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Aula 05
Prof. Gerônimo
1
6- DIFUSÃO EM REGIME PERMANENTE SEM REAÇÃO QUÍMICA
Água
2
corrente gasosa que contém A (Ar)
z = z2 yA = yA,2
z
z
NA,Z
z = z1 yA = yA,1
meio que contém A
3
C A
t
. N A RA''' ( Molar)
A
. n A rA''' ( Mássico )
t
. N A 0 ( Molar)
. nA 0 ( Mássico )
4
onde o fluxo de A seria:
NA C.DAB y A y A N A N B (Fase gasosa)
( Molar)
NA C.DAB x A x A N A N B (Fase líquida)
n A ρDAB wA wA n A n B ( Mássico )
5
6.2- Difusão unidimensional em regime permanente
Considerando que o fluxo de matéria seja numa única direção do eixo de
coordenadas, teremos a seguintes equações da continuidade em regime
permanente e sem reação química:
Coordenada retangular :
d
n A,Z 0
dz
d
N A,Z 0
dz
Coordenada cilíndrica :
d
(r.n A,Z ) 0
dr
d
r.NA,Z 0
dr
Coordenada esférica :
d 2
dr
r .n A,Z 0
d 2
dr
r .NA,Z 0
6
As equações em coordenadas retangulares apontam o fluxo de matéria
constante: nA,Z = cte e NA,Z = cte. O restante das equações em
coordenadas cilíndricas e esféricas mostram que a taxa de matéria é que
vem a ser constante. No caso da coordenada cilíndrica para o fluxo
molar, rNA,Z = cte , devemos multiplicar a equação diferencial em
coordenadas cilíndricas por 2L para obter a área lateral do cilindro
(2rL). Essa área é normal ao fluxo considerado. Assim, a taxa de
matéria será:
WA = (Área)(Fluxo)
(coordenadas cilíndricas )
WA = (2rL)(Fluxo)
WA = (Área)(Fluxo)
(coordenadas esféricas)
WA = (4r2)(Fluxo)
7
6.2.1- Difusão em regime permanente através de filme gasoso inerte e
estagnado
8
Gás A
Z=0
NA,Z
Gás B
(estagnado)
Z = 0,5 cm
Ácido
C A
Solução: . N R
'''
A (1)
t
A
C A
t 0
Hipóteses: R 'A'' 0
dN A,z
. NA
dz
9
yA N A,Z N B, Z
dyA
Fluxo da espécie gasosa A: N A,Z CD AB (2)
dz
dN
Aplicando as hipóteses na equação (1), temos: . N A A,z
0 (3)
dz
y A N A,Z 0
dy A
Aplicando ( 4 ) em ( 2 ), temos: N A,Z CD AB
dz
dy
N A,Z y A N A,Z CD AB A
dz
dy
N A,Z (1 y A ) CD AB A
dz
CDAB dy A
N A,Z (5)
(1 y A ) dz
d CDAB dy A
0 (6)
Substituindo a equação ( 5 ) na equação ( 3 ), temos: dz (1 y A ) dz
10
Condições de Contorno:
d 1 dy A
0
Equação 2ª ordem homogênea dz (1 y A ) dz (7)
Integrando a equação ( 7 ), temos: d 1 dy A
0
dz (1 y A ) dz
1 dy A
d
0
(1 y A ) dz
1 dy A dy A
C1 C1 dz
(1 y A ) dz (1 y A )
1 1 y A,1
C1 Ln
z 2 z1 1 yA,2 (9)
z1 1 y A,1
Ln(1 y A,1 ) Ln C2
z 2 z1 1 y A,2
z1 1 y A,1
C2 Ln(1 y A,1) Ln
z 2 z1 1 yA,2 ( 10 )
12
Substituindo as equações ( 9 ), ( 10 ) em ( 8 ), temos:
z 1 y A,1 z1 1 y A,1
Ln(1 y A )
Ln Ln Ln(1 y A,1 )
z 2 z1 1 y A,2 z 2 z1 1 y A,2
z z1 1 y A,2
Ln(1 y A ) Ln(1 y A,1 ) Ln
z 2 z1 1 y A,1
1 yA z z1 1 y A,2
Ln
Ln
1 y A,1 z 2 z1 1 y A,1
z z1
1 yA 1 y A,2 2 1
z z
1 y
( 11 ) Solução final para A
1 y
A,1 A,1
13
O perfil da fração molar do soluto B é:
yA yB 1 yB 1 yA
y A,1 y B,1 1 y B,1 1 y A,1 ( na borda do tubo )
y A,2 y B,2 1 y B,2 1 y A,2 ( na superfície gás/líq. )
z z1
yB y B,2 2 1
z z
( 12 ) Solução final para B
y y
B,1 B,1
14
Cálculo da fração média das espécies A e B.
