Você está na página 1de 7

CENTRO UNIVERSITÁRIO BRAZ CUBAS

TECNOLOGIA EM ÓPTICA E OPTOMETRIA

JOÃO AUGUSTO TAVARES MAIA


ROBERTO MORENO PERICO
VALDINÉIA BIZUTTI DE ARAUJO

CATARATA

MOGI DAS CRUZES, SP


2019
ETIOLOGIA CATARATA

Uma das principais causas de cegueira no mundo, catarata é uma doença caracterizada pela
perda de transparência do cristalino, lente natural cuja função é propiciar o foco da visão em
diferentes distâncias. Com o avançar da idade, as fibras do cristalino aumentam de espessura e de
diâmetro, provocando a princípio presbiopia, a popular vista cansada. É por isso que a maioria das
pessoas com mais de 45 anos precisa usar óculos para enxergar de perto.

E é como se a catarata fosse a fase seguinte desse processo – a lente natural, além de perder
a elasticidade, torna-se opaca. Aos poucos, vai embaçando a visão até que o indivíduo passa a
enxergar apenas vultos e luzes, podendo ocorrer a cegueira. A catarata evolui lentamente, mas há
casos raros em que ela é congênita – ou seja, bebês nascem com a visão prejudicada por influência
do DNA. Em outras situações, a criança é afetada porque a mãe teve rubéola, sífilis ou toxoplasmose
nos primeiros três meses de gestação.

Sinais e sintomas

– Visão nebulosa;

– Enxergar brilhos e halos;

– Visão dupla;

– Dificuldade para ler, andar e dirigir;

– Sensibilidade à luz.

Fatores de risco

– Idade: uma em cada cinco pessoas com mais de 65 anos desenvolvem catarata. Essa
proporção aumenta a partir dos 75, quando metade dos indivíduos tem a doença.

– Doenças infecciosas nos olhos

– Diabetes

– Exposição exagerada e sem proteção à luz solar


– Tabagismo

– Uso prolongado de colírios à base de corticoides

– Traumas na região dos olhos

TIPOS DE CATARATAS

Catarata incipiente

A catarata incipiente ou face esclerose, isto é, há alguma turvação do cristalino, mas a visão é
praticamente normal. Conforme o grau de turvação do cristalino, poderemos denominar a catarata
como incipiente, madura ou hipermadura.

A catarata incipiente não possui indicação cirúrgica. O oftalmologista deve mediante a


evolução da opacificação do cristalino, tomar a decisão da intervenção cirúrgica (quando operar).

Catarata senil

A catarata senil ou da idade, normalmente, desenvolve-se depois dos 65 anos, apresentando


uma evolução lenta e é bilateral. Por este motivo é muitas vezes conhecida como a “catarata do
idoso”. Se, eventualmente, o paciente tiver diabetes a catarata pode desenvolver-se de forma mais
rápida.

Catarata subcapsular posterior

A catarata subcapsular posterior localiza-se à frente da cápsula posterior. Em relação às


causas, a catarata subcapsular posterior está, muitas vezes, associada a tratamentos sistémicos
nomeadamente, ao uso de corticoides.
Catarata subcapsular anterior

A catarata subcapsular anterior localiza-se logo atrás da cápsula anterior. Em relação às


causas, podem estar relacionada com certas atividades, designadamente aquelas em que as pessoas
estão expostas a muito calor.

O tratamento da catarata subcapsular é cirúrgico. A cirurgia é idêntica à realizada na catarata


senil.

Catarata nuclear

A catarata nuclear é um tipo de catarata onde a opacificação se verifica nos núcleos do


cristalino. A catarata senil nuclear é muito frequente em pessoas idosas, potenciando o aumento da
densidade do cristalino, induzindo miopia o que, habitualmente, se designa de segunda visão.

Catarata cortical

A catarata cortical é outro tipo de catarata caraterizada pela opacificação do córtex do


cristalino, sendo bastante frequente em pacientes com diabetes. Os sintomas e tratamento deste
tipo de catarata são semelhantes à senil.

Catarata traumática

A catarata traumática pode ser provocada por traumatismos perfurantes ou contusões.


