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Apost2 123 PDF
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P1
P2
→ →
Um ponto P pertence à reta r se, e somente se, os vetores P1P e P1P2
→
são colineares. Como P1 e P2 são distintos, o vetor P1P2 é não nulo,
→ →
então existe um escalar λ tal que P1P = λ P1P2 . Assim, P pertence a r se,
→
e somente se, P = P1 + λ P1P2 ; λ ∈ IR . Podemos então concluir que todo
ponto da reta r satisfaz à equação:
→
X = P1 + λ P1 P2 ; λ ∈ IR ,
x = xo + h a
que equivale ao sistema r : y = yo + h b ; h ∈ IR •
z = z + h c
o
x − xo y − yo z − zo
r: = = ‚
a b c
Exemplos
1. Determine uma equação da reta r que:
Solução:
a) Como P 1 e P2 são distintos, determinam uma reta de equação vetorial
→
X = P1 + h P1P2 ; h ∈ IR , isto é, r : ( x, y, z) = (3,−1,1) + h ( −1,2,1); h ∈ R .
2
y −1 z
b) r : x − 4 = = ( equações simétricas da reta).
3 −1
x = −3 + h
b) s : y = −1 + h ; h ∈ IR
z = 2 h
x +1 y z − 4
c) t : = =
2 3 2
Solução:
a) P ∈ r se, e somente, existe ho ∈IR tal que:
(− 1,0,2) = (−7 ,−3,− 7) + h o (2,1,3) .
−1 = −3 − h o
b) P ∈ s se, e somente, existe ho ∈IR tal que 0 = −1 + h o
2= 2h
o
o que é impossível, pois, da primeira equação temos ho = − 2 e da
segunda ho = 1. Logo, P ∉ s .
−1 + 1 0 2 − 4
c) P ∈ t se, e somente, = = . Como 0 ≠ −1 temos que
2 3 2
P∉t.
x −1 y + 2
3. Seja r : = = z . Determine uma equação de r nas formas
2 4
vetorial e paramétrica.
3
Solução:
r
Das equações simétricas de r temos v r = ( 2,4,1) e P(1,−2,0) é um ponto
da reta r. Assim, (x, y, z) = (1,−2,0) + h (2,4,1); h ∈ IR e
x = 1 + 2 h
y = −2 + 4 h ; h ∈ IR , são equações da reta r nas formas vetorial e
z = h
paramétrica, respectivamente.
Um dos axiomas da Geometria Espacial nos diz que três pontos não
colineares determinam um plano. Consideremos então π o plano
determinado pelos pontos A, B e C. Desejamos encontrar uma condição
necessária e suficiente para que um ponto X pertença ao plano π.
Observemos então que, como A, B e C são não colineares, os vetores
→ →
BA e AC são linearmente independentes com representantes em π.
→
Portanto, um ponto X pertence ao plano π se, e somente se, o vetor XB é
→ →
coplanar com os vetores BA e AC .
Assim, existem escalares t e h
D → → →
C π tais que XB = t BA + h AC .
Observemos ainda que para cada ponto X do plano, existe um único par
ordenado ( t, h ) satisfazendo a esta equação e reciprocamente.
2. 2 Equações Paramétricas
r
Fixemos um sistema de coordenadas do espaço. Sejam u = (a 1, b1, c1 ) ,
r
v = (a 2 , b 2 , c 2 ) vetores linearmente independentes paralelos ao plano α e
Po (x o , y o , z o ) um ponto de α . Assim, uma equação vetorial do plano α
pode ser escrita como:
(x , y , z ) = (x o , y o , z o ) + t (a 1 , b1 , c1 ) + h (a 2 , b 2 , c 2 ) , t, h ∈ IR .
x = x o + a1t + a 2 h
y = yo + b1t + b 2 h ; t , h ∈ IR .
z = z + c t + c h
o 1 2
Exemplos
5
Solução:
→ →
Como os vetores AB = ( −2,1,1) e CA = ( −2,−1,−1) são linearmente
independentes, os pontos A, B e C não são colineares, logo determinam
um único plano. Uma equação vetorial do plano ABC é :
Solução:
r r r r
Como os vetores u e v são linearmente independentes então P, u e v
determinam um plano de equações paramétricas:
x = 2 − t + h
y = 4 + 2t ; t, h ∈ IR
z = −1 + t + 3h
x = 1 + 2h − t
β : y = −2 + h + 3t ; t, h ∈ IR
z = 3 + 5h
Solução:
x = 3 + 5h − t
α : y = −1 + h ; t, h ∈ IR .
z = 1 + 2h − t
2. 3 Equação Geral
r r
Seja α o plano determinado pelo ponto u v α
r r
P (x o , y o , z o ) e pelos vetores u e v . Po X
Lembremos que um ponto X(x, y, z)
r r →
pertence a α se, somente se, os vetores PX , u e v são coplanares.
