/index.php/ies
Novos Estudos Cebrap CEBRAP novosestudos.uol.com.br/
Organizações & Sociedade www.revistaoes.ufba.br/index.php
Pesquisa e Planejamento Econômico IPEA ppe.ipea.gov.br/index.php/ppe/index
Pesquisa Operacional SBPO www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=0101-7438&lng=en&nrm=iso
A
Produção ABEPRO www.scielo.br/scielo.php?script=sci_issues&pid=0103-6513&lng=pt&nrm=iso
Revista de Administração Contemporânea ANPAD anpad.org.br/periodicos/content/frame_base.php?revista=1
Revista de Administração de Empresas eletron. FGV www.fgv.br/raeeletronica/
Revista de Administração de Empresas FGV www.rae.com.br/rae/index.cfm
Revista Brasileira de Administração Pública FGV www.ebape.fgv.br/academico/asp/dsp_rap_sobre.asp
Revista de Administração USP www.rausp.usp.br/
REAd. Revista Eletrônica de Administração UFRGS www.read.ea.ufrgs.br/
Revista Brasileira de Finanças SBF virtualbib.fgv.br/ojs/index.php/rbfin/index
pepsic.bvs-psi.org.br/scielo.php/script_sci_serial/pid_1679-
Revista Brasileira de Orientação Profissional ABOP 3390/lng_pt/nrm_iso
Revista Contabilidade & Finanças USP www.eac.fea.usp.br/eac/revista/
Revista de Gestão da Tecnologia e Sistemas de
Informação USP www.tecsi.fea.usp.br/revistatecsi/

Revista Árvore www.scielo.br/scielo.php?script=sci_issues&pid=0100-6762&lng=pt&nrm=iso


Revista Brasileira de Inovação FINEP www.finep.gov.br/revista_brasileira_inovacao/revista_ini.asp
Caderno de Pesquisas em Administração USP www.ead.fea.usp.br/cad-pesq/embaixo.htm
Ambiente e Sociedade UNICAMP www.ambienteesociedade.org.br
Faces FUMEC www.fumec.br/revistas/index.php/facesp
Gestão & Planejamento Unifacs www.mestradoadm.unifacs.br/publicacoes.htm
GESTÃO.Org. UFPE www.gestaoorg.dca.ufpe.br/
Informações Econômicas. IEA www.iea.sp.gov.br/out/publicacoes/ie.php
Produto & Produção UFRGS www.seer.ufrgs.br/index.php/ProdutoProducao
B Revista de Administração e Inovação www.revista-rai.inf.br/ojs-2.1.1/index.php/rai/index
Revista de Gestão USP www.regeusp.com.br/
Revista Brasileira de Gestão de Negócios FECAP 200.169.97.103/seer/index.php/RBGN/index
Revista de Ciências da Administração UFSC www.cad.ufsc.br/
Revista de Negócios FURB proxy.furb.br/ojs/index.php/rn/index
www.scielo.oces.mctes.pt/scielo.php/script_sci_serial/pid_1645-
Revista Portuguesa e Brasileira de Gestão INDEG/FGV 4464/lng_pt/nrm_iso
Revista Psicologia. Organizações e Trabalhos UFSC www.periodicos.ufsc.br/index.php/rpot/index
Revista Universo Contábil FURB proxy.furb.br/ojs/index.php/universocontabil
Custos e @gronegócio Online www.custoseagronegocioonline.com.br/principal.html
Economia e Gestão PUC-Minas www.iceg.pucminas.br/espaco/revista/index_n.asp
Em Questão UFRGS www.seer.ufrgs.br/index.php/EmQuestao
Ensaios FEE FEE revistas.fee.tche.br/index.php/ensaios/index
Pensar Contábil CRC-RJ www.crc.org.br/revista/revista_pensar_contabil.asp
C
Pesquisa & Debate PUC-SP www.pucsp.br/pos/ecopol/internas/rev_pesq_debate/index.html
Revista Brasileira de Ciências Ambientais Unilasalle www1.unilasalle.edu.br/rbca/index.php?i=1&p=sobre
Revista Contemporânea de Contabilidade UFSC www.periodicos.ufsc.br/index.php/contabilidade/index
Revista de Administração da FEAD-Minas FEAD www2.fead.br/revista/index.php/123/index
UnB Contábil UNB www.unbcontabil.com/revista/index.php/contabil/index
33

APÊNDICE B GUIA DE ELABORAÇÃO DE RESUMOS

Por prof°. João Irineu Wittmann

1) Roteiro para análise de texto

A análise de um texto acadêmico deve ser realizada de acordo com uma série de
etapas:
I ANÁLISE TEXTUAL - Após uma leitura global, colocar pontos de interrogação nas
palavras, cujo sentido tem de ser esclarecido (utilize um dicionário).
II ANÁLISE TEMÁTICA - Trata da determinação do tema/problema e das idéias
principais e secundárias para evidenciar a estrutura lógica do texto e a seqüência das
idéias.
a) Após a segunda leitura:
o Sublinhar com um traço as idéias principais
o Sublinhar com dois traços as palavras-chaves
o Fazer um traço na vertical, à margem do texto, para destacar as idéias centrais
repetidas.
b) Faça um ESQUEMA do assunto, visando a compreensão da mensagem do
autor.
III ANÁLISE INTERPRETATIVA - Implica na correlação das idéias do autor com
outros sobre o mesmo tema, verificando-se a coerência interna, validade, profundidade
e originalidade dos argumentos apresentados.
a) Faça um RESUMO, visando a interpretação e críticas da mensagem do autor.
b) Identifique o tema central (as idéias principais).
IV PROBLEMATIZAÇÃO: É a discussão das questões explícitas ou implícitas no
texto.
a) Os argumentos têm coerência e validade, indo do particular ao geral? (anote
a seqüência das principais idéias).
b) Levante novas questões sobre o assunto.
34

2) Tipos de Resumo

A NBR 6028/90 da ABNT define o resumo como “apresentação concisa dos pontos
relevantes de um texto”. Indica quatro tipos:
a) Resumo Indicativo (ou Descritivo): apresenta apenas os pontos principais do texto,
não oferecendo dados qualitativos, quantitativos etc. É perfeitamente adequado à
literatura de prospectos (catálogo de editoras e livrarias etc).
b) Resumo Informativo (ou Analítico): informa de forma suficiente ao leitor, para que
este possa decidir sobre a conveniência da leitura do texto inteiro. Expõe
finalidades, metodologia, resultados e conclusões. (É o mais solicitado nos cursos
de graduação. Não são permitidas as opiniões pessoais do autor do resumo).
c) Resumo Informativo/Indicativo: Combinação dos dois tipos citados anteriormente.
d) Resumo Crítico (também chamado recensão ou Resenha): Redigido por
especialistas com análise interpretativa de um documento. (Permite opiniões e
comentários, inclui julgamentos de valor, tais como comparações com outras da
mesma área do conhecimento, a relevância da obra em relação às outras do mesmo
gênero etc)
35

APÊNDICE C GUIA DE REGISTRO DE REFERÊNCIAS

Por Prof° Pablo Bielschowsky


Prof° João Irineu Wittmann

As referências devem ser escritas de acordo com as regras da ABNT. Entretanto,


algumas observações devem ser feitas acerca das referências:
• O padrão adotado nos títulos (itálico, negrito ou sublinhado) deve ser mesmo em
todas as referências.
• Os autores devem ser listados em ordem alfabética ou numérica.
• Usar espaço simples na referência e duplo entre as referências
Apresenta-se abaixo uma lista com as regras para os principais tipos de texto
utilizados como referência:

1.2.5.1 Livro - autor pessoa física.

ULTIMO NOME (CAIXA ALTA), prenome. Título (itálico, negrito ou sublinhado):


subtítulo (se houver). Número da edição (a partir da segunda). Local da publicação: editora,
ano de publicação.

