Você está na página 1de 165

Capítulo I

Conjuntos numéricos ( operações, propriedades, múltiplos e divisores, máximo


divisor comum e mínimo múltiplo comum,operações com radicais)

Conjunto dos Números Naturais(N)

O conjunto dos números naturais é indicado por lN e representado por números


inteiros e positivos.

N = {0, 1, 2, 3, 4...} (é um conjunto infinito)

N* = {1, 2, 3, 4...} (exclui o zero)

Operações com Números Naturais

1) Adição

a e b são as parcelas
abs 
s é a soma

Propriedades da Adição

a) Fechamento: a soma de dois números naturais é um número natural.

5 + 8 = 13 número natural
número natural
número natural

b) Comutativa: a ordem das parcelas não altera a soma.

5  9  14
5  9  9  5
9  5  14

c) Elemento Neutro: O elemento neutro da adição é zero.

3 + 0 = 3 ou 0 + 3 = 3

1
d) Associativa: a adição de três números naturais pode ser feita associando-se as duas
primeiras ou as duas últimas parcelas.

(5  2)  9  16
(5  2)  9  5  (2  9)
5  (2  9)  16

2) Subtração:

a é o minuendo

a  b  d b é o subtraendo
d é o resto ou diferença

Observação:
A subtração em lN só é possível quando o minuendo for maior que o subtraendo.

3) Multiplicação

a e b são os fatores
axbp 
p é o produto

Propriedades da Multiplicação:

a) Fechamento: o produto de dois números naturais é um número natural.

7 x 3 = 21 número natural
número natural
número natural

b) Comutativa: a ordem dos fatores não altera o produto.

3 x 5  15
5x3  3x5
5 x 3  15

c) Elemento Neutro: O elemento neutro da multiplicação é o número 1: número um.

5 x 1 = 5 ou 1 x 5 = 5

d) Associativa: a multiplicação de três números naturais pode ser feita associando-se


os dois primeiros ou os dois últimos fatores.

(2x5) x 3  10 x 3  30
(2x5) x 3  2x(5x3)
2x(5x3)  2 x 15  30 

2
e) Distributiva da multiplicação em relação à adição: na multiplicação de uma soma
por um número natural, multiplica-se cada um dos termos por esse número.

3 x (7 + 6) = 3 x 7 + 3 x 6 = 21 + 18 = 39

4) Divisão:

a é o Dividendo
b é o Divisor

Sendo 
q é o Quociente
r é o resto

Propriedade Fundamental: a = b.q +r

Exemplo:

Observa-se que na divisão acima o resto é igual a zero. Esta divisão é denominada
exata.

Critérios de Divisibilidade

Divisibilidade por 2: Um número é divisível por 2 quando termina em 0, 2, 4, 6 ou 8,


isto é, quando é par.
Exemplo:
318 é divisível por 2 (termina em 8)

Divisibilidade por 3: Um número é divisível por 3 quando a soma dos seus algarismos
é um número divisível por 3.
Exemplo:
627 é divisível por 3, porque a soma 6 + 2 + 7 = 15 é divisível por 3.

Divisibilidade por 4: Um número é divisível por 4 quando terminar em dois zeros ou


quando o número formado pelos dois últimos algarismos da direita for divisível por 4.

3
Exemplos:
1.600 é divisível por 4 (termina em dois zeros)
564 é divisível por 4 (64 é divisível por 4)

Divisibilidade por 5: Um número é divisível por 5 quando termina em 0 ou 5.


Exemplos:
1.230 é divisível por 5 (termina em 0)
4.935 é divisível por 5 (termina em 5)

Divisibilidade por 6: Um número é divisível por 6 quando é divisível por 2 e por 3.


Exemplo:
912 é divisível por 6, porque é divisível por 2 e por 3.

Divisibilidade por 8: Um número é divisível por 8 quando termina em três zeros ou


quando o número formado pelos três últimos algarismos da direita for divisível por 8.
Exemplos:
2.000 é divisível por 8 (terminas em três zeros)
1.672 é divisível por 8 (672 é divisível por 8)

Divisibilidade por 9: Um número é divisível por 9 quando a soma dos valores absolutos
dos seus algarismos forma um número divisível por 9.
Exemplos:
648 é divisível por 9, porque a soma 6 + 4 + 8 = 18 é divisível por 9.

Divisibilidade por 10: Um número é divisível por 10, quando termina em zero.
Exemplo:
1.320 é divisível por 10 (termina em 0)

Classificação dos números naturais:

1) Números Primos

Um número é primo se possui apenas dois divisores

Exemplo: 2,3,5,7,11,13,17,etc.

2) Compostos:

Um número é composto se possui mais que dois divisores:

Exemplo: 4,6,8,10,12,etc.

Teorema Fundamental da Aritmética: Todo número natural composto pode ser


expresso como produto de fatores primos.

Exemplo:

4
Decompor (fatorar) em fatores primos o número 630.

Assim, 630 = 2.32.5.7

Número de Divisores de um Número Natural:

Regra:
a) Decomponha o número dado em fatores primos;
b) Acrescente uma unidade aos expoentes;
c) Multiplique as somas obtidas em (b).

Exemplo: Determine quantos divisores tem o número 240.

Logo, 240= 24.3.5

Assim, o número natural 240 possui (4+1).(1+1).(1+1) = 5.2.2 = 20 divisores

Mínimo Múltiplo Comum

O menor dos múltiplos comuns (excluindo-se o zero) de dois ou mais números


chama-se mínimo múltiplo comum (m.m.c.).

Exemplo: Qual é o m.m.c. entre 2 e 3?

Múltiplos de 2 = {0, 2, 4, 6, 8, 10 ...}


Múltiplos de 3 = {0, 3, 6, 9, 12, 15 ...}
Múltiplos comuns de 2 e 3 = { 0, 6, 12...}

Excluindo-se o zero, o menor múltiplo comum é 6, logo o m.m.c (2, 3) = 6.

5
Métodos para obtenção do m.m.c.:

1) Por decomposição em fatores primos (fatoração completa)

Exemplo:
Determinar o mínimo múltiplo comum de 120 e 80.

120 2 80 2
60 2 40 2
30 2 20 2
15 3 10 2
5 5 5 5
1 1

O m.m.c. é o produto dos fatores comuns e não comuns com os maiores expoentes
(Regra geral).

Assim:
120 = 23 x 3 x 5 e 80 = 24 x 5

Logo,o m.m.c. (120, 80) = 24 x 3 x 5 = 16 x 3 x 5 = 240

2) Fatoração simultânea:

Exemplo:
Determinar o m.m.c de 40 e 30.

Máximo Divisor Comum

O maior dos divisores comuns de dois ou mais números chama-se máximo divisor
comum (m.d.c.). Existem vários métodos para encontrar o máximo divisor comum,
mas pode-se simplesmente encontrar os divisores dos números e escolher o maior.

Exemplo:

6
Qual é o m.d.c. entre 12 e 18?
Divisores de 12 = {1, 2, 3, 4, 6, 12}
Divisores de 18 = {1, 2, 3, 6, 9, 18}

Divisores comuns de 12 e 18 = { 1, 2, 3, 6}
O maior desses divisores comuns é 6, logo o m.d.c. (12, 18) = 6.

Métodos para obtenção do m.d.c.:

1) Por decomposição em fatores primos (fatoração completa)

Exemplo:

Determinar o máximo divisor comum de 18 e 60.

18 2 60 2
9 3 30 2
3 3 15 3
1 5 5
1

O m.d.c. é o produto dos fatores comuns com os menores expoentes(Regra geral).

Assim:
18 = 2 x 32 60 = 22 x 3 x 5

Logo, o m.d.c. (18, 60) = 2 x 3 = 6

2) Fatoração simultânea:

Exemplo: Calcular m.d.c.(60,30)

7
Com relação ao m.m.c. e m.d.c.,podem ainda serem feitas as seguintes observações:

1) Se mdc(a,b)=1 ,a e b são denominados primos entre si.


Exemplo: 9 e 16

2)mmc(a,b) x mdc(a,b) = a.b


Exemplo: m.m.c.(6,8) x m.d.c.(6,8) = 6.8 = 24

Exercícios de Fixação:

a b
1) O número 2 3 tem 8 divisores. Se a.b = 3, então a + b é igual a :

a) 1 b) 2 c) 3 d) 4

2) Em uma classe existem menos de 40 alunos. Se o professor de educação física


resolve formar grupos de 6 em 6 alunos,ou de 10 em 10 alunos,ou de 15 em 15 alunos,
sempre sobra um aluno. O número de alunos nesta classe é:

a)29 b)30 c)31 d)33

3) No alto de uma torre de uma emissora de televisão duas luzes piscam com
freqüências diferentes. A primeira pisca 15 vezes por minuto e a segunda pisca 10
vezes por minuto. Se num certo instante as luzes piscam simultaneamente, após
quantos segundos elas voltarão a piscar simultaneamente?

a) 12 b) 10 c)20 d) 15

4) Uma chapa de aço de 444 metros por 259 metros será totalmente cortada em
pedaços quadrados, cujos os lados têm por medida um número inteiro de metros. O
menor número de quadrados obtidos é.

a) 56 b) 19 c) 37 d) 84

5) Qual é o maior número pelo qual se devem dividir 834 e 2267 para se obter restos 9
e 17,respectivamente?
a)50 b)75 c)80 d)95

6) Se x e y são números naturais em que m.m.c(y, x) = 154 e m.d.c(y, x) = 2, podemos


dizer que xy:

a) é um número primo b) é um número ímpar

8
c) é maior que 500 d) é divisível por 11

Gabarito
1–D 2–C 3- A 4- D 5- B 6- D

Conjuntos dos números Inteiros (Z)

O conjunto dos números inteiros relativos é a reunião dos números negativos, o


zero e os números positivos.
Z = { ... –3, -2, -1, 0, +1, +2, +3 ...}

Obs.: Os números inteiros positivos podem ser indicados sem o sinal +.

Módulo (ou Valor Absoluto)

O módulo de um número inteiro é o número natural que o representa, sem o sinal.

Exemplo:
+5 = 5 –6= 6

 0= 0 –10  = 10

Obs.: Números simétricos(ou opostos): Possuem o mesmo módulo:

Exemplo: -2 e 2.

Operações:

1)Adição

a) Números inteiros de mesmo sinal:

A soma de dois números inteiros de mesmo sinal é obtida somando-se seus


respectivos módulos e conservando-se o sinal comum.

Exemplos:

9
(+10) + (–2) = +3 ou 10 – 2 = 8

(+4) + (–10) = – 6 ou 4 – 10 = – 6

b) Números com sinais diferentes

A soma de dois números inteiros de sinais diferentes é obtido subtraindo-se os seus


módulos, dando-se o sinal do número que tiver o maior módulo.

Exemplos:

(+10) + (–2) = +3 ou 10 – 2 = 8

(+4) + (–10) = – 6 ou 4 – 10 = – 6

2) Subtração: basta que adicionemos a primeira parcela ao oposto da segunda.

Exemplos:

1) (+8) – (+4) = (+8) + (–4) = +4

2) (–6) – (+9) = (–6) + (–9) = –15

3) Multiplicação: Multiplicam-se inicialmente seus respectivos módulos.

a) Números inteiros de mesmo sinal:

Se os fatores tiverem sinais iguais, o produto é positivo.

Exemplos:
(+5) . (+2) = 10

(– 2) . (– 4) = 8

b) Números com sinais diferentes:

1) Exemplos: Se os fatores tiverem sinais diferentes, o produto é negativo.

Exemplos:
(– 2) . (+7) = – 14

(+5) . (– 3) = – 15

4) Divisão: É a operação inversa da multiplicação.

Exemplo:

10
1) (+20) : (-5) = -4 , pois (-5) . (-4) = 20

2) ( -15) : (-3) = 5 , pois ( -3) . 5 = -15

Potenciação: Efetua-se inicialmente a potenciação com o módulo da base. O sinal da


potência é dado como descrito a seguir:

1ª) O expoente é par:

1) (+5)2 = (+5) . (+5) = 25

2) (-3)4 = (-3) . (-3) . (-3) . (-3) = 81

Quando o expoente for par, a potência é um número positivo.

2ª) O expoente é ímpar:

1) (-2)3 = (-2) . (-2) . (-2) = -8

2) (+2)3 = (+2) . (+2) . (+2) = +8


Quando o expoente for ímpar, tem o mesmo sinal da base.

Conjunto dos números racionais(Q)

a
Q  {x / x  onde a  Z e b  Z* }
b

Assim, chama-se número racional todo número que pode ser escrito em forma de
fração. O conjunto dos números racionais é representado pela letra Q, sendo formado
pelos números inteiros e pelos números fracionários.

Fração

Quando dividimos um todo em partes iguais e queremos representar


matematicamente uma ou algumas dessas partes, empregamos um par ordenado de
números naturais.

4
Representa-se por (lê-se quatro sétimos)
7

11
Termos de uma fração:

Numa fração, o primeiro número chama-se numerador e o segundo, denominador.

Observação:
O denominador tem que ser diferente de zero.

Tipos de fração:

1) Fração própria: o numerador é menor que o denominador.

Exemplos:
3 7 1
, , .
5 8 3

2) Fração imprópria: o numerador é maior que o denominador.

Exemplos:

4 9 13
, ,
3 2 7

3) Fração aparente: o numerador é múltiplo do denominador.

Exemplos:
4 12 20
, ,
2 3 5

Simplificação de Frações

Simplificar uma fração é obter outra fração que lhe seja equivalente, mas com
termos menores.

Exemplos:
 Dividindo-se, sucessivamente, o numerador e o denominador por um mesmo
número diferente de 1.

Exemplos:
24 24 12 6 2
1)  :2  :2  :3 
36 36 18 9 3

30 30 15 5 1
2)  :2  :3  :5 
60 60 30 10 2

12
 Dividindo-se os termos da fração pelo seu m.d.c.

Exemplo:
24
Simplificar a fração
36

m.d.c. (24, 36) = 12

Logo:
24 24 2
 : 12 
36 36 3

Redução ao mesmo denominador

Exemplo:
Reduzir ao menor denominador as frações:
2 1 5
, ,
3 4 6
Procedimento:

1) Determinamos o m.m.c. dos denominadores m.m.c.(3, 4, 6) = 12


2) Dividimos o m.m.c. pelos denominadores das frações:

12 : 3 = 4
12 : 4 = 3
12 : 6 = 2

3) Multiplicamos os resultados obtidos pelos numeradores e usamos como


denominador o m.m.c.

2x 4 2 8
logo 
12 3 12

1x 3 1 3
logo  .
12 4 12

5x 2 5 10
logo: 
12 6 12

Operações com frações:

1) ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO: Mantemos os denominadores comuns e somamos ou


subtraímos os denominadores.

13
3 2 5
 
7 7 7
7 5 2
 
13 13 13

Em caso de denominadores diferentes,deve-se antes reduzí-las ao mesmo


denominador:

3 1 24  7 31
  
7 8 56 56
7 2 21  20 1
  
10 3 30 30

MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO
Na multiplicação de números racionais, devemos multiplicar numerador por
numerador, e denominador por denominador,assim como é mostrado nos exemplos
abaixo:

3 1 3
x 
7 8 56

Na divisão de números racionais, devemos multiplicar a primeira fração pelo inverso


da segunda, como é mostrado no exemplo abaixo:

7 2 7 3 21
:  x 
10 3 10 2 20

Potenciação e Radiciação:

Na potenciação, quando elevamos um número racional a um determinado expoente,


estamos elevando o numerador e o denominador a esse expoente, conforme os
exemplos abaixo:

2
3 32 9
   2 
5 5 25

Na radiciação, quando aplicamos a raiz a um número racional, estamos aplicando


essa raiz ao numerador e ao denominador, conforme o exemplo abaixo:

36 36 6
 
49 49 7

14
Frações decimais: Observe no quadro a representação de frações decimais
(denominador igual a uma potência de 10) através de números decimais exatos(finitas
casas decimais) :

Desta forma,os decimais exatos podem ser representados sob a forma fracionária:

8
• 0,8 (lê-se “oito décimos”), ou seja, .
10
65
• 0,65 (lê-se “sessenta e cinco centésimos”), ou seja, .
100
536
• 5,36 (lê-se “quinhentos e trinta e seis centésimos”), ou seja,
100
.
47
• 0,047 (lê-se “quarenta e sete milésimos”), ou seja, .
1000

15
As dízimas Periódicas são números decimais não-exatos (infinitas casas decimais) e
periódicos que podem também ser representados na forma fracionaria:

Observe:

1
. 10 3
3
10 0,333 ...
10
1

Observamos que, no quociente, aparecerá o algarismo 3 repetidas vezes. Esse


algarismo 3 é chamado de período.
__
Logo 1 = 0,333 ... = 0, 3 é uma dízima periódica simples.
3

Observe:

5
. 50 6
6
20 0,8333 ...
20
20
2

Temos que, logo após a vírgula, aparece o algarismo 8, que não se repete (parte
não-periódica = antiperíodo), para depois aparecer o período (3).
_
5
Logo = 0,8333 ... = 0,83 é uma dízima periódica composta.
6

Para se obter a fração geratriz de uma dízima periódica deve proceder da seguinte
forma:

Dízima periódica simples

Período
Fração 
Um nove para cada algarismo do período

Exemplos:

16
4
1) 0,444 ... = 0, 4 =
9

23
2) 0,2323 ... = 0, 23 = .
99

Dízima periódica composta


Anteperíodo seguido do período menos anteperíodo
Fração 
Um nove para cada algarismo do período e um zero para cada algarismo do anteperíodo

Exemplo:

32  3 29
1) 0,3222 ... = 0, 32 = 
90 90

Exercícios de fixação:

3
7) Um automóvel percorreu de uma estrada e ainda faltam 216 km. O percurso total
5
é de :

A ) 200 km B ) 216 km C ) 324 km D ) 540 km

8)Numa cesta havia laranjas. Deu-se 2/5 a uma pessoa, a terça parte do resto a outra
pessoa e ainda restaram 10 laranjas. Quantas laranjas havia no cesto?

A ) 15 B ) 12 C ) 30 D ) 25

2
 1 2 3  1
9) O valor da expressão   x  :   é :
 2 3 5  2

A) 18/5 B) 5/7 C) 4/5 D) 18/3 .

17
10 11 9
10) Considere os números , e A diferença entre o dobro do maior e o
54 60 45
triplo do menor é:

7 17 7 3
A)  B)  C)  D) 
30 90 45 20

11) Os decimais 0,17;1,5 e 0,0004 correspondem respectivamente às frações:

7 2 4 17 3 1
a) , e b) , e
10 3 5 100 2 2500
7 3 1 7 3 1
c) , e d) , e
100 2 2500 100 2 250

12)A expressão 6 : 0,03 - 1,24 : 0,2 + 1,7 x 2,5 é equivalente a :

a)199,05 b)198,05 c)197,5 d) 205,05

13)As frações 2/25 e 1/8 correspondem respectivamente aos decimais:

a)0,08 e 0,12 b)0,8 e 0,0125 c)0,08 e 0,125 d)0,08 e 0,00125

0,1444...  0,5555...
14) A expressão é equivalente a
0,888...  0,2555...

a)28/57 b)28/103 c)13/57 d)57/103

10 11 9
15)Considere os números , , .A diferença entre o dobro do maior e o triplo do
54 60 45
menor é:

7  17 7 3
a) b) c) d)
30 90 45 20

Gabarito

7-D 8 -D 9-A 10 - D 11 - B 12 - B 13 - C 14 – A
15 - D

18
Conjunto dos números irracionais (I): existem números cuja representação decimal
não é exata e nem é periódica, não sendo, portanto, números racionais. São chamados
de irracionais.

Exemplos: 2 = 1,4142135624...

 = 3,1415926535...

Conjunto dos números reais (lRR): unindo-se o conjunto dos irracionais com os
racionais forma-se o conjunto dos números reais.

Nota-se, então, que todos os conjuntos descritos são subconjuntos de lR


R.

lN  Z  Q  lR

Potenciação : É um produto de fatores iguais.

Exemplo:
23 = 2 . 2. 2 = 8
Temos: 2 é a base
3 é o expoente
8 é a potência

Sendo a um número real e n um número inteiro, maior que 1, define-se:

a n = a . a . a ... a (n fatores)
Exemplos:

1) 32 = 3 . 3 = 9

2) 53 = 5 . 5 . 5 = 125

3
 1  1 1 1 1
3)       .  .    
 2  2 2 2 8

4) (2)3 = (-2) . (-2) . (-2) = - 8

5) (7) 2 = (-7) . (-7) = 49

Observações:

19
 Potência com a base positiva e com expoente par (ou ímpar): a potência é
positiva.
 Potência com base negativa e com expoente par: a potência é positiva.
 Potência com base negativa e com expoente ímpar: a potência é negativa.
Toda potência de expoente 1 é igual à base ( a 1 = a).
 Toda potência de expoente negativo é igual ao inverso da potência de expoente
positivo.
1
a n  (a  0)
an

Exemplos:

1) 21 = 2

1
 1 1
2)     
 3 3

3
 1
3)  2
3 1
    
 2 8

2 2
 4  5 25
4)       
 5  4 16

Propriedades das Potências

1ª) Multiplicação de Potência de mesma base:


Conserva-se a base e soma-se os expoentes.
am. an = am+n

Exemplos:

1) 23 . 2 . 22 = 23 + 1 + 2 = 26

2) 53 . 54 = 53 + 4 = 57

2ª) Divisão de Potência de mesma base:


Conserva-se a base e subtrai-se os expoentes.

am
a m .a n  a mn (a  0) n
 a mn (a  0)
a

Exemplos:

20
1) 26 : 24  264  22

310
2) 4
 310( 4)  310 4  314
3

3ª) Potência de potência:


Conserva-se a base e multiplicam-se os expoentes.

a  m n
 a m. n

Exemplos:

1) 3 
4 5
 34 x 5  320

2) 2 
3 2
 23x ( 2)  26

4ª) Potência de um produto:


Eleva-se ao expoente a cada fator.
(a.b) n  a n .b n

Exemplos:
1) (2.3)  2 .3
2 2 2

2) (52.2)3  (52 )3 .23  56.23

Exercícios de fixação:

16)A metade de 438 é:

a)219 b)238 c)275 d)287

2130
17) O valor de é:
6315

15 2
1 1
a)   b) 7 15
c)   d) 315
3 3

21
18) Sendo a15  27 e a10  9 , o valor de A  (a12  a 2 )  a 30  a 5  (a 4  a 6 ) é:

a) 482 b) 698 c) 744 d) 812

Gabarito

16 – C 17- B 18- C

Radiciação: Sendo a e b números reais positivos e n um número inteiro positivo,


podemos escrever:

n
a  b  bn  a
n  índice (n  2)
a  radicando
b  raiz

Exemplos:

1) 9 = 3 , porque 32 = 9

2) 3 125 = 5 , porque 53 = 125

3) 5
1 = 1 , porque 15 = 1

Radicais semelhantes:
Radicais semelhantes são os que têm o mesmo índice e o mesmo radicando.