yB
y d B
= Ípsilon
d
y dz B
yB
Z1
Z2
dz
Z1
15
Z2 z z1
y B,2 2 1
z z
z z1 y B,1 dz
yB
y
y B,2 2 1
z z
B,1
y y yB
Z1
B,1 B,1 Z2
= Psi
z z1 dz
Z1
dz
; d dz z 2 z1 d
z 2 z1 z 2 z1
para z z1 Ψ 0
para z z 2 Ψ 1
1
y B,2
y B,1
z1 z 2 d
y B,1
x
a
yB 0
1
a x dx
lna
z1 z 2 d
0
16
1
y
B,2
y B,1 y B,1 y B,2
1
y B,2
0
yB y B,1
y B,2 y B,2 y B,1 y
B,1
ln ln
y B,1 y
B,1
0
y B,1 y B,2
yB
1
1
yB,2 yB,1
y y y
ln B,2 B,1 ln B,2
y B,1 y B,1
yB
yB,2 y B,1
y yA 1 yB
ln B,2
y B,1
17
Para determinar o fluxo, NA,Z , devemos integrar a equação ( 5 ) entre as condições de
contorno, CC1 e CC2, e considerando que o coeficiente de difusão DAB seja
independente da concentração ou fração molar e que NA,Z seja constante na
superfície gás/líquido. Assim, temos:
CD AB dy A
N A, Z
(1 y A ) dz
Z2 y A,2
dy A
N A, Z dz CD AB
1 yA
Z1 y A,1
CD AB 1 y A,2
N A,Z Ln ( 13 )
z 2 z1 1 y A,1
18
A equação ( 13 ) pode ser escrita em termos de pressão parcial considerando uma
mistura gasosa ( A + B ) ideal:
n
PV nRT P RT P CRT
V
P PA CA PA
C CA yA yA ( 14 )
RT RT C P
Substituindo a equação ( 14 ) na equação ( 13 ):
PDAB P PA,2
N A,Z Ln
RTz 2 z1 P PA,1
19
6.2.2- Obtenção do coeficiente de difusão em gases: o experimento da esfera
isolada.
Um soluto A puro de geometria esférica e diâmetro Do é posto num ambiente espaçoso,
estagnado e inerte, conforme ilustra a Figura a seguir:
D0 WA,' r
Supondo que não há variação significativa do diâmetro da esfera, mas que se consiga
medir a variação da sua massa num intervalo de tempo considerável, a taxa mássica
'
de sublimação de um sólido (ou evaporação de um líquido) de A, WA,r , obtida
experimentalmente é dado por:
dm
W
'
(1)
A,r
dt 20
A Figura a seguir representa a variação da massa pelo tempo de um soluto A
evaporando ou sublimando:
Massa
dm
dt
Tempo
21
Portanto, a taxa molar de A experimental pode ser obtida através da seguinte
equação:
WA,' r
WA,r (3)
MA
sendo MA a massa molar da espécie A.
y A N A,r N B,r
dyA
N A,r CDAB (4)
dr
Visto que o ar está estagnado: NB,r = 0, a equação ( 4 ) fica:
C.D AB dyA
N A,r (5)
1 y A dr
22
Multiplicando a equação ( 5 ) por 4r2, temos:
4 r 2 C.D AB dyA
4 r 2 N A,r (6)
1 y A dr
4 r 2 C.D AB dyA
WA,r (7)
1 y A dr
Condições de contorno:
23
r y A
dr dyA
WA,r 4 C.D
1 yA
AB
r2
r R0 y A0
1 y A
WA,r 4 R 0 .C.D ABLn (8)
1 y A0
Da equação ( 8 ) é possível determinar o coeficiente de difusão DAB desde que se
conheçam os valores da taxa molar ( WA,r ), das frações molares do soluto A na
superfície do corpo-de-prova ( yA0 ) e no meio gasoso estagnado ( yA ), bem como as
condições de temperatura e pressão desse meio para poder calcular o valor da
concentração molar total ( C ).