Um autor:
BIENFAIT, M. Fisiologia da terapia manual. São Paulo: Summus, 1989.

Dois autores:
GIOVANNA, EL.; SCHIOWITZ, S. An osteopathic approach to diagnoses and
treatment. 2.ed. Philadelphia: Lippincott-Raven, 1997.

Três autores:
FERRAZ, J.C.; KUPFER, D.; HAGUENAUER, L. Made in Brazil: Desafios
competitivos para a indústria. Rio de Janeiro: Campus, 1997.

Mais de três autores:


COLL, C. et al. Construtivismo em sala de aula. 5ª ed. São Paulo: Ática, 1998.
36

Com tradução:
LAVILLE, C.; DIONNE, J. A Construção do saber. Tradução por Heloisa Monteiro
e Francisco Settineri. Porto Alegre: Artes Médicas; Belo Horizonte: Editora da
UFMG, 1999.340 p. Título original: La Construcion des savoirs.

1.2.5.2 Livro - autor entidade


NOME DA ENTIDADE (CAIXA ALTA). Título (itálico, negrito ou sublinhado): subtítulo
(se houver). Edição (a partir da segunda). Local da publicação: editora, ano da publicação.

INSTITUTO DE ESTUDOS PARA O DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL. A


política de desenvolvimento produtivo. São Paulo: IEDI, 2008.

1.2.5.3 Capítulo de livro

ULTIMO NOME DO AUTOR (CAIXA ALTA), prenome do autor. Título do artigo. In:
ULTIMO NOME DO ORGANIZADOR (CAIXA ALTA), prenome do organizador. Título
do livro (itálico, negrito ou sublinhado). Edição (a partir da segunda). Local da publicação:
editora, ano da publicação. Página inicial e final do capítulo.

ARRAES, A. Patologia femoropatelar. In: CAMANHO, G. Luis. Patologia do joelho.


São Paulo: Sarvier, 1996. p. 234 – 273.

1.2.5.4 Dissertações de mestrado e teses de doutorado

ULTIMO NOME (CAIXA ALTA), prenome. Título (itálico, negrito ou sublinhado):


subtítulo (se houver). Dissertação/tese (Área de concentração). Local da publicação:
instituição, ano.

MESSIAS, J A. O ambiente de trabalho e sintomas de um grupo de


fisioterapeutas da cidade de São Paulo. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública).
São Paulo: Universidade Estadual de São Paulo, UNESP, 1999.
37

1.2.5.5 Publicações em Periódicos

• Artigos de revista:
ULTIMO NOME (CAIXA ALTA), Prenome. Título do artigo. Título da publicação
(itálico, negrito ou sublinhado), local da publicação, volume, fascículo ou número, pagina
inicial e final, data ou intervalo da publicação.

MEDEIROS, M. Wronski; BRAZ, M.Medeiros; BRONGHOLI, Karina. Efeitos da


fisioterapia no aprimoramento da vida sexual feminina. Fisioterapia Brasil, Rio de
Janeiro, v.5, n.3, p.188-193, maio/jun. 2004.

• Artigo de Jornal:

ULTIMO NOME (CAIXA ALTA), Prenome. Título do artigo. Título do jornal (itálico,
negrito ou sublinhado), local da publicação, dia, mês e ano. Número ou titulo do caderno,
seção ou suplemento, página inicial e final.

BARCELOS, P. Fronteiras cruzadas. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 25 jun. 2005.


Idéias, p.6.

1.2.5.6 Documentos da Internet

• Sem Autor:
TÍTULO (1ª palavra em caixa alta). Disponível em <endereço>. Acesso em: data de
acesso.

LITERATURA técnica de instabilidade glenoumeral. Disponível em:


<bristol.com.br/saude/lerdort/fased/1259htm>. Acesso em: 18 out. 2003.

• Com autor:
ULTIMO NOME (CAIXA ALTA), Prenome. Título. Disponível em <endereço>. Acesso
em: data de acesso.
38

NANCI, D M. Luxação do ombro. Disponível em:


<wgate.com.br/conteudo/medicinalsaude/fisioterapia/traumato/luxaçao ombro.htm>.
Acesso em: 18 out. 2003.

1.2.5.7 Referências legislativas

• Constituição:
PAÍS, ESTADO OU MUNICÍPIO (CAIXA ALTA). Constituição (data de promulgação).
Título (itálico, negrito ou subscrito). Local de publicação: editora, ano de publicação.

• Leis e decretos:
PAÍS, ESTADO OU MUNICÍPIO (CAIXA ALTA). Lei ou decreto número, data (dia,
mês e ano). Ementa. Dados da publicação.

1.2.5.8 Outras Situações

Quando faltam elementos na obra referenciada, deve-se colocar:


- [s.d] sem data - [1998?] para data provável
- [s.l] sem local - [c.1962] data aproximada
- [s.ed] sem editora - [198- ] para década certa
- [s.l.: s.ed.] sem local e sem editora - [17 -- ] para século certo
- [s.nº] sem número - [17--?] para século provável.
- [s.n.t.] sem notas tipográficas (local, editora, ano)
39

APÊNDICE D GUIA DE APOIO A OBSERVAÇÃO


Por profª. Vilma Tupinambá

A Observação é uma técnica de coleta de dados utilizada na obtenção de informações


e que utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade. Não consiste
apenas em ver e ouvir, mas também em examinar fatos ou ferramentas que se deseja estudar.
Segundo o dicionário Observar pode ser entendida como “estudar, examinar, olhar
com atenção, pesquisar minuciosamente”.
Para tanto precisamos assumir uma atitude inicial de “não-saber”, onde e com a
ajuda de nossos sentidos examinar com atenção, minuciosamente o cenário objeto de
observação. Como um investigador criminal frente a uma cena do crime, perceber ou
apreender as informações disponíveis. Buscando investigar a “realidade concreta”, diante de
problemas que enfrentamos na prática.
Julgamentos muito precoces podem nos levar a desconsiderar dados importantes. A
criação de uma atitude de observação consciente passa por um treino da atenção de forma a
poder aprofundar a capacidade de selecionar informações pertinentes através dos órgãos
sensoriais. Saber observar, implica ainda confrontar indícios com a experiência anterior para
os poder interpretar .
Assim sendo, para qualquer pesquisador, Observar requer:
• Saber identificar indícios.
• Possuir uma experiência anterior adequada, tanto técnica quanto metodológica.
• Ter capacidade para comparar o que observa com o que constitui o seu
conhecimento/ experiência anterior e a partir daí poder tirar conclusões pertinentes.
A cada projeto de Observação, o pesquisador precisa planejar a estratégia de
observação. Partindo dos objetivos da pesquisa; ou seja, o que se quer saber, elabora um plano
de observação. Esse plano de observação implica em responder questões como: Observar o
quê? Que técnica de observação escolher? Quais instrumentos utilizar para registrar as
observações. Como registrar as observações? Um bom planejamento da observação, permitirá
uma maior facilidade no tratamento e análise dos dados levantados.
A Observação ajuda o pesquisador a identificar e a obter provas. Na investigação
científica são empregadas várias modalidades de observação, que variam de acordo com as
circunstâncias e possibilidades.
As Observações que realizaremos são classificadas por estruturadas. As Observações
estruturadas são a que se realizam em condições controladas para se responder a propósitos,
40