Exemplos:
índice: 2
1) 3 2 e -5 2 radicando: 2

2) - 3 5 e 2 3
5 índice: 3
radicando: 5

Operações:

Adição e Subtração

Só podemos adicionar ou subtrair radicais semelhantes.

22
Exemplos:

1) 2 5 + 4 5 = (2 + 4) 5 = 6 5

2) 7 3 2 - 3 3 2 = (7 – 3) 3 2 = 4 3 2

3) - 2 3 - 3 = (-2 - 1) 3 = -3 3

4) 5 7 - 7 7 = (5 - 7) 7 = -2 7

Multiplicação

Propriedade do radical de um produto:

n
a .n b  n
a.b

Para multiplicar radicais de índices iguais, aplicamos a propriedade do radical de um


produto.

Exemplos:

1) 3. 2  3.2  6

2) 23 5.33 3  2.33 5.3  63 15

Divisão

Propriedade do radical de um quociente:


n
a n a
n

b b

Para dividir radicais de índices iguais, usamos a propriedade do radical de um


quociente.

Exemplos:

1) 14  2  14  2

23
103 6
2) 2 3
53 2

Potenciação

(n a ) p  n a p
Conservar o índice e elevar o radicando à potência indicada.

Exemplos:

1) (5 2 ) 3  5 23

2) (3 32 ) 2  3 34

Radiciação

n m
a  n .m a

Conservar o índice e elevar o radicando à potência indicada.

Exemplos:

1) 3
5 6 5

2) 3 4 3

Observação:
n
an

Se o índice (ímpar) for igual ao expoente do radicando, a raiz será igual à base do
radicando.

Exemplos:

1) 3
23  2

24
2) 5
(3)5  3

Caso o índice (par) e o expoente do radicando sejam iguais, a raiz será dada pelo
módulo do radicando.

n
an  a  a

Exemplos:

1) 4
24  2  2

2) (3) 2   3  3

Toda potência com expoente fracionário pode ser escrita em forma de radical.

n
a m
 m a n (m  0)

Exemplos:

2
1) 5 3  3 52
1

2) 3  3
2

Simplificação de Radicais

Simplificar um radical significa escrevê-lo com termos mais simples, aplicando


as propriedades.

Exemplos:

1) 3
x 3 .y 2  3 x 3 .3 y 2  x 3 y 2

2) 8  23  22.2  22 . 2  2 2

Fatorando o 8 obtemos:

8 2
4 2

25
2 2 8 = 23
1

Racionalização de Denominadores

Racionalizar o denominador de uma fração significa eliminar os radicais que


aparecem nesse denominador.

1º caso:

3 3. 5 3 5 3 5
1)   2

5 5. 5 5 5

fator racionalizante

2 2. 2 2 2 2 2
2)   2
  2
2 2. 2 2 2

fator racionalizante

2º caso:

3 3 3 22 33 4
1) 3  3 . 
2 2 3 22 2

fator racionalizante

4
5 5 54 5
5
2)   .4
4
53 4 53 5 5

fator racionalizante

Exercícios de fixação:

19) A expressão 320  405  125  5  500 é equivalente a:

a) 0 b) 5 c) 3 5 d) 9 5

1
2  23 2é:
6
3
20) O valor da expressão 3 6

26
a) 2 3 b)4 c) 2 3 d) 4  3

3 6
21) Racionalizando-se o denominador da expressão obtem-
5 3  2 12  32  50
se:

a) 3- 2 b) 3 c) 3+ 2 d)2 3

Gabarito

19 - B 20 - B 21 - B

Logaritmos: Sejam a e b números reais positivos diferentes de zero e a  1. Chama-se


logaritmo de b na base a o expoente x tal que a x  b ,ou seja:

log a b  a x  b

Na sentença log a b = x temos:

a) b é o logaritmando;

b) a é a base do logaritmo;

c) x é o logaritmo de b na base a.

PROPRIEDADES DOS LOGARITMOS

a) O logaritmo de um número, na base de valor igual a ele mesmo, é sempre igual a 1.


logb b = 1.
Exemplo:
log8 8 = 1.

b) O logaritmo de 1 em qualquer base é sempre igual a 0.


logb 1 = 0
Exemplo:
log9 1 = 0

c) Logaritmo de uma potência


logb ay = y. logb a
Exemplo:

27
Log2 34 = 4. log2 3

d) Um número a, elevado ao logaritmo de b na base a, é sempre igual a b.


a loga b  b
Exemplo:
7log7 3  3

f) Logaritmo do produto:
logc (m . n) = logc m + logc n, sendo m > 0, n > 0 e b  1.
Exemplo:
log2 (4 . 3) = log2 4 + log2 3

g) Logaritmo do quociente:
logc (m : n) = logc m - logc n, sendo m > 0, n > 0 e b  1.
Exemplo:
log2 (4: 3) = log2 4 - log2 3

h) Mudança de base:
log c b
log a b 
log c a
Exemplo:
log 3 8
log 5 8 
log 3 5

Exercícios de fixação:

22)Calculando o logaritmo log1/ 2 64 , obtemos:

a)-6 b)5 c)32 d)-32

23)Seja y  4 log2 7  log 2 87 .O valor de y é :


7

a)35 b)56 c)49 d) 70

24)Considerando log2=0,3 e log3=0,4 e log5=0,7 qual é o valor de log 8 600 ?


a)1 b)2 c)3 d)4

Gabarito

22 - A 23 - D 24 - C

28
Exercícios de Aprofundamento:

1) Na divisão do número natural p, pelo número natural m, o quociente é 13 e o resto


5. O menor valor de p é.

a) 18 b) 44 c) 57 d) 83

2) M e P são inteiros positivos. Na divisão de M por P. o quociente é 25 e o resto é o


maior possível. Sobre o número M, é CORRETO afirmar:

a) é par b) é impar c) é múltiplo de 25 d) é divisor de 25

3) No conjunto N, a divisão do número M por 14 apresenta como resto o triplo do


quociente. A soma dos possíveis valores do quociente é:

a) 8 b) 10 c)13 d)23

4) O número de divisores do número 40 é:

a) 8. b) 6. c) 4. d) 2.

5) A soma de todos os divisores do número 105 é :

a) 192 b) 121 c) 120 d) 16

6)O número 2a . 3 . 6. 20 tem 48 divisores. O valor de a é:

a) 1 b) 2 c) 3 d) 4

7)Sendo m, n e p naturais, vamos considerar os números a  2 m.36.7 n e b  2 7.3p .


Sabe-se que o máximo divisor comum de a e b é 72 e que a tem 140 divisores naturais.
Então, a soma m + n + p é igual a :

a) 5 b) 6 c) 8 d) 9

8)A partir das 6 horas, as saídas de ônibus de Poços de Caldas para Varginha, Três
Pontas e Três Corações obedecem aos seguintes horários: para Varginha de 25 em 25
minutos; para Três Pontas, de 40 em 40 minutos e para Três Corações, de 50 em 50
minutos. Os três ônibus, após as 6 horas, saem simultaneamente, pela primeira vez,
depois de:
A) 2h30 B) 2h50 C) 3h10 D) 3h20

29
9) O menor número que dividido por 3, 5 e 7, apresenta sempre resto 1 é:
A) 36 B) 106 C) 212 D) 319

10) Seja m um número inteiro entre 38 e 104. Dividindo-se m por 12 ou 18 ou 24,


obtém-se o mesmo resto 5. Então m pertence ao intervalo:

a) [38, 44] b) [45,56] c) [57, 70] d) [71, 80]

11) Repartindo duas peças de tecido com 40 m e 36 m de comprimento em pedaços


iguais, de maior tamanho possível, o total de pedaços que serão encontrados é:
A) 4 B) 9 C) 10 D) 19

12) Numa quitanda há 1260 bananas, 735 laranjas e 840 caquis. Essas frutas foram
agrupadas de tal modo que todos os grupos ficaram com o mesmo número de frutas,
com uma só espécie e com o maior número possível de frutas. O número de grupos, e
de frutas em cada grupo, é respectivamente:

a) 15 e 100 b) 20 e 80 c) 27 e 105 d) 14 e 90

13) Efetuando-se essa expressão obtém-se:


A) 0
B) 1 (-50) : [(-7)2 - (- 1 )5 ] - (- 3) 2 : [(-2)3 + (- 1)]
C) 2
D) 3

14)O valor da expressão abaixo é:


A)4 2 2
 1 1 2 1
B)0       
 2 6 3 2
C)-4
D)6 .

15)Numa corrida , 2/9 dos ciclistas que dela participam desistem durante a 1ª volta.
Dos que começaram a 2ª volta, 1/7 desistem antes do término da corrida , que se
encerra com 18 ciclistas. O número de ciclistas que iniciaram a corrida é:

a)27 b)36 c)45 d)81

30

16)Se A2
2.
6 .
5 .e
B2
3.
15.
4 ,o número de divisores de A.B é:

a) 60 b)30 c)45 d)90

17)O produto 21,222...


.20,1333...
é igual a :

a) 2 . 51 29 b) 2 . 49 211 c) 2 . 45 216 d) 2 . 30 2

3
1 7x23
18)Seja y .O valor de y é igual a :
4222

a)-8/3 b)-2/3 c)1/2 d)2


1

4
0
,

5
 18 
72
19)Simplificando-se a expressão  x
  
0,777...,obteremos :
   

49 
 3 6

9 2 7 2 101
a) b) c) d)9/2
2 3 9

20)O valor de x neste logaritmo é :

log 0,001  x

a)0 b)3 c)-3 d)1/3

21) O valor de x nesta equação é :


log 8 x  1 / 3

a)2 b)3 c)1/2 d)1/3

22) A expressão M  5 log 2 21  log 2 3  log 2 12 é igual a:

a)-1 b)2 c)3 d)0

23) Simplificando a expressão 4log4 5. log5 3. log3 2 ,obteremos:

a)16 b)8 c)4 d)2

31
24) Se log10123 = 2,09, o valor de log101,23 é:

a)0,09 b)0,209 c)1,209 d)1,09

25)Sendo log 2 = 0,3 e log 3 = 0,47,qual é o valor de log 180 é

a)1,56 b)2,24 c)3,87 d)5,53

26)sendo log a (a 3b 2 )  m ,qual é o valor de log b a ?

2 3 3 m
a) b) c) d)
m3 m2 m 2

Gabarito

1- D 2-B 3-B 4-A 5-A 6-D 7-D


8-D 9-B 10 - D 11 - D 12 - C 13 - A 14 - A
15 - A 16 - D 17 - C 18- A 19- D 20 - C 21- A
22 - C 23 - D 24 - A 25- B 26- A

32
Capítulo II

Polinômios ( Identidade de Polinômios ,operações com polinômios, equações


polinomiais),Produtos notáveis e fatoração.

Produtos Notáveis

Antes de iniciarmos o estudo de produtos notáveis, vamos recordar a propriedade


distributiva da multiplicação:

(a+b).(a+b) = a²+ab+ab+b² = a²+2ab+b²

(a-b).(a-b) = a²-ab-ab+b² = a²-2ab+b²

(a+b+c).(a+b+c)=a²+ab+ac+ab+b²+bc+ac+bc+c²

Somando os termos semelhantes: a²+b²+c²+2ab+2bc+2ac

Notem que na propriedade distributiva: multiplicamos todos os termos (não se


esquecendo das regras dos sinais) e somamos os termos semelhantes.
Afim de economizar tempo e não ter de multiplicar termo a termo, utilizamos os
produtos notáveis.

Produtos Notáveis são aqueles produtos que são freqüentemente usados e para evitar
a multiplicação de termo a termo, existem algumas fórmulas que convém serem
memorizadas.

1) Soma pela diferença: quadrado do primeiro menos o quadrado do segundo.

( a + b ).( a – b ) = a² - b²

2) Quadrado da soma: quadrado do primeiro, mais duas vezes o primeiro pelo


segundo, mais o quadrado do segundo.

( a + b )² = a² + 2ab +b²

3) Quadrado da diferença: quadrado do primeiro, menos duas vezes o primeiro pelo


segundo, mais o quadrado do segundo.

( a – b )² = a² - 2ab + b²

Existem muitas outras fórmulas:

33
( a + b ) ³ = a³ + 3 a ²b + 3ab² + b³

(a – b )³ = a³ - 3 a²b + 3ab² - b³

Fatoração :

Fatorar é transformar equações algébricas em produtos de duas ou mais expressões,


chamadas fatores.

Exemplo: ax + ay = a.(x+y)

Existem vários casos de fatoração como:

1) Fator Comum em evidência: Quando os termos apresentam fatores comuns

Observe o polinômio: ax + ay

Ambos os termos apresentam o fator a em evidência

Assim: ax + ay = a.(x+y)

2) Fatoração por agrupamento

Consiste em aplicar duas vezes o caso do fator comum em alguns polinômios especiais.

Exemplo: ax + ay + bx + by

Os dois primeiros termos possuem em comum o fator a , os dois últimos termos


possuem em comum o fator b. Colocando esses termos em evidência:

a.(x+y) + b.(x+y)

Este novo polinômio possui o termo (x+y) em comum. Assim colocando-o em


evidência:

(x+y).(a+b)

Ou seja: ax + ay + bx + by = (x+y).(a+b)

3) Fatoração por diferença de quadrados:

Consiste em transformar as expressões em produtos da soma pela diferença,


simplesmente extraindo a raiz quadrada de cada quadrado

34
Assim:

4) Fatoração do trinômio quadrado perfeito:

O trinômio que se obtém quando se eleva um binômio ao quadrado chama-se


trinômio quadrado perfeito.

Por exemplo, os trinômios ( )e( ) são quadrados perfeitos


porque são obtidos quando se eleva (a+b) e (a-b) ao quadrado, respectivamente.

Assim:

| |

| |
2x 3y
| __________ |
|
2.2x.3y = 12xy

note que é igual ao segundo termo de

Portanto trata-se de um trinômio quadrado perfeito.


= (forma fatorada)
|____________|
Sinal

Logo: = (forma fatorada)


|____________|
Sinal

Exercícios de fixação:

x2  4
1) Simplificando a fração algébrica obtemos:
2x  4

x2 x2 2 x2


a) b) c) d)
2 x2 x2 x2

35
3x 2  6xy  3y 2
2) 1) Simplificando a fração algébrica obtemos:
3x 2  3y 2

xy xy y x
a) b) c) d)
xy xy xy xy

3) Sendo A  x 2  2x  1 , B  2x  2 e C  x 2  1 , pode-se afirmar que o m.m.c.(A,B,C)


é:

a) 2.(x  1).(x  1) 2 b) 2.(x  1).(x  1) 2 c) (x  1).(x  1) 2 d) 2.( x  1) 2

4)Considere o conjunto dos valores de a e b para os quais a expressão


a b 2ab
M   2 2está definida .Nesse conjunto,a expressão equivalente a M
a ba  ba  b
é:

ab 1 2ab
a) b) c) a  b d)
a b a b a  b2
2

1) A 2) A 3) B 4) A

POLINÔMIOS

Definição

Uma função polinomial ou simplesmente polinômio, é toda função definida pela


relação P(x)= a n x n  a n 1.x n 1  a n 2 .x n 2  ...  a 2 x 2  a1x  a 0

Onde:
a n , a n 1 , a n  2 ,..., a 2 , a1 , a 0 são números reais chamados coeficientes.
n  IN
x  C (nos complexos) é a variável.

Grau de um polinômio:

Grau de um polinômio é o expoente máximo que ele possui. Se o coeficiente an0,


então o expoente máximo n é dito grau do polinômio e indicamos gr(P)=n. Exemplos:
a) P(x)=5 ou P(x)=5.x0 é um polinômio constante, ou seja, gr(P)=0.
b) P(x)=3x+5 é um polinômio do 1º grau, isto é, gr(P)=1.
c) P(x)=4x5+7x4 é um polinômio do 5º grau, ou seja, gr(P)=5.

36
Obs: Se P(x)=0, não se define o grau do polinômio.

 Valor numérico

O valor numérico de um polinômio P(x) para x=a, é o número que se obtém


substituindo x por a e efetuando todas as operações indicadas pela relação que define
o polinômio. Exemplo:

Se P(x)=x3+2x2+x-4, o valor numérico de P(x), para x=2, é:


P(x)= x3+2x2+x-4
P(2)= 23+2.22+2-4
P(2)= 14

Observação: Se P(a)=0, o número a chamado raiz ou zero de P(x).


Por exemplo, no polinômio P(x)=x2-3x+2 temos P(1)=0; logo, 1 é raiz ou zero desse
polinômio.

Alguns exercícios resolvidos:

1º) Sabendo-se que –3 é raiz de P(x)= x3+4x2-ax+1, calcular o valor de a.


Resolução: Se –3 é raiz de P(x), então P(-3)=0.
P(-3)=0 => (-3)3+4(-3)2-a.(-3)+1 = 0
3a = -10 => a=-10/3
Resposta: a=-10/3

2º) Calcular m  IR para que o polinômio


P(x)=(m2-1)x3+(m+1)x2-x+4 seja:
a) do 3ºgrau b) do 2º grau c) do 1º grau

Resposta:
a) para o polinômio ser do 3º grau, os coeficientes de x2 e x3 devem ser diferentes
de zero. Então:
m2-10 => m21 => m1
m+10 => m-1
Portanto, o polinômio é do 3º grau se m1 e m-1.

b) para o polinômio ser do 2º grau, o coeficiente de x3 deve ser igual a zero e o


coeficiente de x2 diferente de zero. Então:
m2-1=0 => m2=1 => m= 1
m+10 => m-1
Portanto, o polinômio é do 2º grau se m= 1.

c) para o polinômio ser do 1º grau, os coeficientes de x2 e x3 devem ser iguais a


zero. Então:
m2-1=0 => m2=1 => m=1

37
m+1=0 => m=-1
Portanto, o polinômio é do 1º grau se m=-1.

3º) Num polinômio P(x), do 3º grau, o coeficiente de x3 é 1. Se P(1)=P(2)=0 e P(3)=30,


calcule o valor de P(-1).
Resolução:
Temos o polinômio: P(x)=x3+ax2+bx+c.
Precisamos encontrar os valores de a,b e c (coeficientes).
Vamos utilizar os dados fornecidos pelo enunciado do problema:

P(1)=0 => (1)3+a.(1)2+b(1)+c = 0 => 1+a+b+c=0 => a + b + c= -1


P(2)=0 => (2)3+a.(2)2+b(2)+c = 0 => 8+4a+2b+c=0 => 4a + 2b + c= -8
P(3)=30 => (3)3+a.(3)2+b(3)+c = 30 => 27+9a+3b+c=30 => 9a + 3b + c= 3

Temos um sistema de três variáveis:

a  b  c  -1

4a  2b  c  -8
9a  3b  c  3

Resolvendo esse sistema encontramos as soluções:


a= 9, b= -34, c= 24
Portanto o polinômio em questão é P(x)= x3+9x2-34x+24.
O problema pede P(-1):
P(-1)= (-1)3+9(-1)2-34(-1)+24 => P(-1)=-1+9+34+24
P(-1)= 66
Resposta: P(-1)= 66

 Polinômios iguais

Dizemos que dois polinômios A(x) e B(x) são iguais ou idênticos (e indicamos A(x)B(x))
quando assumem valores numéricos iguais para qualquer valor comum atribuído à
variável x. A condição para que dois polinômios sejam iguais ou idênticos é que os
coeficientes dos termos correspondentes sejam iguais.

Exemplo:
Calcular a,b e c, sabendo-se que x2-2x+1  a(x2+x+1)+(bx+c)(x+1).
Resolução: Eliminando os parênteses e somando os termos semelhantes do segundo
membro temos:
x2-2x+1  ax2+ax+a+bx2+bx+cx+c
1x2-2x+1  (a+b)x2+(a+b+c)x+(a+c)
Agora igualamos os coeficientes correspondentes:

a  b  1

a  b  c  2
a  c  1 38

Substituindo a 1ª equação na 2ª:
1+c = -2 => c= -3.
Colocando esse valor de c na 3ª equação, temos:
a-3 = 1 => a= 4.
Colocando esse valor de a na 1ª equação, temos:
4+b = 1 => b= -3.
Resposta: a= 4, b= -3 e c= -3.

Obs: um polinômio é dito identicamente nulo se tem todos os seus coeficientes nulos.

 Divisão de polinômios

Sejam dois polinômios P(x) e D(x), com D(x) não nulo.


Efetuar a divisão de P por D é determinar dois polinômios Q(x) e R(x), que satisfaçam
as duas condições abaixo:

1ª) Q(x).D(x) + R(x) = P(x)


2ª) gr(R) < gr(D) ou R(x)=0

P( x) D( x )
R( x) Q( x)

Nessa divisão:
P(x) é o dividendo.
D(x) é o divisor.
Q(x) é o quociente.
R(x) é o resto da divisão.

Obs: Quando temos R(x)= 0 dizemos que a divisão é exata, ou seja, P(x) é divisível por
D(x) ou D(x) é divisor de P(x).

Exemplo:
Determinar o quociente de P(x)=x4+x3-7x2+9x-1 por D(x)=x2+3x-2.
Resolução: Aplicando o método da chave, temos:

x 4  x3  7 x 2  9 x  1 x 2  3x  2
 x 4  3x3  2 x 2 x 2  2 x  1  Q( x)
 2 x3  5 x 2  9 x  1
 2 x3  6 x 2  4 x
x2  5x  1
 x 2  3x  2
2 x  1  R( x)

39
Verificamos que:

  
x 3- 7x2 9x
 - 1  (x  3x - 2) (x 2 - 2x  1)  (2x  1)
4 2
x
        
P(x) D(x) Q(x) R(x)

4x 2  2x  3 2x  1
 4x 2  2x 2x
3
 Divisão de um polinômio por um binômio da forma ax+b

Vamos calcular o resto da divisão de P(x)=4x2-2x+3 por D(x)=2x-1.


Utilizando o método da chave temos:

Logo: R(x)=3
A raiz do divisor é 2x-1=0 => x=1/2.
Agora calculamos P(x) para x=1/2.
P(1/2) = 4(1/4) – 2(1/2) + 3
P(1/2) = 3

Observe que R(x) = 3 = P(1/2)


Portanto, mostramos que o resto da divisão de P(x) por D(x) é igual ao valor numérico
de P(x) para x= 1/2, isto é, a raiz do divisor.

