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Dicas:

Aterramento
Adaptação de Texto: Fernando José Peixoto Lopes
Texto de Sérgio Ferreira de Paula Silva

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APOIO:
Aterramento
Podemos ficar sem ele, ou é realmente necessário?

Como estamos voltados a segurança de vidas e equipamentos em


sonorização de igrejas?

Resposta: A maioria das igrejas bem péssimas.

O aterramento nada mais é que a ligação de um equipamento ou de um sistema de


som e luz à terra, por motivos de segurança e proteção ou necessidade e exigência
quanto para o funcionamento do mesmo.

Aterramento para proteção:

Liga-se o terra das massas (chassis) e também dos elementos condutores estranhos
a instalação ou extras a instalação fixa.

Possuindo como objetivo limitar o potencial entre massas, entre massas e elementos
condutores estranhos à instalação e entre os dois e a terra a um valor seguro sob
condições normais e anormais de funcionamento;
Proporcionar às correntes de falta para terra um caminho de retorno de baixa
impedância.
Aterramento funcional:
Ligação à terra de um dos condutores vivos do sistema (em geral, o neutro), para
proporcionar definição e estabilização da tensão da instalação em relação à terra
durante o funcionamento (referência);

Limitação de sobretensões devidas a manobras e descargas atmosféricas;

Retorno de corrente de curto-circuito monofásica ou bifásica terra ao sistema


elétrico.

Os sistemas elétricos podem classificados como:

Diretamente aterrados;
Aterrados através de impedância (resistor ou reator);
Não aterrados.

A famosa norma NBR 5410 determina:

As instalações elétricas de baixa tensão devem obedecer, quanto aos aterramentos


funcional e de proteção, a três esquemas de aterramento básicos (TT, TN e IT),
designados pela seguinte simbologia:

1ª letra – indica a alimentação em relação à terra:

T – um ponto diretamente aterrado


I – nenhum ponto aterrado ou aterramento através de impedância razoável

2ª letra – situação das massas em relação à terra:

T – diretamente aterradas (qualquer ponto)


N – ligadas ao ponto de alimentação aterrado (sem aterramento próprio)
I – massas isoladas, não aterradas

Outras letras – especificam a forma de aterramento da massa, utilizando o


aterramento da fonte de alimentação:

S – neutro e proteção (PE) por condutores distintos (separados)


C – neutro e proteção em um único condutor (PEN).
Na minha opinião o melhor tipo de aterramento.
Um ponto da alimentação (em geral, o neutro do secundário do transformador), é
diretamente aterrado com eletrodos independentes das massas;

Todas os chassis ou massas protegidas contra contatos indiretos devem ser ligadas a
um ponto único, para evitar malhas e surgimento de tensões de passo;

A proteção deve ser garantida por dispositivos DR pois representa o único meio
adequado para proteção contra choques elétricos (instalado na origem da instalação);

Recomendado para sistemas onde a fonte de alimentação e a carga estiverem


distantes uma da outra, principalmente em igrejas.

Esquema TN
Um ponto da instalação, em geral o neutro, é diretamente aterrado e as massas dos
equipamentos são ligadas a esse ponto por um condutor. Este esquema pode ser
classificado como:

TN-S – condutores neutros (N) e proteção (PE) distintos (separados);


TN-C – funções de neutro e proteção exercidas pelo mesmo condutor (*PEN);
TN-C-S – Esquemas TN-S e TN-C utilizados na mesma instalação.
Os condutores neutro e proteção (PE) são separados;

Possui baixa impedância para correntes de falta (altas correntes);

Utilizado quando a distância entre a carga e a fonte não é muito grade;

Neste esquema o condutor de proteção PE está sempre com tensão zero;

A proteção deve ser garantida por dispositivos DR (diferencial-residual), que


detectam a corrente que escoa pela terra;

O condutor neutro é também utilizado como condutor de proteção *(PEN);

Este esquema não é permitido para condutores de seção inferior a 10 mm2 (cobre) e
para equipamentos portáteis;

Não se admite o uso de dispositivos DR;

A tensão do condutor neutro junto à carga não é zero;

Perigoso no caso de ruptura do condutor neutro;


O esquema TN-C nunca deve ser utilizado a jusante do sistema TN-S;
A proteção deve ser garantida por dispositivos DR pois representa o único meio
adequado para proteção contrachoques elétricos;
Muito usado no passado (EUA) e abandonado por problemas de tensões transitórias
que ocorriam em grandes instalações. Exige manutenção especializada (com
inspeções e medições periódicas da resistência de isolação)
Usar onde é indispensável a continuidade do serviço (hospitais, indústrias, Etc.);

O DR é o dispositivo mais indicado para a proteção contra contatos indiretos.


Dispositivo DR:
O que é?
Para que serve?

Este dispositivo detecta fugas de corrente, quando ocorre vazamento de energia dos
condutores, assim desarmando o disjuntor onde está ocorrendo o problema, evitando
que uma pessoa possa levar um choque.

O dispositivo DR (Diferencial Residual) protege as pessoas e os animais contra os


efeitos do choque elétrico por contato direto ou indireto (causado por fuga de
corrente).
Ao detectar uma fuga de corrente na instalação, o Dispositivo DR desliga o circuito
imediatamente.