→ r r r r →
Assim, [ PX, u, v ] = 0 , ou seja, ( u × v) ⋅ Po X = 0 . Considerando
r r
u × v = ( a, b, c) , podemos escrever:
(a , b, c) ⋅ ( x − x o , y − y o , z − z o ) = 0 ,
ou equivalentemente,
ax + by + cz + d = 0 , •
7
Exemplos
1. Determine uma equação geral do plano α que passa pelo ponto
r r
P = (3,−1,2) e é paralelo aos vetores u = ( −1,1,2) e v = (1,−1,0) .
Solução 1:
r r r
Como u e v são LI e têm representantes em α, podemos considerar n α
r r r
paralelo ao produto vetorial u × v = (2,2,0) . Considerando n α = (2,2,0 ) ,
uma equação geral do plano α tem a forma 2x + 2y + d = 0 , para um
certo valor real de d. Como o ponto P pertence ao plano α suas
coordenadas satisfazem a esta equação, assim temos:
2.3 + 2.(−1) + 0.2 + d = 0 , daí, d = − 4 . Logo, 2x + 2y − 4 = 0 é uma
equação do plano α.
Solução 2: r
r nα
Seja n α = (1,1,0 ) e X um ponto genérico de α.
→ r
Então, Po X ⋅ n α = 0 , ou equivalentemente, Po
X
α
(x − 3, y + 1, z − 2 ) ⋅ (1,1,0 ) = 0 .
Daí, uma equação geral do plano α é x + y − 2 = 0 .
x = 2 + 3t
b) α : y = 1 + 2t − h ; t , h ∈ IR .
z = −t + 2h
c) α : 2x − 3y + z − 1 = 0
Solução :
r
a) n α = (2 ,−1,3) × (1,1,0 ) = (−3,3,3)
r
b) n α = (3,2,−1) × (0,−1,2) = ( 3,−6,−3)
r
c) n α = (2,−3,1)
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CAPÍTULO III - POSIÇÕES RELATIVAS DE DOIS
PLANOS
Observemos que dois planos são paralelos se, somente se , seus vetores
normais são paralelos. Consideremos α : a 1 x + b 1 y + c 1z + d1 = 0 e
β : a 2 x + b 2 y + c 2 z + d 2 = 0 . Temos que α e β são paralelos se,
somente se, existe um real k tal que:
a 1 = ka 2
b1 = kb 2
c = kc
1 2
ka 2 x1 + kb 2 y1 + kc 2 z1 + d1 = 0
a 2 x1 + b 2 y1 + c 2 z1 + d 2 = 0
Daí, d 1 = k (− a 2 x 1 − b 2 y 1 − c 2 z1 ) . Logo, d 1 = kd 2 .
9
Se os vetores normais dos planos α e β não
são paralelos, então estes planos são
r r
concorrentes. Neste caso, eles se interceptam nα nβ
segundo uma reta r. Assim, um ponto
P( x, y, z) pertence à reta r se, somente se,
β
suas coordenadas satisfazem ao sistema:
r
vr
a 1x + b1 y + c1z + d1 = 0 α
r
a 2 x + b 2 y + c 2 z + d 2 = 0
r
v r r
nα
Se os vetores n α e n β são ortogonais nβ
dizemos que os planos α e β são
perpendiculares. Assim, dois planos são
v r β
perpendiculares se, somente se, n α ⋅ n β = 0 .
α
Exemplos
a) α : 2x + y − z + 1 = 0 e β : 4x + 2y − 2z + 2 = 0 .
x − 2y − 1 = 0
r : .
2x + y − z + 1 = 0
v r
Observemos ainda que n α ⋅ n β = 0 , assim α e β são perpendiculares.
r r
c) Consideremos os vetores n α = (1,−2,0) e n β = ( −2, 4,0) . Observemos
v r
que n α = −2 n β , daí, os planos α e β são paralelos. No entanto,
P = (1, 0, 1) pertence ao plano α e não pertence ao plano β.
Consequentemente, α e β são estritamente paralelos.
Solução :
v r
Como o plano β é paralelo ao plano α, temos que n β = k n α , k ≠ 0 .
r
Podemos então considerar n β = ( −2, − 6, 4) . Assim, podemos escrever:
β : 2x − 6y + 4z + d = 0 . Para determinarmos o valor de d basta
utilizarmos o fato de que o ponto P pertence a β e por isso, satisfaz a sua
equação. Daí, 2.1 − 6.0 + 4.(−2) + d = 0 , ou seja, d = 6. Logo, uma
equação geral de β é 2x − 6y + 4z + 6 = 0 .
3. Dados os planos α : 2x + 4y − z + 1 = 0 e β : − x + 2y + z + 2 = 0
determine uma equação vetorial da reta r interseção dos planos α e β.
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Solução :
2x − z + 1 = 0
− x + z + 2 = 0
− 6x + y + 8z + 8 = 0
r :
− 2x − y + 8z = 0
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