que foram anteriormente definidos. Requer planejamento e necessita de operações


específicas para o seu desenvolvimento. Esteja preparado para o registro de fenômenos que
surjam durante a observação, que não eram esperados no seu planejamento.

Como apoio podemos utilizar o método 5W2H que é um tipo de “checklist” . Os 5W


correspondem às seguintes palavras do inglês: What (o que); Who (quem); Where (onde);
When (quando) e Why (por que). Os 2H são: How (como) e How Much (quanto custa).
41

APENDICE E GUIA DE ELABORAÇÃO DE QUESTIONÁRIOS


Por prof°. João Irineu Wittmann

1 – Perguntas abertas ou livres


• Qual o impacto do controle da inflação sobre o setor financeiro brasileiro a curto
prazo?
• Em que termos é possível explicar a política externa adotada pelo setor
automobilístico brasileiro após a abertura de mercado?
2 – Perguntas fechadas: (dicotômicas, limitadas ou alternativas fixas).

2.1 – Fechadas de natureza dicotômicas.


• Você é a favor ou contra da nova Lei Seca?
( ) a favor ( ) contra
• Em sua opinião, o Banco Central continuará ou não manter sob controle a inflação
brasileira?
( ) Conseguirá ( ) não conseguirá
2.2 – Perguntas mostruário (lista de prováveis respostas)
(apresenta facilidade de tabulação, mas também alguma indução de respostas).
• Qual o fator determinante na elevação da taxa de desemprego no setor industrial
paulista?
( ) a implantação de processo de reengenharia em grande parte das empresas deste
segmento;
( ) a adoção de uma política de terceirização;
( ) o expressivo investimento em tecnologia;
( ) a necessidade de reduzir custos para ampliar competitividade no setor;
( ) a imposição da crise energética.
2.3 – Perguntas de estimulação (ou de avaliação)
• Como você analisa os resultados do trabalho realizado pelos estagiários na empresa?
( ) muito bom ( ) bom ( ) ruim ( ) muito ruim
• Em sua opinião, qual será o peso ideal dos conteúdos que privilegiem as dimensões
práticas e teóricas em um programa de graduação em Administração?
( ) 25% prática e 75% teórica
( ) 50% prática e 50% teórica
( ) 75% prática e 25% teórica
42

3 – Perguntas semi-abertas (compensar efeitos indesejados de perguntas abertas ou fechadas)


• Qual a maior contribuição que o TCC pode representar para a sua formação
acadêmica?
( ) superar deficiências de cunho teórico, acumuladas no curso, em determinadas
disciplinas;
( ) Desenvolver conhecimentos, habilidades e atitudes de pesquisador;
( ) ampliar e aprofundar conhecimento na área em que tenho interesse de atuar
profissionalmente;
( ) Ter visão de conjunto das diferentes áreas de conhecimento estudadas na
graduação de ADM.
( ) Outra alternativa. Qual?
........................................................................................................

4 – Perguntas, segundo seu objetivo.

4.1 – Questões de fato; (dados sobre o respondente: Faixa etária, sexo, endereço, profissão,
faixa salarial) (Ter cuidados para não ferir suscetibilidades).
4.2 – Questões de ação; (identificar atitudes, decisões, opções, ações do respondente):
• Qual o perfil dos profissionais que recrutou nos últimos 12 meses?
( ) Especialistas com visão sistêmica
( ) Profissionais polivalentes
( ) Profissionais experientes e atualizados
( ) Profissionais com elevada capacidade de trabalhar em equipe
( ) Profissionais com expressiva experiência internacional.
4.3 – Questões de intenção; (conhecer as posturas do individuo em certas circunstancias).
• Tendo em vista viabilizar projeto de criação de um novo negócio, para isso pretende:
(pode-se indicar mais de uma alternativa).
( ) Especializar-se na área em que deseja investir;
( ) Acumular alguma experiência profissional na área envolvida pelo negócio
pretendido;
( ) Identificar agências de financiamento capazes de investir no negócio pretendido;
( ) Identificar um sócio confiável para dividir o sonho de criar um negócio próprio;
( ) Elaborar previamente um plano de viabilidade econômico-financeira do negócio.
43

4.4 – Questões de opinião. (conhecer valores, impressões, visões e experiências do


respondente).
• Na sua opinião, quais dos atributos refletem melhor a imagem da montadora de
veículos X ? (pode-se assinalar mais de uma opção)

( ) Tradição ( ) Modernidade ( ) Confiabilidade ( ) Segurança ( ) Sofisticação

4.5 – Questões-índice ou teste (obter informações de modo indireto para não suscitar reações
negativas no respondente)
44

APÊNDICE F GUIA DE APRESENTAÇÃO ESCRITA DE TRABALHOS


CIENTÍFICOS
Por prof°. Pablo Bielschowsky

Os textos científicos possuem uma estrutura particular, destinada a facilitar sua


leitura e assimilação. A originalidade deve estar no conteúdo do artigo/ Trabalho de Curso, e
não em sua forma. Os artigos/ Trabalho de Curso redigidos na Escola Superior de Gestão e
Tecnologia devem possuir a seguinte estrutura:
• Elementos Pré-textuais (preliminares)
o Capa
o Folha de rosto
o Resumo
o Sumário.
• Elementos Textuais (corpo do trabalho)
1. Introdução
1.1 Definição do problema
1.2 Hipótese
1.3 Objetivos
1.3.1 Objetivo Geral
1.3.2 Objetivos Específicos
1.4 Justificativa
1.5 Metodologia
2. Referencial Teórico
3. Resultados
4. Conclusão
• Elementos Pós-textuais
o Anexos (quando houver)
o Referências (obrigatório)
o Contra Capa (folha em branco – obrigatório)

I - Elementos pré-textuais

São apresentados abaixo os formatos da capa, folha de rosto, resumo e sumário.


Substitua as partes em vermelho pelos dados corretos. Elimine as partes em azul.
45

3 cm

UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO


ESCOLA SUPERIORDE GESTÃO E TECNOLOGIA
CURSO DE XXXXXXX–....° Período
Nome da Disciplina

CAPA = Em Fonte 14
3 cm 2 cm

TÍTULO

Nome do aluno(s)
Rio de Janeiro, mar. 2009
46

2 cm
NOME DO ALUNO
Aluno(a) do Curso de XXXXX da UCB

FOLHA DE ROSTO: em fonte 12

TÍTULO

Resumo/trabalho/artigo apresentado como


requisito parcial para aprovação em
A1/A2/A3/A4 na disciplina de nome da
disciplina da UCB, sob a orientação do (a)
Prof. Nome do Professor.

