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COLETA DE AMOSTRAS
AMBIENTAIS PARA
CULTURA
Dra Luci Corrêa
Alguns esclarecimentos...
Não sou a autora do capítulo “Coleta de amostras
ambientais para cultura”
Não sou microbiologista
Agradeço à Farm. Biom. Inneke Marie van
der Heijden, o Biólogo Mauro Cintra Giudice
e a Dra Silvia Figueiredo Costa pela
elaboração do capítulo e por muito ter
aprendido com a leitura deste material para
o preparo desta aula
Plano para estes próximos
20 minutos...
Discutir a coleta de amostras ambientais,
especialmente de superfícies
Destacar os principais métodos
Quais devem ser os objetivos e indicações
destas coletas
Sem abordar controle de água de diálise
Fatos:
O meio ambiente pode ser fonte de infecção e
de surtos hospitalares
O meio ambiente hospitalar não é estéril
Presença de microrganismos com capacidade de
resistir a temperatura ambiental, umidade e
produzir biofilme
Portanto...
van der Heijden IM, Giudice MC , Costa SF. Coleta de amostras ambientais para cultura. In: Limpeza e
desinfecção de superfícies e ambiente em serviços de saúde e RSS, APECIH, 2ª edição, 2013
As superfícies
como fonte de
transmissão de
microrganismos
MRSA VRE
Bomba de infusão
Grades da cama
Esfigmomanômetro
Mesa de cabeceira
Roupas do paciente
Roupas de cama
0 10 20 30 40 50 60
% de superfícies contaminadas
Hota B. Clin Infect Dis 2004;39(8):1182-9
Sobrevivência no ambiente
Bactéria Persistência no ambiente
Swab de
nylon
Esponja
Placa de
contato
(Rodac)
Laminocultivo
(Dip slide)
Pano
Métodos de coleta de amostras de superfícies
Método Tipo de objeto Como é realizado
Placa de Superfícies lisas Funciona como um carimbo
contato Contato direto com a superfície incubação observação de
(Rodac) crescimento
> recuperação de bactérias Gram+
Laminocultivo Superfícies lisas Usado mais comumente na Inglaterra
(Dip slide) Semelhante às placas de contato
Cada lado da pá é pressionado contra a superfície
submergido em caldo e incubado
Swab Objetos irregulares, O swab é o método mais usado no Brasil, deve ser umedecido
umedecido instrumentos antes da coleta
Para aumentar a sensibilidade :
Pré-umedecer o swab coletar passar na mesma superfície
um swab seco para absorção do líquido remanescente
inoculação em meio líquido
Esponja Superfícies relativa/e A esponja é colocada em um saco com solução
grandes, lisas (ex. tampãohomogeneizado fluido efluente é centrifugado
mesas, vaso sanitário, placas de agar incubação observação de crescimento
grades da cama,
pisos)
Pano Superfícies grandes, Panos pequenos (ex. 2x2cm) pré-umedecidos coletar
lisas, não absorventes colocar em caldo vortex incubação subcultivo em meio
sólido
Algumas comparações entre os métodos
Método Vantagens Desvantagens
Placa de contato Muito simples de ser executado, com Custo mais elevado
(Rodac) maior padronização Apenas uma pequena área pode ser
Os resultados podem ser expressos em amostrada por cada placa
UFC (resultado quantitativo) (representatividade da amostragem)
Pode ser o método de escolha para Disponibilidade do meio de cultivo
bactérias Gram positivas (ex. MRSA)
Disponibilidade de meio neutralizante
para cultivo (meio de Dey-Engley)
Swab umedecido Simples Requer mais tempo para execução
Baixo custo, mas requer meios de que a placa de contato
cultura sólido e caldo Resultados disponíveis 24h mais
Mais sensível que a placa de contato, tardiamente que a placa de contato
especialmente para BGN Fornece resultado qualitativo, a
menos que o caldo seja inoculado
imediatamente em ágar
Esponja Uma única esponja pode ser utilizada Custo e disponibilidade das esponjas
