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JURÍDICO - DIREITO DA CATEGORIA E PARECERES

Piso salarial do engenheiro é lei


A Lei Federal 4.950-A, de 1966, estabelece piso de seis salários
mínimos a cada seis horas de trabalho dos engenheiros. Assim, um engenheiro
que trabalhar oito horas por dia deve receber nove salários mínimos. Para
esclarecer: o piso salarial é o menor valor que pode ser pago ao trabalhador,
não importa qual sua fonte pagadora. O piso determinado pela Lei 4.950-A vale
para todas as modalidades da engenharia e para as profissões de arquiteto,
agrônomo, médico veterinário e químico.

LEI Nº 4.950-A, DE 22 DE ABRIL DE 1966. (DOU 29.04.1966)

Dispõe sobre a remuneração de profissionais diplomados em


Engenharia, Química, Arquitetura, Agronomia e Veterinária.
Art. 1º. O salário mínimo dos diplomados pelos cursos regulares superiores
mantidos pelas Escolas de Engenharia, de Química, de Arquitetura, de
Agronomia e de Veterinária é o fixado pela presente lei.
Art. 2º. O salário mínimo fixado pela presente lei é remuneração mínima
obrigatória por serviços prestados pelos profissionais definidos no artigo 1º,
com relação de emprego ou função, qualquer que seja a fonte pagadora.
Art. 3º. Para os efeitos desta lei as atividades ou tarefas desempenhadas pelos
profissionais enumerados no artigo 1º são classificados em:
a) atividades ou tarefas com exigência de 6 (seis) horas diárias de serviço;
b) atividades ou tarefas com exigência de mais de 6 (seis) horas diárias de
serviço.
Parágrafo único. A jornada de trabalho é afixada no contrato de trabalho ou
determinação legal vigente.
Art. 4º. Para os efeitos desta lei os profissionais citados no artigo 1º são
classificados em:
a) diplomados pelos cursos regulares superiores mantidos pelas Escolas de
Engenharia, de Química, de Arquitetura, de Agronomia e de Veterinária com
cursos universitários de 4 (quatro) anos ou mais;
b) diplomados pelos cursos regulares superiores mantidos pelas Escolas de
Engenharia, de Química, de Arquitetura, de Agronomia e de Veterinária com
curso universitário de menos de 4 (quatro) anos.
Art. 5º. Para a execução das atividades e tarefas classificadas na alínea "a" do
artigo 3º, fica fixado o salário-base mínimo de 6 (seis) vezes o maior salário
mínimo comum vigente no País, para os profissionais relacionados na alínea
"a" do artigo 4º, e de 5 (cinco) vezes o maior salário mínimo comum vigente no
País, para os profissionais da alínea "b" do artigo 4º.3
Art. 6º. Para a execução de atividades e tarefas classificadas na alínea "b" do
artigo 3º, a fixação do salário-base mínimo será feita tomando-se por base o
custo da hora fixada no artigo 5º desta lei, acrescido de 50% as horas
excedentes das 6 (seis) diárias de serviço.
Art. 7º. A remuneração do trabalho noturno será feita na base da remuneração
do trabalho diurno, acrescido de 50% (cinquenta por cento).
Art. 8º. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário
.
Auro Moura Andrade - Presidente do Senado Federal.
Salário Mínimo de Profissionais com Vínculos Empregatícios
Dispõe o artigo 3º da Consolidação das Leis de Trabalho - CLT:
"Considerar-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza
não eventuais a empregador, sob a dependência e mediante salário".A Lei nº
4.950 A, de 22 de abril de 1966, regulamentou a remuneração dos profissionais
diplomados em Engenharia, Arquitetura, Agronomia, Química e Veterinária. Em
24 de dezembro de 1966, a Lei nº 5194, no seu artigo 82, introduziu a
remuneração inicial dos profissionais na área de engenharia. Esta Lei
encontram-se em plena vigência e tendo sua aplicação fortalecida pelo
disposto na Constituição Federal de 1988, cujo art. 7º, inciso V, prevê a
existência de piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do
trabalho.
Este assunto também está disciplinado pela Resolução nº 397/95 do CONFEA.
A Lei nº 4.950 A /66 estabelece a remuneração mínima obrigatória para os
profissionais empregados e regidos pela CLT, estabelecendo jornada com
exigências de 6 horas diárias de serviços e jornada com mais de 6 horas de
serviço.

A - Para jornada com 6 horas diárias de serviço, a remuneração é de seis


salários mínimos vigente no País.
B - Acrescentar 25% a cada hora que exceder às seis horas diárias de serviço,
até 8 horas/dia.
C - Acima de 8 horas diárias de serviço, acrescentar 50% às horas extras.
A Constituição Federal de 5 de Outubro de 1988 em seu Artigo 7º. Inciso XVI
prevê: "remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo em
cinquenta por cento à do normal. "Para efeito da definição do salário mínimo
profissional ( S.M.P. ) adotou-se o que estabelece a Constituição Federal, de 5
de outubro de 1988.

Exemplo da Fórmula de Cálculo

Profissional contratado para uma jornada de 06 (seis) horas diárias


S.M.P. = 6 x salário mínimo.
S.M.P. = 6 x R$ 678,00 = R$ 4.068,00 por mês.

Para o caso de 08 horas diárias


S.M.P. = 9 x R$ 678,00 = R$ 6.102,00 por mês.

Direitos da categoria

Os engenheiros têm o mesmo direito de qualquer trabalhador contratado


pelo regime da Consolidações das Leis do Trabalho (CLT), acrescidos dos
direitos previstos em Acordos Coletivos de Trabalho (ACT) e Convenções
Coletivas de Trabalho (CCT) negociados entre o Senge-PR e empresas ou
sindicatos patronais. Outra informação importante — a lei trabalhista não trata
de plano de cargos e salários. Desta maneira, não existem na lei remunerações
para cargos chamados de “Júnior”, “Pleno” ou “Sênior”. Mas todo engenheiro
tem garantida por lei federal a remuneração mínima de seis salários mínimos
por seis horas trabalhadas. Esse é o menor valor que pode ser pago a um
engenheiro em sua função. Assim, se “Engenheiro Júnior” é categoria de
entrada de um plano de carreira, ela deve ter como salário-base ao menos o
piso salarial previsto em lei.
Engenheiros servidores públicos estatutários seguem o estipulado no
Estatuto do Servidor Público. Ele estabelece direitos e deveres diferentes dos
da CLT.

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