Rio de Janeiro, mar. 2009


47

RESUMO

ULTIMO NOME, prenome do autor.


Título do artigo.

O resumo é um parágrafo de, no máximo, 250 palavras. Apresenta de forma concisa


o problema, o modelo de estudo, o método de coleta de dados, o objetivo final, os resultados e
as conclusões.
48

SUMÁRIO

Índice analítico indica os capítulos, itens, subitens... dos elementos pré-textuais e as


respectivas páginas iniciais. Exemplo:
1 INTRODUÇÃO 03
1.1 PROBLEMA 03
1.2 HIPÓTESE 04
49

II - Elementos textuais

Os elementos textuais dos artigos devem ocupar cerca de 10 páginas. Destas, a


introdução deve ocupar cerca de duas páginas, o desenvolvimento sete páginas e a conclusão
uma página. Quantos aos trabalhos de final do curso e, especificamente os do tipo
monográfico esse quantitativo se eleva, considerável e naturalmente. Sobretudo, considerando
que a maioria dos artigos são decorrentes dos trabalhos de conclusão de curso.

1. INTRODUÇÃO

Devem estar claramente indicados na introdução o problema, a hipótese, os


principais autores utilizados para a formulação da hipótese, os procedimentos técnicos
utilizados para comprovar a hipótese e as principais contribuições e os resultados da pesquisa.
A introdução deve ser breve o suficiente para que o leitor tenha uma visão de conjunto do
trabalho a ser desenvolvido.

1.1 A DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

A definição do problema deve constar de duas partes: a contextualização do


problema e o problema propriamente dito.
Na contextualização do problema o autor deve apresentar as informações básicas
necessárias para que o leitor compreenda o problema:
• O estagio atual da área de conhecimento que abordará e,
• A situação da empresa em que realizará o estudo de caso.
Após contextualizar o problema, deve-se apresentar o problema propriamente dito,
sob forma de interrogação.

1.3 HIPÓTESE

A hipótese é uma resposta para o problema. Busca explicar o comportamento das


variáveis analisadas a partir de uma teoria pré-existente.
50

1.4 OBJETIVOS

Os objetivos devem ser apresentados sob a forma de tópicos. Deve-se diferenciar o


objetivo geral dos objetivos específicos.

1.4.1 Objetivo Geral

• Indica o objetivo final da pesquisa.

1.4.2 Objetivos Específicos

• Indica os objetivos intermediários necessários para atingir o objetivo final.


• Os objetivos específicos se relacionam diretamente com o problema e a hipótese
adotados.

1.5. JUSTIFICATIVA

Na justificativa, busca-se convencer o leitor de que o problema apresentado é


relevante, em que a hipótese apresentada constitui uma contribuição efetiva à ciência. Para
justificar a escolha do tema, deve ser indicada sua importância para:
• A ciência: evidenciando a importância do texto para o acervo cientifico.
• A sociedade: destacar a importância do texto para a geração de empregos, aumentar o
bem-estar da sociedade etc.
• A empresa: evidenciar a importância do texto para orientar e avaliar ações na empresa,
que é objeto do estudo de caso.
• O crescimento intelectual do autor do artigo: destacar a importância do estudo para o
desenvolvimento profissional do autor.

1.6. METODOLOGIA:

Na metodologia devem estar indicados:


• O Modelo de estudo
• Os instrumentos de coleta de dados
51

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Uma hipótese cientifica na área de gestão é formulada como um caso particular de


uma teoria mais ampla, através do método hipotético-dedutivo de Popper. Na fundamentação
teórica deve ser apresentada a teoria utilizada para formular a hipótese.
A qualidade de uma fundamentação teórica depende da seleção e resumo adequados
dos textos utilizados. No entanto, a fundamentação teórica não é um resumo dos autores
utilizados, mas a ordenação das suas idéias, orientada pela argumentação que sustenta a
hipótese.
Uma das dificuldades na redação da fundamentação teórica é a ordenação dos
diversos autores e teorias utilizados. Busque:
• Expor primeiro os temas gerais e em seguida os temas específicos,
• Começar com autores mais antigos passando em seguida para os autores atuais.
Ao redigir a fundamentação teórica, é fundamental que se indique sempre a fonte de
cada teoria ou informação. Utilizar uma teoria ou dado sem indicar fonte é plagio.

3. ANALISE DOS RESULTADOS

A análise dos resultados deve apresentar os resultados da coleta de dados,


confrontada com a hipótese, evidenciando se contribuem para confirmar ou para refutar a
hipótese.

4. CONCLUSÕES

A conclusão deve fazer sentido para quem não leu o resto do trabalho, ou leu apenas
a introdução. A conclusão não é um resumo, mas uma síntese para a qual converge
logicamente o texto. Desde a introdução à conclusão deve ser enunciada como hipótese de
trabalho, que vai sendo confirmada ou negada ao longo do texto. Devem estar presentes na
conclusão:
• O problema: repetir o problema enunciado na introdução.
• As hipóteses: a conclusão deve apresentar com mais detalhes as hipóteses formuladas
na introdução.
52

• Uma exposição dos principais argumentos utilizados no referencial teórico, em


que forneça uma visão de conjunto dos argumentos teóricos utilizados, evidenciando a
relação entre a base teórica e as hipóteses.
• Os principais resultados da coleta de dados para a confirmação ou refutação da
hipótese. A conclusão não deve apresentar dados novos.
• A importância e as implicações do texto para o acervo cientifico e para a sociedade.
• As limitações da pesquisa realizada e as pesquisas futuras necessárias para resolver
estas limitações.

III - Elementos Pós-Textuais

Os elementos pós-textuais devem seguir a ordem descrita abaixo:


(i) Anexos (se houver): os anexos são documentos, tabelas de dados, apresentados
após o corpo do trabalho para não comprometer a unidade e coesão do texto
principal. Os anexos são opcionais. Antes dos anexos deve ser colocada uma
folha com a palavra:
Anexos.
(ii) Referências (obrigatório): As referências indicam os livros e outras fontes
utilizadas pelo autor, conforme o formato indicado no capítulo 1.2.5 da
apostila.
Lembre-se sempre que todas as obras mencionadas no texto devem ser listadas
nas referências.
(iii) Contra Capa (obrigatório): folha em branco colocada após as referencias.
53

APÊNDICE G GUIA DE REGISTRO DE CITAÇÕES, NOTAS DE RODAPÉ E


FORMATAÇÃO.
Por prof°. Marcio Bomfim
Prof°. João Irineu Wittmann
Prof°. Pablo Bielschowsky

1 Citações.

Citar é transcrever palavras ou repetir idéias de um autor em apoio ao que se afirma.