umedecida para grandes superfícies Utilização de mais recursos
Mais aplicável que as placas de contato laboratoriais e maior consumo de
para superfícies irregulares tempo
Mais sensível e com maior possibilidade
de crescimento comparado ao swab, em
virtude da maior área de coleta
Métodos moleculares para superfícies
Poucos estudos tem utilizado PCR (reação de
polimerase em cadeia) para detectar microrganismos
em superfícies
Pode ser utilizada para detecção de vírus, ex. norovirus
Vantagens
Rapidez do método
Elevada sensibilidade
Desvantagens
Pode não diferenciar microrganismos viáveis e não viáveis
Recursos laboratoriais e custo mais elevado
van der Heijden IM, Giudice MC , Costa SF. Coleta de amostras ambientais para cultura. In: Limpeza e
desinfecção de superfícies e ambiente em serviços de saúde e RSS, APECIH, 2ª edição, 2013
Microrganismos que podem ser transmitidos
pela água no ambiente hospitalar
Legionella spp Achromobacter spp
Pseudomonas spp Acinetobacter spp
Aeromonas spp Micobactérias
Stenotrophomonas spp Fungos
Burkholderia spp
Serratia spp
Sphingomonas spp
Chryseobacterium spp
Água nos serviços de assistência à
saúde - seus principais usos
Ingestão: gelo, consumo humano, preparação da
nutrição
Banho, hidroterapia, piscina
Terapia substitutiva renal : hemodiálise
Laboratório clínico
Reprocessamento de materiais médico-
hospitalares
Sistemas de refrigeração, ventilação,
aquecimento e condicionamento do ar
Quais são as amostras de água que
devem ser coletadas para cultura?
Depende da situação...
1. Surtos
2. Monitorização de rotina
de acordo com a legislação
Objetivo desta coleta
1. Busca do agente causal de um surto
2. Assegurar a qualidade – comparação com
padrões já estabelecidos
Contaminação nos pontos de uso
Siegel JD, Rhinehart E, Jackson M, et al. 2007 Guideline for isolation precautions: preventing
transmission of infectious agents in healthcare settings. 2007
Am J Infect Control 2007;35(10 Suppl 2):S65–164
http://www.cdc.gov/ncidod/dhqp/pdf/isolation2007.pdf
O ambiente protetor consiste em...
Uso de filtro HEPA no ar que entra
no quarto
Fluxo dirigido
Pressão positiva em relação ao
corredor
≥12 trocas por hora
Estratégias para poeira
revestimentos e mobiliário
adequados
limpeza freqüente e padronizada
Vedação adequada de portas e
janelas
Proibição de flores/plantas
http://www.cdc.gov/ncidod/dhqp/pdf/isolation2007.pdf
Monitoramento e parâmetros
Para o ambiente protetor
Não há em recomendação para realização de controle
microbiológico do ar rotina ou durante obras (assunto não
resolvido)
CDC, Sehulster L, Chinn RYW. Guideline for environmental infection control in health-care facilities.
MMWR 2003;52(RR10):1-43
http://www.cdc.gov/hicpac/pdf/guidelines/eic_in_HCF_03.pdf
Andersen N6
Adaptado de: Siqueira LFG. Sindrome do edificio doente, o maio ambiente e a infecção hospitalar. In: Fernandes AT. Infecção
Hospitalar e suas interfaces na área da saúde 2000; vol 2:1315
Coleta do Ar
Out-door e in-door
Mesma metodologia de leitura
Ideal: expresso em UFC/m3
Eficácia do filtro HEPA - monitorada por teste
de partículas (0.3 um)
CDC, Sehulster L, Chinn RYW. Guideline for environmental infection control in health-
care facilities. MMWR 2003;52(RR10):1-43
http://www.cdc.gov/hicpac/pdf/guidelines/eic_in_HCF_03.pdf
Dúvidas
Falta de padronização nos critérios de
vigilância para aspergilose invasiva de
aquisição comunitária e hospitalar
Aquisição hospitalar
>1 semana de internação e menos de 2 semanas após a alta
Paterson. Infect Control Hosp Epidemiol 1997;18:104-8
lucicorrea@hotmail.com