 Teorema do resto

O resto da divisão de um polinômio P(x) pelo binômio ax+b é igual a P(-b/a).

Note que –b/a é a raiz do divisor.

Exemplo: Calcule o resto da divisão de x2+5x-1 por x+1.


Resolução: Achamos a raiz do divisor:
x+1=0 => x= -1
Pelo teorema do resto sabemos que o resto é igual a P(-1):
P(-1)=(-1)2+5.(-1)-1 => P(-1) = -5 = R(x)
Resposta: R(x) = -5.

 Teorema de D’Alembert

40
Um polinômio P(x) é divisível pelo binômio ax+b se P(-b/a)=0

Exemplo: Determinar o valor de p, para que o polinômio P(x)=2x3+5x2-px+2 seja


divisível por x-2.
Resolução: Se P(x) é divisível por x-2, então P(2)=0.
P(2)=0 => 2.8+5.4-2p+2=0 => 16+20-2p+2=0 => p=19
Resposta: p= 19.

 Divisão de um polinômio pelo produto (x-a)(x-b)

Vamos resolver o seguinte problema: calcular o resto da divisão do polinômio P(x) pelo
produto (x-a)(x-b), sabendo-se que os restos da divisão de P(x) por (x-a) e por (x-b) são,
respectivamente, r1 e r2.
Temos:
a é a raiz do divisor x-a, portanto P(a)=r1 (eq. 1)
b é a raiz do divisor x-b, portanto P(b)=r2 (eq. 2)
E para o divisor (x-a)(x-b) temos P(x)=(x-a)(x-b) Q(x) + R(x) (eq. 3)

O resto da divisão de P(x) por (x-a)(x-b) é no máximo do 1º grau, pois o divisor é do 2º


grau; logo:
R(x)=cx+d

Da eq.3 vem:
P(x)=(x-a)(x-b) Q(x) + cx + d
Fazendo:
x=a => P(a) = c(a)+d (eq. 4)
x=b => P(b) = c(b)+d (eq. 5)

Das equações 1, 2, 4 e 5 temos:

ca  d  r1

cb  d  r2
Resolvendo o sistema obtemos:

r1  r2 ar  ar1
c e d 2 , com a  b
ab ab
r r ar  ar1
Logo : R( x)  1 2 x  2 , com a  b
ab ab

Observações:

1ª) Se P(x) for divisível por (x-a) e por (x-b), temos:

41
P(a)= r1 =0
P(b)= r2 =0
Portanto, P(x) é divisível pelo produto (x-a)(x-b), pois:

r1  r2 ar  ar1
R( x)  x 2  00  0
a b a b

2ª) Generalizando, temos:


Se P(x) é divisível por n fatores distintos (x-a1), (x-a2),..., (x-an) então P(x) é
divisível pelo produto (x-a1)(x-a2)...(x-an).

Exemplo:
Um polinômio P(x) dividido por x dá resto 6 e dividido por (x-1) dá resto 8. Qual o resto
da divisão de P(x) por x(x-1)?
Resolução:
0 é a raiz do divisor x, portanto P(0)=6 (eq. 1)

1 é a raiz do divisor x-1, portanto P(1)=8 (eq. 2)


E para o divisor x(x-1) temos P(x)= x(x-1) Q(x) + R(x) (eq. 3)

O resto da divisão de P(x) por x(x-1) é no máximo do 1º grau, pois o divisor é do 2º


grau; logo:
R(x)=ax+b

Da eq.3 vem:
P(x)=x(x-1) Q(x) + ax + b
Fazendo:
x=0 => P(0) = a(0)+b => P(0) = b (eq. 4)
x=1 => P(1) = a(1)+b => P(1) = a+b (eq. 5)

Das equações 1, 2, 4 e 5 temos:

b  6

a  b  8
Logo, b = 6 e a = 2.
Agora achamos o resto: R(x) = ax+b = 2x + 6
Resposta: R(x) = 2x + 6.

 O dispositivo de Briot-Ruffini

Serve para efetuar a divisão de um polinômio P(x) por um binômio da forma (ax+b).
Exemplo: Determinar o quociente e o resto da divisão do polinômio P(x)=3x 3-5x2+x-2
por (x-2).

42
Resolução:

  
RAIZ DO DIVISOR      COEFICIENT
   ES  DE P(x)
     
2 3 5 1 2
 3.(2)  5 1.(2)  1 3.(2)  2

3    1     3  4


COEFICIENT ES DO QUOCIENTE Q(x) RESTO

Observe que o grau de Q(x) é uma unidade inferior ao de P(x), pois o divisor é de grau
1.
Resposta: Q(x)= 3x2 + x + 3 e R(x)= 4.

Para a resolução desse problema seguimos os seguintes passos:


1º) Colocamos a raiz do divisor e os coeficientes do dividendo ordenadamente na
parte de cima da linha horizontal.
2º) O primeiro coeficiente do dividendo é repetido abaixo.
3º) Multiplicamos a raiz do divisor por esse coeficiente repetido abaixo e somamos o
produto com o 2º coeficiente do dividendo, colocando o resultado abaixo deste.
4º) Multiplicamos a raiz do divisor pelo número colocado abaixo do 2º coeficiente e
somamos o produto com o 3º coeficiente, colocando o resultado abaixo deste, e assim
sucessivamente.
5º) Separamos o último número formado, que é igual ao resto da divisão, e os
números que ficam à esquerda deste serão os coeficientes do quociente.

 Decomposição de um polinômio em fatores

Vamos analisar dois casos:


1º caso: O polinômio é do 2º grau.
De uma forma geral, o polinômio de 2º grau P(x)= ax2+bx +c que admite as raízes r1 e r2
pode ser decomposto em fatores do 1º grau, da seguinte forma:

ax2 + bx +c = a(x - r1)(x - r2)

Exemplos:
1) Fatorar o polinômio P(x)= x2 - 4.
Resolução: Fazendo x2- 4 = 0, obtemos as raízes r1= 2 e r2= -2.
Logo: x2- 4 = (x-2)(x+2).

2) Fatorar o polinômio P(x)=x2 - 7x + 10.


Resolução: Fazendo x2 - 7x + 10 = 0, obtemos as raízes r1= 5 e r2= 2.
Logo: x2 - 7x + 10 = (x-5)(x-2).

43
2º caso: O polinômio é de grau maior ou igual a 3.
Conhecendo uma das raízes de um polinômio de 3º grau, podemos decompô-lo
num produto de um polinômio do 1º grau por um polinômio do 2º grau e, se este tiver
raízes, podemos em seguida decompô-lo também.

Exemplo: Decompor em fatores do 1º grau o polinômio 2x3 - x2 - x.


Resolução:
2x3 - x2 - x = x.(2x2-x-1)  colocando x em evidência
Fazendo x.(2x2-x-1) = 0 obtemos: x= 0 ou 2x2 –x -1= 0.
Uma das raízes já encontramos (x= 0).
As outras duas saem da equação: 2x2 – x -1=0 => r1 = 1 e r2= -1/2.
Portanto, o polinômio 2x3 - x2- x, na forma fatorada é:
2.x.(x-1).(x+(1/2)).

Generalizando, se o polinômio P(x)= a n x n  a n 1x n 1  ...  a1x  a 0 admite n raízes r1,


r2,..., rn, podemos decompô-lo em fatores da seguinte forma:

a n x n  a n 1x n 1  ...  a1x  a 0  a n (x  r1 )(x  r2 )...(x  rn )

Observações:
1) Se duas, três ou mais raiz forem iguais, dizemos que são raízes duplas,
triplas, etc.
2) Uma raiz r1 do polinômio P(x) é dita raiz dupla ou de multiplicidade 2 se P(x)
é divisível por (x-r1)2 e não por (x-r1)3.

Exercícios de fixação:

5) Os polinômios P ( )
x 3
ax 2
bx 
cx
deQ)x
(x 3
2x4são iguais. O valor de a
+ b + c + d é igual a :

a)2 b)3 c)4 d)5

A B 4
6) Os valores de A e B na equação   2 são respectivamente:
x  1 x 1 x 1

a) -2 e 2 b) 2 e -2 c) 1 e 3 d) 2 e 5

7)O quociente da divisão do polinômio P


(
x)
2
x 
5 3
x 4
x2
3
x
4por x 2  1 é:
a) 2x33x4 b) 2x3 x4

44
c) 2x3 3x4 d) 2x3 3x4

8) Os valores de m e n, para os quais o resto da divisão de p(x)= 2 x 3  3x 2  mx  n por


Q(x) = x 2  3x  2 , seja 2x + 1, são:

a) m = 9, n = - 1 b) m = - 3, n = 7 c) m = 2, n = 3 d) m = 2, n = 1

9)Qual é o valor de k,se o polinômio p(x) = x2 + k.x – 3 é divisível por q(x) = x – 1 ?

a)-1 b)2 c)3 d)0

5) B 6) A 7) A 8) B 9) B

Exercícios de Aprofundamento:

1) Sabendo que a 3  3ab 2  1, a expressão a  b  a  b é equivalente a:


3 3

a) 1 b) 2 c) 2a 2 d) 21  3ab 2 

1
2) Sabendo que a  1 a  3 , qual o valor de a 2  ?
a2

a) 6 b) 7 c) 8 d) 9

24 y  6 xy  15 x  60
3) Simplificando-se a expressão , obtém-se:
10 x  40  4 xy  16 y

 3x  4  2x  4
a) , y  5 2, x  4 b) , y  5 2, x  4
2x  4 3x  4

2x  4 3x  4
c) , y   5 2 , x  2 d) , y   5 2 , x  2
3x  4 2x  2

x3  2x 2  x
4) Se os números reais x e y são tais que y = , então y é igual:
x 3  3x 2  3x  1

45
x2 x 1 x
a) 2 7 b) c) d)
x3 x3 x 1

1 A B C
  
 
5) Os valores de A, B e C, para os quais para todo
x x 1
2
x x 1 x 1
x  R –{-1, 0, 1}, são respectivamente:

1 1 1 1 1 1 1 1
a)  1, , b)  1, , c) 1, , d) 1, ,
2 2 2 2 2 2 2 2

6) Se o resto da divisão de x 3  px  q por x 2  x  2 é igual a 4, então pq vale:

a) -1 b) -5 c) -6 d) 1

7) Sendo -2 uma das raízes do polinômio f = 2 x 3  3x 2  3x  2 , é correto afirmar que f


é divisível por:

a) x - 2 b) x + 1 c) 2x + 1 d) 2x – 1

Gabarito

1) b 2) b 3) a 4) d 5) b
6) c 7) c

46
Capítulo III

Equações de 1º e 2º graus

Equações do 10 grau

São todas as sentenças matemáticas da forma ax+b=0 (a  0) ou redutíveis a ela

Exemplos: 1) 2x – 6 = 0
2) 3 ( x + 4) – 2 ( 1 – 2x) = 6

Resolução:

b
Temos: ax + b = 0  ax = -b  x  
a

 b
S   
 a
b
Obs:  é a raiz da equação
a

Exemplos:

1) 6x – 12 = 0
6x = 12
12
x
6
x=2 S = {2}

2) 3 ( 1 – 2x ) + 5 ( x + 6 ) = 4
3 – 6x + 5x + 30 = 4
- x + 33 = 4
- x = 4 – 33
- x = - 29 ( -1)
x = 29 S = {29}

x  1 1  2x x2
3)   1
5 10 2
M.M.C (5, 10, 2) = 10

2 ( x + 1 ) – 1 ( 1 – 2x) = 10 + 5 ( x + 2)
2x + 2 – 1 + 2x = 10 + 5x + 10
4x + 1 = 20 + 5x
4x – 5x = 20 – 1
-x = 19 ( - 1 )

47
x = - 19
S= {-19}

Equação do 2º Grau

A equação do 2º grau é toda igualdade que pode ser escrita na forma:

ax2 + bx + c = 0

Onde a, b e c são números reais e a  0. A equação será incompleta se b ou c


forem iguais a zero.
Toda equação do 2º grau tem duas raízes. Se o coeficiente b for igual a zero, então
as raízes serão simétricas. Se o coeficiente c for igual a zero, então uma das raízes será
igual a zero.

Equações Incompletas

Equações com b = 0:

Exemplo:
2x2 – 32 = 0
2x2 = 32
x2 = 32
2
x2 = 16

x =  16
x = 4
Solução: x’ = 4 e x” = - 4

Equações com c = 0:

Exemplo:
2x2 – 10x = 0
x (2x – 10) = 0
Para o produto ser zero:
x = 0 ou 2x – 10 = 0
2x = 10
x = 10
2
x = 5

Solução: x’ = 0 e x” = 5

48
Equações Completas:

As raízes serão obtidas pela fórmula de Báskara:

b 
x .
2a

Onde  = b2 – 4ac

Se  > 0 , então a equação tem duas raízes reais e distintas.


Se  = 0 , então a equação tem duas raízes reais e iguais entre si.
Se  < 0 , então a equação não tem raízes reais (elas são imaginárias).

Produto das raízes: é uma fórmula para calcular o resultado da multiplicação das
raízes, sem chegar a calculá-las ( x’ . x”)
c
P =
a

Soma das raízes: é uma fórmula para calcular a soma das raízes, sem calculá-las (x’ +
x”).

b
S =
a

Exercícios de aprofundamento:

1)A razão entre as idades de duas pessoas ,é atualmente de 3/4. Há dez anos atrás,era
de 1/3 .Pode –se afirmar que as diferenças entre as idades é:

a) 1 ano
b) 2 anos
c) 4 anos
d) 5 anos

2)Um casal tem filhos e filhas . Cada filho tem o número de irmãos igual ao número de
irmãs.Cada filha tem o número de irmãos igual ao dobro do número de irmãs. Qual o
número total de filhos do casal?

a)3
b)4
c)5
d)7

3)Uma pessoa distribuiu 240 balas por certo número de crianças. Se elas recebessem
uma bala a menos, receberiam tantas balas quanto elas eram. O número de crianças é:

a)16

49
b)15
c)12
d)24

4)Se m e n são raízes da equação 7 x 2  9 x  21  0 ,então (m+7).(n+7) vale:

a)43
b)37
c)56
d)63

5)Para executar serviços elétricos em um condomínio ,foram adquiridos 1200 metros


de fio que custaram R$ 900,00.O fio A foi comprado a R$ 0,60 o metro e o fio B a R$
0,80. A razão entre as quantidades de metros de fios A e B é:

a)3/2
b)4/3
c)1/4
d)1/3

6) Para cobrir eventuais despesas durante uma excursão,os estudantes A e B


receberam quantias iguais. Ao final da excursão ,A tinha 1/7 do total recebido e B 1/8
do total recebido,ficando com R$ 2,00 a menos que A. O valor que cada estudante
recebeu em reais é:

a)112
b)134
c)168
d)180

7) Pai e filho com 100 fichas cada um, começaram um jogo. O pai passava 6 fichas ao
filho a cada partida que perdia e recebia dele 4 fichas quando ganhava. Depois de 20
partidas,o número de fichas do filho era de três vezes o do pai. Quantas partidas o
filho ganhou?

a)10 b)11 c)12 d)13

8) As x pessoas de um grupo deviam contribuir com quantias iguais a fim de arrecadar


R$ 15000,00. Entretanto, 10 delas deixaram de fazê-lo ocasionando, para as demais,
um acréscimo de R$ 50,00 nas respectivas contribuições. Então x vale:

a) 60 b) 80 c) 95 d) 115

9)Eu tenho o dobro da idade que tu tinhas quando eu tinha o que tu tens.Quando
tiveres a idade que eu tenho, a soma de nossas idades será de 45 anos.Quantos anos
eu tenho?

50
a)15
b)20
c)25
d)32

1 1
10)Se m e n são as raízes de x 2  6 x  10  0 ,então  vale:
m n
a)6
b)2
c)1
d)3/5

11)As raízes da equação x 2  2ax  a 2  b2  0 ,com a e b reais,nunca são números :

a)Complexos(não reais)
b)Inteiros negativos
c)Racionais e não inteiros
d)Irracionais

12)A diferença entre os quadrados de dois números naturais é 21. Um dos possíveis
valores da soma dos quadrados desses dois números é:

a) 29 b) 97 c) 132 d) 184

Gabarito

1) C 2) D 3) B 4) A 5) D 6) A
7) D 8) A 9) B 10) D 11) A 12) A

51
Capítulo IV

Sistema legal de unidades de medida

Unidades de Comprimento

Unidade Padrão: Metro (m)

Múltiplos:
Decâmetro (dam)  1 dam = 10 m
Hectômetro (hm)  1 hm = 100 m
Quilômetro (km)  1 km = 1 000 m

Sub-múltiplos:
Decímetro (dm)  1 dm = 0,1 m
Centímetro (cm)  1 cm = 0,01 m
Milímetro (mm)  1 mm = 0,001 m

Representação na escala:

Km hm dam m dm cm mm
_______________________________________

52
Exemplo: Transformar para metros a medida 43,7 hm.
Devemos deslocar a vírgula, que está na posição hm, para a posição m, que são duas
casas para a direita. A solução então é

Km hm dam m dm cm mm
___________________________________

4 3 7 0,

Atenção: Completa-se com zero a posição que estiver vazia, assim temos 4.370 m.

Unidades de Área

Unidade Padrão: Metro Quadrado(m2)

Múltiplos:
Decâmetro quadrado(dam2)  1 dam2 = 100 m2
Hectômetro quadrado(hm2)  1 hm2 = 10 000m2
Quilômetro quadrado(km2)  1 km2=1 000 000m2

Sub-múltiplos:
Decímetro quadrado(dm2)  1 dm2 = 0,01 m2
Centímetro quadrado(cm2)  1 cm2 = 0,0001 m2
Milímetro quadrado(mm2)  1 mm2= 0,000 001 m2

Representação na escala:

Km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2


___________________________________

53
Observação:
Cada posição de unidade corresponde, nesse caso, a dois algarismos que serão
deslocadas pela vírgula, na transformação, em cada casa.

Exemplo:
Transformar para metros quadrados a medida 212,35 hm2.
Devemos deslocar a vírgula, que está na posição hm2, para a posição m2, que são
quatro casas para a direita. A solução então é

Km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2


___________________________________

2 12 35 00,

Completa-se com zeros as posições que estiverem vazias, assim temos, 2.123.500 m 2.
Hectare: é uma unidade de medida para grandes áreas. A correspondência é: 1 ha = 1
hm2
Os sub-múltiplos do hectare são o are (1 dam2) e o centiare (1 m2), desta maneira
sabemos que
1 ha = 10.000 m2

Unidades de Volume

Unidade Padrão: Metro cúbico (m3)

Múltiplos:
Decâmetro cúbico(dam3)  1 dam3 = 1 000 m3
Hectômetro cúbico(hm3) 1 hm3 = 1 000 000m3
Quilômetro cúbico(km3)  1 km3 = 1 000 000 000m3

Sub-múltiplos:
Decímetro cúbico(dm3)  1 dm3 = 0,001 m3
Centímetro cúbico(cm3) 1 cm3 = 0,000001 m3
Milímetro cúbico(mm3)  1 mm3 = 0,000 000 001 m3

54
Observação: Cada posição de unidade corresponde, nesse caso, a três casas que serão
deslocadas pela vírgula, na transformação.

Exemplo:
Transformar para metros cúbicos a medida 1.356,215 dam3.
Devemos deslocar a vírgula, que está na posição dam3, para a posição m3, que são três
casas para a direita. A solução então é

Km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3


___________________________________

1 356 215,

Completa-se com zeros as posições que estiverem vazias, assim temos, 1.356.215 m 3.

Unidades de Capacidade

Unidade Padrão: Litro (l)

Múltiplos:
Decalitro (dal)  1 dal = 10 l
Hectolitro (hl)  1 hl = 100 l
Quilolitro (kl)  1 kl = 1 000 l

Sub-múltiplos:
Decilitro (dl)  1 dl = 0,1 l
Centilitro (cl)  1 cl = 0,01 l
Mililitro (ml)  1 ml = 0,001 l

Exemplo: Transformar para litros a medida 0,456 hl.

55
Devemos deslocar a vírgula, que está na posição hl, para a posição l, que são duas
casas para a direita. A solução então é

Kl hl dal l dl cl ml
___________________________________

0 4 5, 6

Atenção: Despreza-se o zero à esquerda, assim temos 45,6 l.

Observação:
A relação que existe entre as unidades de capacidade e volume é:
1 dm3 = 1 l e 1 m3 = 1.000 l

Exemplo: Transformar para litros o volume de 53 m3.


(l)
Km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3
___________________________________

53 000,
Como 53 está na casa do metro cúbico, temos que andar três casas com a vírgula
para chegarmos ao decímetro cúbico (litro), assim temos 53.000 litros.

Unidades de Massa

Unidade Padrão: Grama (g)

Múltiplos:
Decagrama (dag)  1 dag = 10 g
Hectograma (hg)  1 hg = 100 g
Quilograma (kg)  1 kg = 1 000 g

56
Sub-múltiplos:
Decigrama (dg)  1 dg = 0,1 g
Centigrama (cg)  1 cg = 0,01 g
Miligrama (mg)  1 mg = 0,001 g

Exemplo: Transformar para gramas a medida 2,65 hg.


Devemos deslocar a vírgula, que está na posição hg, para a posição g, que são duas
casas para a direita. A solução então é

Kg hg dag g dg cg mg

2 6 5,
Assim o resultado é 265 gramas.

Unidades de Tempo

Unidade Padrão: Segundo (seg)

Múltiplos:
Minuto (min)  1 min = 60 seg
Hora (h)  1h = 3 600 seg

Observação: 1 h = 60 min

Como podemos notar, as unidades de tempo não são decimais como as demais
unidades de medida, portanto não podem ser representadas no mesmo tipo de escala
que as demais unidades.

57
Exemplos:
a) Transformar 3h20 em segundos.
3 horas são 3 x 3.600 = 10.800 seg
20 minutos são 20 x 60 = 1.200 seg
Então o resultado é a soma dos dois resultados:
12.000 segundos.

b) Transformar 4.600 segundos em horas, minutos e segundos.


4.500 : 60 = 76 minutos e sobram 40 segundos
76 minutos tem 1 hora e sobram 16 minutos.
Assim o resultado é 1 hora, 16 minutos e 40 segundos.