Portanto, o coeficiente de difusão DAB é dado por:
WA,r
D AB
1 y A (9)
4 R 0 C Ln
1 y A0
24
A equação ( 9 ) é adequada para solutos voláteis. Por outro lado, quando se trabalha
com a evaporação de líquidos voláteis à baixa temperatura (evaporação de água em
ar seco a 10C) ou na sublimação de sólidos (naftaleno), a equação ( 9 ) pode ser
simplificada em virtude da contribuição convectiva ser desprezível em face à
difusiva. Nesse caso temos:
dyA
N A,r CD AB ( 10 )
dr
dyA
4 r 2 N A,r 4 r 2 C.D AB ( 11 )
dr
Em virtude de 4r2.NA,r = WA,r = cte, temos que:
dyA
WA,r 4 r C.D AB
2
( 12 )
dr
25
Condições de contorno:
dr
WA,r 2
4 C.D AB dyA
r
r R0 y A0
C A0
WA,r 4 R 0 .C.D AB y A0 ( 13 ) y A0 ( 14 )
C
Portanto, o coeficiente de difusão DAB é dado por:
WA,r
( Contribuição convectiva desprezível ) D AB
4 R 0 C A0
( 15 )
26
Exemplo 2: Uma esfera de naftaleno está sujeita à sublimação num
recipiente estagnado e relativamente espaçoso a 72C e 1 atm, conforme a
figura anterior. Retirou-se a esfera ao longo do tempo, pesando-a e
medindo o seu raio. Após 330 min, observou-se o seguinte comportamento:
Tempo
0 10 23 43 73 125 150 190 240 295 330
( min )
Massa
2,44 2,43 2,42 2,41 2,39 2,36 2,35 2,31 2,28 2,23 2,21
(g)
Raio
0,85 0,85 0,85 0,85 0,84 0,84 0,84 0,83 0,83 0,82 0,82
( cm )
28
Utilizando o meio convectivo desprezível, pelo fato de yA0 1 e yA∞ = 0, o
coeficiente de difusão é calculado pela seguinte equação:
WA,r
D AB
4 R 0 CA0
a) Determinação da taxa molar de sublimação:
dm
W ' A,r [g/min]
dt
W ' A,r
WA,r [gmol/min]
MA
Por intermédio de regressão linear dos dados fornecidos pela tabela de Massa vs.
Tempo, obtém-se o valor da taxa mássica:
29
2,50
Equation y = a + b*x
Adj. R-Square 0,99459
2,45 Value Standard Error
B Intercept 2,44079 0,00281
B Slope -6,88748E-4 1,60628E-5
2,40
2,35
Massa ( g )
2,30
2,25
2,20
Tempo ( min )
4
6,89x10 4 g/min
6,89 x10 g/min
W ' A,r
60s/min
W ' A,r 1,148x10 5 g/s
30
W 'A,r 1,148x10 5 g/s
WA,r
MA 128,16 g/gmol
WA,r 89,6x10 -9 gmol/s
D 1,68cm
R0 0,84cm
2 2
C A0 y A0 C [gmol/cm 3 ]
P
C A0 y A0 [gmol/cm 3 ]
RT
1atm
C A0 0,00417
82,05atm.cm 3 / gmol.K 345,15K
C A0 1,471x10 7 gmol/cm 3
31
d) Determinação do coeficiente de difusão do naftaleno:
WA,r 89,6x10 9 gmol/s
D AB
4 R 0 C A0 (4 )(0,84cm)(1,471x10 7 gmol/cm 3 )
D AB 0,0577 cm 2 /s
Esse resultado é obtido para T = 345,15K (72C). Para que tenhamos um valor
de comparação, estimaremos o coeficiente de difusão a T = 25C (298,15K).
Utilizaremos a equação a seguir:
1, 75
T
D AB T 298,15K D AB T 345,15K 2
T1
1, 75
298,15K
D AB T 298,15K 0,0577cm2 /s
345,15K
D AB T 298,15K 0,0447 cm 2 / s
Como o valor experimental é igual a DAB = 0,0611cm2/s, determina-se o desvio
relativo por: