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Coisas grandes que parecem ser pequenas.

Ou pequenas são e eu me confundo, de


que importa? A cidade dos moribundos existiu ou existe, está na curva acentuada ao
lado da casa que observas, na paisagem verde que entra cinzenta na tua íris, está
sobretudo no espelho que contemplas a idealização que fazes de ti próprio.

Sempre era noite na cidade dos moribundos. As noites nessa cidade eram tão reais que
até o dia era escuro. As ruas eram preenchidas por corpos, os corpos preenchidos por
almas e as almas preenchidas por ruas. Era um circulo. Uma grande ciranda que girava
em torno de um eixo inexistente.

A cidade vinha dos tempos imemoriais. Um tempo cuja historiografia não alcança em
seus suas pesquisas. Um tempo mítico, onde os homens ainda se comunicavam. Conta
a lenda, que as pessoas se falavam umas com as outras, se abraçavam, e apertavam as
mãos.

A cidade dos moribundos é tão povoada que se tornou deserta, houve uma ruptura nas
relações

Zivao

Oziva

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