Exercícios de aprofundamento

1) Ao reformar-se o assoalho de uma sala, suas 49 tábuas corridas foram substituídas


por tacos. As tábuas medem 3 m de comprimento por 15 cm de largura e os tacos, 20
cm por 7,5 cm. O número de tacos necessários para essa substituição foi:

a) 1029 b) 1050 c) 1470 d) 1500

2)Uma torneira goteja 7 vezes a cada 20 segundos.Admitindo que as gotas tenham


sempre volume igual a 0,2 mL,o volume de água que vaza por hora é igual a :

a)25 mL b)0,252 L c)2,52 L d)25 L

3) A capacidade de um frasco é de um decilitro. Em centímetros cúbicos, o volume do


frasco é igual a :

a) 0,01 b) 0,10 c) 1,00 d) 100,00

4)Um reservatório contendo 200L de água ,está sendo esvaziado por meio de uma
torneira de vazão 200 cm3 /min. O tempo necessário para esvaziar completamente o
reservatório ,em minutos é:

a)1 b)10 c)100 d)1000

5)Em 1957,a lagoa da Pampulha tinha 18.000.000 m3 de água e atualmente tem


11.000.000 m3 .Considerando um caminhão pipa de 7000 l de capacidade,o número

58
de vezes que se deveria encher este caminhão para que a lagoa voltasse a ter o mesmo
volume de água de de 1957 é:

a)10.000 b)100.000 c)1.000.000 d)10.000.000

6)Um barril cheio de água pesa 1160 g e com água até a metade de sua capacidade,
6,5 hg.O peso do barril vazio em kg é:

a)0,07 b)0,12 c)0,14 d)0,25

7) Assinale a alternativa correta, dentre as apresentadas:

a) 350 m = 35000 mm
b) 6,4 dm³ = 64 cm³
c) 8,7 dam² = 870 m²
d) 137,8 g = 1,378 kg

8) Se uma caixa d'água tem a forma de um paralelepípedo retângulo, em que a base é


um retângulo de lados 100 cm x 50 cm e a altura mede 80 cm, então o volume da caixa
d'água, em litros, é igual a:

a) 200 b) 400 c) 2000 d) 4000

Gabarito

1) C 2) B 3) D 4)D 5)C 6)C 7) C 8) B

59
Capítulo V

Razão e Proporção, Grandezas direta e inversamente proporcionais, Regra de


Três Simples e Composta,

Razão

Chama-se de razão entre dois números racionais a e b, com b  0, ao quociente entre


a
eles. Indica-se a razão de a está para b como ou a : b.
b
Onde a é denominado como antecedente e b, como conseqüente da razão.

Exemplo: Numa festa há 20 rapazes e 25 moças. A razão entre o número de rapazes e


20 4
o de moças é  , ou seja, para cada 4 rapazes existem 5 moças na sala.
25 5

Proporção: é uma igualdade entre duas razões.

60
a c
  a :b  c:d  k
b d
Sendo a e d os extremos e b e c os meios da proporção. k a constante de
proporcionalidade

Exemplo:

2 4

5 10

Obs.: lê-se: dois está para cinco, assim como quatro está para dez.

Propriedade fundamental das proporções:

Em toda proporção, o produto dos meios é igual ao produto dos extremos.

a c
  a.d  b.c
b d

Propriedade geral das proporções:

Pode-se incluir uma nova razão em qualquer proporção, considerando-se a


equivalência abaixo.

a c e a  c  e...
  ... 
b d f b  d  f ...

GRANDEZAS DIRETAMENTE PROPORCIONAIS

Duas grandezas são diretamente proporcionais quando, aumentando uma delas, a


outra aumenta na mesma proporção da primeira.

Exemplo:

Um carro percorre:
* 80 km em 1 hora
* 160 km em 2 horas
* 240km em 3 horas

Então, o tempo e a distância são grandezas diretamente proporcionais, pois


aumentam na mesma proporção.

GRANDEZAS INVERSAMENTE PROPORCIONAIS

61
Duas grandezas são inversamente proporcionais quando, aumentando uma delas, a
outra diminui na mesma razão da primeira.

Exemplo:

Um carro faz um percurso em:


* 1 hora com velocidade de 90km/h
* 2 horas com velocidade de 45km/h
* 3 horas com velocidade de 30km/h

Então, o tempo e a velocidade são grandezas inversamente proporcionais, conforme


mostrado no exemplo acima.

REGRA DE TRÊS SIMPLES:

Os problemas que envolvem duas grandezas diretamente ou inversamente


proporcionais podem ser resolvidos através de um método prático, chamado regra de
três simples.

Veja os exemplos:

1º exemplo:

Comprei 10 m de corda por R$5. Quanto pagarei por 16m?

Raciocínio: Aumentando a quantidade de metros, o valor também aumenta.

Veja o esquema:

metros | reais
5 20
12 x

O esquema acima mostra grandezas diretamente proporcionais.

10 = 16 => 10x = 16 . 5
5 x
10x = 80
x=8

Resposta: R$8,00

2º exemplo:

62
Com 10 pedreiros podemos construir um muro em 2 dias. Quantos dias levarão 5
pedreiros para fazer o mesmo trabalho?

Raciocínio: Diminuindo a quantidade de pedreiros, o número de dias aumenta.

pedreiros | dias
10 2
5 x

O esquema acima mostra grandezas inversamente proporcionais.

5 = 2 => 5x = 10 . 2
10 x
5x = 20
x=4

Resposta = 4 dias

REGRA DE TRÊS COMPOSTA:

A regra de três composta é um processo prático para resolver problemas que


envolvem mais de duas grandezas diretamente ou inversamente proporcionais.

Exemplo:

Uma fábrica, em 3 dias de trabalho, produz 360m de tecidos, fazendo funcionar 8


máquinas. Em quantos dias poderá produzir 1.080m de tecidos, fazendo funcionar 6
máquinas?

Comparamos a grandeza que tem incógnita com cada uma das outras:

dias | tecidos | máquinas


3 360 8
x 1080 6

1) Dias e Tecidos são grandezas diretamente proporcionais.


2) Dias e Máquinas são grandezas inversamente proporcionais.

Veja o método para resolução:

A) Inverta os valores correspondentes da última grandeza:

3 360 6
x 1080 8

63
B) Igualar a razão que contém a incógnita x com o produto das outras razões:

3 360 6
 .
x 1080 8

3 1
 x = 12
x 4
Resposta: 12 dias

Exercícios de fixação:

1)Uma empresa é formada por três sócios ,que na formação da mesma investiram
R$12000,00 , R$18000,00 e R$20000,00 , respectivamente. Após um ano, na partilha
proporcional de um lucro de R$180000,00, a parte que coube ao sócio que investiu
mais foi de:

a) R$54000,00 b)R$63000,00
c)R$72000,00 d)R$108000,00

2)Um prêmio de R$4640,00 deve ser dividido entre os três funcionários de uma
empresa de forma inversamente proporcional ao número de faltas de cada um.Se Ana
faltou 8 dias, Cláudia 9 dias e Paulo 6 dias,Qual foi a parte de Cláudia?

a) R$1280,00 b)R$1340,00
c)R$1480,00 d)R$1540,00

3) Uma engrenagem de 36 dentes movimenta outra de 48 dentes. Enquanto a primeira


dá 160 voltas, quantas voltas dá a segunda?

a) 100 b) 110 c)120 d)140

4)Operando 12 horas por dia horas, 20 máquinas produzem 6000 peças em 6 dias.
Com 4 horas a menos de trabalho diário, 15 daquelas máquinas produzirão 4.000
peças em:

a) 8 dias b) 9 dias
c) 9 dias e 6 horas. d) 8 dias e 12 horas.

64
5)Se dois gatos comem dois ratos em dois minutos, para comer 60 ratos em 30
minutos são necessários:

a) 4 gatos b) 3 gatos c) 2 gatos d) 5 gatos

6)Uma torneira enche um tanque em 24 horas. Outra torneira enche o mesmo tanque
em 48 horas. Em quanto tempo as duas juntas enchem este tanque?

a)12 horas b)14 horas c)16 horas d)18 horas

7)Uma torneira enche um tanque em 4 horas. Outra torneira enche o mesmo tanque
em 6 horas. No fundo do tanque há um ralo que o esvazia em 3 horas. Quanto tempo
será necessário para se encher ¾ deste tanque se as duas torneiras e o ralo estiverem
abertos?

a)5 horas b)6 horas c)9 horas d)12


horas

Gabarito

1) C 2) A 3) C 4) A 5) A 6) A 7) C

Exercícios de aprofundamento:

1) Numa campanha de divulgação do vestibular, o diretor mandou confeccionar


cinqüenta mil folhetos. A gráfica realizou o serviço em cinco dias, utilizando duas
máquinas de mesmo rendimento, oito horas por dia. O diretor precisou fazer nova
encomenda. Desta vez, sessenta mil folhetos. Nessa ocasião, uma das máquinas estava
quebrada. Para atender ao pedido, a gráfica prontificou-se a trabalhar 12 horas por dia,
executando o serviço em :

a) 5 dias b) 8 dias c) 10 dias d) 12 dias

2) Se K abelhas, trabalhando K meses do ano, durante K dias do mês, durante K horas


por dia, produzem K litros de mel; então, o número de litros de mel produzidos por W
abelhas, trabalhando W horas por dia, em W dias e em W meses do ano será :

65
K3 W5 K4 W4
2 3 3 3
a) W b) K c) W d) K

3) Dois empresários, A e B ,investiram um total de 490 milhões de reais em uma


fábrica. Todo o lucro ou prejuízo é dividido, entre os dois, proporcionalmente ao
capital empregado. Se o lucro de A foi de 15 milhões e o de B foi de 20 milhões, a
diferença entre os capitais investidos em milhões de reais foi de:

a)5 b)70 c)110 d)210

4) Um pedreiro faz um muro em 6 horas. Outro pedreiro nas mesmas condições que o
primeiro, faz o mesmo muro em 9 horas. O tempo que os dois gastarão trabalhando
juntos, para fazer o mesmo muro, nas mesmas condições anteriores é:

a) 3 horas e 36 minutos
b) 7 horas
c) 4 horas
d) 7 horas e 36 minutos

5) As famílias Oliveira , de três pessoas ,e Alves ,de cinco pessoas,alugaram uma casa
na praia.No fim da temporada,a primeira pagou R$ 1060,00 e a segunda R$ 812,00.A
quantia que cada família deveria ter pago,para que a despesa fosse proporcional ao
número de pessoas de cada uma ,em reais ,é:

a)R$ 374,00 e R$ 1498,00


b) R$ 624,00 e R$ 1248,00
c) R$ 702,00 e R$ 1170,00
d) R$ 750,00 e R$ 1122,00

6) No quadro abaixo, têm-se as idades e os tempos de serviço de dois técnicos


judiciários de uma certa circunscrição judiciária:

Idade Tempo
(em de
anos) Serviço

66
(em
anos)
João 36 8
Maria 30 12

Esses funcionários foram incumbidos de digitar as laudas de um processo. Dividiram o


total de laudas entre si, na razão direta de suas idades e inversa de seus tempos de
serviço no Tribunal. Se João digitou 27 laudas, o total de laudas do processo era

a) 40 b) 41 c) 42 d) 43

7) Para asfaltar 1 km de estrada, 30 homens gastaram 12 dias trabalhando 8 horas por


horas por dia. Vinte homens, para asfaltar 2 km da mesma estrada, trabalhando 12
horas por dia, gastarão:

a) 6 dias. b) 12 dias. c) 24 dias. d) 28 dias.

8) Três máquinas imprimem 9.000 cartazes em 12 dias. Em quantos dias 8/3 dessas
máquinas imprimem 4/3 dos cartazes, trabalhando o mesmo número de horas por
dia?

a) 4 dias. b) 6 dias. c) 9 dias. d) 12 dias

9) João faz um muro em 20 dias,e Pedro faz o mesmo muro em 30 dias. Tendo
trabalhado juntos durante 5 dias, passaram a ser ajudados por Carlos e terminaram o
muro em 3 dias. Em quantos dias Carlos construiria o muro sozinho:

a) 4 b) 6 c)8 d)9

10) Os funcionário A e B,encarregados de fazer um muro,fariam todo o trabalho em


12 dias. Depois de 4 dias de trabalho A adoeceu e B terminou o muro em 10 dias.
Podemos afirmar que B fez uma fração do muro correspondente a:

a) 1/2 b)14/15 c)1/15 d)1/60

Gabarito

1) A 2) D 3) B 4) A 5) C
6) C 7) C 8) B 9) D 10) B

67
68
Capítulo VI

Funções,função polinomial do 1º grau , função polinomial do 2º grau,função


exponencial e função logaritmica

Considerando dois conjuntos não vazios, chama-se função a relação f de A em B,


quando a cada elemento x do conjunto A está associado um único elemento y do
conjunto B.

a: { (0,9) , (1,9) , (3,7) }

O elemento y é a imagem do elemento x.


O conjunto A é chamado de domínio da função f.
O conjunto B é chamado de contra-domínio da função f.

Observações:

1ª. Cada elemento de A só tem um correspondente em B, portanto não há repetição


de abcissas (abcissa, ordenada).
2ª. Os elementos em B podem ter mais de um correspondente em A.
3ª. Todos os elementos de A terão correspondentes em B.
4ª. Nem todos os elementos de B necessitam de correspondentes em A.

Funções

1. Não é função, pois o elemento 1 não tem imagem em B. Além disso, o zero tem
duas imagens.

2. É Função Injetora, pois os diferentes elementos de A têm imagens diferentes em B


(um pra um).

69
3. É Função Sobrejetora, pois todos os elementos do contra-domínio são imagens dos
elementos do domínio (não sobra).

4. É Função Bijetora, pois é injetora e sobrejetora ao mesmo tempo.

Funções reais: São as funções definidas em RxR. Podem ser representadas de forma
algébrica ou gráfica:

Exemplo: A função y= 2x+3 ou f(x)=2x+3 possui alguns pares ordenados:

x y= 2x+3
-1 y=2.(-1)+3=1 (-1,1)
0 y=2.0+3=3 ( 0,3)
1 Y=2.1+3=5 ( 1,5)

Assim,os pares ordenados obtidos acima,podem ser visualizados no gráfico da função


abaixo:

Função Constante

Na equação da Função f (x) = ax + b, o coeficiente a = 0, então a função


constante é do tipo f (x) = b.

Exemplo:

70
Exercícios de fixação:

1) Seja f : R→R uma função tal que f(x + 1) = 2f(x) – 5 e f(0)= 6. O valor de f(2) é:

a) 0 b) 3 c) 8 d) 9


 3x  1, se x  1
2)A função f,de IR em IR é definida por g ( x)   .O valor de
  x  2 , se x  1
 3
g(1)g 5 
3
g(0) g  
2
3
é:

a)5/4 b)4/5 c)3/4 d)4/3

3) Se f(x+1) = x2, então o valor de f(2) é:

a) 9 b) 1 c) 4 d) 16

4) Dentre os gráficos abaixo,marque aquele que não representa uma função:

a)

71
b)

c)

d)

Gabarito

1) D 2) C 3) B 4) D

Função de 1º grau

Definição: Chama-se função polinomial do 1º grau, ou função afim, a qualquer função


f de IR em IR dada por uma lei da forma f(x) = ax + b, onde a e b são números reais
dados e a 0.

Na função f(x) = ax + b, o número a é chamado de coeficiente de x e o número b é


chamado termo constante.

Veja alguns exemplos de funções polinomiais do 1º grau:

f(x) = 5x - 3, onde a = 5 e b = - 3
f(x) = -2x - 7, onde a = -2 e b = - 7
f(x) = 11x, onde a = 11 e b = 0

Gráficos: O gráfico de uma função polinomial do 1º grau, y = ax + b, com , é uma reta


oblíqua aos eixos Ox e Oy.

72
Exemplo:

Vamos construir o gráfico da função y = 3x - 1:


Como o gráfico é uma reta, basta obter dois de seus pontos e ligá-los :

a) Para x = 0, temos y = 3 · 0 - 1 = -1; portanto, um ponto é (0, -1).

b) Para y = 0, temos 0 = 3x - 1; portanto, e outro ponto é .

Marcamos os pontos (0, -1) e (1/3,0) no plano cartesiano e ligamos os dois com uma
reta.

x y
0 -1

Já vimos que o gráfico da função afim y = ax + b é uma reta.

O coeficiente de x, a, é chamado coeficiente angular da reta e, como veremos adiante,


a está ligado à inclinação da reta em relação ao eixo Ox.

O termo constante, b, é chamado coeficiente linear da reta. Para x = 0, temos


y = a · 0 + b = b. Assim, o coeficiente linear é a ordenada do ponto em que a reta corta
o eixo Oy.

Raízes da função do 1º grau:

Chama-se zero ou raiz da função polinomial do 1º grau f(x) = ax + b, a 0, o número


real x tal que f(x) = 0.

Temos:

f(x) = 0 ax + b = 0 x=-b/a

73
Exemplo:

Obtenção do zero da função f(x) = 2x - 5:

f(x) = 0 2x - 5 = 0 x=5/2

Crescimento e decrescimento

Consideremos a função do 1º grau y = 3x - 1. Vamos atribuir valores cada vez maiores a


x e observar o que ocorre com y:

x -3 -2 -1 0 1 2 3
y -10 -7 -4 -1 2 5 8

Notemos que, quando aumentos o valor de x, os correspondentes valores de y também


aumentam. Dizemos, então que a função y = 3x - 1 é crescente.
Observamos novamente seu gráfico:

Regra geral:

a função do 1º grau f(x) = ax + b é crescente quando o coeficiente de x é positivo (a >


0);
a função do 1º grau f(x) = ax + b é decrescente quando o coeficiente de x é negativo
(a < 0);

Justificativa:

74
 para a > 0: se x1 < x2, então ax1 < ax2. Daí, ax1 + b < ax2 + b, de onde vem f(x1) <
f(x2).
 para a < 0: se x1 < x2, então ax1 > ax2. Daí, ax1 + b > ax2 + b, de onde vem f(x1) >
f(x2).

Estudo do sinal:

Estudar o sinal de uma qualquer y = f(x) é determinar os valor de x para os quais y é


positivo, os valores de x para os quais y é zero e os valores de x para os quais y é
negativo.
Consideremos uma função afim y = f(x) = ax + b vamos estudar seu sinal. Já vimos
que essa função se anula pra raiz x=-b/a. Há dois casos possíveis:

1º) a > 0 (a função é crescente)

y>0 ax + b > 0 x > -b/a

y<0 ax + b < 0 x < -b/a

Conclusão: y é positivo para valores de x maiores que a raiz; y é negativo para valores
de x menores que a raiz

2º) a < 0 (a função é decrescente)

y>0 ax + b > 0 x < -b/a

y<0 ax + b < 0 x > -b/a

Conclusão: y é positivo para valores de x menores que a raiz; y é negativo para


valores de x maiores que a raiz.

75
Exercícios de fixação:

5)O gráfico da função f(x) = ax + b está representado na figura abaixo

O valos de a + b é:
a) -1 b) 1/5 c) 3/2 d) 2

6) Sabendo que os pontos (2, -3) e (-1, 6) pertencem ao gráfico da função f: IR:IR
definida por f(x)= ax+b, determine o valor de b - a.

a) 3. b) 4. c) 5. d) 6

3x  2 b
7)O conjunto solução da inequação  1 é S = {x  R / a  x<b}.O valor de é:
x 3 a

a)3/2 b)5/2 c)3 d)6

Gabarito

5) C 6) D 7) D

Função Quadrática

76
Definição

Chama-se função quadrática, ou função polinomial do 2º grau, qualquer função f de


IR em IR dada por uma lei da forma f(x) = ax2 + bx + c, onde a, b e c são números reais
e a 0.

Vejamos alguns exemplos de função quadráticas:

f(x) = 3x2 - 4x + 1, onde a = 3, b = - 4 e c = 1

f(x) = x2 -1, onde a = 1, b = 0 e c = -1

f(x) = 2x2 + 3x + 5, onde a = 2, b = 3 e c = 5

f(x) = - x2 + 8x, onde a = 1, b = 8 e c = 0

f(x) = -4x2, onde a = - 4, b = 0 e c = 0

Gráfico: O gráfico de uma função polinomial do 2º grau, y = ax2 + bx + c, com a 0, é


uma curva chamada parábola.

Exemplo:

Vamos construir o gráfico da função y = x2 + x:

Primeiro atribuímos a x alguns valores, depois calculamos o valor correspondente de y


e, em seguida, ligamos os pontos assim obtidos.

x y
-3 6
-2 2
-1 0

0 0
1 2
2 6

Observação:

Ao construir o gráfico de uma função quadrática y = ax2 + bx + c, notaremos sempre


que:

77
 se a > 0, a parábola tem a concavidade voltada para cima;
 se a < 0, a parábola tem a concavidade voltada para baixo;

Raiz da equação do 2º Grau

Chama-se zeros ou raízes da função polinomial do 2º grau f(x) = ax2 + bx + c , a 0,


os números reais x tais que f(x) = 0.

Então as raízes da função f(x) = ax2 + bx + c são as soluções da equação do 2º grau


ax2 + bx + c = 0, as quais são dadas pela chamada fórmula de Bhaskara:

Temos:

Observação

A quantidade de raízes reais de uma função quadrática depende do valor obtido para
o radicando , chamado discriminante, a saber:

 quando é positivo, há duas raízes reais e distintas;


 quando é zero, há só uma raiz real;
 quando é negativo, não há raiz real.

Coordenadas do vértice da parábola

Quando a > 0, a parábola tem concavidade voltada para cima e um ponto de mínimo
V; quando a < 0, a parábola tem concavidade voltada para baixo e um ponto de
máximo V.

Em qualquer caso, as coordenadas de V são . Veja os gráficos:

78
Estudo do sinal

Consideramos uma função quadrática y = f(x) = ax2 + bx + c e determinemos os


valores de x para os quais y é negativo e os valores de x para os quais y é positivos.
Conforme o sinal do discriminante = b2 - 4ac, podemos ocorrer os seguintes casos:

1º = >0
Nesse caso a função quadrática admite dois zeros reais distintos (x1 x2). a parábola
intercepta o eixo Ox em dois pontos e o sinal da função é o indicado nos gráficos
abaixo:

79
quando a > 0

y>0 (x < x1 ou x > x2)


y<0 x1 < x < x2

quando a < 0

y>0 x1 < x < x2


y<0 (x < x1 ou x > x2)

Exercícios de fixação:

8)Considerando-se a função f(x) = ax2+bx+c representada abaixo , pode-se afirmar que:

a) ac > 0 b) ab <0 c) b2 – 4ac < 0 d) –b / 2a < 0

80
9) Sabe-se que o gráfico representa uma função quadrática. Está função é:

x2 3 x2 9
a) x c) x
2 2 2 2

x2 3
b) x d) x 2  2 x  3
2 2

10) a função f, de lR em lR, dada por f(x) = 2ax2-4x + 2a tem um valor máximo e admite
duas raízes reais e iguais. Nessa condições, f(-1) é igual a:

a) 4 b) 2 c) 0 d) -1/2

11)O conjunto solução da inequação (2x-4).(x2-5x+4)>0 é:

a) { x IR | x 1 ou x 4}
b) { x IR | 1 x 4}
c) { x IR | x 1 ou x 4}
d) d){ x IR | -1 x 4}

12)O conjunto solução da inequação 0 é:

a) {x IR | x -1 ou 2 x 5 ou x 5}
b) {x IR | x-1 x 1 ou 2 x 5 ou x 5}
c) {x IR | x 1 ou x 5}
d) {x IR | -1 x 1 ou 2 x 5 ou x 5}

13) A solução do sistema de inequações é:

a) 0 b) -5 c) -4 d)

Gabarito

8)B 9) B 10) C 11) A 12) D 13) D

81
FUNÇÃO EXPONENCIAL

Chamamos de funções exponenciais aquelas nas quais temos a variável


aparecendo em expoente.
A função f:IR IR+ definida por f(x)=ax, com a  IR+ e a1, é chamada função
exponencial de base a. O domínio dessa função é o conjunto IR (reais) e o
contradomínio é IR+ (reais positivos, maiores que zero).