Em outra acepção, citar é “mencionar ou transcrever uma autoridade ou exemplo”
(AURELIO).
Citar adequadamente auxilia colocar a comunicação dentro de determinada corrente do
pensamento ou linha de pesquisa e para atualizar o assunto em pauta. Em trabalhos em que a
revisão de literatura ou a fundamentação teórica são importantes, as citações adquirem
especial relevância. As citações balizam a discussão e o conforto das idéias e, podem
fundamentar e dar maior consistência ao debate, não apenas com argumentos de autoridade,
mas com idéias demonstradas pelos autores aduzidos que já trataram o tema. Citar não
significa amontoar frases de autores, numa compilação pouco sistematizada. A citação
excessiva cabe apenas em ensaio critico ou em trabalhos de alta especialização. Cita-se
quando as palavras ou idéias de um autor podem significar um elo útil ou necessário para
prosseguir na exposição do tema e no aprofundamento da questão em estudo.
As citações podem ser diretas, indiretas ou citação de citação. Cada tipo de citação
exige uma caracterização diferente:

TÉCNICAS DE CITAÇÕES - NBR 10520 / ago. 2002 - Sistema autor-data


Tipos Conceituação Técnicas

Diretas Transcrição textual de • Citações com até 3 linhas são incluídas no texto com uso
ou parte da obra de um autor de aspas.
textuais consultado. • Citações com mais de 3 linhas são apresentadas em
parágrafo próprio, sem aspas.
• Quando forem omitidas palavras, essas são substituídas
por [...].
Indiretas Texto baseado na obra São transcritas no corpo do texto, de maneira corrente, sem
livres, do autor consultado, aspas.
com síntese pessoal.
Citação de Citação direta ou indireta São transcrições, colocando-se o nome do AUTOR da idéia
Citação de um texto em que não transcrita (direta ou indireta) seguido da sigla apud, ano e
se teve acesso ao do AUTOR da obra consultada.
original.
54

Para que as citações não fiquem repetitivas, alternem as formas de introduzi-las,


utilizando expressões como:
fulano diz que... como esclarece fulano.... como adverte fulano...
é desse entendimento.... Fulano entende que... Segundo fulano...
Conforme fulano... de acordo com fulano... é a opinião de fulano....
para fulano... reconhece fulano que... fulano estima que... dispõe o código...

a) Citações Diretas

As citações diretas reproduzem ao pé da letra as palavras de outrem, transcrevendo


com fidelidade, com todas as características materiais e formais, o que o autor já disse.
Devem ser indicados o autor, a data de publicação e a página do trecho citado.
As citações diretas curtas (menos de três linhas): vêm no texto corrido, colocadas entre
aspas duplas, sempre com indicação da fonte. Exemplos:
Salvador (1982, p.206) diz que “não se entende como citação o que serviu apenas
como fonte de inspiração”.
Analisando o problema do conhecimento, diz Bochenski (1961, p.42) “Nossas
possibilidades de conhecimento são muito e até tragicamente pequenas. Sabemos
pouquíssimo e [...] sem grande certeza”.

As citações diretas longas (reprodução de trecho de três ou mais linhas): vêm


destacadas em parágrafo próprio, sem aspas, com margem esquerda de 4 cm, corpo 10 ou 11 e
digitadas em espaço simples (um). Não usam aspas, visto que o próprio parágrafo já é
destaque. O itálico é opcional. Exemplos:
Afirma Salvador (1982, p. 206):

A virtude fundamental do citador é a fidelidade. A probidade intelectual e a


ética profissional exigem com precisão e método todas as fontes da pesquisa,
assim como todas as idéias e sugestões alheias aproveitadas no decorrer do
trabalho. (...) o redator tentará expressar com palavras pessoais todas as
idéias próprias e alheias. Só recorrerá à citação formal (textual) quando esta
é tão concisa na sua expressão e tão evidente na sua argumentação que nada
de melhor se poderia apresentar.

No entendimento de Luckesi (1987, p. 39)


55

Não queremos uma universidade-escola em que se faça tão-somente ensino, onde não exista
efetivamente campo, abertura, infra-estrutura que permita e incentivem a pesquisa. Uma
universidade sem pesquisa não deve, rigorosamente, ser chamada de
universidade.

A fidelidade à citação pede que pequenas modificações realizadas, como cortes ou


acréscimos, sejam indicadas. Os cortes são feitos quando se quer retirar o que não é essencial
na citação; indica-se por [...]. Os acréscimos podem ter função esclarecedora ou adaptadora,
para flexibilizar as palavras de modo a manter as concordâncias. Por exemplo: é nosso dever
“conhecermo-nos a nós mesmos”. (Sabe-se que a frase de Sócrates é “conhece-te a ti
mesmo”).
Já a função esclarecedora objetiva salientar algum detalhe. Coloca-se então (sic)
entre parênteses para salientar erro ou anomalia ou exagero do autor citado; ponto de
exclamação (!) também entre parênteses para enfatizar o detalhe; e o ponto de interrogação (?)
para indicar a dúvida. Se uma citação tem uma parte sublinhada, deve também se indicar
(grifo do autor) ou (o grifo é nosso), conforme o caso.
Citações de versos podem ser reproduzidas como na fonte, em parágrafo especial e
sem necessidade de aspas, ou então, em forma de prosa, entre aspas, no texto corrido,
assinalando o final de cada verso com barra obliqua (/).

b) Citações indiretas

A citação indireta é a paráfrase, isto é, a menção de um autor sem prender-se às


palavras originais, embora destacando a fonte e mantendo a fidelidade ao pensamento do
outro. Nas citações indiretas devem ser indicados o autor e a data de publicação. Exemplo:
Freitag (1977), criticando a sociedade capitalista, vê a educação como estratégia e
instrumento de manutenção das classes dominantes, propiciando a consolidação do
capitalismo no País.
De acordo com Teixeira (2000) a ruptura entre o dinheiro e o ouro modificou
radicalmente as relações econômicas internacionais.

c) Citação de citação

As citações de citações são as citações de um autor que se tem acesso através de


outro autor. Para a indicação da fonte, utiliza-se a expressão latina apud. Exemplo:
56

Para Warren (1995 apud CARVALHO, 2002, p. 14) “O objetivo da função


treinamento é conseguir mudança de comportamento”.

2 Notas de rodapé

Os tipos de citações até aqui explicados são as citações inseridas no texto corrido.
Além disso, existem as notas de rodapé ou ao pé da página, quando se quer remeter a assunto
importante ou a outra parte do trabalho, sem desviar a atenção do texto, ou ainda quando se
deseja lembrar outros autores que tratam do mesmo assunto.
Ao referenciar uma nota de rodapé procure ser mais preciso possível, tomando como
base as indicações já apontadas nas referências bibliográficas. As notas de rodapé devem ser
datilografadas em corpo 10, dentro das margens, ficando separadas do texto por um espaço
em branco e por um filete de 12 toques a partir da margem esquerda. São anotações colocadas
ao pé da pagina com a finalidade de esclarecer ou complementar o texto, sendo indicadas por
números. Exemplo:

1
João Bosco Medeiros. Redação Científica: A prática de fichamentos. resumo e resenhas. São Paulo, Atlas.
1991. p. 41-48.