Normalmente, este tipo de catarata aparece apenas no olho atingido pelo traumatismo e ocorre
independentemente da idade. Se houver contato com a cápsula, a catarata pode desenvolver-se
muito rapidamente, quase de imediato. Caso a cápsula se mantenha íntegra, a catarata pode
desenvolver-se após meses ou anos.
Catarata congênita

A catarata congênita pode estar presente logo ao nascimento ou desenvolverem-se nos


primeiros seis meses de vida. Estas cataratas podem afetar apenas um olho (catarata congénita
unilateral) ou os dois olhos (catarata congénita bilateral). Este tipo de catarata, por afetar a criança
também é, por vezes, denominado como “catarata infantil” ou “catarata congénita infantil”.

Na catarata congénita em recém-nascido (presente ao nascimento do bebê) a pupila em vez


de ter reflexo róseo pode ter um aspeto esbranquiçado (leucocoria), sinal muito importante no
diagnóstico. Em relação às causas, a catarata congénita é, muitas vezes, provocada por infeções
(rubéola) na grávida durante os primeiros três meses de gestação. Na catarata congénita o
tratamento é cirúrgico. O diagnóstico e tratamento da catarata congénita devem ser tão precoces
quanto possível de modo a evitar a amblíopia.

Catarata Tratamento

A cirurgia é o único método eficaz para tratar a perda de visão causada pela catarata. A
cirurgia de catarata é um procedimento comum que envolve a remoção da lente turva do olho. A
lente pode ser substituída por uma lente artificial, chamada implante de lente intraocular (LIO). Por
vezes, uma LIO não é usada óculos ou lentes de contato podem compensar.

Hoje não se espera mais a doença progredir para operar - com os primeiros sintomas e o
diagnóstico precoce, o paciente já pode ser direcionado para a cirurgia. Isso é importante para evitar
o avanço da doença para complicações permanentes, além de manter a qualidade de vida do
paciente.

No entanto, algumas pessoas com catarata se dão muito bem com a ajuda de óculos, lentes
de contato e outros auxílios visuais, podendo optar por não fazer a cirurgia.

Por vezes, uma catarata precisa ser removida devido a outra doença dos olhos, tais como a
retinopatia diabética ou DMRI. Em alguns casos, a catarata tem de ser removida para que o
oftalmologista possa tratar uma doença que esteja afetando a retina.

As opções para o tratamento da catarata em crianças dependem de como a doença está


interferindo com o desenvolvimento da visão normal. A necessidade da cirurgia para um adulto
depende do grau de perda de visão e se ela afeta a qualidade de vida do paciente.
Só você pode decidir se uma catarata está afetando sua visão e sua vida o suficiente para
fazer uma cirurgia. Você pode decidir que a cirurgia não é a melhor opção.

Medicamentos

Um pequeno número de adultos e crianças com catarata pode se beneficiar por um curto
período de colírios que ampliam (dilatam) da pupila. Essas gotas oculares aumentam a quantidade de
luz que entra no olho. Eles são por vezes usados para ajudar a prevenir a perda de visão em crianças
muito jovens que precisam esperar para fazer a cirurgia.

Optometrista/Atuação

O Optometrista ao se deparar com uma situação como esta deve fazer uma boa análise para
ter certeza de que se trata de uma catarata. Consultando a anamnese deverá ter informações para
saber se é sistêmica, e ai poder dar a melhor orientação. Como o Optometrista não pode
diagnosticar, é importante trabalhar sempre com a possibilidade de ter a certeza depois de exames
em um centro oftalmológico. E uma vez tendo a certeza, trabalhar com possibilidades de medidas
para aguardar uma possível cirurgia. Uma das possibilidades é uma refração ideal para o momento,
orientar para melhorar a iluminação da casa e usar óculos escuros para reduzir o brilho causado pelo
sol.
BIBLIOGRAFIA

Edição revista em 09/09/2015 por: Dra. Amaryllis Avakian, médica oftalmologista


especialista em catarata e chefe do Setor de Catarata do HC-FMUSP.

https://diretrizes.amb.org.br/_BibliotecaAntiga/catarata-diagnostico-e-tratamento.pdf

https://portal.novartis.com.br/Saude-Catarata-Tipos-/D3317

Você também pode gostar