GRÁFICO CARTESIANO DA FUNÇÃO EXPONENCIAL

Temos 2 casos a considerar:


 quando a>1;
 quando 0<a<1.

Acompanhe os exemplos seguintes:

1) y= 2x (nesse caso, a = 2, logo a >1)


Atribuindo alguns valores a x e calculando os correspondentes valores de y, obtemos a
tabela e o gráfico abaixo:

x -2 -1 0 1 2
y 1/4 1/2 1 2 4

2) y=(1/2)x (nesse caso, a=1/2, logo 0<a<1)


Atribuindo alguns valores a x e calculando os correspondentes valores de y, obtemos a
tabela e o gráfico abaixo:

x -2 -1 0 1 2
y 4 2 1 1/2 1/4

82
Nos dois exemplos, podemos observar que
a) o gráfico nunca intercepta o eixo horizontal; a função não tem raízes;
b) o gráfico corta o eixo vertical no ponto (0,1);
c) os valores de y são sempre positivos (potência de base positiva é positiva),
portanto o conjunto imagem é Im=IR+.

Além disso, podemos estabelecer o seguinte:

a>1 0<a<1

f(x) é crescente e Im=IR+ f(x) é decrescente e Im=IR+


Para quaisquer x1 e x2 do domínio: Para quaisquer x1 e x2 do domínio:
x2>x1  y2>y1 (as desigualdades têm mesmo x2>x1  y2<y1 (as desigualdades têm
sentido) sentidos diferentes)

EQUAÇÕES EXPONENCIAIS

Chamamos de equações exponenciais toda equação na qual a incógnita


aparece em expoente.

Exemplos de equações exponenciais:

83
1) 3x =81 (a solução é x=4)
2) 2x-5=16 (a solução é x=9)
3) 16x-42x-1-10=22x-1 (a solução é x=1)
4) 32x-1-3x-3x-1+1=0 (as soluções são x’=0 e x’’=1)

Para resolver equações exponenciais, devemos realizar dois passos importantes:


1º) redução dos dois membros da equação a potências de mesma base;
2º) aplicação da propriedade:

a m  a n  m  n (a  1 e a  0)

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS:

3x=81
Resolução: Como 81=34, podemos escrever 3x = 34
E daí, x=4.

9x = 1
Resolução: 9x = 1  9x = 90 ; logo x=0.
x
3 81
3)   
4 256
x x x 4
3 81 3 34 3 3
Resolução:        4       ; então x = 4
4 256 4 4 4 4

4) 3x  4 27
3
3
Resolução: 3  27  3  3  3  3 ; logo x 
x 4 x 4 3 x 4
4

5) 23x-1 = 322x
Resolução: 23x-1 = 322x  23x-1 = (25)2x  23x-1 = 210x ; daí 3x-1=10,
de onde x=-1/7.

6) Resolva a equação 32x–6.3x–27=0.


Resolução: vamos resolver esta equação através de uma transformação:
32x–6.3x–27=0  (3x)2-6.3x–27=0
Fazendo 3x=y, obtemos:
y2-6y–27=0 ; aplicando Bhaskara encontramos  y’=-3 e y’’=9
Para achar o x, devemos voltar os valores para a equação auxiliar 3x=y:

y’=-3  3x’ = -3  não existe x’, pois potência de base positiva é positiva
y’’=9  3x’’ = 9  3x’’ = 32  x’’=2

84
Portanto a solução é x=2

FUNÇÃO EXPONENCIAL

Chamamos de funções exponenciais aquelas nas quais temos a variável


aparecendo em expoente.
A função f:IRIR+ definida por f(x)= ax, com a  IR+ e a1, é chamada função
exponencial de base a. O domínio dessa função é o conjunto IR (reais) e o
contradomínio é IR+ (reais positivos, maiores que zero).

GRÁFICO CARTESIANO DA FUNÇÃO EXPONENCIAL


Temos 2 casos a considerar:
 quando a>1;
 quando 0<a<1.

Acompanhe os exemplos seguintes:

1) y=2x (nesse caso, a=2, logo a>1)


Atribuindo alguns valores a x e calculando os correspondentes valores de y, obtemos a
tabela e o gráfico abaixo:

x -2 -1 0 1 2
y 1/4 1/2 1 2 4

2) y=(1/2)x (nesse caso, a=1/2, logo 0<a<1)


Atribuindo alguns valores a x e calculando os correspondentes valores de y, obtemos a
tabela e o gráfico abaixo:

x -2 -1 0 1 2
y 4 2 1 1/2 1/4

85
Nos dois exemplos, podemos observar que
d) o gráfico nunca intercepta o eixo horizontal; a função não tem raízes;
e) o gráfico corta o eixo vertical no ponto (0,1);
f) os valores de y são sempre positivos (potência de base positiva é positiva),
portanto o conjunto imagem é Im=IR+.

Além disso, podemos estabelecer o seguinte:

a>1 0<a<1

f(x) é crescente e Im=IR+ f(x) é decrescente e Im=IR+


Para quaisquer x1 e x2 do domínio: Para quaisquer x1 e x2 do domínio:
x2>x1  y2>y1 (as desigualdades têm mesmo x2>x1  y2<y1 (as desigualdades têm
sentido) sentidos diferentes)

86
INEQUAÇÕES EXPONENCIAIS

Chamamos de inequações exponenciais toda inequação na qual a incógnita


aparece em expoente.

Exemplos de inequações exponenciais:

1) 3 x  81 (a solução é x  4)
1
2) 2 2x-2  2 x
2
(que é satisfeita para todo x real)
x 3
4 4
3)      (que é satisfeita para x  -3)
5 5
4) 25 x - 150.5 x  3125  0 (que é satisfeita para 2  x  3)

Para resolver inequações exponenciais, devemos realizar dois passos importantes:


1º) redução dos dois membros da inequação a potências de mesma base;
2º) aplicação da propriedade:

a>1 0<a<1
am > an  m>n am > an  m<n
(as desigualdades têm mesmo sentido) (as desigualdades têm sentidos diferentes)

EXERCÍCIO RESOLVIDO:

 11
1) 4 x 1  4 x  4 x 1 
4
Resolução :
4x  11
A inequação pode ser escrita  4 x  4 x .4  .
4 4
M ultiplicando ambos os lados por 4 temos :
4 x  4.4 x  16.4 x  11 , ou seja :
(1  4  16).4 x  11  -11.4 x  11 e daí, 4 x  1
Porém, 4 x  1  4 x  4 0.
Como a base (4) é maior que 1, obtemos :
4x  40  x  0
Portanto S  IR - (reais negativos)

FUNÇÃO LOGARÍTMICA

87
A função f:IR+IR definida por f(x)=logax, com a1 e a>0, é chamada função
logarítmica de base a. O domínio dessa função é o conjunto IR+ (reais positivos,
maiores que zero) e o contradomínio é IR (reais).

GRÁFICO CARTESIANO DA FUNÇÃO LOGARÍTMICA

Temos 2 casos a considerar:


 quando a>1;
 quando 0<a<1.

Acompanhe nos exemplos seguintes, a construção do gráfico em cada caso:

1) y=log2x (nesse caso, a=2, logo a>1)


Atribuindo alguns valores a x e calculando os correspondentes valores de y, obtemos a
tabela e o gráfico abaixo:

x 1/4 1/2 1 2 4
y -2 -1 0 1 2

2) y=log(1/2)x (nesse caso, a=1/2, logo 0<a<1)


Atribuindo alguns valores a x e calculando os correspondentes valores de y, obtemos a
tabela e o gráfico abaixo:

x 1/4 1/2 1 2 4
y 2 1 0 -1 -2

88
Nos dois exemplos, podemos observar que
g) o gráfico nunca intercepta o eixo vertical;
h) o gráfico corta o eixo horizontal no ponto (1,0). A raiz da função é x=1;
i) y assume todos os valores reais, portanto o conjunto imagem é Im=IR.

Além disso, podemos estabelecer o seguinte:

a>1 0<a<1

f(x) é crescente e Im=IR f(x) é decrescente e Im=IR


Para quaisquer x1 e x2 do domínio: Para quaisquer x1 e x2 do domínio:
x2>x1  y2>y1 (as desigualdades têm mesmo x2>x1  y2<y1 (as desigualdades têm
sentido) sentidos diferentes)

EQUAÇÕES LOGARÍTMICAS

Chamamos de equações logarítmicas toda equação que envolve logaritmos


com a incógnita aparecendo no logaritmando, na base ou em ambos.

Exemplos de equações logarítmicas:


 log3x =5 (a solução é x=243)
 log(x2-1) = log 3 (as soluções são x’=-2 e x’’=2)
 log2(x+3) + log2(x-3) = log27 (a solução é x=4)
 logx+1(x2-x)=2 (a solução é x=-1/3)

Alguns exemplos resolvidos:


1) log3(x+5) = 2
Resolução: condição de existência: x+5>0 => x>-5
log3(x+5) = 2 => x+5 = 32 => x=9-5 => x=4
Como x=4 satisfaz a condição de existência, então o conjunto solução é S={4}.

89
2) log2(log4 x) = 1
Resolução: condição de existência: x>0 e log4x>0
log2(log4 x) = 1 ; sabemos que 1 = log2(2), então
log2(log4x) = log2(2) => log4x = 2 => 42 = x => x=16
Como x=16 satisfaz as condições de existência, então o conjunto solução é S={16}.

3) Resolva o sistema:

log x  log y  7

3. log x  2. log y  1

Resolução: condições de existência: x>0 e y>0


Da primeira equação temos:
log x+log y=7 => log y = 7-log x
Substituindo log y na segunda equação temos:
3.log x – 2.(7-log x)=1 => 3.log x-14+2.log x = 1 => 5.log x = 15 =>
=> log x =3 => x=103
Substituindo x= 103 em log y = 7-log x temos:
log y = 7- log 103 => log y = 7-3 => log y =4 => y=104.
Como essas raízes satisfazem as condições de existência, então o conjunto solução é
S={(103;104)}.

INEQUAÇÕES LOGARÍTMICAS

Chamamos de inequações logarítmicas toda inequação que envolve logaritmos


com a incógnita aparecendo no logaritmando, na base ou em ambos.

Exemplos de inequações logarítmicas:


1) log2x > 0 (a solução é x>1)
2) log4(x+3)  1 (a solução é –3<x1)

Para resolver inequações logarítmicas, devemos realizar dois passos importantes:


1º) redução dos dois membros da inequação a logaritmos de mesma base;
2º) aplicação da propriedade:

a>1 0<a<1
logam > logan  m>n>0 logam > logan  0<m<n
(as desigualdades têm mesmo sentido) (as desigualdades têm sentidos diferentes)

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS:

1) log2(x+2) > log28


Resolução:

90
Condições de existência: x+2>0, ou seja, x>-2 (S1)
Como a base (2) é maior que 1, temos:
x+2>8 e, daí, x>6 (S2)
O conjunto solução é S= S1  S2 = {x  IR| x>6}.
Portanto a solução final é a intersecção de S1 e S2, como está representado logo abaixo
no desenho:

2) log2(log3x)  0
Resolução:
Condições de existência: x>0 e log3x>0
Como log21=0, a inequação pode ser escrita assim:
log2(log3x)  log21
Sendo a base (2) maior que 1, temos: log3x  1.
Como log33 = 1, então, log3x  log33 e, daí, x  3, porque a base (3) é maior que 1.
As condições de existência estão satisfeitas, portanto S={x  IR| x  3}.

Exercícios de fixação:

1 5625
x22x
14) (PUC-RJ) A soma das raízes da equação 5  é:
9
a) 4 b)- 2 c) 1 d) 2

 
x
15) A raiz da equação 21
2
.2x1
30é

a) 3 b) 1 c) 2 d) 3

16) Se o quociente de 64x-1 por 4x-1 é 2562x, então x é:

a) 2/3 b) -1/3 c) 0 d)1/4

17) Os valores de x para os quais


)4xx 
2
3
(x1)
(
0,8 (
0,8
) são:

a) 1,5 < x < 1,5 b) -1/2 < x < 3/2 c) 0,5 < x < 1,5 d) x < 0,5 ou x > 1,5

91
18)Qual é o valor de f(128)?

a)5/2 b)3 c)7/2 d)7

19)O valor de x na equação log 4 ( x  2)  log 2 ( x  2)  3 é:

a)2 b)3 c)4 d)5

Gabarito
14) D 15) B 16) B 17) B 18) C 19) A

Exercícios de aprofundamento

1) Sejam A = {1,2,3} e f: A A definida por f(1) = 3, f(2) = 1 e f(3) = 2. O conjunto solução


de f[f(x)] = 3 é

a) {1} b) {2} c) {3} d){1, 2, 3}

2) Em uma experiência realizada com camundongos, foi observado que o tempo


necessário para um camundongo percorrer um labirinto, na enésima tentativa, era
dado por f(n) = minutos. Com relação a esta experiência, pode-se afirmar
que um camundongo

a) consegue percorrer o labirinto em menos de 3 minutos


b) gasta 5 minutos e 40 segundos para percorrer o labirinto na quinta tentativa
c) gasta 8 minutos para percorrer o labirinto na terceira tentativa
d) percorre o labirinto, numa das tentativas, em 3 minutos e 30 segundos

3) A população de uma cidade daqui a t anos é estimada em milhares de


pessoas. Durante o 5º ano ,o crescimento da população será de :

a)200 pessoas
b)133 pessoas

92
c)30 pessoas
d)4 pessoas

4) Na figura está representado o gráfico da função y = f(x):

Com relação a esta função ,podemos afirmar que:

a)f é decrescente no intervalo [1,6]


b)O valor mínimo desta função é -2
c)f(1)<f(4)
d)f(f(-2)) = 0

5) Seja uma função real com duas raízes reais e distintas. Sabendo-se que f(1) > 0, é
CORRETO afirmar que,

A) se a > 0, então as raízes são maiores que 1.


B) se a > 0, então x = 1 está entre as raízes de f(x).
C) se a < 0, então x = 1 está entre as raízes de f(x).
D) se a > 0, então as raízes são menores que 1.

6) Os gráficos das funções f(x) = e g(x) = se intersectam em um ponto de


abscissa 3. O valor de a é:

A) 2 B) 3 C)4 D)8

7) O conjunto de todos os valores reais de x que satisfazem a equação é:

A) B) {0} C) {-1, 1} D) {3, }

8) O gráfico abaixo mostra a relação entre o valor da conta de água e o volume de água
consumida, em determinada residência.
Qual será o valor da conta quando o consumo for
24 m 3 ?

a) R$ 46,00
b) R$ 47,00
c) R$ 48,00
d) R$ 50,00

93
9) O lucro de uma empresa é dado por L(x)= 100 (10-x)(x-2), onde x é a quantidade
vendida. Podemos afirmar que:

a) o lucro é positivo qualquer que seja x


b) o lucro é positivo para x > 10
c) o lucro é positivo para 2 < x <10
d) o lucro é máximo para x = 10

x3
10) O conjunto solução da inequação  x  1 é:
x2
a) {x  R/ 1≤ x < 2}
b) {x  R/ x ≥ 2}
c) {x  R/ x ≤ 1}
d) {x  R/ x > 2}

11) A soma de todos os números inteiros n que satisfazem a desigualdade


811 < 32n1  27 é:

a) 0 b) -1 c) -2 d) -3

x x
12) A solução da inequação   0 é:
x 1 x 1
a) x  1 ou x  1
b) x < -1 ou 0≤ x < 1
c)-1 < x ≤ 0 ou x > 1
d) x ≤ 0

13) Considere a sentença a2x + 3 > a8, na qual x é uma variável real e a é uma constante
real positiva. Essa sentença é verdadeira se, por exemplo:

a)x = 2 e a > 1 b)x = -2 e a <1 c)x = 3 e a < 1 d)x = -3 e a > 1

14) Os valores de x que satisfazem log x + log (x - 5) = log 36 são:

94
a)5 e -4 b)9 e 4 c)9 e -4 d)9

Gabarito

1) B 2) D 3) A 4) D 5) C 6) A 7) c
8) D 9) C 10) D 11) D 12) B 13) B 14) D

95
Capitulo VII

Seqüências: Progressões Aritméticas e Geométricas

Progressão Aritmética

Progressão Aritmética é uma seqüência numérica em que cada termo, a partir do


segundo, é igual à soma do anterior com uma razão (r).

Exemplo: 3, 5, 7, 9, 11, 13...

Nessa seqüência a razão é 2, pois cada termo foi obtido somando mais dois. A
representação matemática de uma progressão aritmética (P.A.) é:

(a1, a2, a3, a4 ... an) ,onde a2- a1= a3- a2 =...=r

Classificação
Uma progressão aritmética (P.A.) pode ser crescente, decrescente ou constante.

Exemplos:

(4, 7, 10, 13 ...) é uma P.A. crescente e a razão é igual a 3 (positiva).


(12, 10, 8, 6 ...) é uma P.A. decrescente e a razão é igual a – 2 (negativa).
(4, 4, 4, 4, 4 ...) é uma P.A. constante e a razão é igual a 0 (nula).

Termo Geral
a n  a1  (n  1)r

Onde: n é o número de termos


r é a razão
an é o último termo
a1 é o primeiro termo

Soma dos Termos

A soma de n termos de uma P.A. pode ser calculada pela fórmula:

n (a 1  a n )
sn 
2

96
Propriedades

1ª. Dados três termos consecutivos, o do meio é a média aritmética dos outros dois
termos.

2ª. Numa P.A. finita, a soma de dois termos eqüidistantes dos extremos é igual à soma
dos extremos.

Progressão Geométrica

Progressão Geométrica é uma seqüência de números não nulos em que cada termo, a
partir do segundo, é igual ao produto do anterior com uma razão (q).

Exemplo: 3, 6, 12, 24, 48, 96...

Nessa seqüência a razão é 2, pois cada termo foi obtido multiplicando-se por dois. A
representação matemática de uma progressão geométrica (P.G.) é:

a2 a3
(a1, a2, a3, a4 ... an) onde   ...  q
a1 a 2

Termo Geral
a n  a1.q n 1

Onde: n é o número de termos


q é a razão
an é o último termo
a1 é o primeiro termo

Soma dos Termos

A soma de n termos de uma P.G. pode ser calculada pela fórmula:

a1 (q n  1)
sn 
q 1

A soma dos termos de uma P.G. infinita pode ser calculada pela fórmula:

a1
Sn 
1 q

97
 1  q  1
sendo 
q  0

Observações:

1ª) Em alguns problemas, é conveniente colocar os termos em função de a1 e q,


lembrando que a2 = a1.q ; a3 = a2.q e assim por diante.

2ª) Quando se trata de problemas de P.G. com três termos consecutivos, dando-se a
soma e o produto desses termos, é

conveniente escrever a P.G. em função do termo do meio, que representamos por x:

x
, x, xq
q

Exercícios de Aprofundamento:

1)“Carl Gauss” , o príncipe da Matemática, aos 7 anos, foi considerado como um dos
gênios da Ciência quando seu professor, para manter a classe ocupada, pediu que seus
alunos somassem todos os números de 1 a 100, o que Gauss resolveu em poucos
minutos. O resultado foi:

a) 1.001 b) 5.050 c)550 d) 1050

2) A quantidade de múltiplos de 8 existentes entre 100 e 500 é:

a)50 b) 49 c) 48 d) 25

3)Um atleta corre 500 metros a mais do que no dia anterior. Sabendo-se que, ao final
de 15 dias, ele correu um total de 67.500 metros, o número de metros percorridos no
terceiro dia foi:

a) 1.000 b) 1.500 c)2.000 d)2.500

4)Suponha que os números 2, x, y e 1.458 estão, nessa ordem, em progressão


geométrica. Desse modo, o valor de x+y é:

98
a) 90 b)100 c)180 d) 360

1 1 1
5)A soma da série infinita 1+    ... é:
5 25 125

6 7 5
a) b) c) d) 2
5 5 4

1 1 1
6)O valor da expressão 2. 1     ...
3 9 27

a) 1 b) 2 c) 3 d) 2

x x x
7)O valor de x na equação    ... = 36 é:
3 9 27

a) 108 b) 4 c) 1 d)72

8) Numa progressão geométrica a diferença entre o segundo e o primeiro termos é 9,


e a diferença entre o quinto e o quarto termos é 576. O primeiro termo da progressão
é:

a) -1 b) 4 c) 6 d) 8

9) Uma alga cresce de modo que a cada dia ela cobre uma superfície de área igual ao
dobro da coberta no dia anterior. Se esta alga cobre a superfície de um lago em 100
dias, assinale a alternativa correspondente ao número de dias necessários para que
duas algas da mesma espécie da anterior cubram a superfície do mesmo lago:

a) 50dias b) 25dias c) 98 dias d) 99 dias

10)Os números log 10x, 2x e estão em progressão geométrica, nessa ordem. Sendo
x ε IR, x› 0, o valor de x é:

a) 3 b) 4 c) 10 d) 500

Gabarito

99
1) B 2) A 3) C 4) C 5) C 6) C 7) D 8) A 9) C 10) C

100
Capítulo VIII

Determinantes e Sistemas lineares

Como já vimos, matriz quadrada é a que tem o mesmo número de linhas e de


colunas (ou seja, é do tipo nxn).

A toda matriz quadrada está associado um número ao qual damos o nome de


determinante.