As notas seguem em numeração própria, estabelecida por capítulos ou seqüenciada


por inteiro no trabalho. Nas notas é muito comum o usa de termos, expressões e abreviaturas
latinas, como por exemplo:
• Apud = citado por, em, extraído de
• Ibidem ou Ibid. = na mesma obra
• Idem ou Id. = do mesmo autor
• Op. cit.(opus citatum, opere citato) = na obra citada
• Loc. cit. (loco citato) = no (lugar citado)
• Et sequ. = seguinte ou que se segue
• Passim = aqui e ali; em vários trechos ou passagens
• Cf. = conferir
O termo “ibidem” só e usado, quando se fizerem varias citações de um mesmo
documento, variando apenas a paginação.
57

3 Formatação

A formatação do artigo deve obedecer algumas regras:


• Papel: A4 (21,0 cm x 29,7 cm) branco, digitado em apenas uma face.
• Fonte Times New Roman, com tamanho 12. Exceto em citação diretas, citação de
citação com mais de três linhas e nas notas de rodapé.
• Espaçamento entre linhas: 1,5 entre linhas. Exceto em citações diretas e citação de
citação com mais de três linhas.
• Margem: Superior: 3 cm,
Inferior: 2 cm,
Esquerda: 3 cm,
Direita: 2 cm.
• Número da página: margem superior direita.
• Títulos das seções:
SEÇÃO PRIMÁRIA (1): CAIXA ALTA COM NEGRITO
SEÇÃO SECUNDÁRIA (1.1): CAIXA ALTA SEM NEGRITO
Seção Terciária (1.1.1): Caixa baixa com negrito.
Seção Quaternária (1.1.1.1): Caixa baixa sem negrito.
Seção quinária (1.1.1.1.1): Caixa baixa com itálico.
58

APÊNDICE H GUIA DE REDAÇÃO CIENTÍFICA

Por prof°. João Irineu Wittmann


Pablo Bielschowsky

A redação de trabalhos científicos deve obedecer alguns princípios:


• O texto deve ser claro, lógico, preciso, fundamentado com argumentos coerentes.
• Cada palavra deve possuir um sentido preciso: evitar expressões como “a
maioria”, “quase-todos”, “alguns”... Use expressões quantitativas precisas como
“75% dos eleitores, 150 eleitores”.
• Utilize corretamente os tempos verbais. Nos artigos e monografia devem ser
utilizados o passado e o presente. Nos projetos de pesquisa deve ser utilizado o
futuro, uma vez que se expressa intenção de pesquisa.
• A redação deve ser despersonalizada: utilizar a terceira pessoa do singular, nunca
a primeira pessoa.
• A redação deve ser sóbria: Não use ironias, não faça piadas ou brincadeiras.
• Use corretamente a pontuação, de modo a tornar o texto compreensível. Não
escreva frases muito longas e parágrafos longos.

Algumas dicas de redação

• Cada frase deve conter apenas uma idéia forte.

• Cada parágrafo deve expressar uma etapa do raciocínio lógico;

• Passagem de um parágrafo para outro representa um avanço na idéia escrita ou


demonstrada.
59

APÊNDICE I GUIA DE REDAÇÃO DE UM ESTUDO DE CASO


Por Profº. Pablo Bielschowsky

Um bom Estudo de Caso deve possuir algumas qualidades:

• Deve abordar situações atuais e relevantes do mundo real

• Deve ter um foco definido, colocando o leitor ante a situação de tomada de


decisões.

• A redação deve ser clara e precisa, especialmente os dados numéricos, e deve ser
o mais breve possível, eliminando os pontos secundários.
• Deve incluir comentários e declarações dos participantes. Quando possível, o
caso deve ser construído com a participação da organização estudada.

• O caso deve respeitar a abordagem 5W2H, apresentada no apêndice D.

I A ESTRUTURA DO TEXTO

1 INTRODUÇÃO
1.1 PROBLEMA
• Deve apresentar o contexto em que a organização se insere.
• Deve focalizar uma situação específica da empresa
1.2 HIPÓTESES
1.3 OBJETIVOS
1.3.1 Geral
1.3.2 específicos
1.4 JUSTIFICATIVA
1.5 METODOLOGIA
• Metodologia de pesquisa:
o Conforme a finalidade: estudos de casos são mais adequados para
pesquisas exploratórias e descritivas.
o Conforme os procedimentos técnicos: combina pesquisa
bibliográfica e Estudo de Caso.
60

• Método de coleta de dados: deve-se utilizar o maior número possível


de instrumentos - entrevistas, questionários, documentos, bibliografia,
observação direta...
2 REFERENCIAL TEÓRICO
3 RESULTADOS
• Contexto do Caso;
• Relato dos eventos;
• Dados relevantes para a decisão em questão.
4 CONCLUSÃO
• Recomendação de ação.
• questões para discussão
REFERÊNCIAS
APÊNDICES:
• notas, dados, relatórios.... relevantes para o Caso, muito extensos para ficar no corpo
do trabalho.

II ETAPAS DA ELABORAÇÃO DO ESTUDO

As etapas de elaboração do caso descritas abaixo foram adaptas ao método do arco.


1. Observação da realidade:
• Definição do tema, a unidade-caso (empresa ou situação) e o problema.
2. Pontos Chave
• Delimitar o caso, focando um problema específico na organização.
• Redação preliminar da introdução do artigo: Definição das hipóteses provisórias,
objetivos e justificativa da pesquisa.
• Definição dos pontos chave: base teórica que os membros do grupo devem
estudar para resolver o caso.
3. Teorização
• Individual: seleção e elaboração de resumos de textos teóricos.
• Em grupo: redação do referencial teórico do artigo.
4. Hipóteses de Solução
• Coleta de dados.
• Redação Final do artigo.
61

5. Aplicação à Realidade.
• Entrega dos Casos as empresas e Publicação dos melhores artigos no Portal da
Escola Superior de Gestão e Tecnologia.
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APÊNDICE J GUIA DE APRESENTAÇÃO DE ARTIGOS/ TRABALHOS À BANCA


EXAMINADORA
Por Profª. Vilma Tupinambá

A apresentação oral de artigos/ trabalhos, é um ato formal em que o expositor


apresenta de forma sintética a sua pesquisa. É um processo que associa as técnicas de
comunicação e de apresentação.

A apresentação é pública. Contudo a apresentação é direcionada a Banca


Examinadora. É uma apresentação de um trabalho técnico e que requer preparação adequada.

Nessa modalidade de apresentação estão sendo avaliadas, principalmente, a relevância


do problema de pesquisa e a destreza na utilização do método científico.

Em uma apresentação bem sucedida evidencia-se o domínio do conteúdo, a


organização adequada do conteúdo e a atitude do expositor. O domínio do conteúdo decorre
do aprendizado com o desenvolvimento do trabalho. A organização do conteúdo pela
observância da metodologia científica. A atitude pela postura do expositor.

Apresente-se de forma adequada. Cuide de sua apresentação pessoal. Tenha consigo


uma via do Artigo/ Trabalho para eventuais consultas.