Contato direto
A pessoa toca um condutor eletricamente carregado que está funcionando
normalmente.

Contato indireto
A pessoa toca algo que normalmente não conduz eletricidade, mas que se
transformou em um condutor acidentalmente (por exemplo, devido a uma falha no
isolamento).

O dispositivo DR é um interruptor automático que desliga correntes elétricas de


pequena intensidade (da ordem de centésimos de ampère), que um disjuntor comum
não consegue detectar, mas que podem ser fatais se percorrerem o corpo humano.

Dessa forma, um completo e eficaz sistema de aterramento deve conter o fio terra e
o dispositivo DR.

Deve ser de uso obrigatório em igrejas, por questões de segurança de vidas.

Quando o uso do DR é obrigatório?


De acordo com o item 5.1.3.2.2 da norma NBR 5410, o dispositivo DR é obrigatório
desde 1997 nos seguintes casos:

1. Em circuitos que sirvam a pontos de utilização situados em locais que contenham


chuveiro ou banheira.

2. Em circuitos que alimentam tomadas situadas em áreas externas à edificação.

3. Em circuitos que alimentam tomadas situadas em áreas internas que possam vir a
alimentar equipamentos na área externa.

4. Em circuitos que sirvam a pontos de utilização situados em cozinhas, copas,


lavanderias, áreas de serviço, garagens e demais dependências internas normalmente
molhadas ou sujeitas a lavagens.

Cuidado:
Se você não tem conhecimento de eletricidade, ou prática em projetos elétricos para
igrejas, procure um acompanhamento de uma empresa idônea!
Observações:

➢ A exigência de proteção adicional por dispositivo DR de alta sensibilidade se


aplica às tomadas de corrente nominal de até 32A;

➢ Quanto ao item 4, admite-se a exclusão dos pontos que alimentem aparelhos


de iluminação posicionados a pelo menos 2,50m do chão;

➢ O dispositivo DR pode ser utilizado por ponto, por circuito ou por grupo de
circuitos.

A NBR 5410/97, norma da ABNT sobre instalações elétricas de baixa tensão,


prescreve a separação dos circuitos de iluminação e tomadas em todos os tipos de
edificações e aplicações, independentemente do local (quarto, sala, etc.).

Há dois motivos básicos para essa exigência.


O primeiro é que um circuito não deve ser afetado pela falha de outro, não permitindo
que, por ocasião de um defeito em circuito, toda uma área fique desprovida de
alimentação elétrica.
O segundo é que a separação dos circuitos de iluminação e tomadas auxilia, de modo
decisivo, na implementação das medidas de proteção adequadas contrachoques
elétricos.

Nesses casos, quase sempre é obrigatória a presença de um dispositivo DR nos


circuitos de tomada, o que não acontece com os circuitos de iluminação.
Ao contrário do que pode parecer, o aumento de custo de uma instalação é quase
insignificante quando se separam os circuitos de iluminação e tomadas.
Além disso, a crescente presença de aparelhos eletrônicos (computadores,
videocassete, DVDs, reatores eletrônicos, etc.) nas instalações provoca um aumento
na presença de harmônicas nos circuitos, perturbando assim o funcionamento geral
da instalação.
Uma das recomendações básicas quando se trata de reduzir a interferência provocada
pelas harmônicas é separar as cargas perturbadoras em circuitos independentes dos
demais.

A NBR 5410/97 exige ainda que a seção mínima dos circuitos de iluminação seja de
1,5 mm e a dos circuitos de força, que incluem as tomadas, de 2,5 mm.
Portanto, a exigência da norma de separar os circuitos de iluminação e força tem
forte justificativa técnica, seja no que diz respeito ao funcionamento adequado da
instalação, à segurança das pessoas ou à qualidade de energia no local.

Acerte na escolha do dispositivo DR:


A corrente nominal (In) do dispositivo DR deve ser maior ou igual à corrente do
disjuntor.

Esquema de instalação do DR:


Cuidados no uso:
Quando um disjuntor desliga um circuito ou a instalação inteira, a causa
pode ser uma sobrecarga ou um curto-circuito.
Desligamentos frequentes são sinal de sobrecarga.
Por isso, nunca troque seus disjuntores por outros de corrente mais alta (amperagem
maior).
Como regra, a troca de um disjuntor por outro de corrente mais alta requer, antes, a
troca dos fios e dos cabos elétricos por outros de seção (bitola) maior.
Da mesma forma, nunca desative ou remova o dispositivo DR contrachoques elétricos
mesmo em caso de desligamentos sem causa aparente.
Se os desligamentos forem frequentes e, principalmente, se as tentativas de religar a
chave não tiverem êxito, isso Significa que a instalação elétrica apresenta anomalias
internas.
A desativação ou remoção do interruptor significa a eliminação de medida protetora
contrachoques elétricos e risco de vida para os usuários da instalação.

*Condutor PEN:

Condutor ligado a terra, garantindo ao mesmo tempo as funções de condutor de


proteção e de condutor neutro. A designação PEN, resulta da combinação P.E.
(condutor de proteção) + N (neutro). O condutor PEN não é considerado um condutor
vivo;

Fonte: schneider-electric

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