Dentre as várias aplicações dos determinantes na Matemática, temos:

 resolução de alguns tipos de sistemas de equações lineares;


 cálculo da área de um triângulo situado no plano cartesiano, quando são
conhecidas as coordenadas dos seus vértices;

Determinante de 1ª ordem

Dada uma matriz quadrada de 1ª ordem M=[a11], o seu determinante é o número


real a11:

det M =Ia11I = a11

Observação: Representamos o determinante de uma matriz entre duas barras


verticais, que não têm o significado de módulo.

Por exemplo:

 M= [5] det M = 5 ou I 5 I = 5  M = [-3] det M = -3 ou I -3 I = -3

Determinante de 2ª ordem

Dada a matriz , de ordem 2, por definição o determinante associado a


M, determinante de 2ª ordem, é dado por:

101
Portanto, o determinante de uma matriz de ordem 2 é dado pela diferença entre o
produto dos elementos da diagonal principal e o produto dos elementos da diagonal
secundária. Veja o exemplo a seguir.

Cofator

Chamamos de cofator ou complemento algébrico relativo a um elemento aij de uma


matriz quadrada de ordem n o número Aij tal que Aij = (-1)i+j . MCij .

Veja:

a) Dada , os cofatores relativos aos elementos a11 e a12 da matriz M são:

b) Sendo , vamos calcular os cofatores A22, A23 e A31:

102
Teorema de Laplace

O determinante de uma matriz quadrada M = [aij]mxn pode ser obtido pela


soma dos produtos dos elementos de uma fila qualquer ( linha ou coluna) da matriz M
pelos respectivos cofatores.

Assim, fixando , temos:

em que é o somatório de todos os termos de índice i, variando de 1 até m, .

Regra de Sarrus

O cálculo do determinante de 3ª ordem pode ser feito por meio de um dispositivo


prático, denominado regra de Sarrus.

Acompanhe como aplicamos essa regra para .

103
1º passo: Repetimos as duas primeiras colunas ao lado da terceira:

2º passo: Encontramos a soma do produto dos elementos da diagonal principal com os


dois produtos obtidos pela multiplicação dos elementos das paralelas a essa diagonal
(a soma deve ser precedida do sinal positivo):

3º passo: Encontramos a soma do produto dos elementos da diagonal secundária com


os dois produtos obtidos pela multiplicação dos elementos das paralelas a essa
diagonal ( a soma deve ser precedida do sinal negativo):

Assim:

104
Observação: Se desenvolvermos esse determinante de 3ª ordem aplicando o Teorema
de Laplace, encontraremos o mesmo número real.

Determinante de ordem n > 3

Vimos que a regra de Sarrus é válida para o cálculo do determinante de uma matriz
de ordem 3. Quando a matriz é de ordem superior a 3, devemos empregar o Teorema
de Laplace para chegar a determinantes de ordem 3 e depois aplicar a regra de Sarrus.

Propriedades dos determinantes

Os demais associados a matrizes quadradas de ordem n apresentam as seguintes


propriedades:

P1 ) Quando todos os elementos de uma fila ( linha ou coluna) são nulos, o


determinante dessa matriz é nulo.

Exemplo:

P2) Se duas filas de uma matriz são iguais, então seu determinante é nulo.

Exemplo:

P3) Se duas filas paralelas de uma matriz são proporcionais, então seu determinante é
nulo.

105
Exemplo:

P4) Se os elementos de uma fila de uma matriz são combinações lineares dos
elementos correspondentes de filas paralelas, então seu determinante é nulo.

Exemplos:

P5 ) Teorema de Jacobi: o determinante de uma matriz não se altera quando somamos


aos elementos de uma fila uma combinação linear dos elementos correspondentes de
filas paralelas.

Exemplo:

Substituindo a 1ª coluna pela soma dessa mesma coluna com o dobro da 2ª, temos:

P6) O determinante de uma matriz e o de sua transposta são iguais.

Exemplo:

106
P7) Multiplicando por um número real todos os elementos de uma fila em uma matriz,
o determinante dessa matriz fica multiplicado por esse número.

Exemplos:

P8) Quando trocamos as posições de duas filas paralelas, o determinante de uma


matriz muda de sinal.

Exemplo:

P9) Quando, em uma matriz, os elementos acima ou abaixo da diagonal principal são
todos nulos, o determinante é igual ao produto dos elementos dessa diagonal.

Exemplos:

107
P10) Quando, em uma matriz, os elementos acima ou abaixo da diagonal secundária
são todos nulos, o determinante é igual ao produto dos elementos dessa diagonal

multiplicado por .

Exemplos:

P11) Para A e B matrizes quadradas de mesma ordem n, .

Como:

Exemplo:

P12)

Exemplo:

108
Exercícios de fixação:

 1  11 6 
 
1) Sabendo- se que o determinante associado à matriz   2 4  3  é nulo,
3 7 2 
 
concluímos que essa matriz tem:

a) duas linhas proporcionais;


b) duas colunas proporcionais;
c) elementos negativos;
d) uma fila combinação linear das outras duas filas paralelas;

 p 2 2
 
2) Se o determinante da matriz  p 4 4  e igual a -18, então o determinante da
p 4 1
 
 p 1 2 
 
matriz  p  2 4  e igual a ?
p  2 1
 

a) -9 b) -6 c) 3 d) 9

2 1 0 
 
3) Se o determinante da matriz  k k k  e igual a 10, então o determinante da
 1 2  2
 
 2 1 0 
 
matriz  k  4 k  3 k  1 é igual a:
 1  2 
 2

a) 7 b) 8 c) 9 d) 10
.

 2 1 3
 
4) O co-fator do elemento a 23 da matriz A =  1 2 1  e
 0 1 2
 
a) 2 b) 1 c) -1 d) -2

Gabarito
1) D 2) D 3) C 4) D

109
Sistemas lineares:

Denomina-se sistema linear de equações ao conjunto formado por n equações lineares


com n incógnitas.

Um sistema linear de pode ser possível (compatível) e determinado se apresenta uma


única solução para cada incógnita,ou possível e indeterminado se apresenta infinitas
possibilidades de solução para cada incógnita.O sistema é impossível (incompatível)
quando não apresenta solução.
Se o termo independente de todas as equações do sistema for nulo, será denominado
de Sistema Homogêneo.

Regra de Cramer

Primeiramente devemos obter uma matriz com os coeficientes das variáveis,


calculando em seguida o determinante. Se esse determinante é diferente de zero, o
sistema é determinado.
Calcula-se novo determinante com essa matriz, substituindo ordenadamente os
coeficientes da variável pelos termos independentes das equações.
Para calcular a incógnita, divide-se esse último determinante pelo primeiro e assim
sucessivamente.

2x  y  7
Exemplo: 
x  5y  2

2 1

D = 1 5 Matriz dos Coeficientes

D = 2 . 5  (1) . 1
D = 10 + 1
D = 11

7 1 Substitui-se a 1ª coluna pelos termos independentes

Dx = 2 5

Dx = 7 . 5  (1) . (2)
Dx = 35  2
Dx = 33

110
2 7 Substitui-se a 2ª coluna pelos termos independentes

Dy = 1 2

Dy = 2 . (2)  7 . 1
Dy =  4  7
Dy =  11

x = det Dx = 33 = 3
det D 11

y = det Dy =  11 =  1
det D 11

Resposta: x = 3 e y =  1 ,ou seja,o sistema é possível e determinado.

Exercícios de fixação:

3x  3y  2
5) Quanto ao número de soluções, o sistema  é:
 3x  3y  1

a) incompatível, não admite solução.


b) compatível e indeterminado, admite infinitas soluções
c) compatível e determinado, sendo o par (2, 3) a única solução.
d) compatível e determinado, sendo o par (1, 2) a única solução.

x  2 y  5
6) O sistema  é:
3x  6 y  10

a) impossível, não admitindo solução.


b) possível e determinado, sendo solução o par (1, 2).
c) possível e determinado, sendo a solução o par (3, 1).
d) possível e indeterminado, admitindo infinitas soluções.

7) Seja o sistema abaixo:

2 x  y  z  7

 x  3y  z  3
3x  2 y  z  8

Com relação a esse sistema, pode-se afirmar que é:

111
a) impossível
b) homogêneo
c) possível e determinado
d) possível e indeterminado

8) Uma coleção de livros de Matemática do Ensino Médio é constituída por três


volumes: M1 é do 1º ano; M2 é do 2º ano e M3 é do 3º ano. Três livrarias (A, B e C)
apresentaram o seguinte relatório de vendas num determinado dia:

Total de livros
Valor total
A 1 M1; 2 M2; 3 M3
R$ 100,00
B 2 M1; 2 M2; 1 M3 R$ 70,00
C 3 M1; 2 M2; 1 M3 R$ 80,00

A solução do sistema linear que determina que os preços, em reais, dos livros M 1, M2
e M3 tem as respectivas soluções:

a) 10 ; 20 ; 25
b) 10 ; 15 ; 20
c) 20 ; 10 ; 30
d) 15 ; 20 ; 25

Gabarito

5) A 6) D 7) C 8) B

112
Capitulo IX

Análise combinatória e Binômio de Newton

Análise Combinatória:

Fatorial

Fatorial de n (n!) é o produto de n com os seus antecessores

Exemplo: 5! = 5 . 4 . 3 . 2 . 1 = 120

Princípio fundamental de contagem

O princípio fundamental de contagem nos mostra um método algébrico para


determinar o número de possibilidades de ocorrência de um acontecimento sem
precisarmos descrever todas as possibilidades.

Se um evento A1 pode ocorrer de n1 modos diferentes e se para cada um desses n1


modos um segundo evento A2 pode ocorrer de n2 modos diferentes, então o número
de modos em que esses eventos podem ocorrer na ordem indicada é: n1 . n2

Exemplo: Quantos números de telefone existem com o prefixo 3212?

Sabemos que o número de telefone tem 8 dígitos, pode-se concluir que:

1 . 1 . 1 . 1 . 10 . 10 . 10 . 10 = 10000

Logo, existem 10000 números de telefones possíveis com o prefixo 3212.

Formação de grupos com p elementos tendo n elementos à disposição:

1) Arranjo Simples

113
O arranjo simples é um agrupamento em que um grupo é diferente do outro pela
ordem ou pela natureza dos elementos componentes, sem repetição de elementos.

n!
An, p 
(n  p)!

Exemplo: Quantos números de 3 algarismos distintos podemos formar com os


elementos 1, 2, 3, 4, 5 e 6?

A6,3 = 6 . 5 . 4 = 120 números possíveis.

Desenvolvendo o fatorial de 6, paramos no 3º fator, pois o agrupamento é de 3 em 3.

2) Combinação Simples

A combinação simples é o tipo de agrupamento em que em cada grupo entram todos


os elementos sem repetição e em que a ordem não é importante,ou seja, os
agrupamentos diferem-se uns dos outro apenas pela sua natureza.

n!
Cn , p 
p!(n  p)!

Exemplo: Quantas comissões de 3 pessoas poderiam ser formadas num grupo de 6


pessoas?

6! 6.5.4.3!
C6,3    20 comissões possíveis.
3!(6  3)! 6.3!

Desenvolvendo o fatorial de 6, paramos no 3º fator, pois o agrupamento é de 3 em 3,


mas também dividimos pelo fatorial do número de pessoas em cada grupo.

3) Permutação Simples

A permutação simples é um agrupamento ordenado em que em cada grupo entram


todos os elementos, sem repetição.

Pn = n !

Exemplo:

Quantos anagramas tem a palavra AMOR?

114
Como AMOR tem 4 letras, calcula-se:

P4 = 4 ! = 24 anagramas possíveis.

4)Arranjo com repetição: O arranjo com repetição é um agrupamento em que um


grupo é diferente do outro pela ordem ou pela natureza dos elementos componentes,
neste caso com a possibilidade da repetição de elementos.

A r ( n ,p )  n p

Exemplo: Sabe-se que as placas dos carros são formadas por 3 letras seguidas de 4
algarismos. Quantas placas existem em que as três letras são vogais?

A r (5,3)  53  125 placas possíveis.

5)Combinação com repetição: A combinação com repetição é o tipo de agrupamento


em que em há a possibilidade de repetição de elementos em cada grupo e em que a
ordem não é importante.

Cr ( n ,p)  Cn  p1,p

Exemplo: Quantos produtos distintos de três fatores podemos formar com os números
1,2,3,5 e 7?

Cr (5,3)  C531,3  C7,3

7!
C 7,3  = 35 produtos distintos.
3!(7  3)!

6) Permutação com repetição: A permutação com repetição é um agrupamento


ordenado em que em cada grupo entram todos os elementos, havendo repetição.

n!
Pr ( n ) 
a! xb! xc!...

Em que a,b,c,... é a freqüência de cada elemento.

Exemplo: Quantos anagramas tem a palavra ARARA?

Como ARARA tem letras repetidas resolvemos assim:

115
5! 120
Pr (5)    10
3!.2! 6.2

Observe que 3! aparece pelas três letras A, enquanto o 2! , pelas duas letras R.

7)Permutação circular: Situação que ocorre quando temos grupos com m elementos
distintos formando uma circunferência.

Pc( n )  (n  1)!

Exemplo: De quantas formas podemos organizar quatro pessoas ao redor de uma


mesa?

Pc( 4)  (4  1)! 3! 6 formas diferentes.

Binômio de Newton

Introdução

Pelos produtos notáveis, sabemos que (a+b)² = a² + 2ab + b².


Se quisermos calcular (a + b)³, podemos escrever:

(a + b)3 = a3 + 3a2b + 3ab2 + b3

Se quisermos calcular , podemos adotar o mesmo procedimento:

(a + b)4 = (a + b)3 (a+b) = (a3 + 3a2b + 3ab2 + b3) (a+b)

= a4 + 4a3b + 6a2b2 + 4ab3 + b4

De modo análogo, podemos calcular as quintas e sextas potências e, de modo geral,


obter o desenvolvimento da potência a partir da anterior, ou seja, de
. Porém quando o valor de n é grande, este processo gradativo de cálculo é muito
trabalhoso.

Existe um método para obter um termo qualquer do desenvolvimento da potência


, sendo descrito a seguir:

116
Coeficientes Binomiais

Sendo n e p dois números naturais , chamamos de coeficiente binomial de

classe p, do número n, o número , que indicamos por (lê-se: n sobre p).


Podemos escrever:

O coeficiente binomial também é chamado de número binomial.

Fórmula do termo geral de um Binômio de Newton

Um termo genérico Tp+1 do desenvolvimento de (a+b)n, sendo p um número natural, é


dado por

Exemplo: Determine o 7º termo do binômio (2x + 1)9 , desenvolvido segundo as


potências decrescentes de x.

Vamos aplicar a fórmula do termo geral de (a + b)n , onde a = 2x , b = 1 e n = 9. Como


queremos o sétimo termo, fazemos p = 6 na fórmula do termo geral e efetuamos os
cálculos indicados. Temos então:

T6+1 = T7 =

=C9,6 . (2x)9-6 . (1)6 =

9!
= . (2x)3 . 1 =
6!(9  6)!

84 . 8x3 = 84.8x3 = 672x3.

Portanto o sétimo termo procurado é 672x3.

Exercícios de Aprofundamento:

117
1) Em uma prova automobilística que possua 12 carros como concorrentes, o número de
possibilidades de classificação para os três primeiros lugares é:

a) 120 b) 132 c) 220 d) 1320

2)Uma linha ferroviária tem 12 estações. Nessa linha, em cada bilhete utilizado pelos
passageiros, deve estar registrada a estação de origem e a de destino. O número de diferentes
bilhetes a serem impressos é:

a) 24 b) 66 c) 132 d) 240

3)O número de múltiplos de 10, compreendidos 100 e 9999 e com todos os algarismos distintos
é

a)250 b) 321 c) 504 d) 576

4)Observe a figura:

Nessa figura, está representada uma bandeira que deve ser pintada com duas cores diferentes,
de modo que a faixa do meio tenha cor diferente das outras duas faixas.
O número de maneiras distintas de pintar a bandeira desse modo utilizando as cores azul,
preta, vermelha, amarela, verde e branca é:

a) 15 b) 30 c)45 d)60

5)Numa cidade A, os números de telefones têm sete algarismos, sendo que os três primeiros
constituem o prefixo. Os telefones que terminam em 10 são reservados para as farmácias e os
que têm os dois últimos algarismos iguais, para os médicos e hospitais.
A quantidade dos demais números de telefones disponíveis na cidade A é?

a) 1650 b) 2100 c) 4800 d)8900

118
6)Oito pontos distintos e pertencentes a uma mesma reta determinam n segmentos distintos
sobre essa reta.
O valor de n é.

a) 28 b) 26 c) 24 d) 21

7)De um grupo de 9 professores, 5 lecionam física. Quantas comissões de 3 componentes


podem ser formadas, de modo que em cada uma compareça pelo menos um professor de
física?

a)80 b) 84 c) 64 d) 60

8)Um teste é composto por 15 afirmações. Para cada uma delas, deve-se assinalar na folha de
respostas, umas das letras V ou F, caso a afirmação seja, respectivamente verdadeira ou falsa. A
fim de obter, pelo menos, 80% de acertos, o número de maneiras diferentes de se marcar a
folha de respostas é

a)455 b) 576 c) 560 d) 620

9)Um aposentado realiza diariamente, de segunda a sexta-feira, estas cinco atividades:


1) Leva o seu neto Pedrinho, as 13 horas para a escola
2) Pedala 20 minutos na bicicleta ergométrica
3) Passeia com o cachorro da família
4) Pega seu neto Pedrinho, as 17 horas na escola
5) Rega as plantas do jardim em sua casa

Cansado, porém, de fazer essas atividades sempre na mesma ordem, ele resolveu que, a cada
dia, vai realizá-las em uma ordem diferente.
Nesse caso, o número de maneiras possíveis dele realizar essas cinco atividades, em ordem
diferente é:

a) 24 b) 60 c) 72 d) 120

10)Uma fábrica produz 3 modelos de carros. Para cada modelo, o cliente deve escolher entre 7
cores diferentes, 5 tipos de estofamento e vidros brancos ou verdes. Além disso, o cliente pode
adquirir, opcionalmente, o limpador de vidro traseiro. A quantidade de maneiras distintas em
que esta fábrica pode montar carros para atender a todas as possíveis escolhas de seus clientes
é:

119
a)420 b)560 c)620 d)720

11) Em uma lanchonete,os sorvetes são divididos em três grupos: o vermelho,com 5 sabores; o
amarelo,com três sabores e o verde com 2 sabores. Pode-se pedir uma casquinha com 1,2 ou 3
bolas ,mas cada casquinha não pode conter 2 bolas do mesmo grupo. O número de maneiras
distintas de se pedir uma casquinha é:

a)61 b)71 c)86 d)131

12) Quantos números ímpares de cinco algarismos, menores que 66.380, podem ser formados
a partir dos dígitos 2, 3, 6, 7 e 9?

a)927 b)915 c)943 d)975

13) Com uma letra R, uma letra A e um certo número de letras M, podemos formar 20
permutações. O número de letras M é:

a) 6 b)12 c)4 d)3

14) Há 10 pessoas em um local, sendo 3 com camisas verdes, 3 com camisas amarelas, 2 com
camisas azuis e 2 com camisas brancas. De quantos modos podemos perfilar todas essas 10
pessoas de modo que os grupos com as camisas de mesma cor fiquem juntos?

a)1256 b)5478 c)2568 d)3456

15) Dentre os anagramas distintos que podemos formar com n letras, das quais duas são iguais,
120 apresentam estas duas letras iguais juntas. O valor de n é:

a) 4 b) 5 c) 6 d) 7

16) Uma associação tem uma diretoria formada por 10 pessoas das quais, 6 são
homens, e 4 são mulheres.
De quantas maneiras podemos formar uma comissão dessa diretoria que tenha 3
homens e 2 mulheres?

a)120 b)130 c)140 d)150

17). Seis pessoas, entre elas João e Pedro, vão ao cinema. Existem seis lugares vagos,
alinhados e

120
consecutivos. O número de maneiras distintas como as seis podem sentar-se sem que
João e Pedro fiquem
juntos é

a) 720 b) 600 c) 480 d) 240

18) O coeficiente de x4 no polinômio P(x) = (x + 2)6 é:

a) 64 b) 60 c) 12 d) 4

19) A soma dos coeficientes dos termos do desenvolvimento de (3x + 2y)5 é:

a)3245 b)2154 c)9897 d)3125

Gabarito

1) D 2) C 3) D 4) B 5) D 6) A 7) B 8) B 9) B 10) A
11) B 12) A 13) D 14) D 15) C 16) A 17) C 18) B 19) D

121
Capítulo X

Probabilidades

Dentro de certas condições, é possível prever a que temperatura ferve a água. Esse
tipo de experimento, cujo resultado é previsível, recebe o nome de determinístico.
No entanto, ao lançarmos um dado uma ou mais vezes, não podemos saber com
antecedência o número obtido; sabemos apenas que os possíveis resultados são 1, 2,
3, 4, 5 ou 6. Esse tipo de experimento, cujo resultado não pode ser previsto, é
chamado aleatório.

Espaço Amostral ou Conjunto Universo: É o conjunto U de todos os resultados


possíveis de um experimento aleatório equiprovável. O número de elementos desse
conjunto é indicado por n(U).

Por exemplo: no lançamento de um dado, U = { 1, 2, 3, 4, 5, 6 } e n(U) = 6.

Evento: É qualquer subconjunto E do espaço amostral U. O número de elementos


desse conjunto é indicado por n(E).

Assim no lançamento de um dado, por exemplo, o evento pode ser obter um número
maior ou igual a 4 . Neste caso é dado por

E = { 4, 5, 6 } e n(E)=3

Observações:

a) Quando A = U, o evento é certo. Por exemplo, no lançamento de um dado, obter


um número menor ou igual a 6, é um evento certo.

b) Quando A = , o evento é impossível. Por exemplo, no lançamento de um dado,


obter um número maior que 6.

Definição

Se, num experimento aleatório, o número de elementos do espaço amostral U é n(U)


e o número de elementos d evento A é n(E), então a probabilidade de que ocorra o
evento E é dada pelo número real P(E), tal que:

n(E)
P(A) =
n(U)
Em que a probabilidade de um evento qualquer é um número real situado no intervalo
real [0, 1].

Exemplos:

122
a) No lançamento de um dado a probabilidade de se obter um número primo, é:

n( A ) 3 1
P(A) =  P(A) = 
n(U) 6 2

b) No lançamento de uma moeda a probabilidade de se obter cara, é:

n( A ) 1
P(A) =  P(A) =
n(U) 2

Lei do produto e da soma para eventos independentes

Dois eventos são independentes quando a probabilidade de ocorrer B não é


condicional à ocorrência de A. A expressão que define a lei do produto para eventos
independentes é a seguinte:

P(A e B) = P(A) . P(B)

P(A ou B) = P(A) + P(B ) - P(A e B)

Probabilidade Condicional

Antes da realização de um experimento, é necessário que já tenha alguma informação


sobre o evento que se deseja observar. Nesse caso, o espaço amostral se modifica e o
evento tem a sua probabilidade de ocorrência alterada.

Distribuição binomial: A Distribuição Binomial representa a probabilidade de um tipo


particular de evento ocorrer um dado número de vezes. Se cada "sucesso" tiver
probabilidade p e existirem n tentativas, podemos calcular a probabilidade de
obtermos exatamente os k sucessos.

A probabilidade de encontrar exatamente k sucessos em n tentativas dada a


probabilidade p de sucesso em cada tentativa:

n
Pk, n, p =   pk (1 - p)n - k
k

Exercícios de aprofundamento:

1)O número da placa de um carro é par.A probabilidade de que o algarismo das


unidades seja zero é:

123
a)5
b)1/2
c)4/9
d)1/5

2)A probabilidade de se ter o número 5 em duas jogadas no lançamento de um dado é:

a)1/48
b)1/36
c)1/24
d)1/12
e)1/6

3)Escolhem-se ao acaso dois números distintos,de 1 a 20.Qual é a probabilidade de


que o produto dos números escolhidos seja ímpar?

a)9/38
b)1/2
c)9/20
d)1/4
e)8/25

4)Sorteando-se um número de 1 a 30,a probabilidade de que ele seja par ou múltiplo


de 3 é:

a)2/4
b)2/3
c)1/6
d)5/33
e)1/3

5)Um baralho consiste em 100 cartões numerados de 1 a 100.Retiram-se dois cartões


ao acaso,sem reposição. A probabilidade de que a soma dos cartões retirados seja
igual a 100 é:

a)49/4950
b)50/4950
c)1/100
d)49/5000

6)Uma moeda viciada apresenta a probabilidade de ocorrer cara quatro vezes maior
que a probabilidade de ocorrer coroa. Em dois lançamentos consecutivos desta
moeda,a probabilidade de se obter duas vezes coroa é:

a)0,2
b)0,1

124
c)0,01
d)0,04

7)Uma urna contém 3 bolas numeradas de 1 a 3 e outra urna com 5 bolas numeradas
de 1 a 5. Ao retirar-se aleatoriamente uma bola de cada uma, a probabilidade da soma
dos pontos ser maior do que 4 é:

a) 3/5
b) 2/5
c) 1/2
d) 1/3

8)Sabendo-se que a probabilidade de que um animal adquira certa enfermidade, no


decurso de cada mês, é igual a 30%, a probabilidade de que um animal sadio venha a
contrair a doença só no 3° mês é igual a:

a) 21%
b) 49%
c) 6,3%
d) 14,7%

9)Num clube desportivo 30 meninos praticam futebol. Doze treinam para o ataque,
quinze para a defesa e cinco para goleiro.

Qual é a probabilidade de escolhendo um desportista ao acaso ele treinar para a


defesa e o ataque?

a)1/15

b)1/30

c)2/15

d)7/30

10)As probabilidades de três jogadores marcarem um gol cobrando pênalti são,


respectivamente, 1/2, 2/5, e 5/6. Se cada um bater um único pênalti, a probabilidade
de todos errarem é igual a:

a) 3%
b) 5%
c) 17%
d) 20%

125
11) Búzios são pequenas conchas marinhas, que em outras épocas foram usadas como dinheiro
e hoje são empregadas como enfeites, inclusive em pulseiras, colares e braceletes ou como
amuletos em jogos de búzios. No jogo de búzios considera-se a hipótese de que cada búzio
admite apenas dois resultados possíveis (abertura para baixo – búzio fechado – ou abertura
para cima – búzio aberto)

Suponha que seis búzios idênticos sejam lançados simultaneamente e que a probabilidade de
um búzio ficar fechado é igual à probabilidade de ele ficar aberto, ou seja, 1/2.
Pode-se afirmar que a probabilidade de que fiquem 3 búzios abertos e 3 fechados ao cair, sem
se levar em consideração a ordem em que eles tenham caído, é:

a)5/16
b)9/32
c)15/64
d)9/64
e) 3/32

Gabarito

1) D 2) B 3) A 4) B 5) A 6) D
7) A 8) D 9) A 10) B 11) C

126
Capitulo XI :

Noções de Geometria plana,sólida e analítica

Geometria Plana

1)Conceitos primitivos:

Ponto, reta e plano são conceitos primitivos no estudo da Geometria, ou seja, não
possuem definição.

Esses elementos são entes geométricos fundamentais.

O ponto é representado por uma letra maiúscula, a reta é representada por uma letra
minúscula e o plano é representado por uma letra grega.

Postulados
 Por um ponto passam infinitas retas.
r
P s

t
u

 Por dois pontos passa uma única reta.


A B

 Duas retas determinam um ponto.

 Duas retas concorrentes ou três pontos não alinhados determinam um plano.

Uma reta é formada por infinitos pontos.

127
A B C D
r

Posição Relativa das Retas

1. Retas concorrentes: quando têm um único ponto em comum (elas se cruzam).

r  s = {P}

2. Retas paralelas: quando estão no mesmo plano (coplanares) e não têm ponto em
comum.

r  s = 

3. Retas perpendiculares: quando concorrem formando ângulos de 90.

4. Retas coincidentes: quando têm todos os pontos em comum.

r = s

5. Retas reversas: quando as retas não estão no mesmo plano e não são paralelas,
nem concorrentes, dizemos que elas são reversas.
r

s
As retas r e s são reversas, pois são coincidentes com duas arestas do cubo acima,
não estando no mesmo plano.

128
6. Semi-retas: são partes de uma reta.

A P B r

PA e PB são semi-retas opostas

PA é uma semi-reta que tem origem em P e passa por A.

PB é uma semi-reta que tem origem em P e passa por B.

2) Ângulos

O ÂNGULO E SEUS ELEMENTOS

Duas semi-retas que não estejam contidas na mesma reta, e que tenham a mesma
origem, dividem o plano em duas regiões: uma convexa e outra não-convexa.

Cada uma dessas regiões, junto com as semi-retas, forma um ângulo. Assim, as
duas semi-retas determinam dois ângulos:

Todo ângulo possui dois lados e um vértice. Os lados são as semi-retas que
determinam. O vértice é a origem comum dessas semi-retas.

129
O ângulo convexo, de vértice O e lados , é indicado por: AÔB, BÔA ou
Ô.

Ângulos notáveis:

A. Ângulo reto: tem 90.

B. Ângulo agudo: menor que 90.

C. Ângulo obtuso: maior que 90.

D. Ângulo raso: tem 180.

E. Ângulos opostos pelo vértice: são sempre congruentes (iguais)

F. Ângulos complementares: somados valem 90.

130
G. Ângulos suplementares: somados formam 180.

120º
60º

H. Bissetriz de um Ângulo: divide o ângulo em duas partes iguais.

3)TRIÂNGULOS

Podemos classificar os triângulos quanto aos lados como:


1. Equilátero: tem três lados iguais (três ângulos também);
2. Isósceles: tem dois lados iguais (dois ângulos também);
3. Escaleno: tem todos os lados diferentes.

E quanto aos ângulos internos como:

1.Acutângulo: tem um ângulo agudo


2.Obtusângulo:tem um ângulo obtuso
3.Retângulo:tem um ângulo reto

TEOREMA DE PITÁGORAS

131
O triângulo retângulo pode ter seus lados calculados pelo Teorema de Pitágoras,
conforme o descrito abaixo:

O quadrado da hipotenusa (o maior dos três lados) é igual à soma dos quadrados dos
catetos.

SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS
Os lados correspondentes são proporcionais.

RELAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO:Observando o triângulo


abaixo, notamos que o ângulo  é
reto (90º), portanto este é um triângulo retângulo.

Assim nós temos as seguintes relações trigonométricas:

132
Ângulos notáveis: 30º, 45º e 60º:

Igualmente importantes são os ângulos abaixo de 90º, 180ºe 360º.

Atenção: quando reduzimos o ângulo ao primeiro quadrante temos:


360º = 0º, 390º = 30º, 405º = 45º e assim em diante.

Relações trigonométricas num triângulo qualquer

A)LEI DOS COSSENOS

a2 = b2 + c2 – 2bc . cosA

b2 = a2 + c2 – 2ac . cos B

133
c2 = a2 + b2 – 2ab . cos C

“Num triângulo, o quadrado da medida de um lado é igual à soma dos quadrados das
medidas dos outros dois, menos o dobro do produto das medidas desses dois lados
pelo cosseno do ângulo oposto ao primeiro lado.”

Exemplo: Quanto vale a?

Resolução:

a2 = 52 + 82 – 2 . 5 . 8 . cos 60º

a2 = 25 + 64 – 80 . ½

a2 = 89 – 40 = 49

a=7

Resposta: a = 7

B) LEI DOS SENOS

134
a/senA = b/senB = c/senC

“Em todo triângulo, as medidas dos seus lados são proporcionais aos senos dos lados
opostos”

4)Área das principais figuras geométricas:Para as figuras geométricas abaixo,são


relacionadas as fórmulas para o cálculo das respectivas áreas (A) e perímetro(P):

A. Quadrado: Polígono de quatro lados iguais e todos os ângulos internos têm 90º.

A= L2

P=4.L

B. Retângulo: Polígono de quatro lados, lados opostos paralelos e todos os ângulos


internos iguais(e iguais a 90º).

A=b.h
P=2(b+h)

C. Triângulo: polígono de três lados.

135
b.h
A=
2

Observação:A área do triângulo eqüilátero é calculada com a fórmula:

3L2
A
4

D. Trapézio: Polígono de quatro lados, porém apenas um par de lados paralelos:

h ( B  b)
A
2

E. Losango:Polígonos de quatro lados iguais e ângulos internos diferentes.

D.d
A
2

F.CIRCUNFERÊNCIA:

136
A  .r 2
C  2r

5) Geometria Sólida: São apresentados abaixo os principais sólidos geométricos, bem


como as suas respectivas fórmulas para cálculo de volume(V),área total( A t ) e área
lateral( A l ):

1.Cubo:

V  a3

A t  6a 3

2.Paralelepípedo:

V  a.b.c

A t  2(a.b  a.c  b.c)

137
3.Cilindro:

V  R 2 .H

Al  2.R.H

A t  2R.H  2R .H

4.Pirâmide:

A b .h
V
3

A t  A b  Al

Sendo A b a área da base da pirâmide

5.Cone:

138
r 2 .h
V
3
A l  .r.g
A t  r 2  .r.g

6. Esfera:

4r 3
V
3

A t  4r 2

6) Geometria Analítica

1 - Introdução

A Geometria Analítica é uma parte da Matemática , que através de processos


particulares , estabelece as relações existentes entre a Álgebra e a Geometria. Desse
modo , uma reta , uma circunferência ou uma figura podem ter suas propriedades
estudadas através de métodos algébricos .
Os estudos iniciais da Geometria Analítica se deram no século XVII , e devem-se ao
filósofo e matemático francês René Descartes (1596 - 1650), inventor das coordenadas
cartesianas (assim chamadas em sua homenagem), que permitiram a representação

139
numérica de propriedades geométricas. No seu livro Discurso sobre o Método, escrito
em 1637, aparece a célebre frase em latim "Cogito ergo sum" , ou seja: "Penso, logo
existo".

1.1 - Coordenadas cartesianas na reta

Seja a reta r na Fig. abaixo e sobre ela tomemos um ponto O chamado origem.
Adotemos uma unidade de medida e suponhamos que os comprimentos medidos a
partir de O, sejam positivos à direita e negativos à esquerda.

O comprimento do segmento OA é igual a 1 u.c (u.c = unidade de comprimento). É fácil


concluir que existe uma correspondência um a um (correspondência biunívoca) entre o
conjunto dos pontos da reta e o conjunto R dos números reais. Os números são
chamados abscissas dos pontos. Assim, a abscissa do ponto A’ é -1, a abscissa da
origem O é 0 (zero), a abscissa do ponto A é 1, etc. A reta r é chamada eixo das
abscissas.

1.2 - Coordenadas cartesianas no plano

Com o modo simples de se representar números numa reta, visto acima, podemos
estender a idéia para o plano, basta que para isto consideremos duas retas
perpendiculares que se interceptem num ponto O, que será a origem do sistema. Veja
a Fig. a seguir:

Dizemos que a é a abscissa do ponto P e b é a ordenada do ponto P.


O eixo OX é denominado eixo das abscissas e o eixo OY é denominado eixo das
ordenadas.
O ponto O(0,0) é a origem do sistema de coordenadas cartesianas.
Os sinais algébricos de a e b definem regiões do plano denominadas QUADRANTES.
No 1º quadrante, a e b são positivos, no 2º quadrante, a é negativo e b positivo, no 3º
quadrante, ambos são negativos e finalmente no 4º quadrante a é positivo e b
negativo.

Observe que todos os pontos do eixo OX tem ordenada nula e todos os pontos do eixo
OY tem abscissa nula. Assim, dizemos que a equação do eixo OX é y = 0 e a equação do
eixo OY é x = 0.
Os pontos do plano onde a = b, definem uma reta denominada bissetriz do 1º
quadrante, cuja equação evidentemente é y = x.
Já os pontos do plano onde a = -b (ou b = - a), ou seja, de coordenadas simétricas,
definem uma reta denominada bissetriz do 2º quadrante, cuja equação evidentemente

140
é y = - x.
Os eixos OX e OY são denominados eixos coordenados.

2 - Fórmula da distância entre dois pontos do plano cartesiano

Dados dois pontos do plano A(Xa,Ya) e B(Xb,Yb) , deduz-se facilmente usando o


teorema de Pitágoras a seguinte fórmula da distancia entre os pontos A e B:

3 - Ponto médio de um segmento

.
Nestas condições, dados os pontos A(x1 , y1) e B(x2 , y2) , as coordenadas do ponto
médio
M(xm , ym) serão dadas por:

1.1 - Equação reduzida da reta

Seja a reta r de equação geral ax + by + c = 0 . Para achar a equação reduzida da reta ,


basta tirar o valor de y ou seja :
y = (- a/b)x - c/b .
Chamando - a/b = m e - c/b = n obtemos y = mx + n que é a equação reduzida da
reta de equação geral ax + by + c = 0 .
O valor de m é o coeficiente angular e o valor de n é o coeficiente linear da reta .
Observe que na equação reduzida da reta , fazendo x = 0 , obtemos y = n , ou seja, a
reta r intercepta o eixo dos y no ponto (0 , n) de ordenada n .

Quanto ao coeficiente angular m , considere a reta r passando nos pontos A(x 1 , y1) e
B(x2 , y2) .
Sendo y = mx + n a sua equação reduzida ,podemos escrever:
y1 = mx1 + n e y2 = mx2 + n .
Subtraindo estas equações membro a membro , obtemos y1 - y2 = m (x1 - x2) .
Logo , a fórmula para o cálculo do coeficiente angular da reta que passa pelos
dois pontos (x1 , y1) e (x2 , y2) é :

141
Se considerarmos que as medidas Y2 - Y1 e X2 - X1 são os catetos de um triângulo
retângulo, conforme figura abaixo podemos concluir que o valor de m é

denominado inclinação da reta . É o ângulo que a reta faz


com o eixo dos x.
A m , e é chamada coeficiente angular da reta . Fica
portanto bastante justificada a terminologia coeficiente angular para o coeficiente m.
Observe que se duas retas são paralelas , então elas possuem a mesma inclinação ;
logo, concluímos que os seus coeficientes angulares são iguais.

I - Ângulo formado por duas retas

Sendo mr e ms os coeficientes angulares das retas r e s respectivamente , a tangente


do ângulo agudo

Notas:
1 - Ângulo agudo: ângulo cuja medida está entre 0 e 90º.

2 - Observe dois casos particulares da fórmula anterior, que merecem ser


mencionados:

teria que ser nulo, o que resultaria em mr = ms , ou seja, os coeficientes angulares


teriam que ser iguais. Já vimos isto num texto anterior, mas é bom repetir: RETAS
PARALELAS POSSUEM COEFICIENTES ANGULARES IGUAIS.

Neste caso a tangente não existe ( não existe tg 90º , sabemos da Trigonometria); mas
se considerarmos uma situação limite de um ângulo tão próximo de 90º quanto se
queira, sem entretanto nunca se igualar a 90º , a tangente do ângulo será um número
cada vez maior, tendendo ao infinito. Ora, para que o valor de uma fração seja um
número cada vez maior, tendendo ao infinito, o seu denominador deve ser um número
infinitamente pequeno, tendendo a zero. Nestas condições, o denominador da fórmula

142
anterior 1+mr . ms seria um número tão próximo de zero quanto quiséssemos e no
limite teríamos 1 + mr . ms = 0.

Ora, se 1 + mr . ms = 0, podemos escrever que mr . ms = -1, que é a condição necessária


e suficiente para que as retas sejam perpendiculares, conforme já vimos num texto
anterior publicado nesta página. Assim, é sempre bom lembrar: RETAS
PERPENDICULARES POSSUEM COEFICIENTES ANGULARES QUE MULTIPLICADOS É
IGUAL A MENOS UM.

II - Estudo simplificado da circunferência

Considere a circunferência representada no plano cartesiano , conforme abaixo , cujo


centro é o ponto C(xo , yo) e cujo raio é igual a R , sendo P(x , y) um ponto qualquer
pertencente à circunferência .

Podemos escrever: PC = R e pela fórmula de distancia entre dois pontos, já vista em


outro texto publicado nesta página, teremos: (x - x0)2 + (y - y0)2 = R2 , que é conhecida
como equação reduzida da circunferência de centro C(x0,y0) e raio R. Assim, por
exemplo, a equação reduzida da circunferência de raio 5 e centro no ponto C(2,4) é
dada por: (x - 2)2 + (y - 4)2 = 25.

Caso particular: Se o centro da circunferência coincidir com a origem do sistema de


coordenadas cartesianas ou seja o ponto O(0,0) , a equação reduzida da circunferência
fica:
x2 + y2 = R2

Para obter a Equação Geral da circunferência, basta desenvolver a equação reduzida .


Temos:
x2 - 2x . xo + xo2 + y2 - 2y . yo + yo2 - R2 = 0 .

Fazendo -2xo = D , -2yo = E e xo2 + yo2 - R2 = F , podemos escrever a equação


x2 + y2 + D x + E y + F = 0 (Equação geral da circunferência).

III- O uso do Determinante de terceira ordem na Geometria Analítica

3.1 - Área de um triângulo

Seja o triângulo ABC de vértices A(xa , ya) , B(xb , xc) e C(xc , yc) . A área S desse triângulo
é dada por
S = 1/2 .
vértices A , B e C .

143
Temos portanto:

A área S é normalmente expressa em u.a. (unidades de área)


Para o cálculo do determinante de terceira ordem, utilizamos a conhecida e prática
regra de Sarrus.

3.2 - Condição de alinhamento de três pontos

Três pontos estão alinhados se são colineares , isto é , se pertencem a uma mesma
reta .
É óbvio que se os pontos A , B e C estão alinhados , então o triângulo ABC não existe , e
podemos pois considerar que sua área é nula ( S = 0 ) .
Fazendo S = 0 na fórmula de área do item 1.1 , concluímos que a condição de
alinhamento dos 3 pontos é que o determinante D seja nulo , ou seja : D = 0 .

Exercício resolvido:

Se os pontos P(3 , 5) , Q(-3 , 8) e C(4 , y) são colineares , então o valor de y é :

a) 4
b) 3
c) 3,5
d) 4,5
e) 2

Solução:

Para que estes pontos estejam alinhados (pontos colineares), deveremos ter:

Desenvolvendo o determinante pela Regra de Sarrus, obtemos:


- 32 - 3y + 15 + 24 - 3y + 20 = 0
Portanto a alternativa correta é a letra D.

2 - Equação geral da reta.

144
Seja r a reta que passa pelos pontos A(xa , ya) e B(xb , yb).
Seja P(x , y) um ponto qualquer desta reta . Pela condição de alinhamento de 3 pontos
, podemos escrever:

Desenvolvendo o determinante acima obtemos:


(Ya - Yb) . x + (Xa - Xb) . y + (XaYb - XbYa) = 0 .

Fazendo Ya - Yb = a , Xa - Xb = b e XaYb - XbYa = c , decorre que todo ponto P(x,y)


pertencente à reta , deve verificar a equação :
ax + by + c = 0
que é chamada equação geral da reta r .

Exercícios de aprofundamento:

1)Em um triângulo retângulo, a soma de seus catetos é igual a 21 cm. Sabendo que
esses catetos são diretamente proporcionais aos números 3 e 4, o valor da hipotenusa
é:

a) 15 cm.
b) 16 cm.
c) 18 cm.
d) 20 cm.

2)Observe a figura:
B

E


A D C

Nessa figura, a medida dos catetos AB e AC do triângulo ABC é, respectivamente, 6


e 8 cm, e EC mede 4 cm.
Então, o perímetro do quadrilátero ABED é:

a) 20 cm.
b) 16 cm.
c) 21 cm.
d) 18 cm.

145
3)Sendo A a área de um quadrado de inscrito em uma circunferência. A área de um
quadrado circunscrito à mesma circunferência é:

a)4A
b)2A
c)4A/3
d) 2 A

4)A diagonal de um quadrado é k 2 . O perímetro de um outro quadrado ,com ¼ da


área do primeiro é:

a)2k
b)k
c)k/2
d)k/4

5)Nesta figura ,estão representadas três circunferências,como na figura abaixo:

Sabe-se que os raios das circunferências maiores mede 1 cm.Então a medida do raio
da circunferência menor é:

a)1/3
b)1/4
c) 2 /2
d) 2 /4

6) Sabendo que o raio das semi-circunferências menores vale 2 cm, calcule a área
escura da figura abaixo:

A) 4 cm2
B) 8 cm2
C) 16 cm2
D) 12 cm2

146
7) Se o lado do quadrado abaixo mede 20 m calcule a área escurecida.

A) 400 m2
B) 314 m2
C) 86 m2
D) 860 m2

8)Observe a figura:

Nessa fi gura,AB/BC=1/2 . Sendo FG = 10 cm, o valor de AF é:


a) 8 cm.
b) 12 cm.
c) 20 cm.
d) 24 cm.

9)Dona Margarida comprou terra adubada para sua nova jardineira, que tem a forma
de um paralelepípedo retângulo, cujas dimensões internas são: 1 m de comprimento,
25 cm de largura e 20 cm de altura.
Sabe-se que 1 kg de terra ocupa um volume de 1,7 dm3.
Nesse caso, para encher totalmente a jardineira, a quantidade de terra que Dona
Margarida deverá utilizar é, aproximadamente,

147
a)85,0 kg.
b)8,50 kg.
c)29,4 kg.
d)294,1 kg.