Durante as argüições, ouça as considerações da Banca, com atitude de abertura à


aprendizagem. Responda as perguntas com tranqüilidade e com linguagem apropriada.
Prepare-se.

Regras de Ouro para uma consecução bem-sucedida

Organização e Preparação do material.

Assenhore-se do cronograma de execução do artigo/ trabalho e certifique-se que


compreendeu corretamente suas tarefas e sistemática de trabalho. Colete, separe e ordene o
material que vai ser utilizado. Guarde tudo até a editoração da versão final do trabalho.

Você disporá de no máximo 20min para sua apresentação e assim, 7 a 10 slides é um


número adequado. Prepare um slide para cada capítulo principal do artigo/ trabalho. Na parte
referente à análise dos dados é comum necessitar-se de mais de um slide.
63

Na elaboração dos slides, evite poluir os slides com muitas informações. Evite
textos, totalmente, construídos em caixa alta. Evite excesso de destaques. A atenção deve
estar no conhecimento que é apresentado. A fonte tamanho 28 permite uma boa leitura.

Prazo
Atenção aos marcos. Mantenha ritmo e foco. Evite postergar as tarefas. Reveja
semanalmente seu progresso.

Segurança.
Faça back-up dos arquivos em diferentes mídias: papel e CD. Quando for digitar o
trabalho, crie pastas separadas para cada capítulo. Nomeie as pastas acrescentando a data da
última atualização. Digite o texto dentro do formato, fonte e configuração da página
estabelecida.

Eficácia e Eficiência
Reserve um lugar para desenvolver o trabalho. A pesquisa requer trabalho
disciplinado, intenso, dedicado e determinação.
No dia anterior a apresentação, Alimente-se adequadamente e descanse. Mantenha a
serenidade.
64

APÊNDICE L EXERCÍCIOS
Por Prof°. João Irineu Wittmann

Exercício 1: Comparativo dos tipos de conhecimento


Preencha o quadro abaixo com as informações presentes no texto docapítulo 1.
TIPOS POPULAR
OU DE FILOSÓFICO TEOLÓGICO
ITENS SENSO CIENTÍFICO
COMUM

CONCEITO

CARACTE-
RÍSTICAS

MÉTODO

CRITÉRIO
DE
VERDADE

EXEMPLOS
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Exercício 2 Elaboração de resumos


Faça um esquema e um resumo do texto abaixo

A Metodologia Científica e a Universidade.

Quando se relaciona Metodologia Científica e Universidade é necessário salientar


não só o papel instrumental da disciplina em relação ao apoio que oferece ao universitário,
mas também o papel político quando dá ênfase à necessidade de busca do conhecimento da
verdade e formação do espírito crítico do estudante para análise, reflexão e participação dos
fatos sociais da sociedade de que faz parte.
Ao se conhecer as limitações atuais de recursos de toda ordem da universidade
brasileira faz-se necessário encontrar saídas alternativas metodologicamente sistematizadas
para que o aluno possa ter maior produtividade nos estudos além de poder valer-se de
instrumental simples e adequado à realização da pesquisa, trabalhos acadêmicos e trabalhos
científicos.
A Metodologia Científica estrutura-se, portanto, para contribuir para que a
Universidade desenvolva as funções que lhe são impostas frente às necessidades culturais e
econômicas emergentes.
Assim, a Metodologia Científica vem para auxiliar na formação profissional do
estudante. Pretende-se alcançar uma formação profissional competente bem como uma
formação sócio-política que conduzirão o aluno a ler crítica e analiticamente o seu cotidiano.
A formação profissional competente do Universitário está diretamente relacionada ao
crédito dado ao estudo e à elaboração de um projeto de estudos com objetivos e metas
conscientemente definidas. Isto é, deve estar implícita a preocupação em aprender as funções
advindas de sua carreira profissional.
Considerando-se a Universidade como centro de saber, como uma instituição
preocupada com a qualificação do ensino, com o rigor da aprendizagem e com o progresso da
ciência, ela terá na Metodologia um valioso ajudante quanto ao desenvolvimento de
capacidade e habilidades do universitário. Vem, portanto, fornecer os pressupostos do
trabalho científico, ou seja, normas técnicas e métodos reconhecidos pelo uso entre os
cientistas, referentes ao planejamento da investigação científica, à estrutura e à aplicação e
comunicação dos seus resultados.
Aprendendo a pensar, a pesquisar e formando o seu espírito científico, o
Universitário estará obtendo conhecimentos novos e ao mesmo tempo construindo-se como
ser ativo e participante da história.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
BARROS, A.J.P. et al. Fundamentos de Metodologia, um guia para a iniciação científica.
São Paulo: Mc Graw-Hill, 1986, p. 11.
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Exercício 3 Elaboração de referências


Faça as referencias dos textos abaixo

1 A editora Saraiva, de São Paulo, publicou em 2002, a primeira edição do livro de João A.
Mattar Neto, com o titulo de Metodologia Científica na era da informática.
(publicação avulsa de pessoa física no todo)

2 Em 1984, no Rio de Janeiro, a ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE DOCENTES DE


ENSINO SUPERIOR publicou, através da Editora Marco Zero, o livro O publico e o
privado poder e o saber. (Publicação avulsa de Pessoa jurídica no todo).

3 O Congresso Nacional Brasileiro, depois de demoradas discussões, promulgou a nova


Constituição da Republica Federativa do Brasil. Uma das edições foi realizada pela
editora Globo, no Rio de Janeiro, em 1989 (Publicação avulsa de Órgão Público no todo).

4 Amado L. Cervo e Pedro A. Bervian foram professores da Universidade de Passo Fundo,


RS e escreveram um dos livros pioneiros na área de metodologia, chamando Metodologia
Científica. Em 1996 a obra foi reeditada em sua quarta edição pela Makron Books, na
cidade de São Paulo. O professor João Irineu (ex-aluno dos autores) recomenda a
publicação aos seus alunos. (obra avulsa com dois autores no todo).

5 Richard Bach publicou em 1996, através da editora Recordo, no Rio de Janeiro, mais um
de seus livros com o título Fugindo do ninho, uma aventura do espírito, com 269 páginas.
O titulo original da obra é Running from safety e foi traduzido por Hamilton dos Santos.
(publicação avulsa no todo com tradução).

6 Em 2000, a editora Cortez, reeditou a vigésima primeira edição do livro de Antonio J.


Severino com o titulo de Metodologia do trabalho cientifico. O capitulo 6, da referida
obra, é chamado “A Internet como fonte de pesquisa”, encontrando-se às páginas 133-139.
O livro foi publicado em São Paulo. (publicação avulsa em parte, sem autoria especifica).

7 Em março de 1998 Vanda Nestlehner publicou, na revista Super-Interessante um curioso


artigo intitulado O outro mundo é aqui. Essa revista é publicada em São Paulo e a matéria
encontra-se às páginas 40-49 do fascículo 3 do volume 12. (artigo em revista/periódico)
67

8 Os pesquisadores Marta S. Peres; Carlos A Golçalves e Claudia Barata, publicaram um


artigo com o titulo Dança e o equilíbrio de tronco em pessoas com lesão medular: um
estudo preliminar. A publicação encontra-se às páginas 49-53 do volume 2 da revista
Fisioterapia Brasil, que é publicada no Rio de Janeiro. Trata-se do primeiro número da
revista, relativa aos meses de jan/fev. de 2001 (Artigo em revista/periódico).

9 A revista Veja, em seu número 46 no ano 2002, apresenta uma interessante matéria com o
título Tecla comigo, vai... O artigo encontra-se às páginas 76-83 e trata da procura de
romance pela Internet. O periódico publicado em 20 de novembro, na cidade de São
Paulo, está no seu 35º ano (artigo não assinado em revista).

10 Em 04 de janeiro de 2000, João Pimentel, escreveu no caderno O Globo, o artigo Pop


para começar o novo ano. O texto saiu no segundo caderno á página 8. O referido jornal é
publicado diariamente na cidade do Rio de Janeiro. (artigo assinado em jornal).

11 O jornal O Pasquim 21, em sua 47ª edição semanal do ano 2002, no dia 19 de novembro,
publicou uma bem humorada matéria Todos os homens do presidente não valem as duas
mulheres. O texto ocupou a página 3 do primeiro caderno, esse semanário é publicado no
Rio de Janeiro. (artigo não assinado em jornal).

12 Kenneth Inada publicou a matéria A Buddhist reponse to the nature of human rights. O
artigo, publicado em jornal, está disponível na Internet sob o endereço:
http://www.cac.psu.edu/jbe/twocout.html. E foi acessado em 06 de agosto de 2001.

Exercício 4 Coleta de dados

1. Assinale com (V) a opção correta e (F) a falsa.


( ) Os instrumentos de coleta de dados mais usuais são: Questionário, Formulário,
Entrevista e Observação participante do pesquisador.
( ) A qualidade dos instrumentos de coleta se expressa pela validade, fidedignidade,
objetividade ou não tendenciosidade.
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2. Antes da elaboração das questões para a coleta de dados, Cervo e Bervian afirmam
que o pesquisador precisa delimitar o tema, definir o objetivo da pesquisa, formular o
problema, as hipóteses, as variáveis e fazer a revisão de literatura. ( ) Sim ( ) Não
Por que?

3. Além dos critérios de planejamento antes da coleta de dados, vistos na questão anterior,
Rúdio também apresenta algumas vantagens do uso da Biblioteca antes da coleta de dados.
Quais as mais importantes, para você? (anotar apenas as letras correspondentes).

4. CERVO e BERVIAN, recomendam nove (9) passos para a elaboração de perguntas. Quais
desses passos você achou mais importantes? (Anotar apenas as letras correspondentes)

5. Observando a definição de Entrevista, Formulário e de questionário, diga que tipo de


instrumento você utilizaria nas seguintes situações:
• Informações específicas com 15 Empresários ou Reitores de Universidades:
• Busca de dados em Fábricas e Escolas Privadas de Realengo e Bangu, RJ, com
informações complexas que demandam consultas aos arquivos das Organizações:
• Coleta de opinião da população de Vargem Grande, Jacarepaguá e Recreio dos
Bandeirantes sobre o futuro Metrô da Barra:

6. Formule uma questão aberta e uma fechada para cada enunciado:


6.1 – Grau de satisfação dos alunos de Administração da UCB com o andamento do curso
Aberta:
Fechada: (formule a questão com 05 opções de resposta)

6.2 – Expectativas dos alunos de Administração da UCB em relação ao mercado de trabalho


Aberta:
Fechada: (formule a questão com 05 opções de resposta)

7. Considerando as qualidades dos instrumentos de coleta, formule uma questão fechada


tendenciosa.
(positiva ou negativa) e uma questão fechada tecnicamente correta, com 5 opções de resposta,
sobre a seguinte pergunta: “A elaboração de uma monografia é importante na formação do
Universitário?”
69
70

Exercício 5 Elaboração de citações.

A partir das citações abaixo, inseridas numa pesquisa bibliográfica, complete as questões A,
B, C e D.
• Para Castro (1992, p.8) “É necessário assinalar que as sociedades de consumo são as
principais responsáveis pela atroz destruição do meio ambiente”.
• Ao tratar o assunto Citações, Thompson (1987, p.46) salienta que a citação
conceptual é a mais recomendada para trabalhos monográficos, uma vez que
possibilita constatar-se a profundidade e extensão da pesquisa.
• Segundo Lacan (apud SILVA, 1998, p.35). “A Psicanálise veio anunciar que existe
um saber que não se conhece: o saber inconsciente”.
• Salvador (1981, p.207) entende que a “citação é mista se na alusão se inserirem
alguns termos ou expressões textuais”.

A) Classifique os tipos de citações acima (Direta, Indireta ou Citação de Citação)


1ª citação: _____________________________ , 3ª citação _______________________
2ª citação : _____________________________ , 4ª citação _______________________

B) Transforme a 1ª citação em indireta


.......................................................................................................................................................

C) Transforme a 2ª citação em direta


.......................................................................................................................................................

D) Transforme a 3ª citação em citação de citação indireta


.......................................................................................................................................................

E) Usando qualquer texto, com autor e ano da publicação, faça uma citação indireta
.......................................................................................................................................................
71

Exercício 6 Redação científica

Corrija as expressões usando a linguagem científica:

• Usar forma impessoal e voz passiva

o Neste meu artigo pretendo discutir

...........................................................................................................................................

o Feitas as análises e demonstrações concluo que


...........................................................................................................................................
• Usar tempo adequado do verbo
o No projeto: A monografia foi desenvolvida em três capítulos
........................................................................................................................................
o No relatório: As análises que ora apresento demonstrarão
........................................................................................................................................
• Anúncio de Figuras, Quadros e Tabelas:

o A tabela abaixo apresenta uma síntese dos resultados


...........................................................................................................................................
o No quadro acima se pode observar que
...........................................................................................................................................

• Assinale a opção correta: (se houver)


( ) apelar para generalizações (sabe-se, grande parte, geralmente, a maioria....)
( ) repetir palavras, especialmente verbos e substantivos (use sinônimos)
( ) empregar modismos lingüísticos (a nível de; no contexto....)
( ) Utilizar muitas citações diretas (preferência para as indiretas)
( ) usar gírias, abreviaturas, siglas, nomes comerciais (só excepcionalmente)
( ) usar frases longas (mais de 50 palavras), com superlativos, aumentativos, diminutivos

• Vícios de linguagem
o Esta pesquisa está conduzindo uma investigação a respeito
......................................................................................................................................
o Esse não é, de modo algum, o caso
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......................................................................................................................................
o Uma grande quantidade de
......................................................................................................................................
o Uma evidência concreta
.....................................................................................................................................
o Estamos envolvidos no processo de estudar a linguagem técnica
.....................................................................................................................................
• Princípio da precisão
o A maioria dos entrevistados disseram que
.....................................................................................................................................
o Quase todos os alunos concordaram
.....................................................................................................................................

• Princípio da comunicabilidade (pontue convenientemente).


o Se todo homem soubesse o valor que tem a mulher andaria se rastejando a sua
procura.
O Esta frase partindo do princípio da comunicabilidade deveria ter duas vírgulas
(onde?).

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