10)Observe a figura:

a a+3

a-2
a
a
a

Os sólidos da figura são equivalentes, ou seja, têm o mesmo volume. O cubo de aresta
a tem o volume de 216 cm3. Então, o valor da área total do paralelepípedo é:

a) 144 cm2.
b) 208 cm2.
c) 216 cm2.
d) 228 cm2.

11)A área de uma esfera circunscrita ao cone eqüilátero de altura 3m é,em cm2:

a)12
b) 13
c)15
d)17

12)Um triângulo retângulo isósceles de catetos unitários gira em torno de sua


hipotenusa. O volume do sólido gerado é ,aproximadamente:

a)  2 /6
b)  6 /2
c)  3 /2
d)  2 /3

13)Para que o volume de um cubo de aresta a seja igual ao volume de uma pirâmide
cuja base é um quadrado de lado a ,a altura da pirâmide é :

a)a/3
b)3a/4
c)3a
d)3/a

148
14)Num cilindro reto cuja altura é igual ao diâmetro da base,a área de uma seção
perpendicular às bases contendo os centros dessas ,é 64 m2.Então,a área lateral deste
cilindro ,em m2 é:

a)8
b)32
c)16
d)64
e)128

15) Considerando o volume do copo 1 e o volume do copo 2, é CORRETO

afirmar que

A) B) C) D)

16)Uma pessoa encontra-se no aeroporto (ponto A) e pretende ir para sua casa (ponto
C), distante 20 km do aeroporto, utilizando um táxi cujo valor da corrida, em reais, é
calculado pela expressão V(x)  12  1,5x , em que x é o número de quilômetros
percorridos. Se B̂  900 , Ĉ  300 e o táxi fizer o percurso AB  BC , conforme indicado
na figura, essa pessoa deverá pagar pela corrida:
A
a) R$40,50
b) R$48,00 Dado: 3  1, 7
c) R$52,50
d) R$56,00

C B

17) Observe a figura: D C

h
60° 
A B

149
Nessa figura, a diferença entre as bases do trapézio isósceles ABCD é de 8 cm. Então, a
altura h mede:

a) 4 cm .
b) 8 cm .
c) 4 3 cm .
d) 8 2 cm .

18) Ao utilizar uma escada rolante, cuja esteira desloca 0,60m a cada segundo, Celito,
parado em relação à esteira, cronometrou o tempo de 20 segundos, para transitar
entre os dois pisos de um shopping. Sabe-se que essa escada rolante faz um ângulo de
37º com o piso inferior.
Considerando sen 37º = 0,60, é CORRETO afirmar que a altura entre os dois pisos desse
shopping é de:

a) 6,0 m
b) 6,4 m
c) 6,8 m
d) 7,2 m

19) Os lugar geométrico dos pontos de coordenadas (x; y) tais que y2 + (x - 1)2 = 0 é:
a) a origem
b) duas retas concorrentes
c) um ponto que não é a origem
d) conjunto vazio

20)A equação da reta perpendicular ao eixo das abscissas que passa pelo ponto médio
do segmento AB, onde A(2, 3) e B é o centro da circunferência de equação x 2 + y2 - 8x -
6y + 24 = 0, é:
a) y = 3
b) y = 4
c) x = 4
d) x = 3

150
21) Dada a circunferência C da equação (x - 1)2 + y2 = 1 e considerando o ponto P(2, 1),
então as retas tangentes a C passando por P:

a) Têm equações y = 1 e x = 2.
b) não existem pois P é interno a C.
c) são ambas paralelas à reta y =1
d) Têm equações y = 1 (e só uma porque P está em C).

22) A equação da circunferência que passa pelo ponto (2,0) e que tem centro no ponto
(2, 3) é dada por:

a) x2 + y2 - 4x - 6y + 4 = 0
b) x2 + y2 - 4x - 9y - 4 = 0
c) x2 + y2 - 2x - 3y + 4 = 0
d) 3x2 + 2y2 - 2x - 3y - 4 = 0

23) Se o ponto P(2m-8 , m) pertence ao eixo dos y , então :

a) m é um número primo
b) m é primo e par
c) m é um quadrado perfeito
d) m = 0

24)O ponto A pertence ao semi-eixo positivo das ordenadas ; dados os pontos B(2 , 3)
e C(-4 ,1) , sabe-se que do ponto A se vê o segmento BC sob um ângulo reto . Nestas
condições podemos afirmar que o ponto A é :

a) (3,0)
b) (0, -1)
c) (0,4)
d) (0,5)

25) Sendo W o comprimento da mediana relativa ao lado BC do triângulo ABC onde


A(0,0), B(4,6) e C(2,4) , então W2 é igual a:

a) 25
b) 32
c) 34
d) 44

151
Gabarito

1) D 2) D 3) B 4) A 5) B 6) A 7) C 8) C 9) A 10) D
11) D 12) A 13) C 14) D 15) D 16) C 17) C 18) D 19) C 20) D
21) A 22) A 23) C 24) D 25) C

152
Capítulo XII

Noções de Matemática Financeira

Porcentagem

É o número de centésimos existentes em uma grandeza. A taxa de porcentagem é a


3
representação de uma fração onde o denominador é 100. Assim, a fração é
100
representada 3%. Utilizamos o cálculo de porcentagem constantemente no nosso
cotidiano. Dois simples exemplos:

Exemplo 1: Uma loja lança uma promoção de 10% no preço dos seus produtos. Se uma
mercadoria custa R$120,00, quanto a mercadoria passará a custar?

O desconto será de 10% do valor de R$120,00. Logo:

Retiramos, portanto, R$12,00 de R$120,00: 120 - 12 = 108


Passaremos a pagar, com a promoção, R$108,00.

Exemplo 2: Uma sala de aula possui 100 alunos, sendo que 40% são meninas. Qual a
quantidade de meninas e de meninos?

A quantidade de meninas será:

E a de meninos será: 100 - 40 = 60.

Todos os problemas que envolvem porcentagens podem ser calculados por regra de
três simples. Veja alguns exemplos:

Exemplo: Obtive um desconto de 10% e paguei apenas R$ 45,00 por um par de


sapatos. Qual é o preço desse par de sapatos sem o desconto?

Se eu tive o desconto de 10%, então eu só paguei 90% do valor do sapato (100% -


10%), assim a montagem seria:

Valor Porcentagem
R$ 45,00 90%

153
x 100%

45.100
x  50
90

Logo,x = R$ 50,00

Exercícios de fixação:

1) Determine o crescimento percentual da população brasileira no período


representado abaixo:

Ano População (Milhões de habitantes)


1980 120
1990 150

a)20% b)25% c) 30% d)35%

2) Uma moto usada era vendida em certa agência revendedora de veículos por
R$1500,00. Em uma promoção,no entanto,a mesma moto chegou a ser anunciada por
R$1080,00. O desconto em relação ao preço original, nesse caso foi de:

a) 22% b)24% c)27% d)28%

3)Um trabalhador recebe um corte de 20% em seu salário. Para que ele volte a receber
o salário inicial deverá receber um aumento de :

a)20% b)22% c)25% d)30%

4) Dentre os cinqüenta jovens que compareceram a uma festa, 30% eram rapazes e
70% eram moças. Com a saída de M moças, o percentual de rapazes passou a ser de
60%. O valor de M é:

a)10 b) 15 c) 20 d) 25

154
5))Em determinada ala de um presídio, há 100 detentos. Sabendo que 98% tem abaixo
de 25anos, o numero de presidiários dessa faixa etária que precisam sair dessa ala
para que o percentual caia para 96% é?

a)2 b)4 c)6 d)50

6)Uma solução de água e sal tem 10% de sal e 90% de água .Após a evaporação 50%
da água desta solução a porcentagem do sal será de aproximadamente:

a)5% b)18% c)22% d)24%

GABARITO

1) B 2) D 3) C 4) D 5) D 6) B

Juros :

Juro é a quantia que é cobrada sobre um determinado recurso financeiro a ser


pago ou recebido. Juros simples, ou simplesmente juros, são calculados unicamente
pelo capital inicial e são representados pela letra J.
O dinheiro que se empresta ou deposita é chamado de Capital inicial (C). O tempo
ou período que esse dinheiro fica depositado ou emprestado é representado por n. A
taxa é o percentual que deverá ser cobrado, pelo tempo que o dinheiro ficou
depositado ou emprestado, sendo seu valor unitário representado pela letra i (valor
unitário: 1% = 0,01).
A taxa deve ser compatível com o tempo de investimento, ou seja, a taxa e o
número de períodos de capitalização devem referir-se à mesma unidade de tempo. Se
a taxa for mensal, o tempo deve ser em meses, se a taxa for anual, o tempo deve ser
em anos e assim por diante.

Juros simples:

Juros simples são utilizados nas operações financeiras em que o juro é cobrado sobre o
capital inicial. A fórmula para cálculo de juros simples é:

J=Cin

Exemplo:
Determinar os juros de um capital 800 u.m., a 12% ao ano, aplicado durante 7
meses.

155
Nesse exemplo, temos que a taxa anual é de 12% e o tempo é 7 meses. Para
aplicarmos a fórmula devemos adotar o mesmo período de tempo para a taxa e para o
tempo de aplicação. A taxa centesimal 12% a.a. corresponde à taxa unitária de 0,12
anual. O tempo de 7 meses deve ser dividido por 12 para obtermos o tempo em ano.

n = 7 sano
12 J=Cin

J = 800 x 0,12 x 7 .
12
J = 56 u.m.

O montante é o capital acrescido de seus juros. A notação para montante é M


(capital com juros acumulados em n períodos).
M=C+J

ou

M = C(1 + i.n)

Exemplo: Determinar o montante de um capital 600 u.m., a 18% ao ano, aplicado


durante 8 meses.

Dados:
C=600 u.m.
i = 0,18 a.a.
n = 8 anos
12

M = C(1 + i.n)
 8
M  6001  0,18. 
 12 

M = 600 ( 1 + 0,12).0,12

M = 600 x 1,12.0,12

M= 672 u.m.

Juros Compostos

Juros compostos são os utilizados nas operações financeiras em que o juro é


cobrado sobre juros. Como exemplos temos as cadernetas de poupança, cartões de
crédito, empréstimos bancários , etc.

156
A fórmula para o cálculo é:

M = C (1 + i)n
C é o capital inicial
i é a taxa % por período de tempo
N é o número de períodos de tempo
M é o montante final (capital + juros)

Para calcularmos os juros, basta fazermos J = M – C.

Exemplos:
1) Aplicou-se a juros compostos um capital de R$ 1.400.000,00, a 4% ao mês, durante
3 meses. Determine o montante produzido nesse período.

Dados:
C= R$ 1.400.000,00
i = 0,04 ao mês

n = 3 meses

M = C (1 + i)n

M = 1.400.000 (1+ 0,04)3

M = 1.400.000 x 1,043

M = 1.400.000 x 1,124864

M = R$ 1.574.809,60

2) Durante quanto tempo esteve aplicado, em uma poupança, o capital de R$


180.000,00 para render, de juros, a importância de R$ 22.248,00. Se a taxa foi de 6%
ao mês?

Dados:
M=R$202.248,00
C= R$ 180.000,00
i=0,06 a.m.

M = C (1 + i)n

202.248 = 180.000 (1 + 0,06)n

M = 180.000,00 + 22.248,00 = 202.248,00

157
202.248 = 180.000 (1,06)n

202.248 = 1,06n
180.000

1,1236 = 1,06n

log 1,1236 = n log 1,06

n = log 1,1236
log 1,06

n= 2 meses

Equivalência entre Taxas:

Diz-se que a taxa mensal i m é equivalente à taxa anual ia quando:

P . ( 1 + ia ) = P. ( 1 + im )12

ou seja, duas ou mais taxas referenciadas a períodos unitários distintos são


equivalentes quando produzem o mesmo montante no final de determinado tempo,
pela aplicação de um mesmo capital inicial. Da igualdade acima, deduz-se que:

( 1 + ia ) = ( 1 + im)12 , isto é, ia = ( 1 + im)12 – 1.

Usa-se esta relação para determinar a taxa anual, conhecida a taxa mensal, e
para determinar a taxa mensal, conhecida a taxa anual.

1
12
im = ( 1 ia ) - 1 ou im = ( 1  ia ) 12  1

Atenção: Sejam ia , is , iq , it , ib , im e id taxa, com capitalização anual, semestral,


quadrimestral, trimestral, bimestral, mensal e diária, respectivamente, e tais que:

( 1 + ia ) = ( 1 + is )2 = ( 1 + iq )3 = ( 1 + it )4 = ( 1 + ib )6 = ( 1 + im )12 = ( 1 + id )360

Então, todas elas são equivalentes entre si.

Exemplo: Qual a taxa trimestral de juros compostos equivalente à taxa composta de


20% a.m.?

Devemos encontrar uma taxa trimestral it , tal que:

( 1 + im)3 = ( 1 + it )
( 1,20 )3 = ( 1+ it )

158
it = 1,728 - 1
it = 0,728 ou it = 72,8%.

Logo, a taxa trimestral composta equivalente a 20% é 72,8%.

Exercícios de fixação:

7) Uma pessoa tinha uma dívida da qual podia pagar apenas 20%, para pagar o
restante fez um empréstimo, que a uma taxa fixa de 5% ao mês, lhe custou juros
simples de R$ 12.000,00, ao final de um ano. A dívida era de:

a) R$ 25.000,00 b) R$ 30.000,00 c) R$ 100.000,00 d) R$ 240.000,00

8)Certa quantia foi emprestada a uma taxa de 2% ao mês ,corrigida aplicando-se juros
compostos.Para quitação da dívida foram ,após dois meses , pagos R$416,16. O valor
em reais emprestado foi de :

a)395 b)410 c)400 d)405

9) O grama do ouro sofreu aumentos sucessivos de 2% e 3%. Isto corresponde a um só


aumento de:

a) 5% b) 5,02% c) 5,04% d) 5,06%

10) A bolsa de valores do Estado de São Paulo (BOVESPA) anunciou que suas ações
tiveram duas quedas e acumulativas de 5% e 10% nos seus preços. A taxa única
equivalente a essas quedas foi de:

a) 14,5% b) 15% c)13,5% d) 16,5%

Gabarito
7) A 8) C 9) D 10) A

Exercícios de aprofundamento:

1) Para completar a quantia necessária para comprar sua nova moto, Antônio precisou
realizar um empréstimo de R$ 1.200,00. Esse valor representa 15% do valor que
Antônio já possuía. Nesse caso, Antônio pagou pela moto:

a) R$ 7.600,00 b) R$ 7.800,00c) R$ 8.000,00 d) R$ 9.200,00

159
2) Consultando um mapa rodoviário, um motorista decide por um itinerário 17% mais
longo do que aquele que faz habitualmente. Como o tráfego de veículos nesse novo
trajeto é menor, sua velocidade média aumentará em 30%. Diante dessas condições, o
tempo de viagem diminuirá em:

a) 5% b) 10% c) 15% d) 20%

3) O rendimento mensal de uma caderneta de poupança é calculado levando em conta


a inflação do mês mais 0,5% de juros já calculados sobre o capital já corrigido pela
inflação. Se, em determinado mês, o rendimento foi de 14,57% a inflação desse mês
foi de:

a) 14% b)14,07% c) 14,01% d) 14,52%

4) Sobre o preço original de uma mercadoria foram concedidos dois descontos


sucessivos de 26% e x % que corresponderam a um desconto único de 44,5%. Nesse
caso, o valor de x é:

a) 18,5 b) 20 c) 22,5 d) 25

5) Um comerciante deu um desconto de 20% sobre o preço da venda de uma


mercadoria e, mesmo assim, conseguiu um lucro de 20% sobre o preço que pagou pela
mesma. Se o desconto não fosse dado, seu lucro, em porcentagem seria:

a) 55% b) 50% c) 45% d) 40%

6) Um liquidificador foi comprado segundo o seguinte plano de pagamento: uma


entrada de R$ 20,60 e mais uma parcela de R$ 20,60 em 30 dias. Se o consumidor
pagou efetivamente uma taxa de 3% ao mês, o valor à vista desse liquidificador era de:

a) R$ 40,58 b) R$ 40,60 c) R$ 41,20 d) R$ 41,81

7) Em um grupo de pessoas, 32% têm idade entre 30 e 40 anos; 48% estão entre 41 e
50 anos; e os demais 20%, entre 51 e 60 anos. Dos que têm de 30 a 40 anos, 30%
praticam exercícios regularmente. Esse número sobre para 40% na faixa dos que estão
entre 41 e 50 anos, mas só 22% daqueles que têm entre 51 e 60 anos praticam
exercícios regularmente.
Considere, agora, apenas as pessoas desse grupo que têm entre 30 e 50 anos. Nesta
faixa etária, as pessoas que fazem exercícios regularmente correspondem a:

a) 34% b) 36% c) 27,2% d) 33,2%

8) Uma pessoa dispõe de C reais para passar quinze dias na praia. Se resolver passar
vinte dias, em vez dos quinze previstos, o seu gasto médio diário, será reduzido de:

160
a) 5% b) 15% c) 20% d) 25%

9) Uma loja aumenta o preço de um determinado produto cujo valor é de R$600,00


para, em seguida, a título de promoção, vendê-lo com desconto de 20% e obter ainda
os mesmos R$600,00. Para que isso aconteça, o aumento percentual do preço deverá
ser de :

a) 20% b) 25% c) 30% d) 40%

10) Uma loja oferece duas formas de pagamento a seus clientes: 10% de desconto
sobre o preço anunciado se o pagamento for à vista, ou o preço anunciado, dividido
em duas parcelas iguais: a primeira no ato da compra e a segunda no trigésimo dia
após a compra.
A taxa mensal de juros efetivamente cobrada, no pagamento parcelado é de;

a) 10% b) 15% c) 25% d) 30%

11) Durante quanto tempo foi investido um capital de R$ 10000,00 ,a uma taxa de
juros mensal de 5% ao mês,sabendo-se o montante obtido ao final da aplicação foi de
R$12000,00?(Considere log12=1,08 e log105=2,02)

a)2 meses b)3 meses c)4 meses d)5 meses

Gabarito

1) D 2) B 3) A 4) D 5) B 6) B 7) B 8) D 9) B 10)C 11) C

161
Capítulo XIII

Noções de Estatística

Interpretação e utilização de dados apresentados em tabelas e/ou gráficos

A estatística é uma ciência exata que visa fornecer subsídios ao analista para coletar,
organizar, resumir, analisar e, finalmente, apresentar dados, dos quais podemos
extrair informações através de certas técnicas. Muitas vezes esses dados são
incompletos, na medida em que nos dão informação útil sobre o problema em estudo,
sendo assim, é objetivo da Estatística extrair a informação dos dados para obter uma
melhor compreensão das situações que representam.

Conceitos

1. Evento: é o resultado de um experimento qualquer.

2. Espaço amostral: é o conjunto de todos os eventos possíveis.

3. Freqüência absoluta: são os números de elementos da população ou amostra


pesquisada que correspondem a cada faixa do fenômeno estudado.

4. Freqüência relativa: é a razão entre a freqüência absoluta correspondente e o


número total de pesquisados.

5. Freqüência relativa em porcentagem: é o produto da freqüência relativa por 100.

6. Moda: é o valor de uma distribuição de freqüência que aparece com maior


freqüência. Pode existir mais de uma moda numa distribuição.

7. Mediana: é o valor de uma distribuição que ocupa a posição central, quando todos

os valores são colocados em ordem. Se o número que aparecem na lista for par, a

mediana será a média aritmética dos dois valores centrais, quando todos são

colocados em ordem.

8. Média Aritmética : A média aritmética simples de vários números é dada pelo


quociente da soma de seus valores pela quantidade de parcelas consideradas.

162
9. Média Aritmética Ponderada : A média aritmética ponderada de vários números,
aos quais são atribuídos pesos (indicação de número de vezes que esses números
figuram) consiste no quociente da soma do produto de cada número pelo seu
respectivo peso, pela soma dos pesos.
.

10. Desvio: é a diferença entre o valor da distribuição e a média.

11. Variância: é a média aritmética dos quadrados dos desvios.

12. Desvio padrão: é a raiz quadrada da variância.

13. Amplitude: é a diferença entre o maior e o menor valor da distribuição.

Exercícios de aprofundamento:

1)Num grupo de estudantes, 80% estudam Inglês, 40% estudam Francês e 10% não
estudam nenhuma dessas duas línguas. Nesse grupo, a porcentagem de alunos que
estudam ambas as línguas é:

a) 25%
b) 50%
c) 15%
d) 30%

2)As notas de um candidato em suas provas de um concurso foram: 8,4; 9,1; 7,2; 6,8;
8,7 e 7,2.
A nota média, a nota mediana e a nota modal desse aluno, são respectivamente:

a) 7,9; 7,8; 7,2


b) 7,2; 7,8; 7,9
c) 7,8; 7,8; 7,9

163
d) 7,8; 7,9; 7,2

3) Num determinado país a população feminina representa 51% da população total.


Sabendo-se que a idade média (média aritmética das idades) da população feminina é
de 38 anos e a da masculina é de 36 anos. Qual a idade média da população?

a) 37,02 anos
b) 37,00 anos
c) 37,20 anos
d) 36,60 anos

4)Um dado foi lançado 50 vezes. A tabela a seguir mostra os seis resultados
possíveis e as suas respectivas freqüências de ocorrências:

A frequência relativa de aparecimento de um resultado ímpar foi de:

a) 2/5
b) 11/25
c) 12/25
d) 1/2

5))Num concurso,todas as provas português, Matemática, Contabilidade e Legislação


– têm o mesmo valor máximo (100).A prova de Português tem peso 5,a de Matemática
4 e a de Contabilidade 3.Um candidato obteve nota 75 em Português,90 em
Matemática,90 em contabilidade e 60 em legislação,alcançando média 79.Qual é o
peso da prova de legislação?

a)2
b)1
c)4
d)3

6)A média aritmética de um conjunto de 11 números é 45.Se o número 8 for retirado


do conjunto,a média dos números restantes será de:

a)48,7
b)48
c)47,5
d)42
e)41,5

164
7) Considere os dados da tabela abaixo, que apresenta as freqüências
acumuladas das idades de 20 jovens entre 14 e 20 anos.

Uma das medidas de dispersão é a variância populacional.Sabendo-se que m é a média


aritmética dessas idades, qual a variância das idades na população formada pelos 20
jovens?

a)0,15
b)0,20
c)1,78
d)3,20

Gabarito

1) B 2) A 3) A 4) C 5) A 6) A 7) A

165

Você também pode gostar